CASA DOS CONSELHOS DE
PARACAMBI Uma nova gestão para a participação cidadã
Conselho Municipal de Políticas Públicas para a
Mulher
NATUREZA JURÍDICA DOS CONSELHOS DOS
DIREITOS E A LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
A natureza jurídica dos conselhos está
ancorada nos dispositivos constitucionais
que instituem a democracia participava e
asseguram a participação popular na gestão
pública;
Em todo o texto constitucional estão presentes
mecanismos que institucionalizam o controle
social participativo da gestão pública
pelos cidadãos e cidadãs.
O QUE SÃO CONSELHOS?
São instâncias permanentes,
sistemáticas, institucionais e formais,
criadas por lei e compostas por
representações da sociedade civil e do
governo municipal, tendo como função
controle social conforme a concepção
observada na Constituição Federal;
ARCABOUÇO LEGAL A Constituição Federal de 1988 garantiu o caminho para a
participação popular, nos artigos 14 e 29, inciso XIII; artigo 37, parágrafo 3º; artigo 74, parágrafo 2°; artigo 198, inciso III; artigo 204, inciso II; artigo 206, inciso VI; artigo 216, parágrafo 1º; artigo 227, parágrafo 1°.
Os conselhos municipais são formas de participação popular garantidos na Constituição Federal de 1988 e na legislação municipal. A participação popular na gestão da cidade é um exercício de cidadania permanente, que fortalece a relação democrática entre o poder público e a sociedade, criando a possibilidade de produzir políticas públicas que atendam aos anseios e às necessidades da população.
Esta condição não permite que a criação dos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais seja facultativa.
Sua criação é obrigatória em determinação de legislação complementar. Isto significa que, todos os municípios têm de criar e de fazer funcionar os seus Conselhos.
No caso de omissão do Poder Executivo, o Ministério Público poderá instaurar inquérito civil, podendo a sociedade civil provocar e sensibilizar o poder executivo para esta iniciativa legislativa.
Apesar de apresentarem-se com características semelhantes, os Conselhos dos Direitos não são órgãos governamentais, isto é, não são organismos que pertencem ao governo, nem tampouco são estruturados por normas específicas da administração pública (seus membros não são servidores públicos, por exemplo, que são admitidos por meio de concursos públicos), como também não são associações. Os conselhos integram a estrutura básica do poder executivo, da secretaria ou órgão da área social, possuindo finalidade vinculada a estes órgãos, mas criam estruturas jurídicas próprias, tendo composição e organização fixadas em legislação específica. E, para atender aos preceitos constitucionais, é fundamental garantir a autonomia política.
OS CONSELHEIROS
Os conselheiros têm papel fundamental na construção de uma nova cidadania, da defesa dos interesses da coletividade, dos princípios constitucionais que possibilitam acesso às políticas sociais, à justiça e à igualdade social. Para cumprir seu papel e atingir seus objetivos os conselheiros devem, em sua prática, afirmar a defesa:
da democracia;
da cidadania, enquanto garantia de direitos civis, políticos e sociais a toda a população;
do acesso universal a serviços públicos e às políticas sociais;
da diversidade social, cultural, de raça / etnia, de gênero e, conseqüentemente, do combate a toda forma de preconceito;
da gestão democrática e do controle social das políticas sociais.
A função dos conselheiros é pública e suas atividades
não devem ser remuneradas;
Mas é imprescindível para o adequado
funcionamento dos conselhos e para que os
conselheiros desempenhem seu papel com
efetividade, que os conselhos possuam estrutura
e apoio mínimos para a realização de suas
atividades (estrutura física, custeio de locomoção,
hospedagens e assessoria técnica).
As funções dos conselheiros estão definidas em leis, decretos e resoluções. Destacamos a seguir algumas das principais funções dos conselheiros:
representar e defender os direitos individuais e coletivos da população usuária das políticas nacionais/estaduais/municipais e do controle social;
manter diálogo com outros conselhos de gestão de políticas públicas;
propor políticas articuladas e ações integradas com os demais conselhos;
conhecer os programas e serviços existentes visando a integração do atendimento;
exercer o controle social sobre a Política Nacional, Estadual e Municipal de sua área de atuação;
defender o caráter público das políticas desenvolvidas.
NÚMERO DE CONSELHOS MUNICIPAIS POR
TIPO DE CONSELHOS EXISTENTE
ALGUNS EXEMPLOS DE LEGISLAÇÃO
COMPLEMENTAR QUE DETERMINAM À CRIAÇÃO
DE CONSELHOS DE DIREITOS CDDPH - Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana - LEI No 4.319 – DE
16 DE MARÇO DE 1964. Cria o Conselho de Defesa dos direitos da Pessoa Humana.
CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente Lei Federal no 8.242, de 12 de outubro de 1991. Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) e dá outras providências.
CNDI - Conselho Nacional dos Direitos do Idoso - LEI No 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994. Dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências – artigos 5 a 7. DECRETO No 4.227, DE 13 DE MAIO DE 2002. Cria o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso - CNDI, e dá outras providências Revogado pelo Decreto no 5.109, de 2004.
CONADE - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência no Decreto no 3.298/99 de 20 de dezembro de 1999 que regulamentou a Lei no 7.853/89.
CNCD - Conselho Nacional de Combate a Discriminação DECRETO No 3.952, DE 4 DE OUTUBRO DE 2001. Dispõe sobre o Conselho Nacional de Combate à Discriminação.
CNDM - Conselho Nacional dos Direitos da Mulher LEI No 7.353, DE 29 DE AGOSTO DE 1985. Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher - CNDM e dá outras providências.
CNPIR - Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial artigo 3, parágrafo único da LEI No 10.678, DE 23 DE MAIO DE 2003 que cria a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Presidência da República, e dá outras providências e Decreto no 4.885, de 20 de novembro de 2003 que dispõe sobre a composição, estruturação, competências e funcionamento do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial - CNPIR, e dá outras providências.
A CASA DOS
CONSELHOS – O
QUE É?
A Casa dos Conselhos Municipais, que funciona como um Centro Administrativo da Cidadania, é um dos instrumentos para fortalecer a atuação dos conselhos municipais, sobretudo, um espaço físico que atua como Secretaria Geral dos Conselhos, por meio da qual os documentos, reuniões, pautas, deliberações e encaminhamentos dos conselhos municipais estão acessíveis ao cidadão e a gestão municipal.
A Casa dos Conselhos tem por objetivo facilitar o acesso da população aos conselhos municipais, ao mesmo tempo em que apoia e facilita o trabalho de cada conselheiro.
SUA IMPORTÂNCIA
A Casa dos Conselhos é importante para que os Conselhos efetivem sua participação com qualidade no processo de controle social, tendo em vista que através dela são realizadas atividades como:
Programação de ações de capacitação dos conselheiros;
Treinamentos;
Palestras;
Fóruns;
Cursos.
Todas estas atividades visam o fortalecimento e a qualificação de seus espaços de articulação, negociação e decisão, e devem incluir nos seus orçamentos recursos financeiros para a capacitação.
DECRETO Nº 4371 DE 20 DE JANEIRO DE
1998 DE PAULÍNIA
"DISPÕE SOBRE A OFICIALIZAÇÃO E INSTITUIÇÃO DA CASA DE
APOIO AOS CONSELHOS DO MUNICÍPIO DE PAULÍNIA E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS`.
O Sr. ADELSIO VEDOVELLO, Prefeito do Município de Paulínia no uso
de suas atribuições legais e, Considerando a necessidade da
Administração Municipal oferecer estrutura para que os Conselhos e
Entidades Municipais desenvolvam suas atividades em prol da
comunidade de forma objetiva e eficaz, DECRETA:
Art. 1º - Fica instituída e oficializada a CASA DE APOIO AOS
CONSELHOS MUNICIPAIS, instalada no imóvel localizado à Rua Santo
Pigatto, nº 67, no Bairro Santa Cecília.
Art. 2º - As despesas com a execução deste Decreto correrão por conta
própria consignada no orçamento.
Art. 3º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Palácio 28 de Fevereiro, 20 de Janeiro de 1998 ADELSIO VEDOVELLO
Prefeito municipal
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/670260/decreto-4371-98-paulinia-0#art1
PROPOSTA DE DECRETO
"DISPÕE SOBRE A OFICIALIZAÇÃO E INSTITUIÇÃO DA CASA DE APOIO
AOS CONSELHOS DO MUNICÍPIO DE PARACAMBI E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS`.
O Sr. Tarciso Pessoa, Prefeito do Município de Paracambi no uso de suas
atribuições legais e, Considerando a necessidade da Administração Municipal
oferecer estrutura para que os Conselhos e Entidades Municipais desenvolvam
suas atividades em prol da comunidade de forma participativa, objetiva e eficaz,
DECRETA:
Art. 1º - Fica instituída e oficializada a CASA DE APOIO AOS CONSELHOS
MUNICIPAIS, instalada no imóvel localizado à Rua ................, nº ........., no Bairro
Centro.
Art. 2º - Fica criada a Coordenadoria de Apoio aos Conselho, vinculada a
Secretaria Municipal de Relações Institucionais, com objetivo de suprir os recursos
humanos necessários para o funcionamento da Casa de apoio aos Conselhos
Municipais;
Art. 3º - As despesas com a execução deste Decreto correrão por conta própria
consignada no orçamento.
Art. 4º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Paracambi, XX de Fevereiro de 2013
Tarciso Pessoa
Prefeito municipal
REFERÊNCIAS
BORGES, Alice Maria Gonzalez. Democracia participativa.
Reflexões sobre a natureza e a atuação dos conselhos
representativos da sociedade civil. Jus Navigandi, Teresina, a.
10, no. 917, 6 jan. 2006.
Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7752
NOGUEIRA Neto, Wanderlino. Direitos humanos da infância
e da adolescência no SIPIA. Fortaleza: CEDECA, 2004.
http://www.mesquita.rj.gov.br/index.php?option=com_content&vie
w=article&id=242&Itemid=306
http://www.uesc.br/cursos/pos_graduacao/mestrado/mdrma/teses/
dissertacao_marcos_luedy.pdf
http://casadosconselhosmunicipais.blogspot.com.br/2009/11/cidade
s-que-ja-instalaram-suas-casa-de.html
MUITO OBRIGADO!
Márcia Marques
Bióloga e Gestora Ambiental
Especialista em Gestão Participativa e em Gestão
Integrada dos Recursos Hídricos
Especialista em Ecologia Política dos Recursos
Hídricos e Educação Ambiental Crítica
(21) 7699-8630