Transcript

O númeroR$ 2,28 milhões é o montante que o

senador cassado por corrupção, Demóstenes Torres, recebeu do Ministério Público de

Goiás, sem trabalhar. Torres foi afastado do car-go de Procurador da Justiça em 2012, mas continua recebendo salários. É a nossa lei.

Como Itaipu silenciou três gargantas

BlindadoPré-candidato ao Senado, Beto Richa não vai deixar os amigos ao relento. Em Cascavel, ele

deverá acomodar Edgar Bueno no primeiro escalão do Iguaçu já no início de janeiro. Com o gesto do amigo, além do status de secretá-rio, o caudilho cascavelense também continua

usufruindo de fórum privilegiado, a prova de Gaeco e juízes irados de 1ª instância.

Vianna, o novo presidente brasileiro de Itaipu, se confirmada a nomeação

esta semana, irá administrar um orçamento de 3,3 bilhões de dólares (R$ 10,8 bilhões), dos quais 70% são destinados ao pagamento da dívida e roylaties. A Copel, que ele preside hoje, teve receita líquida de R$ 14,7 bilhões em 2015. Por faturamento,

a Copel é maior. Mas ninguém recusa convite para chefiar a jóia da coroa elétrica federal, encravada no ponto que Deus desenhou para que todos

os recordes de produção de energia caíssem.

ali era o local ideal para receber uma usina, estava certo.

As gotas de chuvas que caem no cerrado brasileiro, Brasília, Goiás, ou no Mato Grosso e Sudeste (Minas, Rio, São Paulo), incluindo aqui as águas do Tietê e do Pinheiros, viram energia em Foz do Iguaçu. E São Pe-dro foi generoso em 2016.

“Quando a molécula de água passa pelas turbinas de Itaipu, ela está gerando energia pela 17ª vez”, explica Samek. Há 45 usinas hidre-létricas acima (geograficamente) da binacional.

Difícil entender? Tem outra conta mais fácil: a produção total de Itaipu até hoje – outro recorde mundial – é suficiente para prover 100% do con-sumo do planeta por 40 dias.

Em tempo: O jornal “O Globo”, edição do último sábado, afirmou que

Temer nomeia nos próximos dias Luiz Fernan-do Vianna para o lugar de Samek, o longevo. Vianna é presidente da Copel. A indicação dele é atribuída a Beto Richa. O matutino carioca informa também que toda diretoria será troca-da, inclusive o premiado Nelton Friedrich, do “Cultivando Água Boa”.

Disse Jorge Miguel Samek, no final da manhã da última quinta-feira, extasiado a ponto de imitar o multi--campeão Usain Bolt:

“Quando deus fez o mundo, olhou para o lugar em que se estabeleceria Foz do Iguaçu, e pensou: local perfeito para construir a maior hidrelétrica do planeta”.

Possivelmente, quando deus viu Lula nomeando Samek diretor geral brasileiro de Itaipu, 13 anos atrás, vaticinou: “este será o presidente mais longevo da história da binacional”.

Ambas as percepções divinas se confirmaram. Itaipu chegou no final da manhã de sexta-feira ao seu re-corde anual histórico da produção de energia: 98,6 milhões de megawatts--hora (MWh).

Menos de 13 horas depois, a usina derrubaria outra marca incrível. Ao atingir 98,8 milhões de MWh, bateu o recorde mundial em geração anual de energia, que pertencia a usina de Três Gargantas, na China.

E a produção continua em ritmo frenético. Deve fechar 2016 com mais de 102 milhões de MWh, um recorde mundial com potencial para resistir décadas até ser superado.

Mas como explicar a façanha, se a chinesa é muito maior em potência instalada, com 12 turbinas a mais que Itaipu? Aqui o assunto é complexo. Vai da tal hidrologia.

Itaipu mescla condições hidrológicas mais favoráveis com tecnologia de ponta e expertise de corpo funcional. Quando deus disse que

Molécula à 17ª potênciaCascavel, terça-feira, 20 de dezembro de 2016 - Ano XX - Nº 2037- Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 99113-1313 - Editor: Jairo Eduardo

“Para ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo...

É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.”

(Carlos Drummond de Andrade)

Samek imita Bolt: recorde histórico

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A edição de 9 de dezembro do Pitoco trouxe uma informa-ção que sacudiu o agronegócio regional ao flagrar a gigante Lar colocando um pezinho de frango em Cascavel. A coo-perativa sediada em Medianeira – fatura-mento de R$ 5,1 bi em 2016 - e os di-retores da Globoaves,

Você viu 1º aquiAGRONEGÓCIO

construíram um arranjo inteligente, capaz de preservar 1,8 mil empregos no frigorífico que margeia o Melissa. No dia 16 de dezembro, uma semana depois da publicação, as empresas confirmaram a transação, que vinha sendo conduzida sob cláusula de confidencialidade.

Aquele abraçoPara você que acompanhou

nosso trabalho em 2016. Nosso mais sincero agrade-cimento. É uma honra tê-lo

como leitor, assinante, anunciante, colaborador.

Entramos com fôlego redobrado em 2017, ano

que completamos duas décadas de circulação. Vol-

tamos em janeiro. Saúde, paz e prosperidade no ano novo!

The endEnquanto isso no Gaeco... Investigador - Tem muito rolo em seu patrimônio oculto? Investigado - Tem rolo, retroes-cavadeira, cami-nhão...

A reinvenção da construção ECONOMIA

Estoque elevado e mercado frio geram “metabolismo lento”

Os empresários cascavelenses da construção civil estão a cada dia mais criativos no marketing para superar o “metabolismo lento”, termo usado pelo presidente do Sinduscon, Edson Vasconce-los, para definir o momento do mercado da cons-trução civil.

É o momento de separar os homens dos meni-nos. Ou, em outras palavras, distinguir as empresas genuínas da construção civil, daquelas constituídas no boom do setor por inúmeros outros atores que passaram a frequentar este mercado como investi-dores sem asservo.

Icônica na retomada da verticalização da cida-de na última década, a Saraiva de Rezende (SR) está “inventado moda” para otimizar os estoques elevados. Segundo o empresário Jadir Saraiva de Rezende, a construtora tem 100 apartamentos prontos e outros 100 em fase de conclusão.

A SR foi a mídia e anunciou apartamentos com até R$ 150 mil de desconto. A cifra é equivalente a 14% do valor do imóvel ofertado. E de vendedo-ra de apartamentos em série, a empresa passou a concorrer pesado com as imobiliárias. “Do total em estoque, já aluguei cerca de 40 apartamentos. Nossa meta é alugar 80.”, revela Jadir.

Aqui o investidor teve que pensar rápido e agir na velocidade que a necessidade exigiu. 80 apar-tamentos significam aproximadamente R$ 32 mil mensais de taxa de condomínio. Se colocar nesta conta a taxa de lixo, iluminação pública e IPTU, te-mos a dimensão do custo de um estoque alto.

“E quem alugar nossos apartamentos e assinar o contrato para adquirir uma unidade nova, vai mo-

rar sem pagar aluguel por 12 meses, ou abater o valor pago em locação no valor do preço do imóvel novo”, informa Jadir, em típica ação de reinvenção da construção.

20 de dezembro de 2016 | 03

Mãos ao altoEdson Vasconcelos percebe as dificuldades

do mercado, mas não se apavora. Segundo ele, já em 2015 o número de novos lançamentos caiu por instrução do Sinduscon, com base em um estudo do estoque realizado pelo Sebrae.

Segundo o líder empresarial, o mercado se aproxima da normalidade entre oferta e procu-ra em 2018. Já outros mercados, como o de Curitiba, vão trabalhar com estoques altos – e por consequência frear novos investimento – por pelo menos cinco anos, segundo ele.

“Olhando para outras praças, podemos levan-tar as mãos para o céu e agradecer”, destaca Vasconcelos. “Nas capitais, inúmeras grandes empresas entraram em recuperação judicial, aqui nenhuma”, pontua.

Segundo ele, a pisada no freio estimulada pelo Sinduscon após o diagnóstico, deu fôlego para as empresas de engenharia, que passaram a administrar melhor as sazonalidades do setor. E isso refletiu inclusive em um índice de desem-prego menor na mão de obra formal, estimada em 6 mil postos de trabalho em Cascavel.

“Já aquele profissional liberal da área de saú-de, por exemplo, que entrou no ramo embalado pelo boom da construção e contratava mão de obra informal, no primeiro mês de prejuízo, saiu do setor. Então o desemprego afetou mais o in-formal”, relata.

E os preços dos imóveis despencaram com a sobreoferta? Não. Mão de obra, insumos como ferro e cimento e mesmo os terrenos, mantive-ram os preços dos tempos das vacas gordas, em aparente contradição matemática. As mar-gens de lucro por unidade, segundo Jadir, estão entre 20% e 25%. “Já foram maiores”, destaca.

Uma perguntaPitoco - As engrenagens mais lentas do mer-

cado vão subtrair a reputação da SR, de entregar seus imóveis rigorosamente dentro do prazo?

Jadir Saraiva – De jeito nenhum. Estamos construindo três edifícios neste momento, dois em Cascavel, incluindo aí o Abrahão Linconl, com 27 pavimentos e 92 apartamentos, e um em Cam-po Grande. Vamos entregar no prazo combinado. Desde que nasci nunca vi uma crise assim. Mas fizemos 700 apartamentos, estamos com 300 em construção, estamos firmes e vamos entregar a unidade de número mil em 2018.

Jadir Saraiva de Rezende: para estoque alto, soluções heterodoxas

20 de dezembro de 2016 | 04

Era prá valer?ANÁLISE

Licitação do lixo põe cifrões e interrogações no ar

“Se as pessoas soubessem como são feitas as leis e as linguiças, não as engoliriam”. A frase é atribuída ao chanceler germânico Otto von Bismarck.

A máxima do líder alemão se aplica a licitação da coleta do lixo, em Cascavel? Vamos para algumas ponderações. Após uma primeira peneirada, ficaram apenas três em-presas na disputa.

Na questionada modalidade técni-ca – com peso superior ao razoável – a atual operadora, OT Ambiental recebeu a melhor nota de uma co-missão “chapa branca”.

Cogitávamos, em edição anterior, que a única forma de tirar o troféu das mãos da OT seria um preço mui-to agressivo das concorrentes, dada a diferença aberta na nota. E que a tucano estava praticamente depe-nada.

Para surpresa de muitos, abertos os envelopes de preços na semana passada, as supostas concorrentes

apresentaram preço superior.

A Tucano pediu R$ 5 milhões a mais que a OT, e a CGC ofertou o serviço por R$ 26 milhões acima da atual operadora. Ou seja, a favorita nas notas fez barba, bigode e cabelo.

Tal alinhamento raro dos astros, traz outra questão: as concorrentes estavam concorrendo mesmo? Ou a tese da “casa ocupada”, daquela gravação vazada, preponderou?

Ao aceitar executar o contrato de cinco anos por quase R$ 30 milhões a menos do que recebe no contrato vigente, a OT e o Paço estão admi-tindo que o serviço hoje, com seus 22 aditivos, está superfaturado?

Ou haverá, como dizem os pala-cianos, menos atribuições no con-trato, o que permitiu a redução do preço de R$ 3,3 milhões para R$ 2,8 milhões mensais? Houve con-corrência de fato? Paranhos pode fazer algo? Ou amarramos no quin-tal do Paço o cachorro faminto com as linguiças do Bismarck?

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