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CDIGO DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS DO ESTADO DO PARAN LEI N 14.277 DE 30/12/2003 DOE N 6636 DE 30/12/2003

Dispe sobre a Organizao e Diviso Judicirias do Estado do Paran e adota outras providncias. A Assemblia Legislativa do Estado do Paran decretou e eu sanciono a seguinte lei: CDIGO DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS DO ESTADO DO PARAN DISPOSIO PRELIMINAR Art. 1. Este Cdigo dispe sobre a Organizao e Diviso Judicirias do Estado do Paran e disciplina a constituio, a estrutura, as atribuies e a competncia do Tribunal de Justia, de Juzes e dos Servios Auxiliares, observados os princpios constitucionais que os regem (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 1. So regentes do presente cdigo, dentre outros os seguintes princpios constitucionais: I II III IV V legalidade: impessoalidade; moralidade; publicidade; eficincia.

2. Alm dos princpios (LIMPE) referidos no pargrafo anterior, tambm se aplicam presente lei, os seguintes: I II III IV V VI probidade; motivao; finalidade; razoabilidade; proporcionalidade; ...Vetado...;

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interesse pblico; modicidade das custas e emolumentos. SEMPRE CAI!!!

3. Na constituio e alterao das atribuies e competncia dos Tribunal de Justia, de Juzes e dos Servios Auxiliares, devero ser observados, alm dos princpios previstos nos pargrafos anteriores, os critrios de democratizao da gesto e do acesso Justia, qualificao permanente, efetividade e celeridade (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 4. Os aludidos princpios e critrios so condies de aplicao e hermenutica, vedada a sua afastabilidade, sob pena de nulidade absoluta, decretvel de ofcio. 5 . Ficam estatizadas as serventias do foro judicial, inclusive as criadas por esta lei, respeitados os direitos dos atuais titulares. 6. O Poder Judicirio, observadas as suas disponibilidades financeiras e oramentrias, encaminhar mensagem Assemblia Legislativa dispondo sobre o Quadro de Servidores e respectivos vencimentos, para cumprimento do disposto no pargrafo anterior. 7. A administrao da Justia exercida pelo Poder Judicirio. LIVRO I ORGANIZAO JUDICIRIA TTULO I ORGANIZAO JUDICIRIA CAPTULO NICO RGOS DO PODER JUDICIRIO Art. 2. So rgos do Poder Judicirio do Estado: SEMPRE CAI!!! I- o Tribunal de Justia; II - Revogado; (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). III - os Tribunais do Jri; IV - os Juzes de Direito; V - os Juzes de Direito Substitutos de entrncia final; VI - os Juzes Substitutos; VII - os Juizados Especiais; VIII - os Juzes de Paz. Pargrafo nico. Para executar decises ou diligncias que ordenarem, podero os tribunais e Juzes requisitar o auxlio da fora pblica.

Art. 3. vedada a convocao ou a designao de Juiz de primeiro grau para exercer cargo ou funo no Tribunal de Justia, ressalvada a substituio de seus integrantes e o auxlio direto ao Presidente do Tribunal de Justia, dos Vice-Presidentes, do CorregedorGeral da Justia e do Corregedor-Adjunto, em matria administrativa, jurisdicional e correcional, pelo prazo de dois (2) anos, permitida uma reconduo (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 1. O Presidente do Tribunal de Justia poder designar Juzes de Direito da Comarca da Regio Metropolitana de Curitiba para atuarem junto aos rgos superiores do Tribunal de Justia, nos termos do caput deste artigo. 2. As designaes a que se refere o pargrafo anterior no implicaro vantagem pecuniria aos Juzes designados, salvo o ressarcimento de despesas de transporte e o pagamento de dirias, sempre que estes tiverem que se deslocar da sede. TTULO II TRIBUNAL DE JUSTIA CAPTULO I COMPOSIO Art. 4. O Tribunal de Justia, rgo mximo do Poder Judicirio estadual, composto por cento e vinte (120) Desembargadores, tem sede na Capital e jurisdio em todo o territrio do Estado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 5. Os Juzes de ltima entrncia sero promovido ao cargo de Desembargador pelo Presidente do Tribunal de Justia nas vagas correspondentes respectiva classe, por antigidade e merecimento, alternadamente, observado o disposto no artigo 6 deste Cdigo (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 1. No caso de antigidade, apurada na ltima entrncia, o Tribunal de Justia somente poder recusar o Juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois teros (2/3) de seus membros, conforme procedimento prprio e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votao at fixar-se a indicao (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 2. Tratando-se de vaga a ser provida pelo critrio de merecimento, a promoo recair no Juiz que for includo na lista trplice organizada pelo Tribunal de Justia e com o maior nmero de votos, sem prejuzo dos remanescentes mantidos em lista e observado o disposto no art.93, II, letras "a" e "b", da Constituio Federal. 3. No ser promovido o Juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder alm

do prazo legal, no podendo devolv-lo ao cartrio sem o devido despacho ou deciso (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 6. Um quinto (1/5) (24) dos lugares do Tribunal de Justia ser composto de membros do Ministrio Pblico, com mais de dez (10) anos de carreira, e de advogados de notrio saber jurdico e de reputao ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sxtupla pelos rgos de representao das respectivas classes (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 1. Sendo mpar o nmero de vagas destinadas ao quinto constitucional, uma delas ser alternada e sucessivamente preenchida por membro do Ministrio Pblico e por advogados, de tal forma que, tambm sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma unidade (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 2. Quando resultar em frao o nmero de vagas destinadas ao quinto constitucional, corresponder ela ao nmero inteiro seguinte (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 3. Recebidas as indicaes, o Tribunal de Justia formar lista trplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte (20) dias subseqentes, escolher um de seus integrantes para nomeao (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 7. Verificada vaga de Desembargador, a ser preenchida por magistrado de carreira, o Presidente do Tribunal de Justia convocar o rgo competente para o preenchimento do respectivo cargo (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Pargrafo nico. Se a vaga de Desembargador destinar-se ao quinto constitucional, o Presidente do Tribunal de Justia oficiar ao rgo de classe a que couber a vaga para os fins do artigo 6 (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). CAPTULO II FUNCIONAMENTO Art. 8. O Tribunal de Justia dirigido pelo Presidente, pelos Vice-Presidentes, Corregedor-Geral da Justia e Corregedor Adjunto. 1. Vetado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 2. No figurar mais entre os elegveis quem tiver exercido o cargo de Presidente ou quaisquer outros cargos de direo, pelo perodo de quatro (4) anos, at que se esgotem

todos os nomes na ordem de antigidade, salvo quando houver recusa manifestada por um elegvel e aceita antes da eleio. 3. O disposto no pargrafo anterior no se aplica aos Desembargadores eleitos para qualquer dos cargos da cpula diretiva, com a finalidade de completar perodo de mandato inferior a um (1) ano. Art. 9. Vagando a Presidncia, o 1 Vice-Presidente a exercer pelo perodo restante, se inferior a seis (6) meses. 1. Caracterizada a hiptese supra, tratando-se da 1 Vice-Presidncia ou da Corregedoria-Geral da Justia, o cargo ser exercido, respectivamente, pelo 2 VicePresidente e pelo Corregedor Adjunto, para perodo restante, quando inferior a seis (6) meses. 2. Se, entretanto, a vacncia de quaisquer cargos descritos se der em razo de o eleito no ter assumido o correspondente cargo diretivo na oportunidade prevista pelo Regimento Interno do Tribunal de Justia, nova eleio dever ser realizada, para o preenchimento daquela funo, observando-se o que dispuserem as normas regimentais. Art. 10. O Tribunal de Justia funcionar em Tribunal Pleno, rgo Especial, Conselho da Magistratura e em rgos fracionrios, na forma que dispuserem a lei e o Regimento Interno (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Pargrafo nico. O Presidente, os Vice-Presidentes, o Corregedor-Geral da Justia e o Corregedor Adjunto no integraro Cmaras ou Grupos de Cmaras. Art. 11. O Tribunal de Justia constituir comisses internas, permanentes ou no, cuja composio, atribuies e funcionamento sero disciplinados no Regimento Interno. CAPTULO III TRIBUNAL PLENO E RGO ESPECIAL Art. 12. O Tribunal Pleno e o rgo Especial tero sua competncia estabelecida no Regimento Interno. CAPTULO IV CONSELHO DA MAGISTRATURA Art. 13. O Conselho da Magistratura, do qual so membros natos o Presidente do Tribunal de Justia, o 1 Vice-Presidente e o Corregedor-Geral da Justia, compe-se de

mais quatro (4) Desembargadores eleitos (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 1. A eleio ser realizada na mesma sesso em que for eleito o corpo diretivo do Tribunal de Justia, com mandato coincidente com o deste. 2. O Conselho da Magistratura ter suas atribuies estabelecidas no Regimento Interno. CAPTULO V CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIA Art. 14. A Corregedoria-Geral da Justia, que tem como incumbncia a inspeo permanente dos Magistrados, das serventias do foro judicial e dos servios do foro extrajudicial, ter sua competncia e atribuies estabelecidas no Regimento Interno. TTULO III ATRIBUIES E COMPETNCIA DOS DIRIGENTES DO TRIBUNAL DE JUSTIA CAPTULO I PRESIDENTE, 1 e 2 VICE-PRESIDENTES DO TRIBUNAL Art. 15. O Presidente, o 1 e o 2 Vice-Presidentes do Tribunal tero sua competncia e atribuies estabelecidas no Regimento Interno.

CAPTULO II CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIA E CORREGEDOR ADJUNTO Art. 16. O Corregedor-Geral da Justia, alm de realizar inspees e correies permanentes nos servios judicirios, ter sua competncia e atribuies estabelecidas no Regimento Interno. Pargrafo nico. O Corregedor Adjunto ter sua competncia e atribuies estabelecidas no Regimento Interno.

TTULO IV TRIBUNAL DE ALADA (Suprimido o Ttulo IV e seus captulos I, II e III do Livro I pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005) CAPTULO I COMPOSIO Art. 17. Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 18. Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 19. Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). CAPTULO II ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO Art. 20. Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005).

CAPTULO III COMPETNCIA Art. 21. Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 22. Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 23. Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 24. Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005).

LIVRO II MAGISTRADOS TTULO I MAGISTRADOS DE PRIMEIRO GRAU CAPTULO NICO CONSTITUIO Art. 25. A magistratura de primeiro grau de jurisdio constituda de: I - Juiz Substituto; II - Juiz de Direito de entrncia inicial; III - Juiz de Direito de entrncia intermediria; IV - Juiz de Direito de entrncia final, titular da vara ou substituto em primeiro e segundo graus (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 1. So Juzes Substitutos os de incio de carreira, para substituio nas entrncias inicial e intermediria com sede na comarca que encabear a respectiva seo, nomeados mediante concurso, nos termos dos arts. 28 a 32, e com competncia definida no art. 33 deste Cdigo. 2. So Juzes de Direito Substitutos de primeiro grau os de entrncia final, quando notitulares de varas, para substituio nas comarcas dessa categoria sediadas na Regio Metropolitana de Curitiba, em Londrina, Maring, Ponta Grossa, Foz do Iguau, Cascavel e Guarapuava, promovidos entre os de entrncia intermediria ou removidos de uma para outra das comarcas de entrncia final. 3. So Juzes de Direito Substitutos em Segundo Grau os classificados na entrncia final, com preenchimento do cargo mediante remoo, observados, alternadamente, os critrios de antigidade e de merecimento (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 4. Os Juzes de Direito Substitutos em Segundo Grau, durante a substituio, tero a mesma competncia dos membros do Tribunal de Justia, exceto em matria administrativa, ficando vinculados aos feitos em que tenham lanado visto como relator ou revisor, e, ainda, se tiverem solicitado vista ou proferido voto, hiptese em que continuaro o julgamento (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 5. Caber ao Presidente do Tribunal de Justia a designao dos Juzes de Direito Substituto em Segundo Grau (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 6. Em regime de exceo, decorrente do acmulo de processos, os Juzes de Direito

Substituto em Segundo Grau podero ser designados para auxiliar no Tribunal de Justia, caso em que atuaro exclusivamente nos processos acumulados, constantes de relao especfica (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 26. Vago o cargo de Desembargador ou encontrando-se o titular afastado por trinta (30) dias ou mais, far-se- a convocao de Juiz de Direito Substituto de Segundo Grau (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 27. Antes de decorrido o binio do estgio probatrio e desde que indicada pelo Conselho da Magistratura a aplicao da pena de demisso, o Juiz Substituto e o Juiz de Direito, quando for o caso, ficaro automaticamente afastados das respectivas funes, com perda do direito vitaliciedade, ainda que a aplicao da pena ocorra aps o decurso daquele prazo. TTULO II JUZES SUBSTITUTOS CAPTULO I NOMEAO Art. 28. O ingresso na carreira da magistratura, cujo cargo inicial ser o de Juiz Substituto, dar-se- mediante concurso pblico de provas e ttulos, este com prazo de validade de at dois (2) anos, prorrogvel uma nica vez e, no mximo, por igual perodo. Art. 29. O concurso, salvo outra forma de realizao estabelecida pelo rgo Especial, ser prestado perante comisso examinadora integrada pelo Presidente do Tribunal de Justia, pelo Corregedor-Geral da Justia, por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil e por Desembargadores indicados pelo rgo Especial. Pargrafo nico. Para inscrever-se no concurso, o interessado dever preencher, na data da inscrio, os seguintes requisitos: I - ser brasileiro; II - estar em pleno exerccio dos direitos civis e polticos e quite com as obrigaes eleitoral e militar; III ser bacharel em Direito; IV - gozar de boa sade fsica e mental e no apresentar deficincia que o incapacite ao exerccio da magistratura; V - no possuir antecedentes criminais, nem ter sofrido penalidade no exerccio de cargo pblico ou de atividade profissional. VI - comprovar, por documento, o exerccio de, no mnimo, trs (03) anos de atividade jurdica, na forma da lei (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005).

Art. 30. No pedido de inscrio, dever o candidato indicar todos os cargos ou atividades que tiver exercido profissionalmente. Art. 31. O Tribunal de Justia, mediante convnio com a Associao dos Magistrados do Paran e com a Escola da Magistratura, s quais repassar os necessrios recursos financeiros, organizar cursos permanentes voltados tanto preparao para ingresso na magistratura quanto ao aperfeioamento de magistrados. Pargrafo nico. No concurso pblico referido no art. 28, ser atribudo valor relevante concluso do curso de preparao ministrado pela Escola da Magistratura do Paran. Art. 32. O Regimento Interno do Tribunal de Justia disciplinar a forma e as condies do concurso, cabendo ao Conselho da Magistratura elaborar o seu regulamento. Pargrafo nico. Sero indicados para nomeao os candidatos correspondentes ao nmero de vagas, respeitados a ordem de classificao e o prazo de validade do concurso. CAPTULO II COMPETNCIA Art. 33. O Juiz Substituto, quando no exerccio de substituio, ou designado para auxiliar os Juzes de Direito das comarcas que integram as correspondentes sees judicirias, ter a mesma competncia destes. Pargrafo nico. Caber ao substituto, na ausncia, mesmo eventual, do Juiz titular, decidir os pedidos cveis e criminais de natureza urgente e comunicar, incontinenti, o fato ao Corregedor-Geral da Justia (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). TTULO III JUZES DE DIREITO CAPTULO NICO COMPETNCIA Art. 34. Salvo disposies em contrrio, compete ao Juiz de Direito, em primeiro grau de jurisdio, o exerccio de toda a jurisdio 1. O Tribunal de Justia, por ato de seu Presidente, poder designar Juzes de Direito de entrncia final para conhecer e julgar conflitos fundirios, no mbito de todo o Estado, atribuindo-lhes competncia exclusiva. 2. Cumpre ao Juiz defender, pelas vias regulares de direito, a sua competncia.

Art. 35. Nas comarcas onde houver mais de um Juzo, proceder-se- distribuio dos feitos. Art. 36. O Presidente do Tribunal de Justia, ouvido o Corregedor-Geral da Justia, poder designar Juzes de Direito de primeiro grau de jurisdio para proferir sentenas em outros Juzos. Art. 37. Nas Comarcas de entrncia final, a Direo do Frum ser exercida por um dos Juzes Titulares pelo prazo mximo de dois (2) anos, sob indicao do rgo Especial e designao do Presidente do Tribunal de Justia. 1. Nas Comarcas do Interior do Estado, a Direo do Frum ser exercida por um dos Juzes Titulares, pelo prazo mximo de 2 (dois) anos, mediante sucesso automtica e obedecendo-se ordem de antigidade na Comarca. 2 . ...Vetado... Art. 38. Nas comarcas de entrncia inicial ou naquelas de Juzo nico a direo de Frum ser exercida pelo Juiz Titular. Art. 39. A substituio eventual do Juiz de Direito Diretor de Frum ser exercida pelo Juiz de Direito mais antigo na comarca, independentemente de designao. Art. 40. O Juiz Substituto responder pela direo de Frum sempre que na comarca no se encontrar em exerccio nenhum dos Juzes titulares de varas, observado o disposto na parte final do artigo anterior. Art. 41. As atribuies do Juiz de Direito Diretor de Frum sero definidas pelo Conselho da Magistratura. TTULO IV CONSELHO DE JUSTIA E AUDITORIA DA JUSTIA MILITAR CAPTULO I COMPOSIO E FUNCIONAMENTO Art. 42. A Justia Militar ser exercida: I - pelo Conselho de Justia Militar e pelo Juiz de Direito da Vara da Auditoria da Justia Militar, com jurisdio em todo o Estado; II - pelo Tribunal de Justia, em segundo grau de jurisdio. Art. 43. O Juzo da Vara da Auditoria da Justia Militar ser exercido por Juiz de Direito de entrncia final.

Art. 44. A Auditoria da Justia Militar compor-se- de um Juiz de Direito, um escrivo e um Oficial de Justia. Pargrafo nico. Para os cargos de escrivo e de Oficial de Justia, o Juiz Auditor requisitar um oficial subalterno e um praa da corporao, respectivamente. Art. 45. Na composio do Conselho de Justia Militar, observar-se-, no que for aplicvel, o disposto na legislao da Justia Militar. Art. 46. Em seus eventuais impedimentos ou ausncias, o Juiz da Vara da Auditoria da Justia Militar ser substitudo por Juiz de Direito Substituto designado pelo Presidente do Tribunal de Justia.

CAPTULO II COMPETNCIA Art. 47. Compete Justia Militar de primeiro grau o processo e julgamento dos crimes militares praticados por oficiais e praas da Polcia Militar do Estado, bem como de outros assim definidos em lei, regulando-se sua competncia pelas normas legais pertinentes. TTULO V TRIBUNAL DO JRI CAPTULO I COMPOSIO E FUNCIONAMENTO Art. 48. O Tribunal do Jri, instalado nas sedes das comarcas, obedecer, em sua composio e funcionamento, s normas do Cdigo de Processo Penal. Art. 49. As reunies do Tribunal do Jri sero mensais, devendo instalar-se mediante convocao do Juiz Presidente. 1. Ser dispensada a convocao das reunies quando no houver processo preparado para julgamento. 2. O Presidente do Tribunal de Justia poder determinar, sempre que o exigir o interesse da Justia, reunio extraordinria do Tribunal do Jri em qualquer comarca.

CAPTULO II ATRIBUIES E COMPETNCIA Art. 50. Compete ao Tribunal do Jri o julgamento dos crimes dolosos contra a vida e dos que lhe forem conexos, consumados ou tentados. 1. Aos Juzos das Varas do Tribunal do Jri compete a organizao e presidncia deste e a instruo e julgamento de todos os processos de sua competncia. 2. No Foro Central da Comarca da Regio Metropolitana de Curitiba, a competncia ser definida por distribuio entre as varas privativas dos Tribunais do Jri. Art. 51. Nas comarcas que no contarem com vara privativa do jri, mas que tenham mais de uma vara criminal, os processos relativos a crimes dolosos contra a vida a que se refere o caput do artigo anterior sero distribudos entre essas varas e ali processados at a fase dos arts. 408 a 411 do Cdigo de Processo Penal. 1. O ru ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Jri, presidido pelo Juiz da 1. Vara Criminal, para onde sero remetidos os autos. 2. A cada julgamento realizado pelo Tribunal do Jri, a respectiva vara receber um processo a menos na distribuio. Art. 52. No Foro Central da Comarca da Regio Metropolitana de Curitiba, cada Tribunal do Jri contar com dois magistrados, sendo um deles Juiz Sumariante, e o outro, Juiz Presidente. Art. 53. Competir ao Juiz Sumariante: I receber ou rejeitar a denncia; II - presidir a instruo, proferir sentena e processar o eventual recurso que for interposto. Pargrafo nico. Ficar preventa a competncia do Juiz Sumariante na hiptese de desclassificao, salvo se operada pelo Tribunal do Jri. Art. 54. Ao Juiz Presidente competir: I receber o libelo; (NO TEM MAIS) II - preparar o processo para julgamento; III - presidir a sesso de julgamento e proferir sentena; IV - processar os recursos interpostos contra decises que proferir; V - organizar a lista geral de jurados anualmente; VI - fazer o sorteio e a convocao dos vinte e um (21) jurados componentes do jri para a sesso. Cuidado: 25 jurados (art. 447 CPP) Art. 55. Ao Juiz Sumariante e ao Juiz Presidente, nas respectivas fases do processo em

que exercerem a competncia funcional, caber decretar, relaxar ou regular a priso do ru, bem como conceder-lhe liberdade provisria. Pargrafo nico. Nos impedimentos e ausncias justificadas, os Juzes Sumariante e Presidente substituir-se-o reciprocamente sempre que no houver incompatibilidade ao desenvolvimento de suas especficas funes, independentemente de designao. TTULO VI JUIZADOS ESPECIAIS CVEIS E CRIMINAIS CAPTULO I ESTRUTURA DO SISTEMA Art. 56. Integram o Sistema dos Juizados Especiais: I - o Conselho de Superviso; II - as Turmas Recursais; III os Juizados Especiais Cveis; IV os Juizados Especiais Criminais. CAPTULO II CONSELHO DE SUPERVISO DOS JUIZADOS ESPECIAIS Art. 57. Compem o Conselho de Superviso dos Juizados Especiais: I - o Presidente do Tribunal de Justia; II - o Vice-Presidente do Tribunal de Justia; III - o Corregedor-Geral da Justia; IV um Juiz Diretor dos Juizados Especiais da Capital; V - um Juiz Supervisor dos Juizados Especiais de uma das comarcas de entrncia final do interior; VI um Juiz Presidente de Turma Recursal. Pargrafo nico. Os Juzes a que se referem os incisos IV, V e VI sero indicados pelo Conselho da Magistratura. Art. 58. Ao Conselho de Superviso dos Juizados Especiais compete: I elaborar o seu Regimento Interno; II - propor ao Presidente do Tribunal de Justia a designao de Juzes leigos e de conciliadores; III expedir editais de concurso e homologar concurso para provimento de cargos para a estrutura administrativa e de apoio dos Juizados Especiais; IV - referendar portarias de designao de Juzes togados para compor as Turmas Recursais; V - processar e julgar os recursos e as reclamaes contra o resultado de concursos

levados a efeito no mbito dos Juizados Especiais; VI aprovar, anualmente, o relatrio de atividades elaborado pela Superviso-Geral dos Juizados Especiais no mbito do Estado; VII - referendar ou alterar, por proposta da Superviso-Geral, a designao de substituto aos servidores da Justia no mbito dos Juizados Especiais, no caso de vacncia, licena ou frias; VIII - regulamentar procedimentos; IX receber reclamaes e sugestes; X - decretar regime de exceo nos Juizados Especiais, mediante proposio do Supervisor do Sistema; XI organizar cursos de preparao e aperfeioamento para juzes togados e leigos, conciliadores e servidores; XII promover encontros para acompanhamento, orientao e avaliao das atividades dos Juizados Especiais; XIII - planejar e supervisionar, no plano administrativo, a instalao e funcionamento dos Juizados Especiais, sem prejuzo da competncia da Corregedoria-Geral da Justia; XIV - exercer outras atribuies definidas em lei. Art. 59. A Superviso-Geral do Sistema dos Juizados Especiais no Estado competir ao Presidente do Tribunal de Justia, que poder deleg-la a um dos Vice-Presidentes. CAPTULO III TURMAS RECURSAIS Art. 60. As Turmas Recursais sero compostas de quatro (4) Juzes togados, de primeiro grau de jurisdio, designados por ato do Presidente do Tribunal de Justia, sendo sua atuao provisria e exclusiva. 1. O Presidente do Tribunal de Justia, aps parecer do Conselho de Superviso, poder criar tantas turmas recursais quantas forem necessrias e dispor, no ato da criao, a respeito de sua sede e competncia territorial. 2. Compete Turma Recursal processar e julgar os recursos interpostos contra decises dos Juizados Especiais, bem como os embargos de declarao de suas prprias decises. 3. A Turma Recursal igualmente competente para processar e julgar os mandados de segurana e os habeas corpus impetrados contra atos dos Juzes de Direito dos Juizados Especiais. 4. A Turma Recursal ser presidida pelo Juiz mais antigo entre os seus componentes. 5. Nos impedimentos e ausncias, o Presidente ser automaticamente substitudo pelo membro mais antigo.

6. Em caso de afastamento temporrio de qualquer dos membros integrantes da turma, no haver redistribuio de processos. 7. As funes administrativas e de chefia sero exercidas por Secretrio. 8. As demais normas de organizao e funcionamento das Turmas Recursais sero objeto de resoluo do Conselho de Superviso. CAPTULO IV JUIZADOS ESPECIAIS E SUAS UNIDADES JURISDICIONAIS Art. 61. Os Juizados Especiais, divididos por secretarias, constituem unidades jurisdicionais compostas por Juzes de primeiro grau. Art. 62. Em cada unidade jurisdicional, o Juiz de Direito poder contar com o auxilio de juzes leigos e conciliadores, cujas atividades so consideradas como de servio pblico relevante, podendo a estes ser atribudo valor pecunirio referente a prestao de servios, o que, em nenhuma hiptese, importar em vnculo empregatcio com o Poder Judicirio. 1. O Presidente do Tribunal de Justia, depois de ouvido o Conselho de Superviso, poder, conforme as disponibilidades oramentrias, limitar o nmero de conciliadores e juzes leigos, bem como corrigir os valores pelos servios por eles prestados. 2. Os pagamentos dos valores pecunirios por servios prestados pelos juzes leigos e conciliadores no tero efeito retroativo e sero regulamentados por resoluo do Conselho de Superviso, ao que se dar ampla publicidade. 3. As despesas decorrentes dos valores pecunirios pagos pelos servios prestados pelos juzes leigos e conciliadores correro conta da dotao oramentria prpria do Poder Judicirio, suplementada, se necessrio, observado o limite financeiro imposto pela Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000. Art. 63. As unidades dos Juizados Especiais Cveis e Criminais, que funcionaro em todas as comarcas, contaro com a estrutura prevista no anexo VII. 1. Nas comarcas onde no existirem cargos prprios dos Juizados Especiais, o Presidente do Tribunal de Justia, mediante proposta do Juiz de Direito, poder designar servidores para cumprirem as funes nas respectivas unidades jurisdicionais. 2. O cargo de Secretrio privativo de bacharel em Direito, sendo-lhe assegurado o direito percepo de gratificao de risco de vida.

3. ...Vetado... 4. Aos Oficiais de Justia que funcionarem nos Juizados Especiais poder ser atribuda ajuda de custo para transporte, a ser regulamentada por resoluo do Conselho de Superviso. Art. 64. s unidades dos Juizados Especiais Cveis compete, por distribuio, a conciliao, processamento, julgamento e a execuo de causas cveis de menor complexidade, assim definidas nos termos da lei. s unidades dos Juizados Especiais Criminais compete, por distribuio, a conciliao, processo, julgamento e a execuo de seus julgados, proferidos em processos relativos a infraes penais de menor potencial ofensivo, nos termos da lei, ressalvados o disposto no art. 74 da Lei Federal 9.099/95 e os casos de competncia exclusiva da Vara de Execues Penais e da Vara de Execuo de Penas e Medidas Alternativas, respectivamente. Art. 65. Nas comarcas de entrncia intermediria com mais de uma vara, a competncia prevista neste ttulo ser fixada por resoluo do Conselho de Superviso. 1. Nas comarcas de entrncia intermediria de Juzo nico e nas de entrncia inicial, a competncia do Juzo ser plena e concomitante. 2. Em casos excepcionais, o Conselho de Superviso poder dispor de maneira diversa. CAPTULO V FUNCIONAMENTO DOS JUIZADOS ESPECIAIS Art. 66. Os Juizados Especiais podero funcionar descentralizadamente, em unidades a serem instaladas em Distritos Judicirios que compem as comarcas, bem como nos bairros do municpio-sede, inclusive de forma itinerante em reas de elevada densidade populacional, para maior comodidade e presteza no atendimento ao jurisdicionado. 1. A instalao de unidades fixas descentralizadas depender de prvia aprovao do Presidente do Tribunal de Justia, mediante requerimento fundamentado do Supervisor do Sistema dos Juizados Especiais Cveis e Criminais. 2. As unidades centrais j instaladas podero ser objeto de descentralizao, cuja iniciativa caber ao Supervisor do Sistema. 3. Aos Juzes de Direito e servidores do quadro de pessoal do Tribunal de Justia que funcionarem perante as unidades avanadas poder ser atribuda ajuda de custo para transporte, a ser regulamentada por resoluo do Conselho de Superviso, observado o limite financeiro imposto pela Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000. Art. 67. Sem prejuzo do cumprimento do horrio de expediente para os ofcios de justia

do foro judicial, as unidades jurisdicionais cveis e criminais dos Juizados Especiais podero funcionar em horrio noturno, atendidas as necessidades do servio e as peculiaridades de cada comarca. 1. Aos servidores efetivos do Poder Judicirio poder ser atribuda gratificao pela prestao de servios noturnos junto aos Juizados Especiais. 2. Considera-se servio noturno, para efeitos de gratificao, aquele realizado fora do horrio normal do expediente forense. 3. Os critrios para concesso e implantao da gratificao sero regulamentados por resoluo do Conselho de Superviso. 4. A gratificao a que se refere o pargrafo primeiro no poder, a qualquer ttulo, ser cumulada com os valores recebidos pelos Juzes leigos e conciliadores. Art. 68. Os processos e atos relativos aos Juizados Especiais Cveis e Criminais esto sujeitos distribuio, observando-se para tanto o contido nos arts. 4, 6, 16, 76 e e 84, pargrafo nico, da Lei Federal 9.099/95, alm das disposies do Cdigo de Normas da Corregedoria-Geral da Justia, no que for pertinente. Pargrafo nico. O Conselho de Superviso baixar instrues relativamente forma de distribuio dos feitos cveis e criminais, no prazo de at noventa (90) dias, contados da vigncia desta Lei, observando-se que: a) No Foro Central da Comarca da Regio Metropolitana de Curitiba, a distribuio dos feitos cveis e criminais ser feita pelo 5 Ofcio Distribuidor, e na comarca de Londrina, a distribuio ser feita pelo 2 Ofcio Distribuidor, Contador, Partidor e Depositrio Pblico, sem antecipao de custas; b) nas demais comarcas do Estado, a distribuio ou o registro, conforme o caso, sero feitos pelos Distribuidores, sem antecipao de custas. Art. 69. O acesso ao Juizado Especial Cvel, no primeiro grau de jurisdio, no depender do pagamento de custas, taxas ou de outras despesas. 1. O preparo de recurso, na forma do art. 42, 1, da Lei Federal 9.099/95, compreender todas as despesas processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdio, bem como as taxas recursais, ressalvada a hiptese de assistncia judiciria. 2. Para efeito do disposto no pargrafo anterior, bem assim do contido no art. 55, primeira parte, da Lei Federal 9.099/95, devero ser cotadas, no curso do processo, as custas, taxas e outras despesas previstas em lei ou resoluo. 3. A iseno de custas, taxas e despesas previstas no caput deste artigo no se aplica a terceiros no-envolvidos na relao processual, para efeito de expedio de certides.

4. As custas, taxas e despesas pagas pelas partes revertero, na forma da lei, em favor do Fundo de Reequipamento do Poder Judicirio - FUNREJUS, excetuadas aquelas devidas aos ofcios no-integrantes do Sistema de Juizados Especiais. Art. 70. Os atos dos Depositrios Pblicos, Contadores, Partidores e Avaliadores sero praticados pelos respectivos ofcios das comarcas do Estado, sem antecipao de custas. TTULO VII NOMEAO, REMOO, OPO, PROMOO E PERMUTA DOS JUZES CAPTULO I NOMEAO Art. 71. A nomeao do Juiz Substituto para o cargo de Juiz de Direito ser feita com observncia da ordem de classificao no respectivo concurso. CAPTULO II OPO E PERMUTA Art. 72. A opo e a permuta far-se-o no interesse da Justia por deliberao do rgo Especial. CAPTULO III PROMOO E REMOO Art. 73. A promoo e a remoo sero feitas com observncia da Constituio Federal, da Lei Orgnica da Magistratura Nacional e da Constituio Estadual. Art. 74. A antigidade ser apurada na entrncia, e o merecimento ser aferido mediante critrios objetivos, levando-se em conta: a) a colocao do juiz, observando-se inicialmente, o primeiro quinto da lista de antigidade e, vencida esta etapa, o do segundo, do terceiro e assim sucessivamente; b) a dedicao e o esmero com que desempenha a funo; c) a produtividade e a qualidade dos servios prestados; d) o nmero de vezes que tenha figurado em listas; e) a freqncia a cursos oficiais de aperfeioamento; e f) a publicao de trabalhos jurdicos.

TTULO VIII COMPROMISSO, POSSE, EXERCCIO E ANTIGIDADE CAPTULO I COMPROMISSO, POSSE E EXERCCIO Art. 75. Nenhuma autoridade judiciria poder entrar em exerccio do cargo sem apresentar o ttulo de nomeao ao rgo ou autoridade competente para dar-lhe a posse; esta se efetivar mediante compromisso solene de honrar o cargo e de desempenhar com retido suas funes. 1. O compromisso ser reduzido a termo, e a posse somente se completar pela entrada em exerccio. 2. No ato de posse, o Juiz dever apresentar declarao pblica de seus bens, sob pena de no se consumar o ato, ou de anul-lo, caso j investido Art. 76. O prazo para o Juiz entrar em exerccio de trinta (30) dias, contados da publicao do ato oficial de nomeao, prorrogvel por idntico perodo mediante solicitao do interessado. 1. O pedido de prorrogao ser dirigido ao Presidente do Tribunal de Justia e dever ser justificado. 2. Nos casos de promoo, remoo ou permuta, o prazo de entrada em exerccio de quinze (15) dias, prorrogvel, justificadamente, por igual prazo, exceto se no houver mudana de comarca, caso em que a assuno dever ocorrer imediatamente aps a publicao do ato. Art. 77. Perder o direito ao cargo, que ser havido como vago, o Juiz que no prestar compromisso ou no entrar em exerccio nos prazos do artigo anterior. Pargrafo nico. O rgo ou a autoridade competente para empossar o Juiz verificar se foram satisfeitas, no ato da investidura, as condies estabelecidas em lei. Art. 78. Os Desembargadores tomaro posse perante o Tribunal, em sesso plenria, salvo manifestao em contrrio do empossando (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 1. Quando do ingresso na magistratura, os Juzes Substitutos tomaro posse perante o Presidente do Tribunal de Justia.

2. Os atos em referncia podero ocorrer em perodo de frias. 3. O termo de compromisso ser lavrado em livro prprio, anotando-se a data da posse no verso do ttulo de nomeao. 4. O Departamento da Magistratura manter registro atualizado das atividades dos Desembargadores, dos Juzes de Direito e dos Juzes Substitutos (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 5. As anotaes aludidas no pargrafo anterior, que sero iniciadas aps o nomeado prestar o compromisso legal e entrar em exerccio, referir-se-o a remoes, promoes, licenas, interrupes de exerccio e quaisquer ocorrncias que possam interessar ao cmputo do tempo de servio. CAPTULO II ANTIGIDADE Art. 79. O quadro de antigidade dos Desembargadores, dos Juzes de Direito e dos Juzes Substitutos, composto das listas correspondentes a cada categoria de magistrado, ser atualizado anualmente pelo Presidente do Tribunal de Justia e publicado no Dirio de Justia (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 1. O quadro ser publicado at o dia quinze (15) de fevereiro seguinte, e os que se considerarem prejudicados podero reclamar, no prazo de dez (10) dias, contados da publicao. 2. Se a reclamao no for rejeitada liminarmente por manifesta improcedncia sero ouvidos os interessados cuja antigidade possa ser prejudicada pela deciso no prazo de dez (10) dias, findo o qual ser apreciada pelo rgo Especial. 3. Julgada procedente a reclamao, a lista de antigidade ser republicada, com as pertinentes correes. Art. 80. A antigidade ser apurada na data do efetivo exerccio na entrncia, prevalecendo, no caso de empate, a colocao na imediatamente inferior, e assim por diante, at se fixar a indicao, considerando-se para esse efeito, sucessivamente, o tempo exercido como Juiz Substituto e a ordem de classificao no respectivo concurso. Pargrafo nico. Se persistir a igualdade, a antigidade ser determinada pelo tempo de servio pblico prestado ao Estado do Paran. TTULO IX VENCIMENTOS, REPRESENTAES, GRATIFICAES, AJUDAS DE CUSTO,

DIRIAS E AUXLIO FUNERAL CAPTULO I VENCIMENTOS, REPRESENTAES E GRATIFICAES Art. 81. Os vencimentos dos magistrados, assim entendido o estipndio fixo acrescido da verba de representao, so fixados em lei e em valor certo. 1. So irredutveis os vencimentos dos magistrados, sujeitando-se esses, entretanto, aos impostos gerais, inclusive ao de renda e aos extraordinrios, bem como aos descontos fixados em lei. 2. Os vencimentos dos Desembargadores, que no sero inferiores aos dos Secretrios de Estado, tm como parmetro os fixados para os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e no podem constituir paradigma para a remunerao de qualquer outro servidor pblico do Estado, exceto para os prprios magistrados, nos termos do pargrafo seguinte. 3. Os Juzes de entrncia final recebero noventa por cento (90%) dos vencimentos de Desembargador, e a diferena de uma entrncia para outra ser de dez por cento (10%) (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). I - Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). II - Revogado (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 4. Para efeito do pargrafo anterior, os Juzes Substitutos sero considerados de categoria imediatamente inferior aos de entrncia inicial. 5. O Juiz de Direito que, por ato do Presidente do Tribunal de Justia, for convocado para substituir em comarca de entrncia imediatamente superior perceber, durante o perodo de designao, a diferena de vencimentos correspondente ao cargo que passa a exercer. 6. O Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau que for designado para substituir no Tribunal perceber, durante o perodo da designao, a remunerao devida ao substituto, salvo as vantagens de carter pessoal (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 82. Alm dos vencimentos, podero ser outorgadas aos magistrados, nos termos da lei, as seguintes vantagens: I - ajuda de custo para despesas com transporte e mudana, cursos e seminrios de aperfeioamento e estudos;

II - dirias; III - representao; IV - gratificao por tempo de servio; V - dcimo terceiro salrio; VI - gratificao de frias; e VII - gratificao de direo de Frum. Art. 83. Aos magistrados ser concedida a gratificao adicional de que trata o inciso IV do artigo anterior, no limite de cinco por cento (5%) sobre seus vencimentos, por qinqnio de servio, at o mximo de sete (7). Pargrafo nico. vedada a percepo, a qualquer ttulo, de gratificao adicional por tempo de servio de forma diversa da disposta neste artigo. Art. 84. O Presidente do Tribunal de Justia perceber, mensalmente, pelo exerccio do cargo, gratificao correspondente a vinte e cinco por cento (25%) sobre os vencimentos. O 1 Vice-Presidente do Tribunal de Justia e o Corregedor-Geral da Justia percebero vinte por cento (20%). O 2 Vice-Presidente do Tribunal de Justia e o Corregedor Adjunto percebero quinze por cento (15%) e os Juzes Diretores do Frum, faro jus a cinco por cento (5%) (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 1. Pela substituio transitria, o substituto ter direito percepo da gratificao de direo de Frum, proporcionalmente aos dias em que exercer a substituio. 2. Quando o substituto tiver que responder cumulativamente por duas ou mais comarcas, ser-lhe- devida apenas uma gratificao de direo de frum, quando a tenha exercido nas condies previstas no pargrafo anterior (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). CAPTULO II AJUDAS DE CUSTO E DIRIAS Art. 85. A ajuda de custo prevista no inciso I do art. 81, em importncia de at uma (1) remunerao mensal do cargo que exercia, ser devida apenas uma vez a cada perodo de dois anos e desde que o magistrado tenha que transferir residncia para outra comarca em decorrncia de promoo ou remoo. 1. Em caso de permuta, no ser devida ajuda de custo. 2. A critrio do Presidente do Tribunal de Justia, a ajuda de custo poder ser adiantada. Art. 86. A diria, correspondente a um trinta avos (1/30) dos vencimentos do magistrado, ser paga at o limite de quinze (15) por ms, sempre que este, devidamente autorizado

pelo Presidente do Tribunal de Justia, deslocar-se da respectiva sede a servio do Poder Judicirio. 1. O valor da diria ser reduzido metade quando, no mbito interno, no houver necessidade de pernoite. 2. Ao Juiz Substituto que, autorizado pelo Presidente do Tribunal de Justia, deslocarse da sede da seo judiciria para atender outra comarca, sero pagas dirias at o limite de dez (10) por ms. Art. 87 A atribuio de dirias aos magistrados prerrogativa do Presidente do Tribunal de Justia (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Pargrafo nico. O afastamento do Presidente do Tribunal de Justia, dos VicePresidentes, do Corregedor-Geral da Justia e do Corregedor Adjunto, quando no desempenho de suas correspondentes funes, no depende de autorizao (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). CAPTULO III AUXLIO FUNERAL Art. 88. Ao cnjuge sobrevivente, ao companheiro pela unio estvel ou aos herdeiros necessrios do magistrado, em caso de falecimento deste, pagar-se- importncia correspondente a um ms dos seus vencimentos para atender s despesas de funeral. Pargrafo nico. Na falta das pessoas apontadas, quem houver custeado o funeral ser indenizado pelas despesas comprovadas at o montante referido neste artigo. TTULO X LICENAS, CONCESSES E FRIAS CAPTULO I LICENAS Art. 89. O magistrado poder afastar-se do cargo em razo de: I - licena para tratamento de sade; II - licena por motivo de doena em pessoa da famlia; III - licena para repouso gestante; IV - licena-paternidade; V - licena para freqentar cursos, congressos, seminrios ou reunies de interesse do Poder Judicirio; VI - licena especial;

VII licena para tratar de assuntos particulares por um perodo de at oito (8) dias, conforme disposto em resoluo. Art. 90. A licena para tratamento de sade ser concedida por at trinta (30) dias, mediante apresentao de atestado mdico oficial ou do mdico assistente do requerente, tendo esse atestado que indicar a classificao internacional da doena (CID). 1. A concesso de licena, por prazo superior a trinta (30) dias, assim entendida a prorrogao, depender de laudo expedido por junta mdica oficial, nomeada pelo Presidente do Tribunal de Justia, quando se tratar de Desembargador ou de Juiz de primeiro grau (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). 2. Se no houver junta mdica oficial na comarca de exerccio do magistrado, a licena poder ser concedida vista de atestado assinado por mais de um mdico e visado pela junta mdica do Tribunal de Justia, que poder exigir o exame pessoal do paciente sempre que assim o entender. Art. 91. A licena para tratamento de sade ter o prazo mximo de dois (2) anos, cuja contagem no se interromper quando da reassuno do exerccio por perodo de at trinta (30) dias. 1. Aps vinte e quatro (24) meses de afastamento consecutivo, nos termos do caput deste artigo, o magistrado ser submetido inspeo de sade, perante junta mdica oficial nomeada pelo Presidente do Tribunal de Justia. 2. Se a junta mdica concluir pelo restabelecimento do magistrado, dever este reassumir o cargo dentro de dez (10) dias, contados da data do laudo. 3. Se o laudo concluir pela continuao da enfermidade, dever ser iniciado o processo de aposentadoria do magistrado. Art. 92. O magistrado que houver gozado licena-enfermidade pelo perodo mximo no poder ser novamente licenciado, seno depois de um (1) ano de efetivo exerccio do cargo, contado da reassuno. Pargrafo nico. Antes de decorrido o prazo de que trata este artigo, s excepcionalmente poder ser-lhe concedida outra licena para tratamento de sade por deliberao do rgo Especial. Art. 93. O magistrado licenciado no poder exercer nenhuma de suas funes jurisdicionais ou administrativas, nem outra funo pblica ou privada, ressalvado o disposto no pargrafo seguinte. Pargrafo nico. Salvo contra-indicao mdica, o magistrado licenciado poder proferir decises em processos que, antes da licena, foram-lhe conclusos para julgamento ou tenham recebido seu visto como relator ou revisor.

Art. 94. O requerimento de licena para tratamento de sade em pessoa da famlia do magistrado, alm de instrudo na forma estabelecida no art. 90 deste Cdigo, dever conter a expressa declarao acerca da indispensabilidade da assistncia pessoal do magistrado ao paciente e sobre a incompatibilidade da prestao com o exerccio do cargo. Pargrafo nico. A licena por motivo de doena em pessoa da famlia ser concedida ao magistrado com remunerao integral pelo prazo mximo de trinta (30) dias; alm desse tempo, a licena ser sem vencimentos, salvo situaes excepcionais, a critrio do rgo Especial do Tribunal de Justia. Art. 95. O direito ao gozo de licena maternidade, com durao de cento e vinte (120) dias, assegurado magistrada, sem prejuzo dos vencimentos e de outras vantagens. Art. 96. A licena-paternidade de que trata o art. 89, IV, deste Cdigo ser concedida pelo prazo de cinco (5) dias, necessariamente contados a partir do dia do nascimento, ainda que a apresentao da correspondente certido de nascimento ocorra posteriormente. CAPTULO II CONCESSES Art. 97. Sem prejuzo dos vencimentos e das vantagens legais, o magistrado poder afastar-se de suas funes por at oito (8) dias consecutivos, sempre contados a partir do evento, por motivo de: I - casamento; II - falecimento do cnjuge, ascendente, descendente, sogro, sogra ou irmo. Pargrafo nico. No caso do inciso I deste artigo, o magistrado comunicar, com antecedncia, o seu afastamento, inclusive a seu substituto legal e, na hiptese do inciso II, as comunicaes devero ser feitas logo que possvel. Art. 98. Conceder-se- afastamento ao magistrado, sem prejuzo de seus vencimentos e vantagens: I - para freqentar cursos ou seminrios de aperfeioamento e estudos, a critrio do rgo Especial do Tribunal de Justia; II para prestao de servios exclusivamente Justia Eleitoral; III - para exercer a presidncia da Associao dos Magistrados do Paran e Associao dos Magistrados Brasileiros; IV - para exercer o cargo de Diretor-Geral da Escola da Magistratura do Paran. CAPTULO III FRIAS

Art. 99. Os magistrados gozaro de frias anuais consoante disposto no Estatuto da Magistratura e nos perodos fixados por resoluo. TTULO XI SUBSTITUIO NO TRIBUNAL DE JUSTIA E NAS COMARCAS CAPTULO I SUBSTITUIO NO TRIBUNAL DE JUSTIA

Art. 100. A substituio no Tribunal de Justia ser efetuada em conformidade com o Regimento Interno (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). CAPTULO II SUBSTITUIES NAS COMARCAS

Art. 101. Os Juzes de Direito, titulares de varas das comarcas de entrncia final, sero substitudos por Juzes de Direito Substitutos em primeiro grau, da seo judiciria respectiva, quando for o caso, ou por designao do Presidente do Tribunal de Justia, que excepcionalmente poder valer-se de Juzes Substitutos ou de titulares de outras varas. Art. 102. O Presidente do Tribunal de Justia, sempre que as circunstncias exigirem, poder designar Juiz de Direito Substituto em primeiro grau para, cumulativamente, substituir o titular em duas ou mais varas da mesma ou de diversa seo judiciria da mesma comarca de entrncia final. Art. 103. As substituies decorrentes de frias, licena, afastamento, impedimento e vacncia de cargo pelos Juzes Substitutos no mbito das comarcas que integram a respectiva seo judiciria, sero incontinenti e automaticamente comunicadas ao Presidente do Tribunal de Justia e Corregedoria-Geral da Justia. Pargrafo nico. As substituies a serem feitas pelos Juzes de Direito Substitutos em primeiro e segundo graus, conforme seja o caso, processar-se-o em consonncia com as determinaes da Presidncia do Tribunal de Justia. Art. 104. Os Juzes Substitutos substituiro, ordinariamente, os Juzes de Direito das comarcas de entrncia intermediria e inicial que compuserem a respectiva seo judiciria. Pargrafo nico. Nos casos de impedimento, de suspeio e de encontrar-se vago o cargo de Juiz Substituto, ou conforme as exigncias do servio, as substituies podero ser excepcionalmente feitas por Juiz de Direito, mediante designao do Presidente do

Tribunal de Justia. Art. 105. Sempre que conveniente administrao da Justia, o Presidente do Tribunal poder deslocar temporariamente Juzes Substitutos de uma para outra seo judiciria, ou design-los para atender cumulativamente a mais de uma seo ou comarca. TTULO XII APOSENTADORIA, REVERSO E APROVEITAMENTO CAPTULO I APOSENTADORIA Art. 106. A aposentadoria dos magistrados ser concedida nos termos da Constituio Federal. Art. 107. Reajustar-se-o os proventos de aposentadoria com a mesma periodicidade e proporo dos aumentos de vencimentos concedidos, a qualquer ttulo, aos magistrados em atividade. Art. 108. Computar-se- em favor dos magistrados, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de efetivo exerccio da advocacia, at o mximo de quinze (15) anos, comprovada a correspondente contribuio previdenciria. Art. 109. O Regimento Interno disciplinar o processo de verificao de invalidez do magistrado, para efeito de sua aposentadoria, com observncia dos seguintes requisitos: I - o processo ter incio a requerimento do magistrado, por ordem do Presidente do Tribunal, de ofcio, em cumprimento de deliberao do rgo Especial, ou por provocao da Corregedoria-Geral da Justia; II - tratando-se de incapacidade mental, o Presidente do Tribunal nomear curador ao paciente, sem prejuzo da defesa que este queira oferecer pessoalmente ou por procurador que constituir; III o paciente dever ser afastado, desde logo, do exerccio do cargo at final deciso, devendo o processo ser concludo no prazo de sessenta (60) dias; IV a recusa do paciente de submeter-se percia mdica permitir o julgamento, este baseado em quaisquer outras provas; V - o magistrado que, por dois (2) anos consecutivos, afastar-se ao todo por seis (6) meses ou mais para tratamento de sade, dever sujeitar-se, ao requerer nova licena para igual fim, dentro de dois (2) anos, a exame para verificao de invalidez; VI - se o rgo Especial concluir pela incapacidade do magistrado, os autos sero encaminhados ao Presidente do Tribunal de Justia. CAPTULO II REVERSO E APROVEITAMENTO

Art. 110. A reverso de magistrado, aposentado por invalidez, bem como o aproveitamento daquele em disponibilidade, depender de requerimento do interessado, podendo o rgo Especial do Tribunal de Justia deixar de acolher o pedido, se assim for do interesse da Justia. 1. Em qualquer caso, ser necessria a existncia de vaga a ser preenchida pelo critrio de merecimento, em comarca de categoria igual que ocupara o requerente, que dever provar idade no superior a sessenta e cinco (65) anos e aptido fsica e mental, mediante laudo de inspeo de sade expedido por junta mdica nomeada pelo Presidente do Tribunal, ouvido o Conselho da Magistratura e tendo como relator o Corregedor-Geral da Justia. 2. A reverso e o aproveitamento no excluem o cumprimento dos interstcios de trinta (30) anos de servio pblico e de cinco (5) anos de efetiva atuao na magistratura, este contado a partir do novo exerccio. TTULO XIII TRATAMENTO, VESTES TALARES E EXPEDIENTE CAPTULO NICO. TRATAMENTO, VESTES TALARES E EXPEDIENTE Art. 111. Ao Tribunal de Justia, suas Cmaras e Grupos, cabe o tratamento de egrgio, e a todos os magistrados o de excelncia (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 112. Os membros do Tribunal de Justia tm o ttulo de Desembargador e os Magistrados de primeiro grau, o de Juiz de Direito e Juiz Substituto (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Pargrafo nico. O magistrado aposentado perder o tratamento correspondente ao cargo se: I - inscrever-se nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil; II - dedicar-se a atividades poltico-partidrias. Art. 113. Nos Juzos colegiados e nos atos solenes da Justia obrigatrio o uso de vestes talares, conforme modelo aprovado pelo rgo Especial do Tribunal de Justia. Art. 114. Os magistrados de primeiro grau de jurisdio devero comparecer diariamente sede do Juzo, salvo quando em diligncia externa, conforme estabelecer o Regimento Interno do Tribunal de Justia. 1. As disposies deste artigo no se aplicam aos Juzes de varas de atendimento

permanente, que tero seu funcionamento disciplinado por ato do Presidente do Tribunal de Justia, ouvido o Corregedor-Geral da Justia. 2. Sero institudos, conforme definio do rgo Especial do Tribunal de Justia e por ato de seu Presidente, sistemas de plantes permanentes no Tribunal, nas comarcas de entrncia final e naquelas que forem sede de sees judicirias, para atendimento nos dias em que no houver expediente forense normal (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005).

LIVRO III JUZES DE PAZ TTULO I JUZES DE PAZ CAPTULO NICO NOMEAO, ATRIBUIES, COMPETNCIA E SUBSTITUIO Art. 115. A justia de paz ser composta de cidados com competncia para celebrar casamentos; verificar, de ofcio ou em face de impugnao apresentada, o processo de habilitao; exercer atribuies conciliatrias e outras sem carter jurisdicional. Pargrafo nico. O Juiz de Paz, na celebrao de casamento, usar faixa verde e amarela de 10 (dez) centmetros de largura, posta a tiracolo, do lado direito para o esquerdo. J CAIU ANTES!!! Art. 116. Em cada distrito das comarcas de entrncia inicial e intermediria e em cada circunscrio do registro civil das comarcas de entrncia final, haver um (1) Juiz de Paz e dois (2) suplentes, que renam os seguintes requisitos: I - cidadania brasileira e maioridade civil; II gozo dos direitos civis, polticos e quitao com o servio militar; III - ter domiclio e residncia na sede do distrito ou da comarca, conforme seja o caso; IV ter escolaridade correspondente ao segundo grau; V ter bons antecedentes e no ser filiado a partido poltico. Art. 117. O Juiz de Paz tomar posse e entrar no exerccio da funo perante o Juiz de Direito Diretor de Frum da circunscrio onde deva servir. 1. Nos impedimentos, nas ausncias ou no abandono do cargo, a substituio do Juiz de Paz ser feita, sucessivamente, pelo primeiro e pelo segundo suplentes. 2. No havendo suplente para substituio, o Juiz de Direito Diretor de Frum

designar Juiz de Paz ad hoc para intervir nos processos de habilitao de casamento. LIVRO IV AUXILIARES DA JUSTIA TTULO I SERVENTURIOS E FUNCIONRIOS DA JUSTIA E AGENTES DELEGADOS DO FORO EXTRAJUDICIAL CAPTULO NICO COMPOSIO E FUNCIONAMENTO Art. 118. Os servios auxiliares do Poder Judicirio so desempenhados por servidores com a denominao especfica de: I - funcionrios da justia; II - serventurios da justia do foro judicial; III agentes delegados do foro extrajudicial. Art. 119. Denominam-se serventurios da justia do foro judicial os titulares de ofcios da justia a seguir relacionados: I - Escrivanias do Cvel; II Escrivanias do Crime; III - Escrivanias da Fazenda Pblica, Falncias e Concordatas; IV - Escrivanias de Famlia; V Escrivanias da Infncia e da Juventude; VI - Escrivanias de Execues Penais; VII Escrivania de Inquritos Policiais; VIII - Escrivania de Execuo de Penas e Medidas Alternativas; IX - Escrivania de Delitos de Trnsito; X - Escrivania de Adolescentes Infratores; XI - Escrivania de Registros Pblicos, Acidentes do Trabalho e Precatrias Cveis; XII Escrivania de Precatrias Criminais; XIII Escrivania da Corregedoria dos Presdios; XIV - Escrivanias dos Tribunais do Jri; XV - Secretarias dos Juizados Especiais, das Turmas Recursais e do Conselho de Superviso; XVI - Ofcio do Distribuidor; XVII - Ofcio do Contador e Partidor; XVIII - Ofcio do Avaliador; XIX - Oficio do Depositrio Pblico. Pargrafo nico. Os ofcios podero funcionar acumulados, no interesse da Justia.

Art. 120. Denominam-se agentes delegados do foro extrajudicial os ocupantes da atividade notarial e de registro, a saber: I Tabelies de Notas; II Tabelies de Protesto de Ttulos; III Oficiais de Registro de Imveis; IV Oficiais de Registro de Ttulos de Documentos e Civis das Pessoas Jurdicas; V Oficiais de Registro Civis das Pessoas Naturais; VI - Oficiais de Registro de Distribuio Extrajudicial; VII - Oficiais Distritais. 1. Os servios notariais e de registro podero funcionar acumulados precariamente, no interesse da Justia ou em razo do volume da receita e dos servios. 2. Os Oficiais Distritais podero acumular as funes de registrador civil de pessoas naturais e as de tabelio de notas. 3. Compete ao Presidente do Tribunal de Justia outorgar a delegao para a atividade notarial e de registro. Art. 121. Os titulares de ofcios de justia do foro judicial no remunerados pelos cofres pblicos podero admitir, sob sua responsabilidade e s expensas prprias, tantos empregados quantos forem necessrios ao servio, ficando as relaes empregatcias respectivas subordinadas legislao trabalhista. 1. Sob proposta do titular do ofcio ao Juiz Diretor de Frum, este poder juramentar um ou mais empregados para subscrever atos da serventia, sem alterao da correspondente relao empregatcia. 2. Para os fins do pargrafo anterior, os empregados indicados devero ter o segundo grau completo e preencher os requisitos enumerados no art .126, incisos I a III, deste Cdigo. 3. Caber ao Juiz Diretor de Frum encaminhar cpia da portaria de juramentao, no prazo de trs (3) dias, Corregedoria-Geral da Justia, para verificao da regularidade do ato e anotaes. Art. 122. Os agentes delegados da justia do foro extrajudicial podero admitir, sob sua responsabilidade e s expensas prprias, tantos empregados quantos forem necessrios ao servio, ficando as relaes empregatcias respectivas subordinadas legislao trabalhista. 1. Os agentes delegados indicaro, por escrito, seus substitutos e escreventes, para praticar atos, observadas as condies previstas no art. 121, 2, deste Cdigo e as normas fixadas pela Corregedoria-Geral da Justia, sem alterao da correspondente relao empregatcia, que continuar subordinada legislao laboral.

2. Para os fins do pargrafo anterior, as indicaes sero feitas ao Juiz Corregedor do foro extrajudicial, que, aps verificar quanto ao cumprimento das formalidades indispensveis, submeter as respectivas propostas ao Juiz Diretor de Frum, a quem caber lavrar portaria de juramentao com encaminhamento de cpia CorregedoriaGeral da Justia. Art. 123. Denominam-se funcionrios da justia os servidores que constituem o quadro do Tribunal de Justia, distinguindo-se em: (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). I - os integrantes dos cargos da Secretaria do Tribunal; (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). II - os Auxiliares de Cartrio; III os Auxiliares Administrativos; IV - os Oficiais de Justia; V os Comissrios de Vigilncia; VI - os Assistentes Sociais; VII os Psiclogos; VIII - os Porteiros de Auditrio; IX os Agentes de Limpeza; X - os Secretrios do Conselho de Superviso do Juizado Especial; XI os Secretrios de Turma Recursal do Juizado Especial; XII os Secretrios do Juizado Especial; XIII os Oficiais de Justia do Juizado Especial; XIV os Auxiliares de Cartrio do Juizado Especial; XV os Auxiliares Administrativos do Juizado Especial; XVI os Contadores e Avaliadores do Juizado Especial. Pargrafo nico. Os funcionrios da justia subordinam-se s normas do Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis do Estado do Paran no que lhes for aplicvel. Art. 124. Consideram-se auxiliares da justia, entre outros, enquanto estiverem participando de atos judiciais, o s administradores, os depositrios, os intrpretes, os peritos, os tradutores e os leiloeiros, eventualmente nomeados para fins especficos. TTULO II CONCURSO, NOMEAO E POSSE CAPTULO I SERVENTURIOS DA JUSTIA DO FORO JUDICIAL Art. 125. Os serventurios da justia sero nomeados mediante concurso de provas e ttulos, por ato do Presidente do Tribunal de Justia. Pargrafo nico. A realizao do concurso ser determinada pelo Presidente do Tribunal

de Justia, aps vacncia do cargo. Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato dever preencher os seguintes requisitos no momento da inscrio: I - ser brasileiro, estar no exerccio dos direitos civis e polticos e quite com o servio militar, quando for a hiptese; II - ter idade mnima de dezoito (18) anos; III - apresentar cdula de identidade fornecida pela repartio estadual; IV - fazer prova do recolhimento da taxa de inscrio que for fixada pelo Conselho Diretor do FUNREJUS. Pargrafo nico. Os candidatos classificados devero comprovar sanidade fsica e mental, por meio de laudo fornecido por rgo oficial do Estado, apresentar prova de bons antecedentes e indicar fontes de informaes pessoais, na forma do regulamento do concurso. Art. 127. O Regimento Interno do Tribunal de Justia dispor sobre as formalidades administrativas do concurso, cabendo ao Conselho da Magistratura elaborar seu Regulamento. CAPTULO II FUNCIONRIOS DA SECRETARIA DO TRIBUNAL DE JUSTIA (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 128. O Tribunal de Justia, constitudo de quadro prprio, somente admitir funcionrios mediante concurso pblico de provas, ou de provas e de ttulos, excetuados os cargos em comisso (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Pargrafo nico. O concurso obedecer ao que dispuser o regimento interno e as normas do regulamento que for elaborado pela Comisso de Concursos e de Promoes do Tribunal de Justia (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 129. Para ser admitido ao concurso, o candidato, com idade mnima de dezoito (18) anos completos quando da inscrio, dever preencher os requisitos estabelecidos no art. 126, incisos I e III, deste Cdigo, alm de outras condies que vierem a ser impostas pelo regulamento, inclusive quanto ao grau de escolaridade e de habilitao profissional ou tcnica exigidos, conforme a natureza do cargo a ser ocupado. Art. 130. A nomeao dos candidatos aprovados ser efetivada por ato do Presidente do Tribunal de Justia (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005).

CAPTULO III OFICIAIS DE JUSTIA, PORTEIROS DE AUDITRIO, AUXILIARES DE CARTRIO E ADMINISTRATIVOS, COMISSRIOS DE VIGILNCIA E AGENTES DE LIMPEZA Art. 131. O concurso para provimento desses cargos obedecer ao que dispuserem o Regimento Interno do Tribunal de Justia e o regulamento baixado para tal fim, observadas as disposies legais aplicveis espcie. Art. 132. Para ser admitido ao concurso, o candidato dever preencher os requisitos do art. 126 deste Cdigo. 1 . Para o cargo de agente de limpeza, exigir-se- escolaridade equivalente ao Ensino Fundamental e para o de auxiliar de cartrio, escolaridade correspondente ao segundo grau completo. 2. ...Vetado... 3. Ser concedido a critrio da administrao do Poder Judicirio, o pagamento do tempo integral e de dedicao exclusiva TIDE, ao Oficial de Justia em face do horrio previsto para o cumprimento dos mandatos judiciais, estipulados no Cdigo de Processo Civil, assim como no Cdigo de Normas da Corregedoria-Geral do Tribunal de Justia do Estado do Paran. Art. 133. Os Agentes de Limpeza sero admitidos mediante teste seletivo, sob o regime da Consolidao das Leis do Trabalho, ficando os atuais cargos extintos medida que vagarem. Art. 134. Os candidatos aprovados sero nomeados na forma prevista no art. 130 deste Cdigo.

CAPTULO IV POSSE Art. 135. Os funcionrios da Secretaria do Tribunal tomaro posse perante o Secretrio (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005).

Pargrafo nico. Os serventurios da justia tomaro posse perante o Juiz Diretor de Frum da comarca onde exercero suas funes. Art. 136. A Secretaria do Tribunal manter registro apropriado referente a seus servios, devendo nele ser anotada toda e qualquer alterao ocorrida na carreira funcional de seus quadros. (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). CAPTULO V DISPOSIES ESPECIAIS Art. 137. O regulamento prprio da Secretaria do Tribunal de Justia disciplinar as atribuies do quadro funcional, levando em conta: (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). I - a descentralizao e racionalizao dos servios; II o exerccio em comisso de funes de chefia, observados os parmetros tcnicos recomendveis, inclusive no que tange indispensvel relao de proporcionalidade numrica entre chefes e subordinados diretos.

TTULO III REMOES, PERMUTAS E PROMOES CAPTULO NICO REMOES, PERMUTAS E PROMOES Art. 138. A remoo ou promoo dos Titulares de Oficio, correr por ato do Presidente do Tribunal de Justia, entre o serventurio que esteja respondendo pela designao da serventia, se assim o requerer e os demais candidatos indicados pelo Conselho da Magistratura de acordo com as regras por este aprovadas. 1. A permuta dar-se- por requerimento das partes, por ato do Presidente do Tribunal de Justia. 2. A promoo e remoo observaro os critrios de antiguidade e merecimento, alternadamente. Art. 139. No caso de vacncia de ofcio, o Juiz Diretor de Frum far imediata comunicao ao Presidente do Tribunal de Justia, que autorizar a expedio de edital, convocando os interessados remoo, promoo ou ao provimento, mediante concurso pblico, se no houver interessado em remoo.

Art. 140. Decorrido o prazo legal, os pedidos sero reunidos em uma s autuao e encaminhados Corregedoria-Geral de Justia, que, aps parecer, submet-los- prvia deliberao do Conselho da Magistratura. Pargrafo nico. Ser excludo o pretendente que tenha sofrido pena disciplinar, salvo se, no-reincidente, j decorridos mais de dois (2) anos da ltima punio. Art. 141. Vencidas as fases de que trata o artigo anterior, o Corregedor-Geral da Justia relatar o processo perante o Conselho da Magistratura, que deliberar quanto indicao ou no de pretendentes. Pargrafo nico. Publicado o decreto de remoo, o serventurio da justia do foro judicial ter o prazo de dez (10) dias para assumir as novas funes, salvo em caso de remoo no mbito da mesma comarca, quando a assuno ser imediata. Art. 142. No havendo candidatos remoo ou promoo, quando for o caso, ou tendo sido indeferidos pedidos eventualmente feitos, ser expedido edital de chamamento a concurso pblico para provimento do cargo vago por nomeao Art. 143. Aplicam-se aos Oficiais de Justia, assim como aos Auxiliares de Cartrio, aos Auxiliares Administrativos e Comissrios de Vigilncia, no que couberem, as disposies contidas neste Captulo. Art. 144. Ao concurso de remoo somente podero ser admitidos titulares que exeram a atividade por mais de dois (2) anos, salvo se no houver candidato que atenda este requisito.

TTULO IV SERVENTURIOS DA JUSTIA DO FORO JUDICIAL CAPTULO NICO ATRIBUIES Art. 145. Aos servidores do foro judicial em geral incumbe: I aos Escrives, a prtica de todos os atos privativos previstos em lei, observados as formas, usos, estilos e costumes seguidos no foro. II - aos Distribuidores, a distribuio de todos os processos e atos entre Juzes, Escrives, titulares de ofcios de justia e agentes delegados do foro extrajudicial, observadas as seguintes regras: a) esto sujeitos distribuio, unicamente, os processos e atos pertencentes competncia de dois ou mais Juzes ou de dois ou mais serventurios ou ainda de dois ou mais agentes delegados;

b) vedado ao Distribuidor reter quaisquer processos e atos destinados distribuio, a qual deve ser feita imediatamente e em ordem rigorosamente sucessiva, proporo que lhe forem apresentados; c) no caso de incompatibilidade ou suspeio daquele a quem for distribudo algum processo ou ato, em tempo oportuno se lhe far a compensao; d) distribuir-se-o, por dependncia, os feitos de qualquer natureza que se relacionarem com outros j distribudos e ajuizados; e) os atos e processos que no estiverem sujeitos distribuio por no pertencerem competncia de dois ou mais Juzes ou de dois ou mais serventurios ou ainda de dois ou mais agentes delegados, sero, no obstante, prvia e obrigatoriamente registrados pelo Distribuidor em livro prprio; f) cumprir as normas editadas pela Corregedoria-Geral da Justia e pelo Juiz Diretor de Frum. III aos Contadores: a) contar, em todos os feitos, antes da sentena ou de qualquer despacho definitivo, mediante ordem do Juiz, os emolumentos e as custas, conforme previsto no regimento respectivo; b) proceder contagem do principal e dos juros nas aes referentes a dvidas em quantia certa e nos clculos aritmticos que se fizerem necessrios relativamente a direitos e obrigaes; c) fazer o clculo para pagamento de impostos; d) cumprir, sob pena de responsabilidade, as disposies legais sobre recolhimento de importncias devidas a instituies ou fundos. IV aos Partidores, organizar as partilhas judiciais. V - aos Depositrios Pblicos, ter sob sua guarda e segurana, com obrigao legal de os restituir na oportunidade prpria, os bens corpreos apreendidos judicialmente, salvo os que forem confiados a depositrios particulares. VI - aos Avaliadores Judiciais, por distribuio nas comarcas em que houver mais de um, expedir laudo de avaliao de bens, rendimentos, direitos e aes, segundo o que for determinado no mandado. TTULO V OUTROS AUXILIARES DA JUSTIA CAPTULO NICO ATRIBUIES Art. 146. Aos Oficiais de Justia incumbe: I - fazer citaes, arrestos, penhoras e demais diligncias que lhe forem cometidas; II - lavrar autos e certides referentes aos atos que praticarem; III - convocar pessoas idneas para que testemunhem atos de sua funo, quando a lei

assim o exigir; IV - exercer, onde no houver, as funes de porteiro de auditrio, mediante designao do Juiz; V - exercer cumulativamente quaisquer outras funes previstas neste Cdigo e dar cumprimento s ordens emanadas da Corregedoria-Geral da Justia e do Juzo pertinentes aos servios judicirios. Art. 147. Incumbe aos Porteiros de Auditrios: I - apregoar e fazer a chamada das partes e testemunhas; II - apregoar os bens, nas praas e leiles judiciais; III - passar certides de preges, editais, praas, arremataes ou de quaisquer outros atos que praticarem no exerccio da funo. Art. 148. Aos Comissrios de Vigilncia incumbe: I - exercer vigilncia sobre as crianas e adolescentes e fiscalizar a execuo das leis de assistncia e proteo que lhes digam respeito; II - proceder mediante determinao judicial s investigaes relativas a crianas e adolescentes, seus pais, tutores ou encarregados de sua guarda, com o fim de esclarecer a ocorrncia de fatos ou circunstncias que possam comprometer sua segurana fsica e moral; III - apreender e conduzir, por determinao judicial, crianas e adolescentes abandonados ou infratores e proceder, a respeito deles, s investigaes referidas no inciso anterior; IV - manter o servio de fiscalizao de crianas e adolescentes sujeitos liberdade assistida ou entregues mediante termo de responsabilidade e guarda; V - auxiliar no preparo de processos relativos a crianas e adolescentes, promover medidas preliminares de instruo determinadas pelo Juiz, incluindo a tomada de declaraes de pais, tutores ou responsveis e de demais pessoas que possam oferecer esclarecimentos; VI - exercer vigilncia sobre crianas e adolescentes em ambientes pblicos, em cinemas, teatros e casas de diverso pblicas em geral, mediante ordem de servio especfica para a diligncia; VII - proceder a todas as investigaes concernentes a crianas e adolescentes junto ao meio em que vivem e s pessoas que os cercam e efetivar o encaminhamento necessrio dessa pesquisa aos rgos e entidades competentes; VIII - investigar os antecedentes de crianas e adolescentes e de seus familiares; IX - colaborar junto aos programas oficiais de voluntariado do Poder Judicirio ou sob a fiscalizao deste. Art. 149. No exerccio de suas funes, os Oficiais de Justia e os Comissrios de Vigilncia tero passe-livre no transporte coletivo urbano e intermunicipal. Art. 150. Aos Auxiliares de Cartrio e Administrativos incumbe desempenhar servios compatveis com as funes, sob a responsabilidade do titular respectivo.

TTULO VI VENCIMENTOS, AJUDAS DE CUSTO, LICENAS E FRIAS CAPTULO I VENCIMENTOS Art. 151. Os vencimentos dos titulares de ofcios da justia remunerados, exclusivamente, pelos cofres pblicos e os dos funcionrios da justia sero fixados em lei, observados os princpios constitucionais. 1. Nenhum dos auxiliares da justia referidos no caput deste artigo poder perceber, mensalmente, remunerao bruta superior percebida pelos Juzes de Direito de entrncia final, salvo a acumulao de proventos com vencimentos de cargo em comisso. 2. O Presidente do Tribunal de Justia baixar, no prazo de noventa (90) dias, contados da vigncia deste Cdigo, ato dispondo sobre a forma de aplicao da norma contida no pargrafo anterior. CAPTULO II AJUDAS DE CUSTO Art. 152. Aos auxiliares da justia do foro judicial devida a ajuda de custo no valor de at uma (1) remunerao mensal, para cobrir despesas de transporte, quando tiverem que transferir residncia para outra comarca, em virtude de promoo ou de remoo. Pargrafo nico. Na fixao do valor da ajuda de custo, que no ser concedida em intervalo inferior a dois (2) anos, tomar-se- em conta a distncia a ser percorrida com a mudana. CAPTULO III LICENAS Art. 153. A licena para tratamento de sade ser concedida vista de atestado mdico, com indicao da classificao internacional da doena (CID). Se superior a trinta (30) dias, mediante a apresentao de laudo expedido por junta mdica nomeada pelo Presidente do Tribunal. Pargrafo nico. Aplicam-se no que couber as disposies do Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis do Estado do Paran.

CAPTULO IV FRIAS Art. 154. Os titulares de ofcio das escrivanias remuneradas pelos cofres pblicos e os funcionrios da justia gozaro frias previstas no Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis do Estado do Paran, mediante escala organizada no princpio de cada ano pelo Juiz Diretor de Frum ou pelo chefe de servio a que estiverem subordinados, com comunicao ao Presidente do Tribunal de Justia e ao Corregedor-Geral da Justia. 1. As frias devero ser gozadas nos doze (12) meses seguintes, a contar da data em que se completou o perodo aquisitivo, salvo imperiosa necessidade da administrao da justia, quando as frias podero ser cassadas, assegurada sua oportuna fruio. 2. Havendo comprovada necessidade do servio, a critrio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o servidor, as frias podero ser interrompidas, assegurado o direito de gozo dos dias remanescentes oportunamente.

TTULO VII SUBSTITUIES CAPTULO NICO SUBSTITUIES Art. 155. O titular de ofcio do foro judicial ser substitudo eventualmente por Auxiliar de Cartrio ou por empregado juramentado ou ainda pelo titular de outro ofcio, indicado por aquele e designado pelo Juiz Diretor de Frum. 1. O Presidente do Tribunal de Justia, em situaes especiais, poder designar para o exerccio de substituio transitria, titular de ofcio de outra comarca, ouvidas as respectivas autoridades. 2. O substituto do titular de ofcio remunerado pelos cofres pblicos, durante o perodo de substituio, perceber proporcionalmente o vencimento ou diferena dos vencimentos do substitudo. Art. 156. A substituio dos servidores do Tribunal de Justia far-se- de acordo com o regulamento prprio (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). TTULO VIII

INCOMPATIBILIDADES, IMPEDIMENTOS E SUSPEIES CAPTULO NICO INCOMPATIBILIDADES, IMPEDIMENTOS E SUSPEIES Art. 157. As incompatibilidades dos serventurios da justia do foro judicial e dos funcionrios da justia regulam-se pelo Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis do Estado do Paran, e os impedimentos e suspeies, pelas normas contidas no Cdigo de Processo Civil, no que forem pertinentes. TTULO IX APOSENTADORIA CAPTULO NICO APOSENTADORIA Art. 158. A aposentadoria dos serventurios do foro judicial sujeitar-se- legislao especfica. Pargrafo nico. O pedido de aposentadoria dos serventurios da Justia do foro judicial tramitar junto secretaria do Tribunal de Justia, levando-se a efeito mediante decreto do Presidente. Art. 159. O processo de aposentadoria dos funcionrios da Justia tramitar perante a Secretaria do Tribunal de Justia, e ser efetivada por decreto do Presidente (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). TTULO X DIREITOS E GARANTIAS CAPTULO NICO DIREITOS E GARANTIAS Art. 160. Os direitos e garantias dos auxiliares da justia do foro judicial so os estabelecidos em lei e neste Cdigo. TTULO XI FORO JUDICIAL CAPTULO I

DEVERES Art. 161. Os auxiliares da justia devero exercer suas funes com dignidade e compostura, obedecendo s determinaes de seus superiores e cumprindo as disposies legais a que estiverem sujeitos. (redao alterada pela Lei n 14.351 de 10/03/2004 DOE n 6687 de 15/03/2004) Art. 162. Os auxiliares da justia tero domiclio e residncia na sede da comarca em que exercerem suas funes e, sendo titulares de ofcio do foro judicial, devero permanecer frente das respectivas serventias. CAPTULO II PENALIDADES Art. 163. Os auxiliares da justia do foro judicial, pelas faltas cometidas no exerccio de suas funes, ficaro sujeitos s seguintes penas disciplinares: I - de advertncia, aplicada por escrito em caso de mera negligncia; II - de censura, aplicada por escrito em caso de falta de cumprimento dos deveres previstos neste Cdigo, e tambm de reincidncia de que tenha resultado aplicao de pena de advertncia; III - de devoluo de custas em dobro, aplicada em casos de cobrana de custas que excedam os valores fixados na respectiva tabela, a qual ainda poder ser cumulada com outra pena disciplinar; IV - de suspenso, aplicada em caso de reincidncia em falta de que tenha resultado na aplicao de pena de censura, ou em caso de infringncia s seguintes proibies: a) exercer cumulativamente dois ou mais cargos ou funes pblicas, salvo as excees permitidas em lei; b) retirar, modificar ou substituir, sem prvia autorizao da autoridade competente, qualquer documento de rgo estatal, com o fim de criar direito ou obrigao ou de alterar a verdade dos fatos; c) valer-se do cargo ou funo para obter proveito pessoal em detrimento da dignidade do cargo ou funo; (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). d) praticar usura; e) receber propinas e comisses de qualquer natureza em razo do cargo ou funo; f) revelar fato ou informao de natureza sigilosa de que tenha cincia em razo do cargo ou funo; g) delegar, salvo nos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que a si competir ou a seus subordinados; h) deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada; i) retirar ou utilizar materiais e bens do Estado indevidamente; j) deixar de cumprir atribuies inerentes ao cargo no prazo estipulado;

V - de demisso, aplicada nos casos de: a) crimes contra a administrao pblica; b) abandono de cargo; c) falta ao servio, sem justa causa, por sessenta (60) dias alternados durante o ano; d) ofensa grave, fsica ou moral, em servio, contra servidor ou particular, salvo escusa legal; e) reincidncia, em caso de insubordinao; f) aplicao irregular de dinheiro pblico; g) transgresso dolosa a proibio legal de natureza grave; h) reincidncia na prtica de infrao disciplinar pelo funcionrio que, nos quatro (4) anos imediatamente anteriores, tenha sido punido com pena de suspenso igual ou superior a cento e oitenta (180) dias, aplicada isoladamente ou resultante da soma de vrias penas de suspenso. 1. A pena de suspenso poder ser convertida em multa quando houver convenincia para o servio, razo de cinqenta por cento (50%) do valor do salrio a que no perodo imposto fizer jus o servidor, que fica obrigado neste caso a permanecer em atividade. 2. Para os fins do inciso V, alnea "b", deste artigo, considera-se abandono de cargo a ausncia ao servio, sem justa causa, por mais de trinta (30) dias. 3. Durante o perodo de suspenso, o auxiliar da justia perder todas as vantagens decorrentes do exerccio do cargo. 4. Na aplicao das penalidades, considerar-se-o a natureza e a gravidade da infrao, os meios empregados, os danos que dela provierem para o servio pblico e os antecedentes funcionais do servidor. Art. 164. Ser cassada a aposentadoria se ficar provado que o inativo: SEMPRE CAI!!! I praticou falta grave no exerccio do cargo ou funo; II aceitou ilegalmente cargo ou funo pblica; III aceitou representao de Estado estrangeiro sem prvia autorizao do Presidente da Repblica; IV praticou usura em qualquer de suas formas; V perdeu a nacionalidade brasileira. Art. 165. So competentes para aplicao das penalidades disciplinares o Conselho da Magistratura, Corregedor-Geral da Justia e os Juzes perante os quais servirem ou a quem estiverem subordinados os servidores, observado o seguinte: I - o Conselho da Magistratura poder aplicar quaisquer das penalidades previstas no artigo anterior; II - o Corregedor-Geral da Justia poder aplicar as penas de advertncia, censura,

devoluo de custas em dobro e suspenso at trinta (30) dias. Art. 166. As penas de advertncia, censura e devoluo de custas em dobro podero ser aplicadas em sindicncia, respeitados o contraditrio e a ampla defesa. Art. 167. Qualquer penalidade imposta ao auxiliar da justia ser comunicada Corregedoria-Geral da Justia para as devidas anotaes. Art. 168. Se a pena imposta for a de demisso ou de cassao de aposentadoria, a deciso ser remetida ao Presidente do Tribunal de Justia, que expedir o respectivo decreto, comunicando o fato, na segunda hiptese, ao Tribunal de Contas. Art. 169. Sempre que houver comprovao de prtica de crime de ao penal pblica, remeter-se-o peas ao Ministrio Pblico (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). Art. 170. As penalidades de advertncia, censura e devoluo de custas em dobro tero seus registros cancelados aps o decurso de trs (3) anos, e a de suspenso aps cinco (5) anos, respectivamente, contados da aplicao ou do cumprimento da pena, se o servidor no houver, nesse perodo, praticado nova infrao disciplinar. Art. 171. Mediante deciso do Corregedor-Geral da Justia, os auxiliares da justia de que trata este captulo podero ser afastados do exerccio do cargo quando criminalmente processados ou condenados enquanto estiver tramitando o processo ou pendente de execuo a pena aplicada. Pargrafo nico. Recebida a denncia ou transitada em julgado a sentena, o Juiz do processo remeter ao Corregedor-Geral da Justia cpias das respectivas peas. Art. 172. O Corregedor-Geral da Justia, por deciso fundamentada, poder afastar os auxiliares da justia do exerccio do cargo, pelo prazo de sessenta (60) dias, prorrogvel por igual perodo, se houver necessidade de acautelamento a fim de evitar a continuidade dos ilcitos administrativos praticados, para garantia da normalidade do servio pblico ou por convenincia da instruo do processo administrativo. Art. 173. Fica assegurado ao serventurio titular da serventia, desde que no perceba remunerao dos cofres pblicos, quando do afastamento ocorrido pela aplicao das normas contidas nos arts. 171 e 172 deste Cdigo, o direito percepo mensal de metade da renda lquida da serventia; a outra metade ser depositada em conta bancria remunerada disposio do Juzo. Art. 174. Afastado o titular, o Corregedor-Geral da Justia designar interventor para responder pela serventia, fixando-lhe a remunerao. Art. 175. A pena de demisso ou de cassao de aposentadoria ser aplicada ao auxiliar da justia do foro judicial: I - em virtude de sentena que declare a perda de cargo ou de funo pblica;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Art. 176. A punio dos funcionrios da Secretaria do Tribunal ser efetivada por ato do Presidente (redao alterada pela Lei n 14.925 de 24/11/2005 DOE n 7109 de 25/11/2005). CAPTULO III PRESCRIO Art. 177. Prescrever o direito de punir: I - em dois (2) anos, para as infraes sujeitas s penalidades de advertncia, censura, devoluo de custas em dobro e suspenso; II - em quatro (4) anos, para as infraes sujeitas pena de demisso e de cassao de aposentadoria. Pargrafo nico. A punibilidade da infrao, tambm prevista na lei penal como crime, prescreve juntamente com este. Art. 178. O prazo de prescrio comea a correr da data em que o fato se tornou conhecido pela autoridade competente para aplicar a penalidade. 1. A abertura da sindicncia ou a instaurao de processo administrativo interrompem a prescrio. 2. A abertura da sindicncia meramente preparatria do processo administrativo, desprovida de contraditrio e da ampla defesa, no interrompe a prescrio. 3. Suspende-se o prazo prescricional quando a autoridade reputar conveniente o sobrestamento do processo administrativo at a deciso final do inqurito policial, da ao penal ou da ao civil pblica, desde que originadas no mesmo fato do processo administrativo. 4. Interrompida a prescrio, todo o prazo comea a correr novamente do dia da interrupo. CAPTULO IV PROCESSO ADMINISTRATIVO Art. 179. O processo administrativo ter incio aps a certeza dos fatos, por portaria baixada por Juiz ou pelo Corregedor-Geral da Justia, na qual se imputaro os fatos ao servidor, delimitando-se o teor da acusao. Pargrafo nico. Os atos instrutrios do processo podero ser delegados pelo Corregedor-

Geral da Justia a Juiz ou a assessor lotado na Corregedoria-Geral da Justia. Art. 180. Ao servidor acusado ser dada a notcia dos termos da acusao, devendo ele ser citado para, no prazo de dez (10) dias, apresentar defesa e requerer a produo de provas. 1. A citao far-se-: I - por mandado ou pelo correio, por meio de ofcio sob registro e com aviso de recebimento; II - por carta precatria ou de ordem; III - por edital, com prazo de quinze (15) dias. 2. O edital ser publicado trs (3) vezes no Dirio da Justia e afixado no trio do Frum ou no da Corregedoria-Geral da Justia. Art. 181. Em caso de revelia, ser designado pela autoridade competente defensor dativo ao servidor. Art. 182. Apresentada defesa, seguir-se- a instruo com a produo das provas deferidas, podendo a autoridade instrutora determinar a produo de outras necessrias apurao dos fatos. 1. A autoridade que presidir a instruo dever interrogar o servidor acusado acerca da imputao, designando dia, hora e local e determinando sua intimao bem como a de seu advogado. 2. Em todas as cartas precatrias e de ordem, a autoridade processante declarar o prazo dentro do qual elas devero ser cumpridas. Vencido esse prazo, o feito ser levado a julgamento independentemente de seu cumprimento. 3. Encerrada a instruo, ser concedido um prazo de cinco (5) dias para as alegaes finais do acusado. 4. Apresentadas as alegaes finais, a autoridade competente proferir deciso. 5. Instaurado o processo administrativo por determinao do Corregedor-Geral da Justia, este, aps receber os autos com o relatrio elaborado pela autoridade instrutora, decidi-lo- ou o relatar, conforme o caso, perante o Conselho da Magistratura. 6. A instruo dever ser ultimada no prazo de cento e vinte (120) dias, prorrogveis por mais sessenta (60) dias. CAPTULO V ABANDONO DO CARGO

Art. 183. Caracterizada a ausncia do servidor na forma do art. 163, 2, deste Cdigo, far o Juiz a respectiva comunicao Corregedoria-Geral da Justia. Art. 18


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