CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA Curso Técnico em Serviços Jurídicos
MATEUS FRANCO QUEIROZ ANDRÉ LUIS SILVEIRA DA SILVA
JOÃO OTAVIO FERREIRA DOS SANTOS REJANE MARINETE DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO AMBIENTE ESCOLAR
Palmital - SP 2017
MATEUS FRANCO QUEIROZ
ANDRÉ LUIS SILVEIRA DA SILVA JOÃO OTÁVIO FERREIRA DOS SANTOS
REJANE MARINETE DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO AMBIENTE ESCOLAR
Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC Professor Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Serviços Jurídicos Professores orientadores: Edson Antônio Ramires Roberto Gabriel Ronqui Valdiza Maria do Nascimento Fadel
Palmital - SP 2017
"Temos o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza. Temos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza."
BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS
RESUMO
A equidade social intrínseca ao desenvolvimento do ser humano é um grande desafio arraigado na sociedade atualmente, e este trabalho de conclusão curso aborda sobre a inclusão de PNEs (pessoas portadoras de necessidades especiais) no ambiente escolar, no qual foram realizados levantamento bibliográficos e na legislação, que visam expor informações pertinentes que possam contribuir no aumento do conhecimento acerca da história, evolução e importância da inclusão social. Além disso foram feitas pesquisas de campo em escolas na comarca de Palmital para identificar a experiência de gestores, bem como a realidade nessas instituições. Ainda, também buscou-se identificar a visão dos discentes, principalmente em relação a percepção dos mesmos em relação ao posicionamento dessas escolas para o acolhimento dos PNEs, tanto da perspectiva estrutural, quanto do preparo dos docentes para desenvolver os conhecimentos em sala de aula. Por fim, foi feito um levantamento sobre as instituições especializadas no atendimento dessa demanda, em especial a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Palavras-chave: Desafio; Educação; Inclusão; Pessoas.
ABSTRACT A social equity intrinsic to the development of the human being and a great challenge rooted in the current society, and this work of conclusion of course on an inclusion of PNEs (no., Which aim to expose information relevant to the development of history, evolution and importance of inclusion In addition, field surveys were carried out in schools in the region of Palmital to identify an experience of managers as well as reality in these institutions. Also, it was also sought to identify a vision of the students, mainly in relation to the perception of the same ones in And the preparation of the documents for the development of the knowledge in the classroom. Finally, a survey was made on the specialized institutions that did not attend to this demand, in particular The APAE (Association of Parents and Friends of the Exceptional. Keywords: Challenge; Education; Inclusion; People.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Conhecimento dos alunos da Escola B sobre alunos portadores de
necessidades especiais ................................................................................... 18
Figura 2 - Locais adequados para alunos com necessidades especiais ......... 19
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................... 07
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................... 09
2.1 PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS: CONCEITOS GERAIS ...................................................................................................
09
2.2 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA .............................................................. 11
2.3 EDUCAÇÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO BRASIL .............................................................................................
13
2.3.1 Escolas convencionais ................................................................... 15
2.3.2 APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) .............. 16
3 RESULTADOS ..................................................................... 18
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................. 21
REFERÊNCIAS ....................................................................... 23
APÊNDICES ........................................................................... 25
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1 INTRODUÇÃO
Atualmente a educação formal é considerada um fator fundamental
para o desenvolvimento sistêmico das pessoas na sociedade, mas nem todas
elas têm acesso a escola, em especial as portadoras de necessidades
especiais (portadores de necessidades especiais).
Registros históricos apontam que a visão da sociedade sobre inclusão
social das pessoas portadoras de necessidades especiais, apesar de ter
evoluído ao longo dos anos, ainda precisa melhorar de forma significativa, pois
ainda que a legislação apresente diretrizes voltadas a igualdade e equidade de
direitos, os PNEs parecem estar esquecidos às margens da sociedade.
Desta forma, é fundamental que o acesso dessas pessoas no ambiente
escolar se apresente como um fator a ser questionado, pesquisado e
principalmente, que seja amplamente discutido.
Então a elaboração deste trabalho de conclusão de curso pretende
trazer uma abordagem voltada a realidade da inclusão nas escolas públicas, de
forma que a sociedade possa conhecer e refletir sobre a necessidade de
transcender paradigmas e promover a igualdade.
1.1 OBJETIVOS
Constitui objetivo geral deste trabalho é demonstrar a importância da
inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais no ambiente
escolar, visto que é um direito garantido em lei. Tendo em vista a relevância do
tema, o presente estudo poderá contribuir para o aumento da conscientização
da sociedade sobre o assunto.
Constituem objetivos específicos:
• Organizar conhecimentos conceituais e legais sobre a inclusão
social de pessoas portadoras de necessidades especiais em instituições de
ensino;
• Conhecer a organização das escolas a respeito de como os
profissionais da área promovem a inclusão social dessas pessoas;
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• Verificar o nível de conscientização da sociedade com relação à
realidade vivenciada pelos portadores de necessidades especiais no ambiente
escolar;
• Organizar todas as informações obtidas para que as pessoas
possam conhecer mais sobre a importância do tema.
1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Inicialmente foram feitos levantamentos teóricos sobre o tema em
bibliografias, artigos específicos e na internet. Além disso, foi feito um estudo
documental na legislação vigente no Brasil para verificar os direitos e deveres
relacionado a vivência dos portadores de necessidades especiais em ambiente
escolar. Depois, foram feitas pesquisas de campo em três escolas na Comarca
de Palmital, SP. A coleta de dados foi concluída por meio de um questionário
misto composto por 6 questões aplicadas junto aos gestores escolares. Em
seguida foi feita uma nova pesquisa de campo junto a 80 cidadãos da Comarca
de Palmital, SP, a qual foi realizada por meio de um questionário quantitativo
composto por 4 questões, tendo como objetivo identificar o conhecimento dos
mesmos sobre o tema. Ainda, será feita uma entrevista com um portador de
necessidades especiais para verificar as dificuldades e desafios enfrentados
por ele acerca da inclusão social. Finalmente, todas as informações obtidas
foram organizadas para que a sociedade possa consultar.
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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No presente capítulo estão organizados os resultados das pesquisas
bibliográficas, expondo os principais conceitos propostos por autores
especialistas no assunto, tais como, Fávero, Mazzotta, Salamanca, Silva e
Sassaki apud Soler.
2.1 PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS: CONCEITOS GERAIS
Mesmo sendo um assunto tão importante, atualmente muitas pessoas
ainda desconhecem o verdadeiro sentido da palavra necessidade especial, o
que segundo Silva (1986), é toda e qualquer pessoa que sofreu perda ou
possua certo desequilíbrio de uma estrutura ou função psicológica ou
anatômica que venha gerar incapacidade para o desempenho de determinada
atividade dentro do padrão considerado normal pela sociedade, podendo estar
associada a uma deficiência física, visual, auditiva ou mental. Seja
ela permanente, ou temporária.
Conforme o Art. 3º do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999,
considera-se: I – deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano; II – deficiência permanente – aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos; e III – incapacidade – uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida. (BRASIL, 1999, p. 1).
Neste sentido, qualquer ser humano pode ser um portador de
necessidade especial. Contudo, este conceito relacionado a questão da
deficiência, pode ser de causa natural ou adquirida. Sobre o assunto, o guia
Convivendo com pessoas com deficiência (s.d., p. 9) traz que:
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Deficiências congênitas são aquelas adquiridas antes do nascimento ou mesmo posterior a tal, no primeiro mês de vida, seja qual for a sua causa, como por exemplo: cegos de nascença, deficientes intelectuais, deficiência física como encurtamento de pernas ou nanismo, etc. Deficiências adquiridas ocorrem após o nascimento e podem acometer o sujeito em diferentes etapas da vida, sendo consequentes a causas não traumáticas, como acidente vascular encefálico, tumores, processos degenerativos, dentre outras e, também causas traumáticas, como acidentes de trânsito, agressões por armas de fogo, quedas, mergulhos etc.
Ainda, sobre os tipos de necessidades, sejam elas naturais ou
adquiridas, o Art. 4º do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999,
estabelece que é considerada pessoa portadora de deficiência a que se
enquadra nas seguintes categorias: I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções; II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores; IV - deficiência mental – funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: a) comunicação; b) cuidado pessoal; c) habilidades sociais; d) utilização dos recursos da comunidade; e) saúde e segurança; f) habilidades acadêmicas; g) lazer; e h) trabalho; V - deficiência múltipla – associação de duas ou mais deficiências. (BRASIL, 1999, p. 1-2).
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Contudo, a conjuntura social atual demonstra que as pessoas
portadoras de necessidades especiais ainda não são incluídas integralmente
na sociedade, em função da cultura discriminatória existente, o que é fruto do
contexto histórico cultural.
O reconhecimento dos portadores de necessidades especiais ainda
encontra-se em processo evolutivo, visto que este é um tema muito polêmico
na sociedade como um todo, e os levantamentos históricos apontam que
durante muito tempo não houve inclusão social dos portadores de
necessidades especiais, somente a discriminação por parte da sociedade, visto
que até a década de 1980 o termo utilizado para mencioná-los era
“excepcional”, “aleijado”, “defeituoso”, “incapacitado”, “inválido” entre outros.
(SILVA, 1987).
Assim, a sociedade contemporânea é caracterizada por estereótipos
pré-estabelecidos e aqueles que não se encaixam são excluídos, rejeitados e
criticados.
Ao pesquisar na história da humanidade é possível perceber que esses
padrões sempre estiveram presentes nas relações sociais, e ao longo do
tempo essa visão classificatória foi evoluindo, mas ainda permanecem nos dias
atuais, o que fomenta a discriminação de pessoas portadoras de necessidades
especiais.
Vale ressaltar que, mesmo existindo legislação direcionada a garantir
os direitos dos portadores de necessidades especiais, fica claro que essa é
uma questão cultural resistente ao longo dos anos, e que a quebra de
paradigmas relacionados aos estereótipos ligados aos portadores de
necessidades especiais devem ser trabalhados desde a infância, e é
exatamente esse o maior desafio da sociedade.
2.2 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
A legislação brasileira estabelece que todos os cidadãos são iguais,
regulamentando uma série de diretrizes que os resguardem.
Como um dos seus objetivos fundamentais a promoção do bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer outra
forma de discriminação, o art. 3º da Constituição Federal de 5 de outubro de
1988 diz que: “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
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Brasil: IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. (BRASIL, 1988, p. 1).
Conforme os artigos 4º e 7º da lei nº 13.146, de 6 julho de 2015, todo
portador de necessidade especial tem os mesmos direitos na sociedade: Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. § 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. § 2º A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa. Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade competente qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa com deficiência. Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes e os tribunais tiverem conhecimento de fatos que caracterizem as violações previstas nesta Lei, devem remeter peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. (BRASIL, 2015, p. 3).
O art. 2º da lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989 diz que cabe: Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.
Assim, todos os cidadãos devem estar inseridos em todas as esferas
sociais, inclusive na educação, que também é garantido pela legislação
nacional. O art. 205 e 206 da Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988
regulamenta que: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; (BRASIL, 1988, p. 95).
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Desta forma, esse direito deve visar o pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho, elegendo como um dos princípios para o ensino, a igualdade de
condições de acesso e permanência na escola.
Ainda, de acordo com o parágrafo único do art. 2º da lei nº 7.853, de 24
de outubro de 1989: a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios; b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas; c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino; d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência; e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo; f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino; (BRASIL,1989, p.1)
Neste contexto, a legislação em sua essência visa garantir a todos o
direito à educação e ao acesso à escola. Toda e qualquer escola, assim
reconhecida pelos órgãos oficiais, deve atender aos princípios constitucionais,
não podendo excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor,
idade, deficiência ou ausência dela. Contudo, esta proposta ainda é foco de um
grande impasse social, ético e cultural na sociedade atual, visto que as
instituições de ensino ainda estão longe de trabalhar plenamente com os
portadores de necessidades especiais.
2.3 EDUCAÇÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO
BRASIL
Realizando um breve histórico sobre a inclusão escolar das pessoas
com necessidades especiais no Brasil, é visível o desenvolvimento do processo
de inclusão, desde os hospícios até a inclusão no ambiente educacional.
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Os deficientes mentais não recebiam qualquer tipo de educação. No início do século XIX eles eram tratados como “alienados mentais” e não recebiam qualquer tipo de tratamento. Aqueles que não oferecessem riscos à sociedade ficavam vagando pelas ruas já os agressivos, eram destinados a ficar acorrentados dentro de cadeias. (MAZZOTTA, 2005, p.75).
Para Mazzotta (1996, p.28): O atendimento escolar especial aos portadores de deficiência teve seu início, no Brasil, na década de cinquenta do século XIX. Foi precisamente em 12 de setembro de 1854 que a primeira providencia neste sentido foi concretizada por D. Pedro II. Naquela data, através do Decreto Imperial nº 1.428, D Pedro II fundou, na cidade de Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos.
Assim, registros históricos apontam que os portadores de
necessidades especiais brasileiros não tinham acesso à escola, devido ao fato
de portar alguma necessidade especial, para muitos naquele tempo os
portadores só deviam ficar com outros como eles ou em casa com suas
famílias, pois eles eram considerados “alienados mentais” e não recebiam
nenhum tipo de educação, visto que não tinha uma lei específica para que eles
pudessem reivindicar o seu direito de estudo.
Com isso a inclusão social também não acontecia, devido ao
preconceito de uma parte da população que diziam que os portadores de
necessidades especiais deveriam frequentar somente a APAE (Associação de
pais e amigos dos excepcionais), sendo assim os portadores de necessidades
especiais não se interagiam com pessoas que não portava nenhum tipo de
necessidade.
Neste sentido, Werneck (1997, p.58), destaca que: “Incluir não é favor,
mas troca. Quem sai ganhando nesta troca somos todos nós em igual medida.
Conviver com as diferenças humanas é direito do pequeno cidadão, deficiente
ou não. ”
A autora ressalta que, a melhor maneira de acabar com o preconceito é
incluir, começando por escolas, cursos e universidades, assim conscientizando
os professores e, por conseguinte capacitando-os para atender melhor os
portadores de necessidades especiais, visto que ainda no século XXI existem
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professores em escolas convencionais que não são capacitados para conviver
e ensinar os portadores de necessidades especiais.
2.3.1 Escolas convencionais
Segundo os estudos de Sassaki apud Soler (2005, p.79-80), o
processo histórico da educação das pessoas com necessidades especiais,
divide-se em quatro fases:
1. fase da exclusão: Anterior ao século XX. As pessoas portadoras de deficiência eram impedidas de frequentar escolas. 2.fase da segregação: No século XX. Pessoas portadoras de necessidades especiais eram atendidas dentro das instituições. As pessoas começam a frequentar a escola, todavia eles eram separados dos alunos considerados “normais” pela sociedade. Isso entre os anos de 1950 e 1960. 3. fase da integração: Eram aceitas as deficiências mais adaptáveis às classes comuns. Os alunos tinham que se adaptar ao sistema escolar e não o contrário, ou seja, presume-se que aconteceu uma falsa integração. 4. fase da inclusão: Surgiu na metade da dec. 1980 e se desenvolveu no decorrer dos anos de 1990. O sistema educacional adaptou-se as necessidades dos alunos.
Entretanto, as diretrizes legais sugerem que as escolas deveriam
acolher todas as crianças, independentes de suas condições físicas,
intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. (DECLARAÇÃO DE
SALAMANCA, 1994, p. 17-18).
Conforme o art. 28 do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999: O aluno portador de deficiência matriculado ou egresso do ensino fundamental ou médio, de instituições públicas ou privadas, terá acesso à educação profissional, a fim de obter habilitação profissional que lhe proporcione oportunidades de acesso ao mercado de trabalho. (BRASIL, 1999, p. 142).
O professor, por sua vez, deve acreditar em seus alunos, acreditar nas
suas potencialidades, aliás o apoio é essencial. Eles devem aceita-los como
são, saber escutá-los e valorizar suas produções, com isso os professores irão
valorizá-los e com isso seus alunos terão uma produção bem mais efetiva. É preciso repensar a formação de professores especializados, a fim de que estes sejam capazes de trabalhar em diferentes situações e possam assumir um papel - chave nos programas de necessidades educativas especiais. Deve ser adotada uma formação inicial não categorizada, abarcando todos os tipos de
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deficiência, antes de se enveredar por uma formação especializada numa ou em mais áreas relativas a deficiências específicas. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 28).
Segundo o art. 24 do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999: “A
educação especial contará com equipe multiprofissional, com a adequada
especialização, e adotará orientações pedagógicas individualizadas”. (BRASIL,
1999, p. 142).
Desta forma, na teoria qualquer criança da sociedade tem direito de ir
para escola para ter uma educação de qualidade. Contudo, para Fávero (2006,
p. 1): É do conhecimento geral, na comunidade jurídica, que a educação é um direito humano, fundamental e indisponível. E que é dever do Estado e da família. Parece então muito óbvio que as pessoas com deficiência também têm direito à educação, mas as estatísticas teimam em demonstrar que na prática esse direito está muito longe de ser garantido.
Portanto, é possível perceber que gradativamente os portadores de
necessidades especiais estão se inteirando em nossa sociedade, o que não
acontecia antigamente, por conta do preconceito. Contudo ainda existe
pessoas que acham que os portadores de necessidades especiais devem
frequentar somente a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais),
devido a sua necessidade. Todavia, o portador não é uma pessoa imutável e
precisa conviver com outras pessoas para aprender coisas novas em escolas
convencionais agora que este direito é assegurado pela Constituição Federal.
2.3.2 APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais)
A APAE é uma sociedade civil, assistencial, educacional e filantrópica
que não visa lucro, apenas dar assistência social para a pessoa portadora de
deficiência para que ela tenha uma melhor condição de vida e conscientizar
cada vez mais a população. Um movimento que procura integrar a sociedade,
para garantir eficácia dos direitos sociais, que é assegurado pela constituição
direcionados a pessoa portadora de necessidade especial que são: a saúde,
esporte, artes, educação, habilitação, trabalho entre outros. A Apae - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais nasceu em 1954, no Rio de Janeiro. Caracteriza-se por ser uma organização social, cujo objetivo principal é promover a
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atenção integral à pessoa com deficiência, prioritariamente aquela com deficiência intelectual e múltipla. A Rede Apae destaca-se por seu pioneirismo e capilaridade, estando presente, atualmente, em mais de 2 mil municípios em todo o território nacional. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest em 2006, a pedido da Federação Nacional das Apaes, mostrou que a Apae é conhecida por 87% dos entrevistados e tida como confiável por 93% deles. São resultados expressivos e que refletem o trabalho e as conquistas do Movimento Apaeano na luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Nesse esforço destacam-se a incorporação do Teste do Pezinho na rede pública de saúde; a prática de esportes e a inserção das linguagens artísticas como instrumentos pedagógicos na formação das pessoas com deficiência, assim como a estimulação precoce como fundamental para o seu desenvolvimento. (FENAPAES, s.d., p.2).
Desta forma, a APAE tem a obrigação de reivindicar o direito dos
portadores de necessidades especiais, dentro e fora do país, para que possa
haver a inclusão social. Além disso, existem algumas metas a serem
cumpridas pela Associação de Pais e amigos dos Excepcionais como atender
os portadores de necessidades especiais por meio de um trabalho social,
pedagógico e terapêutico habilitando e reabilitando as crianças, jovens e
adultos que portam alguma deficiência intelectual e múltipla.
A APAE, segundo a Fenapaes (2003, p.1), tem a missão de: Promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência e representar o movimento perante os organismos nacionais e internacionais, para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas Apaes, na perspectiva da inclusão social de seus usuários.
A proposta educacional da instituição, segundo a APAE educadora
(1999, p.11): A proposta APAE Educadora: A Escola que Buscamos, após ampla discussão com educadores que atuam de forma direta ou indireta no Movimento Apaeano, estabelece como ponto de partida a construção de uma escola que tenha um compromisso social para com todas as pessoas portadoras de deficiência mental.
Partindo do contexto exposto, é possível verificar que a instituição
busca um compromisso social, especialmente com aqueles que recebem seus
serviços, que são os portadores de necessidades especiais, assim
possibilitando um melhor atendimento e consequentemente ajudar.
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3 RESULTADOS
Neste capítulo são apresentados os resultados da pesquisa de campo
realizada junto a oitenta alunos de três escolas públicas atuantes na Comarca
de Palmital.
Na primeira escola todos os alunos reconhecem que a instituição em
que estudam já recebeu portadores de necessidades especiais, já 100% dos
respondentes da segunda instituição informaram o contrário. Por fim, conforme
demonstra a figura a seguir, 16% dos participantes apontaram terceira
instituição que a escola não recebeu alunos especiais. Tal resultado demonstra
que o acesso de alunos especiais a escola convencional ainda não é percebido
pelos estudantes, o que pode ocorrer em função da ausência desse fenômeno
ou pela falta de conhecimento da comunidade escolar.
Figura 1 – Conhecimento dos alunos da Escola B sobre alunos
portadores de necessidades especiais
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
Com relação a adequação das escolas para o pleno atendimento de
alunos portadores de necessidades especiais, 72% afirmaram do total de
respondentes reconheceram as adequações no ambiente físico das escolas
onde estudam e 28% não identificaram, e conforme a figura 2 demonstra, a
principal adequação apontada pelos estudantes diz respeito as carteiras,
seguido pelos banheiros e pelas rampas.
81%
16%3%
Sim
Não
Nãosei
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Figura 2 – Locais adequados para alunos com necessidades especiais
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
Com relação ao preparo do professor, em apenas uma das escolas
pesquisadas 100% dos alunos demonstraram essa percepção e nas demais
instituições a maioria dos respondentes afirmaram que não percebem esse
preparo por parte dos professores. Os principais apontamentos dos alunos
sobre as evidências de preparo dos professores para o atendimento de alunos
portadores de necessidades especiais foram o braile e as libras.
Em relação a percepção dos professores a importância das
capacitações relacionadas a inclusão de portadores de necessidades especiais
no âmbito escolar e social, 69% deles afirmaram que recebem motivação dos
superiores para realizarem esse tipo de aperfeiçoamento e os demais disseram
que esse a instituição em que atuam não promove esse tipo de ação.
Um ponto muito positivo identificado por meio da pesquisa diz respeito
a aceitação da maioria dos docentes sobre a produtividade do trabalho com as
diferenças socioculturais dos alunos em sala de aula. Em outros termos, 95%
dos docentes afirmaram que a inclusão dos portadores de necessidades
especiais no ambiente escolar pode trazer resultados muito produtivos.
Na elaboração da pergunta que tem a intenção de saber sobre como
as escolas lidam com esse dilema, 79% dos docentes afirmaram que os
gestores escolares devem buscar formas de incluir os portadores de
necessidades especiais. Contudo, 12% acreditam que os gestores devem
17%
61%
22%
Rampas
Carteirasadequadas
Banheirosadequado
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deixar esse assunto a cargo do poder público, pois esse assunto não é
responsabilidade da escola e o restante sendo 9% não sabem opinar, pois
essa temática é algo específico de portadores de necessidades especiais. Esse
resultado é muito preocupante, pois o contexto educacional tem uma função
muito importante na construção da cultura da inclusão, onde todos os
professores deveriam refletir o papel que a escola exerce nesse processo
construtivo.
Com relação a opinião da sociedade sobre os locais adequados dos
alunos especiais estudarem, 78% deles apontaram que esses alunos devem
estudar em escolas convencionais, pois precisam aprender a conviver em
sociedade. A segunda opção foi a APAE, pois de acordo com 20% dos
respondentes, os alunos especiais devem conviver entre si, e apenas uma
pessoa respondeu que os alunos que portam algum tipo de necessidade
especial não deve ir para escola, pois devem aprender somente com os pais ou
familiares.
Esse resultado comprova que, apesar de estar garantido na legislação
brasileira e do aporte teórico apontar para uma evolução contínua acerca da
inclusão dos PNEs na sociedade, principalmente na escola, ainda existem
inúmeros desafios culturais a serem superados. Isto porque ainda existem
pessoas que acreditam que os portadores de necessidades especiais não
devem frequentar lugares que são oferecidos educação, estudo, cultura e
outras coisas mais pelo fato de serem “especiais”, o que sem dúvida é um
grande equívoco, tendo em vista que todos os cidadãos são considerados
iguais perante a lei.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a realização de pesquisas bibliográficas e de campo foi possível
conhecer a organização e a estrutura das escolas da comarca de Palmital,
analisar o nível de conscientização das pessoas em relação aos portadores de
necessidades especiais, e organizar as informações obtidas para que as
pessoas possam ampliar o conhecimento sobre o tema, conforme constituem
os objetivos específicos propostos no início do presente trabalho de conclusão
de curso.
Os apontamentos teóricos demonstram a importância da inclusão
social, principalmente da educação de portadores de necessidades especiais,
visto que a convivência com as diferenças pode trazer experiências intrínsecas
ao aprendizado e desenvolvimento sistêmico do ser humano.
Com relação as escolas pesquisadas, foi possível perceber que poucas
delas possuem ambientes físicos adequados para receber alunos especiais.
Além disso, ficou claro que o preparo dos docentes ainda se apresenta como
um grande desafio para a sociedade.
Quanto a legislação brasileira, os resultados das análises documentais
demonstrou que, embora suas diretrizes estejam voltadas a equidade de
direitos e a inclusão dos PNEs, a maioria deles ainda não tem acesso total a
educação formal pública.
Por outro lado, também é preciso considerar melhorias ocorridas ao
longo dos anos, visto que no decorrer do século XX os alunos portadores de
necessidades especiais eram impedidos de frequentar as escolas, e
atualmente a legislação prevê esse direito, ainda que contenha lacunas a
serem preenchidas
Após refletir sobre os resultados das pesquisas de campo é possível
concluir que a inclusão dos portadores nas escolas ainda é um grande desafio
social, visto que boa parte dos cidadãos ainda apontaram que os PNEs devam
frequentar somente a APAE. Isso evidencia. Sob uma perspectiva
interpretativa, isso pode significar que o preconceito seja o primeiro fator de
mudança na sociedade.
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Diante do exposto, é notório que existem muitas barreiras para serem
vencidas, para enfim acontecer a inclusão e num futuro próximo a sociedade
viva em harmonia e sem preconceitos que é o essencial para atingir a equidade
social prevista na legislação.
Portanto, é possível concluir que, as informações contidas neste
trabalho representam apenas uma pequena parcela das necessidades de
reflexão que todas os cidadãos deveriam praticar, tendo em vista que a
convivência com as diferenças é certamente o ponto fundamental para o
desenvolvimento da cidadania na sociedade. Então, ainda existem muitas
possibilidades de pesquisa deste ponto em diante, em que outros
pesquisadores poderão aprofundar outros pontos de vista.
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REFERÊNCIAS BARBOSA, Eduardo. APAE EDUCADORA: A escola que buscamos. Proposta orientadora das Ações Educacionais. Disponível em: http://apaebrasil.org.br/arquivo/12811 Acesso em: 01 nov. 2016.
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 23 out. 2016.
________, Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm. Acesso em: 12 de abril de 2017.
________, Lei nº 13.146, de 6 julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 12 de abril de 2017.
_________, Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7853.htm. Acesso em: 12 de abril de 2017.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. 1994, Salamanca-Espanha.
FAVERO, Eugênia Augusta Gonzaga. O direito das pessoas com deficiência de acesso à educação. Defesa dos direitos das pessoas portadoras de deficiência. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
FEDERAÇÃO NACIONAL DAS APAEs: Projeto Águia: manual de conceitos. Brasília FENAPAEs, 2003.
MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas. 1º ed. São Paulo: Cortez Editora, 1996. v. 1. 280 p.
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MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas. 5º ed. São Paulo: Cortez Editora, 2005. v. 1. 208 p.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão. Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 2003.
SILVA, Otto Marques da. A epopeia ignorada: A Pessoa Deficiente na História do Mundo de Ontem e de Hoje. São Paulo: CEDAS, 1987. 318 p.
SOLER, Reinaldo. Brincando e aprendendo com os jogos cooperativos. Sprint, 2005.
INCLUI: PROGRAMA DE INCLUSÃO ESCOLAR. CONVIVENDO COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: Um guia para facilitar suas relações no trabalho e na vida. s.d. Disponível em: http://www.viacaocometa.com.br/shared/programa-inclusao-social.pdf. Acesso em: 23 nov. 2016. WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
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APÊNDICES
APÊNDICE A – Modelo de questionário utilizado nas escolas
1. A escola já recebeu ou recebe algum aluno portador de necessidades
especiais
( ) Sim ( ) Não
2. A sua escola é adequada para atender portadores de necessidades
especiais?
( ) Sim ( ) Não
2.1 Em caso positivo na questão 2, quais adequações?
( ) Rampa
( ) Banheiros adequados
( ) Carteiras e cadeiras
( ) Outros: Quais? _________
3. Os professores de sua escola são preparados para lidar com os alunos
portadores especiais?
( ) Sim ( ) Não
3.1 Em caso positivo na questão 3, quais preparos ?
( ) Libras
( ) Braille
( ) Outros: Quais ?_________
4. Seus professores são motivados a participar de cursos/ capacitações que
promovam a conscientização sobre a importância da inclusão de portadores de
necessidades especiais no ambiente escolar e na sociedade como um todo?
( ) Sim ( ) Não
5. Você acha que é possível trabalhar de forma positiva/produtiva com as
diferenças socioculturais dos alunos em sala de aula?
( ) Sim ( ) Não
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APÊNDICE B – Modelo de questionário utilizado com os cidadãos
1. Na escola onde você estuda existem alunos portadores de necessidades
especiais?
( ) Sim ( ) Não
2. Você acha que o aluno portador de necessidades especiais merece mais
atenção nas escolas?
( ) Sim ( ) Não
3. Como você acha que as escolas devem lidar com esse dilema?
( ) Os gestores escolares devem buscar formas de incluir os portadores de
necessidades especiais;
( ) Os gestores escolares devem deixar esse assunto a cargo do poder
público, pois esse assunto não é responsabilidade da escola;
( ) Não sei opinar, pois esse assunto é algo específico de portadores de
necessidades especiais.
4. Você acha que crianças portadoras de necessidades especiais devem
estudar:
( ) Em escolas convencionais, pois precisam aprender a conviver em
sociedade;
( ) Em APAES, pois precisam conviver somente com outros portadores de
necessidades especiais;
( ) Não devem ir para a escola. Devem aprender somente com o
pais/familiares.
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APÊNDICE C – Modelo de roteiro de entrevista realizada com portador de
necessidades especiais
1. Quais são as suas necessidades especiais?
2. Conte um pouco sobre a sua vida escolar, com foco na inclusão e
acessibilidade oferecidas pelas instituições de ensino onde você estudou.
3. Você acredita que as escolas de Palmital (públicas e privadas) oferecem
ambientes adaptados para atender crianças e adolescentes portadores de
necessidades especiais? Justifique.
4. Comente sobre as suas principais dificuldades e desafios enfrentados no
cotidiano (na família, nos ambientes sociais, no trabalho, etc.).
5. Você tem algum conhecimento sobre a legislação que regulamenta os
Direitos dos portadores de necessidades especiais? Em caso positivo, comente
sobre ela.
7. Você teria mais algum comentário a fazer sobre o assunto?