CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ÉVORA
CLC7 – FUNDAMENTOS DE CULTURA,
LÍNGUA E COMUNICAÇÃO
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Proposta de trabalho
a) As, principais ideias apesentadas por cada um dos exemplos que nos são
expostos, são:
Fonte 1:
No caso de Mariza, para ela o tempo é pouco… Demonstra sentir que
perdeu tempo longe de quem gosta… Manifesta a vontade de não
voltar a perder mais momentos distante desse alguém, pretendendo
aproveitar mais o tempo na companhia dessa pessoa, lugar, ou
coisa…
Por vezes sente que o tempo é pouco para tudo o que precisa de fazer,
mas o tempo com aquela pessoa, lugar ou coisa, neste momento que
ela apresenta, é mais importante.
Sente saudades do seu próprio espaço, da sua própria cidade.
Fonte 2:
Já para o Papalagui, este nunca tem tempo. Para ele todos os
segundos, minutos e horas são importantes e ainda assim um dia não
lhe chega. Para os Papalagui seriam necessárias mais do que 24
horas num dia, e ainda assim continuariam a ser poucas.
Papalagui vive obcecado pelo tempo.
Fonte 3:
A raposa acha que não se deve “apressar” o tempo. Devemos usá-lo
em proveito do que realmente importa na vida. As amizades, as festas,
a vida em si…
Devemos conceder tempo às coisas e às pessoas para as
conquistarmos, senão elas não florescem.
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Fonte 4:
José Saramago fala do tempo como uma marca constante nas
conquistas da vida, por isso, segundo ele, não devemos apressar a
construção dos acontecimentos e desejos que temos, mas também
não devemos ficar parados à espera que algo aconteça. Devemos
agir, lutar, conquistar no tempo que o tempo nos dá como seguro, e
não no nosso tempo…
b) Comparação das perspectivas apresentadas (pontos
convergentes/pontos divergentes):
Para Mariza, Papalagui e Principezinho, os pontos convergentes são o
tempo e a falta que sentem dele. Para eles o tempo não chega para tudo
o que querem fazer. É como se o tempo se escasseasse entre os seus
dedos como a fina areia da praia, quando a apertamos nas mãos. Quanto
mais se prende mais depressa foge e se perde…
Também para a raposa e o autor José Saramago, os pontos convergentes
são o tempo, tal como para Mariza, o Papalagui e o Principezinho. Mas
aqui chegam os pontos divergentes, pois, enquanto para os três últimos
o tempo deve ser usado fervorosamente, como se este se esgotasse
numa fração de segundos, para a raposa e o autor José saramago, o
tempo deve ser vivido no tempo que o tempo tem…cada coisa a seu
momento, mas nunca descurando o que realmente importa…
c) Texto claro e objetivo da minha opinião crítica sobre o tema em
apreço:
Na minha opinião, as perspectivas apresentadas, são em suma, de que
não é o tempo que é pouco, somos nós que devemos aprender a usá-lo
com a mestria que a vida nos transmite, na essência mais bela do nascer
ao pôr-do-sol… tudo o que é verdadeiramente importante é conquistável
e não se encontra à venda… o amor não tem um preço, apenas precisa
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de tempo para ser conquistado, do seu tempo, não do meu nem do tempo
do Papalagui, mas talvez um pouco do tempo de que a raposa e José
Saramago nos fazem saber.
Tempo é vida, mas é também experiência, acontecimento e vontade…
Vontade de dar ao tempo a liberdade que o tempo nos pede. Uma flor
leva tempo a florir, mas quando tal acontece é um cenário maravilhoso da
natureza, assim como o nascer de uma criança ou de um ser.
Tempo é tempo de vida, de existência e de querer…querer viver
intensamente sem esgotar a sua essência de ser.
Levamos tempo a aprender uma nova língua, mas quando aprendemos
podemos comunicar com outras culturas linguísticas, então este processo
levou o seu tempo, mas ainda assim foi a tempo de o viver.
Para comunicarmos com um filho quando ele nasce, precisamos de tempo
para nos conhecermos e compreendermos, mas quando tal acontece,
temos todo o tempo que o tempo da vida nos conceder, para amar, sorrir,
cantar, chorar, dançar, zangar, perdoar, todo o tempo para ser!
O tempo não tem dono, não tem vontade, não tem exigência, não tem
idade.
O tempo tem o princípio e o fim.
O meu princípio, o teu, o de um jardim.
O tempo não tem amarras,
Não tem assinatura, não tem coração,
Mas o tempo pode ser o tempo por uma razão…
Susana Almeida
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