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    L E I N 2.173 , de 1 de outubro de 2010

    EMENTA: Dispe sobre o CDIGO TRIBUTRIO DO MUNICPIO DE ITABUNA, e d outras providncias.

    O PREFEITO MUNICIPAL DE ITABUNA, fao saber que a Cmara de Vereadores aprova e eu sanciono a seguinte Lei:

    DISPOSIO PRELIMINAR

    Art. 1. Compreende o Sistema Tributrio e de Rendas do Municpio de Itabuna o conjunto de princpios, regras, instituies e prticas que incidam direta ou indiretamente sobre um fato ou ato jurdico de natureza tributria, ou que alcance quaisquer das outras formas de receita previstas neste Cdigo. Pargrafo nico - Compreendem o Sistema de Normas Tributrias e de Rendas do Municpio de Itabuna os princpios e as normas gerais estabelecidas pela Constituio Federal, Tratados Internacionais recepcionados pelo Estado Brasileiro, Constituio Estadual, Lei Orgnica do Municpio, Leis Complementares de alcance nacional, estadual e municipal, sobretudo o Cdigo Tributrio Nacional, e, especialmente este Cdigo Tributrio e de Rendas, alm dos demais atos normativos, a exemplo de leis ordinrias, decretos, portarias, instrues normativas, convnios e praxes administrativas, cuja aplicao depender da conformidade com a natureza do tributo ou da renda.

    TTULO I

    DO SISTEMA TRIBUTRIO DO MUNICPIO Art. 2. Integram o Sistema Tributrio do Municpio, observado os princpios constitucionais, os seguintes tributos: I - Impostos sobre: a) a Propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU; b) Servios de Qualquer Natureza - ISS; c) a Transmisso Inter Vivos de Bens Imveis - ITIV. II - Taxas decorrentes: a) Do exerccio regular do poder de polcia: 1. Taxa de Licena e Localizao - TLL;

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    2. Taxa de Fiscalizao do Funcionamento - TFF; 3. Taxa de Vigilncia Sanitria - TVS; 4. Taxa de Licena para Explorao de Atividades em Logradouros Pblicos - TLE; 5. Taxa de Licena de Execuo de Obras e Urbanizao de reas Particulares TLO; 6. Taxa de Promoo e Publicidade TPP. b) Da utilizao de servios pblicos municipais: 7. Taxa de Expediente TE. III - Contribuies Municipais: a) de Melhoria; b) para o Custeio do Servio de Iluminao Pblica - CIP.

    TTULO II DAS DISPOSIES GERAIS

    CAPTULO I

    Da Legislao Tributria Art. 3. A expresso "legislao tributria municipal" compreende as leis, os decretos, as normas complementares e convnios firmados pelo Municpio que versem, no todo ou em parte, sobre tributos municipais e relaes jurdicas a eles pertinentes.

    CAPTULO II Da Obrigao Tributria

    Seo I

    Das Modalidades Art. 4. A obrigao tributria compreende as seguintes modalidades: I - obrigao tributria principal; II - obrigao tributria acessria. 1 - Obrigao tributria principal a que surge com a ocorrncia do fato gerador e tem por objeto o pagamento de tributo ou de penalidade pecuniria, extinguindo-se juntamente com o crdito dela decorrente. 2 - Obrigao tributria acessria a que decorre da legislao tributria municipal e tem por objeto a prtica ou a absteno de atos nela previstos, no interesse da Fazenda Municipal. 3 - A obrigao tributria acessria, pelo simples fato de sua inobservncia, converte-se em principal relativamente penalidade pecuniria.

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    4 - A prtica de ato simulado, nulo ou anulvel, bem como a prtica de ato sem licena, no exime o pagamento dos tributos correspondentes.

    Seo II Do Fato Gerador

    Art. 5. Fato gerador da obrigao principal a situao definida neste Cdigo como necessria e suficiente para justificar o lanamento e a cobrana de cada um dos tributos de competncia do Municpio. Art. 6. Fato gerador da obrigao acessria qualquer situao que, na forma da legislao tributria do Municpio, imponha a prtica ou a absteno de ato que no configure obrigao principal. Pargrafo nico - Consideram-se ocorrido o fato gerador e existente os seus efeitos: I - tratando-se de situao de fato, desde o momento em que se verifiquem circunstncias materiais necessrias para que produzam os efeitos que normalmente lhes so prprios; II - tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que esteja definitivamente constituda, nos termos do direito aplicvel.

    CAPTULO III Do Sujeito Ativo

    Art. 7. Sujeito ativo da obrigao tributria o Municpio de Itabuna, ou aqueles definidos pela legislao municipal, titular da competncia para exigir o cumprimento das obrigaes relativas aos tributos, nos termos do sistema constitucional tributrio.

    CAPTULO IV Do Sujeito Passivo

    Art. 8. Para os efeitos da legislao tributria municipal consideram-se sujeitos passivos de obrigaes tributrias os contribuintes e responsveis apontados neste Cdigo, e nos demais diplomas normativos que compem o Sistema Tributrio do Municpio. Art. 9. Sem prejuzo de outras pessoas fsicas ou jurdicas, ou quem se equiparem, considera-se sujeito passivo: I - as pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado, que exeram atividades no Municpio, sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital; II - as filiais, sucursais, agncias ou representaes no Municpio, das pessoas jurdicas com sede no exterior; III - os consrcios de empresas e os condomnios residenciais e no residenciais; IV - os profissionais autnomos; V - as sociedades no-personificadas; VI - os empresrios; VII - as pessoas fsicas; VIII - o esplio e a massa falida.

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    Seo I

    Solidariedade Art. 10. So solidariamente obrigadas as pessoas que, embora no expressamente designadas neste Cdigo, tenham interesse comum na situao que constitua o fato gerador da obrigao principal. Art. 11. A solidariedade produz os seguintes efeitos: I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; II - a iseno ou remisso do crdito tributrio exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo neste caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; III - a interrupo da prescrio, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica os demais.

    Seo II Capacidade Tributria

    Art. 12. A capacidade tributria passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais; II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privao ou limitao do exerccio de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administrao direta de seus bens ou negcios; III - de estar a pessoa jurdica regularmente constituda, bastando que configure uma unidade econmica ou profissional.

    Seo III Do Domiclio Tributrio

    Art. 13. Ao contribuinte ou responsvel facultado escolher e indicar ao Fisco o seu domiclio tributrio, assim entendido o lugar onde desenvolve sua atividade, responde por suas obrigaes e pratica os demais atos que constituam ou possam vir a constituir obrigao tributria. 1. - Na falta de eleio do domiclio tributrio pelo contribuinte ou responsvel, considerar-se- como tal: I - quanto s pessoas fsicas, a sua residncia habitual ou, sendo esta incerta ou desconhecida, a sede habitual de sua atividade; II - quanto s pessoas jurdicas de direito privado ou s firmas individuais, o lugar de sua sede ou, em relao aos fatos que deram origem a obrigao tributria, o de cada estabelecimento; III - quanto s pessoas jurdicas de direito pblico, qualquer de suas reparties, no territrio do Municpio. 2. - Quando no couber a aplicao das regras previstas em quaisquer dos incisos do pargrafo anterior, considerar-se- como domiclio tributrio do contribuinte ou responsvel o lugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que deram origem obrigao tributria respectiva.

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    3. - O Fisco pode recusar o domiclio eleito, quando sua localizao, acesso ou quaisquer outras caractersticas impossibilitem ou dificultem a arrecadao ou fiscalizao do tributo, aplicando-se, ento, a regra do pargrafo anterior. Art. 14. O domiclio tributrio ser obrigatoriamente consignado nas peties, requerimentos, reclamaes, recursos, declaraes, guias, consultas e quaisquer outros documentos dirigidos ou apresentados ao Fisco.

    Seo IV Da Responsabilidade Tributria

    Art. 15. Os crditos tributrios relativos ao imposto predial e territorial urbano, as taxas pela utilizao de servios que gravem os bens imveis e a contribuio de melhoria sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do ttulo a prova de sua quitao. Pargrafo nico - No caso de arrematao em hasta pblica, a sub-rogao ocorre sobre o respectivo preo. Art. 16. So pessoalmente responsveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos, sem que tenha havido prova de sua quitao; II - o sucessor a qualquer ttulo ou o cnjuge meeiro, pelos tributos devidos at a data da partilha ou adjudicao, limitada esta responsabilidade no montante do quinho do legado ou da meao; III - o esplio, pelos tributos devidos pelo de cujus at a data da abertura da sucesso. Art. 17. A pessoa jurdica de direito privado, que resultar de fuso, ciso, transformao ou incorporao de outra ou em outra, responsvel pelos tributos devidos, at a data do ato, pelas pessoas jurdicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. 1. - O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extino de pessoas jurdicas de direito privado, quando a explorao da respectiva atividade seja continuada por qualquer scio remanescente ou seu esplio, sob a mesma ou outra razo social, ou sob firma individual. 2. - Em caso de ciso, considerada responsvel a pessoa jurdica que permanecer de posse da inscrio original no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica, e solidrio, as originrias da ciso. Art. 18. A pessoa natural ou jurdica de direito privado que adquirir de outro, a qualquer ttulo, fundo de comrcio ou estabelecimento comercial, industrial, produtor, de prestao de servios ou profissional e continuar a respectiva explorao, sob a mesma ou outra razo social ou sob firma individual, responde pelos tributos devidos at a data do ato, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido: I - integralmente, se o alienante cessar a explorao do comrcio, indstria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na explorao ou iniciar, dentro de 06 (seis) meses, a contar da data da alienao, no mesmo ou em outro ramo de comrcio, indstria ou profisso. Art. 19. Nos casos de impossibilidade de exigncia do cumprimento da obrigao principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omisses pelas quais forem responsveis:

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    I - os pais, pelos tributos devidos pelos seus filhos menores; II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos pelos seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo esplio; V - o sndico e o comissrio, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatrio; VI - os tabelies, escrives e demais serventurios de ofcio, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles ou diante deles em razo de seu ofcio; VII - os scios, no caso de liquidao da sociedade de pessoas. Pargrafo nico - O disposto neste artigo s se aplica, em matria de penalidade, s de carter moratrio. Art. 20. So pessoalmente responsveis pelos crditos correspondentes a obrigaes tributrias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infrao da Lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatrios, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado.

    CAPTULO V

    Do Crdito Tributrio

    Seo I Da Constituio do Crdito Tributrio

    Art. 21. Compete privativamente autoridade administrativa municipal constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicao da penalidade cabvel. Pargrafo nico - A atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria, sob pena de responsabilidade funcional.

    Seo II Da Suspenso do Crdito Tributrio

    Art. 22. Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio: I - moratria; II - o depsito do seu montante integral; III - as reclamaes e os recursos, nos termos desta Lei e de Regulamento; IV - a concesso de medida liminar em mandado de segurana; V - a concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espcies de ao judicial; VI - o parcelamento. Pargrafo nico - O disposto neste artigo no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal cujo crdito seja suspenso, ou delas conseqente.

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    Subseo I

    Da Moratria

    Art. 23. A moratria somente pode ser concedida por lei, quando:

    I - em carter geral pelo Municpio quanto aos tributos de sua competncia; II - em carter individual, por despacho do Secretrio da Fazenda Municipal, desde que autorizada por lei na condio do inciso anterior.

    Subseo II Do Parcelamento

    Art. 24. O crdito tributrio poder ser parcelado, na forma e condies estabelecidas neste Cdigo, pelo prprio contribuinte ou por terceiro interessado, atravs de instrumento de confisso de dvida ou de assuno de dbito, respectivamente. 1. - Para o ingresso das empresas no Simples Nacional, o parcelamento obedecer o que dispuser a Lei Complementar n 123/2006 e Resolues do Comit Gestor do Simples Nacional CGSN. 2. - Salvo disposio de lei em contrrio, o parcelamento do crdito tributrio no exclui a incidncia de atualizao monetria, juros, multas e honorrios advocatcios. Art. 25. permitido o parcelamento de crdito tributrio relativo a exerccios anteriores, ficando a critrio do Departamento de Tributos o parcelamento de crdito tributrio do exerccio em curso, conforme dispuser Ato do Poder Executivo. 1. - Fica o Poder Executivo autorizado a cobrar juros de financiamento at o limite de 1% (um por cento) ao ms, sobre cada parcela, acumulados mensalmente. 2. - responsvel solidrio pelo dbito aquele que vier a assumir o pagamento parcelado, em nome do contribuinte originrio, nos termos do artigo anterior, mediante instrumento prprio de assuno de dvida, a teor do art. 299, do Cdigo Civil. 3. - O vencimento de uma das parcelas, sem o respectivo pagamento, implicar no vencimento antecipado das restantes. 4. - As normas auxiliares e os procedimentos do parcelamento sero fixados pelo Chefe do Poder Executivo em regulamento, incluindo as condies de parcelamento dos crditos tributrios do devedor em recuperao judicial. 5 - Durante o perodo de parcelamento dos dbitos, o contribuinte no poder ficar inadimplente com tributos da mesma espcie, cujos fatos geradores ocorram aps a sua concesso, sob pena de perda do benefcio.

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    Seo III

    Da Extino do Crdito Tributrio Art. 26. Extinguem o crdito tributrio: I - o pagamento; II - a compensao; III - a transao; IV - a remisso; V - a prescrio e a decadncia; VI - a converso de depsito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologao, nos lanamentos por esta forma; VIII - a consignao em pagamento; IX - a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao anulatria; X - a deciso judicial passada em julgado; XI - a dao em pagamento de bens imveis.

    Subseo I Do Pagamento

    Art. 27. A imposio de penalidade no ilide o pagamento integral do crdito tributrio. Art. 28. O pagamento de um crdito no importa em presuno de pagamento: I - quando parcial, das prestaes em que se decomponha; II - quando total, de outros crditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. Art. 29. Quando no houver o prazo fixado na legislao tributria para pagamento, o vencimento do crdito ocorre 30 (trinta) dias aps a data em que se considera o sujeito passivo notificado do lanamento. Art. 30. Regulamento do Poder Executivo disciplinar a forma de pagamento dos tributos municipais e o calendrio fiscal do Municpio. Pargrafo nico - Uma vez constitudo o crdito tributrio e formalizada a Certido de Dvida Ativa - CDA, o Poder Pblico Municipal poder inscrev-la em rgos de proteo ao crdito e protestar o referido ttulo, nos termos definidos em Regulamento. Art. 31. O crdito no integralmente pago no vencimento ou decorrente de Notificao de Lanamento ou Auto de Infrao, ficar sujeito aos seguintes acrscimos legais: I - juros de mora; II - multa de mora; III - multa de infrao; IV- atualizao monetria.

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    1. - Os juros de mora sero contados a partir do ms seguinte ao do vencimento do tributo, razo de 1% (um por cento) ao mscalendrio ou frao, calculados data do seu pagamento. 2. - A multa de mora ser de 0,33% (trinta e trs centsimos por cento) por dia de atraso, limitado ao mximo de 20% (vinte por cento). 3. - A multa de infrao ser de 50% do tributo, atualizado monetariamente, que ser aplicada atravs de Auto de Infrao, quando for apurada ao ou omisso do contribuinte que importe em inobservncia do disposto na legislao tributria. 4. - vedado receber crdito de qualquer natureza com dispensa de atualizao monetria, juros e multa, ressalvadas as hipteses previstas em lei. 5. - Para as infraes de qualquer obrigao acessria no prevista neste cdigo, ser cobrado o valor correspondente a R$150,00. 6. - A multa de infrao ser aplicada em dobro, no caso de reincidncia especifica relativa obrigao acessria. Art. 32. Ao sujeito passivo que efetuar o recolhimento espontneo do tributo ser dispensada a multa de infrao. Pargrafo nico - No se considera espontneo o recolhimento efetuado aps o incio de qualquer procedimento administrativo fiscal, ressalvado o prazo concedido na notificao fiscal de lanamento. Art. 33. Aos contribuintes notificados por descumprimento de obrigao principal sero concedidos os seguintes descontos, na respectiva multa de infrao: I - 100% (cem por cento), se o pagamento for efetuado, ou solicitado parcelamento, com pagamento da primeira parcela, at 30 (trinta) dias, a contar da intimao; II - 80% (oitenta por cento), se o pagamento for efetuado, ou solicitado parcelamento, com pagamento da primeira parcela, entre 30 (trinta) e 60 (sessenta) dias, a contar da intimao; III - 60% (sessenta por cento), se o pagamento for efetuado, ou solicitado parcelamento, com pagamento da primeira parcela, aps o prazo mencionado no inciso II e antes do julgamento administrativo; IV - 40% (quarenta por cento), se o pagamento for efetuado, ou solicitado parcelamento, com pagamento da primeira parcela, at 30 (trinta) dias aps o julgamento administrativo, contados da cincia da deciso; V - 20% (vinte por cento), se o pagamento for efetuado, ou solicitado parcelamento, com pagamento da primeira parcela, na fase de cobrana amigvel da dvida ativa. 1 - Os descontos sero concedidos sem prejuzo do pagamento dos demais acrscimos legais. 2 - O contribuinte que reconhecer parcialmente o dbito fiscal poder efetuar o pagamento da parte no impugnada, sem dispensa de qualquer dos acrscimos legais. 3 - As dedues previstas neste artigo no se aplicam quando a infrao decorrer de obrigao tributria acessria.

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    Art. 34. O sujeito passivo tem direito restituio total ou parcial do tributo, nos seguintes casos: I - cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislao tributria aplicvel, ou da natureza ou circunstncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na identificao do sujeito passivo, na determinao da alquota aplicvel, no clculo do montante do dbito ou na elaborao ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento; III reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria. Pargrafo nico - Quando for comprovado, em processo administrativo, que o pagamento foi, por qualquer razo, imputado a contribuinte ou a tributo diverso daquele pretendido, poder o Secretrio da Fazenda Municipal autorizar a transferncia do crdito para o contribuinte ou tributo devido, observado o disposto em Regulamento do Poder Executivo. Art. 35. A restituio total ou parcial do tributo d lugar restituio, na mesma proporo, dos juros de mora e das penalidades pecunirias, salvo as referentes a infraes de carter formal, no prejudicada pela causa da restituio. Pargrafo nico - A restituio vence juros no capitalizveis, a partir do trnsito em julgado da deciso definitiva que a determinar.

    Subseo II Da Compensao

    Art. 36. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a realizar cesso de crditos tributrios e ou de outra natureza na forma a ser definida em lei, bem como a compensao de quaisquer crditos tributrios do Municpio, com crditos lquidos e certos, vencidos ou vincendos do sujeito passivo contra a Fazenda Pblica do Municpio, suas autarquias e fundaes, resultantes de atos prprios ou por sucesso a terceiros, observado no caso de compensao de crditos prprios com dbitos da Administrao Descentralizada o quanto disposto no art.14 da Lei Complementar 101/2000. 1. - Sendo vincendo o crdito do sujeito passivo, para os efeitos deste artigo, a apurao do seu montante dever contemplar o desgio correspondente, no podendo, porm, cominar reduo maior que juros de 1% (um por cento) ao ms, pelo tempo a decorrer entre a data da compensao e a do vencimento. 2. - Na determinao dos valores dos crditos a serem compensados, aplicar-se-o os mesmos ndices de atualizao e as mesmas taxas de juros, tanto para a Fazenda Pblica quanto para o sujeito passivo, a partir da data da exigibilidade dos respectivos crditos. 3 - A compensao a que se refere o caput ser proposta pelo Secretrio da Fazenda Municipal ou pelo Procurador Geral do Municpio, em parecer fundamentado, acompanhado de planilha de clculo elaborada por repartio competente, para fins de auditoria interna ou externa. Art. 37. Quando o crdito a compensar resultar de pagamento a maior de tributos municipais, o contribuinte poder efetuar a compensao desse valor no recolhimento do mesmo tributo correspondente a perodos subseqentes, mediante pronunciamento do Departamento de Tributos.

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    Pargrafo nico - No obstante o disposto no caput, facultado ao contribuinte optar pelo pedido de restituio do tributo para o que ser atualizada monetariamente com base em ndice a ser estabelecido por Decreto, registrado no perodo decorrido entre a data do pagamento a maior do tributo e a data da efetiva liberao do valor a restituir. Art. 38. vedada a compensao mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestao judicial pelo sujeito passivo, antes do trnsito em julgado da respectiva deciso judicial.

    Subseo III Da Transao

    Art. 39. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a celebrar, com o sujeito passivo, transao que, mediante concesses mtuas, importe em composio de litgio em processo fiscal, administrativo ou judicial, e conseqente extino de crdito tributrio, quando: I - a incidncia ou critrio de clculo do tributo for matria controvertida; II - ocorrer erro ou ignorncia escusvel do sujeito passivo quanto a matria de fato; III - ocorrer conflito de competncia com outras pessoas de direito pblico interno; IV - o montante do tributo tenha sido fixado por estimativa ou arbitramento. Pargrafo nico - A transao a que se refere o caput ser proposta ao Prefeito pelo Secretrio da Fazenda Municipal ou pelo Procurador-Geral do Municpio, em parecer fundamentado, e limitar-se- dispensa parcial ou total dos acrscimos legais referentes multa de infrao, multa de mora e juros.

    Subseo IV Da Remisso

    Art. 40. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a conceder, por despacho fundamentado, remisso total ou parcial do crdito tributrio, atendendo: I - situao econmica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorncia escusveis do sujeito passivo quanto matria de fato; III - diminuta importncia do crdito tributrio; IV - s consideraes de eqidade, com relao s caractersticas pessoais ou materiais do caso; V - s condies peculiares a determinada regio. 1. - O despacho referido neste artigo no gera direito adquirido, e ser revogado de ofcio, sempre que se apure que o beneficiado no satisfazia ou deixou de satisfazer as condies ou no cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concesso do favor, cobrando-se o crdito, acrescido de juros de mora: I - com imposio de penalidade cabvel, nos casos de dolo ou simulao do beneficiado, ou de terceiro em benefcio daquele; II - sem imposio de penalidade nos demais casos.

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    2. - No caso do inciso I do 1, o tempo decorrido entre a concesso da remisso e sua revogao no se computa para efeito da prescrio do direito a cobrana do crdito. 3. - No caso do inciso II do 1, a revogao s pode ocorrer antes da prescrio de referido direito.

    Subseo V Das Demais Modalidades de Extino

    Art. 41. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a extinguir, total ou parcialmente, o crdito tributrio, com base em deciso administrativa fundamentada do Secretrio da Fazenda Municipal ou do Procurador-Geral do Municpio, desde que, expressamente: I - reconhea a inexistncia da obrigao que lhe deu origem; II - declare a incompetncia do sujeito ativo para exigir o cumprimento da obrigao; III - exonere o sujeito passivo do cumprimento da obrigao, com fundamento em dispositivo de lei. Art. 42. A extino do crdito tributrio, mediante consignao em pagamento de que trata o inciso VIII, do art. 26 desta Lei, ser regulamentada em Ato do Poder Executivo.

    Seo IV Da Excluso de Crdito Tributrio

    Subseo I

    Das Disposies Gerais Art. 43. Excluem o crdito tributrio: I - a iseno; II - a anistia. Pargrafo nico - A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal cujo crdito seja excludo, ou delas conseqente.

    Subseo II Da Iseno

    Art. 44. A iseno de tributos municipais sempre decorrente do disposto neste Cdigo, e em disposies legais especficas, que definiro as condies e requisitos exigidos para a sua concesso, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua durao. Pargrafo nico - A iseno pode ser restrita a determinada regio do territrio do Municpio, em funo de condies a ela peculiares. Art. 45. Salvo disposio de lei em contrrio, a iseno no extensiva:

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    I - s taxas e s contribuies; II - aos tributos institudos posteriormente sua concesso. Art. 46. A iseno pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no Pargrafo nico do art.49. Pargrafo nico - Os dispositivos de lei que extingam ou reduzam iseno entram em vigor no primeiro dia do exerccio seguinte quele em que ocorra sua publicao, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorvel ao contribuinte. Art. 47. A iseno a prazo certo se extingue, automaticamente, independente de ato administrativo. Art. 48. A iseno, quando no concedida em carter geral, efetivada, em cada caso, por despacho do Secretrio da Fazenda Municipal, em requerimento, com o qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concesso. Pargrafo nico - Tratando-se de tributo lanado por perodo certo de tempo, o despacho referido neste artigo ser renovado antes da expirao de cada perodo, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do perodo para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da iseno. Art. 49. O despacho concessivo de iseno ser publicado no Dirio Oficial do Municpio, e o benefcio comear a viger da data do requerimento, ressalvada a iseno relativa a tributo cujo lanamento seja feito de ofcio pela autoridade administrativa, que ter vigncia a partir de 1 de janeiro do exerccio seguinte ao do requerimento. Pargrafo nico - Exarado o despacho, este s produzir seus efeitos a partir da publicao, no Dirio Oficial do Municpio, do ato declaratrio concessivo da iseno, o qual dever conter: I - nome do beneficirio; II - natureza do tributo; III - fundamento legal que justifique sua concesso; IV - prazo da iseno. Art. 50. Compete ao Poder Executivo a iniciativa de leis para concesso ou ampliao de isenes, reduo de alquotas, anistia, remisso, alterao da base imponvel que implique reduo discriminada de tributos, adoo de incentivos ou benefcios fiscais de quaisquer dos tributos de competncia do Municpio. Art. 51. Alm das isenes previstas na Lei Orgnica do Municpio e neste Cdigo, somente prevalecero s concedidas em lei especial sujeita s normas desta Lei. Art. 52. A iseno total ou parcial ser requerida pelo interessado, o qual deve comprovar a ocorrncia da situao prevista na legislao tributria. Art. 53. No ser concedida em qualquer hiptese, fora dos casos previstos neste Cdigo, iseno:

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    I - que no vise o interesse pblico e social da comunidade; II - s taxas de servios pblicos e s contribuies; III - sem que seja fixado prazo, que no poder ser superior a 10 (dez) anos. Art. 54. Nenhuma pessoa fsica ou jurdica poder gozar de favor fiscal seno em virtude de lei fundada em razo de ordem pblica ou de interesse do Municpio e desde que no esteja em dbito com a Fazenda Municipal. Art. 55. Proceder-se-, de ofcio, cassao da iseno, quando: I - obtida mediante fraude ou simulao do beneficirio ou de terceiros; II - houver relaxamento no cumprimento das exigncias de lei ou regulamento e no forem obedecidas as condies neles estabelecidas. 1. - A cassao total ou parcial da iseno ser determinada pelo Secretrio da Fazenda Municipal, a partir do ato ou fato que a motivou. 2. - Quando os fatos que justifiquem a cassao forem apurados em notificao fiscal de lanamento, o processo administrativo relativo notificao fiscal de lanamento ficar suspenso, por at 90 (noventa) dias, prazo em que dever ser cassado o favor fiscal.

    Subseo III Da Anistia

    Art. 56. A anistia concedida pelo Municpio abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a conceder, podendo ser: I - em carter geral; II - limitadamente: a) s infraes da legislao relativa a determinado tributo; b) s infraes punidas com penalidades pecunirias at determinado montante, conjugadas ou no com penalidades de outra natureza; c) a determinada regio do municpio, em funo de condies a ela peculiares; d) sob condio do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixao seja atribuda pela mesma lei autoridade administrativa. Art. 57. A anistia ser efetivada, em cada caso, por despacho do Secretrio da Fazenda Municipal, em requerimento no qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concesso. Art. 58. A concesso ou benefcio de natureza tributria da qual decorra renncia de receita dever obedecer Lei de Responsabilidade Fiscal.

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    Seo V

    Do Cancelamento do Crdito Tributrio Art. 59. Fica o Secretrio da Fazenda Municipal, com base em parecer fundamentado do Procurador-Geral do Municpio, autorizado a cancelar administrativamente os crditos: I - prescritos; II - de contribuintes que hajam falecido deixando bens que, por fora de lei, sejam insusceptveis de execuo; III - que por seu nfimo valor, tornem a cobrana ou execuo notoriamente antieconmica. Pargrafo nico - Com relao aos dbitos tributrios inscritos na Dvida Ativa, a competncia de que trata este artigo ser do Procurador-Geral do Municpio.

    CAPTULO VI Das Infraes, das Penalidades e dos Encargos da Mora

    Seo I

    Das Disposies Gerais Art. 60. Nenhuma ao ou omisso poder ser punida como infrao da legislao tributria sem que esteja definida como tal por lei vigente data de sua prtica, nem lhe poder ser cominada penalidade no prevista em lei, nas mesmas condies. Art. 61. As normas tributrias que definem as infraes, ou lhe cominem penalidades, aplicam-se a fatos anteriores sua vigncia quando: I - exclua a definio de determinado fato como infrao, cessando, data da sua entrada em vigor, a punibilidade dos fatos ainda no definitivamente julgados e os efeitos das penalidades impostas por deciso definitiva; II - comine penalidade menos severa que a anteriormente prevista para fato ainda no definitivamente julgado. Art. 62. As normas tributrias que definem as infraes, ou lhe cominam penalidades, interpretam-se de maneira mais favorvel ao contribuinte, em caso de dvida quanto: I - capitulao legal do fato; II - natureza ou s circunstncias materiais do fato, ou natureza e extenso de seus efeitos; III - autoria, imputabilidade ou punibilidade; IV - natureza da penalidade aplicvel ou sua graduao.

    Seo II Da responsabilidade por infrao

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    Art. 63. A responsabilidade excluda pela denncia espontnea da infrao, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depsito da importncia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apurao. Pargrafo nico - No se considera espontnea a denncia apresentada aps o incio de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalizao, relacionados com a infrao. Art. 64. Exceto os casos expressamente ressalvados em Lei, a responsabilidade por infraes legislao tributria do Municpio independe da inteno do agente ou do responsvel, bem como da natureza e da extenso dos efeitos do ato. Art. 65. A responsabilidade pessoal do agente: I - quanto s infraes conceituadas por Lei como crimes ou contravenes, salvo quando praticadas no exerccio regular de administrao, mandato, funo, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; II - quanto s infraes em cuja definio o dolo especfico do agente seja elementar; III - quanto s infraes que decorrem direta e exclusivamente de dolo especfico: a) das pessoas referidas no art. 19 contra aquelas por quem respondem; b) dos mandatrios, prepostos ou empregados contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; c) dos diretores, parentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado, contra estas.

    Seo III Das Infraes

    Art. 66. Constitui infrao toda ao ou omisso contrria s disposies da legislao tributria municipal. Art. 67. Ser considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger ou auxiliar algum na prtica da infrao e, ainda, os servidores municipais encarregados da execuo das leis que, tendo conhecimento da infrao, deixarem de denunciar, ou no exerccio da atividade fiscalizadora, deixarem de notificar o infrator, ressalvada a cobrana de crdito tributrio considerado antieconmico, definido em Ato do Poder Executivo. Pargrafo nico - Se a infrao resultar de cumprimento de ordem recebida de superior hierrquico, ficar este, solidariamente, responsvel com o infrator. Art. 68. Constitui circunstncias agravantes da infrao, a falta ou insuficincia no recolhimento do tributo que configure: I - o indcio de sonegao; II - a reincidncia. Art. 69. Caracteriza-se como indcio de sonegao, quando o contribuinte:

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    I - prestar declarao falsa ou omitir, total ou parcialmente, informao que deva ser produzida a agentes das pessoas jurdicas de direito pblico interno, com a inteno de eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributos e quaisquer adicionais devidos por lei; II - inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou operaes de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a inteno de exonerar-se do pagamento de tributos devidos Fazenda Municipal; III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operaes mercantis com o propsito de fraudar a Fazenda Municipal; IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, com o objetivo de obter deduo de tributos devidos Fazenda Municipal, sem prejuzo das sanes administrativas cabveis. Art. 70. Ser considerado reincidente o contribuinte que: I - foi condenado em deciso administrativa com trnsito em julgado; II - foi considerado revel e o crdito tiver sido inscrito em Dvida Ativa; III - pagou ou efetivou o parcelamento de dbito decorrente de Auto de Infrao. Pargrafo nico - No ser considerado reincidente, se entre a data da deciso administrativa com trnsito em julgado e a infrao posterior tiver decorrido perodo de tempo superior a 5 (cinco) anos. Art. 71. Ocorrendo o disposto no inciso I, do art. 68, o Fisco Municipal fornecer os documentos Procuradoria do Municpio para a representao criminal contra o contribuinte.

    Seo IV Das Penalidades

    Art. 72. So penalidades tributrias aplicveis separada ou cumulativamente, sem prejuzo das cominadas pelo mesmo fato por lei criminal: I - a multa; II - a perda de desconto, abatimento ou dedues; III - a cassao dos benefcios de iseno; IV - a revogao dos benefcios de anistia ou moratria; V - a sujeio a regime especial de fiscalizao, definido em ato administrativo; VI - a proibio de: a) realizar negcios jurdicos com rgos da administrao direta e indireta do Municpio; b) participar de licitaes; c) usufruir de benefcio fiscal institudo pela legislao tributria do Municpio.

    1. - A aplicao de penalidade de qualquer natureza no dispensa o pagamento do tributo, de sua atualizao monetria e de juros de mora, nem isenta o infrator do dano resultante da infrao na forma da Lei Civil. 2. - A penalidade, alm de impor a obrigao de fazer ou deixar de fazer, ser pecuniria, quando consista em multa, e dever ter em vista as circunstncias agravantes, aplicar-se-: a) na circunstncia da infrao depender o resultado de infrao de outra Lei, tributria ou no;

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    b) na reincidncia, a multa prevista acrescida em 20% (vinte por cento); c) na sonegao, a multa correspondente ao dobro do tributo sonegado.

    DOS TRIBUTOS E RENDAS MUNICIPAIS

    TTULO I DA IMUNIDADE

    CAPTULO NICO

    Das Disposies Gerais Art. 73. As condies constitucionais e os requisitos estabelecidos em Lei Complementar para gozo do benefcio da imunidade sero verificados pela fiscalizao municipal. 1. - Caso no sejam atendidos os pressupostos para a imunidade, ser lanado o imposto devido. 2. - Quando a fiscalizao verificar o descumprimento das condies e requisitos da imunidade em relao entidade j reconhecida pelo Municpio, o reconhecimento do ato ser suspenso pelo Secretrio da Fazenda Municipal, ensejando o prosseguimento da ao fiscal. 3. - O pedido de reconhecimento da imunidade de iniciativa do interessado que declarar o preenchimento dos requisitos legais, no alcanando as taxas e as obrigaes acessrias. 4. - O reconhecimento da imunidade a que se refere o 3 se dar por ato da Secretaria da Fazenda Municipal, publicado no Dirio Oficial do Municpio. Art. 74. Cessa o privilgio da imunidade para as pessoas de direito pblico ou privado quanto aos imveis prometidos venda, desde o momento em que se constituir o ato. Pargrafo nico - Nos casos de transferncia de domnio ou de posse de imvel, pertencente a entidades referidas neste artigo, a imposio fiscal recair sobre o promitente comprador, enfiteuta, fiducirio, usurio, usufruturio, comodatrio, concessionrio, permissionrio, superficirio ou possuidor a qualquer ttulo.

    TTULO II DOS IMPOSTOS EM ESPCIE

    CAPTULO I

    Do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU

    Seo I Do Fato Gerador e da Incidncia

    Art. 75. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU tem como fato gerador a propriedade, o domnio til ou a posse de bem imvel, por natureza ou por acesso fsica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Municpio, possuindo alquotas progressivas por classes de valor venal, como forma de atendimento funo social da propriedade urbana.

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    1. - Considera-se zona urbana aquela definida em lei municipal e desde que possua, pelo menos, dois dos seguintes melhoramentos, construdos ou mantidos pelo poder pblico: I - meio-fio ou calamento, com canalizao de guas pluviais; II - abastecimento de gua; III - sistema de esgotos sanitrios; IV - rede de iluminao pblica, com ou sem posteamento para distribuio domiciliar de energia eltrica; V - escola primria ou posto de sade, com acesso por vias pblicas, a uma distncia mxima de 3 (trs) quilmetros do imvel considerado. 2. - So tambm consideradas zonas urbanas, para fins de incidncia do imposto, as reas urbanizveis ou de expanso urbana, constantes de loteamento, destinadas habitao, indstria, comrcio, recreao ou lazer, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do pargrafo anterior. Art. 76. A incidncia do imposto alcana: I - quaisquer imveis localizados na zona urbana do Municpio, independentemente de sua forma, estrutura, superfcie, destinao ou utilizao; II - as edificaes contnuas das povoaes e as suas reas adjacentes, bem como os stios e chcaras de recreio ou lazer, ainda que localizados fora da zona urbana e nos quais a eventual produo no se destine ao comrcio; III - os terrenos arruados ou no, sem edificao ou em que houver edificao interditada, paralisada, condenada, em runas ou em demolio; IV - os imveis que no atendam quaisquer exigncias legais, regulamentares ou administrativas, sem prejuzo das penalidades cabveis. Art. 77. O fato gerador do IPTU considera-se ocorrido em 1 de janeiro de cada exerccio civil, ressalvados os casos especiais definidos em lei especfica. Pargrafo nico - Para a unidade imobiliria construda ou alterada no ano em curso, o lanamento ou a reviso do valor do imposto ser proporcional ao nmero de meses que faltar para completar o exerccio.

    Seo II Do Contribuinte e Responsvel

    Art. 78. Contribuinte do imposto o proprietrio do imvel, o titular do seu domnio til ou o seu possuidor a qualquer ttulo. 1. - Respondem pelo imposto os promitentes-compradores, os cessionrios, os comodatrios e os ocupantes a qualquer ttulo do imvel, ainda que pertencente pessoa fsica ou jurdica de direito pblico ou privado isenta do imposto ou imune. 2. - So ainda responsveis o esplio e a massa falida pelo pagamento do imposto incidente sobre os imveis que pertenciam ao de cujus e ao falido, respectivamente.

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    Seo III Da Base de Clculo

    Art. 79. A base de clculo do imposto o valor venal do imvel. Art. 80. O valor venal do imvel a quantia em moeda corrente que o Municpio toma como referncia para apurao do imposto e deve representar, efetiva ou potencialmente, o valor que este alcanaria para venda vista, segundo as condies correntes do mercado imobilirio, respeitando-se o ncleo a que este pertence, que deve ser decomposto de acordo com faixa em que o mesmo se enquadre na tabela progressiva, aplicando-se ao valor obtido a alquota correspondente. Art. 81. A apurao do valor venal dos imveis urbanos, para efeito de lanamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), no exerccio de 2010 e nos subseqentes, ser obtida pela soma dos valores venais do terreno e da construo, se houver, de conformidade com as normas e mtodos ora fixados e com as tabelas constantes do ANEXO I, Parte A, desta Lei, da seguinte forma: IANEXO I Parte A Tabela dos tipos e padres de construo; IIANEXO I Parte B Tabela do valor do metro quadrado para clculo do valor predial; IIIANEXO I Parte C Tabela das faixas e alquotas; IVANEXO I Parte D Tabela dos valores imobilirios territoriais por metro quadrado; 1. - Na definio do valor venal dos imveis urbanos, sero aplicadas as tabelas constantes dos ANEXOS desta Lei, de forma conjunta e integrada. 2. - Para efeito de classificao e definio do padro de cada tipo de edificao transcritos no ANEXO I, Parte A, e buscando resguardar a qualidade das informaes inseridas, considerar-se- os itens indicados e suas caractersticas similares. Art. 82. Fica o Poder Executivo autorizado a estabelecer fatores de valorizao e desvalorizao em funo de: I - situao privilegiada do imvel no logradouro ou trecho de logradouro; II - arborizao de rea loteada ou de espaos livres onde haja edificaes ou construes; III - valor da base de clculo do imposto divergente do valor de mercado do imvel. 1. - Os imveis construdos em forma de condomnio fechado residencial e comercial, tanto vertical quanto horizontal, sero acrescidos de 20%. 2. - Fica a Secretaria da Fazenda Municipal, autorizada a adotar fator de desvalorizao de at 30% (trinta por cento), em funo do estado de conservao do imvel, mediante requerimento do interessado e comparao com o mercado imobilirio.

    Subseo I Da Apurao da Base de Clculo

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    Art. 83. A base de clculo do imposto igual: I - para os terrenos, ao resultado do produto da rea do terreno pelo seu Valor Unitrio Padro; II - para as edificaes, ao resultado da soma dos produtos das reas do terreno e da construo pelos respectivos Valores Unitrios Padres. 1. - Para a edificao vertical ou horizontal, constituda de mais de uma unidade imobiliria autnoma, considerar-se-: I - rea do terreno igual rea de uso privativo, que a rea interna e de uso exclusivo da unidade imobiliria, incluindo reas de garagem ou de estacionamento, acrescida da parcela de terreno decorrente da diviso proporcional da rea de terreno de uso comum pela rea de uso privativo de cada unidade; II - rea da construo igual rea de uso privativo, acrescida da parcela de construo decorrente da diviso proporcional da rea construda de uso comum pela rea de uso privativo de cada unidade imobiliria. 2. - Na fixao da base de clculo ser observado, ainda, que: I - a rea construda coberta seja o resultado da projeo ortogonal dos contornos externos da construo; II - a rea construda descoberta seja enquadrada no mesmo tipo de uso e padro da construo principal, com reduo de 50% (cinqenta por cento), exceto a rea de piscina e seus complementos, que no tero reduo; III - na sobreloja e mezanino a rea construda seja enquadrada no mesmo tipo da construo principal, com reduo de 40% (quarenta por cento); IV - no se considera o valor dos bens mveis mantidos no imvel, em carter permanente ou temporrio, para efeito de sua utilizao, explorao, aformoseamento ou comodidade. 3. - Quando a edificao se enquadrar em mais de um padro de construo, dever ser adotado o de maior valor unitrio, sendo aplicado fator de correo de construo que reduza para o valor venal que seria calculado utilizando os dados especficos para as respectivas reas. Art. 84. Para efeito da tributao, considera-se terreno sem edificao: I - o imvel onde no haja edificao; II - o imvel com edificao em andamento ou cuja obra esteja paralisada, condenada ou em runas; III - o imvel cuja edificao seja de natureza temporria ou provisria, ou que possa ser removida sem destruio, alterao ou modificao; IV - o imvel destinado a estacionamento de veculos e depsito de materiais, desde que a construo no seja especfica para essas finalidades.

    Subseo II Do arbitramento

    Art. 85. Aplica-se o critrio do arbitramento para a determinao do valor venal, quando: I - o contribuinte impedir o levantamento dos elementos necessrios apurao do valor venal; II - os imveis se encontrem fechados e o contribuinte no for localizado.

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    Pargrafo nico - Na hiptese deste artigo, o clculo das reas do terreno e da construo ser feito por estimativa, levando-se em conta elementos circunvizinhos e enquadrando-se o tipo de construo com o de edificaes semelhantes.

    Subseo III Da Avaliao Especial

    Art. 86. Aplica-se o critrio da avaliao especial para a fixao do valor venal, mediante requerimento do contribuinte, exclusivamente nos casos de: I - lotes desvalorizados devido a formas extravagantes ou conformaes topogrficas muito desfavorveis; II - terrenos alagadios, pantanosos ou sujeitos a inundaes peridicas; III - terrenos que, pela natureza do solo, se tornem desfavorveis edificao ou construo ou outra destinao; IV situaes omissas que possam conduzir tributao injusta.

    Pargrafo nico - Caso a Avaliao Especial resulte na confirmao do valor atribudo inicialmente ao imvel, o requerente estar obrigado a recolher ao Errio Municipal a tarifa correspondente ao procedimento.

    Seo IV Da Alquota e Apurao do Imposto

    Art. 87. O valor do imposto encontrado aplicando-se base de clculo a alquota correspondente, constante do Anexo I, parte C, em razo do valor venal. Pargrafo nico - Quando se tratar de terreno que no esteja atendendo a funo social, conforme definido no Plano Diretor, ser aplicada a alquota constante do Anexo I, desta Lei, acrescida de um ponto percentual por ano, pelo prazo mximo de 05 (cinco) anos, enquanto no for promovida a edificao ou utilizada para um fim social, pblico ou privado. Art. 88. A parte do terreno que exceder em 05 (cinco) vezes a rea total construda, coberta e descoberta, ser aplicada a alquota prevista para terrenos sem construo.

    Seo V Do Lanamento

    Art. 89. O IPTU devido anualmente e ser lanado de ofcio, com base em elementos cadastrais declarados pelo contribuinte ou apurados pelo Departamento de Tributos. Pargrafo nico - No lanamento ou retificao de lanamento decorrente de ao fiscal, obrigatria a identificao do imvel com o preenchimento correto dos elementos cadastrais e juntada das provas que se fizerem necessria. Art. 90. O lanamento efetuado em nome do proprietrio, do titular do domnio til ou do possuidor do imvel e, ainda, do esplio ou da massa falida.

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    1. - Nos imveis, sob promessa de compra e venda, desde que registrada ou for dado conhecimento a autoridade fazendria, o lanamento deve ser efetuado em nome do compromissrio comprador, sem prejuzo da responsabilidade solidria do promitente vendedor. 2. - Os imveis, objeto de enfiteuse, usufruto ou fideicomisso sero lanados em nome do enfiteuta, do usufruturio ou do fiducirio, constando o nome do proprietrio no cadastro imobilirio. 3. - Para os imveis, sob condomnio, o lanamento ser efetuado: I - quando pro-diviso, em nome do proprietrio, do titular do domnio til ou do possuidor da unidade autnoma, um lanamento para cada imvel, ainda que contguos ou vizinhos e pertencentes ao mesmo contribuinte; II - quando pro-indiviso, em nome de um, de alguns ou de todos os condminos, sem prejuzo, nas duas primeiras situaes, da responsabilidade solidria dos demais.

    Seo VI Da Notificao do Lanamento

    Art. 91. A notificao ser feita por edital, publicado no Dirio Oficial do Municpio. Art. 92. Do lanamento consideram-se, tambm, regularmente notificado o sujeito passivo com a entrega do carn de pagamento ou boleto de pagamento pessoalmente ou por via postal, no seu domiclio, observado as disposies de Regulamento.

    Seo VII Do Pagamento

    Art. 93. O pagamento do imposto ser feito nas pocas e prazos definidos em regulamento. Pargrafo nico. - Ser concedido desconto de at 15% (quinze por cento) ao contribuinte que efetuar o pagamento do imposto de uma s vez, at a data de vencimento da cota nica. Art. 94. A obrigao de pagar o IPTU se transmite ao adquirente do imvel ou dos direitos reais a ele relativos, sempre se constituindo como nus real que acompanha o imvel em todas as suas mutaes de propriedade, domnio ou posse. Art. 95. No ser deferido pela autoridade administrativa nenhum pedido de loteamento, desmembramento, Alvar de Construo, reforma, modificao, ampliao, acrscimo de rea construda, ou Alvar de Habite-se, sem que o requerente comprove a inexistncia de dbitos de tributos incidentes sobre a unidade imobiliria. Pargrafo nico - Na hiptese de lanamento de unidade imobiliria, edificada ou no, decorrente de loteamento ou desmembramento, os adquirentes das respectivas fraes ideais respondem proporcionalmente pelo dbito porventura existente, ou que venha a ser administrativamente apurado.

    Seo VIII Das Infraes e Penalidades

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    Art. 96. So infraes as situaes a seguir indicadas, passveis de aplicao das seguintes penalidades: I - no valor de 60% (sessenta por cento) do tributo no recolhido, atualizado monetariamente: a) no comunicar a ocorrncia de qualquer fato ou a existncia de qualquer circunstncia que afete a incidncia ou o clculo do imposto; b) a falta de informaes para fins de lanamento, quando apurado em ao fiscal; c) o gozo indevido de iseno, total ou parcial; d) o gozo indevido de imunidade. II - no valor de 100% (cem por cento) do tributo no recolhido, atualizado monetariamente, quando ocorrer qualquer das circunstncias agravantes previstas no art. 68 desta Lei; III - no valor correspondente a R$200,00: a) a falta de declarao do trmino de reformas, ampliaes, modificaes no uso do imvel que implique em mudana na base de clculo ou nas alquotas; b) a omisso de dados para fins de registro. IV - no valor correspondente a R$250,00: a) a falta de declarao de aquisio de propriedade, de domnio til ou de posse de imvel; b) a falta de declarao do domiclio tributrio para os proprietrios de terrenos sem construo; c) a falta de recadastramento de imvel, no cadastro imobilirio, quando determinado pelo Poder Executivo. 1. - As infraes previstas nos incisos III e IV deste artigo sero reduzidas em 50% (cinqenta por cento), limitadas ao valor do imposto do exerccio, quando se tratar de imvel pertencente a: I - pessoa fsica; II - pessoa jurdica que se enquadre na condio de microempresa ou empresa de pequeno porte, conforme definido na Lei Complementar n 123/2006; III - entidade de assistncia social, sem fins lucrativos, inscrita no Conselho Municipal de Assistncia Social. 2. - A imposio das multas referidas neste artigo obedecer ao disposto no art. 33 desta Lei, no que couber, sem prejuzo do recolhimento do imposto com os acrscimos legais.

    Seo IX Das Isenes

    Art. 97. Ser concedida iseno do imposto em relao ao imvel:

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    I - nico de propriedade do militar da FEB (Fora Expedicionria Brasileira) que haja participado ativamente em operaes de guerra no ltimo conflito mundial e que sirva exclusivamente para sua residncia; II - nico residencial, com valor venal enquadrado na faixa de iseno; III - de propriedade de empresa pblica e fundaes deste Municpio, desde que utilizado nas suas finalidades institucionais.

    Pargrafo nico - No caso do inciso I, a prova de participao no ltimo conflito mundial ser feita mediante documento autenticado, fornecido pelas autoridades militares competentes.

    CAPTULO II Do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza - ISSQN

    Seo I

    Do Fato Gerador Art.98. O Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza - ISS tem como fato gerador a prestao de servios relacionados na Lista de Servios, que constitui o Anexo II, desta Lei, ainda que esses servios: I - no se constituam como atividade preponderante do prestador; II - envolvam fornecimento de mercadorias, salvo as excees expressas na prpria Lista. 1. O imposto incide tambm sobre: I - o servio proveniente do exterior do Pas ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior do Pas; II - o servio prestado mediante a utilizao de bens e servios pblicos explorados economicamente mediante autorizao, permisso ou concesso, com o pagamento de tarifa, preo ou pedgio pelo usurio final do servio. 2. - Incluem-se entre os sorteios no item 19 da Lista de Servios anexa ao presente Cdigo, aqueles efetuados mediante inscrio automtica por qualquer meio, desde que a captao de inscries alcance participantes no Municpio. Art. 99. O servio considera-se prestado e o imposto Sobre Servio de Qualquer Natureza devido no local do estabelecimento do prestador do servio ou na falta do estabelecimento, no local do domiclio do prestador do servio, exceto nas hipteses previstas nos incisos I a XX, quando o imposto ser devido no local: I) do estabelecimento do tomador ou intermedirio do servio ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hiptese do inciso I, 1, art. 98, desta Lei; II) da instalao dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos servios descritos no subitem 3.04 da lista anexa; III) da execuo da obra, no caso dos servios descritos no subitem 7.02 e 7.17 da lista anexa; IV) da demolio, no caso dos servios descritos no subitem 7.04 da lista anexa; V) das edificaes em geral, estradas, pontes, portos e congneres, no caso dos servios descritos no subitem 7.05 da lista anexa; VI) da execuo da varrio, coleta, remoo, incinerao, tratamento, reciclagem, separao e destinao final de lixo, rejeitos e outros resduos quaisquer, no caso dos servios descritos no subitem 7.09 da lista anexa;

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    VII) da execuo da limpeza, manuteno e conservao de vias e logradouros pblicos, imveis, chamins, piscinas, parques, jardins e congneres, no caso dos servios descritos no subitem 7.10 da lista anexa; VIII) da execuo da decorao e jardinagem, do corte e poda de rvores, no caso dos servios descritos no subitem 7.11 da lista anexa; IX) do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes fsicos, qumicos e biolgicos, no caso dos servios descritos no subitem 7.12 da lista anexa; X) do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubao e congneres, no caso dos servios descritos no subitem 7.14 da lista anexa; XI) da execuo dos servios de escoramento, conteno de encostas e congneres, no caso dos servios descritos no subitem 7.15 da lista anexa; XII) da limpeza e dragagem, no caso dos servios descritos no subitem 7.16 da lista anexa; XIII) onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos servios descritos no subitem 11.01 da lista anexa; XIV) dos bens ou do domiclio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos servios descritos no subitem 11.02 da lista anexa; XV) do armazenamento, depsito, carga, descarga, arrumao e guarda do bem, no caso dos servios descritos no subitem 11.04 da lista anexa; XVI) da execuo dos servios de diverso, lazer, entretenimento e congneres, no caso dos servios descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa; XVII) do Municpio onde est sendo executado o transporte, no caso dos servios descritos pelo subitem 16.01 da lista anexa; XVIII) do estabelecimento do tomador da mo-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos servios descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa; XIX) da feira, exposio, congresso ou congnere a que se referir o planejamento, organizao e administrao, no caso dos servios descritos pelo subitem 17.09 da lista anexa; XX) aeroporto, terminal rodovirio, ferrovirio ou metrovirio, no caso dos servios descritos pelo item 20 da lista anexa. 1 - No caso dos servios a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o Imposto Sobre Servio de Qualquer Natureza neste Municpio, nas extenses de rodovia aqui existentes e exploradas. 2 - Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto Sobre Servio de Qualquer Natureza no local do estabelecimento prestador nos servios executados em guas martimas, excetuados os servios descritos no subitem 20.01. 3 - Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar servios, de modo permanente ou temporrio, e que configure unidade econmica ou profissional, sendo irrelevantes para caracteriz-lo as denominaes de sede, filial, agncia, posto de atendimento, sucursal, escritrio de representao ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. 4 - Consideram-se estabelecidas neste Municpio as empresas que se enquadrem em, pelo menos, uma das situaes abaixo descritas, relativamente ao seu territrio, devendo ser inscritas de ofcio no Cadastro Geral de Atividades CGA, do Municpio de Itabuna: I - manuteno de pessoal, material, mquinas, instrumentos e equipamentos necessrios execuo dos servios;

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    II - estrutura organizacional ou administrativa; III - inscrio nos rgos previdencirios; IV - indicao como domiclio fiscal, para efeito de outros tributos; V - permanncia ou nimo de permanecer no local, para explorao econmica de atividade de prestao de servios, exteriorizada atravs da indicao do endereo em impressos formulrios ou correspondncia, contrato de locao de imvel, propaganda ou publicidade, ou em contas de telefone e de fornecimento de energia eltrica e gua, em nome do prestador, ou de seus representantes. Art. 100. A incidncia do imposto independe: I - da existncia de estabelecimento fixo; II - do cumprimento de qualquer exigncia legal, regulamentar ou administrativa, relativa ao prestador ou prestao de servios; III - do recebimento do preo ou do resultado econmico da prestao; IV - do carter permanente ou eventual da prestao; V - da denominao dada ao servio prestado; VI - da destinao do servio.

    1. - O imposto no incide sobre: I - a exportao de servio para o exterior do Pas; II - a prestao de servios em relao de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundaes, bem como dos scios-gerentes e dos gerentes-delegados; III - o valor intermediado no mercado de ttulos e valores mobilirios, o principal, juros e acrscimos moratrios relativos a operaes de crdito realizadas por instituies financeiras. 2. - No se enquadra no disposto no inciso I, do 1 deste artigo, o servio desenvolvido no Brasil, cujo resultado se verifique neste Municpio, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.

    Seo II Da Base de Clculo

    Art. 101. A base de clculo do imposto o preo do servio. Art. 102. No caso dos servios a que se refere o subitem 3.03 da Lista de Servios, anexa a este Cdigo, considera-se ocorrido o fato gerador e devido, neste Municpio, o imposto proporcionalmente extenso de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locao, sublocao, arrendamento, direito de passagem ou permisso de uso, compartilhado ou no. Art. 103. Considera-se preo do servio, para efeito de clculo do imposto, a receita bruta mensal resultante da prestao de servios, mesmo que no tenha sido recebida. 1. - Constituem parte integrante do preo: I - os valores acrescidos e os encargos de qualquer natureza, ainda que de responsabilidade de terceiros;

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    II - os nus relativos concesso de crdito, ainda que cobrados em separado, na hiptese de prestao de servios a prazo, sob qualquer modalidade. 2. - Quando a contraprestao se verificar atravs da troca de servios ou o seu pagamento for realizado mediante o fornecimento de mercadorias ou bens de qualquer natureza, o preo dos servios, para base de clculo do imposto, ser o preo corrente no Municpio. 3. - Nos servios contratados em moeda estrangeira, o preo ser o valor resultante da sua converso em moeda nacional, ao cmbio do dia da ocorrncia do fato gerador. 4 - Na falta de preo, ser tomado como base de clculo o valor cobrado dos usurios ou contratantes de servios similares. 5 - O valor do imposto, quando cobrado em separado, integrar a base de clculo. 6 - Nas demolies inclue-se no preo do servio o montante dos recebimentos em dinheiro ou em materiais provenientes do desmonte.

    7 . Em relao aos servios descritos no subitem 9.02 do Anexo II desta lei, no se inclui na base de clculo os valores das passagens areas, terrestres e martimas, bem como o valor da hospedagem, vinculadas aos programas de viagens ou excurses, desde que devidamente comprovadas.

    Art. 104. Na prestao do servio a que se referem os subitens 7.02 e 7.05 da Lista de Servios anexa a esta Lei, no se inclui na base de clculo do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza, desde que devidamente comprovados, o valor dos materiais fornecidos pelo prestador. 1 Na excluso da base de calculo aludida no caput deste artigo, devero ser observados as seguintes formalidades: I Os documentos fiscais comprobatrios da aquisio dos materiais devero conter, obrigatoriamente, a perfeita identificao do emitente, do destinatrio, do local da obra, bem como das mercadorias; II A responsabilidade pela formalstica indicada no inciso precedente do emitente do documento fiscal; III Dever ainda os referidos documentos encontraremse devidamente escriturados nos livros fiscais prprios. 2 Sero indedutveis os materiais: I Madeiras e ferragens para barraco da obra, escoras, andaimes, tapumes, torres e formas; II Ferramentas, mquinas, aparelhos e equipamentos; III Materiais adquiridos para formao de estoque, ou para ser armazenado fora dos canteiros de obras, antes de sua efetiva utilizao; IV Materiais recebidos na obra aps a concesso do respectivo habite se.

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    3 - O desconto previsto no caput deste artigo fica limitado ao percentual de 40% do valor total do preo do servio. Art. 105. Na prestao dos servios a que se refere o subitem 17.06 da Lista de Servios, anexa a este Cdigo, no compor a base de clculo do imposto o valor relativo aos gastos com servios de produo externa prestados por terceiros, desde que comprovados pelas respectivas Notas Fiscais de Prestao de Servios em nome do cliente e aos cuidados da agncia, conforme dispuser em Regulamento do Poder Executivo. Art. 106. Na fixao da base de clculo do imposto no sero considerados os descontos, abatimentos, dedues ou cortesias, observado o disposto no art. 104.

    Subseo I Da Estimativa

    Art. 107. O Poder Executivo poder estabelecer critrios para estimativa da base de clculo do imposto, nos seguintes casos: I quando se tratar de atividade exercida em carter provisrio; II quando se tratar de contribuinte de rudimentar organizao; III quando, pela natureza da atividade, o contribuinte no tiver condies de emitir documentos fiscais ou deixar de cumprir regularmente as obrigaes acessrias previstas na legislao; IV quando se tratar de contribuinte ou de atividades que aconselhem tratamento fiscal especfico e diferenciado, a critrio da Fazenda Municipal. 1 - A Fazenda Municipal, para fixar o valor do imposto por estimativa, levar em considerao, alm da capacidade contributiva de cada contribuinte, os seguintes fatores: I o tempo de durao e a natureza do evento ou da atividade; II o preo corrente dos servios; III os valores das despesas decorrentes da prestao do servio; IV a comparao com eventos ou atividades j ocorridas, em condies similares; V a localizao e o porte econmico do prestador do servio. 2 - A Fazenda Municipal pode, a qualquer momento: I rever os valores estimados, mesmo no curso do perodo considerado; II cancelar a aplicao do regime, de forma geral, parcial ou individual.

    Subseo II Do Arbitramento

    Art. 108. Proceder-se- ao arbitramento da base de clculo do imposto, quando:

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    I - o contribuinte no dispuser de elementos de contabilidade ou de qualquer outro dado que comprove a exatido do montante da matria tributvel; II - recusar-se o contribuinte a apresentar ao Agente Fiscal os livros da escrita comercial ou fiscal e documentos outros indispensveis apurao da base de clculo, ou no possuir os livros ou documentos fiscais, inclusive nos casos de perda, extravio ou inutilizao; III - forem omissos ou no meream f as declaraes, os esclarecimentos prestados ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo; IV - o contribuinte, estando obrigado, no houver apresentado a Declarao Mensal de Servios DMS, e no houver outra forma de apurar o imposto devido; V - existncia de atos qualificados em lei como crimes ou contravenes ou que, mesmo sem essa qualificao, sejam praticados com dolo, fraude ou simulao, atos esses evidenciados pelo exame de livros e documentos do sujeito passivo, ou apurados por quaisquer meios diretos ou indiretos; VI - no prestar o sujeito passivo, aps regularmente intimado, os esclarecimentos exigidos pela fiscalizao, prestar esclarecimentos insuficientes ou que no meream f, por inverossmeis ou falsos; VII - exerccio de qualquer atividade que constitua fato gerador do imposto, sem se encontrar o sujeito passivo devidamente inscrito no rgo competente; VIII - prtica de subfaturamento ou contratao de servios por valores abaixo dos preos de mercado; IX - flagrante insuficincia do imposto pago em face do volume dos servios prestados; X - servios prestados sem a determinao do preo ou a ttulo de cortesia. 1 - O arbitramento referir-se-, exclusivamente, aos fatos ocorridos no perodo em que se verificarem os pressupostos mencionados nos incisos deste artigo. 2 - Nas hipteses previstas neste artigo o arbitramento ser fixado pelo Agente Fiscal, que considerar, conforme o caso: I - as peculiaridades inerentes atividade exercida; II - fatos ou aspectos que exteriorizem a situao econmica do sujeito passivo; III - os pagamentos de impostos ou lanamentos de receitas efetuados pelo mesmo ou por outros contribuintes da mesma atividade, em condies semelhantes; IV - o valor dos materiais empregados na prestao dos servios e outras despesas, tais como salrios e encargos, aluguis, instalaes, energia, comunicaes e assemelhados. 3. - Do total arbitrado para cada perodo ou exerccio, sero deduzidas as parcelas sobre as quais se tenha lanado o tributo. 4. - Sero aplicadas todas as presunes de omisso de receita existentes na legislao tributria, inclusive s empresas optantes pelo Simples Nacional.

    Seo III Das Alquotas e Apurao do Imposto

    Art.109. O valor do imposto ser calculado aplicando-se ao preo do servio ou ao valor da receita presumida a alquota correspondente, na forma do Anexo III, desta Lei.

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    Art. 110. Na hiptese de servios prestados por empresa, enquadrveis em mais de um dos itens a que se refere a Lista de Servios, o imposto ser calculado de acordo com as alquotas respectivas, na forma do Anexo III, desta Lei. 1. - Quando o sujeito passivo, em seu estabelecimento ou em outros locais, exercer atividades tributveis por alquotas diferentes, inclusive se alcanadas por dedues ou por isenes, e se na escrita fiscal no estiverem separadas as operaes, o imposto ser calculado sobre a receita total e pela alquota mais elevada. 2. - Quando o prestador de servios, executar servios com alquota diferenciada, dever discrimin-los na nota fiscal e escriturar com destaque no Livro de Registro do ISS, sob pena de ser tributado pela alquota maior.

    Seo IV Do Contribuinte e do Responsvel

    Art. 111. Considera-se contribuinte do ISS o prestador de servios: I - Por profissional autnomo, todo aquele que fornecer o prprio trabalho, sem vnculo empregatcio, com o auxlio de, no mximo, trs empregados que no possuam a mesma habilitao profissional do empregador; II - Por empresa: a) toda e qualquer pessoa jurdica, inclusive a sociedade civil ou de fato, que exercer atividade de prestadora de servios; b) a pessoa fsica que admitir para o exerccio da sua atividade profissional, mais do que trs empregados ou um ou mais profissionais da mesma ou de outra habilitao do empregador e que no se constituam sociedade uniprofissional. III - Por sociedade uniprofissional toda a sociedade que explore to somente uma atividade de servios profissionais, limitada a 04 (quatro) profissionais, scios ou no, habilitados ao exerccio desenvolvido pela sociedade, prestando servios na sociedade e sujeitos ao registro e fiscalizao de sua entidade de classe. 1. - No so contribuintes os que prestam servios em relao de emprego, os trabalhadores avulsos, e os diretores e membros de Conselho Consultivo ou Fiscal de sociedades e fundaes. 2. - Quando se tratar de prestaes de servio sob a forma de trabalho pessoal do prprio contribuinte como profissional autnomo, titulado ou no por estabelecimento de ensino, o imposto ter valor fixo ou varivel, tantas vezes quantas forem s atividades profissionais autnomas por ele exercidas. 3. - Quando o servio for prestado por sociedades uniprofissionais, estas ficaro sujeitas ao imposto calculado na forma do pargrafo anterior, calculado em relao a cada profissional habilitado, scio, empregado ou no, que preste servios em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da Lei aplicvel. 4. - As atividades de que trata o 3 deste artigo so:

    I - mdicos, dentistas, veterinrios, enfermeiros, protticos, ortopedistas, fisioterapeutas e congneres;

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    II - laboratrios de anlises, de radiografia ou radioscopia, de eletricidade mdica e congneres; III - advogados, solicitadores e provisionados; IV - engenheiros, arquitetos, urbanistas, projetistas, calculistas; desenhistas tcnicos, decoradores paisagistas e congneres; V - contadores, auditores, economistas, tcnicos em contabilidade. 5. - O disposto no 3 no se aplica s sociedades em que exista:

    I - scio pessoa jurdica; II - scio no habilitado ao exerccio desenvolvido pela sociedade; III - a utilizao de servios de terceiros pessoa jurdica, relativos ao exerccio da atividade desenvolvida pela sociedade; IV - assistncia mdica e congneres, prestadas atravs de planos de medicina em grupo e convnios, inclusive com empresas para assistncia a empregados; V - carter empresarial; VI - mais de trs empregados no habilitados. 6. - O reconhecimento da situao prevista no 3 est condicionada a requerimento formulado perante o Secretrio da Fazenda Municipal, que decidir aps a realizao de diligncia e parecer da Procuradoria Geral do Municpio. Art. 112. Devem proceder reteno e recolhimento do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza ISS, em relao aos servios tomados, os seguintes responsveis: I - as pessoas jurdicas imunes ou beneficiadas por iseno tributria;

    II - as entidades, rgos da administrao direta, autarquias, fundaes, empresas pblicas e sociedades de economia mista federal, estadual e municipal, e demais Poderes pblicos;

    III - as empresas concessionrias ou permissionrias de servio pblico;

    IV - as instituies financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central; V - as empresas de propaganda e publicidade; VI - os condomnios comerciais e residenciais; VII - as associaes com ou sem fins lucrativos, de qualquer finalidade; VIII - as companhias seguradoras, inclusive pelo imposto devido sobre as comisses das corretoras de seguros e sobre os pagamentos s oficinas mecnicas, relativos ao conserto de veculos sinistrados; IX - as empresas de construo civil e os incorporadores imobilirios, por todos os servios tomados, inclusive pelo imposto devido sobre as comisses pagas em decorrncia de intermediao de bens imveis; X - o tomador ou intermedirio de servio proveniente ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior do Pas; XI - a pessoa jurdica, de direito pblico ou privado, ainda que imune ou isenta, inclusive a microempresa ou empresa de pequeno porte integrantes do Regime Especial Unificado de Arrecadao, tomadora ou intermediria dos servios descritos nos subitens 3.04, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.11, 7.12, 7.14, 7.15, 7.17, 11.02, 11.04, 16.01, 17.05, 17.09, da Lista Anexa; XII - qualquer pessoa jurdica, em relao aos servios tributveis pelo ISS que lhe seja prestado: a) sem comprovao de inscrio no Cadastro Geral de Atividades CGA, do Municpio; b) sem a emisso do documento fiscal; c) com emisso de documento inidneo. XIII - as indstrias no enquadradas como microempresas ou empresas de pequeno porte;

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    XIV - as empresas concessionrias de veculos automotores; XV - as empresas administradoras de consrcios; XVI - as cooperativas; XVII - os shopping centers e centros comerciais; XVIII - as operadoras de cartes de crdito; XIX - as entidades desportivas e promotoras de bingos e sorteios; XX - empresas de previdncia privada; XXI - os estabelecimentos e as instituies de ensino no enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte; XXII - as empresas que explorem servios de planos de medicina de grupo ou individual e convnios para prestao de assistncia mdica, hospitalar, odontolgica e congneres, ou outros planos que se cumpram atravs de servios de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicao do beneficirio; XXIII - os hospitais, maternidades, clnicas, sanatrios, laboratrios de anlise, ambulatrios, prontos-socorros, manicmios, casas de sade, de repouso e de recuperao e congneres; XXIV bancos de sangue, de pele, de olhos, de smen e congneres; XXV as lojas de departamentos; XXVI supermercados com 8 (oito) ou mais pontos de caixas; XXVII as empresas de rdio e televiso; XXVIII empresas administradoras de terminais rodovirios; XXIX - as companhias de aviao, pelo imposto incidente sobre as comisses pagas s agncias de viagens e operadoras tursticas, relativas s vendas de passagens areas; XXX - os titulares de direitos sobre prdios ou contratantes de obras e servios, se no identificarem os construtores ou os empreiteiros de construo, reconstruo, reforma, reparao ou acrscimo desses bens, pelo imposto devido pelos construtores ou empreiteiros; XXXI - os locadores de mquinas, aparelhos e equipamentos instalados, pelo imposto devido pelos locatrios estabelecidos no Municpio e relativo explorao desses bens; XXXII - os titulares dos estabelecimentos onde se instalarem mquinas, aparelhos, equipamentos, pelos respectivos proprietrios no estabelecidos no Municpio, e relativo explorao desses bens;

    1. Nos casos de emisso de Nota Fiscal avulsa, o imposto ser pago no ato de emisso da nota. 2. - Nos casos de responsabilidade pela reteno do imposto na fonte, considera-se perodo de competncia o ms em que foi emitida a nota fiscal correspondente, devendo o imposto ser recolhido no ms subseqente, pelo tomador ou prestador do servio, independentemente do pagamento ou no do servio prestado. 3. - A fonte pagadora dos servios obrigada a fornecer ao contribuinte recibo do valor da reteno do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza e recolh-lo no prazo fixado no calendrio fiscal. 4. Para dar mais agilidade e tornar eficaz a arrecadao, com a reduo dos custos no cumprimento das obrigaes fiscais, o Secretrio da Fazenda Municipal, em razo do volume de servios tomados e, onde tomador e prestador tenham interesse comum na situao que constitua fato gerador da obrigao tributria, poder nomear, por Decreto, outros responsveis pela reteno do Imposto Sobre Servios. 5. Fica o Poder Executivo autorizado a desenquadrar quaisquer empresas da qualidade de responsvel, sempre que julgar conveniente para a obteno de melhores resultados da Administrao Tributria.

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    6. Na hiptese de prestao de servios em regime de subcontratao ou de subempreitada fica atribuda aos substitutos tributrios a responsabilidade pela reteno do imposto devido por:

    I empreiteiros ou subempreiteiros;

    II contratados ou subcontratados.

    7. Ficam excludos da reteno estabelecida neste artigo os seguintes casos:

    I os servios prestados por profissional autnomo que comprovar a inscrio no Cadastro de Contribuinte de qualquer Municpio, cujo regime de recolhimento do ISS fixo anual;

    II os servios prestados pelas sociedades civis ou simples, cujo regime de recolhimento do ISS fixo mensal ou anual.

    8. - Ocorrida a hiptese prevista no pargrafo anterior, o tomador fica obrigado a guardar cpia do comprovante do recolhimento do imposto, fornecida pelo contribuinte, para fazer prova perante a Fazenda Municipal. 9. - Em relao aos sujeitos passivos indicados no inciso VIII, inclui a obrigatoriedade da reteno em relao aos servios pagos por elas, por conta de terceiros. 10 - A reteno na fonte de ISS das microempresas ou das empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional dever observar as seguintes normas:

    I a alquota aplicvel na reteno na fonte dever ser informada no documento fiscal e corresponder ao percentual de ISS previsto na Lei Complementar n 123/2006 para a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no ms anterior ao da prestao;

    II na hiptese de o servio sujeito reteno ser prestado no ms de incio de atividades da microempresa ou empresa de pequeno porte, dever ser aplicada pelo tomador a alquota correspondente ao percentual de ISS referente menor alquota prevista na Lei Complementar n 123/2006;

    III na hiptese do inciso II deste pargrafo, constatando-se que houve diferena entre a alquota utilizada e a efetivamente apurada, caber microempresa ou empresa de pequeno porte prestadora dos servios efetuar o recolhimento dessa diferena no ms subseqente ao do incio de atividade em guia prpria do Municpio;

    IV na hiptese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita tributao do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, no caber a reteno a que se refere o caput deste pargrafo;

    V na hiptese de a microempresa ou empresa de pequeno porte no informar a alquota de que tratam os incisos I e II deste pargrafo no documento fiscal, aplicar-se- a alquota correspondente ao percentual de ISS referente maior alquota prevista na Lei Complementar n 123/2006;

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    VI no ser eximida a responsabilidade do prestador de servios quando a alquota do ISS informada no documento fiscal for inferior devida, hiptese em que o recolhimento dessa diferena ser realizado em guia prpria do Municpio;

    VII o valor retido, devidamente recolhido, ser definitivo, no sendo objeto de partilha com os municpios, e sobre a receita de prestao de servios que sofreu a reteno no haver incidncia de ISS a ser recolhido no Simples Nacional;

    VIII quando apurada receita no declarada no documento de arrecadao do Simples Nacional DAS, o recolhimento dessa diferena ser realizada em guia prpria do Municpio, sem prejuzo das penalidades previstas em lei.

    Art. 113. Responde solidariamente pela obrigao tributria o prestador do servio quando os tomadores indicados nos incisos I a XXXII, do art. 112, caput, no procederem reteno do imposto respectivo. Pargrafo nico - A solidariedade prevista neste artigo no comporta benefcio de ordem. Art. 114. Respondem solidariamente pelo recolhimento do imposto as entidades pblicas ou privadas, esportivas ou no, clubes sociais, as empresas de diverso pblica, inclusive teatros, os condomnios e os proprietrios de imveis, em relao a quaisquer eventos de acesso ao pblico, realizados em suas instalaes fsicas e reas de circulao livre.

    Seo V Do Lanamento

    Art. 115. O lanamento do ISS mensal e efetuado por homologao, de acordo com critrios e normas previstos na legislao tributria. 1 - Tratando-se do ISS devido por profissionais autnomos, o lanamento ser de ofcio com base nos dados cadastrais declarados pelo contribuinte. 2 - O contribuinte obrigado a declarar a falta de imposto a recolher no ms, quando no ocorrer o fato gerador ou quando o imposto tenha sido todo retido, conforme dispuser o Regulamento.

    Seo VI Do Pagamento

    Art. 116. Considera-se devido o imposto, no ms, com a ocorrncia do fato gerador. Art. 117. O imposto ser pago na forma, prazos e condies, estabelecidos em Regulamento.

    Seo VII Do Documentrio Fiscal

    Art. 118. Os contribuintes do imposto ficam obrigados a manter em uso, escrita fiscal e contbil, destinada ao registro dos servios prestados, ainda que no tributados.

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    Pargrafo nico - obrigatria a emisso de nota de transao, em todas as operaes que constituam ou possam vir a constituir-se em fato gerador de imposto, na forma estabelecida neste Cdigo. Art. 119. Fica institudo o Livro de Registro, a Declarao Mensal de Servios - DMS, Declarao Mensal de Reteno na Fonte, a Nota Fiscal de Prestao de Servios, a Nota Fiscal Fatura de Servios, Nota Fiscal Avulsa de Prestao de Servios, a Nota Fiscal Eletrnica, o Cupom Fiscal e o Recibo de Reteno na Fonte, cujos modelos e critrios de adoo sero definidos em Ato do Poder Executivo. 1. - O Poder Executivo poder instituir outros documentos fiscais para controle da atividade do contribuinte, do substituto tributrio e de qualquer tomador de servio, bem como dispensar a emisso de notas fiscais e da escriturao de livros fiscais.

    2. - A obrigao da entrega da Declarao Mensal de Servios - DMS se estende ao no prestador de servios. 3. - Fica obrigatrio nas operaes de prestao de servios caracterizadas como fato gerador do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza ISSQN, a exigncia de emisso da Nota Fiscal por meio eletrnico de todos os contribuintes cadastrados no Municpio de Itabuna. Art. 120. Fica instituda a escriturao eletrnica diria de dados para os contribuintes inclusos nos itens n. 9 e 15, da Lista de Servios, Anexo II desta Lei. Art. 121. Constituem instrumentos auxiliares de escrita fiscal, sem prejuzo de outros documentos que sejam julgados necessrios, de exibio obrigatria Autoridade Administrativa Fiscal: I - os livros de contabilidade em geral, do contribuinte tanto os de uso obrigatrio quanto os auxiliares, inclusive, o livro-caixa ou similar que permita a identificao da movimentao financeira e bancria; II - os documentos fiscais, as guias de pagamento de tributos, ainda que devidos a outros entes da federao; III - demais documentos contbeis relativos s operaes do contribuinte, ainda que pertencentes ao arquivo de terceiros, que se relacionem direta ou indiretamente, com os lanamentos efetuados na escrita fiscal ou comercial do contribuinte ou responsvel. Art. 122. Os livros, documentos fiscais e os instrumentos auxiliares da escrita fiscal so de exibio obrigatria aos Audito


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