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COLABORADORES

Dra. Amanda Lagreca Venys de Azevedo

Médica geriatra pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Uni-versidade de São Paulo (HC-Fmusp). Geriatra titulada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Realizou complementação especializada de edu-cação em geriatria pelo Hospital das Clínicas da Fmusp.

Dra. Ana Paula Lupino Assad

Residência em clínica médica e reumatologia no Hospital das Clínicas da Univer-sidade de São Paulo (HC-Fmusp).

Dra. Andrea Rebello Moreira

Médica pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Fez residência em ginecologia e obstetrícia na Casa de Saúde Santa Marcelina e especialização em patologia do trato genital inferior na Universidade Federal de São Paulo (USP).

Dr. Bernardo Fernandes Canedo

Médico pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Fez residên-cia em cirurgia geral no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e cirurgia do aparelho digestivo no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp). Realizou ainda especialização em transplante de fígado e órgãos do aparelho diges-tivo no mesmo hospital. Atualmente, realiza fellowship em transplante de fígado no Cliniques Universitaires Saint-Luc, associado à Université Catholique de Louvain (UCL), na Bélgica.

Dr. Bruno Mendonça Protásio

Médico graduado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), realizou residên-cia médica em clínica médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medici-

na da Universidade Federal de São Paulo (HC-Fmusp), além de residência médica em oncologia clínica pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), pertencente ao HC-Fmusp. Atualmente é oncologista clínico do Núcleo de On-cologia da Bahia (NOB).

Dr. Caio Magno Matos de Almeida

Médico pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), psiquiatra pela Universida-de Federal de São Paulo (Unifesp), é especialista em dependência química pela Uni-dade de Pesquisas em Álcool e Drogas (Uniad/Unifesp), e pós-graduando em saúde mental pelo departamento de psiquiatria da Unifesp.

Dr. Caio Robledo Quaio

Médico pela Universidade de São Paulo (USP), fez residência em genética médica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (HC-Fmusp) e tem título de especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM).

Dr. Carlos A. Minanni

Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMS-CSP), com residência em clínica médica e endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (HC-Fmusp), onde ainda atua, além de trabalhar no Hospital Nove de Julho e Hospital Israelita Albert Einstein.

Dra. Christiana de Freitas Vinhas

Médica pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Residente do terceiro ano de anatomia patológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Me-dicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp).

Profa. Dra. Chong Ae Kim

Professora associada do departamento de pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp), mestre, doutora e livre-docente em genéti-ca pelo mesmo departamento.

Dr. Cláudio Baisch de Andrade Cintra

Membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício (Sbmee), fez residência em medicina do exercício e do esporte pela Universidade de São Paulo (USP) e é médico da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Dr. Diego Oliveira Teixeira

Médico pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Fez residência médica em infectologia pelo Hospital Heliópolis e residência médica em infectologia hospita-lar pela Universidade Federal de São Paulo (USP). Atua como médico preceptor da residência médica do Hospital Heliópolis e infectologista do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids (CRT).

Dr. Diogo Radomille de Santana

Médico pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), cirurgião geral pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp). Atualmente é médico residente de cirurgia plástica na mesma instituição.

Dr. Divaldo Ribeiro Lopes Filho

Médico formado pela Universidade Gama Filho (UGF), fez residência de cirurgia geral avançada na Universidade São Paulo (USP) (2009-2012), é membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e possuí título de especialista em cirurgia geral.

Dra. Fabiana Mascarenhas Souza Lima

Médica graduada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Realizou residência em clínica médica pelo Instituto de Assistência Médica ao Ser-vidor Público do Estado de São Paulo (Iamspe) e também fez residência em alergia e imunologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universida-de de São Paulo (HC-Fmusp). É membro da Clinical Immunology Society (CIS), da European Society for Immunodeficiencies (Esid), da Sociedad Latinoamericana de Inmunodeficiencias (Lasid) e também da Associação Brasileira de Alergia e Imuno-logia (Asbai).

Dra. Fernanda Martins

Médica fisiatra, é coordenadora científica e membro da Sociedade de Medicina Física e Reabilitação, atua como médica do corpo clínico do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universi-dade Federal de São Paulo (HC-Fmusp) e Hospital Sírio Libanês.

Dr. George Barberio Coura Filho

Membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) e do Colé-gio Brasileiro de Radiologia (CBR). 1º secretário da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), gestão no período de 2013-2014. Membro da Society of Nuclear Medicine and Molecular Imaging (SNMMI) e da World Association of Radiopharma-ceutical and Molecular Therapy (Warmth). Atua como médico assistente do Institu-to do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) da Faculdade de Medicina da Universi-dade de São Paulo (Fmusp) e doutorando em Ciências pela USP.

Dr. Guilherme Marques Andrade

Especialista em clínica médica e gastroenterologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp), gastroentero-logista clínico do Hospital 9 de Julho e médico Assistente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Transplante Hepático do HC-Fmusp.

Dr. Guilherme Mello Ramos de Almeida

Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Famed - Ufba) e neurologista pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp).

Dr. Guilheme Philomeno Padovani

Formado em medicina pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Residência em cirurgia geral e urologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp). Médico Assistente da Divisão de Urologia da Faculdade de Medicina da USP.

Dr. Guilherme Rebello Soares

Médico pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Atua como cirurgião geral pelo Hospital Ana Nery (HAN) - UFBA e médico residente do 4° ano de cirurgia vascular do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS).

Dr. Gustavo Nunes Bento

Médico pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez residência em cirurgia geral pelo Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC e em ci-rurgia de cabeça e pescoço no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp). É especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP). Fez estágio em cirurgia de cabeça e pescoço no Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSKCC). Chefia o serviço de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital Maternidade Marieta Konder Bornhausen em Itajaí/SC.

Dr. João Freitas Melro Braghiroli

Médico formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Fez residência de medicina interna na University of Miami Miller School of Medicine (UMMSM) no período de 2010-2013. Atua como chief resident na mesma instituição. Recebeu os prêmios: “Intern of the Year” e “Resident of the Year” na University of Miami Mil-ler School of Medicine, e o prêmio “Outstanding Physician” na American College of Physicians. É membro do Board of Associates do American College of Physicians (ACP) e certificado pelo American Board of Internal Medicine (Abim). Fellow de car-diologia no Jackson Memorial Hospital na UMMSM.

Dra. Juliana Barbosa de Pádua Pinheiro

Médica pela Universidade Federal do Maranhão (Ufma), pediatra pelo Hospital Municipal Infantil Menino Jesus e está atualmente realizando especialização em neurologia infantil pela Universidade de São Paulo (USP).

Dr. Júlio Leonardo Barbosa Pereira

Médico formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), fez residência de neurocirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte, é membro da Sociedade Brasileira

de Neurocirurgia (SBN) e faz fellow em radiocirurgia e neurocirurgia funcional na Universidade da Califórnia (Ucla). É ainda editor do Neurosurgery Blog: www.neu-rocirurgiabr.com.

Lua Sá Dultra

Médica pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e residente de medicina da fa-mília e comunidade na Universidade de São Paulo (USP) - Unidade de Ribeirão Preto.

Dr. Lucas Hollanda Oliveira

Doutorando em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo (USP). Mes-tre em ciências (stricto sensu) pela USP. Fez residência em clinica médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em cardiologia pela Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC). Especialização em eletrofisiologia clínica e invasiva pela Es-cola Paulista de Medicina (Unifesp) e em estimulação cardíaca artificial pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Especialista em Cardiologia pela Sociedade Bra-sileira de Cardiologia (SBC) e em eletrofisiologia clínica e invasiva pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac). Membro habilitado pelo Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (Deca).

Dr. Lucas Regis Plácido

Médico formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). É residente de uro-logia do 4º ano do Hospital Universitari Vall d´Hebron (HUVH), em Barcelona/Espa-nha. Doutorando da Universidad Autónoma de Barcelona (UAB).

Dr. Luiz Roberto Delboni Marchese

Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp), membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot). Re-alizou programa de especialização em cirurgia de coluna pelo departamento de ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas (HC) da Fmusp e atua como pre-ceptor do mesmo departamento.

Dr. Marcelo Belli

Médico pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez residência em cirurgia geral pelo Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC e em ci-

rurgia de cabeça e pescoço no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp). É especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP). Realizou estágio em cirurgia de cabeça e pes-coço no MD Anderson Cancer Center. Atualmente, é aluno de doutorado na Fmusp.

Dr. Marcelo Barreto Lopes

Médico graduado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), nefrologista pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto, possuí pós-graduação em nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo (USP).

Dr. Manoel Medeiros

Membro da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), mestre em neu-roimunologia pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)/BA, possui título superior em anestesiologia, ex-membro da comissão de normas técnicas e segurança em anes-tesiologia e da comissão examinadora do título superior em anestesiologia e anes-tesiologista do Hospital Português - Salvador/BA.

Dr. Mario Diego Teles Correia

Médico pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), realizou residência em clíni-ca médica pelo Hospital Barão de Lucena (HBL)/Recife-PE, e em medicina intensiva no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp). Especialista em medicina intensiva pela Associação Brasileira de Me-dicina Intensiva (Amib). Especializando em cuidados paliativos pelo Instituto Paliar. Atua como intensivista plantonista no A.C Camargo Cancer Center e como médico intensivista horizontal do Hospital São Camilo na cidade de São Paulo.

Dra. Meyline Andrade Lima

Médica formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) tem residência em coloproctologia no Hospital Heliópolis. Fez fellow clinical no Instituto Angelita e Jo-aquim Gama. É membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e possuí título de especialista em coloproctologia pela mesma instituição.

Dra. Nayara Almeida Alves de Oliveira

Médica pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Concluiu residência médica na Universidade de São Paulo (USP) em medicina de família e comunidade. Realizou o

Curso Nacional de Pós-Graduação Lato Sensu na especialidade médica nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Possui título de especialista em Nutrologia pela Abran.

Dra. Nedy Neves

Médica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialidade em oftalmologia. Mestra em Educação e doutora em Medicina pela Universidade Fe-deral da Bahia (Ufba). Conselheira do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) no período de 1998/2013, também atua como professora adjunta da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e diretora médica da Clíni-ca Soft - Serviços de Oftalmologia SC Ltda.

Dr. Nilton Ghiotti de Siqueira

Médico pela Faculdade de Medicina de Campos (FMC), fez sua residência mé-dica em cirurgia geral pelo Hospital Orêncio de Freitas (Inanps)/RJ com habilitação em cirurgia oncológica pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e mestrado em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). É doutor em biologia de agentes infecciosos e parasitários da Universidade Federal do Pará (Ufpa). Atu-almente é professor adjunto da disciplina de cirurgia geral da Universidade Federal do Acre (Ufac) e cirurgião geral da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre). Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e da Sociedade Brasileira de Videocirurgia (Sobracil). Membro fundador da Academia Acreana de Medicina.

Dr. Omar Jaluul

Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Pau-lo (Fmusp), geriatra titulado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e assistente do serviço de geriatria no Hospital das Clínicas (HC) da Fmusp.

Dra. Paula Tannus

Pediatra pelo Hospital São Rafael (HSR) em Salvador-BA. Fez residência de pneu-mologia pediátrica no Hospital Universitário Prof. Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia e faz atualização em broncoscopia diagnóstica e terapêutica sob supervisão do Dr. Guilherme Montal no Hospital São Rafael (HRS), Salvador/BA.

Dr. Pedro Dantas Oliveira

Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), professor volun-tário da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e doutor em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Dr. Pompilio Sampaio Britto

Médico pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e residente do terceiro ano em cirurgia cardiovascular no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo (BPSP) na equipe do Prof. Dr. Noedir Stolf.

Dr. Rafael Amin Menezes Hassan

Médico pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Realizou residência médica em cirurgia geral no Hospital Santo Antônio (HSA), na Bahia, e também em mastologia na Universidade de São Paulo (USP), fellowship em oncoplástica no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), no Paraná.

Dra. Renata Schwed Razaboni

Pós-graduada e residente de medicina legal e perícias médicas pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp). Pós-graduada em Bioética e espe-cialista em medicina do tráfego pela Fmusp.

Dr. Ricardo Sales dos Santos

Médico pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Fez residência em cirurgia geral e torácica pela Universidade de Campinas (Unicamp) e aperfeiçoamento em cirurgia minimamente invasiva, transplante pulmonar e robótica pelas Universida-des de Pittsburgh e Boston, nos Estados Unidos. Hoje é coordenador do centro de cirurgia torácica minimamente invasiva, robótica e broncoscopia do Hospital Israe-lita Albert Einstein.

Dra. Roberta Monteiro

Residência médica em cirurgia geral no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp) e residência em cirurgia pediátrica no Instituto da Criança do mesmo complexo.

Dr. Rodrigo Furtado

Médico graduado e especialista em medicina do trabalho pela Universidade Fe-deral da Bahia (Ufba), médico perito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Dra. Sabrina Saemy Tome Uchiyama

Médica residente de medicina física e reabilitação do Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-Fmusp), fellowship no Labo-ratório de Neuromodulação no Spaulding Rehabilitation Hospital/ Harvard Medical School (2014).

Dra. Tatiana Gonçalves da Silva Pina

Formada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), possui especialização clínica pela mesma instituição. Pós-graduada em psicopedagogia pelo Instituto Sedes Sapientiae. É consultora na Cia de Talentos, onde sua princi-pal responsabilidade é a realização do Programa de Orientação de Carreira, aten-dimento presencial, individual e em grupo, além de realizar projetos em diversas empresas envolvendo carreira. Já ministrou aulas, como professora convidada, no Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) e na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Epusp).

Dra. Tereza Barczinski

Médica formada pela Universidade de São Paulo (USP) fez residência em admi-nistração em saúde no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universi-dade de São Paulo (HC-Fmusp) e no Programa de Estudos Avançados em Adminis-tração Hospitalar e Sistemas de Saúde (Proahsa) e é especialista em Administração em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente é médica preceptora do Proahsa.

Dr. Thomas Augusto Taka

Médico formado pela Universidade de São Paulo (USP) fez residência em admi-nistração em saúde no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universi-dade de São Paulo (HC-Fmusp) e no Programa de Estudos Avançados em Adminis-tração Hospitalar e Sistemas de Saúde (Proahsa) e é especialista em Administração em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Dr. Tiago Freitas

Médico pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)-PB, hematologis-ta e hemoterapeuta pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e atualmente é inte-grante do Stem Cell Program do San Raffaele Scientific Institute, Milão, Itália.

Dr. Tovar Vicente da Luz

Médico pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi), mestrando em otorrinola-ringologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (HC-Ufba) e especialista em cirurgia endoscópica nasal.

Dra. Vera Simone Costa Campos de Moura

Médica pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), especialista em medicina do tráfego pelo departamento de Medicina legal, Ética médica e Medicina social e do da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), seccional Sergipe.

O livro como escolher a sua residência médica traz dados e opiniões sobre o mer-cado médico, bem como informações da literatura leiga e científi ca. É importante ressaltar que esta obra não tem por objetivo o rigor científi co ou mesmo ser pau-tada em verdades absolutas sobre os temas. Trata-se, portanto, de um guia para auxiliar a coleta de informações e o seu processo decisório. Os capítulos relativos ás especialidades traduzem opiniões dos autores respectivos e não necessariamente, a opinião dos organizadores.

A função da obra é fornecer informação sobre os campos de atuação do médico e a diversidade de áreas novas que têm surgido. Assim, contemplamos algumas áre-as de atuação ainda não reconhecidas como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB). Deixamos ainda de contemplar algumas poucas especialidades devido à sua baixa procura pelos recém-egressos das faculdades de medicina.

Caso queira acessar a lista completa de especialidades médicas e áreas de atua-ção reconhecidas, bem como o respectivo trâmite para reconhecimento e registro de título de especialista junto aos conselhos de medicina, acesse a resolução - CFM Nº 1.973/2011 (Publicada no D.O.U. de 1º de agosto de 2011, Seção I, p. 144-147). Disponível em: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2011/1973_2011.html.

Esperamos ainda o seu feedback sobre o livro. Nos envie a sua opinião, dúvida, crítica ou sugestão, para que possamos aperfeiçoar esta publicação, e, concomitan-temente, contribuir para o amadurecimento de ideias necessárias para a tomada de decisão sobre a carreira médica.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS DOS AUTORES

Dr. Caio [email protected]

SUMÁRIOINTRODUÇÃO

PARTE I – A CARREIRA MÉDICA E O ESPECIALISTA

CAPÍTULO 1. A CARREIRA MÉDICA

CAPÍTULO 2. O ESPECIALISTA

CAPÍTULO 3. COMO ESCOLHER UMA ESPECIALIDADE?

CAPÍTULO 4. RESIDÊNCIA MÉDICA NOS EUA

CAPÍTULO 5. RESIDÊNCIA MÉDICA NA EUROPA

PARTE II – AS ESPECIALIDADES

ESPECIALIDADES DE ACESSO DIRETO

CAPÍTALO 6. ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE

CAPÍTULO 7. ANESTESIOLOGIA

CAPÍTULO 8. DERMATOLOGIA

CAPÍTULO 9. GENÉTICA MÉDICA

CAPÍTULO 10. GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

CAPÍTULO 11. INFECTOLOGIA

CAPÍTULO 12. MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE

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CAPÍTULO 13. MEDICINA DE TRÁFEGO

CAPÍTULO 14. MEDICINA DO TRABALHO

CAPÍTULO 15. MEDICINA DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE

CAPÍTULO 16. MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO FISIATRIA

CAPÍTULO 17. MEDICINA HIPERBÁRICA

CAPÍTULO 18. MEDICINA LEGAL E PERÍCIAS MÉDICAS

CAPÍTULO 19. MEDICINA NUCLEAR

CAPÍTULO 20. NEUROCIRURGIA

CAPÍTULO 21. NEUROLOGIA

CAPÍTULO 22. OFTALMOLOGIA

CAPÍTULO 23. ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

CAPÍTULO 24. OTORRINOLARINGOLOGIA

CAPÍTULO 25. PATOLOGIA

CAPÍTULO 26. PEDIATRIA

CAPÍTULO 27. PSIQUIATRIA

CAPÍTULO 28. RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

CAPÍTULO 29. RADIOTERAPIA RADIO-ONCOLOGIA

ESPECIALIDADES CLÍNICAS

CAPÍTULO 30. CLÍNICA MÉDICA

CAPÍTULO 31. CARDIOLOGIA

CAPÍTULO 32. ENDOCRINOLOGIA

CAPÍTULO 33. GASTROENTEROLOGIA

CAPÍTULO 34. GERIATRIA

CAPÍTULO 35. HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA

CAPÍTULO 36. IMUNOLOGIA E ALERGOLOGIA

CAPÍTULO 37. MEDICINA INTENSIVA*

CAPÍTULO 38. NEFROLOGIA

CAPÍTULO 39. NUTROLOGIA**

CAPÍTULO 40. ONCOLOGIA CLÍNICA

CAPÍTULO 41. PNEUMOLOGIA

CAPÍTULO 42. REUMATOLOGIA

ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

CAPÍTULO 43. CIRURGIA GERAL

CAPÍTULO 44. CIRURGIA CARDIOVASCULAR

CAPÍTULO 45. CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

CAPÍTULO 46. CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO

CAPÍTULO 47. CIRURGIA PEDIÁTRICA

CAPÍTULO 48. CIRURGIA PLÁSTICA

CAPÍTULO 49. CIRURGIA TORÁCICA

CAPÍTULO 50. CIRURGIA VASCULAR

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CAPÍTULO 51. COLOPROCTOLOGIA

CAPÍTULO 52. MASTOLOGIA***

CAPÍTULO 53. UROLOGIA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

NOTA:Classificamos dessa forma, pois acreditamos ser a maneira mais prática, já que

no caso das especialidades de acesso direto, a opção já se faz no processo seletivo (concurso de residência geral), enquanto nas especialidades aqui caracterizadas como clínicas (pré-requisito de residência em clínica médica) e cirúrgicas (pré-re-quisito em cirurgia-geral), o médico terá maior tempo para decidir, afinal, passará por dois anos no programa de residência básico, antes de entrar na especialidade propriamente dita.

Medicina intensiva admite como pré-requisito clínica médica, cirurgia geral ou anestesiologia.

Nutrologia admite como pré-requisito clínica médica ou cirurgia geral.Mastologia admite como pré-requisito cirurgia geral ou ginecologia e obstetrí-

cia.

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O processo de escolha da faculdade e da profi ssão que se pretende seguir ocorre, para maioria das pessoas, de forma bem precoce, por volta dos de-zesseis a vinte anos de idade. É consen-so que não temos, nesta tenra idade, a maturidade e vivência necessárias para entender a complexidade desta decisão.

Você escolheu ser médico. Carreira das mais disputadas em todo o mundo. Enfrentou uma prova e processo seleti-vo concorrido e competitivo, estudou vertiginosamente por alguns anos para conseguir esta disputada colocação. Desvendou nas matérias mais básicas a complexidade do funcionamento do corpo humano no seu estado fi siológi-co e as suas adaptações nos processos patológicos. Passou pela infi nidade de conhecimentos que vão da biologia molecular até a cirurgia do trauma. Teve contato com o sofrimento dos pacientes e toda a dimensão humana que torna essa profi ssão ainda mais interessante e complexa.

O que talvez você ainda não tenha descoberto (ou que já descobriu e por

INTRODUÇÃO

DO DESAFIO DE SE TORNAR MÉDICO À ESPECIALIDADE

Dr. Caio NunesDr. Marco Antonio Santana

isso procura se aprofundar sobre nes-sa temática) é que, ao contrário do que pensa o leigo, há uma distância enor-me entre os médicos no seu cotidiano profi ssional. De fato, existem médicos e médicos. O processo de especialização e a ampliação do campo de atuação da medicina tornou a carreira cheia de pos-sibilidades de atuação (professor, cien-tista, internista, cirurgião, executivo). Há tantas diferenças na rotina dos espe-cialistas que, mesmo entre aqueles que prestam assistência direta ao paciente, é possível se falar que exista um espectro de profi ssões diferentes. Exemplo disso é você imaginar a diferença da rotina de um neurocirurgião e de um patologista.

Esqueça defi nitivamente o clichê de que ser médico signifi ca somente ser o senhor de jaleco branco que trata doentes com um receituário e estetos-cópio, ou alguém que, com um roupão cirúrgico, passa horas a fi o operando. Hoje, o médico tem um papel ainda mais amplo, participando efetivamente da parte técnica e ainda auxiliando na gestão dos serviços, auditorias, perícias,

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muito menos, de perceber que há uma realidade discrepante no exercício da medicina fora do ambiente acadêmico. O breve contato com as especialidades torna ainda mais angustiante a escolha de qual delas seguir.

A formatura chegou e se foram pelo menos seis longos anos de graduação e muitas horas sem dormir. Calma! Já foi uma grande vitória. Agora é mais uma etapa de dedicação aos estudos para ser aprovado em uma boa instituição, onde começa um novo período de desafi o, de aprendizado, de conquistas e ama-durecimento profi ssional: a residência médica.

Há quem diga que foram os melhores anos da vida e há quem diga o extremo oposto. O inegável é que é uma etapa fundamental na formação médica, prin-cipalmente para aqueles que querem estar entre os melhores em um merca-do cada vez mais competitivo, que não deixa espaço para perda de tempo. É justamente por isso que não devemos ter muitas dúvidas das nossas escolhas daqui para frente.

A ESCOLHA

Escolher a residência e a especiali-dade que se quer seguir é praticamente equivalente à escolha de qual faculdade se quer cursar, com a diferença de que neste momento, temos mais maturida-de (pelo menos um pouco mais) para nos encontramos com nossas diversas necessidades de realização profi ssional, fi nanceira e de qualidade de vida, den-

negociando com planos de saúde, inte-ragindo com equipes multidisciplinares, realizando grande parte da burocracia associada aos procedimentos, desenvol-vendo projetos, comprando de equipa-mentos, bem como ensinando e super-visionando outros residentes.

É importante que o leitor tenha em mente que a medicina é, provavelmen-te, a única profi ssão em que há um nicho de mercado para cada tipo de personali-dade. Há bastante variedade em termos de prática médica, assim como as ha-bilidades necessárias para a realização de cada uma delas. É possível trabalhar em hospital, consultório, laboratório, além de ser médico de um time espor-tivo, de um navio transatlântico, de uma plataforma de petróleo, de um asilo de idosos, de uma construção de represa ou de missões militares. É possível fazer pesquisa ou atividades administrativas em órgãos ou empresas de saúde, assim como há a possibilidade de trabalhar em ambientes urbanos, rurais, nacionais ou internacionais.

Abra a sua mente para perceber quantas são as possibilidades de carrei-ras dentro da medicina e que isso torna a profi ssão ainda mais fantástica.

A etapa do internato traz uma vivên-cia mais próxima da realidade profi s-sional e mostra a imensidão de conhe-cimentos e habilidades que se precisa para ser um bom médico. É nesta etapa que se tem contato mais próximo com as especialidades médicas. Infelizmente, não haverá tempo para “provar” e apren-der o sufi ciente sobre cada uma delas, e,

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tre outras. Realizar esta escolha sem ter o conhecimento das possibilidades dis-poníveis e sem refl etir sobre as variáveis em jogo, bem como o peso que se quer atribuir a cada uma delas, é dar chance ao acaso escolher por você (com sérios riscos envolvidos nisso). Nossa preten-são é dar mais elementos para a toma-da dessa decisão, esclarecer um pouco mais sobre o dia a dia real de cada uma das especialidades e também ajudar na refl exão sobre quais variáveis se deve analisar nesse processo de seleção, tor-nando menos passional e mais objetivo o processo de escolha com sua verda-deira profi ssão daqui para frente.

O LIVRO

A ideia para formulação desta obra surgiu após intensas discussões duran-te a faculdade, festas, bares, cursinhos e plantões, onde amigos, em sua maio-ria, médicos, discutiam com frequência qual seria a melhor especialidade mé-dica a exercer. Critérios como qualida-de de vida, reconhecimento profi ssio-nal, salário, satisfação pessoal, número de horas trabalhadas, sempre surgiam durante essas conversas. Estudante de medicina, quando em grupo, tem uma conversa que nunca muda: fala de medi-cina, caso clínico, situações do ambula-tório, plantões o tempo todo. A escolha da residência médica é tema frequentes nesses encontros. As frases são sempre parecidas:

“Tem que fazer especialidade com pro-cedimento”

“Pediatra vai morrer de fome”

“Cirugia para mim não dá porque não tenho habilidade manual”

“Radiologia nem pensar, pois adoro contato com paciente”

“Meu pai é oftalmo, não tem como es-capar”

“Adoro e.c.g, adoro cardio!”

“Professor Fulano é igual ao Dr. House, quero ser igual a ele, por isso então vou fa-zer reumato”

“Fazer residência no exterior é muito melhor”

Não é incomum, entre os médicos jovens, escutar durante estas conver-sas, casos anedóticos daquele primo que fez tal especialidade e hoje está bem de vida, ou daquele amigo que fez outra especialidade, e hoje, não tem tempo pra nada, só vive em plantão e quase não tem vida pessoal. O tempo vai passando e vamos percebendo que alguns desses bordões são verdadeiros e outros não têm a menor relevância. Percebemos também quanta gente do nosso convívio escolheu a residência

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baseada em ideias concebidas de forma totalmente aleatória ou se apegou em uma ideia fi xa que não tinha, no fi nal, o menor fundamento. Observamos, neste processo, colegas que passaram na tão sonhada (e difícil) prova de residência, e largar no meio do R2, pois percebeu que aquele caminho não tinha “nada a ver” com aquela especialidade. Perdemos as contas dos inúmeros colegas sobrecar-regados e frustrados profi ssionalmente, modelos que adornam o nosso painel de convívio diário.

Desta forma, percebemos que não havia nenhum material na literatura bra-sileira especializada que trouxesse infor-mações sobre as especialidades, seus campos de atuação e seu dia a dia numa perspectiva mais real. Algumas espe-cialidades são praticamente desconhe-cidas na graduação. Desenvolvemos a proposta de escrever um guia que fosse como uma conversa com o profi ssional inserido no mercado, método que você nem sempre teve oportunidade de ter. Não tivemos, em nenhum momento, a pretensão de ser um texto científi co, embora, nos utilizamos de muita coisa disponível na literatura específi ca. Con-cebemos o livro em duas partes. A parte I, na qual falaremos um pouco da carrei-ra médica, da diversidade de possibili-dades de trabalho e de como o processo de especialização da medicina se deu, trazendo também algumas metodolo-gias para ajudar na sua formação de opi-nião para a escolha de como seguir com a sua carreira. Trouxemos ainda informa-

ções sobre a experiência e o caminho para se realizar residência no exterior (principalmente nos EUA e Europa).

A parte II exibe um pequeno pano-rama de cada especialidade, com um texto escrito por colaboradores de di-ferentes regiões do país, trazendo um pouco da prática diária, perfi l, tipo de atuação e informações de como é a re-sidência na sua área, fechando assim, nestas duas etapas, um panorama geral para que você, leitor, fundamente me-lhor a sua escolha.

Tentar passar um pouco das nossas experiências, bem como das experi-ências dos nossos colaboradores, para fomentar as ideias e tentar tornar “a es-colha” a mais próxima de uma decisão embasada e amadurecida são os princí-pios que nos motivaram a reunir um gru-po para escrever este livro.

Trouxemos profi ssionais bem alo-cados no mercado e provenientes dos maiores programas de residência do país, para dar uma ideia ampla e mais próxima das diversas realidades existen-tes no Brasil.

Sinceramente, esperamos ajudar no debate e no amadurecimento das suas concepções.

Contamos ainda com a colaboração de vocês, leitores, para aprimoramento deste livro, nos enviando suas opiniões, dúvidas, críticas, sugestões, para que possamos auxiliá-los ainda mais nesse processo decisório, e, quem sabe, torná--lo menos angustiante.

A CARREIRA MÉDICA E O ESPECIALISTA

PARTE I

Dr. Caio Nunes

Exercer a medicina é de fato uma dádiva. Ser médico é mais que ter uma profi ssão: é fazer parte de um grupo de pessoas que lida com o sofrimento humano, com a saúde, com um bem maior, que é a vida. Somos treinados a diagnosticar e tratar. A doença é parte do nosso aprendizado, é o fantasma que combatemos, é a dor que aliviamos. A promoção da saúde e da qualidade de vida é a nossa tônica, portanto, auxiliar os nossos pacientes a viver mais e me-lhor é o nosso dever. Nós, médicos, de-sempenhamos estas funções desde a era hipocrática, com todo o seu devido louvor. O mundo, contudo, mudou. Des-de então, a medicina vem se reinventan-do como profi ssão e enquanto carreira. Embora a maior recompensa que pode-mos ter continue a ser a gratidão dos pa-cientes e a melhoria da saúde das pes-soas, não podemos perder de vista que estamos sujeitos às mesmas pressões do mercado, como qualquer profi ssional. Desta forma, precisamos estar atentos às oportunidades, ao nosso constate desenvolvimento técnico em uma área

extremamente competitiva e exigente como a medicina.

O planejamento da sua carreira como médico começa no dia que se entra na faculdade. As optativas, os tra-balhos científi cos, as monitorias, são apenas exemplos de atividades que vão agregando valor ao seu currículo e que podem fazer diferença no seu futuro. Contudo, a decisão mais importante a ser tomada e que mais fará diferença na sua carreira médica é a escolha da especialidade (e também de onde fazê--la). É esta decisão que vai determinar coisas fundamentais na sua vida, como, por exemplo, a remuneração, a carga de trabalho, a realização profi ssional, entre outras.

AS DIVERSAS FACES DA MEDICINA

Embora o foco deste livro seja essen-cialmente voltado para ajudar na esco-lha da residência, não podemos deixar de comentar as outras profi ssões exis-tentes dentro do escopo da medicina.

EExercer a medicina é de fato uma EExercer a medicina é de fato uma dádiva. Ser médico é mais que ter uma Edádiva. Ser médico é mais que ter uma profi ssão: é fazer parte de um grupo Eprofi ssão: é fazer parte de um grupo

A CARREIRA MÉDICA

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Como Escolher a sua Residência MédicaCAPITULO 1

Classe / Nivel 1 Regime de Trabalho Total (R$)

AUXILIAR 20 H 1.984,40

AUXILIAR 40 H 2.825,11

AUXILIAR DE 3.867,03

ASSISTENTE “A” 20 H 2.342,65

ASSISTENTE "A" 40 H 3.549,94

ASSISTENTE “A” DE 5.466,55

ADJUNTO “A” 20 H 2.700,51

ADJUNTO “A” 40 H 4.649,65

ADJUNTO “A” DE 8.049,77

1- Classe A, com as denominações de: Professor Adjunto A, se portador do título de doutor; Professor Assisten-te A, se portador do título de mestre; e Professor Auxiliar, se graduado ou portador de título de especialista. / DE – Dedicação exclusiva.

Fonte: EDITAL No 01/2013DO CONCURSO PÚ BLICO PARA DOCENTE DO MAGISTÉ RIO SUPERIOR – Universida-de Federal da Bahia.

É possível exercê-las de forma conco-mitante ou de forma separada. Sabemos ainda que a ampla maioria dos médicos não quer simplesmente deixar a parte assistencial. Desta forma, acreditamos que com planejamento e estratégia, é possível fazer com que as suas múlti-plas carreiras sejam sinérgicas. Por ex.: ser professor para agregar valor ao seu nome, desenvolver pesquisas para man-ter-se sempre atualizado, realizar um Master of Business Administration (MBA) em gestão se pretende assumir posições de chefi a, etc. Comentaremos em segui-da algumas destas possibilidades.

O PROFESSOR

Ensinar é algo realmente desafi ador, especialmente na medicina. Formar pes-

soas e ser exemplo dos médicos em for-mação é uma oportunidade de desen-volvimento e realização pessoal incrível.

O mercado de ensino médico está em franca expansão, basta observar os dados da proliferação de novas escolas médicas no país. Hoje são em torno de 2181. A lei Nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, que institui o programa “Mais Médicos”2 prevê ampliar ainda mais a rede de formação de novos médicos no país. Neste cenário, haverá uma grande demanda por professores das ciências biomédicas, preceptores de internato, coordenadores de curso, consultores de estrutura curricular. A tabela abaixo for-nece uma ideia dos salários iniciais para professores de uma universidade federal.

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CAPITULO 1A Carreira Médica

Some-se a isso o contingente de no-vas residências médicas que deverão ser criadas e as pós-graduações que tam-bém demandarão especialistas volta-dos para o ensino. Somos críticos com a proliferação de cursos e pós-graduações médicas que não são programas de re-sidência ofi ciais (e defi nitivamente não são o ideal para a complexa formação dos especialistas), mas não podemos fe-char os olhos, pois, de fato, esta é uma forte tendência.

Se existe um mercado que está longe de ser saturado é o do ensino médico, principalmente frente à realidade que se projeta para os próximos anos. Desta forma, a qualifi cação e as pós-gradua-ções strictu senso (mestrado e doutora-do) podem ser muito úteis.

Há ainda um movimento crescente de conhecimento médico na rede mun-dial de computadores e nos aplicativos de celular. Proliferam-se, cada vez mais, sites de conteúdo, casos clínicos, intera-ção entre colegas, congressos virtuais, assessoria de conteúdo médico para re-vistas e jornais leigos, e até redes sociais de conhecimento ligados à medicina3. Tudo isso traduzindo novas fronteiras profi ssionais e de mercado de trabalho.

O CIENTISTA

O médico é um profi ssional comple-to para o trabalho na área das ciências da saúde. Entende das ciências básicas e da parte clínica, podendo desta forma trabalhar em pesquisa básica e aplicada (clínica). Quem quiser desbravar por esta

área deve estar atento aos centros de pesquisa no país, que sempre oferecem vagas de estágios, bolsas e participação em projetos. É bom ter vivenciado estas experiências durante a graduação para se ter a ideia do universo de trabalho com pesquisa.

Grande parte dos médicos que pro-duzem conhecimento novo no nosso país consegue aliar a prática clínica ao desenvolvimento de pesquisas, orienta-ções e trabalhos científi cos, dentro do próprio serviço que está inserido (geral-mente no ambiente universitário). O fato de “fazer ciência” agrega valor perante a comunidade médica, bem como a sua prática técnica. Muitos desses profi ssio-nais acabam por se tornar referências nas áreas do conhecimento a que se dedicam e conseguem fechar uma tría-de de médico-professor-cientista, que é bastante sinérgica.

Viver só de ciência no nosso país aca-ba sendo um grande desafi o, tendo em vista a pouca estrutura e disponibilidade de recursos. Conheço pessoas muito rea-lizadas e de destaque no cenário científi -co mundial que trabalham em laborató-rios no Brasil e dedicam-se tão somente a projetos científi cos e produção de co-nhecimento. No entanto, acho que esse caminho é muito específi co para algu-mas pessoas e requer mais que interesse pela ciência, requer paixão.

As possibilidades de trabalho com pesquisa não se limitam aos institutos, laboratórios, mas também a indústria farmacêutica e empresas de biotecnolo-

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Como Escolher a sua Residência MédicaCAPITULO 1

gia, setores que têm crescido e deman-dado pessoas com formação específi ca.

Uma questão ainda pouco desenvol-vida no nosso país e que é muito interes-sante, e pode render grandes conquistas, é o desenvolvimento de novos produtos e materiais ligados à área médica (me-dicações, próteses, aparelhos, softwares, dispositivos de monitoração a distân-cia, testes diagnósticos). Existem editais específi cos em entidades de fomento, a saber: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fun-dação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universi-dade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com recursos disponíveis para fi nanciar ideias inovadoras. Pode-se optar também por empresas incubadoras de startups4 (em-presas recém-criadas e com poucos re-cursos que possuam ideias de inovação). Estar ligado a uma instituição de pesqui-sa facilita ainda mais para quem quiser se aventurar por este caminho.

Há também um aumento das opor-tunidades de ingressar em mestrado e doutorado, inclusive com bolsas no ex-terior, como o programa “Ciência sem Fronteiras”5, e uma série de editais de inovação e desenvolvimento de pes-quisa e tecnologia biomédica, cada vez mais incentivadas pelo governo e por fundações nacionais e internacionais de fomento. Sem dúvidas, entender melhor de ciência pode abrir diversas portas, mesmo que essa não seja defi nitivamen-te a “sua praia”.

O EXECUTIVO

Pouco abordado nos currículos tradi-cionais de medicina, a formação em ad-ministração da saúde e o conhecimento em gestão de clínicas e hospitais têm sido muito procurado pelo mercado. Algumas instituições têm aberto cursos de MBA de administração para profi ssio-nais de saúde (veja no capítulo de Admi-nistração em Saúde). Quem tem “a veia empreendedora” e gosta do desafi o da administração terá grandes oportunida-des pela frente. O médico, na sua forma-ção, acaba tendo uma visão ampla da parte técnica. Conseguir unir a isso o co-nhecimento em gestão o tornará certa-mente um profi ssional muito cobiçado. Oportunidades têm surgido também como parte da carreira médica, através de consultorias relacionadas à monta-gem de serviços, administração, contro-le, auditorias, certifi cações hospitalares (como Joint Comission e a Organização Nacional de Acreditação)6,7 e pesquisas de mercado (de fármaco-economia por exemplo).

POLÍTICA E COMUNICAÇÃO

Assessorias de imprensa, jornais e revistas têm procurado médicos com perfi l de escrever notas, pareceres, in-fográfi cos, artigos e dar consultoria em reportagens e textos ligados à medicina e saúde. Blogs sobre saúde e qualidade de vida também têm crescido de forma exponencial e com audiência crescente.

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CAPITULO 1A Carreira Médica

Há também demanda por parece-res técnicos, consultoria de legislação e demais assuntos relacionados à área médica nas câmaras técnicas e órgãos da administração ligados aos governos executivo e legislativo em suas esferas estadual, municipal e federal (seja atra-vés de concursos específi cos ou mesmo cargos comissionados e consultorias). Tais oportunidades também existem nas câmaras técnicas ligadas aos conse-lhos regionais de medicina (CRMs) e na participação dos conselhos municipais de saúde.

O MÉDICO MILITAR

A carreira militar é bastante peculiar e pode ser incrivelmente realizadora para quem se adequar ao perfi l. Costumo di-zer aos mais próximos que, das institui-ções públicas nas quais ainda se resguar-da e se cultiva a civilidade e o respeito no nosso país, somente as forças arma-das surgem em mente. Embora admire bastante e tenha tido bons momentos durante o serviço militar (o qual tive a honra de prestar no Hospital Geral do Exército em Salvador-BA), a carreira tem prós e contras, os quais listarei (os princi-pais) de forma objetiva, na tentativa de auxiliar quem pretende investir na farda.

Pontos positivos:• Estabilidade e benefícios: exceto que

cometa um crime militar ou coisa do gênero, você não será demitido. O soldo (salário) nunca atrasa e você sabe exatamente quanto ganha hoje e projeta uma boa estimativa

de quanto vai ganhar em dez anos. Aposentadoria integral e em menor tempo que as demais profi ssões, 13º salário, férias, adicional de férias, sol-do extra para o nascimento de cada fi lho, adicional por mérito (pós-gra-duação, cursos), auxílio fardamento, moradia subsidiada, facilidade para escola pública de qualidade (colé-gios militares), plano de saúde (Fu-sex) são alguns dos benefícios que devem ser colocados na ponta do lápis (calcule quanto custa uma pre-vidência privada, por exemplo);

• Ambiente de trabalho e coleguismo: são características inerentes ao círcu-lo militar e há muito respeito entre os colegas e uma grande cordialidade entre os militares. O trabalho é de-senvolvido de forma multidisciplinar e existe o respeito às patentes, mas também à parte técnica;

• Hierarquia e disciplina: as bases das forças armadas, embora assustem no início, são elementos com os quais nos acostumamos e incorporamos. No fi m, percebi que estes princípios ajudam muito na construção de um ambiente de trabalho que funciona;

• Desenvolvimento pessoal: as forças armadas incentivam o desenvolvi-mento físico, intelectual e humanísti-co do militar, através da participação em pós-graduações e cursos (na área médica ou militar), competições des-portivas, missões humanitárias. Exis-tem realmente oportunidades de se ter experiências bem motivadoras e enriquecedoras.

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Como Escolher a sua Residência MédicaCAPITULO 1

Pontos negativos:• Baixa remuneração: um guarda-ma-

rinha e o aspirante a ofi cial (paten-tes de entrada do médico) ganham como soldo base R$ 5.622,00 (a par-tir de março de 2015 - Anexo LXXXVII à Lei no 11.784, de 22 de setembro de 2008)9. É realmente um salário muito aquém do mercado. Embora o médico teoricamente possa chegar Contra-Almirante, General de Bri-gada e Brigadeiro com soldo de R$ 10.041,00. É triste, mas um ofi cial Ge-neral no Brasil ganha o mesmo que um estrangeiro do programa Mais Médicos.

• Transferências: as transferências pelo território são mais comuns no exér-cito e bem menos na aeronáutica e marinha. O progredir na carreira mi-litar muitas vezes depende dessas movimentações e nem todo mundo está disposto.

• Outras atividades: na medida que se progride na carreira militar, o ofi cial tende a assumir cargos de comando e chefi a que o tornam mais próximos da administração e menos próximo da parte técnica da medicina. En-tão tenha isso em mente. O militar de alta patente difi cilmente vai fi car atendendo pacientes ou participan-do de cirurgias, e muito mais prova-velmente estará preocupado em re-solver problemas, gerar documentos e relatórios, analisar dados e cuidar dos seus subordinados. Embora te-nha colocado como ponto negativo, esta percepção depende muito das

suas aspirações pessoais para a sua carreira.

CONCURSOS PÚBLICOS

Existe uma grande quantidade de concursos públicos para médicos no nosso país, mas somente poucos des-tes realmente valem a pena atualmente. Boa parte dos editais de prefeituras e se-cretarias estaduais de saúde têm salários totalmente dissociados do mercado e que chegam a ser aviltantes. Além disso, muitos desses concursos não dispõem de plano de carreira, educação continu-ada e são para trabalhar em hospitais sem a menor estrutura, o que leva a um desinteresse geral por parte da comuni-dade médica.

É fácil, assim, explicar porque “faltam médicos” no serviço público, basta, para isso, verifi car editais com salário de R$ 2.605,27 para médico anestesiologista na prefeitura de São José dos Pinhais - PR.10

Existem possibilidades de boas car-reiras no serviço público, tanto do pon-to de vista da remuneração quanto do desenvolvimento profi ssional, pessoal, em instituições renomadas. Uma des-sas possibilidades é trabalhar na rede SARAH de hospitais de reabilitação por exemplo (vaga para cirurgião geral com salário bruto de R$ 24.213,93 e carga ho-rária de quarenta e quatro horas sema-nais em regime CLT).11

A Empresa Brasileira de Serviços Hos-pitalares (Ebserh) tem contratado, me-diante concurso público e com salários

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CAPITULO 1A Carreira Médica

CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS FUTURAS

O cenário do mercado médico assis-tencial para os próximos anos tem ex-pectativas muito ruins. O aumento de-senfreado de novas escolas, associadas às tabelas defasadas praticadas pelos planos de saúde tem tornado as pers-pectivas de ganhos cada vez menores. Os consultórios privados já não conse-guem sobreviver com a as remunera-ções pagas pelos convênios. Os hospi-tais precarizam os vínculos trabalhistas contratando os médicos sob regime de pessoa jurídica. Há pressões de todos os atores do mercado para baratear o

médico, que é considerado como um profi ssional relativamente “caro”, par-ticularmente o especialista (o que se justifi ca, na nossa opinião, uma vez que leva cerca de 10 anos para se formar e que precisa de constante atualização e investimento em educação). Há que se perceber, no entanto, que há, mesmo dentro da carreira tradicional de médi-co, uma gama de possibilidades para que se agregue tanto remuneração quanto realização pessoal e profi ssional. Basta manter os olhos abertos às novas e não tão convencionais possibilidades.

REFERÊNCIAS

1. Escolas Médicas no Brasil. Disponível em: <http://www.escolasmedicas.com.br>. Acesso em: 1 fev. 2014.

1. Lei Nº 12.871, de 22 de outubro de 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-vil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12871.htm>. Acesso em: 1 fev. 2014.

2. Moehr JR. Where to in the next ten years of health informatics education? Methods Inf Med 2006; 45 (3): 283–287.

3. O que é uma startup? – Revista Exame. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/pme/noti-cias/o-que-e-uma-startup/>. Acesso em: 1 fev. 2014.

razoáveis, médicos para trabalhar nos hospitais universitários federais. Embo-ra a remuneração não seja um grande atrativo, este concurso contempla quem quer estar ligado aos hospitais-escola e quer ter o ensino no seu dia a dia.

O concurso de médico do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), tam-bém é uma opção, com conhecimentos e atividades mais voltados para a me-dicina do trabalho (embora não exija

especialidade) com salário inicial de R$ 9.070,9312. Outro concurso que é bem interessante é o de médico-legista (veja no capítulo específi co).

Estude a possibilidade de prestar concurso público, porque estão entre as raras oportunidades de se ter férias remuneradas, 13º salário, aposentadoria integral e outras vantagens praticamen-te inexistentes para o médico na iniciati-va privada.


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