COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ BONIFÁCIOENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Aut. de Func. 23/03/82 – Reconhecimento do Estado – Res. 3885 de 09/11/83Avenida Henrique Zibetti, 602 - Centro – Fone/Fax: (45) 3233-1295
CEP: 85.450-000 - Campo Bonito - Paraná
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
VOL. I
CAMPO BONITO2010
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ BONIFÁCIO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Projeto Político Pedagógico é um
trabalho coletivo da comunidade
escolar com objetivo de pensar a
Educação Pública através da
organização, planejamento e
trajetórias para o enfrentamento
das mudanças sociais
contemporâneas através de seus
avanços tecnológicos, tendo em
vista a formação integral do
cidadão.
CAMPO BONITO2010
Dedicatória
A Comunidade Escolar que não mede
esforços, para que a sociedade se torne
mais digna e justa.
FORMAÇÃO INTEGRAL DO EDUCANDO
Sumário1 MARCO SITUACIONAL.............................................................................................8
1.1 Identificação do Estabelecimento de Ensino ......................................................81.2 Modalidade da Educação Básica........................................................................81.3 Recursos Materiais e Físicos...............................................................................91.4 Profissionais do Estabelecimento de Ensino – Ano de Referência 2010.........101.5 Apoio Estudantil.................................................................................................131.6 Perfil Socioeconômico da Comunidade Escolar...............................................131.7 Histórico do Estabelecimento de Ensino...........................................................281.8 Relação de Atos Legais.....................................................................................30
2 Marco Conceitual......................................................................................................332.1 Justificativa........................................................................................................332.2 Concepção Teórica da Instituição.....................................................................342.3 Objetivos de Ensino...........................................................................................37
2.3.1 Objetivos do Ensino Fundamental..............................................................372.3.2 Objetivos do Ensino Médio.........................................................................37
2.4 Filosofia da Escola.............................................................................................382.5 Papel Social da Escola......................................................................................38
2.5.1 O Que Pretende a Escola em Termos de Transformação da Prática Pedagógica e Social............................................................................................39
3 Marco Operacional .................................................................................................463.1 Gestão Colegiada..............................................................................................46
3.1.1 Plano de Ação da Escola............................................................................463.1.2 Plano de Ação dos Professores..................................................................483.1.3 Projetos Desenvolvidos na Escola..............................................................49
3.1.3.1 Meio Ambiente - Agenda 21:................................................................493.1.3.2 Projeto Consciência..............................................................................513.1.3.3 História da Cultura Afro-brasileira e Africana.......................................533.1.3.4 Prevenção ao uso de drogas e sexualidade humana..........................543.1.3.5 Semana Cultural e Esportiva................................................................55
3.2 Plano de ação do Conselho Escolar.................................................................573.3 Plano de ação da APMF (Associação de pais, mestres e funcionários)..........593.4 Plano de ação da Direção.................................................................................613.5 Plano de ação da Equipe Pedagógica..............................................................623.6 Plano de ação da Hora Atividade......................................................................673.7 Plano de ação dos Funcionários.......................................................................683.8 Plano de ação dos Educandos..........................................................................783.9 Plano de Ação para a Inclusão – Educação Especial.......................................79
3.9.1 Deficiência auditiva.....................................................................................823.9.2. Deficiência física........................................................................................853.9.3. Sala de Apoio.............................................................................................86
3.10 Desafios Educacionais Contemporâneos ......................................................873.11 Enfrentamento à Violência .............................................................................883.12 Prevenção ao uso indevido de drogas............................................................893.13 Sexualidade.....................................................................................................893.14 Educação Fiscal..............................................................................................89
3.15 História e Cultura Afro-brasileira e Africana....................................................893.16 Estudos sobre o Estado do Paraná.................................................................903.17 Plano de Ação de Formação Continuada.......................................................913.18 Concepção de avaliação.................................................................................923.19 Critérios de Avaliação......................................................................................933.20 Técnicas e Instrumentos de Avaliação............................................................943.21 Recuperação de Estudos................................................................................953.22 Plano de ação do Conselho de Classe.........................................................1003.23 Estágio Não-Obrigatório................................................................................101
4 AVALIAÇÃO: PROGRAMA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL..................................104REFERÊNCIAS.........................................................................................................105
APRESENTAÇÃO
A educação escolar deve constituir em uma ajuda intencional, sistemática,
planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens. Para delinearmos o
papel desta instituição escolar enquanto ambiente democrático do processo
ensino/aprendizagem, buscamos na medida do possível uma uniformização entre
todos os segmentos da mesma, considerando sua história, suas peculiaridades e
sua identidade própria, tendo como função específica proporcionar um conjunto de
práticas preestabelecidas, com o propósito de contribuir para que os alunos se
apropriem de conteúdos programáticos, sociais e culturais de maneira crítica e
construtiva, tendo como objetivo a formação integral a qual visa uma atuação na
sociedade em consonância com as aprendizagens consideradas essenciais para o
exercício da cidadania.
A escola como um todo procura valorizar a cultura de seu próprio grupo, e, ao
mesmo tempo, busca nesse sentido ultrapassar seus limites, suas dificuldades e
fragilidades, propiciando aos educandos, independente de grupos sociais, etnias,
crenças, o acesso ao saber, no que diz respeito aos conhecimentos socialmente
relevantes da cultura local, regional e nacional, favorecendo a produção e a
utilização das múltiplas linguagens, das expressões e dos conhecimentos históricos,
sociais, científicos e tecnológicos, sem perder de vista a autonomia intelectual e
moral do aluno, como finalidade básica da educação.
O Projeto Político Pedagógico da Escola José Bonifácio, visa utilizar de
metodologias, estratégias, projetos e práticas pedagógicas de acordo com a
necessidade da comunidade escolar para que nossos objetivos sejam alcançados
com sucesso.
A função do Projeto Político Pedagógico é, portanto, delinear o horizonte da
caminhada , estabelecendo o olhar para a escola como um todo, expressar o
objetivo e o compromisso da comunidade escolar. No entanto as propostas
curriculares de cada disciplina são fundamentais para garantir a qualidade
pedagógica. É um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar e enfrentar os
desafios do cotidiano da escola de uma forma sistematizada, consciente, científica e
participativa.
7
1 MARCO SITUACIONAL
1.1 Identificação do Estabelecimento de Ensino
Denominação: COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ BONIFÁCIO ENSINO FUNDAMENTAL
E MÉDIO
Endereço: AVENIDA HENRIQUE ZIBETTI 602, CENTRO – CAMPO BONITO – PR
FONE/FAX: (45) 3233-1295-CEP: 85.450-000
E-MAIL: [email protected]
SITE: www.kpbjosebonifacio.seed.pr.gov.brCódigo do Censo Escolar/INEP: 41070437
Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ - SEED –
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
1.2 Modalidade da Educação Básica( X ) Ensino Fundamental ( X ) Regular
( X ) Ensino Médio ( X ) Regular
Turno de funcionamento( X ) Vespertino ( X ) Noturno
Período de funcionamentoTARDE – DAS 13:00 ÀS 17:25 HORAS
NOITE – DAS 19:00 ÀS 23:10 HORAS
Regime do Funcionamento dos CursosSISTEMA: SERIADO ANUAL – ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
AVALIAÇÃO BIMESTRAL PARA AS DUAS MODALIDADES DE ENSINO
Número de Alunos
8
FAIXA ETÁRIA ENTRE 10 E 25 ANOS
PERÍODO DIURNO:
ENSINO FUNDAMENTAL TOTAL 12 TURMAS = 338 ALUNOS
PERÍODO NOTURNO:
ENSINO FUNDAMENTAL TOTAL 1 TURMA = 26 ALUNOS
ENSINO MÉDIO 247 ALUNOS DISTRIBUIDOS EM 08 TURMAS
TOTAL DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL = 364
TOTAL DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO = 247
TOTAL DE ALUNOS DA ESCOLA = 611
1.3 Recursos Materiais e Físicos12 SALAS DE AULAS
01 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
01 LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS, FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA
01 QUADRA DE ESPORTES COBERTA
01 SALA PARA REUNIÕES
01 SALA DE PROFESSORES, COM BANHEIRO
01 SALA PARA EQUIPE PEDAGÓGICA COM BANHEIRO
01 BANHEIRO MASCULINO COM 3 SANITÁRIOS E 2 MICTÓRIOS
01 BANHEIRO FEMININO COM 4 SANITÁRIOS
03 SALAS PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL, USADAS PELA DUALIDADE
ADMINISTRATIVA PELO MUNICÍPIO
01 BANHEIRO PARA DEFICIENTE FÍSICO
01 SECRETARIA
01 CANTINA
01 COZINHA
01 ALMOXARIFADO
01 BIBLIOTECA
AMBIENTES DISTRIBUÍDOS EM 07 BLOCOS, ONDE AS SALAS DE AULAS SÃO
DISTRIBUIDAS DE ACORDO COM O NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS
PARA CADA SÉRIE.
9
1.4 Profissionais do Estabelecimento de Ensino – Ano de Referência 2010
Professores:
Nome Graduação Especialização
Adriana Santos de Souza Licenciatura em Matemática
Alair Antonio dos Santos
Bacharel em Ciências ContábeisLetras Licenciatura – Língua Portuguesa e Língua Inglesa e respectivas Literaturas.
Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Especialização em Língua Portuguesa e Literatura
Anadir Antonia Schandeski
Estudos Sociais – Licenciatura Plena, Habilitação: Geografia
Especialização em Administração, Supervisão e Orientação Educacional.Especialização Metodologia do Ensino-aprendizagem da Geografia no Processo Educativo
Carmen Queiroz Pinheiro Licenciatura em Ciências Biológicas/Biotecnologia
Educação Especial: Atendimento às necessidades Especiais.
Cerli Terezinha Pirola Licenciado em Ciências
Especialização em Metodologia do Ensino-aprendizagem de Matemática no Processo EducativoEspecialização em Supervisão e orientação Escolar
Cristiane Grzybowski Ripplinger
Licenciatura em Matemática
Darlei Joao Dominiak Licenciatura em Geografia
Especialização em Geografia – Geografia HumanaEspecialização em Planejamento e Administração Escolar
Dovar Paulo Pinto Licenciatura em História Ensino de Geografia e História
Elaine de Fatima Anevao Gaio
Licenciatura em Letras – Habilitação em Português/Inglês
Especialização em Metodologia do Ensino de português
Elizabet Padilha Malanski Licenciatura em LetrasEspecialização em Interdisciplinaridade na Educação
Eudelia Alves Malanski Gaio
Estudos Sociais – Licenciatura Plena, Habilitação: História
Metodologia do Ensino-aprendizagem de Geografia no Processo Educativo
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Eunice Marques Calicchio Peruzzo
Licenciatura em Letras – Literatura
Heliane Mariza Grzybowski Ripplinger
Licenciatura em Ciências – Habilitação em Matemática
Ensino de Ciências Exatas – Matemática, Física e Química
Iria Guerra PicolliLicenciatura em Letras – português/Inglês e Repectivas Lietaraturas
Especialização em Fundamentos da Educação
José Carlos AndradeLicenciatura em Ciências – Habilitação em Matemática
Especialização em Formação para o Magistério
Juliana Piana Dos Santos Licenciatura em CiênciasMetodologia do Ensino-aprendizagem da Matemática no processo educativo
Leonir Teresinha Dias Licenciado em PedagogiaEducação Especial: Atendimento às necessidades Especiais.
Luiz PaulinCiências – Licenciatura plena com habilitação em Matemática
Gestão, Orientação e Supervisão Escolar
Maikon Luciano Reolon Bacheral e Licenciado em História
Marcia Malanchem Licenciatura em Educação Física
Maria Rosangela da Cruz Pazinato
Licenciatura em Artes Visuais
Marlene da Cunha BonettiEstudos Sociais – Licenciatura Plena com Habilitação em História
Nilsa Alves Costa Licenciado em Estudos Sociais
Rejani Maria Basso Licenciatura em Educação Física
Especialização em Educação Física Escolar
Ronaldo de Franca Rangel
Licenciatura em Ciências Biológicas
Rosicler Mantovani Licenciado em Ciências Biológicas/Biotecnologia Gestão e Educação Ambiental
Sandra Liebmam Licenciado em Educação Física
Silvana Amaro da Silva Licenciatura em Letras
Especialização em Educação Especial: Atendimento às Necessidades Especiais.Especialização em Arte e EducaçãoEspecialização em Literatura Infanto Juvenil
Silvia de Cassia Fazoli Johann
Bacharel em Ciências Biológicas
Especialização Interdisciplinariedade na
11
EscolaSusana Aparecida Slompo Grein
Licenciatura em Artes Plásticas
Especialização em Arte e Educação
Tereza da Cunha Licenciada em Pedagogia Especialização em Educação Especial na Educação Inclusiva
Zelde Kotrich de LimaLicenciatura em Letras – Habilitação em Português e Inglês
Especialização em Letras: Língua Portuguesa e Literaturas.
18 PROFESSORES EFETIVOS
14 PROFESSORES TEMPORÁRIOS
Diretora:
Elizabete de Souza Picolli - Licenciada em Ciências com Habilitação em Matemática
e Especilização em Gestão Escolar. Eleita por um período de 3 anos, de Janeiro de
2009 a Dezembro de 2011.
Equipe Pedagógica:
Nome Graduação Especialização VínculoCarolina de Jesus Habilitação
Profissional Magistério
Especialização – O direito Educacional no Processo Ensino-aprendizagemEspecialização em Administração, Supervisão e orientação
QPM
Cintia Vanelli Lorençato
Licenciada em Pedagogia
PSS
Margarete Vigo Licenciada em Pedagogia
PSS
Marlene Ferreira Lieber
Licenciada em Pedagogia
Licenciada em: -Educação Especial: Atendimento as Necessidades Educacionais Especiais;- Literatura Infanto- Juvenil
PSS
Agente Educacional I
Nome Formação Vínculo
12
Doraci de Moraes Silva Ensino Médio CLAD Lídia Pilarski Ensino Médio Incompleto Paraná EducaçãoMaria Alves Costa Ensino Médio Incompleto PSSMaria Ione da Cunha Ensino Fundamental
IncompletoCLAD
Sirlei de Oliveira Almeira Ensino Médio Incompleto Paraná EducaçãoIvo de Almeida Ensino Médio Incompleto QFEB
Agente Educacional II
Nome Formação VínculoEdson Dalla Costa Ensino Médio QFEBFabiano da Cunha Tecnologia em Informática QFEBGianete Dominiak Hemerich Licenciatura em Ciências
BiológicasQFEB
Nilva Bisinella Superior Incompleto QFEBSilvana Slompo Grein Licenciatura em Matemática QFEBPompilio Magalhães Gonçalves Junior Superior Incompleto QFEB
1.5 Apoio Estudantil
O apoio estudantil se dará através dos representantes de turmas, escolhidos
por seus pares, em que os mesmos através do plano de ação dos estudantes
estarão em constante contato com docentes, equipe pedagógica e direção para o
acompanhamento das políticas educacionais estabelecidas pela escola. Estarão
dando suporte através do contato direto em turmas, bem como pela participação em
reuniões e momentos de debates, reflexões e tomadas de decisão tendo em vista a
melhoria na qualidade de ensino.
1.6 Perfil Socioeconômico da Comunidade Escolar
A presente pesquisa foi realizada em Junho de 2010, para levantamento de
dados socioeconômico e cultural desenvolvido junto à comunidade escolar, com o
13
intuito de traçar o perfil da comunidade escolar. Foram pesquisados 9,86 % dos
alunos do Ensino Fundamental e Médio, dos quais se observa:
1 - Quanto ao sexo:
Em relação ao sexo observamos que 44% dos alunos são do sexo masculino
e 56% são do sexo feminino.
Sexo
44%
56%
MasculinoFeminino
2 - Quanto a residência:
Em relação à moradia das famílias pesquisadas, são dados encontrados: 81%
residem em casa própria, 12% em casa cedida e 7% em residência alugada.
14
Moradia
81%
7%
12%
PrópriaAlugadaCedida
3 - Em relação à localização da residência:
Neste item, 49% dos alunos pesquisados residem na Zona Rural e 51% residem na
Zona Urbana.
Zona de Residência
51%49%UrbanaRural
4 - Quanto aos aspectos de energia elétrica e água tratada:
Neste item de energia elétrica, foi constatado que:
100% dos alunos entrevistados possuem energia elétrica.
15
Possuem Energia Elétrica
100%
0%
simnão
Possuem Água Tratada
80%
20%
simnão
No item de Água Tratada:
80% dos alunos possuem água tratada
20% não possuem água tratada.
5 - Com quem residem:
16
Residem com:
92%
4% 4%
PaisAvósOutros
Em relação com quem os alunos residem:
4% residem com responsáveis
4% residem com os avós
92% residem com os pais.
6 - Quanto ao número de pessoas que residem na casa:
Na questão do número de pessoas que residem na casa constatou-se que:
15% residem mais de 5 pessoas
8% residem menos de 3 pessoas
77% residem 3 a 5 pessoas
17
Moram com quantas pessoas:8%
15%
77%
menos de 33 a 5 pessoasmais de 5
7 - Dos residentes, quantos são alunos do Colégio José Bonifácio:
Dos alunos pesquisados:
2% mais de 5
10% 3 a 5 pessoas
88% menos de 3.
18
8 - Destes quantos fazem uso do transporte escolar:
Quanto ao transporte escolar:
37% fazem uso do transporte escolarização
63% não utilizam o transporte escolarização
Faz uso do Transporte Escolar
37%
63%
simnão
Quantos são Alunos do Colégio
88%
2%
10%
menos de 33 a 5 pessoasmais de 5
19
9 - Dos pesquisados, quantos têm irmãos:
8% não tem irmãos
92% tem irmãos.
Tem irmãos8%
92%
SimNão
10 - Quanto a ocupação dos responsáveis:
17% são desempregados
83% estão empregados
20
Ocupação dos Responsáveis
83%
17%
EmpregadosDesempregados
11 - Empregabilidade dos pais:
5% são autônomos
22% diarista
73% estão com carteira assinada
Empregabilidade dos pais
73%
22%
5%
Carteira assinadaDiaristaAutônomo
12 -Escolaridade dos pais
Quanto a escolaridade dos pais:
21
3% possuem Ensino Superior
35% Ensino Médio
62% Ensino Fundamental
Escolaridade do Pai
62%
35%
3%
EnsinoFundamentalEnsino Médio
Superior
Quanto a escolaridade da mãe:
19% Possuem ensino superior
46% Ensino Fundamental
35% Ensino Médio
22
Escolaridade da Mãe
46%
35%
19%
EnsinoFundamentalEnsino Médio
Superior
13 - Quanto a renda familiar:
7% com mais de 5 salários
12% de 3 a 5 salários
39% até 1 salário mínimo
42% de 1 a 3 salários mínimos.
Renda Familiar
39%
42%
12%
7%
Até 1 salário1 a 3 salários3 a 5 saláriosMais de 5 salários
14 - Quanto a participação no programa Bolsa Família:
20% recebem auxílio da Bolsa Família
23
80% não participam do programa
Participa do Bolsa Família20%
80%
ParticipaNão Participa
15 - Quanto a participação dos responsáveis nas atividades programadas pela
escola:
21% participam das atividades desenvolvidas na escola
79% não participam das atividades
Participação dos responsáveis nas atividades da escola
79%
21%
ParticipaNão Participa
24
16 - Quanto ao acesso e aos que leem em casa:
Na questão de leitura observou-se que:
39% dos pais tem o hábito de leitura em casa
61% não praticam o hábito de leitura em casa
Veem os pais lendo em casa
61%
39%
SimNão
17 - Quanto ao acesso a outros meios de comunicação:
51% tem acesso às tecnologias e meios de comunicação
49% não tem acesso aos meios de comunicação
25
Tem acesso a Internet em casa
51%49%Sim Não
Existem dois fatores que contribuem para que a criança desperte o gosto pela
leitura: curiosidade e exemplo, neste sentido, o livro torna-se essencial e importante
dentro de seu convívio. Os pais deveriam ler mais para os filhos e para si próprios.
No entanto, de acordo com a UNESCO (2005) somente 14% da população tem o
hábito de ler, portanto, pode-se afirmar que a sociedade brasileira não é leitora.
Nesta perspectiva, cabe a escola desenvolver na criança o hábito de ler por prazer,
não por obrigação. Segundo, Bamberger, 1975, “O desenvolvimento de interesses e
hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar,
aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora”.
Em nossa pesquisa, a coleta de dados, permitiu aprender e analisar melhor
os fenômenos sociais a partir de informação relatada pelos alunos da população em
questão, e assim elaborar e definir ações com postura de conscientização frente aos
educandos em ter a leitura como um eterno aprendizado, para que desta forma
consiga autonomia indispensável para o exercício da cidadania.
Com uma visão mais ampla e real da situação em que se encontra o ensino
da leitura, percebemos que a porcentagem de leitores favorece e contribui no
processo de ensino/aprendizagem, tendo em vista o interesse de nossos alunos
em relação à leitura, até mesmo quando realizamos projeto de oratória, onde a
participação é significativa, pois durante esse processo os alunos levam a leitura até
26
suas casas, fazendo assim com que os pais participem como ouvintes de seus
próprios filhos.
Compreendemos que sem o incentivo da família, os educandos acreditam
que a escola é apenas uma fase, que passará e não terá nenhuma utilidade futura.
Sem a união da família, a escola e o processo educacional se tornam falhos, pois
não há uma continuidade e assim o ensino se torna unilateral.
Em relação ao acesso e uso das tecnologias, percebemos que a maioria tem
acesso aos mesmos. A escola, diante dessa constatação, utiliza como um meio de
aprendizagem, buscando neste, um meio de desenvolver cidadãos mais críticos,
sociais e independentes, repensando assim o seu papel frente a informação e a
serviço de um projeto educacional, propiciando condições aos alunos de
trabalharem a partir de temas, projetos ou atividades extracurriculares,
desenvolvendo inteligência, flexibilidade, criatividade e criticidade.
Portanto, a informática/tecnologia quando adotada nas escolas, deve se
integrar ao ambiente e à realidade dos alunos, não só como ferramenta, mas como
recurso interdisciplinar, constituindo-se também como forma diversificada,
contribuindo na produção pedagógica.
Quanto ao rendimento escolar e participação dos pais e/ou responsáveis na
escola; percebemos que favorece no sentido de acompanhamento, das tarefas, da
efetiva presença em sala de aula, bem como das aferições, orientação quanto aos
deveres dos mesmos, e/ou quando a escola proporciona momentos como eventos
ou palestras, amostras, visitas, passeios ou mesmo reuniões de rotina; pois na
maioria são presentes quando convocados, sendo esses um dos elementos centrais
para que o aprendizado seja significativo e eficaz.
A escola no entanto, necessita rever suas ações, no sentido de aproveitar de
forma mais significativa o núcleo familiar que ainda se conserva. Devido à
comunidade ser de pequeno porte, ou seja, com número reduzido de habitantes, em
relação aos outros municípios, é possível um acompanhamento mais amplo, onde
os envolvidos se relacionam com mais afinidade, facilitando o trabalho escolar, no
sentido de apoio dos mesmos, tanto na parte educacional quanto em eventos
realizados.
27
1.7 Histórico do Estabelecimento de Ensino
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino, pesquisas e
nas manifestações culturais.
Sendo a educação, um dever da família em primeira instância, nos levam a
entender que toda a base educativa tem início na convivência familiar, sendo
aprimorada na escola.
A educação em termos de escola, nesse município, teve início na década de
40, com uma educação ambulante, ou seja, professores andavam de um lugar para
outro repassando seus conhecimentos, porém, Professor ensinava os meninos e
Professora ensinava as meninas.
Mais tarde na década de 50, com a criação do município de Guaraniaçu,
Campo Bonito ficou sendo o 1º distrito, e, através da Câmara de Vereadores foi
criada a Escola Estadual José Bonifácio nesse distrito.
Em 1971, teve início o curso Ginasial com extensão do Ginásio Estadual
Desembargador Antônio Franco Ferreira da Costa do município de Guaraniaçu -PR.
No período de 1971 a 1973 os professores na maioria eram moradores de
Guaraniaçu, e vinham todos os dias ministrar suas aulas aqui.
Os docentes na maioria não tinham habilitação, eram acadêmicos, sendo
eles: Tereza Kovalski dos Santos, Diva Maria Dias, Donida Tomazine, Helena
Volinger Albino, Elaine Dela Torre, Érico Piana, Lorides Piana, Antonio Ferronatto.
Moravam aqui apenas dois, Marcelino Pagnonssato, professor e a diretora
Terezinha Pilatti.
O acesso à escola era difícil, quando chovia se tornava impossível se
locomover, dificultando o comparecimento de professores e alunos.
Em 1976, tinha como diretor José Olívio Lorençatto, e como professores,
Terezinha Pilatti, Érico P.P. Pereira, Lírio Guerra, Marcelino Pagnussat, Maria A.
Queiroz, Nelci Pavelski, Olavo Della Torre e Silvio Toledo.
Em 1977, Terezinha Pilatti era diretora, os professores eram José Olívio
Lorençatto, Angelo Pilatti, Saul Brescovit, Marcelino Pagnussat e Nelci Pavelski.
28
Em 1978, Terezinha Pilatti continuou como diretora, José Olívio Lorençatto,
Marcelino Pagnusst, Maria A Toledo, Marli Pereira, Sirlei A. Tomasini, Silvia A de
Toledo, Saul Brescovit como professores deste estabelecimento de ensino.
Em 1979, a diretora era Maria Scremim, o corpo docente era formado por
Olvavo Della Torre, Silvia A de Toledo, Eliana M. Dellatorre, Donida Tomasini,
Dolores M. da Silva, Fátima H. Gasparini, Iara M. Brescovit, Maria A de Toledo e
Sirlei F. Tomasini.
Em 1980, Maria Scremim, continuou como diretora, os professores eram,
Antonio R. dos Santos, Albano Tomasini, Antonio Ferronatto, Donida F. Tomasini,
Dolores M. da Silva, Eliana M. Della Torre e Silvana Finger.
Em 1982, deram início nos trabalhos educativos: Diva Maria Dias, Loiri Poisk,
Terezinha Kovalski, Helena Volinger Albino e Odete Oro.
Em 1983 com a criação da Escola Estadual José Bonifácio Ensino de 1º Grau,
Distrito de Campo Bonito, Município de Guaraniaçu a falta de professores continuou
e até de Cascavel vieram alguns como: Maria Helena Nicolau e Rute Bueno.
Em 1982 o diretor Argemiro Rodrigues da Silva também vinha de Guaraniaçu.
Em 1983 o diretor Júlio César Heker era residente no distrito. De 1984 a 1985 a
diretora Luiza Ramos, que vinha de Curitiba. De 1986 a 1987 a diretora Elizabete P.
Malanski, era moradora dessa localidade.
Quando da Municipalização Política e Administrativa do então distrito em
1986 e posteriormente com a 1ª Gestão Administrativa de 1988 a 1992, sentiu-se
então a necessidade da criação do Ensino de 2º Grau no município recém
emancipado.
Em 1989 ocorreu a implantação do curso de 2º Grau em Educação Geral,
preparação essa para o ensino superior, através do Ato Administrativo 103/89, que
em 27 de Julho de 1993 teve seu reconhecimento pela resolução 4.166/93 desta
data.
No início da implantação do 2º Grau (Ensino Médio), tivemos as mais variadas
dificuldades, sendo a principal a falta de professores habilitados no Município. Os
primeiros professores habilitados residentes no município foram: Helena Volinger
Albino em História, Darlei João Dominiak em Geografia, Eunice M. C. Peruzzo em
Língua Portuguesa e Literatura, Heliane M. G. Ripplinger em Matemática, Ildebrando
29
A. Padilha em Filosofia. Outros professores da localidade colaboraram assumindo
algumas aulas ou substituindo outros sendo eles: Tadeu Ferreira de Albuquerque,
Leoni Sandi, Cleusa Chiossi, Edite Zanella, Conceição Aparecida Gonçalves Farias;
os demais professores tinham que vir de outros municípios, e para isso acontecer a
Prefeitura local pagou as despesas pessoais e de combustível; sendo eles: Mailor
Lécio de Azevedo, Silvana Cadori, Ilsa Ribeiro Gonçalves, Melania Salete Boca,
Giovana Kirst, Luci Emília Grzybowski, Jefferson William de Oliveira, Lalaine Dhiann
Schwartz, Cláudia V. Dourado Rodrigues, Paulo Luiz Pauwelz, Maria Nalu Verona,
Carlos Augusto Giotti, Beloni Pelizzoni Daron.
Depois de criado o 2º Grau, foram diretores em 1988: Eunice M. C. Peruzzo,
de 1989 a 1991 Helena Volinger Albino, em 1992 Eunice M. C. Peruzzo, de 1993 a
1997 Darlei João Dominiak, de 1998 a 2001 Helena Volinger Albino, Alair Antonio
dos Santos de 2002 a 2003, atualmente a diretora é Elizabete de Souza Picolli,
eleita pela Comunidade Escolar para o pleito de dois anos de 2004 a 2005, reeleita
entre 2006 e 2008, e re-eleita em 2009, até 2011.
1.8 Relação de Atos Legais
30
31
32
2 Marco Conceitual
2.1 Justificativa
O mundo vive num acelerado desenvolvimento onde a tecnologia está
presente direta e indiretamente em diversas atividades de nossa vivência. A escola
por fazer parte do mundo e para cumprir a importante função que exerce nele,
precisa estar aberta e incorporar novos hábitos e comportamentos para conviver
com tais mudanças, além de cumprir seu papel fundamental de transmitir o
conhecimento sistematizado. Ao mesmo tempo que é fundamental que a instituição
escolar integre a cultura tecnológica, tanto dos discentes quanto dos docentes.
Portanto, faz-se necessário desenvolver tais habilidades para fazer uso desses
equipamentos, ou seja, dos recursos necessários para o mundo globalizado. No
entanto percebemos que há dificuldades no que diz respeito ao acesso a essas
informações, ou às próprias tecnologias e ainda pouca capacidade crítica e
procedimental para lidar com a variedade e quantidade de informações recebidas
desses recursos tecnológicos existentes os quais acreditamos que ainda a educação
como um todo não está preparada e adaptada suficientemente para lidar com todas
essas novidades, não dispondo de recursos financeiros, físicos e de pessoal
qualificado. De acordo com a L.D.B. Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a
escola deve adequar a tais mudanças, impostas pela necessidade de acompanhar a
desenfreada corrida tecnológica atual.
Diante deste novo apelo por mudanças, os educadores precisam classificar
os propósitos que definem a intencionalidade e a dimensão das transformações que,
necessariamente, deverão ocorrer na escola, a fim de que não se restrinjam a elas,
a política da legitimação de programas oficiais, ou nessas inovações metodológicas,
que atingem apenas o âmbito da sala de aula, sem a preocupação com o inevitável
comprometimento de qualquer prática pedagógica como um projeto político ( VEIGA,
1996).
A real transformação da escola ocorrerá centrada na reflexão coletiva, que
deve se estender a toda a comunidade escolar, atribuindo a escola, a autonomia de
ação, criatividade, alternativas metodológicas e o comprometimento na ação
33
educativa, intencionalmente conduzida pela mesma, tendo como objetivo maior, o
desenvolvimento das potencialidades humanas e culturais dos alunos, a razão da
existência da escola.
Para tanto, devemos também repensar as práticas pedagógicas, suas
interpretações e ações no contexto político, social e econômico, os valores éticos, a
estrutura familiar, o calendário escolar, critérios necessários e essenciais para
modificar o atual papel da escola, que não é apenas de transmitir o conhecimento,
mas sim de criar situações em que nossos educandos desenvolvam seus valores,
potencialidade e consciência crítica.; oportunizando os mesmos a atuarem no meio
ao qual pertencem, agindo no mesmo e interferindo de forma positiva e necessária.
Essa vasta relação entre o conhecimento, o mercado de trabalho atual e suas
necessidades, exigem capacidade de iniciativa e inovação, isso significa para a
educação, novas demandas, novas práticas metodológicas, que favoreçam e façam
ter sentido; que o aprendizado seja um processo contínuo e permanente, utilizando
metodologias que favoreçam as capacidades e também o desenvolvimento da
autonomia e sentimento de segurança; priorizando a construção de novas
estratégias, de verificação e comprovação de hipóteses e o desenvolvimento do
espírito crítico capaz de favorecer a criatividade dos educandos com autonomia.
Os processos de ensino/aprendizagem requerem atitudes e posicionamentos
claros e conscientes, sobre o que e como se ensina. Esse posicionamento só pode
ocorrer a partir do posicionamento de intenções do projeto educativo da escola
contidos neste documento, pensado e analisado pela comunidade escolar deste
estabelecimento.
2.2 Concepção Teórica da InstituiçãoVivemos em uma sociedade excludente, retratada de uma forma injusta e
desigual, onde o nível de escolaridade socioeconômico dos pais de nossos alunos é
insatisfatório e o I.D.H. (Índice de Desenvolvimento Humano) de nosso município é o
mais baixo da região oeste, o que acaba refletindo no dia a dia do aluno.
Num contexto amplo, a sociedade é desigual onde injustiças sociais ocorrem,
através da má distribuição de renda. O desemprego gera dificuldade financeira, os
meios de comunicação manipulam as pessoas através do sensacionalismo,
34
consumismo entre outros, onde estamos perdendo nossa identidade, devido a
diversos fatores que vem influenciando a nossa maneira de viver, pensar e agir
nossas condutas, valores e responsabilidades. Está toda voltada ao capitalismo, em
função do ter; vem se agravando a cada dia que passa, e não podemos ficar alheios.
Assim definimos nossa sociedade.
Diante da sociedade que temos, procuramos intervir através da prática
pedagógica para uma sociedade justa, democrática, igualitária, com ações práticas e
posturas diante de certas situações vividas em relação ao ser humano. Respeitando
as diferenças, sem discriminações.
Um dos papéis do aluno nesta sociedade é de um sujeito ativo, criativo e
crítico, capaz de agir e melhorar satisfatoriamente o meio a qual pertence, lutando
por uma sociedade mais justa.
A escola dentro deste contexto, deve resgatar as transformações sociais,
sendo democrática, de gestão compartilhada, aberta à sociedade solidária,
comprometida com sua função social abrindo caminhos para as transformações que
o contexto histórico político e econômico exigem. Elegendo como eixo central: “A
educação para o exercício da cidadania plena”.
Entendendo que o processo Educacional deve proporcionar a formação do
ser Humano mediante reflexão crítica e a solidariedade, o Colégio José Bonifácio em
sua ação pedagógica está calcado nos princípios éticos da autonomia, da
responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum.
Queremos que a escola em que estamos inseridos contribua para a
construção da cidadania, cujo exercício reúna conhecimentos e informações a um
protagonismo responsável, para exercer direitos que vão muito além da
representação política tradicional: emprego, qualidade de vida, meio ambiente
saudável e de igualdade, enfim, ideais afirmativos para a vida pessoal e para a
convivência.
Que contribua também para a aprendizagem de caráter geral, visando a
constituição de pessoas aptas a assimilar mudanças, autônomas em suas escolhas,
solidárias o suficiente para acolher e respeitar as diferenças, que pratiquem a
solidariedade, superem a segmentação social e sejam capazes de assimilar as
mudanças tecnológicas, e adequar as novas formas de organização do trabalho.
35
Para isto o currículo escolar é aberto e flexível uma vez que, todos os conteúdos
devem ser contextualizados de acordo com as necessidades que o mundo moderno
exige, procurando articulação entre os conteúdos e a sua efetivação na prática.
A escola busca ser, transformadora, autônoma, respeitando e trabalhando
com as diversidades deixando de ser assistencialista e desenvolvendo sua
verdadeira função, formando o indivíduo para a sociedade que almejamos. No
entanto para que nossas práticas pedagógicas sejam de qualidade, precisamos
contar com salas de aula de no máximo 30 alunos, valorização do profissional da
educação e formação continuada dos docentes.
Os profissionais da Educação que temos em nossa escola demonstram
comprometimento com o processo ensino aprendizagem e estão abertos a
discussões e inovações, são responsáveis pelo processo ensino/aprendizagem,
mediadores do conhecimento sistematizado, capazes de desenvolver no aluno a
valorização (ética) e a criatividade, leitores responsáveis pela sua própria
capacitação.
Em relação a nossos alunos; a maioria de baixa renda familiar, não têm
acesso à informatização, e vivem em famílias desestruturadas. As condições de
vida, na maioria são precárias, não tendo uma alimentação adequada, são filhos de
trabalhadores rurais, vindos dos bairros ou do interior do município.
Atendemos alunos de diferentes níveis sociais, econômicos e culturais, sendo
o único Colégio que oferece Ensino Médio no Município.
Esperamos que os nossos educandos assimilem o respeito, a cooperação, a
responsabilidade, compreensão, solidariedade, entre outros, que se tornam
necessários para o exercício da cidadania.
Porém, os pais e/ou responsáveis pouco participam da vida escolar dos filhos,
mesmo aqueles que têm filhos com dificuldades tanto de aprendizagem quanto de
disciplina raramente comparecem na escola, e quando comparecem após uma
convocação ou outra, percebe-se que querem passar a responsabilidade à escola,
sendo que é dever da família educar seus filhos, além de fazer o acompanhamento
da vida escolar dos mesmos. A escola como função social que tem, além do
desenvolvimento do pensamento crítico, procura trazer as informações,
36
contextualizá-las e dar caminhos para o aluno buscar mais conhecimento, é o lugar
de sociabilidade de jovens, adolescentes e também de difusão sócio/cultural.
Quanto aos funcionários, são qualificados para a função específica; estão
integrados ao processo educacional da escola, sempre buscando novos
aperfeiçoamentos no sentido do processo ensino/aprendizagem, com isso, sentem-
se mais valorizados percebendo que as atividades que realizam na escola, são
indispensáveis para o bom andamento da instituição escolar como um todo.
Salientamos a importância ao definirmos nosso plano de ação educacional,
considerar na proposta curricular as diretrizes da educação do campo, visto que
nossa instituição traz presente na vivência da comunidade escolar, sua subsistência
essencialmente agrícola, o que requer um olhar cuidadoso quanto ao processo de
ensino/aprendizagem e a relação com o campo, com o desejo de que todos os
profissionais da educação com apoio da comunidade escolar sejam capazes de lutar
pela efetivação da educação de qualidade.
2.3 Objetivos de Ensino
2.3.1 Objetivos do Ensino Fundamental
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96 – Art. 32)
explicita que o Ensino Fundamental com duração de oito anos, obrigatório e gratuito
na escola pública, terão por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e formação de atitudes e valores;
IV. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana
e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
2.3.2 Objetivos do Ensino Médio
37
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96 – Art.35)
explicita que o Ensino Médio é a etapa final da educação básica com duração
mínima de três anos terá como finalidades:
I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posterior;
III. O aprimoramento do educando, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV. A compreensão dos fundamentos científicos/tecnológicos dos processos
produtivos relacionando a teoria com prática, no ensino de cada disciplina.
2.4 Filosofia da Escola
O Colégio Estadual José Bonifácio, tem como princípio de ação educativa “A
formação integral dos educandos”. Buscamos enquanto instituição escolar, realizar
nosso trabalho, fundamentado no princípio pedagógico/filosófico, onde se
concretize:
- Sujeitos fazedores de sua própria história com os quais se busca a possibilidade de
intervir na sua formação a fim de melhorar seus pontos de vista;
- Relações democráticas no âmbito escolar, através de diálogo entre os envolvidos
no processo de ensino/aprendizagem;
- Conhecer e usar na prática pedagógica, o conhecimento que o aluno traz,
valorizando-o e aprofundando-o;
- Trabalhar para a consciência da atuação coletiva para mudanças significativas na
melhoria da qualidade de vida de toda sociedade (moradia, lazer, escola,
alimentação entre outros).
2.5 Papel Social da Escola
38
A escola sempre ocupou um papel muito importante na sociedade e mais uma
vez assume uma função social a medida que precisa atender as demandas da
sociedade emergente. No entanto, a escola não pode ser uma instituição isolada em
si mesma, mas integrada e interagida com a vida social mais ampla.
Segundo Gadotti (1995), são necessárias algumas diretrizes básicas, dentre
as quais estão: a autonomia da escola, incluída uma gestão democrática, a
valorização dos profissionais de educação e de suas iniciativas pessoais. Dentre os
caminhos buscados para efetiva democratização do ensino público é justamente a
democratização da gestão do sistema educativo que busca envolver os setores mais
amplos da sociedade: movimentos populares, de moradores, paz, entre outros.
Ressaltamos que cada escola possui sua identidade própria, sua cultura, e
por isso, é importante que esta, seja respeitada e contemplada em seu projeto
pedagógico. Fortalecer a gestão da escola, influenciar no seu crescimento, são
possibilidades oferecidas pela gestão democrática bem sucedida. No entanto os
educadores necessitam conhecer a sociedade em que atuam, e o nível social,
econômico e cultural de seus educandos, buscando alternativas para alcançar a
escola ideal, pois Na real ainda há muito a se fazer.
É nesse sentido que colocamos a escola como responsável pela promoção do
desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir
pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade.
Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer
nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar. Desta forma os
profissionais do Colégio Estadual José Bonifácio, enquanto instituição formadora de
opinião e de construção e aquisição de conhecimentos, sente necessidade de
crescer e mudar, fazendo uma reflexão sobre o exercício da prática docente,
revendo a realidade e buscando alternativas para alcançar uma educação de
qualidade para todos.
2.5.1 O Que Pretende a Escola em Termos de Transformação da Prática
Pedagógica e Social.
39
A prática pedagógica dos agentes educacionais no momento atual, bem como
a condução do processo ensino-aprendizagem na sociedade contemporânea,
precisa ter como primícia a necessidade de uma reformulação pedagógica que
priorize uma prática formadora para o desenvolvimento, onde a escola deixe de ser
vista como uma obrigação a ser cumprida pelo aluno, e se torne uma fonte de
efetivação de seu conhecimento intelectual que o motivará a participar do processo
de desenvolvimento social, não como mero receptor de informações, mas como
idealizador de práticas que favoreçam esse processo.
É nesse contexto que o docente deve ter em mente a necessidade de se
colocar em uma postura norteadora do processo ensino/aprendizagem, levando em
consideração que sua prática pedagógica em sala de aula tem papel fundamental no
desenvolvimento intelectual de seu aluno, podendo ele ser o foco de crescimento ou
de consciência de sua aplicação metodológica na condução da aprendizagem.
Sobre essa prática, GADOTTI (2000, p.9) afirma que “nesse contexto, o
educador é um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua
própria formação. Ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e, para isso,
também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos
para o que fazer dos seus alunos”.
Portanto, os sujeitos que se pretende formar são aqueles capazes de produzir
sua existência através dos conhecimentos adquiridos e produzidos na escola.
Queremos uma escola para todos, onde o conhecimento possa ser aproveitado e
aprofundado tanto na escola como em sua vida pessoal e profissional. Que na
prática adotada se possa formar pessoas com condições de superar a sociedade de
classes, onde não haja distinção de raça, cor, religião e/ou classe social.
Por isso, a escola que queremos é aquela que prepare cidadãos para
desenvolver suas qualidades para a vida e em sociedade, é a que forme o sujeito
em sua totalidade, onde as relações não sejam hierarquizadas e autoritárias, mas de
respeito entre sujeitos que podem mudar os rumos da sociedade. Para que esta
comunidade escolar seja possível, o corpo docente deve ter formação continuada,
para que fundamentados compreendam as mudanças sociais e com isso possam
aperfeiçoar sua prática, fortalecendo a gestão da escola pautada sob os princípios
que norteiam a educação.
40
Entendemos que o ser humano é social e histórico, através de sua atividade e
relação com objetos/símbolos, constrói tanto o mundo como a si próprio.
Consideramos que o conhecimento é patrimônio coletivo e portanto, deve ser
socializado. Desta forma, o Colégio José Bonifácio pretende construir um espaço de
socialização, sistematização e construção de um novo saber, a partir da mediação
do professor, visando sempre a inclusão e a diminuição da evasão e repetência.
A instituição fundamenta sua prática pedagógica na Concepção
Histórico/Cultural, baseada e fundamentada na Concepção de Vygotsky o qual tinha
uma visão de desenvolvimento baseado na concepção de um organismo ativo, cujo
pensamento é construído em ambiente histórico e essencialmente social, ou seja,
das possibilidades que o indivíduo tem a partir do ambiente em que vive. Vygotsky
sempre defendeu a ideia da contínua interação entre as mudanças das condições
sociais e a base biológica do comportamento humano.
Com a maturação, o indivíduo passa a ter novas e mais complexas funções
mentais dependendo do grau a que são exposta.
O sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma conhecimentos e
se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com os outros
sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e
funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria
consciência.
Para o desenvolvimento do indivíduo, as interações com o outro social são,
além de necessárias, fundamentais, pois delas emergem signos e sistemas de
símbolos que são portadores de mensagens da própria cultura, os quais, do ponto
de vista genético, têm primeiro uma função de comunicação e logo uma função
individual, à medida que são utilizados como instrumentos de organização e controle
da conduta do indivíduo.
Almeida (2000), abordando a questão da relação Homem-mundo afirma que,A teoria de Vygotsky tem como perspectiva o homem como um sujeito total enquanto mente e corpo, organismo biológico e social, integrado em um processo histórico. A partir de pressupostos da epistemologia genética, sua concepção de desenvolvimento é concebida em função das interações sociais e respectivas relações com processos mentais superiores, que envolvem mecanismo de mediação. As relações homem-mundo não ocorrem diretamente, são mediados por instrumentos ou signos fornecidos pela cultura.
41
Vygotsky demonstrou, em seus estudos, grande preocupação por
compreender e descrever o processo de desenvolvimento do indivíduo, de modo
que sua teoria, baseia-se neste aspecto sob influência de fatores externos do meio e
da interação desse indivíduo com outros indivíduos desse meio.
A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no
sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que
deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a
incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade,
através das mãos do cidadão que irá formar. Desta forma os profissionais do
Colégio Estadual José Bonifácio em processo de formação continuada estão
desenvolvendo trabalhos teóricos e práticos a fim de definir qual é o papel social da
escola enquanto instituição formadora de opinião e de construção e aquisição de
conhecimentos.
Conforme Libâneo, 2005, “não é suficiente a democratização do processo de
tomada de decisões, é preciso democratizar o conhecimento...” partindo deste
pressuposto pensar em uma sociedade democrática significa pensar em uma
sociedade formada por pessoas que possuam as condições de compreender os
processos que regem todo o desenrolar do cotidiano em que se encontram, tendo
em vista que assim poderão atuar como cidadãos no sentido pleno da palavra, ou
seja, pessoas capazes de contribuir para a construção de uma sociedade que seja
efetivamente de todos.
Pela LDBEN nº 9394/96 em seu Art. 12 os estabelecimentos de ensino terão
autonomia para elaborar e executar sua proposta pedagógica, administrar seu
pessoal e seus recursos materiais e financeiros. Mas o que realmente significa
autonomia na escola e para a escola?
Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a
reproduzir a realidade sócio/econômica em que está inserida, cumprindo ordens e
normas a ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espaço
para a participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto à comunidade.“Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampliada do projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. É essa concepção de projeto político-pedagógico como espaço conquistado que
42
deve constituir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da prática pedagógica.” (Pinheiro, 1998)
Essa é a necessidade de conquistar a autonomia, para estabelecer uma
identidade própria da escola, na superação dos problemas da comunidade a que
pertence e conhece bem, mais do que o próprio sistema de ensino. A autonomia
implica também responsabilidade e também comprometimento com as instituições
que representam a comunidade (APMF, grêmios estudantis, entre outras), para que
haja participação e compromisso de todos.
A dialética marxista considera o processo de desenvolvimento não como
simples processo de crescimento, em que as mudanças quantitativas não chegam a
se tornar mudanças qualitativas, mas como um desenvolvimento que passa das
mudanças quantitativas insignificantes e latentes para as mudanças aparentes e
radicais, as mudanças qualitativas.
O progresso da ciência, na perspectiva do materialismo filosófico,
proporcionou a Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1818-1883), fundar a
doutrina marxista, corrente revolucionária caracterizada especialmente pelas
conotações políticas, sociais e econômicas explicitadas em seus paradigmas,
conforme a dinâmica da luta de classes e a transformação das sociedades de
acordo com as leis do desenvolvimento histórico de seu sistema produtivo (ibid.,
1987, p.48).
Segundo MARX e ENGELS
… Não é a consciência que determina a vida, é a vida que determina a
consciência. No primeiro modo de consideração, parte-se da consciência
como indivíduo vivo; no segundo, que corresponde à vida real, parte-se dos
próprios indivíduo vivos reais e considera-se a consciência apenas como a
sua consciência. (MARX e ENGELS, 1982).
Fica evidente que a concepção marxista, sobre a explicação dos fenômenos
naturais e/ou sociais, considera além das explicações evidenciadas pelas ciências,
como também o homem real, vivendo em uma sociedade sujeita a transformações e
conflitos impostos pelo capitalismo e pelo modo de produção.
Porém, a concepção marxista substitui o idealismo hegeliano por um realismo
materialista: a matéria é o princípio fundamental e a consciência produto da matéria.
43
Pode-se afirmar, que a diferença conceitual entre a dialética de Hegel e Marx,
é que o primeiro, considera a dialética no plano do espírito, das ideias, e o segundo,
a toma por meio da materialidade, dos meios de produção e reprodução da vida,
bem como de seu caráter histórico, de como se organizam na sociedade,
considerando a sua historicidade.
O Marxismo compreende três aspectos principais: o materialismo dialético, o
materialismo histórico e a economia política.
Segundo Triviños (1987, p.51),
o materialismo histórico estuda as leis sociológicas que caracterizam a vida em sociedade, de sua evolução histórica e da prática social dos homens, no desenvolvimento da humanidade. Essa vertente do marxismo, considera que para o momento histórico se transformar, terá que transformar a própria forma de pensar do ser social, porque é um processo intrínseco na relação homem, produção e prática social, (TRIVIÑOS, 1987).
A concepção que norteia o princípio materialista dialético, fundamentada pelo
pensamento marxista interpreta a realidade, no contexto educacional de forma
concreta, pensada e compreendida em seus mais diversos e contraditórios
aspectos. Assim, considera-se que a prática social, a ação do homem sobre a
natureza, em seu processo de produção, é o critério decisivo para reconhecer se um
conhecimento é verdadeiro ou não, e que esta prática é a de todo conhecimento.
O breve percurso aqui percorrido teve a intenção de esclarecer que a
proposta pedagógica na perspectiva histórico/crítica, tem bases filosóficas
consistentes que explicam as leis de desenvolvimento do mundo social e natural.
No entanto evidencia-se, desta forma, que a educação, nesta perspectiva,
fundamenta-se nos conhecimentos científicos construídos pela humanidade, e que
esses conhecimentos estão atrelados à produção humana, considerando que a
transformação do conhecimento se dá na relação homem/natureza, caracterizada
pelo trabalho. Neste contexto, a escola é transmissora destes conhecimentos
produzidos historicamente; através da prática social, de forma que o aluno apreenda
o processo de produção histórica, bem como as tendências de sua transformação.
Este método aplicado à educação escolar: prática(senso comum), teoria
(conhecimentos científicos), prática (conhecimento elaborado), tem como
fundamento didático uma prática onde o educando partilha dos seus conhecimentos
44
espontâneos com colegas e professor, o professor partindo desses conhecimentos
teoriza cientificamente sobre eles, num processo coletivo de construção do
conhecimento, e desta maneira, o aluno incorporado do conhecimento
historicamente sistematizado agirá como agente transformador da realidade.
Concluindo as reflexões, acreditamos que é este o papel social da escola,
atuando frente às profundas desigualdades sócio/econômicas, que excluem da
escola uma parcela da população, marginalizada pelas concepções e práticas de
caráter conservador, inspiradas no neoliberalismo.
A escola tem um papel bem mais amplo do que passar conteúdos. Porém,
deve modificar a sua própria prática, muitas vezes fragmentada e individualista,
reflexo da divisão social em que está inserida.
45
3 Marco Operacional
3.1 Gestão Colegiada
3.1.1 Plano de Ação da Escola
Direção, professores, equipe pedagógica e funcionários do Colégio Estadual
José Bonifácio, envolvidos na ação docente e nos aspectos qualitativos do processo
ensino/aprendizagem; elencamos ações que a escola pretende desenvolver através
de projetos interdisciplinares, servindo de apoio ao trabalho pedagógico. No entanto,
deve-se levar em consideração as dificuldades de aprendizagem que podem estar
relacionadas a aspectos afetivos, cognitivos ou sociais, ou seja, em qualquer
situação, o que se passa na escola, tem relação com a dificuldade, em maior ou
menor grau.
Assim, existe a necessidade de critérios e objetivos claros e definidos, para
que a implementação, organização/reorganização e avaliação frente aos resultados
obtidos, sejam positivos. Portanto, nessa proposta, consta a ideia, da possibilidade
de realização, a partir de uma meta, um querer que orienta e ofereça uma direção às
ações na intenção de transformar a realidade.
O sucesso das ações educacionais começa no momento em que a escola
sinaliza com suas práticas a potencialização dos cidadãos que nela participam.
Considerando todo o exposto, vemos na escola, a possibilidade de
aprendizagem; para tanto é preciso pensá-la como espaço de produção de
conhecimento e não de transmissão de conhecimento, isto é, pensar a mediação
docente com vistas ao aluno refletir sobre seus conceitos prévios e reestruturá-los,
sistematizando-os e não ter a pretensão de fazer o aluno “captar” o conceito pronto.
Além desse aspecto de refletir as representações do professor, o PTD
também é o mediador entre a prática em sala de aula e a reflexão sobre essa
prática. A partir do PTD, o profissional da educação vai refletir sobre a sua atuação
pedagógica modificando as suas ações e o seu modo de pensar conforme as
experiências e os obstáculos encontrados no seu dia-a-dia. O papel do PTD, nesse
sentido, não se configura em assegurar, “por si só, o andamento do processo de
46
ensino” (LIBÂNEO, 1990, p. 225), visto que é necessário que ele esteja sempre
vinculado à prática, num processo contínuo de revisão e reflexão.
Assim, a reflexão, a avaliação e a revisão da atuação pedagógica em sala de
aula é o resultado da mediação do PTD num plano simbólico entre o professor e o
seu trabalho pedagógico. E a mediação concreta entre esse profissional e a sua
prática percebe-se na modificação da realidade escolar através do auxílio do PTD, e
com isso socializar os saberes escolares, integrando-os nas práticas sociais,
juntamente com a comunidade escolar, onde se propõe para 2010, a continuidade e
complementaridade através dos temas: “Desafios Educacionais Contemporâneos”:
− Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
− Cidadania e Direitos Humanos;
− Gênero e Diversidade Sexual;
− Diversidade Cultural do Brasil e do Paraná;
− Cultura Afro-africana brasileira;
− Educação para as Relações Étnico Raciais;
− Educação Ambiental;
− Enfrentamento a violência na escola;
− Concurso de Oratória.
− Meio ambiente – Agenda 21:
Os projetos da escola serão desenvolvidos no decorrer do período letivo, por
todos os professores envolvendo todos os segmentos da escola e comunidade, e
ainda paralelamente, será desenvolvido Projetos com Palestras, com os seguintes
temas: Sexualidade, Enfrentamento à Violência na escola, Saúde, Uso de Drogas,
Tabagismo, Alcoolismo, Gravidez na Adolescência, Educação Ambiental, Cidadania
e Cultura – Afro brasileira e Africana e Estudos sobre o Estado do Paraná. As
palestras serão dadas por profissionais habilitados para cada tema e incluídos no
PTD, dos professores, onde serão trabalhados conforme a necessidade e/ou
relevância dos conteúdos, objetivando que os resultados da prática pedagógica
tanto de educando quanto de educadores, sejam positivos através das ações
interdisciplinares.
Resultados Esperados:
47
Que haja mudança de postura de conceitos quanto à formação de hábitos de
estudo, de responsabilidade, conhecimentos e respeito da cultura Afro-brasileira e
Africana, reconhecimento e preservação do Rio Bandeira; vivência da cidadania
plena do projeto Consciência, visando uma ação cooperativa de toda comunidade
escolar.
3.1.2 Plano de Ação dos Professores
O presente plano tem por objetivo interferir com a ação didático pedagógica
com vistas a contribuir para as mudanças sociais, levando em consideração o papel
político que tem a educação e a necessidade de formação integral e coletiva da
comunidade escolar, possibilitando uma intervenção efetiva na realidade.
AÇÕES DOS PROFESSORES:
− Apresentar o Regimento Interno
− Participar do processo de elaboração do planejamento anual,
semestral/bimestral;
− Propor o replanejamento das ações sempre que necessário;
− Identificar as dificuldades dos alunos e buscar soluções conjuntas para os
mesmos;
− Buscar mediante utilização dos procedimentos e recursos didáticos que
melhor atendam os objetivos propostos;
− Monitorar as atividades práticas de laboratório;
− Organizar e realizar debates e palestras de temas de interesse e
necessidade da comunidade escolar;
− Promover momentos de integração entre a escola e a família através das
manifestações culturais. Ex: Mostra Cultural, Festival de Música, Festa
Junina, Gincanas, etc.
− Avaliação diagnóstica.
− Palestras de incentivo aos estudos;
− Atendimento aos alunos com dificuldade de aprendizagem, com a sua
inclusão no processo educativo;
48
− Recuperação Paralela;
− Acompanhamento e encaminhamento de casos especiais: indisciplinas,
desvios comportamentais, problemas de aprendizagem.
− Solicitar a participação da família sempre que necessário;
− Incentivo na participação de projetos, gincanas, concursos, atividades
interdisciplinares.
− Prevenção e acompanhamento da evasão escolar.
3.1.3 Projetos Desenvolvidos na Escola
3.1.3.1 Meio Ambiente - Agenda 21:
Subtema: Rio Bandeira
− Conferência do meio ambiente, o curso do Rio Bandeira, de nosso
município, objetivando preservar, cuidar, vivendo em harmonia com a
natureza;
− Semana cultural e esportiva, com incentivo a prática da disciplina,
respeito e cooperação;
− Vivências coletivas, observação de normas e regras para a formação e
integração do plano de ensino da escola;
JUSTIFICATIVA:Tendo em vista a precária situação do Rio Bandeira que atravessa a sede do
município de Campo Bonito, desenvolveremos ações significativas para a
preservação do meio ambiente, interferindo com a ação didático pedagógica, com
vistas a contribuir para as mudanças sociais, levando em consideração o papel
político que tem a educação e a necessidade de formação integral e coletiva da
comunidade escolar, possibilitando uma intervenção efetiva na realidade.
OBJETIVO GERAL:I. Conhecer o conteúdo da Agenda 21 e a partir disso, um estudo sobre as reais
condições do Rio Bandeira.
49
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:• Aprender de forma prática os conteúdos escolares;
• Articular o conhecimento científico com as outras áreas do conhecimento
( língua portuguesa, matemática, biologia, química, geografia, história,
filosofia, língua inglesa, arte);
• Caracterizar a comunidade Campo Bonitense sobre a importância da
preservação do Rio Bandeira;
• Incentivar a consciência ambiental (reciclagem, conservação e preservação
ambiental).
METODOLOGIA:Para que as ações se efetivem, será desenvolvido as seguintes atividades:
• Observação do Rio Bandeira na sede, com registro através de fotos,
filmagens e relatórios;
• Pesquisa em livros, jornais, revistas, internet, relacionados a educação
ambiental;
• Entrevistas com moradores mais antigos e atuais, para relatos sobre os
recursos do Rio Bandeira;
• Realização de reuniões e palestras com os moradores que residam nas
proximidades, esclarecendo sobre os problemas ali encontrados, bem como
dúvidas superiores que surgirem;
• Confecção de cartazes e murais com amostragem das pesquisas e realidade
do Rio Bandeira;
• Análise química da água;
• Levantamento da fauna e flora do rio atualmente;
• Excursão até as nascentes dos rios para verificar a atual situação em que se
encontra o rio;
• A execução do Tema será abordado entre os meses de fevereiro a novembro.
RECURSOS:Buscaremos parcerias, junto ao secretário de desenvolvimento econômico,
secretário saúde, Emater, SENAR, SANEPAR, alunos, professores, moradores das
50
margens dos rios. Será necessário a utilização de ônibus, máquina fotográfica,
filmadora e outros materiais.
• Viveiro municipal; Gravador; Análise da água.
3.1.3.2 Projeto Consciência
Tema: Cidadania – Formação Integral
SUB TEMA: Regimento Interno, ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente),
(Constituição Federal: valores / respeito / amizade / motivação...)
OBJETIVOS:Conhecer a legislação a que estão subordinados e amparados para exercer a plena
cidadania, dentro da sociedade a que estão inseridos.
JUSTIFICATIVA:Percebemos que a falta de informação leva as pessoas a cometer atos que podem
ser passivos de punições ou não, serem beneficiados e amparados por programas
sociais ou protegidos por leis. Assim justificamos o conhecimento da legislação
vigente, que garante ao sujeito interferir de maneira significativa na sociedade,
transformando e garantindo o bem estar.
METODOLOGIA:Para desenvolver esse projeto, faremos a apresentação dos documentos
legais para análise, através de atividades desenvolvidas em grupos com alunos de
Ensino Médio para socialização em linguagem apropriada para alunos de Ensino
Fundamental, confecção de painéis, realização de palestras e seminários e mesa de
debates, fórum de filmes de conscientização, os quais terão como principio trabalhar
os valores presentes na comunidade, como a motivação, o interesse pela escola,
suas funções, estrutura e organização; levando em consideração seu papel social
para a comunidade escolar, o qual será desenvolvido entre os meses de fevereiro a
julho.
AVALIAÇÃO:
51
Observação de mudança de atitude e da interação da comunidade escolar no
cotidiano; com isso a escola acredita incentivar o trabalho realizado, o qual seja de
qualidade com os alunos e com a comunidade. Pretendemos ainda divulgar esses
projetos salientando que é uma possibilidade de incentivo também para experiências
entre os sistemas de ensino, fornecendo e subsidiando aos professores em seu
trabalho na escola.
Dessa forma o trabalho com projetos significa de fato uma mudança de
postura, uma forma de repensar a prática pedagógica e as teorias que lhe dão
sustentação, possibilitando o envolvimento, a cooperação e a solidariedade entre os
alunos, professores e comunidade no intuito de transformar a realidade por meio de
ações.
CRONOGRAMA:
MESES 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
Orientação e explanação do Projeto
X
Levantamento da Fauna e da Flora do Rio Bandeira
X X
Entrevista X
Observação do Rio Bandeira
X
Análise química da água
X
Confecção de cartazes X
Orientação sobre a execução do tema e término das mesmas
X
52
Reuniões e esclarecimento, execução do Tema
X
3.1.3.3 História da Cultura Afro-brasileira e Africana
Tema: Cidadania – Formação Integral
SUB TEMA: Socialização, valores: respeito e disciplina, colaboração mútua.
Tema: Cidadania – formação integral
OBJETIVO:Incentivar o aluno a conhecer suas raízes e árvore genealógica, levando o
aluno e refletir sobre suas atitudes, posturas e comportamento nas suas
convivências difíceis com os demais semelhantes.
JUSTIFICATIVA:O tema está sendo abordado para que os alunos e a Comunidade Escolar
compreendam que a nação também foi colonizada por etnia racial, e que os mesmos
contribuíram e muito para a formação do povo brasileiro.
METODOLOGIA:A metodologia se fundamentará no estudo de filmes, curtas, músicas, danças,
obras de artes, textos escolhidos a partir da realidade dos alunos, que permitem
tecer relações entre os conteúdos abordados e o cotidiano deles.
O desenvolvimento das atividades enfatizará a leitura e a discussão de textos
para o seu entendimento, o debate de ideias e a produção final de outros textos
utilizando linguagens variadas, incorporando novas ideias e valores étnicos, bem
como a utilização correta dos códigos linguísticos. O estudo da literatura afro-
brasileira, da religiosidade afro, da história do neocolonialismo na África e da luta de
seu povo permearão as pesquisas realizadas, procurando mostrar aos alunos a
inter-relação entre os conteúdos e a realidade, para que possam compreender a
relevância do despertar de consciência cultural, reafirmando a exaltação dos
aspectos étnicos, sociais e culturais como agentes formadores da cultura brasileira.
− Recursos a serem utilizados:
53
− Pesquisas na internet/biblioteca sobre a cultura africana, crenças, religiões,
usos e costumes,exploração de outras fontes de pesquisas diversas como
literárias, leitura de vários tipos de textos: textos jornalísticos, literários,
poéticos, música, dança e aulas expositivas. Sendo assim, teremos
profissionais da área abordando sobre o tema, com pretensão de realização
durante o ano letivo, ou quando a escola proporcionar momentos próprios
como a realização da Semana Cultural, e/ou Concurso de Oratória, com
alunos do ensino fundamental e médio.
AVALIAÇÃO:- Apresentação da noite cultural e concurso de oratória.
3.1.3.4 Prevenção ao uso de drogas e sexualidade humana
Tema: Cidadania – formação integral
SUB - TEMA: Álcool, drogas, sexualidade, AIDS, DST
OBJETIVOS:
Desenvolver a consciência do educando sobre o conhecimento e a
valorização do seu próprio corpo, através da melhoria na qualidade de vida.
JUSTIFICATIVA:
Proporcionar melhorias na qualidade de vida, respeitando os valores éticos e
morais, onde a escola possa contribuir de forma a instrumentalizar a comunidade
escolar para o conhecimento das drogas, seus usos, benefícios e malefícios, bem
como manter uma vida saudável através da saúde corporal e mental, com
orientações também voltadas à sexualidade humana.
METODOLOGIA:
-Palestras, Depoimentos, Debates (confecção de cartazes), Teatros.
CRONOGRAMA:
MESES JUNHO AGOSTO SETEMBRO
Atividades Álcool Sexualidade
54
Drogas Aids / DST
Depoimentos
Palestras
Teatro
Palestra
Debates
Teatro
Apresentação De Trabalhos
Finalização das
atividades
AVALIAÇÃO:
Realizar debate individual (sala) onde os alunos farão uma explanação dos
resultados positivos e negativos referentes aos trabalhos realizados. Questões
objetivas onde os professores irão trabalhar em suas disciplinas obtendo o resultado
final do projeto.
3.1.3.5 Semana Cultural e Esportiva
Tema: Cidadania – formação integral
Sub - tema: Socialização, valores: respeito e disciplina, colaboração mútua.
OBJETIVOS:
- Desenvolver o respeito mútuo entre os colegas de equipes, e equipes.
• Incentivar a prática esportiva como meio da melhora da qualidade de vida.
• Desenvolver atividades que valorizam a cultura de outros povos/etnias.
JUSTIFICATIVA:
Percebemos haver preconceitos entre grupos raciais em nossa escola, então
a necessidade de desenvolver este projeto para disseminar estas ideias negativas
através do conhecimento do outro.
Notamos que nossos alunos estão ocupando seus tempos ociosos com
atividades sedentárias, nocivas à saúde e até procurando diversão através das
drogas (álcool). Este projeto incentivará para a prática sadia do esporte, percebendo
seus prazeres em exercer tal atividade, fugindo do sedentarismo e das drogas.
METODOLOGIA:
- Desenvolver as seguintes atividades físicas:
- Xadrez, voleibol, futsal, atletismo, tênis de mesa, danças em geral;
- Cada sala deverá formar sua equipe, incluindo como responsável o
professor regente e um pai;
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- A realização dos jogos se dará de acordo com as faixas etárias dos alunos:
- Quintas e sextas séries (uma categoria);
- Sétimas e oitavas séries (outra categoria);
- Ensino Médio (outra categoria);
- Cada categoria será dividida em masculino e feminino;
- Além das atividades físicas, desenvolver também as culturais:
- Danças de salão, danças da cultura africana;
- Gincana, incluindo a participação da turma com atividades (tarefas
surpresas e tarefas pré/programadas);
- A cada atividade cumprida os jogos obedecerão às seguintes pontuações:
- Xadrez convencional = 10 pontos por vitória;
- Voleibol = campeão 20 pontos, vice 10 pontos, 3º lugar e 4º lugar 5 pontos;
- Futsal = campeão 05 pontos, vice 3 pontos, 3º lugar e 4º lugar 1 ponto;
- Atletismo = corrida 100 metros 10 pontos, revezamento 20 pontos e salto em
distância 10 pontos;
- Tênis de mesa = 5 pontos;
- Dança de salão = 50 pontos;
- Dança africana = 100 pontos;
- Participação ativa de toda sala = 100 pontos;
- Grito de guerra mais criativo = 100 pontos.
CRONOGRAMA:
MESES
MODALIDADES 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
Xadrez X
Volibol X
Futsal X
Atletismo X
Tênis de mesa X
Dança de salão X
Dança africana X
56
Gincana X
AVALIAÇÃO:
Observação após cada competição, avaliando o resultado final.
Participação em maior número de atividades escrita e objetiva com enquête
para avaliação dos objetivos e finalidades conquistados.
3.2 Plano de ação do Conselho Escolar
O Conselho Escolar é o órgão colegiado composto por representantes da
comunidade escolar e local, que têm como atribuição deliberar sobre questões
político/pedagógicas, administrativas, financeiras, no âmbito da escola. Cabe ao
conselho, também, analisar as ações a empreender e os meios a utilizar para o
cumprimento das finalidades da escola. Ele representa a comunidade escolar e
local, atuando em conjunto e definindo caminhos para tomar as deliberações que
são de sua responsabilidade. Representa, assim, um lugar de participação e
decisão, um espaço de discussão, negociação e encaminhamento das demandas
educacionais, possibilitando a participação social e promovendo a gestão
democrática. Instância de discussão, acompanhamento e deliberação, na qual
procura incentivar uma cultura patrimonialista pela cultura participativa cidadã.
O Conselho Escolar é o sustentáculo do projeto político pedagógico,
representando os anseios da comunidade escolar e local, as prioridades e os
objetivos da escola e os problemas que precisam ser superados, por meio da
criação de práticas pedagógicas coletivas, onde terá a função de coordenar e
acompanhar.
O Conselho Escolar é composto pelo diretor, um representante dos
estudantes, representante de pai, professor, um membro da equipe pedagógica,
funcionário e um representante da comunidade local, com um suplente para cada
seguimento, sendo seus objetivos e finalidades expressos no estatuto do Conselho
Escolar.
O Conselho Escolar tem função:
57
- Deliberativa: decidem sobre o Projeto Político Pedagógico e outros assuntos da
escola; aprovam encaminhamentos de problemas; garantem a elaboração de
normas internas e o cumprimento das normas dos sistemas de ensino e decidem
sobre a organização e o funcionamento geral da escola, propondo à direção as
ações a serem desenvolvidas; elaboram normas internas da escola sobre questões
referentes ao seu funcionamento nos aspectos pedagógicos, administrativos ou
financeiros;
- Consultiva: quando têm caráter de assessoramento, analisando as questões
encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresenta sugestões de
soluções, que poderão ou não ser acatadas pela direção da unidade escolar;
- Fiscais: (acompanhamento e avaliação): quando acompanham a execução das
ações pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o
cumprimento das normas da escola e a qualidade social do cotidiano escolar;
- Mobilizadora: quando promove a participação, de forma integrada, dos segmentos
representativos da escola e da comunidade local em diversas atividades,
contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa e para a melhoria
da qualidade social da educação (realização de um trabalho escolar que represente,
no cotidiano vivido, crescimento intelectual, afetivo, político e social dos envolvidos,
tendo como horizonte a transformação da realidade brasileira).
São ações do Conselho Escolar:
- Elaborar o Regimento Interno do Conselho Escolar;
- Coordenar o processo de discussão, elaboração ou alteração do Regimento
Escolar;
- Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber do estudante e
valorize a cultura da comunidade local;
- Acompanhar os indicadores educacionais (abandono escolar, aprovação,
aprendizagem, entre outros), propondo quando necessário, intervenções
pedagógicas e/ou medidas sócio/educativas visando à melhoria da qualidade social
da educação escolar;
- Debater e tornar claros os objetivos e os valores a serem coletivamente assumidos,
definir prioridades, contribuir para a organização do currículo escolar e para a
58
criação de um cotidiano de reuniões de estudo e reflexão contínua, que inclua,
principalmente, a avaliação do trabalho escolar;
- Combater a improvisação e as práticas cotidianas que se mostram incompatíveis
com os objetivos e as prioridades definidas e com qualidade social da educação que
pretende alcançar;
- Estimular e desencadear uma contínua realização e avaliação do Projeto Político
Pedagógico da escola, acompanhando e interferindo nas estratégias de ação,
contribuindo para a criação de um novo cotidiano escolar, no qual, a escola e a
comunidade se identifiquem no enfrentamento não só dos desafios escolares
imediatos, mas dos graves problemas sociais vividos na realidade brasileira;
- Incentivar a criação de um ambiente que assegure as condições objetivamente
necessárias, quais sejam: professores e funcionários qualificados, infra/estrutura
necessária para um bom desempenho da unidade escolar, clima mobilizador;
- conhecer os estudantes, questionando e refletindo como a escola está trabalhando
para atendê-los; quais os dados relativos ao desempenho escolar; quais as
principais dificuldades na aprendizagem; como está sendo o trabalho dos
professores e especialistas que atuam na escola; a ação dos trabalhadores não –
docentes, a atuação dos pais ou responsáveis e seus respectivos papéis nesse
conjunto, refletindo cotidianamente, sobre a qualidade do trabalho que a escola está
realizando;
- Exercer uma ação essencialmente político – educativa;
- Deliberar sobre a gestão da unidade escolar, visando construir uma educação de
qualidade social;
• Construção, implementação e avaliação do Projeto Político Pedagógico;
• Auto/avaliação e avaliação institucional.
3.3 Plano de ação da APMF (Associação de pais, mestres e funcionários)
- Trabalhar em conjunto com os demais segmentos: família/escola/comunidade;
- Organizar atividades educativas em prol da comunidade escolar como: palestras
informativas; reuniões;
59
- Buscar parceiras junto a comunidade local/regional para o desenvolvimento de
projetos elencados de acordo com a necessidade da escola;
- Auxiliar em eventos promovidos pela escola como: Festa Junina; Baile; Rifa; Bingo
e ainda do NRE;
- Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo para a
melhoria da qualidade do ensino;
- Serão realizadas avaliações quanto aos trabalhos e atividades desenvolvidas pela
APMF, através de reuniões convocadas para este fim.
Os pais foram convidados a virem a escola para juntos elaborarem as suas
propostas, dialogarmos sobre as ações a serem feitas e discutidas. Apresentamos
para os pais toda a realidade da escola, aspectos relevantes como o espaço físico,
financeiro e humano e as necessidades que devem ser melhoradas, foi elencado
também a questão da aprendizagem dos alunos. Após essa exposição deixamos o
espaço aberto para que os mesmos dialogassem a respeito e que colocassem suas
propostas, visando principalmente a qualidade do ensino.
Transcrevemos abaixo as ideias postas nesse encontro:
- No que refere ao aluno que usa transporte escolar e não tem frequência, que haja
uma parceria entre a Secretaria de Educação no sentido de punir os faltosos com a
suspensão do transporte;
- Quanto aos pais que não participam da escola, sugerimos a obrigatoriedade de
comparecer na escola ao menos uma vez a cada bimestre;
- Organizar um abaixo assinado para cobrar das autoridades a construção de uma
quadra fechada na escola;
O que fazer?
- os alunos devem atingir 75% de frequência escolar, caso contrário será reprovado;
- As faltas devem ser justificadas com atestado médico e/ou por força maior para
que os mesmos tenham direito de fazer provas em outro momento;
- Incentivo a participação de pais e/ou responsáveis na escola;
- Melhorar o relacionamento da escola com os pais de alunos;
60
- Os pais que nunca participaram da escola devem ser convidados a participar de
promoções da escola para que haja uma maior interação entre a comunidade
escolar;
- Mural de agradecimento aos pais que participam da escola.
Financeiro:
− Cantina no espaço interno do Colégio;
− Contribuição voluntária da Comunidade Escolar, possibilitando assim apoio a
essa entidade;
− APMF, SEED e PDDE.
3.4 Plano de ação da Direção
Elaborar um plano de ação para administrar uma escola pública, leva a refletir
profundamente sobre o conhecimento da realidade e do contexto desta escola.
Fazer uma retrospectiva sobre toda experiência profissional, acumulada ao
longo da minha caminhada neste estabelecimento de ensino, dentro do processo de
organização do trabalho escolar. procura-se ver a distância entre o ponto de partida
(realidade) e o ponto de chegada (realidade a ser conquistada).
Percebe-se então quão grande é o compromisso com os alunos de uma
escola pública, os quais possuem nesta instituição, quase sempre, uma das únicas
possibilidades de acesso e apropriação do conhecimento, e que a formação
continuada de todos os segmentos da comunidade escolar constitui um pressuposto
para efetivar as transformações que se fazem necessárias para a construção
coletiva e uma educação emancipatória.
Acredita-se que atualmente, como gestor, devemos compartilhar com os
demais membros da comunidade escolar, tanto na elaboração da proposta
pedagógica e administrativa, como em sua implantação no dia-a-dia de nossa
escola, proporcionando a todos a oportunidade de exercer suas ações com
afinidades, aptidões e crescimentos, buscando priorizar o Nós e não o Eu.
61
Diante dessas reflexões nos comprometemos desenvolver o plano de ação do
Colégio Estadual José Bonifácio, o qual venha a contribuir com toda a comunidade
escolar dando ênfase em:
- Desenvolver um trabalho em conjunto com a comunidade escolar (APMF,
Conselho Escolar, Professores, Funcionários e alunos), visando o desenvolvimento
e o crescimento de nossos educandos;
- Oportunizar os professores e funcionários na participação dos cursos de
capacitação;
- Valorizar o trabalho de todos os profissionais da educação, oportunizando
encontros para que participem democraticamente do processo educativo;
- Buscar junto aos órgãos competentes, recursos para aquisição de materiais
didáticos e pedagógicos, melhoria do prédio escolar, biblioteca e laboratórios
(informática e biologia), para que o ambiente escolar seja um local onde possibilite
um aprendizado de qualidade;
- Zelar pelo patrimônio desta escola;
- Incentivar a participação de alunos e professores nas atividades educacionais
promovidas pelo NRE e SEED;
- Motivar alunos e professores para desenvolverem projetos que visem a melhoria
educacional;
- Desenvolver um trabalho integrado entre escola, NRE e SEED, cumprindo as leis e
normas que regem a educação;
- Fazer uma gestão democrática, fortalecendo o colegiado, com espaço aberto a
tomadas de decisões coletivas.
O papel fundamental da educação é criar condições político/pedagógicas ao
desenvolvimento do potencial de cada indivíduo, ajudando a torná-lo um ser humano
completo, nas dimensões sociais, afetivas e intelectuais.
Buscar com amor e compromisso ajudar na formação de nossos educandos
para que sejam capazes de construir uma sociedade melhor, mais justa e igualitária.
3.5 Plano de ação da Equipe Pedagógica
62
A finalidade do trabalho da Equipe Pedagógica é propor medidas de re-
estruturação da educação, possibilitando o progresso técnico-científico e o acesso
ao conhecimento, com o objetivo de adequar a educação às novas necessidades e
especificidades do mercado, contribuindo para que os educandos possam
desenvolver e exercer com responsabilidade suas atividades pedagógicas.
sobre a necessidade de formação humana, subsidiar os professores e
orientar os educandos para um melhor desenvolvimento pedagógico educacional,
levando assim, o aluno a buscar um conhecimento que expressa na prática os
sentimentos em relação ao outro, formando o cidadão capaz de enfrentar os
problemas da sociedade capitalista em que vivemos.
Proporcionar condições aos professores e educandos para que desenvolvam
suas práticas pedagógicas com responsabilidade e harmonia suprindo as
necessidades, visando um aprender eficiente e capaz de alcançar resultados
satisfatórios. Orientar os educandos para uma boa integração na comunidade
escolar, buscando e resgatando valores que venham contribuir para a formação
plena do ser humano, onde as diferentes personalidades sejam valorizadas e
respeitadas, formando assim, com igualdade, um cidadão crítico, criativo e atuante
na sociedade onde vive.
A equipe deve agir de modo solidário e coerente com educandos que
apresentem dificuldades de aprendizagens educacional ou disciplinares, dando aos
mesmos, oportunidades de superação, recuperando assim o seu rendimento na
aprendizagem, passando segurança, melhorando a confiança em si mesmo.
Diante do exposto propomos nossas ações enquanto equipe pedagógica:
• Coordenar a construção curricular da escola, a partir das políticas
educacionais da SEED/PR e das DCE's;
• Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para
a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;
• Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico
escolar no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação
escolar;
63
• Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os
profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
• Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do PPP e da
Proposta Curricular da escola, intervindo na elaboração do calendário letivo,
na formação de turmas, na definição e distr4ibuição do horário semanal das
aulas e disciplinas, do recreio, da hora/atividade e de outras atividades que
interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico;
• Coordenar, junto a direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a
partir de critérios legais, pedagógicos/didáticos e da proposta pedagógica da
escola;
• Acompanhar o trabalho pedagógico/didático desenvolvido na escola pelos
profissionais que nela atuam;
• Implantar mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho
pedagógico escolar pela comunidade interna e externa;
• Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o
desenvolvimento e aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme
o PPP, a Proposta curricular e o Plano de Ação da Escola e as Políticas
Educacionais da SEED;
• Participar da organização pedagógica da biblioteca da escola, assim como do
processo de aquisição de livros e periódicos;
• Orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto ao
coletivo de professores da escola, e ainda promover estudos sistemáticos,
troca de experiências, debates e oficinas pedagógicas;
• Organizar a hora/atividade dos docentes, de maneira a garantir que esse
espaço-tempo seja de reflexão/ação sobre o processo pedagógico
desenvolvido em sala de aula;
• Organizar a realização dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um
processo coletivo de reflexão/ação sobre o trabalho pedagógico, além de
coordenar a elaboração de propostas de intervenção decorrentes desse
processo;
64
• Elaboração com direção do instrumento de avaliação institucional garantindo
que todas as instâncias de trabalho desenvolvido na escola sejam avaliados
pela comunidade escolar – aplicação do instrumento – tomada de decisão a
partir do coletivo escolar;
• Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramentos do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a
comunidade escolar;
Detalhamento das Ações:
1. Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do PPP e do
Plano de Ação da escola, adequação e discussão do planejamento anual;
2. Reunir com os professores no início do ano letivo para definir
atividades/cronograma para o período de sondagem;
3. Observar os preceitos constitucionais, a Legislação Educacional em vigor
e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da prática
educativa.
4. Reunir por bimestre, juntamente com direção e docentes para planejar o
período de sondagem das atividades a serem realizadas;
5. Levantar o número de alunos com defasagem de aprendizagem e
encaminhar para a sala de apoio;
6. Viabilizar o cumprimento das reuniões bimestrais;
7. Executar e analisar junto com professores cronograma dos projetos de
natureza pedagógica a serem implantados na escola;
8. Levantar com cada professor subsídios para execução dos projetos;
9. Realizar dois eventos anuais um em cada semestre;
10. Definir e executar o cronograma de ação de acordo com o projetos de
formação continuada;
11. Combate à evasão escolar;
12. Reuniões com a Equipe;
13. Hora atividade, será feito acompanhamento das mesmas e orientações
caso haja necessidade;
65
14. Avaliação Institucional;
Cronograma da Ações:
Nº FEV. MAR. ABR. MAIO JUN. JUL. AGOS.
SET. OUT. NOV. DEZ.
1 X X2 X3 X X4 X5 X X6 X X X X7 X X X X X8 X X9 X X10 X X X11 X X X X X12 X X X X13 X X X X X X X X X X X14 X X X X X X
OBJETIVO GERAL
Garantir a execução de todas as ações previstas de maneira que venha
desenvolver no aluno o conhecimento de suas capacidades afetivas, físicas e
cognitivas para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da
cidadania.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Acompanhar com o professor o planejamento anual;
• Definir e aplicar as ações já definidas no início do ano letivo;
• Orientar o professor na elaboração do planejamento diário;
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• Encaminhar os alunos com defasagem de aprendizagem para avaliação,
quando se fizer necessário;
• Sensibilizar os pais quanto ao seu compromisso na aprendizagem de seu
filho;
• Auxiliar os professores no desenvolvimento dos projetos;
• Realizar eventos que proporcionam a visita da família na escola;
• Realizar encontros de formação continuada para a troca de experiências;
• Acompanhar o desenvolvimento da formação continuada na sala de aula;
• Estudo e adequação do PPP de acordo com as mudanças das leis
educacionais;
• Viabilizar o cumprimento de reuniões bimestrais;
Na última semana do ano letivo realizaremos a última reunião pedagógica,
onde os professores receberão um questionário de avaliação do ano letivo.
O instrumento de avaliação contemplará todas as ações definidas no plano
de ação. Os resultados das análises dos instrumentos servirão como fonte para o
replanejamento do próximo ano.
3.6 Plano de ação da Hora Atividade
A hora atividade é uma conquista dos educadores do Estado do Paraná, a
qual tem por finalidade a administração do tempo escolar para os avanços nas
práticas pedagógicas. Momento privilegiado ao educador para estudar, preparar
suas aulas, e estar em contato com novas metodologias de ensino visando a
aprendizagem escolar.
Neste ano letivo de 2010 acompanharemos o desenvolvimento da hora
atividade, com vistas a estabelecer uma dinâmica de trabalho interdisciplinar bem
como, o espaço para leituras, estudos e desenvolvimento de práticas de
atendimento ao aluno, onde o docente terá a liberdade de organizar seu tempo para
melhor encaminhar suas atividades em sala de aula. Nesse momento da hora-
atividade, será também um momento para troca de experiências entre os docentes,
privilegiando o encontro dos profissionais da mesma área e disciplina de atuação.
67
3.7 Plano de ação dos Funcionários
Os Agentes Educacionais I e II, assumem um papel importante, quando
decidem fazer parte da Gestão Democrática da escola.
Na escola, a função dos Agentes Educacionais I e II não é apenas servir de
apoio ao processo educacional, mas sim contribuir para a aprendizagem dos alunos,
cada um em sua função. Para tanto precisamos ter conhecimento do Regimento
Escolar, Regimento Interno, das Leis que regulamentam a vida legal dos alunos, das
Leis que regem e dispõem sobre nossa função dentro da escola e do próprio Projeto
Político Pedagógico.
Para estarmos conscientes sobre nossas funções e para poder realizar nosso
trabalho da maneira mais efetiva, devemos participar das Semanas de Capacitação
que são oferecidas na escola, dos Grupos de Estudo que são oferecidos pela
Secretaria de Educação, dos cursos como o NRE Itinerante, que são oferecidos pela
Secretaria de Educação através do Núcleo Regional de Educação.
Os Agentes Educacionais I, que já foram chamados de Auxiliar de Serviços
Gerais devem realizar reuniões entre seus pares e com a direção escolar para
definir a organização do trabalho, repassando as condições de trabalho e materiais
necessários para o cumprimento das funções
Os Agentes Educacionais II, que trabalham na área administrativa da escola,
devem fazer periodicamente reuniões para atualização das leis pertinentes ao
Sistema Estadual de Ensino, para avaliação do trabalho realizado e também
reuniões com a direção escolar para planejamento das atividades desenvolvidas.
1 OBJETIVOS
1.1 Objetivos Gerais:
1.1.1 Estabelecer um bom relacionamento entre funcionários, professores e alunos,
para facilitar o trabalho em equipe.
1.1.2 Prestar atendimento de qualidade à comunidade escolar, alunos, professores,
Direção, Equipe pedagógica, NRE e a todos mais que necessitarem de auxílio no
que estiver no âmbito dos funcionários.
68
1.2 Objetivos Específicos:
1.2.1 Organizar a legislação básica, os amparos legais, leis, decretos, resoluções,
pareceres, deliberações federal e estadual, que possam subsidiar ações
pedagógicas e administrativas;
1.2.2 Refletir sobre a importância do funcionário, para o bom desempenho do
Estabelecimento;
1.2.3 Estar ciente de seu papel de educador, trabalhando com alunos;
1.2.4 Interagir com os professores, equipe pedagógica e demais funcionários, com o
objetivo de cumprir todas as tarefas necessárias;
1.2.5 Cumprir horários e estar informado sobre as atividades realizadas pelos
alunos.
2 PRINCÍPIOS ORIENTADORES
Os funcionários têm seu princípio orientador baseado, na documentação
escolar, prestação de suporte aos professores, equipe pedagógica e direção, sendo
responsável por toda parte burocrática. Atendendo os alunos em suas
necessidades, como: biblioteca, atestados, transferências etc.
Devem atender e servir a comunidade em suas visitas a escola e cuidar para
a boa apresentação da escola e dos bens que nela se encontram.
3 AÇÕES, DETALHAMENTOS E CONDIÇÕES
3.1 Agente Educacional I (Funcionários Serviços Gerais)
3.1.1 Estar atento na elaboração do cardápio, na higiene e preparação da merenda
escolar, cuidando para que a mesma seja servida dentro do horário estipulado.
3.1.2 Atender os alunos enquanto no pátio, e cuidar para que não entre pessoas
estranhas nas dependências do Colégio sem a prévia autorização.
3.2 Agente Educacional II (Funcionários Administrativos)
3.2.1 Na biblioteca: arrumação, seleção dos livros e prestar auxilio ao aluno e
comunidade nas pesquisas em geral.
3.2.2 Ter em mãos em tempo hábil toda a documentação solicitada pela direção,
pedagogos e alunos, tendo em vista que os documentos devem estar arrumados de
maneira a facilitar esse trabalho.
69
3.2.3 Atender as solicitações NRE, e repassá-las na íntegra aos demais, sempre que
necessário.
3.2.4 Trabalhar em conjunto com a comunidade escolar, na preparação dos eventos
escolares.
4 COMPETÊNCIA DA EQUIPE DE AGENTE EDUCACIONAL I
O Agente Educacional I tem a seu encargo os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar,
sendo coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
4.1 Compete ao Agente Educacional I que atua na limpeza, organização e
preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:
• zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as nor-
mas estabelecidas na legislação sanitária vigente;
• utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com
antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
• zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregula-
ridade à direção;
• auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de
início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estu-
dantes, quando solicitado pela direção;
• atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especi-
ais temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de hi-
giene e de alimentação;
• auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, anda-
dores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a partici-
pação no ambiente escolar;
• auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimen-
tação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e
as correspondentes ao uso do banheiro;
• auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas ativi-
dades escolares;
70
• cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respei-
tado o seu período de férias;
• participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciati-
va própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
• coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o
devido destino, conforme exigências sanitárias;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus cole-
gas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade esco-
lar;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
4.2 São atribuições do Agente Educacional I, que atua na cozinha do
estabelecimento de ensino:
• zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo
as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
• selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de
qualidade nutricional;
• servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segu-
rança;
• informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposi-
ção do estoque da merenda escolar;
• conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda
escolar, conforme legislação sanitária em vigor;
• zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da
merenda escolar;
• receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozi-
nha e da merenda escolar;
71
• cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respei-
tado o seu período de férias;
• participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciati-
va própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
• auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer ne-
cessário;
• respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de prepa-
ração ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus cole-
gas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade esco-
lar;
• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as es-
pecíficas da sua função.
4.3 São atribuições do Agente Educacional I que atua na área de vigilância da
movimentação dos alunos nos espaços escolares:
• coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término
dos períodos de atividades escolares;
• zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as nor-
mas disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabeleci-
mento de ensino;
• comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segu-
rança dos alunos;
• controlar e acompanhar a entrada de pessoas estranhas sem
• autorização no prédio e áreas adjacentes;
• percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alu-
nos quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;
• encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que
necessitarem de orientação ou atendimento;
72
• observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregulari-
dades;
• acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando
se fizer necessário;
• auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de
comunicados no âmbito escolar;
• cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respei-
tado o seu período de férias;
• participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciati-
va própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
• zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e mate-
riais didático - pedagógicos;
• auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de
equipamentos e materiais didático - pedagógicos;
• atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à
estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus cole-
gas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade esco-
lar;
• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as es-
pecíficas da sua função.
5 COMPETÊNCIA DA EQUIPE DE AGENTES EDUCACIONAIS II
A função dos Agentes Educacionais II é exercida por profissionais que atuam
nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento
de ensino.
73
O Agente Educacional II que atua na secretaria como secretário(a) escolar é
indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,
conforme normas da SEED.
O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.
5.1 Compete ao Secretário Escolar:
• conhecer o Projeto Político - Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da
SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimen-
to de ensino;
• distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais Agen-
tes Educacionais II;
• receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
• organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instru-
ções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
• efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de curso;
• elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminha-
dos às autoridades competentes;
• encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
• organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de
forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regulari-
dade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
• responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do alu-
no, respondendo por qualquer irregularidade;
• manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatiza-
do;
• organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da
escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
• atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando infor-
mações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funciona-
74
mento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento
Escolar;
• zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da se-
cretaria;
• orientar os professores quanto ao prazo de entrega e recolhimento do Livro
Registro de Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento es-
colar dos alunos;
• cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas
da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
• registrar nos livros registros de classe, a movimentação de remanejamento,
transferências recebidas e expedidas durante todo o ano letivo;
• organizar o livro - ponto de professores e funcionários, encaminhando ao se-
tor competente a sua freqüência, em formulário próprio;
• secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
• conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
• comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por inicia-
tiva própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáti-
cos;
• fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,
quando solicitado;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus cole-
gas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade esco-
lar;
75
• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as es-
pecíficas da sua função.
5.2 Compete aos Agentes Educacionais II que atuam na secretaria dos
estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):
• cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria,
quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,
necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
• atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações
e orientações;
• cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por inicia-
tiva própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações
sobre os mesmos a quem de direito;
• organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu
setor;
• efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
• organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da
escola;
• classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando
a movimentação de expedientes;
• realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial
do estabelecimento, sempre que solicitado;
• coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
• executar trabalho de mecanografia, e reprografia;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
76
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus cole-
gas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade esco-
lar;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
5.3 Compete ao Agente Educacional II que atua na biblioteca escolar, indicado pela
direção do estabelecimento de ensino:
• cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando or-
ganização e funcionamento;
• atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo
de livros, de acordo com Regulamento próprio;
• auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta peda-
gógica curricular do estabelecimento de ensino;
• auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, en-
tre outros;
• encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das neces-
sidades indicadas pelos usuários;
• zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
• registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
• receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da bibli-
oteca;
• manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando
pela sua manutenção;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por inicia-
tiva própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
77
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus cole-
gas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade esco-
lar;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
3.8 Plano de ação dos Educandos
A partir de diálogos/debates com os alunos do ensino fundamental e médio,
estabelecemos como metas o investimento em ações que contribuam para o
desenvolvimento de práticas de hábitos de estudo, determinando momentos
específicos para estudo em casa; motivação e responsabilidade pessoal para que o
processo de aprendizagem se efetive de forma satisfatória tanto da parte do
educador como do educando; maior incentivo ao apoio e participação dos pais com
relação à vida escolar de seus filhos.
1 – ÁREAS DE AÇÃO:
- Trabalho educativo de conscientização junto aos alunos quanto a importância da
disciplina para hábitos de estudo (horários pré-determinados); a partir de leituras de
textos informativos, vídeos, bibliografias, palestras aos pais/alunos entre outros;
2 – Temas que serão incluídos nas Propostas Pedagógicas Curriculares:;
− Semana Bonifácio – Semana cultural e esportiva;
− Cultura Afro-brasileira e Africana
− Agenda 21 – Meio Ambiente – Rio Bandeira;
− Consciência – Cidadania e Direitos Humanos;
− Gênero e Diversidade Sexual
− Prevenção ao uso indevido de drogas.
3 – NÍVEIS DOS ESTUDANTES ENVOLVIDOS:
• Ensino fundamental (5ª a 8ª Séries) e Ensino Médio
– AÇÕES PREVISTAS:
Em função do diagnóstico levantado, as ações previstas serão executados no
decorrer do período letivo, envolvendo todos os segmentos da escola, onde se
espera que os resultados sejam alcançados de forma positiva, modificando a prática
78
pedagógica tanto de educando quanto educadores, através das ações
interdisciplinares.
5 – PARCERIAS:
Pais, Conselho Tutelar, Pastorais das Igrejas, Prefeitura Municipal através de
suas secretarias, NRE, EMATER/IAP, SANEPAR, COPEL, COOPERATIVAS
AGRÍCOLAS, EMPRESAS LOCAIS;
6 – RESULTADOS ESPERADOS:
Que haja mudança de postura de conceitos quanto à formação de hábitos de
estudo, de responsabilidade, conhecimento e respeito da cultura Afro-brasileira e
Africana, reconhecimento e preservação do Rio Bandeira; vivência da cidadania
plena através do projeto Consciência. Os projetos visam uma ação cooperativa de
toda a comunidade escolar.
7 – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO:
Através da participação efetiva e interesse demonstrado pelos alunos, pelo
envolvimento da escola como um todo.
3.9 Plano de Ação para a Inclusão – Educação Especial
Nos últimos anos, teoricamente a Educação Especial, vem ganhando espaço
na sociedade, rompendo com as tradicionais práticas segregativas e adotando
procedimentos que contribuem para a garantia dos direitos, possibilitando a
participação da pessoa com deficiência em seu meio como sujeito ativo e
participativo. Temos claro que é responsabilidade de todos o desenvolvimento de
práticas que contemplem com programas de apoio para os educandos, seus
educadores e família para os desafios da aprendizagem escolar.
Entendemos que é necessário a capacitação docente para as adaptações
curriculares, reconhecendo a diversidade e assim desenvolver um trabalho
pedagógico comprometido com a aprendizagem coletiva.
A escola precisa ser adaptada eliminando as barreiras arquitetônicas para a
livre locomoção e acesso dessas crianças de acordo com a necessidade de cada
uma.
79
No entanto percebemos a necessidade de buscar adaptação de recursos
materiais e físicos para serem utilizados pelos professores para melhor
desenvolvimento dos mesmos. A diferença do trabalho de sala de aula dentro de um parâmetro curricular
comum ajudará a escola a responder as necessidades de aprendizagem de todos os
alunos e constitui o difícil caminho da inclusão. Portanto, a escola deve criar
condições de adequações as necessidades do aluno, cada um com suas
peculiaridades, isto é, atender a diversidade que se apresenta na sala de aula.
Isso nos faz repensar que é necessário urgentemente as práticas, currículos e
programas para melhorar ou implantar definitivamente uma educação que atenda as
perspectivas dos sujeitos respeitando as suas capacidades físicas, motoras ou
intelectuais. A avaliação escolar deve ser repensada com vistas a atender a
aprendizagem de todos os alunos, de forma que o processo ensino aprendizagem
não seja marcado por uma lógica excludente, portanto deve levar em consideração a
motivação do aluno, seu deslocamento social dentro da própria escola, evitando o
abandono e a evasão, que vão, muitas vezes culminar com a exclusão social.
No Colégio Estadual José Bonifácio, os alunos com necessidades
educacionais especiais vem sendo atendidos desde o ano de 2005. Entretanto este
atendimento até então não havia recebido a diferenciação necessária. O
atendimento é na forma de Sala de Recursos Multifuncionais (AEE); Atendimento
Educacional Especializado, as quais trabalham com as áreas de deficiência mental e
distúrbios de aprendizagem.
Segundo a Deliberação Nº 02/03, do Conselho Estadual de Educação e a
Instrução Nº 05/2004, da Secretaria de Estado da Educação, a sala de recursos é
um serviço de apoio pedagógico especializado, no qual o professor realiza a
complementação ou suplementação curricular, usando procedimentos e materiais
específicos. Trata de um serviço de apoio especializado para alunos de 5ª a 8ª série,
ofertado no período contrario daquele em que o aluno frequenta na Classe Comum,
com professor especialista em Educação Especial, onde o atendimento pedagógico
se dá individualmente ou em pequenos grupos, com cronograma de atendimento
onde possa ocorrer o processo da aprendizagem.
80
O atendimento no programa pode se estender para alunos de escolas
próximas nas quais ainda não exista sala de recursos.
Entendemos que o trabalho realizado nas salas de recursos deve ser o de
suplementar, aprofundar, enriquecer o currículo e complementar o atendimento
educacional.
A filosofia do trabalho na Sala de Recursos está calcada no respeito as
diferenças individuais, bem como no direito de cada um ter oportunidades iguais.
Para assegurar esse direito e seguindo as Linhas Pragmáticas do Ministério da
Educação e Cultura – MEC, que se destina a crianças na faixa etária com sete anos
em diante, que dizem respeito as áreas de desenvolvimento infantil a serem
trabalhadas com vista ao progresso global dos alunos.
A sala de Recursos no momento está atendendo 24 alunos, segundo um
cronograma preestabelecido e amparado na instrução nº 05/04, a qual propõe que o
trabalho seja realizado pelo discente com grupos. Dessa forma, procuramos
trabalhar com um grupo de 10 e outro com 11 alunos, com atendimento
individualizado a cada educando, com atividades diferenciadas, levando em
consideração as especificidades de cada um.
Encontra no processo de inclusão 2 alunos surdos, atendidos no CAES
(Centro de Atendimento Especializado na Área da Surdez), 5 alunos com deficiência
intelectual e 19 alunos com distúrbios de aprendizagem, alunos provenientes de
classes especiais, recebendo atendimento na sala de recursos e sala de apoio. De
acordo com as Diretrizes Nacionais a sala de recurso é um serviço de apoio
pedagógico especializado, em que o professor realiza a complementação curricular,
usando procedimentos e materiais específicos. As atividades realizadas são de
acordo com o desenvolvimento e a especificidade de cada educando, conforme as
áreas do desenvolvimento: área motora, área cognitiva e área afetiva emocional,
sendo essas desenvolvidas e acompanhadas em forma de relatórios encaminhados
ao NRE, semestralmente. A articulação entre os professores é realizada através de
conversas nos conselhos de classe, nos quais se orienta sobre o desenvolvimento
dos alunos, bem como sistema de avaliação e atividades diferenciadas.
Desta forma, orientamos os educadores para as seguintes observações aos
alunos incluídos em salas regulares:
81
3.9.1 Deficiência auditiva
Deficiência auditiva, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir,
isto é, um indivíduo que apresente um problema auditivo. A deficiência auditiva é
uma das deficiências contempladas e integradas nas necessidades educativas
especiais, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir, isto é, um
indivíduo que apresente um problema auditivo.
Por sua vez, a deficiência auditiva é um défice adquirido, ou seja, é quando se
nasce com uma audição perfeita e que, devido a lesões ou doenças, a perde.
Nestas situações, na maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a se comunicar
oralmente. Porém, ao adquirir esta deficiência, vai ter de aprender a comunicar de
outra forma.
Em certos casos, a pessoa pode dispor do uso de aparelhos auditivos ou a
intervenções cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a fim de
minimizar ou corrigir o problema.
Tipos de deficiência auditiva:
• Deficiência Auditiva Condutiva
• Deficiência Auditiva Sensório-Neural
• Deficiência Auditiva Mista
• Deficiência Auditiva Central / Disfunção Auditiva Central / Surdez Central
Mesmo com o avanço da sociedade, ainda hoje, crianças e jovens sofrem
preconceito e enfrentam problemas por serem deficientes auditivos e precisarem
usar aparelhos para a correção da perda de audição. Nesse sentido, é importante
que o professor tenha conhecimento sobre o que é deficiência auditiva e quais as
suas possíveis implicações para a criança. Na sala de aula, o aluno deficiente
auditivo deve sentar nas primeiras fileiras, de forma que possa enxergar o professor
de frente. O Docente deve também informar, preparar e conscientizar sobre a
questão da deficiência auditiva, preparando a turma sobre essa questão para que
possam conviver com a diferença de forma natural.
82
A política de inclusão se deve ao fato dos alunos com necessidades
especiais encontrarem modelos positivos nos colegas e assim poderem contar com
assistência por parte dos colegas, sendo que cresce e aprende a viver em
ambientes integrados, podendo requerer dele a satisfação de suas necessidades
educacionais, sociais e culturais.
Considerando que a meta atual da educação para os alunos com
necessidades especiais com deficiência auditiva passou a enfocar também os
aspectos acadêmicos e linguísticos, as diretrizes que têm sido traçadas conduzem
às seguintes conclusões:
- a educação de surdos deve acontecer, preferencialmente, na rede regular
de ensino;
- o conteúdo programático a ser desenvolvido é o mesmo do ensino regular;
- a orientação educacional permite o acesso, pelo aluno, a duas línguas: a
língua de sinais brasileira e a língua portuguesa;
- a reabilitação é parte do aprendizado de língua portuguesa, em sua
modalidade oral, própria, principalmente, para o caso de alunos que iniciaram sua
educação na faixa etária de zero há seis anos;
- a aprendizagem da modalidade oral e principalmente da modalidade
escrita do português constitui tarefa cotidiana dos professores da classe especial, da
sala de recursos e de classe comum do ensino regular.
No ano de 2010, está incluído dois alunos surdos no sistema regular de
Ensino Médio e sua integração representa um processo individual (para o aluno) e
acarreta uma reorganização institucional (para a escola), portanto se faz necessário
estabelecer, neste momento oportuno, o assessoramento pedagógico, visto que não
dispõe de interprete e que sua aprendizagem está diretamente relacionada às ações
desencadeadas no processo de ensino, através da revisão, reorganização e re-
estruturação dos encaminhamentos metodológicos pertinentes à classe comum do
Ensino Regular.
Recomendamos ao professor que desenvolva o processo ensino/
aprendizagem com o aluno surdo, adotando a mesma proposta curricular do ensino
regular, com adaptações que possibilitem:
83
- O acesso ao currículo, utilizando sistemas de comunicação alternativa, como a
Língua Brasileira de Sinais, a mímica, o desenho, a expressão corporal;
- A utilização de técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliações compatíveis
com as necessidades do aluno surdo, sem alterar os objetivos da avaliação e o seu
conteúdo, como, por exemplo, maior valorização do conteúdo em detrimento da
forma da mensagem expressa;
- A supressão de atividades que não possam ser alcançadas pelo aluno surdo,
devido à sua deficiência, é subsidiada por outras mais acessíveis, significativas e
básicas. Por exemplo: O “ditado” cujo objetivo para os alunos ouvintes, é verificar a
ortografia das palavras, transformando em “teste de leitura labial”. Porém, não se
justifica a eliminação de conteúdos curriculares.
- Os alunos com deficiência auditiva devem ficar sempre na primeira fila na sala de
aula. Se possível, o aluno deve utilizar um recurso acústico (Prótese Auditiva e/ ou
Sistema de FM), para ampliar o som da sala;
- Há alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios. Assim, o professor e os
colegas devem falar o mais claramente possível, evitando estar de costas enquanto
fala. É extremamente difícil para estes alunos anotarem nas aulas, durante a
exposição oral da matéria, principalmente aqueles que fazem leitura labial enquanto
o professor fala;
- É sempre útil fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma
lista da terminologia técnica utilizada na disciplina, para o aluno tomar conhecimento
das palavras e do conteúdo da aula a ser lecionada. Pode também estar incluído na
sala de aula um intérprete, para esses educandos (uso de linguagem de sinais);
- Este estudante poderá necessitar de tempo extra para responder aos testes;
- O professor deve falar com naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz;
- O professor deve evitar estar em frente à janela ou outras fontes de luz, pois o
reflexo pode obstruir a visão;
- Quando falar, não bloquear a área à volta da boca;
- Quando utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, como: TV
pendrive, mapas, globos, cartazes, entre outros. O professor deve primeiro expor os
materiais para então só depois explicar ou vice-versa (ex. escreva o exercício no
quadro ou no caderno e explique depois e não simultaneamente);
84
- Repita as questões ou comentários durante a discussão ou conversas e indique
(por gestos) quem está a falar, para uma melhor compreensão por parte do aluno;
- Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para
assegurar que foram entendidas;
- Durante os exames, o aluno deverá ocupar um lugar na fila da frente para melhor
ouvir esclarecimentos do docente. Um pequeno toque no ombro do aluno poderá ser
um bom sistema para lhe chamar a atenção, antes de fazer um esclarecimento.
3.9.2. Deficiência física
É uma variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em
termos de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala, como decorrência de
lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou ainda, de más - formações
congênitas ou adquiridas.
A escola recebendo aluno com deficiência física em classe comum, o docente
deve refletir sobre os seguintes aspectos:
− Uma pessoa sentada, ficar olhando para cima por muito tempo, se torna
incomodo. Portanto, ao dialogar com uma pessoa que usa cadeira de rodas
por um período longo, se torna cansativo, lembre de sentar, para que ambos
fiquem com os olhos no mesmo nível;
− Ao acompanhar uma pessoa deficiente que anda devagar, com auxílio ou não
de aparelhos ou bengalas, para que ela não se esforce para acompanhá-lo;
− Uma tentativa de ajuda inadequada pode até causar acidentes. Pergunte e
saberá como agir e não se ofenda se a sua ajuda não for necessária;
− Trate naturalmente, converse com naturalidade, fale a respeito de todos os
assuntos, mesmo aqueles em que o deficiente não pode atuar fisicamente,
como algumas modalidades esportivas, danças, etc...;
− Olhe nos olhos, nunca converse ao lado da pessoa ou atrás, pelas costas,
fora da linha de visão;
− Não tente ajudar o deficiente sem que ele peça ajuda - "Não avance o sinal" -
isso pode significar pena ou super proteção; nunca empurre sua cadeira de
rodas, sem que ele peça, nunca pegue ou mexa em sua cadeira de rodas
85
sem seu consentimento, a não ser que você tenha uma grande proximidade
pessoal ou uma relação estreita, não pegue no braço de alguém usando
bengalas, muletas ou andadores, pois isso poderá fazer com que ele caia;
− Quando o deficiente estiver acompanhado por uma ou mais pessoas e você
pretender perguntar algo a ele, dirija a palavra diretamente a ele, nunca
pergunte sobre ele para pessoas que o estão acompanhando;
− Caso tenha curiosidade sobre o defeito físico, pergunte com naturalidade,
sem ficar se lamentando sobre o que gerou o defeito físico ou o que isso traz
de dificuldades no dia a dia, porque, só assim, a sociedade ficará esclarecida
e informada sobre o assunto, diminuindo o preconceito, a discriminação e
quebrando tabus e inverdades;
− Caso queira convidar o deficiente para visitar algum lugar, eventos sociais,
restaurantes, cinemas, viagens, etc, nunca diga que o lugar é impossível para
ele ir. Se conhecer o local, o acesso, explique quais são as dificuldades,
facilidades e dê a sugestão de pesquisar sobre os assuntos, para que ele
analise os prós e contras e decida o que fazer, sem causar transtornos a ele e
às pessoas que o cercam.
3.9.3. Sala de Apoio
A finalidade de se trabalhar em sala de apoio na escola se justifica na medida
em que se encontra dificuldades nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, nas turmas regulares de 5ª séries.
Segundo a instrução 022/2008 da Secretaria de Estado da Educação,
baseada na resolução nº 371/2008, a Sala de Apoio tem por objetivo trabalhar as
dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem
como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e
elementares, por meio de atividades diferenciadas e significativas oferecidas no
contraturno.
A Escola como um todo está sempre em constante renovação, na busca de
um ensino de qualidade e nesse sentido a sala de apoio pretende levar o aluno a
desenvolver a capacidade de comunicação de ideias, descrever, representar e
86
apresentar resultados com precisão e ainda o acesso aos saberes linguísticos,
aperfeiçoar conhecimentos, valores e trabalhar cooperativamente, respeitando o
modo de pensar e agir dos colegas. Identificar os conhecimentos da língua materna
e cálculos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e
perceber o caráter intelectual. Selecionar, organizar e produzir informações
relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente.
O aluno da Sala de Apoio à Aprendizagem não tem um período definido para
frequentar essa turma no contraturno. Por isso, tão logo o professor detecte que
suas dificuldades foram sanadas, o aluno continuará estudando Matemática,
apenas na turma regular e outro colega que apresente dificuldades em Matemática
poderá ocupar o seu lugar.
AVALIAÇÃOA Sala de Apoio à Aprendizagem tem uma característica própria que que é a
de buscar “preencher as lacunas” que o aluno trouxe das séries iniciais. Portanto, a
avaliação deverá contar além de tudo com a sensibilidade do professor em sua
avaliação da aprendizagem do aluno, sendo essas, realizadas de maneira constante
e cumulativa.
Os critérios para a avaliação, levarão em consideração o desenvolvimento
processual do aluno frente os objetivos propostos do ensino e a avaliação envolverá
todos os participantes do processo de ensino e aprendizagem.
Tendo em vista a observação para a intervenção no processo de
aprendizagem serão utilizados diversos instrumentos, entre estes: observação pela
professora na oralidade, escrita, leitura e cálculos para superação das dificuldades
diagnosticadas.
Diante dos resultados encontrados se estabelecerá estratégias de intervenção
visando o desempenho satisfatório do aluno.
A escola com sua equipe pedagógica manterá assessoria e organização das
decisões e metas diante dos encaminhamentos e ações estabelecidas.
3.10 Desafios Educacionais Contemporâneos
87
Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem uma
historicidade, por vezes fruto das contradições da sociedade capitalista, outras
vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e, por isso, prementes na
sociedade contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois
estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades de
educandos e educadores.
A abordagem pedagógica desses assuntos, a partir dos conteúdos
escolares e da apropriação dos conhecimentos sistematizados, visa propiciar o
resgate da função social da escola.
– Educação AmbientalVisa implementar a Lei 9.795/99 e promover o desenvolvimento da
Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de busca de
informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de
vida e para a compreensão das relações entre o ser humano e o meio bio-físico,
bem como para os problemas relacionados a estes fatores. Assim como, subsidiar
os educadores para que, a partir de uma compreensão crítica e histórica das
questões relacionadas ao meio ambiente, possam por meio do tratamento
pedagógico e orientados pelas Diretrizes Curriculares, construir a identidade da
Educação Ambiental na escola pública.
3.11 Enfrentamento à Violência
Visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a
violência e, assim, transformar a escola em espaço onde o conhecimento toma o
lugar da força. O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada
dos profissionais da educação sobre as causas da violência e suas manifestações,
bem como material de apoio didático/pedagógico, como os cadernos temáticos e
grupos de estudos. Ainda com vistas a construir suportes que viabilizem o
Enfrentamento à Violência nas Escolas, buscamos parcerias com a comunidade no
sentido de trazer profissionais habilitados para que tragam informações/palestras e
orientação sobre esse tema.
88
3.12 Prevenção ao uso indevido de drogas
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que
requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de
pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais.
Por meio da busca do conhecimento, educadores e educandos são instigados
a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio
educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso
cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário
de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.
3.13 Sexualidade
A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e cultural,
precisa ser discutida na escola, espaço privilegiado para o tratamento pedagógico
desse desafio educacional contemporâneo. O trabalho educativo com a Sexualidade
insere-se nas diversas disciplinas do currículo por meio dos conteúdos elencados
nas Diretrizes Curriculares Estaduais. Essa perspectiva considera os referenciais de
classe, raça/etnia, gênero e diversidade sexual. O desafio é subsidiar
teórico/metodologicamente os professores, por meio da formação continuada e da
produção de materiais de apoio pedagógico.
3.14 Educação Fiscal
A Educação Fiscal objetiva despertar a consciência e o fortalecimento do
pleno exercício da cidadania aos estudantes, sobre direitos e deveres em relação ao
valor social dos tributos e do controle social de estado democrático; promovendo o
intercâmbio de experiências, para que ocorra o fortalecimento da participação dos
municípios na execução do Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), de
forma ética e democrática, contribuindo para o pleno exercício da cidadania, com
vistas à justiça social e ao bem comum.
3.15 História e Cultura Afro-brasileira e Africana
89
Busca promover o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da
população paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas
ao lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir do ensino de História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena e tem por objetivos desenvolver ações de
formação continuada para os educadores, produzir material didático/pedagógico
para subsidiar a comunidade escolar, bem como promover o diálogo permanente
com as Secretarias Estaduais e Municipais, grupos e entidades representativas
dessas discussões. Portanto faz-se necessário o trabalho da Lei 10.639/03, para a
consolidação das Diretrizes Curriculares Nacionais das Relações Étnico-Raciais,
principalmente para o Ensino da História.
3.16 Estudos sobre o Estado do Paraná
Paraná: Um Estado em DesenvolvimentoO Estado do Paraná integra a Região Sul do Brasil. Sua ocupação,
inicialmente, deu-se no Centro-Leste, sendo as regiões Oeste, Sudoeste, Norte e
Noroeste de ocupação mais recente. A economia do Paraná, originalmente
extrativista, migrou para a agricultura e atualmente vive um processo gradual de
industrialização.
Assim como o Brasil, o Paraná revela grande diversidade cultural e social,
alguns polos urbanos modernos contrastam com áreas ainda baseadas quase
exclusivamente na economia rural. Políticas verticalizadas, partindo da capital,
muitas vezes impedem a organização e desenvolvimento de regiões menos
privilegiadas, assim como a concentração de recursos públicos nas áreas mais
representativas politicamente impedem um desenvolvimento mais homogêneo da
economia e de setores que beneficiam a qualidade de vida, como a saúde e a
educação.
Alguns fatores positivos, no entanto, potencializam as perspectivas de
melhorias, como as Universidades Estaduais presentes nas diferentes regiões e a
instituição da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Um investimento maior
na valorização do Magistério Público Estadual, a regularização da condição dos
funcionários de escolas em concursos públicos; também podem ser apontados como
90
iniciativas positivas nas melhorias do sistema educacional estadual. Porém ainda há
muito a ser feito, especialmente no que tange à qualidade do ensino, já que o
problema quantitativo vem sendo superado.
3.17 Plano de Ação de Formação Continuada
Na condição de profissionais da educação sabemos que a sociedade atual se
encontra em constante evolução tecnológica, necessitando de contínua procura de
informações para os avanços profissionais, uma vez que essas estão disponíveis
aos alunos, em bibliotecas públicas, laboratórios de informática, mídia (revistas,
jornais, televisão, rádio, Internet), ficando a cargo dos profissionais da educação
fazer bom uso dos mesmos. Para tanto deve buscar a sua atualização através da
capacitação continuada.
A formação continuada deverá proporcionar aos professores e funcionários a
comunicação, a interação, a produção e a validação de conhecimentos inerentes a
prática pedagógica na Educação Básica. Ao levar em conta as políticas
educacionais, as práticas docentes em consonância com o desenvolvimento
sócio/econômico, político e cultural da comunidade escolar, no contexto tecnológico
da sociedade contemporânea no decorrer de cada ano letivo.
Propomos a criação de espaços para atualização, trocas de experiências,
discussões frente aos programas curriculares e as necessidades decorrentes do
processo pedagógico, leituras, reflexões e tomadas de decisões na instância
escolar.
A capacitação continuada se realizará na forma de: grupo de estudos, por
área do conhecimento e temas afins da educação; momentos coletivos para reflexão
da prática pedagógica e troca de experiências: em reuniões pedagógicas, e hora
atividade; incentivo a participação em cursos oferecidos em nível de extensão
universitária; participação em cursos, simpósios seminários oferecidos pela SEED;
estudos para práticas de inclusão através dos debates sobre adaptações
curriculares de pequeno porte; buscas para realimentar no coletivo educacional, o
projeto político pedagógico com o objetivo de avaliar e readequar levando em conta
91
a realidade da escola; organização da hora atividade, através de estudos,
planejamentos com acompanhamento da equipe pedagógica.
3.18 Concepção de avaliação
Segundo Jansem Felipe da Silva, (2006) “a avaliação não é um processo em
si mesmo, não é um fim, mas um meio articulado ao planejamento, ao ensino e
aprendizagem, que procura informar como os objetivos do trabalho pedagógico
estão se concretizando, tendo como referência às necessidades, sócio educativa
dos aprendentes”.
A avaliação da aprendizagem será feita, principalmente com base nos
aspectos qualitativos, pelo desempenho cognitivo, através do desenvolvimento
seguro da capacidade de expressar suas opiniões assumindo responsabilidades, da
capacidade de posicionar se, e tomar decisão perante os fatos, avaliação entendida
como uma trilha para a construção do conhecimento. O domínio dos conteúdos
trabalhados mediante o pleno domínio da leitura, da escrita, do cálculo, da
compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias, das
artes e valores, de modo que os alunos sejam capazes de interferir criticamente na
realidade para transformá la, expressando capacidade para resolver problemas,
estar preparado para aprender sempre, o desenvolvimento da competência de saber
se relacionar em grupo, na valorização de atitudes saudáveis.
A avaliação deve ser compreendida como elemento integrador entre o ensinar
e o aprender, envolvendo aspectos como: ajuste, orientação e intervenção
pedagógica para que o aluno aprenda mais e da melhor forma possível; obtenção e
informações sobre os objetivos, se foram atingidos ou não; reflexão contínua do
professor sobre a sua prática e a retomada de aspectos que devem ser revistos
através da recuperação paralela; possibilitar ao aluno, a reflexão sobre suas
conquistas, dificuldades, possibilidades e compromissos na tarefa de aprender;
possibilitar a escola a definição de prioridades de práticas educacionais que
necessitam de maior apoio; ensino voltado a pesquisa, com relatos de experiências,
resenha crítica, formação de opinião.
92
Avaliação deve ser compreendida como uma ação que envolve todo o
processo ensino/aprendizagem, sendo avaliada continuamente em todos os
aspectos dentre eles os colocados na proposta pedagógica, sendo analisada em
conjunto com objetivos de corrigir rumos e repensar situações para que a
aprendizagem ocorra. Ao avaliar a aprendizagem dos alunos também se avalia a
prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema
de ensino como um todo.
3.19 Critérios de Avaliação
Os critérios de avaliação devem ser claros, coerentes e previamente
discutidos com a comunidade escolar (pais, alunos, educadores, professores,
direção, equipe pedagógica e demais profissionais da escola), no início do ano letivo
e início de cada bimestre.
I. É preciso assegurar através de vários instrumentos de avaliação, o domínio dos
conteúdos fundamentais propostos na proposta pedagógica.
II. A avaliação será feita face ao progresso do aluno na integração com o grupo
e crescimento individual.
III. Será diagnóstica, contínua e cumulativa, vedando aferição única.
IV. Devemos considerar a realidade, capacidade e potencialidade dos alunos.
V. Evitar comparações entre os alunos.
VI. A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir
valor.
VII. A Avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor
tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.
VIII. A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento
de ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos
e métodos de ensino.
93
IX. A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do
estabelecimento de ensino e do sistema de ensino como um todo.
X. Valorizar a atividade crítica, a capacidade de expressão e cumprimento de
suas responsabilidades.
XI. Priorizar os conteúdos básicos necessários e significativos no dia a dia da
vida de cada educando.
XII. Propiciar ao aluno a oportunidade de acesso as novas tecnologias.
XIII. Cada aluno é único, devem ser verificados seus progressos pessoais.
XIV. Todo o processo avaliativo não pode ser obscuro, repleto de “Coisas
Escuras”, mecanismo de tortura nem punitivo e excludente.
XV. Será dado relevância a criatividade, capacidade de síntese e a
elaboração social sobre a decoreba e memorização.
É preciso questionar:
I. O que devemos avaliar.
II. Como avaliar.
III. O que é indispensável para o aluno.
IV. Está ocorrendo diálogo entre a escolha, a construção, a forma de ensinar e a
aplicação dos instrumentos.
3.20 Técnicas e Instrumentos de Avaliação
É necessário analisar o aluno como um todo, e garantir que ele tenha acesso
ao saber sistematizado e principalmente que seja útil para sua vida, para isso quanto
mais diversificada a forma de avaliar, mais fácil e segura será a avaliação geral e
final, tanto por parte do professor quanto do aluno.
Os instrumentos e técnicas de avaliação que a escola utiliza devem ser
discutidos constantemente entre todos os professores e equipe pedagógica, com
apoio e participação do Conselho Escolar.
O professor deve utilizar recursos didáticos diversificados, tendo clareza das
possibilidades e dos limites que cada um apresente, e de como eles podem ser
inseridos numa proposta global de trabalho, para que os resultados da avaliação
contemplem maior aprendizagem possível.
94
Utilizar os diversos tipos de linguagem como: a verbal, oral, escrita, gráfica,
numérica, pictórica, de forma a considerar as diferentes aptidões dos alunos.
Usar a autoavaliação, situação em que o aluno e o professor, possam
desenvolver estratégias de análise e interpretação de suas produções e dos seus
diversos procedimentos.
A realização individual do aluno e o domínio dos conteúdos e conhecimentos
previstas nesta proposta, determinarão os procedimentos a serem adotados com
relação à avaliação.
Na avaliação, observará com maior importância a capacidade crítica, a
capacidade de tomar decisões, a capacidade de expressar-se com clareza,
posicionar com determinação e segurança, frente às situações que contribuam para
seu crescimento individual e pessoal.
O resultado da avaliação para promoção do aluno será traduzido na forma de
notas por Bimestre, tendo a média 6,0 (seis vírgula zero), sendo que o mínimo
exigido de frequência é de 75% no total do ano letivo.
Usar os recursos tecnológicos que a escola possui, calculadoras,
computadores e Internet, promovendo a compreensão da importância da tecnologia
no seu aprimoramento pessoal.
Considerar toda a produção do aluno, inclusive o erro, como fonte de
conhecimento e aprendizagem.
Cabe, portanto, desenvolver uma avaliação capaz de contribuir para
emancipação do sujeito.
3.21 Recuperação de Estudos
Justificativa:
Devemos inicialmente ter clareza de que a avaliação deve ser entendida
como um dos aspectos do ensino pelo qual, o professor estuda e interpreta os dados
da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus
resultados e atribuindo valores. A recuperação de estudos deverá constituir um
95
conjunto integrado ao processo de ensino, afim de se adequar às dificuldades dos
alunos.
Portanto, a recuperação de estudos se justifica pela necessidade de oferecer
meios para que o aluno revise conceitos/conhecimentos fundamentais da disciplina,
ainda de forma de atendimento a diversidade da necessidade e ritmos dos alunos.
A participação nas atividades de recuperação de estudos deverá ser ofertada
a todos os alunos regularmente matriculados na série/disciplina, a qual será por
disciplina, sendo desprezados os resultados dos instrumentos de menor nota (valor),
uma vez que a finalidade é promover ações que permitam ao aluno o domínio dos
conhecimentos frente ao programa curricular para o período letivo.
Salientamos que, de acordo com os estudos de Celso Vasconcellos (2005) o
conteúdo da avaliação diz respeito ao o que é tomado como objeto de análise. A
forma refere-se a como esta avaliação ocorre.
É imprescindível, que o educando seja avaliado, mas é fundamental avaliar
também a prática do professor, a organização da escola, o currículo, a participação
da comunidade, as condições de trabalho, ou seja, tudo aquilo que está envolvido ou
que interfere no processo de ensino/aprendizagem.
Conforme Celso Vasconcellos, (2005) o aluno na escola não aprende só
conhecimentos; adquire também valores, hábitos, atitudes, desenvolve estruturas de
pensamentos. De um modo geral, podemos subdividir a avaliação do discente, para
efeito de estudos, em duas grandes dimensões: a cognitiva e a sócio/afetiva (ou
atitudinal). A avaliação cognitiva diz respeito àquilo que é solicitado do aluno em
termos de conhecimento, habilidades e operações mentais envolvidas.
Esperamos que o educador faça a articulação entre o que se quer/pretende e a
prática pedagógica, a intenção declarada e a enraizada. Uma questão nuclear no
processo educativo é de ordem epistemológica, de se saber como se dá o
conhecimento; todavia, ligada a ela, esta outra, político/pedagógica: o que precisa
ser ensinado. Para tanto é importante na elaboração da proposta de trabalho:
• o que o aluno precisa aprender (para definir o que ensinar);
• como o aluno conhece (para saber como ensinar).
A prática avaliativa, obviamente, se dará tanto enquanto processo como
enquanto produto:
96
• o que se está ensinando, até que ponto é relevante;
• em que medida está se ensinando da forma adequada.
Objetivos:
São objetivos da avaliação escolar:
• Diagnosticar a situação de aprendizagem dos alunos, para estabelecer
objetivos que nortearão o planejamento da ação pedagógica;
• Favorecer ao aluno e professor elementos para uma reflexão sobre o trabalho
realizado, tendo em vista o replanejamento das atividades;
• Possibilitar ao aluno a tomada de consciência de seus avanços e dificuldades,
visando o seu envolvimento no processo de aprendizagem;
• Dar condições ao professor de caracterizar cada aluno dentro do processo de
aprendizagem, possibilitando o seu avanço na série em curso;
• Embasar a tomada de decisão quanto à promoção do aluno;
• Fundamentar as decisões do Conselho de Classe quanto à necessidade de
procedimentos paralelos ou intensivos de reforço e recuperação da
aprendizagem, de classificação e reclassificação de alunos;
• Fornecer subsídios para a melhoria do trabalho pedagógico, e em especial,
das práticas de sala de aula;
• Orientar as atividades de planejamento e replanejamento dos conteúdos
curriculares.
Neste sentido pretendemos que a recuperação paralela, proporcione ao aluno
espaço de revisão, leituras, pesquisas e estudos, tendo em vista a aprendizagem
significativa dos conteúdos escolares.
Encaminhamento metodológico:Para que ocorra significativamente a recuperação de estudos, o docente deve
estar diariamente observando durante suas aulas a aprendizagem do aluno através
de sondagens reais, com re-escritas textuais ou produções próprias, pois nestas o
aluno mostra o que realmente aprendeu e o que precisa melhorar desde a estrutura
do gênero textual, pontuação, ortografia, sequencia lógica, clareza, elementos de
estrutura de pensamento lógico, artístico, filosófico, conceitual, reafirmando suas
leituras e conhecimentos na interpretação do assunto trabalhado. Diante disso o
97
professor terá uma visão do conhecimento e aprendizado de sua turma para
direcionar seus planejamentos, não esquecendo que cada aluno tem seu tempo
próprio e aprende de maneira diferente. Portanto, é necessário que o professor
aproveite todo o conhecimento que o aluno traz, assim estará contribuindo para a
qualidade de ensino/aprendizado, pois é um momento de crescimento onde os
alunos irão entender que fazem parte de um todo e que socializar é preciso pois é
através da troca de informações que se aprende com o outro também.
O processo de avaliação do ensino e da aprendizagem deve levar em conta
os resultados dos procedimentos internos e externos, para tomada de decisões no
âmbito da escola, uma vez que o processo de ensino e de aprendizagem é
responsabilidade de todos, onde a parceria família, educadores e alunos, é
fundamental para a melhoria da qualidade de ensino. Desta forma, a avaliação deve
ser pensada com vistas a superação das dificuldades, numa contínua busca pelo
aproveitamento do aluno, de forma contínua e cumulativa incidindo sobre a
verificação do rendimento escolar, nas experiências de aprendizagem, levando em
consideração os objetivos visados.
Na verificação do rendimento escolar, se observará a prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos progressos de aprendizagem do
aluno ao longo do período letivo.
Para avaliação do aproveitamento deve utilizar, no decorrer de cada bimestre,
2 (dois) ou mais instrumentos de aferição preferencialmente diversificados,
elaborados pelo professor, sob a supervisão da Coordenação Pedagógica da
Escola, os quais permitam verificar o aproveitamento do aluno frente ao conteúdo
trabalhado, ou seja, frente aos objetivos de ensino, sendo que para cada
instrumento utilizado seja oferecido recuperação de estudos.
Os instrumentos de avaliação serão aplicados dentro do respectivo bimestre,
sempre que o momento for pedagogicamente oportuno.
As sínteses bimestrais dos resultados de avaliação do aproveitamento serão
expressas em notas, na escala de zero a dez.
O resultado da avaliação do aproveitamento será sistematicamente
registrado, bimestralmente enviado à Secretaria da Escola e comunicado aos pais
ou responsáveis, em reuniões.
98
A recuperação terá por objetivo proporcionar aos alunos oportunidade de
melhor se firmarem na aprendizagem dos conteúdos em defasagem, visando à
elevação de seu padrão de desempenho.
O processo de recuperação se efetivará:
• De forma contínua, durante as aulas regulares;
• De forma paralela, no decorrer de cada um dos 4 (quatro) bimestres com a
turma. Após a aplicação da avaliação, em todas as disciplinas curriculares em
que for necessário, será retomado o conteúdo; sendo assim aplicar-se-á a
recuperação, a qual poderá ser feita com instrumentos diversificados.
• A avaliação de recuperação de conteúdos será expressa em nota na escala
de zero a dez, a qual irá compor a média do instrumento utilizado
prevalecendo sempre a maior nota;
• Os registros sobre os estudos de recuperação serão efetuados pelo professor
que ministrou as aulas, no livro registro de classe;
• Para obtenção da média bimestral do aluno que não participar da
recuperação, será desconsiderada nota da avaliação e das outras avaliações
aplicadas no decorrer do bimestre.
Sugerimos como instrumentos e metodologias para recuperação de estudos:
trabalhos em grupos; seminários; jogos; estudo do meio; experimentação;
problematização; produção de textos com foco no objeto de estudo; projetos; revisão
de conteúdos, considerando sempre o conhecimento prévio dos alunos; abordar o
conteúdo de forma diferente, retomando os assuntos, dialogando sobre dificuldades,
atendendo o aluno durante atividades em sala, adequando o nível de dificuldade /
sucesso (auto estima), fazendo contratos de trabalhos com alunos, oferecendo
espaços para assembleias periódicas em classe como forma de avaliar
constantemente a ação pedagógica no processo ensino/aprendizagem.
Avaliação:
Por se tratar de uma atividade que diz respeito ao acompanhamento e
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, propõe avaliar continuamente os
aspectos desenvolvidos com o plano de ação de recuperação de estudos, tendo em
vista o desempenho satisfatório do aluno, ao que continuamente serão retomadas
leituras de ações, durante o Conselho de Classe e em Reuniões Pedagógicas e/ou
99
quando se fizer necessário juntamente com o docente durante sua hora atividade,
possibilitando assim melhorar a prática pedagógica docente e em consequência o
sucesso dos alunos.
É necessário que a teoria da avaliação e a prática acontecida nas salas de
aulas caminhem juntas, para que a prática, acompanhada da teoria, permita
avanços tanto no procedimento metodológico da escola, como no programa social
da educação, que passa necessariamente pela avaliação, capaz de apontar
caminhos para toda construção e reconstrução dos currículos, da atuação dos
professores e enfim do conjunto da escola.
3.22 Plano de ação do Conselho de Classe
Par fundamentar teoricamente o Plano de Ação do conselho de Classe,
buscamos as reflexões de Vasconcellos que trata especialmente do assunto.
[...] são momentos privilegiados para uma reflexão coletiva sobre a prática escolar, propiciando o fortalecimento do comprometimento com a mudança e com a melhoria do processo do ensino e da aprendizagem. Não são espaços de “acertos de contas”, nem de exportação de preconceitos; ao contrário, de busca de alternativas, através da visão de conjunto, permitindo outros olhares, a inauguração de outras possibilidades para o enfrentamento das dificuldades (individuais e coletivas) apresentadas. (Vasconcellos, 2003, p. 70).
A partir dessa concepção propomos:
- Conselhos de classes bimestrais, em que serão expostas e analisadas as ações
desenvolvidas pelos docentes e equipe pedagógica frente ao desenvolvimento dos
educandos no período em questão, visando uma interferência significativa no
acompanhamento pedagógico dos alunos em processo de aprendizagem;
- Articulação de conversas frequentes com os professores e equipe pedagógica com
vista a melhor acompanhar o desempenho docente e discente;
- Ampliação constante da participação da comunidade escolar, em momentos
distintos com os diversos segmentos (pais, alunos, professores) através de debates,
reflexões para diferentes olhares sobre o processo ensino/ aprendizagem e assim
propor encaminhamentos seguros e com resultados para a aprendizagem;
- Registro das decisões e a retomada de avaliação para a construção de uma prática
pedagógica que garanta a qualidade de ensino e o desenvolvimento da
100
aprendizagem, frente a especificidade e a natureza da escola e do acesso ao saber
historicamente elaborado. Desta forma se propõe:
1º Momento: análise diagnóstica com a turma, dos avanços e dificuldades no
processo ensino e aprendizagem;
2º Momento: análise junto ao corpo docente, dos avanços frente aos objetivos
propostos para a turma, com sondagem de desempenho dos alunos, apresentando
propostas de intervenção para o acompanhamento pedagógico dos casos em que o
desempenho escolar não for satisfatório, bem como assessoramento para atividades
de recuperação de estudos;
3º Momento: avaliação com os pais, por meio de reunião bimestral, sobre o
desempenho dos alunos e as possíveis intervenções tendo em vista o sucesso do
processo de ensino e de aprendizagem;
4º Momento: acompanhamento com a equipe pedagógica, dos alunos com
desempenho escolar insatisfatório, contribuindo para as intervenções necessárias
para um significativo desempenho escolar;
5º Momento: Análise e avaliação dos avanços conquistados com as intervenções
realizadas ao longo do bimestre avaliado.
3.23 Estágio Não-Obrigatório
No mundo contemporâneo, o papel do Ensino Médio na vida dos alunos, se
torna cada vez mais decisivo. Nesta etapa da vida escolar, os adolescentes
consolidam valores e atitudes além de se prepararem para desafios como o
vestibular e a elaboração de seus projetos para o futuro profissional e pessoal,
encerrando um ciclo de transformações no qual se instrumentam para assumir as
responsabilidades da vida adulta.
Tendo em vista os processos de demanda na preparação para o mundo do
trabalho, trazem a tona a necessidade dos jovens/adolescentes incluírem-se e
relacionarem-se com o seu meio e a sociedade em que vivem. Portanto uma
atividade consciente, dirigida a um objetivo pela qual desejam alcançar, se faz
necessário para o desenvolvimento do aluno e a construção de sua autonomia
profissional e intelectual, dando-lhe significado a sua função. No entanto o Estágio
101
não obrigatório tem como função buscar a relação entre o aprendido em sala de aula
e sua prática dentro das empresas de estágios. Portanto a necessidade do jovem
ser parte integrante do contexto escolar. Ações coletivas por parte dos docentes e
equipe pedagógica, são importantes no sentido de tornar mais significativo os
projetos curriculares e o cotidiano dos educandos.
A escola, preocupada com essa importante fase do desenvolvimento, procura
valorizar o crescimento do aluno com uma formação geral abrindo perspectivas de
opções claras e conscientes, quer no campo do conhecimento como dos valores
humanos. Sua autoafirmação, equilíbrio, segurança pessoal nas decisões a serem
tomadas lhe garantirá o ingresso e acompanhamento nos estágios supervisionados,
bem como no Ensino Superior.
Partindo desse contexto, percebemos que o jovem necessita de uma
qualificação educativa e profissional competente, pois faz parte de uma sociedade
globalizada, logo, competitiva, portanto o contato com o mercado de trabalho a partir
do ensino médio e fundamental. É nesse contexto que o jovem já inicia o processo
de sua formação para o trabalho, bem como, começa a construção de suas
expectativas trabalhistas futuras e, a estabilidade financeira se torna mais presente e
realista.
Portanto a escola deve:
− Desenvolver atividades que envolvam a participação social e política do
aluno para que seja desenvolvido o pensamento crítico e reflexivo e que
ele seja capaz de questionar a realidade e resolver problemas com
utilização do raciocínio lógico, criatividade e intuição.
− Capacitar o educando, através de suas atividades, a adquirir e
desenvolver os conhecimentos atualizados que lhe permitam interagir no
mundo que o cerca.
− Ampliar a potencialidade linguística e comunicativa dos mesmos;
− Orientar e aprimorar a postura quanto ao “ser estudante”, bem como
ampliar o compromisso com a escola;
− Auxiliar no processo de definição profissional dos alunos, através dos
projetos desenvolvidos pela Equipe Pedagógica e professores, buscando
auxílio dos profissionais de cada área;
102
− Associar o mundo do trabalho, contextualizando-o com as disciplinas,
propiciando a compreensão do sentido social, econômico e individual do
trabalho, das características dos diferentes tipos de trabalho, bem como
da produção de bens, serviços e conhecimentos.
A aprendizagem remete sempre a algo com significado, aprende-se aquilo
que se fez e que faz sentido. Isso implica uma interação propícia, uma relação
afetiva entre quem aprende e o que é aprendido.
Apesar de o objetivo do processo de ensino sempre transcender a
experiência imediata, o ponto de partida de qualquer aprendizagem sistemática
deve ser o mundo do aluno, seus interesses culturais, profissionais, percepções,
linguagens, etc. Daí a necessidade de os contextos dos jovens se tornarem parte
integrante do contexto da escola, que só ocorrerá como resultado da ação coletiva
de professores, diretores e equipe pedagógica.
103
4 AVALIAÇÃO: PROGRAMA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
O Programa de Avaliação Institucional objetiva conhecer de forma sistemática
a realidade, através da intensa participação de seus profissionais, a fim de interferir
nesta realidade de forma responsável e efetiva.
O instrumento de avaliação Institucional, se dará em forma de debates,
reflexões e registros com a comunidade escolar com a finalidade de analisar a
efetividade do processo ensino – aprendizagem onde se faz necessário que se
mantenha a visão de totalidade, fundamentando dessa forma o direcionamento das
políticas educacionais.
A avaliação tem o propósito de mobilizar a escola através da reflexão e
discussão coletiva, a fim de criar uma cultura de avaliação institucional como forma
de auto/conhecimento e de comprometimento em torno da principal função da
escola, que é a efetivação do processo ensino-aprendizagem.
Por se tratar de uma avaliação institucional, tem potencial redirecionador no
sentido da construção da cidadania, a qual se traduz em consciência real dos
direitos e deveres da instituição como forma de garantir a sua autonomia.
A Avaliação acontecerá também em momentos específicos, em reuniões
internas, envolvendo toda a comunidade escolar, (APMF, Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, Conselho de Classe), para juntos revermos as práticas e se estão
condizentes com as necessidades que a escola apresenta, bem como os caminhos
necessários para o encontro de alternativas eficazes revendo fragilidades no intuito
de superar as mesmas.
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REFERÊNCIAS
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