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Compartilhar objetivos e alCançar um novo patamar em tratamentode resíduos sólidos. essa é a proposta do governo de minas.

Compartilhar objetivos e alcançar um novo patamar no tratamento de resíduos. Essa é a proposta do Governo de Minas.

Viver em uma região metropolitana é mais do que poder desfrutar de melhores condições de vida, da diversidade cultural e de

inúmeras possibilidades de entretenimento. Significa também compartilhar. Compartilhar não só um espaço físico mas também

experiências, trabalhos, ganhos, perdas e – não menos importante – desafios.

O tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos hoje são algumas das maiores dificuldades enfrentadas pela Região

Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Atualmente, grande parte dos municípios destina seus resíduos domésticos para lixões

a céu aberto. Essa prática gera impactos ambientais, econômicos e sociais extremamente negativos, afetando toda a região

metropolitana. Sendo assim, é preciso pensar grande e implantar uma gestão eficiente, econômica e integrada, que se preocupa com

a preservação do meio ambiente e com o bem-estar da RMBH e do seu entorno.

Para isso, o Governo de Minas, por meio da Secretaria Extraordinária de Gestão Metropolitana (SEGEM) e da Agência de

Desenvolvimento da RMBH, elaborou o programa de Gestão Metropolitana de Resíduos Sólidos, com alto nível de sofisticação de

metas, financeiramente inteligente e metodicamente planejado. É também inovador, pois lança mão da cooperação entre os diversos

atores que constroem o espaço metropolitano – Estado, municípios, empresas, comunidades e cidadãos – e da gestão compartilhada

entre o setor público e a iniciativa privada, sendo o primeiro projeto de gerenciamento de resíduos sólidos concebido por um governo

estadual e o primeiro de abrangência metropolitana. Agora, é preciso vencer esse desafio do tratamento e disposição final de

resíduos. Dividindo essa missão, a RMBH pode superá-lo.

sobre a segem

A Secretaria de Estado Extraordinária

de Gestão Metropolitana (SEGEM)

foi criada em 2011 pelo Governo de

Minas para ser uma articulação entre

as diferentes forças presentes no

espaço metropolitano: o poder público,

a iniciativa privada e os cidadãos. Com

métodos inovadores que levam em

consideração as reais necessidades

dos municípios e contando com o

apoio técnico e executivo das Agências

de Desenvolvimento da RMBH e

do Vale do Aço, a SEGEM elabora

e realiza soluções integradas que

buscam, acima de tudo, qualidade de

vida nas regiões metropolitanas de

Minas Gerais.

sobre a rmbh

A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) é formada por 34

municípios, além de infl uenciar diretamente mais 14 municípios do

chamado Colar Metropolitano. Seus habitantes representam 23,86%

da população de Minas Gerais e sua extensão corresponde a 1,6%

do território mineiro. A RMBH conta com 4.882.977 habitantes

(IBGE 2010). Os municípios do Colar Metropolitano somam 530.650

habitantes (IBGE 2010).

Belo Horizonte é a capital do Estado e cidade-polo da RMBH,

concentrando 49% da população metropolitana. Junto com seis

outros municípios (Contagem, Betim, Ribeirão das Neves, Santa

Luzia, Ibirité e Sabará), reúne 4,33 milhões de habitantes, que por

sua vez representam 86% da RMBH. Essa região metropolitana é

majoritariamente urbana, com 97,5% da população em área urbana

e somente 2,5% em área rural.

RMBH

Colar RMBH

BELOHORIZONTE

BALDIM

JABOTICATUBAS

MATOZINHOS

ESMERALDAS

FLORESTAL

MATEUS LEME

ITAÚNA

ITATIAIUÇU

ITAGUARA

PARÁ DE MINAS

SÃO JOSÉDE VARGINHA

SETELAGOAS

INHAÚMA

FUNILÂNDIA

FORTUNADE MINAS

RIO MANSO

BONFIM

BELO VALE

ITABIRITO

BRUMADINHO

SÃOJOAQUIM

DE BICAS

CONTAGEM

BETIM

IBIRITÉ

SARZEDOJOAQUIM SARZEDOMÁRIO

CAMPOS

JOAQUIMIGARAPÉ

JUATUBA

CAETÉSABARÁ

RAPOSOS

VESPASIANO

SANTALUZIA

LAGOASANTA

PEDROLEOPOLDO

RIBEIRÃODAS NEVES

NOVAUNIÃO

BARÃODE

COCAIS

SANTABÁRBARA

PRUDENTEDE MORAIS

TAQUARAÇUDE MINASLEOPOLDO

SÃO JOSÉDA LAPA

CONFINS

NOVA LIMA RIOACIMA

MOEDA

CAPIMBRANCO

CACHOEIRADA PRATA

A gestão compartilhada demonstra os esforços

do Governo de Minas para resolver questões

públicas de interesse comum aos seus diversos

municípios. Por meio de Parcerias Público-

Privadas (PPPs), o Governo viabiliza uma série de

iniciativas fundamentais para o desenvolvimento

do Estado. As PPPs desenvolvidas em conjunto

com a Unidade de Parcerias Público-Privadas

da Secretaria de Estado de Desenvolvimento

Econômico permitem reduzir custos e aumentar a

efi ciência de vários serviços, por meio da divisão

de responsabilidades entre o setor público e a

iniciativa privada. No caso dos resíduos sólidos,

esse modelo permite mais transparência,

fl exibilidade, estímulo ao uso de novas

tecnologias e importantes reduções nos custos

de todo o processo.

sobre a gestÃo Compartilhada

Os municípios da RMBH utilizam métodos ultrapassados e pouco efi cientes para

gerir o lixo doméstico. Dos 34 municípios da RMBH e mais outros 14 que fazem

parte do Colar Metropolitano (ou seja, a RMBH e sua área de infl uência), 28

encaminham seus resíduos sólidos de forma inapropriada: não fazem a coleta

seletiva para reaproveitar o lixo urbano com reciclagem; despejam os resíduos

em lixões, contaminando os lençóis freáticos, entre outras práticas arriscadas e

improdutivas.

Em todo o Brasil, a situação não é menos preocupante: o país dispõe 90% de

seus resíduos sólidos em aterros e lixões, os outros 10% são reciclados, sem

utilizar qualquer outra alternativa de tratamento. Ao comparar a condição do

Brasil com a de outros países, o país ocupa uma posição desprivilegiada. Por

exemplo, a Alemanha e a Holanda destinam menos de 10% de seus resíduos

para aterros e utilizam largamente outras tecnologias da área.

Por que muitos municípios do Brasil não conseguem dispor de seus resíduos sólidos

de forma efi ciente e correta do ponto de vista ambiental? Apesar das melhores

intenções dos gestores municipais, tratar o lixo de forma adequada custa caro: são

necessários grandes investimentos em infraestrutura que acabam inviabilizando a

disposição fi nal correta quando é pequena a quantidade de lixo gerada.

É exatamente para mudar esse quadro que o Governo de Minas elaborou a

Gestão Metropolitana de Resíduos Sólidos, visando transformar a RMBH na

primeira região metropolitana do país a gerir 100% do lixo doméstico de forma

segura, sustentável e com aproveitamento energético. Para alcançar esse

objetivo, mais do que a determinação do Estado, é preciso também a superação

de difi culdades fi nanceiras, gerenciais, logísticas, tecnológicas e ambientais.

sobre o presente COMPARATIVO DO TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

sobre o Futuro

A meta estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é de que toda a disposição de resíduos sólidos em lixões seja eliminada até 2014. Agindo sozinhos, os municípios só conseguirão cumprir essa proposta pagando custos altíssimos. Ao reunir os municípios da RMBH e Colar Metropolitano para promover, de forma compartilhada, o transbordo, tratamento e disposição fi nal do resíduo sólido urbano, a Gestão Metropolitana de Resíduos Sólidos gera ganhos de escala que viabilizam a implantação da infraestrutura necessária e permitem reduzir o custo de todo o processo. Desse modo, remove-se a principal barreira que impede as cidades de resolverem um grave problema ambiental, econômico e social. Para isso, a primeira etapa é criar convênios entre as prefeituras e o Governo de Minas, para estabelecer as responsabilidades e os objetivos de cada um dos atuantes. Juntos, e com o apoio técnico e fi nanceiro do Governo de Minas, os municípios da RMBH podem fi nalmente dispor o lixo adequadamente.

A segunda etapa envolve o Governo de Minas e a iniciativa privada, que atuarão juntos por meio de uma Parceria Público-Privada. Contando com exigências e incentivos econômicos propostos pelo Estado, a empresa parceira será responsável pelos investimentos, unidades de transbordo e tratamento e disposição fi nal dos resíduos. A iniciativa privada poderá então empregar novas tecnologias de tratamento na RMBH, com a possibilidade de obter renda adicional a partir do aproveitamento do material tratado para geração de energia elétrica, reduzindo o volume de lixo aterrado e trazendo ainda mais benefícios para a economia mineira e para o meio ambiente.

Governo e municípios. Cada

município será responsável pela

coleta do lixo doméstico, dando

prioridade à coleta seletiva. O

Governo de Minas estipulará metas

e incentivos para que os resíduos

sólidos sejam devidamente

recolhidos e transportados para

as unidades de transbordo ou

diretamente para a central de

tratamento.

1 Governo e municípios.

À medida que os municípios

cumprirem suas metas, o custo

da coleta e transporte dos

resíduos sólidos será barateado.

É importante lembrar também

que os trabalhadores que

hoje estão envolvidos com a

reciclagem não só poderão dar

continuidade a seu trabalho

mas também terão novas

oportunidades de emprego,

já que a coleta seletiva será

incentivada em todos os

municípios da RMBH.

2 Governo e iniciativa

privada. A empresa

parceira terá garantias

e incentivos monetários

do Governo, viabilizando

seus investimentos, além

de ter os subprodutos

dos resíduos sólidos

disponíveis para serem

comercializados, reduzindo

ainda mais os custos do

tratamento.

4Governo e iniciativa

privada. Por meio da

Parceria Público-Privada,

serão construídas e usadas

novas tecnologias para

tratar dos resíduos sólidos e

transformá-los em insumos,

fazendo o reaproveitamento

energético. Aquilo que não for

aproveitado do tratamento do

lixo será destinado a lugares

apropriados, e o Governo

estimulará a redução do

volume de rejeitos dispostos

em aterragem.

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As alternativas para o tratamento de resíduos são mais custosas e trabalhosas do que ter lixões a

céu aberto. Porém, os benefícios para a população e para o meio ambiente são incalculáveis, além

de cumprir o disposto na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Para que a Região Metropolitana

de Belo Horizonte e o Colar Metropolitano alcancem um novo patamar em tratamento de resíduos

sólidos urbanos, o esforço do Governo de Minas é fundamental, assim como a colaboração dos

diversos municípios e da iniciativa privada.

A RMBH e o Colar Metropolitano estão diante de uma grande oportunidade de progredir. Este é

o momento de investir em um projeto grande, em um esforço conjunto e em um pensamento

moderno para dar a esse espaço o tratamento de resíduos sólidos urbanos de que ele precisa.

A proposta do Governo de Minas é contribuir para que a RMBH se constitua, de fato, em uma

região desenvolvida que respeita os cidadãos e o meio ambiente.

sobre os Custos e ganhos

w w w . m e t r o p o l i t a n a . m g . g o v . b r


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