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INFORMACONAMP
Boletim Mensal de Notícias Ano IV - Número 25 - abril de 2017
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CONAMP participa do debate no Senado Federal
Mobilização no Piauí buscou garantir que Promotores concorram à vaga de PGJ
Acusados de tentar matar promotor de Justiça em Monte Carmelo são condenados
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SEGURANÇA INSTITUCIONAL AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
NOTA PÚBLICA
A FRENTAS - Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público,
constituída pelas entidades ao final subscritas, congregando mais de 40 mil
juízes e membros do Ministério Público em todo o país, tendo em vista as
recentes notícias veiculadas pelos meios de comunicação acerca da exclusão
dos servidores públicos estaduais e municipais da chamada “Reforma da
Previdência” (PEC n. 287/2016), vem a público afirmar que tal medida, caso
concretizada, constitui grave violação constitucional, em detrimento não só de
magistrados e membros do Ministério Público, mas dos servidores públicos da
União de uma forma geral. A independência de juízes e membros do Ministério Público, que lhes é
propiciada em prol da sociedade, para atuação sem destemor e sem receio de
represálias por parte do poder político ou econômico, é garantia maior da
cidadania. Exatamente por isso, o art. 93, caput, da Constituição prevê que os juízes
submetem-se ao estatuto da Magistratura nacional, definível por lei
complementar, não sendo possível regência diferente de direitos, deveres e
prerrogativas de juízes da União e dos Estados: todos estão submetidos à Lei
Orgânica da Magistratura, e a um mesmo regime previdenciário (que hoje remete
ao art. 40 da CF), sem qualquer margem para diferenciações no âmbito dos
Estados. Trata-se, como dito, de uma garantia da democracia e da cidadania, a
configurar cláusula pétrea constitucional. A mesma lógica aplica-se aos
membros do Ministério Público, por imperativo constitucional.
Da mesma forma, o art. 40 da Constituição dispõe que o regime próprio dos
servidores públicos da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal e
das respectivas estatais será regido pelas regras básicas ali dispostas, sem
qualquer cláusula de abertura para a autonomia das demais unidades da
Federação, permitindo apenas o art. 24, XII, da CF que os Estados suplementem
a legislação federal, jamais sendo excluídos da regulamentação geral, o que
enseja evidente inconstitucionalidade.
Reforma da previdência:
Exclusão de servidores estaduais
é grave violação constitucional
ELEIÇÃO PARA PGJ
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Em março, face às notícias veiculadas na imprensa nacional de exclusão de servidores estaduais e municipais da reforma da previdên-cia (PEC 287/16), a Frente Associa-tiva da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) publicou nota em
que considera a iniciativa uma gra-ve violação constitucional.
As entidades representativas do Judiciário e do MP afirmam não ser possível diferenciar direitos e deveres entre membros da União
e dos estados, até mesmo porque
o Regime Próprio dos Servidores
Públicos (RPPS), que regula a pre-
vidência, não prevê qualquer cláu-
sula de abertura para a autonomia
das demais unidades da Federa-
ção.
Reforma da previdência: Exclusão de servidores estaduais é grave
violação constitucional
CAPA
NOTA PÚBLICA
A FRENTAS - Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público,
constituída pelas entidades ao final subscritas, congregando mais de 40 mil
juízes e membros do Ministério Público em todo o país, tendo em vista as
recentes notícias veiculadas pelos meios de comunicação acerca da exclusão
dos servidores públicos estaduais e municipais da chamada “Reforma da
Previdência” (PEC n. 287/2016), vem a público afirmar que tal medida, caso
concretizada, constitui grave violação constitucional, em detrimento não só de
magistrados e membros do Ministério Público, mas dos servidores públicos da
União de uma forma geral. A independência de juízes e membros do Ministério Público, que lhes é
propiciada em prol da sociedade, para atuação sem destemor e sem receio de
represálias por parte do poder político ou econômico, é garantia maior da
cidadania. Exatamente por isso, o art. 93, caput, da Constituição prevê que os juízes
submetem-se ao estatuto da Magistratura nacional, definível por lei
complementar, não sendo possível regência diferente de direitos, deveres e
prerrogativas de juízes da União e dos Estados: todos estão submetidos à Lei
Orgânica da Magistratura, e a um mesmo regime previdenciário (que hoje remete
ao art. 40 da CF), sem qualquer margem para diferenciações no âmbito dos
Estados. Trata-se, como dito, de uma garantia da democracia e da cidadania, a
configurar cláusula pétrea constitucional. A mesma lógica aplica-se aos
membros do Ministério Público, por imperativo constitucional.
Da mesma forma, o art. 40 da Constituição dispõe que o regime próprio dos
servidores públicos da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal e
das respectivas estatais será regido pelas regras básicas ali dispostas, sem
qualquer cláusula de abertura para a autonomia das demais unidades da
Federação, permitindo apenas o art. 24, XII, da CF que os Estados suplementem
a legislação federal, jamais sendo excluídos da regulamentação geral, o que
enseja evidente inconstitucionalidade.
SAIBA MAIS
CONFIRA A
ÍNTEGRA DA NOTA
DA FRENTAS
Previdência mais justa
A reforma da previdência, ali-
ás, foi a pauta central da CONAMP
no mês de março. Os integrantes
da diretoria e do conselho delibera-
tivo da entidade trabalharam inten-
samente em Brasília para garantir
que a nova reforma da previdência
(PEC 287/16) não reduza direitos e
garantias dos servidores públicos e
dos trabalhadores em geral.
Em constante diálogo com
deputados, os membros atuaram
ainda no aperfeiçoamento do tex-
to original da PEC 287/16. A CO-
NAMP contribuiu principalmente na
elaboração de emendas à reforma
da previdência no âmbito da Fren-
te Associativa da Magistratura e do
Ministério Público (FRENTAS), da
qual é coordenadora, e do Fórum
Nacional Permanente de Carreiras
Típicas de Estado (Fonacate).
No dia 13 de março, cinco
emendas foram protocoladas pela
Frentas na Câmara dos Deputa-
dos. Os textos são de autoria dos
parlamentares Arnaldo Faria de Sá
(PTB/SP), Lincoln Portela (PRB/
MG) e Roberto de Lucena (PV/SP).
As sugestões de alteração do
texto original da PEC 287/16 bus-
cam retirar da Desvinculação de
Receitas (DRU) as contribuições
sociais destinadas ao custeio da
Seguridade Social; aperfeiçoar as
mudanças nas regras de transição
e nas regras de pensão; e tratam
do abono permanência e das ga-
rantias constitucionais dos mem-
bros da Magistratura e do Ministé-
rio Público.
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Conforme o regimento inter-
no da Câmara, as emendas se-
rão agora analisadas pelo relator
da matéria, deputado Arthur Maia
(PPS/BA), que poderá aceitar ou
não as sugestões.
Já no dia 14 de março foram
protocoladas as emendas elabora-
das no Fonacate. Também os de-
putados Arnaldo Faria de Sá (PTB/
SP), Lincoln Portela (PRB/MG) e
Roberto de Lucena (PV/SP) foram
os autores. A CONAMP apoia as
sugestões e participou da definição
do teor das emendas em conjunto
com os demais integrantes do Fo-
nacate.
Monitoramento
A CONAMP acompanha a
PEC 287/16 desde o início da tra-
mitação. Além de participar dos di-
versos debates sobre a temática, a
entidade apoia a Frente Parlamen-
tar Mista em Defesa da Previdên-
cia Social, que conseguiu criar
a Comissão Parlamentar de In-
quérito (CPI) da Previdência So-
cial no Senado Federal.
Na audiência pública realizada
em 9 de março, o promotor de Jus-
tiça Paulo Penteado representou a
CONAMP e demais entidades da
Frentas. Ele afirmou que o déficit
do regime próprio dos servidores
públicos da União deverá cair de
1,10% do Produto Interno Bruto
em 2016 para 0,43% em 2060.
A CONAMP possui ainda duas
publicações próprias sobre a refor-
ma da previdência: uma nota téc-
nica que analisa o texto original
da proposta e a cartilha que
apresenta quatro pontos funda-
mentais da reforma.
Confira a íntegra da apresentação de Paulo Penteado na audiência pública sobre a reforma da previdência:
VÍDEO
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SEGURANÇA INSITUCIONAL
Acusados de tentar matar promotor de Justiça em Monte Carmelo são condenados
Em março, na cidade de Uberlândia (MG), foi realizado o julgamento dos dois denunciados pela tentativa de matar o promotor de Justiça Marcus Vinicius Ribeiro Cunha, integrante do Ministério Pú-blico de Minas Gerais (MPMG). Eles foram condenados a nove anos e quatro meses de reclusão em regi-me fechado. Atuaram na acusação os promotores de Justiça Luciana Teixeira Rezende e Renato Teixeira Rezende.
O 1º vice-presidente da CO-NAMP, Victor Hugo Azevedo, o presidente da Associação Parana-ense do Ministério Público (APM-PPR), Cláudio Franco Felix, e a
diretoria da Associação Mineira do MP (AMMP), acompanharam o júri. Também estiveram presentes membros do MPMG e o chefe de gabinete do procurador-geral de Justiça do MPMG, Edson Ribeiro Baeta.
O crime ocorreu no dia 21 de fevereiro de 2015, quando Marcus Vinícius saía da Promotoria de Jus-tiça de Monte Carmelo e um dos réus, de motocicleta, aproximou--se e efetuou 15 disparos contra o carro da vítima, que foi atingida por três tiros.
De acordo com a acusação, o atirador tentou matar Marcus Vi-nícius em razão de ações movidas pelo promotor de Justiça contra o seu pai, ex-presidente da Câmara Municipal de Monte Carmelo. O pai, acusado de ser o mandante do
crime, e o filho, acusado de ser o executor, foram condenados pela prática de tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo tor-pe e uso de recurso que dificultou a defesa do ofendido).
Embora o fato tenha ocorrido em Monte Carmelo, julgamento foi desaforado para a comarca de Uberlândia, a pedido do MPMG, para assegurar a imparcialidade, bem como a segurança dos jura-
dos.
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Promotor de Justiça em Mon-
te Carmelo desde 2010, Marcus
Vinícius Ribeiro Cunha esteve à
frente, em 2013, da operação Feliz
Ano Novo, que teve como objetivo
desmontar esquema de fraudes
em licitações e desvio de dinheiro
público na Prefeitura e na Câmara
Municipal de Monte Carmelo. O
ex-presidente da Câmara figurou
como um dos investigados, tendo
sido afastado, por ordem judicial,
do cargo de vereador.
Atualmente, Marcus Vinícius
responde pela Promotoria de Justi-
ça de Defesa do Meio Ambiente de
Uberlândia.
Atividade de risco
À época do atentado, a presi-
dente da CONAMP, Norma Caval-
canti, considerou a agressão uma
afronta ao MP brasileiro, conforme
moção de repúdio publicada.
“Casos de ameaças, atentados e
assassinatos de membros do sis-
tema de justiça brasileiro têm sido
comuns, infelizmente. Essa reali-
dade inaceitável evidencia o risco
inerente à atividade dos membros
do Ministérios Público, às escân-
caras materializado e carecedor de
urgente reconhecimento formal”,
afirmou Norma.
A segurança institucional dos
membros do MP é tema de cons-
tante preocupação da CONAMP.
A caracterização institucional
a nível administrativo do ris-
co das funções do MP ocorreu
em sessão histórica do Conse-
lho Nacional do MP (CNMP) em
setembro de 2016. No entanto, a
entidade continua mobilizada para
garantir o reconhecimento legislati-
vo para que possam ser efetivos os
mecanismos de proteção da vida
de Promotores e Procuradores de
Justiça.
ESTUDO
Clique aqui e confira o estudo
técnico da CONAMP em defesa
da classificação administrativa
da atividade de risco do MP
SHS, Quadra 6, conjunto “A”, Complexo Brasil 21, bloco “A”, salas 305/306
Telefax: (61) 3314 1353 Brasília, DF CEP: 70.316 102
NOTA PÚBLICAA Associação Nacional dos Membros do Ministério Público – CONAMP, entidade de classe
que congrega mais de 16 mil membros dos Ministérios Públicos dos Estados, Distrito Federal
e Militar vem a público repudiar os atentados perpetrados contra a vida dos Promotores
de Justiça JOVINO PEREIRA SOBRINHO e WENDEL BEETOVEN RIBEIRO AGRA, bem como ao
Procurador-Geral de Justiça RINALDO REIS LIMA ocorridos no dia 24 de março do ano
fluente, na cidade de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, na sede do Ministério Público,
onde os mesmos têm exercido com denodo, destemor e competência suas funções na
gestão da instituição.A Conamp se solidariza com os colegas atingidos, familiares, amigos e todos os membros
do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Infelizmente, casos de ameaças, atentados e assassinatos de Promotores e Procuradores
de Justiça têm sido comuns, o que evidencia o risco inerente às atividades dos membros
do Ministério Público Brasileiro. A CONAMP ombreada com a AMPERN, na pessoa de seu presidente FERNANDO BATISTA DE
VASCONCELOS, acompanhará atentamente toda a apuração dos fatos, buscando assegurar
a punição exemplar dos culpados e, paralelamente, intensificará ainda mais sua luta
diuturna pela segurança efetiva dos membros do Ministério Público expostos a situações de
risco em razão do cargo, dever do Estado e anseio da sociedade. Brasília/DF, 25 de março de 2017.
NORMA ALGÉLICA REIS CARDOSO CAVALCANTI Presidente da CONAMP
NOTA
CONAMP repudia atentado
contra membros do MP do
Rio Grande do Norte
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ELEIÇÃO PARA PGJ
Mobilização no Piauí buscou garantir quePromotores concorram à vaga de PGJ
No dia 23 de março, a pre-
sidente da Associação Nacional
do Ministério Público (CONAMP),
Norma Cavalcanti, reuniu-se com
o presidente da Assembleia Legis-
lativa do Piauí, deputado Themísto-
cles Filho, para tratar da PEC es-
tadual 02/2016, que retirando dos
promotores de Justiça a possibili-
dade de se candidatarem ao cargo
de Procurador-Geral de Justiça do
Piauí.
Integrantes do da diretoria e
do conselho deliberativo da CO-
NAMP, assim como membros do
Ministério Público do Piauí, acom-
panharam o encontro. Também
esteve presente o Procurador-Ge-
ral de Justiça do Piauí, Cleandro
Moura; o juiz Thiago Brandão, pre-
sidente da Associação dos Magis-
trados Piauienses (AMAPI); Rinaldo
Reis Lima; presidente do Conselho
Nacional de Procuradores-Gerais
(CNPG); o Corregedor Nacional do
Ministério Público, Cláudio Portela;
promotores que atuam no Piauí e
procuradores dos estados de Goi-
ás e Rio Grande do Norte.
Para a CONAMP, a possibili-
dade de promotores e procurado-
res de Justiça serem candidatos
ao cargo de Procurador-Geral de
Justiça é uma conquista da so-
ciedade e do Ministério Público na
Constituição Federal de 1988. A
manutenção deste importante ins-
trumento de defesa dos interesses
da sociedade e das garantias dos
membros do Ministério Público é
uma das lutas históricas da CO-
NAMP e de suas associações afi-
liadas.
“Hoje, 23 estados brasileiros
já permitem que promotores e pro-
curadores se candidatem ao cargo
de Procurador-Geral de Justiça. A
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aprovação da PEC 02/ 2016 re-
presenta um retrocesso e cria uma
restrição aos promotores. Espera-
mos que os deputados votem pela
reprovação dessa matéria”, afirmou
Norma.
Em nota publicada, a CO-
NAMP manifestou-se contra a
medida. “[...] é uma manifesta ten-
tativa de burlar a iniciativa privativa
do Procurador Geral de Justiça em
propor alterações legislativas refe-
rentes ao Ministério Público”, está
escrito no documento. O texto diz
que “a possibilidade de Promotores
e Procuradores de Justiça serem
candidatos ao cargo de Procura-
dor-Geral de Justiça é uma con-
quista da sociedade e do Ministério
Público na Constituição Federal de
1988”.
Cenário nacional
Em todo o país, apenas cin-
co estados não possuem previsão
legal sobre a possibilidade de pro-
motor se candidatar a PGJ – Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Ro-
raima, São Paulo, e Tocantins.
Em Tocantins, já está na As-
sembleia Legislativa o Projeto de
Lei (PL) que altera a Lei Comple-
mentar nº 51/2008. O projeto foi
encaminhado pelo Procurador-Ge-
ral de Justiça, Clenan Renaut de
Melo Pereira, no último dia 16 de
janeiro de 2017.
A Associação Tocantinen-
se do Ministério Público (ATMP)
está acompanhando o trâmite do
projeto na Casa de Leis e vem se
reunindo com parlamentares para
mostrar a importância da aprova-
ção. Além disso, a ATMP está mo-
bilizando os membros do MP para
que, juntos, possam sensibilizar os
deputados sobre a importância da
aprovação desse Projeto para a
democracia tocantinense.
“Estados como São Paulo e
Mato Grosso do Sul já encaminha-
ram para as Assembleias Legisla-
tivas a nova proposta, deixando o
Tocantins como um dos últimos
Estados a passar por essa mudan-
ça. Acredito que a possibilidade de
os Promotores de Justiça se candi-
datarem ao cargo de PGJ garante
maior democracia participativa do
Ministério Público do Tocantins”,
afirmou o presidente da ATMP, Lu-
ciano Casaroti.
A presidente da CONAMP,
Norma Cavalcanti, confirma apoio
que este pleito é ao projeto de lei
que restabelece a capacidade elei-
toral passiva dos Promotores de
Justiça de Tocantins. “A Constitui-
ção Federal não diferencia Promo-
tores de Procuradores de Justiça.
Por isso a CONAMP tem como
meta histórica defender a capaci-
dade eleitoral passiva e ativa dos
membros do Ministério Público.
Nós apoiamos a ATMP nessa luta
justa pelos direitos de todos os in-
tegrantes do MP do Estado de To-
cantins”, afirma Norma.
Ministérios Públicos que
permitem candidatura de
promotores ou procurdores
Ministérios Públicos que
permitem candidatura
só de procuradores
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AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
CONAMP participa do debate no Senado Federal
O promotor de Justiça do
Piauí Paulo Rubens representou
a CONAMP em audiência pública
realizada no dia 30 de março, pela
Comissão de Direitos Humanos e
Legislação Participativa (CDH) do
Senado Federal, para discutir a
regulamentação da audiência de
custódia (PLS 554/2011). Estive-
ram presentes o tesoureiro da CO-
NAMP, Marcelo Oliveira, e o ex-pre-
sidente José Carlos Cosenzo.
Paulo afirmou a importância
das audiências de custódia, mas
fez ponderações sobre a regula-
mentação. Devido à falta de es-
trutura do sistema Judiciário no
interior do país, o prazo previsto de
24h para realização da audiência
de custódia possui risco de eventu-
al descumprimento e soltura preco-
ce. Outro aspecto defendido foi a
possibilidade de as vítimas também
participarem das audiências.
O representante da CONAMP
argumentou ainda que o momen-
to da audiência de custódia seria
oportuno para realizar audiência
preliminar em casos de infração
menor potencial ofensivo. Segundo
Paulo, esta seria uma forma de ofe-
recer uma resposta imediata à so-
ciedade já que todos os atores do
processo estariam reunidos.
Confira a participação com-
pleta de Paulo Rubens na CDH:A CONAMP acompanha a re-
gulamentação das audiências de
custódia desde o início da tramita-
ção e publicou um estudo técnico
de análise da medida.
O PLS 554/2011 foi aprovado
pelo Senado Federal em novembro
de 2016 e está tramitando na Câ-
mara dos Deputados com a iden-
tificação PL 6620/2016. O projeto
está apensado ao texto principal
da reforma do Código de Processo
Penal (PL 8045/2010).