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    QUESTÕESCOMENTADAS

    7.000

    EM

    Um dos maiores especialistas em Concursos Públicos do País

    20165ª EDIÇÃO

       D  e  a c ordo c o m 

     o  

    CESPE

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    IIISUMÁRIO

    14. O BRASIL E A FORMAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS ........................................................................................................................................................................ 213

    15. A DIMENSÃO DA SEGURANÇA NA POLÍTICA EXTERIOR DO BR ASIL ............................................................................................................................................... 215

    16. O BRASIL E AS COALIZÕES INTERNACIONAIS: O G20, O IBAS E O BRIC ......................................................................................................................................... 216

    17. O BRASIL E A COOPER AÇÃO SULS UL........................................................................................................................................................................................................... 219

    18. QUESTÕES COMBINADAS .................................................................................................................................................................................................................................. 220

    19. OFICIAL DE CHANCE LARIA ................................................................................................................................................................................................................................ 221

    6. ÉTICA PROFISSIONAL 223

    1. ATIVIDADE DE ADV OCACIA E MANDATO ................................................................................................................................................................................................... 223

    2. DIREITOS DO ADVOGADO .................................................................................................................................................................................................................................225

    3. INSCRIÇÃO NA OAB .............................................................................................................................................................................................................................................. 227

    4. SOCIEDADE DE ADVOGADOS .......................................................................................................................................................................................................................... 228

    5. ADVOGADO EMPREGADO ................................................................................................................................................................................................................................. 230

    6. HONOR ÁRIOS .......................................................................................................................................................................................................................................................... 230

    7. INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS .................................................................................................................................................................................................... 231

    8. PROCESSO ADMIN ISTRATIVO DISCIPLINAR ............................................................................................................................................................................................... 231

    9. DEVERES DOS ADVOGADOS, INFRAÇÕES E SANÇÕE S .......................................................................................................................................................................... 233

    10. OAB E ELEIÇÕES ..................................................................................................................................................................................................................................................... 235

    11. ÉTICA DO ADVOGADO .......................................................................................................................................................................................................................................239

    12. QUE STÕES DE CONTEÚD O VARIADO ............................................................................................................................................................................................................ 241

    7. DIREITO DO IDOSO 243

    1. DIREITOS FUNDAMENTAIS ................................................................................................................................................................................................................................. 243

    2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO .................................................................................................................................................................................................................................... 245

    3. POLÍTICA DE ATENDIME NTO AO IDOSO ...................................................................................................................................................................................................... 245

    4. ACESSO À JUSTIÇ A ................................................................................................................................................................................................................................................ 247

    5. CRIMES ....................................................................................................................................................................................................................................................................... 248

    6. POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO/CONSE LHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO ............................................................................................................... 2487. TEMAS VARIADOS .................................................................................................................................................................................................................................................. 250

    8. DIREITO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 251

    1. POLÍTICA NACIONAL PARA INTEGR AÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA LEI 7.853/1989 E DEC. 3.298/1999 ....................................................... 251

    2. ACESSIBILIDADE LEI 10.098/2000 E DEC. 5.296/2004 ........................................................................................................................................................................... 252

    3. SAÚDE MENTAL ...................................................................................................................................................................................................................................................... 253

    4. ACESSO À JUSTIÇ A ................................................................................................................................................................................................................................................ 253

    5. TUTELA PE NAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ........................................................................................................................................................................................ 253

    6. TEMAS COMBINADOS E OUTROS TEMAS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA .................................................................................................................................. 253

    9. DIREITO PROCESSUAL CIVIL 2561. PRINCÍPIOS DO PROCESSO CIVIL .................................................................................................................................................................................................................... 256

    2. PARTES, PROCURADORES, MINISTÉRIO PÚBLICO E JUIZ ...................................................................................................................................................................... 258

    3. PRAZOS PROCESSUAIS. ATOS PROCESSUAIS ............................................................................................................................................................................................. 265

    4. LITISCONSÓRCIO, ASSISTÊNCIA E INTER VENÇÃO DE TERCEIROS ..................................................................................................................................................... 269

    5. JURISDIÇÃO E COMPE TÊNCIA .......................................................................................................................................................................................................................... 274

    6. PRESS UPOSTOS PROCESSUAIS E CONDIÇÕES DA AÇÃO ..................................................................................................................................................................... 283

    7. FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCE SSO. NULIDADES .............................................................................................................................................. 284

    8. TUTELA AN TECIPADA E LIMINAR EM CAUTELAR ..................................................................................................................................................................................... 288

    9. PROCESSO DE CONHECIMENTO. RITOS SUMÁRIO E ORDINÁRIO .....................................................................................................................................................291

    10. SENTENÇA. LIQUIDAÇÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. COISA JULGADA ............................................................................................................................... 30611. AÇÕE S ANULATÓRIA E RESCISÓRIA ............................................................................................................................................................................................................... 313

    12. RECURSOS ................................................................................................................................................................................................................................................................ 316

    13. EXECUÇÃO................................................................................................................................................................................................................................................................ 329

    14. CAUTELAR ................................................................................................................................................................................................................................................................. 337

    15. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ........................................................................................................................................................................................................................... 343

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    SUMÁRIOIV

    16. JUIZADO ESPECIAL CÍVEL, FEDERAL E DA FAZENDA PÚB LICA .......................................................................................................................................................... 348

    17. AÇÃO CIVIL PÚBLICA, AÇÃO POPULAR E AÇÃO DE IMPROB IDADE ................................................................................................................................................. 350

    18. MANDADO DE SEGURANÇA E HABEAS DATA ............................................................................................................................................................................................. 350

    19. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIO NALIDADE ........................................................................................................................................................................................... 352

    20. DEMAIS Q UESTÕES DE LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE .......................................................................................................................................................................... 352

    21. TEMAS COMBINADOS .........................................................................................................................................................................................................................................354

    10. LÍNGUA INGLESA 367

    11. LÍNGUA ESPANHOLA 386

    12. ECONOMIA 389

    1. MICROECONOMIA ................................................................................................................................................................................................................................................. 389

    2. MACROECONOMIA ............................................................................................................................................................................................................................................... 393

    3. ECONOMIA INTERNACION AL ........................................................................................................................................................................................................................... 397

    4. HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL ................................................................................................................................................................................................................ 400

    5. ECONOMIA BRASIL EIRA CONTEMPORÂNEA .............................................................................................................................................................................................. 403

    6. MATEMÁTICA FINANCEIRA ................................................................................................................................................................................................................................ 405

    7. TÓPICOS DE CO NTABILIDADE .......................................................................................................................................................................................................................... 406

    13. CONTABILIDADE 407

    1. TEORIA DA CONTABILIDADE ............................................................................................................................................................................................................................. 407

    2. CONTABILIDADE GERAL...................................................................................................................................................................................................................................... 410

    3. CONTABILIDADE COMERCIAL .......................................................................................................................................................................................................................... 436

    4. CONTABILIDADE DE CUSTOS ............................................................................................................................................................................................................................ 443

    5. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................................................................................................................... 446

    6. CONTABILIDADE PÚBLICA ................................................................................................................................................................................................................................. 456

    14. DIREITO DE TRÂNSITO 457

    1. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO LEI Nº 9.503/1997........................................................................................................................................................................ 457

    2. PERFIL CONSTITUCIONAL E FUNÇÕE S INSTITUCIONAIS DO DPRF .................................................................................................................................................. 471

    3. LEI Nº 9.654/1998 ...................................................................................................................................................................................................................................................472

    4. DECRE TO Nº 1.655/1995...................................................................................................................................................................................................................................... 472

    15. LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL DE CARREIRAS 474

    1. MINISTÉRIO PÚBLICO ........................................................................................................................................................................................................................................... 474

    2. DEFENSORIA PÚ BLICA ......................................................................................................................................................................................................................................... 476

    3. ANVISA ....................................................................................................................................................................................................................................................................... 483

    4. AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE ANS ......................................................................................................................................................................................................... 4875. ANATEL ...................................................................................................................................................................................................................................................................... 491

    6. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO E COMBATE À FOME MDS ...................................................................................................................................................494

    7. MINISTÉRIO DA SAÚDE E SUS ........................................................................................................................................................................................................................... 496

    8. INSS ............................................................................................................................................................................................................................................................................. 497

    9. TCU .............................................................................................................................................................................................................................................................................. 498

    10. TRIBUNAIS SUPERIORES .....................................................................................................................................................................................................................................499

    11. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU ................................................................................................................................................................................................................... 503

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    1. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO1 E m m i n h a o p i n i ã o , u m a p e r c e p ç ã o i n g ê n u a d o s

    fenômenos de mercado, como a crença nos mercadosperfeitos, fornece exatamente o que seus críticos mais

    4 u t il i zam como munição nos momentos de c r ise edescontinuidade. O argumento da suposta infalibilidade dosmercados em bases cientícas e a pretensão de transformar 

    7 economia e finanças em ciências exatas produzem umaperigosa mistificação: confundir brilhantes construçõesmentais para entender a realidade com a própria realidade.

    10 Os mercados não são perfeitos. São, isto, sim, poderososinstrumentos de coordenação econômica em buscapermanente de eciência. Mas são também o espelho de

    13 nossos humores, reetindo nossa falibilidade nas avaliações.São contaminados por excesso de otimismo e de pessimismo.São humanos, demasiado humanos.

    Paulo Guedes. “Os mercados são demasiado humanos”.

    In: Época, 21/7/2008 (com adaptações).

    (Analista – STJ – 2008 – CESPE)  A partir da organização dasideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue oitem subsequente.

    (1) O período inicial do texto, “Em minha opinião (...) descon-tinuidade” (l.1-5), explicitando um juízo de valor, apresentao formato adequado, no teor e na correção gramatical, paracompor o texto nal de um parecer, se no nal deste foracrescida a frase É o parecer.

    (2) Seria mantida a correção gramatical do trecho “Os mercadosnão são perfeitos. São, isto, sim, poderosos” (l.10), casoele fosse assim reescrito: Os mercados não são perfeitos;são, isto sim, poderosos.

    1: o período é, claramente, introdutório, pois deixa em aberto os fun-damentos para a armação feita pelo autor, que serão delineados nodecorrer do texto, além de tratar de uma questão secundária no contextoargumentativo (a percepção ingênua a respeito do mercado comomunição para seus críticos). O cerne do texto refere-se à imperfeiçãodos mercados, por sujeitarem-se às falibilidades humanas, questão quenão é abordada nesse período inicial e constaria, muito provavelmente,da conclusão de um parecer. Finalmente, quanto à forma, o período nalde um parecer seria algo como “Por essas razões, entendo que ....”;2: as duas orações são equivalentes. Há correspondência semântica.

       G  a  b  a  r i t  o  1   E ,  2   C

     A expressão caos aéreo já faz parte da l inguagemcorrente quando o assunto é a aviação comercial brasileira. A ri gor, toda essa cr ise la tente no si stema de te rm inai saeroportuários – que aora nos momentos de pico de viagens

    e a qualquer maior instabilidade meteorológica em regiões chave – já foi pr ev is ta há mu it o te mp o. Nã o er a pr ec is o se r médium para, mesmo antes do desastre com avião na Amazônia no final de 2006, perceber que a leniência dasautoridades federais diante dos gargalos no setor iria, cedo outarde, desembocar na atual situação: pistas saturadas, salas deespera repletas, infraestrutura dos aeroportos, principalmenteos maiores, sobrecarregada.

    Nó dos aeroportos poderá ser desatado.

    In: O Globo, 5/12/2010 (com adaptações).

    (STM – 2011 – CESPE) Acerca dos aspectos estruturais e dossentidos do texto acima, julgue o item a seguir.

    (1)  A forma verbal “aora” (l.4) poderia ser substituída pordesencadeia, sem prejuízo nem alteração do sentido originaldo texto.

    1: aorar  nesse contexto tem a acepção de “tornar-se visível”, “dar aconhecer”. Desencadear  é provocar uma reação súbita. Em um primeiromomento pode-se imaginar que a substituição é possível, porém devemosprestar atenção ao sujeito do verbo aorar. Seu sujeito é crise. A crise aoranos picos de viagens. O pico de viagens desencadeia a crise: “toda essacrise (...) aora nos momentos de pico de viagens”.

       G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

    1 O mundo do t rabalho tem mudado numa ve locidadevertiginosa e, se os empregos diminuem, isso não quer dizer que o trabalho também.

    4 Só que ele está mudando de cara. Como tambémestá mudando o perl de quem acaba de sair da universidade,da mesma forma que as exigências da sociedade e — por que

    7 não? — do mercado, cada vez mais globalizado ecompetitivo.Tudo indica que mais de 70% do trabalho no futuro

    10 vão requerer a combinação de uma sólida educação geralcom conhecimentos específicos; um coquetel capaz defornecer às pessoas compreensão dos processos, capacidade

    13 de transferir conhecimentos, prontidão para antecipar eresolver problemas, condições para aprender continuamente,

    conhecimento de línguas, habilidade para tratar com pessoas16 e trabalhar em equipe.

    Revista do Provão, n.º 4, 1999, p. 13 (com adaptações).

    (Analista – TST – 2008 – CESPE) A partir do texto acima, julgueo item subsequente.

    (1) Da organização das ideias do último parágrafo do texto, écorreto que se interprete “coquetel” (l.11) como “conheci-mentos especícos” (l.11).

    1: A palavra coquetel , nesse contexto, refere-se à “combinação de umasólida educação geral com conhecimentos especícos”.

       G  a  b  a  r i t  o  1   E

    1 Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais,mas nada é mais marcante do que a nossa capacidade detrabalhar, de transformar o mundo segundo nossa

    4 qualicação, nossa energia, nossa imaginação. Ainda assim,para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais é doque puro desgaste da vida. Na sociedade capitalista, a

    7 produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a tãoforte rotinização, apequenamento e embrutecimento doprocesso de trabalho de forma que já não há nada que mais

    10 nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grandemaioria, fazer o que temos em comum com os outrosanimais: comer, dormir, descansar, acasalar.

    13 Nossa capacidade de trabalho, a potência humana detransformação e emancipação de todos, cou limitada a ser 

    apenas o nosso meio de ganhar pão. Capacidade, potência,

    1. L ÍNGUA  PORTUGUESA Diego Amorim, Eloy Gustavo de Souza, Fernanda Franco, Henrique Subi, Magally Dato e Rodrigo Ferreira de Lima*

    * Henrique Subi comentou as questões dos concursos Policiais, de Enfermagem e Bancários, Eloy Gustavo de Souza comentou asquestões de Diplomacia e Ocial de Chancelaria, Fernanda Franco comentou as questões de Assistente de Chacelaria, Diego Amorim comentou as questões dos concursos da Polícia Militar, Fernanda Franco e Rodrigo Ferreira de Lima comentaram as questões dosconcursos Federais e Magally Dato comentou as demais questões.

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    DIEGO AMORIM, ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA2

    16 criação, o trabalho foi transformado pelo capital no seucontrário. Tornou-se o instrumento de alienação no sentidoclássico da palavra: o ato de entregar ao outro o que é nosso,

    19 nosso tempo de vida.

    Emir Sader. “Trabalhemos menos, trabalhemos todos”.In: Correio Braziliense, 18/11/2007 (com adaptações).

    (Analista – TST – 2008 – CESPE)  Julgue os seguintes itens a

    respeito do texto acima.(1)  A argumentação do texto se organiza em torno de duas

    ideias opostas de trabalho: o trabalho como “puro desgaste

    da vida” (l.6) e o trabalho como capacidade de “transforma-

    ção e emancipação de todos” (l.14).(2)  As substituições de “Preferimos” (l.10) por Prefere e de

    “temos” (l.11) por tem preservam a correção gramatical do

    texto, mas enfraquecem a argumentação de que é a maioria

    de nós “homens” (l.5) que prefere “comer, dormir,descansar,

    acasalar” (l.12).

    1: essa oposição é o cerne do texto. A capacidade de trabalhar, que éo principal diferencial do ser humano, foi transformada, pelo capital,

    em instrumento de alienação; 2: de fato, o uso da primeira pessoa doplural inclui o autor no contexto, enquanto o uso da terceira pessoaafasta-o do conjunto daqueles que se igualam aos “outros animais”.Nesse sentido, a ideia de “nós homens” (o autor incluído), comosujeitos, caria enfraquecida pelas substituições propostas.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C ,  2   C

    1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao2 mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande3 observação dos seus legisladores. Rero-me ao processo4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em ns de5 novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca6 da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem

    8 eliminar. Vários processos foram experimentados, todos9 deixados ao cabo de alguns anos. É curioso que alguns deles10 coincidissem com os nossos de um e de outro mundo. Os11 males não eram gerais, mas eram grandes. Havia eleições12 boas e pacícas, mas a violência, a corrupção e a fraude13 inutilizavam em algumas partes as leis e os esforços leais dos14 governos. Votos vendidos, votos inventados, votos destruídos,15 era difícil alcançar que todas as eleições fossem puras e16 seguras. Para a violência havia aqui uma classe de homens,17 felizmente extinta, a que chamam pela língua do país,18 kapangas ou kapengas. Eram esbirros particulares,19 assalariados para amedrontar os eleitores e, quando fosse20 preciso, quebrar as urnas e as cabeças. Às vezes, quebravam21 só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas.22 Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão

    23 especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum24 pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram25 dados pela vontade soberana do país. A corrupção era menor 26 que a fraude; mas a fraude tinha todas as formas. Enm,27 muitos eleitores, tomados de susto ou de descrença, não28 acudiam às urnas.

    Machado de Assis. “A semana”. Obra completa, v.III.Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p.757.

    (Analista – TSE – 2006 – CESPE) De acordo com o texto, julgueos itens a seguir.

    I.  A reiteração da palavra “votos” (l.14) confere ênfase à ideiaapresentada no período.

    II.

    Pelos sentidos do texto, conclui-se que a palavra “esbirros”(l.18) está sendo empregada com o mesmo signicado quetem atualmente a palavra capanga.

    III.  A expressão “lhe foram dados” (l.24-25) pode, sem prejuízopara a correção gramatical do período, ser substituída porforam dados a ele.

    IV.  A palavra “corrupção” (l.25) está sendo empregada comosinônima de “fraude” (l.26).

     A quantidade de itens certos é igual a

    (A) 1.(B) 2.(C) 3.(D) 4.

    Somente a assertiva em IV é errada, pois a armação de que “A cor -rupção era menor que a fraude” indica que são conceitos distintos. Não

    há como haver gradação sem distinção.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

    Caro eleitor,

    1 Nos últimos meses, a campanha política mobil izouvivamente os brasileiros. No primeiro turno, foramalcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de

    4 comparecimento às urnas e de uma irrepreensível votação,em que tudo aconteceu de forma tranquila e organizada, aapuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o

    7  Brasil como modelo nessa área. Amanhã se rão defi nidos os nomes do pres idente daRepública e dos governadores de alguns estados. O país,

    10  mais do que nunca, conta com você.Democracia é algo que lhe diz respeito e que seaperfeiçoa no dia a dia. É como uma construção

    13 bem-preparada, erguida sobre fortes alicerces. Essesalicerces são exatamente os votos de todos os cidadãos.Quanto mais el você for no exercício do direito de denir 

    16  os representantes, mais sólidas serão as bases da nossademocracia. Por isso, é essencial que você valorize essaescolha, elegendo, de modo consciente, o candidato que

    19  julgar com mais condições para conduzir os destinos do paíse de seu estado.Você estará determinando o Brasil que teremos nos

    22  próximos quatro anos. Estará definindo o amanhã, o seupróprio bem-estar e de sua família, o crescimento geral, a

    melhoria do emprego, da habitação, da saúde e segurança25  públicas, do transporte, o preço dos alimentos. O momento

    é decisivo e em suas mãos — entenda bem, em suas mãos —está depositada a conança em dias felizes.

    28  Compareça, participe. Não se omita, não transfira aoutros uma escolha que é sua. Pense e vote com a rmeza dequem sabe o que está fazendo, com a responsabilidade de

    31 quem realmente compreende a importância de sua atitudepara o progresso da nação brasileira. Esta é a melhor contribuição que você poderá dar a sua Pátria.

    Ministro Marco Aurélio de Mello. “Pronunciamento ocial”.

    Internet: (com adaptações).

    (Analista – TSE – 2006 – CESPE) Em relação ao texto anterior,assinale a opção correta.(A) Considerando-se o gênero textual, é correto armar que o

    emprego de “você”, no decorrer do texto, indica um interlo-cutor único.

    (B) Na linha 3, a substituição do sinal de dois-pontos porponto nal e o emprego de inicial maiúscula em “além”provocam truncamento sintático, o que prejudica a coe-rência do texto.

    (C)  A expressão “nessa área” (l.7) retoma a ideia implícita, noparágrafo, de processo eleitoral.

    (D)  A substituição da expressão “serão denidos” (l.8) pordenir-se-ão garante a correção gramatical do período.

    A: o emprego do pronome de tratamento “você” indica que o autorquer proximidade com seus interlocutores, mas não, no caso, inter-locutor único, pois se trata de carta aberta a todos os eleitores; B: não haveria alterações sintático-semânticas; C: o parágrafo refere-seao processo eleitoral, embora não mencione explicitamente essaexpressão; D: o uso da expressão “serão denidos”, no caso, égramaticalmente correta.

       G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

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    31. LÍNGUA PORTUGUESA

     A ética é o dia a dia de uma sociedade. Sociedades não existemno abstrato: elas precisam de alguma espécie de cimento quemantenha as suas peças bem-ajustadas e sólidas. Antigamente,esse cimento era fornecido pelos valores religiosos. Uma dasdiferenças entre o Ocidente moderno e os países islâmicosé que lá o cimento continua a ser religioso; enquanto aqui,chegou-se à conclusão de que era melhor laicizar a política,deixando as crenças para a consciência ou a convicção de

    cada um.E assim, o que nos mantém unidos em torno deste ou daqueleprojeto político é a ideia — concreta ou difusa — de uma ética;de um tipo de comportamento que preste homenagem a certosprincípios. Esses princípios poderiam ser resumidos em um só:o da coisa pública.

    O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações).

    (Analista – TSE – 2006 – CESPE) Em relação às ideias do textoacima, assinale a opção correta.

    (A) O cimento que mantém a sociedade ocidental bem-ajustadae sólida são os valores religiosos.

    (B) Os países islâmicos laicizaram a política em busca de umprincípio ético.(C) O princípio da coisa pública resume os princípios a que uma

    ética que embasa um projeto político presta homenagem.(D) Os países islâmicos relegam as crenças à consciência ou

    à convicção de cada um.

    A, B e D: os valores religiosos deixaram de ter função de cimentoda sociedade no Ocidente moderno (houve laicização da política,deixaram-se “as crenças para a consciência ou a convicção de cadaum”), embora nos países islâmicos “o cimento continu[e] a ser reli-gioso” (não houve laicização); C: o cimento da sociedade ocidentalmoderna, segundo o autor, “é a ideia — concreta ou difusa — deuma ética; de um tipo de comportamento que preste homenagem acertos princípios. Esses princípios poderiam ser resumidos em um

    só: o da coisa pública”.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

    1 Um lugar sob o comando de gestores, onde osfuncionários são orientados por metas, têm o desempenhoavaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela

    4 eciência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo —menos uma escola pública brasileira. Pois essas são algumasdas práticas implantadas com sucesso em um grupo de

    7 escolas estaduais de ensino médio de Pernambuco. Aexperiência chama a atenção pelo impressionante progressodos estudantes depois que ingressaram ali.

    10 Como é praxe no local, o avanço foi quantificado.Os alunos são testados na entrada, e quase metade deles tirouzero em matemática e notas entre 1 e 2 em português. Isso

    13 em uma escala de zero a 10. Depois de três anos, elescravaram 6 em tais matérias, em uma prova aplicada peloMinistério da Educação. Em poucas escolas públicas

    16 brasileiras, a média foi tão alta. De saída, há umacaracterística que as distingue das demais: elas sãoadministradas por uma parceria entre o governo e uma

    19 associação formada por empresários da região. Osprofessores são avaliados em quatro frentes: recebem notasdos alunos, dos pais e do diretor e ainda outra pelo

    22 cumprimento das metas acadêmicas. Aos melhores, éconcedido bônus no salário.

    Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STF – 2008 – CESPE) Com referência às ideiase às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.

    (1) Predomina no fragmento o tipo textual narrativo ccional.

    1: trata-se de uma reportagem baseada em fatos reais (não ccionais)veiculada em revista informativa – texto dissertativo.

       G  a  b  a  r i t  o  1   E

    (Técnico Judiciário – STF – 2008 – CESPE) Tendo o texto prece-dente como referência inicial e considerando o atual cenárioeducacional brasileiro, julgue os itens que se seguem.

    (1) Em linhas gerais, os procedimentos administrativos epedagógicos adotados nas escolas pernambucanas citadasno texto assemelham-se signicativamente aos que sãopraticados na maioria das redes estaduais e municipais de

    educação brasileiras.(2) Os mecanismos de avaliação hoje existentes demonstrama persistência de graves problemas na educação brasileira,os quais, ainda que atingindo mais fortemente a escolapública, também afetam a rede privada.

    (3) Infere-se do texto que a melhoria do desempenho na edu-cação resulta de um conjunto de ações e de atitudes, entreas quais se situam o planejamento e a avaliação sistemáticade alunos e docentes.

    (4) O texto conrma uma verdade conhecida há tempos: noBrasil, o principal problema da educação básica é a faltade vagas nas escolas públicas.

    (5) Muitos especialistas acreditam que a inexistência de uma

    lei geral da educação, que estabeleça as diretrizes e xeas bases para a organização do sistema educacional, sejaa razão principal dos problemas vividos pelo setor.

    1: infelizmente os procedimentos administrativos e pedagógicos nãosão adotados na maioria das escolas públicas brasileiras: “Um lugarsob o comando de gestores, onde os funcionários são orientados pormetas, têm o desempenho avaliado dia a dia e recebem prêmios emdinheiro pela eciência na execução de suas tarefas, pode parecertudo — menos uma escola pública brasileira”; 2: pelo contexto socialbrasileiro, vericamos que a assertiva está correta; 3: pela análisedo contexto social e pelas informações fornecidas pelo texto, infere--se o que a assertiva descreve; 4: em momento algum o texto nosfornece essa informação. A assertiva está errada; 5: a razão não é ainexistência de lei (há a Lei de Diretrizes e Base da Educação) e simsua efetiva aplicação.

       G  a  b  a  r i t  o  1   E ,  2   C ,  3   C ,  4   E ,  5   E

    1 Um Brasi l com desemprego zero. Um Brasi l bemdistante das estatísticas que apontam para uma taxa dedesocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu

    4 mercado de trabalho nas mãos de empreendedores locais,formais e informais. Cerca de 30 cidades devem integrar esseBrasil fora das estatísticas. São exceções e prova viva da

    7 força empreendedora do interior e de seu papel empregador.E representam, ainda, a força do agronegócio, o avanço aoconsumo da classe C e os efeitos na economia dos programas

    10 de transferência de renda, afirmou Luiz Carlos Barboza,diretor do SEBRAE Nacional.

    O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STF – 2008 – CESPE) Com relação ao textoacima, julgue os itens a seguir.

    (1) Segundo os dados estatísticos apresentados no texto, os bene-ciados pelos programas e transferência de renda integram ocontingente de empregados.

    (2) O primeiro período do texto tem natureza nominal.(3) De acordo com as informações do texto, há cerca de 30

    cidades que não são contabilizadas nas estatísticas ociaissobre desemprego.

    1:  segundo o texto, a taxa de 9% corresponde aos desempregadosque se beneciariam dos programas de transferência de renda; 2: oprimeiro período “Um Brasil com desemprego zero.” não apresentaverbo, somente nome. Tem natureza nominal; 3: de acordo com o texto,há cerca de 30 cidades contabilizadas que estão fora das estatísticassobre desemprego: “Cerca de 30 cidades devem integrar esse Brasilfora das estatísticas. São exceções e prova viva da força empreendedorado interior e de seu papel empregador.”

       G  a  b  a  r i t  o  1   E ,  2   C ,  3   E

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    DIEGO AMORIM, ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA4

    1   O consumo das famílias deverá crescer 7,5% nesteano, tornando-se um dos principais responsáveis pelocrescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A

    4 nova estimativa do consumo das famílias é uma dasprincipais mudanças nas perspectivas para a economiabrasileira em 2008 traçadas pela Confederação Nacional da

    7 Indústria em relação às previsões apresentadas em dezembrodo ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado

    em 6,2%.10   O aumento do emprego e os programas detransferência de renda continuam a beneficiar mais asfamílias que ganham menos, cujo consumo tende a aumentar 

    13 proporcionalmente mais do que o das famílias de renda maisalta. A oferta de crédito, igualmente, atinge mais diretamenteessa faixa.

    O Estado de S. Paulo, 7/4/2008 (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STF – 2008 – CESPE) Considerando o textoacima, julgue o item a seguir:

    (1) De acordo com os sentidos do texto, de dezembro do anopassado até hoje, houve uma modicação nas perspectivaspara a economia brasileira no que se refere ao consumo.

    1: a assertiva está correta, pois, de acordo com o texto, “o consumodas famílias deverá crescer 7,5% neste ano (...) em dezembro do anopassado (...) o aumento do consumo foi estimado em 6,2%.”.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C

    1  A noção de tempo é uma das que imediatamente atraem nossaatenção, em vista de ser o tempo uma das categorias básicasdo conhecimento construído pelo pensamento cientíco ocidental.

    4 Tempo, espaço e movimento são atributos da matéria. Para osíndios maxacalis, o tempo é circular. Sua marcação de tempo, seucalendário, está associada aos ciclos de chuva e seca, aos interesses

    7 de plantio e de colheita, a conitos internos e externos, às doençase à morte. A presença dos espíritos da terra confere plena harmoniae grande felicidade aos humanos. Porém, ocorrendo qualquer 

    10 distúrbio, interrompem-se os ciclos. Então, é possível considerar queas interpretações de tempo para os maxacalis são circunstanciadasde muitas relações, de muitos fenômenos, como tudo em sua vida.

    13 Por contraste, ca-nos o nosso conceito de tempo – uma coisamedida, fragmentável em outras menores, com nomes, comdimensões cada vez mais precisas. Nossa vida, pensada e escalada,

    16 segundo os valores e atributos dessa ciência ocidental, está cada vezmais fragmentada em ações programadas e connadas a horários, aprazos.

    Lilavate I. Romanelli. Encontros e desencontros entre a

    cultura acadêmica e a cultura indígena. In: Linguagem,

    cultura e

    cognição. Belo Horizonte: Autêntica e Ceale, 2001,

    pp. 159-60 (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STJ – 2008 – CESPE) Julgue o seguinteitem, a respeito da organização das ideias do texto acima.

    (1) O texto mostra, por contraste, duas concepções de tempo:a dos índios maxacalis, relacionada aos fenômenos da vidahumana, e a das civilizações ocidentais, fragmentada pelasmedições cientícas e associada, textualmente, a “Nossavida” (l.15).

    1: para os índios, a concepção de tempo “está associada aos ciclosde chuva e seca, aos interesses de plantio e de colheita, a conitosinternos e externos, às doenças e à morte.”. Para as civilizaçõesocidentais o “conceito de tempo – uma coisa medida, fragmentávelem outras menores, com nomes, com dimensões cada vez maisprecisas”.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C

    1   O que há de paradoxal a respeito da economiade hoje é a sua força. É certo que há paralelos com aGrande Depressão norte-americana. As pessoas temem

    4 aqu ilo que não compreendem ou não esperam. Noinício da década de 30, ninguém sabia por que, afinal,a economia havia se deteriorado com tanta rapidez. Da

    7 mesma maneira, boa parte das más notícias eram, emgeral, inesperadas.

       As pe ss oa s te me m o qu e vir á a se gu ir . El as10 se preocupam com a estabi l idade dos mercados

    f inance i ros e da economia g loba l izada. Essasansiedades são legítimas. Os prazeres da prosperidade

    13 geram complacência e inspiram equívocos que, algumtempo depois, incidem sobre os mercados financeiros,sobre a geração de empregos e a produção. Assim como

    16 as expansões levam, afinal, à autodestruição, damesma maneira, os declínios tendem a criar forças deautocorreção.

    O Estado de S.Paulo, 25/7/ 2008 (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STJ – 2008 – CESPE) Com referência ao texto

    acima, julgue o item subsequente.(1) O desenvolvimento das ideias do texto leva a concluir que a

    “economia de hoje” (l.1-2) tem força, e não entra em colapso,porque cria forças de autocorreção no seu declínio.

    1: observar o trecho: “Assim como as expansões levam, anal, àautodestruição, da mesma maneira, os declínios tendem a criar forçasde autocorreção.”

       G  a  b  a  r i t  o  1   C

    Dar o peixe ou ensinar a pescar?

    1  Ainda é muito comum o argumento de que, no combateà pobreza no Brasil, não se deve dar o peixe, mas ensinar a pes-car. Os resultados de pesquisas recentes, no entanto, indicam

    4 que ensinar a pescar pode ser muito pouco para uma grandemassa de população que já se encontra em situação deextrema privação.

    7  A pobreza é uma metáfora para o sofrimento humano trazidoà arena pública, e pode ser denida de maneiras distintas.Muita energia é despendida na busca de uma denição rigo-

    10 rosa, capaz de distinguir com clareza o sofrimento suciente dosofrimento insuciente para classicar alguém como pobre, masaqui isso não é necessário: apenas para conduzir a argumen-

    13 tação, vamos tratar pobreza como uma situação extrema, na qualse encontram os indivíduos pertencentes a famílias que nãodispõem de renda para adquirir uma cesta de alimentos e outros

    16 bens de consumo, como vestimentas e medicamentos.

    Pesquisas embasadas nesse tipo de denição estimam que

    uma fração entre um terço e a metade da população brasi-19 leira possa ser considerada pobre. Essa é uma denição forte;

    e estimativas subjetivas de linhas de pobreza demonstram queboa parte da população brasileira ainda consideraria insu-

    22 cientes as rendas de famílias que se encontram em níveis supe-riores aos usados nessas pesquisas como linha de pobreza.Vamos assumir, também, que a existência desse tipo de po-

    25 breza é socialmente inaceitável e, portanto, que desejamoserradicá-la o quanto antes. É óbvio que o horizonte de tempoproposto dene que tipos de mudança na sociedade serão

    28 necessários. Provavelmente, um prazo mais curto exigirápolíticas mais drásticas.Para manter a argumentação em torno das propostas mais

    31 debatidas, atualmente, para a erradicação da pobreza no país,

    vamos denir como limite razoável algo entre uma e duasdécadas.

    34  A insuciência de recursos nas mãos de parte da populaçãopode ser entendida como resultado ou de uma insuciênciageneralizada de recursos ou de má distribuição dos recur-

    37 sos existentes. Logo, o combate à pobreza pode tomar doisrumos básicos: aumentar o nível de recursos  per capita  da

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    51. LÍNGUA PORTUGUESA

    sociedade ou distribuir melhor os recursos existentes. Nada40 impede, é claro, que as duas coisas ocorram simultaneamente.

    Os caminhos para o aumento dos recursos  per capi taencontram-se entre dois extremos: diminuir a população ou fazer 

    43 com que a economia cresça mais rápido que ela. Como asestratégias de diminuição da população existente, em um prazorazoável, beiram o absurdo, a proposta de crescimento da

    46 economia, maior do que a do crescimento da população, é

    geralmente muito mais debatida no Brasil.Dadas as d i f i cu ldades que se co locam pa ra o

    49 crescimento acelerado de qualquer economia, durantemuito tempo se sugeriu que o problema da pobreza noBrasil poderia ser enfrentado pela via do controle de

    52 natalidade. Embora esse argumento, ainda hoje, encontrealgum eco fora dos meios acadêmicos, todas asevidências empíricas disponíveis rejeitam a viabilidade

    55 da erradicação da pobreza por meio da redução no ritmode reprodução da população.

    Marcelo Medeiros. In: UnB Revista, dez./2003-mar./2004,

    p. 16-9 (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STJ – 2004 – CESPE) Acerca do texto acima,

     julgue os itens a seguir.(1) O texto, apesar de falar em “argumentação” (l.12 e 30),

    é predominantemente descritivo, uma vez que apresentaos contornos e as características da parte da populaçãobrasileira considerada “pobre”.

    (2) No primeiro parágrafo, a ideia central pode ser resumidada seguinte forma: é necessário dar bens de subsistênciapara quem já se encontra em situação de miséria extrema.

    (3) Do segundo ao quinto parágrafos, é apresentada, entre dis-tintas acepções de pobreza, a que será adotada pelo autor emediante a qual devem ser entendidas as suas ideias.

    (4) Nos parágrafos sexto e sétimo, o autor associa a pobreza,fundamentalmente, a aspectos econômicos e nanceiros,argumentando que, para saná-la, é imperioso elevar a renda

     per capita.(5) No último parágrafo, a proposta de diminuição da taxa

    demográca de pobres, com o estímulo ao controle e àredução da natalidade, é defendida pelo autor.

    1:  o texto é predominantemente dissertativo: há um encadeamentológico e ordenado e o raciocínio se realiza pela formulação sequencialde uma ideia a outra; 2:  observe o trecho: “pescar pode ser muitopouco para uma grande massa de população que já se encontra emsituação de extrema privação”; 3: observe o 5º parágrafo: “Para mantera argumentação em torno das propostas mais debatidas, atualmente,para a erradicação da pobreza no país, vamos denir como limiterazoável algo entre uma e duas décadas.” É nesse parágrafo que o

    autor dene a acepção que irá adotar; 4: no sexto parágrafo, o autordiz “o combate à pobreza pode tomar dois rumos básicos: aumentaro nível de recursos per capita  da sociedade ou distribuir melhor osrecursos existentes.” A assertiva está errada; 5: o autor não defendea argumentação da diminuição da taxa demográca de pobres com oestímulo ao controle e à redução da natalidade. Ele apenas expõe aideia e diz: “Embora esse argumento, ainda hoje, encontre algum ecofora dos meios acadêmicos, todas as evidências empíricas disponíveisrejeitam a viabilidade da erradicação da pobreza por meio da reduçãono ritmo de reprodução da população.”

       G  a  b  a  r i t  o  1   E ,  2   C ,  3   C ,  4   E ,  5   E

    1 O Supe r io r Tr i bunal de Jus t i ça (STJ) compõe-sede, no mínimo, 33 ministros nomeados pelo presidente daRepública, depois de aprovada a indicação pelo Senado

    4 Federal. Os ministros são escolhidos por meio de listastríplices, por voto secreto, pela maioria do plenário, que sereúne para tal m.

    7 Podem ser min i s t ros do STJ os b ras i l ei ros commais de 35 anos e menos de 65 anos de idade, de notávelsaber jurídico e reputação ilibada, conforme determina o

    10 texto constitucional. Um terço das vagas é preenchido por  juízes dos tribunais regionais federais (TRFs) e um terço écomposto por desembargadores dos tribunais de justiça; o

    13 terço restante é reservado, em partes iguais, a advogados emembros do Ministério Público Federal, Estadual, doDistrito Federal e dos Territórios, alternadamente, desde que

    16 tenham mais de 10 anos de efetiva atividade prossional esejam indicados, em listas sêxtuplas, pelos seus órgãos

    de representação.Internet: (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STJ – 2004 – CESPE) A respeito das infor-

    mações e da estrutura do texto acima, julgue os itens que seseguem.

    (1) Se houver 36 ministros no STJ, então pode-se garantir

    que 24 deles foram escolhidos, em partes iguais, entre os juízes de TRFs e entre os desembargadores dos tribunaisde justiça.

    (2) De acordo com a Constituição brasileira, qualquer brasileiroque tenha entre 35 e 65 anos de idade pode ser ministro

    do STJ.

    1: de acordo com o texto, o STJ compõe-se de no mínimo 33 ministros.Desse modo, é possível que haja 36 ministros. Na suposição da asser-tiva, 24 ministros corresponderiam a 2/3 das vagas. Sabe-se que: “Umterço das vagas é preenchido por juízes dos tribunais regionais federais(TRFs) e um terço é composto por desembargadores dos tribunais dejustiça; o terço restante é reservado, em partes iguais, a advogados emembros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federale dos Territórios (...)”. A assertiva está correta; 2: de acordo com aConstituição Brasileira “Podem ser ministros do STJ os brasileiroscom mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade, de notável saberjurídico e reputação ilibada”.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C ,  2   E

    1 T i r a r u m c o c h i lo d e p o i s d o a l m o ç o m e l h o r a odesempenho do cérebro, especialmente no que diz respeito àsfunções de aprendizagem e memória. Segundo uma pesquisa

    4 realizada na Universidade da Califórnia, Berkeley, jovens quecochilaram à tarde tiveram um desempenho 10% melhor nessesquesitos. O mesmo estudo revela que aqueles que perderam

    7 uma noite de sono tiveram a capacidade de armazenar novasinformações diminuída em até 40%. A explicação residiria nofato de que, durante o sono, o cérebro faz uma espécie de

    10 faxina na memória de curto prazo para faci l i tar oarmazenamento de novas informações. “Medidas como essanão só melhoram a capacidade cognitiva como são

    13 extremamente importantes para compensar a restrição ao sono,

    cada vez mais comum na vida moderna”, diz o neurologistaSergio Tufik, diretor do Instituto do Sono da Universidade16 Federal de São Paulo.

     Anna Paula Buchalla. Aquela sonequinha...In: Veja, 1.º/12/2010 (com adaptações).

    (Técnico – STM – 2011 – CESPE) Julgue os itens abaixo, referen-tes aos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima.

    (1) Infere-se do texto que, para o diretor do Instituto do Sonoda Universidade Federal de São Paulo, a má qualidade dosono é um dos males da vida moderna.

    (2) O texto tem por objetivo principal alertar para os prejuízoscausados ao organismo em decorrência da má qualidade

    do sono.1: pelo contexto e pelo trecho “compensar a restrição de sono, cada vezmais comum na vida moderna” podemos inferir que a má qualidade desono é um dos males da vida moderna; 2: o texto tem como objetivoapresentar uma pesquisa realizada sobre como a qualidade do sonointerfere na aprendizagem.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C ,  2   E

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    DIEGO AMORIM, ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA6

    1 É comum ouvir que o Brasil é um país onde há leisque pegam e leis que não pegam, como se isso fosse umaoriginalidade brasileira como a jabuticaba. É uma injustiça.

    4 Há muitos países que sofrem com o mesmo problema.

     As lei s, pri nc ipa lm en te as qu e int er fer em na vidacotidiana dos cidadãos, requerem uma sintonia fina entre

    7 vários componentes: aparato policial, comportamentocoletivo, grau de escolaridade etc. Do contrário, elas tendem

    a não sair do papel. No Brasil, existe muita lei que não pega10 por falta dessa sintonia. Ou não há polícia suciente parafazê-la ser cumprida. Ou a lei destoa fortemente dearraigados hábitos coletivos. E assim por diante.

     André Petry. Adultério e a desonesta. In: Veja,

    22/9/2004, p. 93 (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STM – 2004 – CESPE) Julgue os seguintesitens, a respeito das ideias e das estruturas linguísticas dotexto acima.

    (1) O desenvolvimento do texto apresenta como deve serentendido o signicado do verbo “pegam” (l.2) a respeitode algumas leis: sair do papel.

    (2) Na argumentação do texto, o termo “jabuticaba” (l.3) estáservindo como exemplicação para algo que é tão tipica-mente brasileiro como as leis que podem pegar ou nãopegar; isto é, dar certo ou não dar certo.

    (3)  A oração “É uma injustiça” (l.3) classica qualquer opiniãoque restrinja o Brasil às suas características agrícolas, oua um simples cultivador de jabuticabas.

    (4)  A expressão “o mesmo problema” (l.4) retoma a ideia intro-duzida pela expressão “É comum ouvir” (l.1) e mostra queem outros países também são ditas muitas coisas que nãocorrespondem à verdade.

    1: nesse contexto, o verbo pegar   é intransitivo e tem a acepçãode “rmar-se”; 2:  a argumentação faz um paralelismo entre um

    termo que é tipicamente brasileiro e o fato de as leis rmarem-seou não. Como se a falta da efetiva aplicação de algumas leis fossealgo tipicamente do Brasil; 3: “É uma injustiça.” expressa a opiniãodo autor em relação à temática tratada: a ideia de que a falta daefetiva aplicação de algumas leis seja algo tipicamente do Brasil;4: a expressão “o mesmo problema” retoma a ideia das “leis quepegam e leis que não pegam”.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C ,  2   C ,  3   E ,  4   E

    1 Fi lhos malcr iados e agressivos... O problema daautoridade em crise não é do vizinho, não acontece noexterior, não é confortavelmente longínquo. É nosso. Parece

    4 que criamos um bando de angustiados, mais do que serianatural. Sim, natural, pois, sobretudo na juventude, plena de in-certezas e objeto de pressões de toda sorte, uma boa dose

    7 de angústia é do jogo e faz bem.Mas quando isso nos desestabiliza, a nós, adultos, e nosisola desses de quem estamos ainda cuidando, a quem

    10 devemos atenção e carinho, braço e abraço, é porque,atordoados pelo excesso de psicologismo barato, talveztenhamos desaprendido a dizer não, nem distinguimos

    13 quando se devia dizer sim.Ter um f i lho é necessar iamente ser responsável .Ensinar numa escola é ser responsável. Estar vivo, enm, é

    16 uma grave responsabilidade.

    Lya Luft. Sobre pais e lhos. In: Veja, 16/6/2004, p. 21

    (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STM – 2004 – CESPE) Considere as ideiase as estruturas linguísticas do texto acima para julgar os itensa seguir.

    (1)  A argumentação do texto opõe “vizinho” (l.2) e “exterior”(l.3) a “Filhos” (l.1) para reforçar que o problema “É nosso”(l.3).

    (2)  Ao intensicar com o advérbio “mais” (l.4) o que deveria sera medida “natural” (l.5), a autora demonstra que a angústiana juventude deve ser evitada.

    1:  a argumentação busca o paralelismo com o objetivo de reforçarsuas ideias; 2: a autora não diz que a angústia na juventude deve serevitada, e sim que a angústia é inerente à juventude: “na juventude,plena de incertezas e objeto de pressões de toda sorte, uma boa dosede angústia é do jogo e faz bem.”

       G  a  b  a  r i t  o  1   C ,  2   E

    1 Sempre que um crime violento envolvendo menores aba-la a sociedade, ressurge a discussão sobre a necessidadede alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo

    4 seus defensores, diminuir a responsabilidade penal para 16anos inibiria a ação delituosa de rapazes e moças.Segmentos da população, assustados com o aumento da

    7 violência, imaginam ser esse o caminho para a reconquistada segurança perdida.Encarar o Estatuto da Cr iança e do Adolescente

    10 como bode expiatório das mazelas nacionais é soluçãocômoda, mas inecaz. Ninguém de bom senso pode crer quesituar em faixa etária mais baixa a imputação criminal seja a

    13 fórmula mágica capaz de devolver a paz às ruas e aos lares.Bandidos que hoje usam jovens menores de 18 anos comoescudo, com a mudança, recorrerão a menores de 16 anos.

    16 Depois virão os de 14, 12, 10.

    Correio Braziliense. Opinião. 13/7/2004, p. 16(com adaptações).

    (Técnico Judiciário – STM – 2004 – CESPE) Julgue o seguinte item,

    a respeito do texto acima.

    (1) O último período sintático do texto constitui um argumento afavor da ideia expressa no primeiro parágrafo: a diminuiçãoda idade para a responsabilidade penal.

    1: o período “Depois virão os de 14, 12, 10.” constitui um argumentocontra a diminuição da responsabilidade penal.

       G  a  b  a  r i t  o  1   E

    1 Pesqu isas consta tam doses crescentes de pess i -mismo diante do que o futuro esteja reservando aos quehabitam este mundo, com a globalização exacerbando a

    4 competitividade e colocando os Estados de bem-estar socialnos corredores de espera de cumprimento da pena de morte.É prec iso “ invest i r no povo” , recomenda o Per  

    7 Capita — um centro pensante, criado recentemente na Austrália —, com seus dons progressistas. Congurar ummercado no qual as empresas levem em consideração o

    10 interesse público, sejam ampliados os compromissos deproteção ao meio ambiente e tenham como objetivo o

    bem-estar dos indivíduos. A questão maior é saber como13 colocar em prática essas belezas, num momento em que as

    lutas sociais sofrem o assédio cada vez mais agressivo daglobalização e as próprias barreiras ideológicas caem por 

    16 terra.

    Newton Carlos. Má hora das esquerdas. In: Correio Brazi-liense, 20/11/2007 (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – TST – 2008 – CESPE) A partir do texto acima, julgue o item subsequente.

    (1) O desenvolvimento da argumentação do segundo parágrafodo texto propõe algumas soluções para se combateremas “doses crescentes de pessimismo”, citadas no primeiro

    parágrafo.1: o segundo parágrafo sugere “investir no povo; levar em conside-ração o interesse público; ampliar os compromissos de proteção aomeio ambiente; ter como objetivo o bem-estar dos indivíduos”. Essesargumentos correspondem a propostas para combater as “dosescrescentes de pessimismo”.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C

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    71. LÍNGUA PORTUGUESA

    1 Trabalho demais, agenda cheia, Internet, celu lar ecarros que chegam a mais de 200 km/h transformam ohomem moderno numa espécie de Coelho Branco de Alice

    4 no País das Maravilhas. Sempre apressado, eternamenteatrasado. E doente. Literalmente. A velocidade, símbolo dodesenvolvimento tecnológico e de um modo de produção e

    7 consumo cada vez mais vorazes, criou um sentimento deurgência que poucos conseguem administrar. Se é queconseguem mesmo. O resultado é um novo mal que é a cara

    10 do nosso tempo: a doença da correria, uma espécie desuperestresse que foi descrito pelo médico americano LarryDossey como uma resposta ao fato de o nosso relógio interno

    13 ter virado o relógio de pulso e o despertador.In iciat ivas que pr ivi legiam o bem-estar, a simpl i -cidade, a tradição local, o resgate da história e a

    16 hospitalidade começam a pipocar pelo globo. Esse é ocomeço de uma revolução cultural, uma mudança radical naforma como vemos o tempo e como l idamos com a

    19 velocidade e a lentidão.

    In: Galileu, out./2005, p.43 (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – TST – 2008 – CESPE) Com relação ao textoacima, julgue o item a seguir.

    (1) Pela organização das ideias do texto, a frase nominal “Sempreapressado, eternamente atrasado” (l.4-5) qualica o compor -tamento do “Coelho Branco” (l.3) e do “homem moderno” (l.3).

    1: o texto apresenta paralelismo de ideias entre as qualidades do “CoelhoBranco” e do “homem moderno”.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C

    (Técnico Judiciário – TST – 2008 – CESPE) Com relação ao textoacima, julgue os itens a seguir.

    (1) Conclui-se do desenvolvimento das ideias do texto que, nostempos atuais, “o relógio de pulso e o despertador” (l.13)foram substituídos pelo “nosso relógio interno” (l.12).

    (2)  A expressão “Esse é o começo” (l.16-17) refere-se à ideia inicial

    do texto, expressa por “Trabalho demais, agenda cheia” (l.1).1: pelo contrário, de acordo com o texto, o “nosso relógio interno” foisubstituído pelo “relógio de pulso e o despertador”: “O resultado é umnovo mal que é a cara do nosso tempo: a doença da correria, uma espéciede superestresse (...) uma resposta ao fato de o nosso relógio internoter virado o relógio de pulso e o despertador.”; 2: o sintagma “Esse é ocomeço” refere-se à ideia expressa no período anterior: “Iniciativas queprivilegiam o bem-estar, a simplicidade, a tradição local, o resgate da his-tória e a hospitalidade começam a pipocar pelo globo. Esse é o começo”.

       G  a  b  a  r i t  o  1   E ,  2   E

    1 Podem ser fios demais caídos no travesseiro. Ou fiosde menos percebidos na cabeça ao se olhar no espelho. Nom das contas, o resultado é o mesmo: você está perdendo

    4 cabelo.E não está sozinho. “A calvície atinge 50% da popu-lação masculina”, diz o dermatologista Ademir Carvalho

    7 Leite Jr.Se tanta companhia não vale como consolo, a vantagemde ter muita gente sofrendo com o problema é que isso

    10 estimula as pesquisas científicas. “Há equipes estudandoo uso de células-tronco para tratamento da calvície”, contaLeite Jr. Também já foi descoberto que são oito os pares de

    13 genes envolvidos no crescimento dos cabelos, segundo ele,o que abre possibilidades à pesquisa genética.“Entre as perspectivas, está o desenvolvimento de testes

    16 genéticos para diagnóstico da alopecia androgenética, ouseja, a ausência de cabelos provocada pela interação entreos genes herdados e os hormônios masculinos. O teste pode

    19 determinar o risco e os graus de calvície antes de suamanifestação, permitindo o tratamento precoce”, diz Arthur Tykocinski, dermatologista da Santa Casa de São Paulo, que

    22 aponta ainda, entre as novidades na área, os estudos parauso de robôs no processo de transplante de cabelos.

    Iara Biderman. Folha de S.Paulo, 29/8/2008

    (com adaptações).

    (Técnico Judiciário – TRT/17ª – 2009 – CESPE) Com relação àsideias, à organização e à tipologia do texto, julgue o item quese segue.

    (1)  A linguagem empregada no texto permite caracterizá-locomo predominantemente informativo.

    1: trata-se de um texto informativo, publicado em jornal, com o objetivode prestar informações objetivas.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C

    Texto para a questão a seguir:

    1 Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execu-ções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534 km da cidadede São Paulo, impondo critérios bastante rígidos para

    4 que os estabelecimentos penais da região possam recebernovos presos, conrma a dramática dimensão da crise dosistema prisional. A sentença determina, entre outras

    7 medidas, que as penitenciárias somente acolham presos queresidam em um raio de 200 km.Segundo o juiz, as medidas que tomou são previstas

    10 pela Lei de Execução Penal e objetivam acabar com a

    violação dos direitos humanos da população carcerária e“abrir o debate a respeito da regionalização dos presídios”.13 Ele alega que muitos presos das penitenciárias da região são

    de famílias pobres da Grande São Paulo, que não dispõem decondições nanceiras para visitá-los semanalmente, o que

    16 prejudica o trabalho de reeducação e de ressocialização.Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governoestadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob

    19 a alegação de que, se os estabelecimentos penais nãopuderem receber mais presos, os juízes das varas deexecuções não poderão julgar réus acusados de crimes

    22 violentos, como homicídio, latrocínio, sequestro ou estupro. Além disso, as autoridades carcerárias alegam que a decisãoimpede a distribuição de integrantes de uma quadrilha por

    25 diversos estabelecimentos penais, seja para evitar quecontinuem comandando seus “negócios”, seja para coibir aformação de facções criminosas.

    28 Com um deficit de mais de 40 mil vagas e várias unida-des comportando o triplo de sua capacidade de lotação,a já dramática crise do sistema prisional de São Paulo se

    31 agrava todos os dias. O mérito da sentença do juiz de Tupã,que dicilmente será conrmada em instância superior, é ode refrescar a memória do governo sobre a urgência de uma

    34 solução para o problema.

    In: Estado de S. Paulo, 13/1/2008, p. A3. (com adaptações).

    (Fiscal de Tributos/V. Velha-ES – 2008 – CESPE) Com referência àsideias do texto, julgue os itens de 1 a 7.

    (1) De acordo com o texto, não ocorrem crimes violentos, comohomicídio, latrocínio, sequestro e estupro, na cidade de Tupã.

    (2) Depreende-se do texto que a crise do sistema prisional deSão Paulo pode ser resolvida com a adoção de medidas querestrinjam o deslocamento dos presos e dos seus familiares.

    (3) Infere-se do texto que o juiz mencionado, ao proferir suasentença, preocupou-se com a reabilitação dos presos.

    (4) Subentende-se da leitura do terceiro parágrafo que ogoverno de São Paulo considera inviável cumprir a sentençae recorrerá à instância superior.

    (5) De acordo com o terceiro parágrafo do texto, o encarcera-mento de criminosos em diferentes penitenciárias possibilitaa desmobilização de quadrilhas.

    (6) Segundo o autor do texto, a sentença salienta a necessidadede uma solução para a grave situação do sistema prisionalde São Paulo.

    (7) O texto caracteriza-se como texto descritivo devido à suacomplexidade e à apresentação de fatos que ocorreramcom personagens reais.

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    DIEGO AMORIM, ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA10

    (Fiscal de Tributos Estaduais/AL – 2002 – CESPE) No texto I, cor-responde à circunstância de

    (1) superioridade o termo “sobre” (l.2), que pode ser substituídopor a respeito de.

    (2) causa o termo “Por” (l.4), que pode ser substituído porDevido a.

    (3) nalidade o termo “para” (l.6), que pode ser substituído pora m de que.

    (4) adversidade o termo “Mas” (l.17), que pode ser substituídopor Todavia.(5) tempo a expressão “Em 1991” (l.21), que pode ser substi-

    tuída por Há pouco mais de uma década.

    1: O termo sobre em “informações sobre as condições” signica emrelação a, acerca de, e não tem sentido de superioridade; 2, 4 e 5: Asassertivas são corretas; 3:  “Para” em “instrumento precioso para oplanejamento” não pode ser substituído por a m de que, sem alteraçãosintático-semântica.

       G  a  b  a  r i t  o  1   E ,  2   C ,  3   E ,  4   C ,  5   C

    1 Nossos projetos de vida dependem muito do futurodo país no qual vivemos. E o futuro de um país não éobra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.

    4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, àsvezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,concepções de desenvolvimento e interesses distintos e

    7 conitantes.Para muitos, os carros de luxo que trafegam pelosbairros elegantes das capitais ou os telefones celulares não

    10 constituem indicadores de modernidade.Modernidade seria assegurar a todos os habitantesdo país um padrão de vida compatível com o pleno exercício

    13 dos direitos democráticos. Por isso, dão mais valor a ummodelo de desenvolvimento que assegure a toda a populaçãoalimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo,

    16 bibliotecas, parques públicos. Modernidade, para os quepensam assim, é sistema judiciário eciente, com aplicaçãorápida e democrática da justiça; são instituições públicas

    19 sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões

    econômicas.Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia

    Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo:Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

    (Agente de Polícia Federal – 2009 – CESPE) Considerando a argu-mentação do texto acima bem como as estruturas linguísticasnele utilizadas, julgue o item a seguir.

    (1) Infere-se da leitura do texto que o futuro de um país seria“obra do acaso” (l.3) se a modernidade não assegurasseum padrão de vida democrático a todos os seus cidadãos.

    1: incorreta, porque o texto não passa essa mensagem. O autor armartaxativamente que o futuro de um país nunca será “obra do acaso”,

    sendo sempre construído. A divergência ocorre apenas na forma deconstrução da modernidade.   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

    1 Na verdade, o que hoje definimos como democraciasó foi possível em sociedades de tipo capitalista, mas nãonecessar iamente de mercado. De modo geral , a

    4 democratização das sociedades impõe limites ao mercado,assim como desigualdades sociais em geral não contribuempara a xação de uma tradição democrática. Penso que temos

    7 de reetir um pouco a respeito do que signica democracia.Para mim, não se trata de um regime com característicasxas, mas de um processo que, apesar de constituir formas

    10 institucionais, não se esgota nelas. É tempo de voltar aofilósofo Espinosa e imaginar a democracia como umapotencialidade do social, que, se de um lado exige a criação

    13 de formas e de configurações legais e institucionais, poroutro não permite parar. A democratização no século XXnão se limitou à extensão de direitos políticos e civis. O tema

    16 da igualdade atravessou, com maior ou menor força, aschamadas sociedades ocidentais.

    Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult,

    n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).

    (Agente de Polícia Federal – 2009 – CESPE) Com base nas estrutu-ras linguísticas e nas relações argumentativas do texto acima,

     julgue o item a seguir.

    (1) Depreende-se da argumentação do texto que o autor con-sidera as instituições como as únicas “características xas”(l.8-9) aceitáveis de “democracia” (l.1 e 7).

    1:  incorreta, pois o autor é categórico ao armar que a democracia

    não pode ser reduzida a “características xas”. Pretende, com suaargumentação, demonstrar que o conceito de democracia não prescindedas instituições, mas vai além delas.

       G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

    O valor da vida é de tal magnitude que, até mesmo nosmomentos mais graves, quando tudo parece perdido dadasas condições mais excepcionais e precárias — como nosconitos internacionais, na hora em que o direito da força seinstala negando o próprio Direito, e quando tudo é paradoxal einconcebível —, ainda assim a intuição humana tenta protegê-locontra a insânia coletiva, criando regras que impeçam a práticade crueldades inúteis.

    Quando a paz passa a ser apenas um instante entre doistumultos, o homem tenta encontrar nos céus do amanhãuma aurora de salvação. A ciência, de forma desesperada,convoca os cientistas a se debruçarem sobre as mesas deseus laboratórios, na procura de meios salvadores da vida.Nas salas de conversação internacionais, mesmo entreintrigas e astúcias, os líderes do mundo inteiro tentam sereencontrar com a mais irrecusável de suas normas: o res-peito pela vida humana.

     Assim, no âmago de todos os valores, está o mais indeclinávelde todos eles: a vida humana. Sem ela, não existe a pessoahumana, não existe a base de sua identidade. Mesmo dianteda proletária tragédia de cada homem e de cada mulher, quasenaufragados na luta desesperada pela sobrevivência do dia adia, ninguém abre mão do seu direito de viver. Essa consciênciaé que faz a vida mais que um bem: um valor.

     A partir dessa concepção, hoje, mais ainda, a vida passa aser respeitada e protegida não só como um bem afetivo oupatrimonial, mas pelo valor ético de que ela se reveste. Nãose constitui apenas de um meio de continuidade biológica, masde uma qualidade e de uma dignidade que faz com que cadaum realize seu destino de criatura humana.

    Internet: . Acesso em ago./2004

    (com adaptações).

    (Agente de Polícia Federal – 2004 – CESPE) Com base no texto

    acima, julgue os itens a seguir.(1) O texto estrutura-se de forma argumentativa em torno de

    uma ideia fundamental e constante: a vida humana comoum bem indeclinável.

    (2)  O primeiro parágrafo discorre acerca da valorização daexistência e da necessidade de proteção da vida contra ainsânia coletiva, por intermédio de normas de convivênciaque impeçam a prática de crueldades inúteis, principal-mente em épocas de graves conflitos internacionais,quando o direito da força contrapõe-se à força do Direito equando a situação se apresenta paradoxal e inconcebível.

    (3)  No segundo parágrafo, estão presentes as ideias de quea paz é ilusória, não passando de um instante apenas detrégua entre dois tumultos, e de que, para mantê-la, oscientistas se desdobram à procura de fórmulas salvadorasda humanidade e os líderes mundiais se encontram parapreservar o respeito recíproco.

    (4) No penúltimo parágrafo, encontra-se uma redundância: aarmação de que o soberano dos valores é a vida humana,sem a qual não existe a pessoa humana, sequer a suaidentidade.

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    111. LÍNGUA PORTUGUESA

    (5) O comprometimento ético para com a humanidade é defen-dido no último parágrafo do texto, que discorre acerca davida não só como um meio de continuidade biológica, mascomo a responsável pelo destino da criatura humana.

    1: correta. A estrutura argumentativa, própria dos textos dissertativos,é aquela que pretende convencer o leitor através de argumentos,cientícos ou emotivos, de que o autor tem razão. No caso, busca-sesacramentar que a vida humana, ainda que diante das arbitrariedadese crueldades dos conitos, é um bem maior e deve ser sempre pro-tegido; 2: correta. A assertiva parafraseia, sem perda de conteúdo, oque consta do primeiro parágrafo; 3: incorreta. Na verdade, o parágrafoexpõe que, apesar da paz ser transitória durante os períodos de conito,ainda assim o ser humano, espontaneamente ou contrariado, não deixade buscar formas de salvar vidas ou evitar mais perdas humanas; 4: correta. Ocorre redundância (ou pleonasmo) quando vericamos quea conclusão ou o objeto da frase é uma obviedade. Naturalmente, sema vida humana, não se pode falar em pessoa humana; 5: incorreta. Nãose conclui no texto que a vida é a responsável pelo destino da criaturahumana, mas sim que a ética que ela reveste o é.

       G  a  b  a  r i t  o  1   C ,  2   C ,  3   E ,  4   C ,  5   E

    Os novos sherlocks

    1 D i v i d i d a b a s i c a m e n t e e m d o i s c a m p o s ,criminalística e medicina legal, a área de perícia nuncaesteve tão na moda. Seus especialistas volta e meia estão no

    4 noticiário, levados pela profusão de casos que requeremalgum tipo de tecnologia na investigação. Também viraramheróis de seriados policiais campeões de audiência.

    7 Nos EUA, maior produtor de programas desse tipo, osucesso é tão grande que o horário nobre, chamado de primetime, ganhou o apelido de crime time. Seis das dez séries de

    10 maior audiência na TV norte-americana fazem parte desselão.Pena que a vida de per i to não seja tão fáci l e

    13 glamorosa como se vê na TV. Nem todos utilizam aquelaslanternas com raios ultravioleta para rastrear fluidos do

    corpo humano nem as canetas com raio laser que traçam a16 trajetória da bala. “Com o avanço tecnológico, as provastécnicas vêm ampliando seu espaço no direito brasileiro,principalmente na área criminal”, declara o presidente da

    19 OAB/SP, mas, antes disso, já havia peritos que recorriam àsmais diversas ciências para tentar solucionar um crime.Na divisão da polícia brasileira, o pontapé inicial da

    22 investigação é dado pelo perito, sem a companhia de legistas,como ocorre nos seriados norte-americanos. Cabe a eleexaminar o local do crime, fazer o exame externo da vítima,

    25 coletar qualquer tipo de vestígio, inclusive impressõesdigitais, pegadas e objetos do cenário, e levar as evidênciaspara análise nos laboratórios forenses.

    Pedro Azevedo. Folha Imagem, ago./2004

    (com adaptações).

    (Agente de Polícia Federal – 2004 – CESPE) A respeito do textoacima, julgue os itens subsequentes.

    (1) De acordo com o presidente da OAB/SP, as provas técnicastêm sido ampliadas, principalmente na área criminal, como avanço tecnológico no espaço do direito brasileiro.

    (2) Está explícita no último parágrafo do texto a seguinte rela-ção de causa e consequência: o perito examina o local docrime, faz o exame externo da vítima e coleta qualquer tipode vestígio porque precisa levar as evidências para análisenos laboratórios forenses.

    1: incorreta. A paráfrase não equivale ao trecho original. A assertiva dá

    a entender que foi o avanço tecnológico que ganhou espaço no direitobrasileiro, sendo que o entrevistado arma que a prova técnica ganhouespaço, por conta do avanço tecnológico; 2: incorreta, porque a relaçãoestá implícita. O texto, puramente, não trata como uma relação de causae consequência, porque “levar as evidências para análise” também éuma de suas atribuições e não o objetivo delas. A relação causal é umadedução possível, resultado do exercício de interpretação.

       G  a  b  a  r i t  o  1   E ,  2   E

    Texto

    1 A ma i or i a do s c om e nt á ri o s so b re c r im e s ou s elimitam a pedir de volta o autoritarismo ou a culpar aviolência do cinema e da televisão, por excitar a

    4 imaginação criminosa dos jovens. Poucos pensam quevivemos em uma sociedade que estimula, de formasistemática, a passividade, o rancor, a impotência, a

    7 inveja e o sentimento de nulidade nas pessoas. Não

    podemos interferir na política, porque nos ensinaram aperder o gosto pelo bem comum; não podemos tentar 

    10 mudar nossas relações afetivas, porque isso é assunto decientistas; não podemos, enfim, imaginar modos de viver mais dignos, mais cooperativos e solidários, porque isso

    13 é coisa de “obscurantista, idealista, perdedor ou ideólogofanático”, e o mundo é dos fazedores de dinheiro.S o m o s u m a e s p é c i e q u e p o s s u i o p o d e r d a

    16 imag inação, da cr ia t iv idade, da a f i rmação e daagressividade. Se isso não pode aparecer, surge, no lugar,a reação cega ao que nos impede de criar, de colocar no

    19 mundo algo de nossa marca, de nosso desejo, de nossavontade de poder. Quem sabe e pode usar — comfirmeza, agressividade, criatividade e afirmatividade —

    22 a sua capacidade de doar e transformar a vida, raramenteprecisa matar inocentes, de maneira bruta. Existem miloutras maneiras de nos sentirmos potentes, de nos

    25 sentirmos capazes de imprimir um curso à vida que nãoseja pela força das armas, da violência física ou da evasãopelas drogas, legais ou ilegais, pouco importa.

    Jurandir Freire Costa. In: Quatro autores em busca doBrasil. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 43

    (com adaptaç�


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