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NDICE

PALAVRA DO PROVINCIAL

Capítulo Provincial na perspectiva do Sexênio............................... 04

O sentido do capítulo numa província................................................ 05

Evangelizar de modo novo a partir da urbanidade....................... 07

Congregação do Santíssimo Redentor 278 anos............................. 12

Redentoristas propagam a Mãe do Perpétuo Socorro no

interior do Pr..................................................................................................

14

Dia de Ação de Graças................................................................................ 16

Visita Missionária aos colégios de Curitiba....................................... 18

Setores – Missão que inicia no coração de cada Cristão.............. 21

ENTREVISTAS

Padre Geral: Michel Brehl............................... 24

Padre Provincial: Joaquim Parron............... 28

Redentoristas evangelizam na festa do Rocio.................................. 31

A gotinha que salva...................................................................................... 34

JUMIRE no Hallel.......................................................................................... 36

Convivência Vocacional............................................................................. 37

Redentoristas celebram 80 anos de Ms e Pr..................................... 39

Nossa Senhora da Guia – Lageado......................................................... 41

Missão dos Postulantes no Lageado..................................................... 44

DATAS IMPORTANTES............................................................................ 45

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PALAVRA DO PROVINCIAL

CAPÍTULO PROVINCIAL NA

PERSPECTIVA DO SEXÊNIO

Anunciar o Evangelho de modo sempre novo...

A partir do dia 3 de janeiro de 2011 nós

entraremos em Capítulo Provincial. O Capítulo é um

evento que renova uma Província e traz novos

elementos para Vida Apostólica Redentorista, de

modo especial no espírito da conversão. O tema deste

sexênio est| enraizado na linha da conversão: “Anunciar o Evangelho de modo

sempre novo (S. Clemente), renovada esperança, corações renovados, estruturas

renovadas para a missão”. Deste modo, o Capítulo é um evento para escutar a voz

do Senhor que se revela em Sua Palavra e nas partilhas dos irmãos.

Várias comissões foram organizadas para produzirem documentos para o

Oitavo Capítulo de Campo Grande, no entanto, todos os confrades são motivados

a também participarem enviando sugestões e rezando pelo êxito deste evento.

Nesta primeira sessão do Oitavo Capítulo Províncial, a partir do dia 3 de

janeiro, várias comissões estarão apresentando propostas iluminadas a partir do

tema do sexênio. Neste sentido escreve o Padre Geral, Brehl: “Estamos certos de

que a Congregação está sendo chamada a responder sempre mais generosamente

e radicalmente ao seu chamado à conversão contínua. A conversão nos chama de

volta ao nosso primeiro amor (Cfr. Ap. 2,4) a ‘manter nossos olhar fixo em Jesus’

(Hb 12, 2).” (Brehl, Mensagem do XXIV Cap. Geral). Que o Espírito do Senhor dirija

os trabalhos dos capitulares na busca de revitalizar a nossa vocação no anuncio

da copiosa redenção!

Pe. Joaquim Parron, C.Ss.R. Provincial

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O SENTIDO DO CAPÍTULO NUMA PROVÍNCIA

Um evento para escutar a voz do Senhor

O Capítulo Provincial vai realizar-se entre os dias 3 a 5 de janeiro de

2011. No entanto, nem sempre temos uma compreensão adequada do Capítulo,

seja Geral ou Provincial, pois muitos pensam que estes encontros ficam apenas

em torno de questões legislativas e passageiras. Mas de fato, o Capítulo numa

Província é um evento para ‘escutar a voz do Senhor’ para levar os congregados a

perceberem mais profundamente o amor de Deus e assim revitalizar a Vida

Consagrada, se colocando a serviço do Reino. Assim, o Capítulo não interessa

apenas aos capitulares, mas a todos de uma Província, pois é um acontecimento

que abre uma página de esperança na vida de todos os congregados.

Na perspectiva dos Atos dos Apóstolos, 2, 42, “eram assíduos ao ensino

dos apóstolos, e { união fraterna, { fração do pão e de orações”, o Capítulo é a

união fraterna dos confrades na busca de prescrutar a vontade de Deus. O

Capítulo, numa perspectiva de conversão, tem o objetivo de fortalecer a Vida

Apostólica Redentorista a partir da confiança no amor de Deus. Também o tema

do sexênio está muito nesta linha de conversão: “Anunciar o Evangelho de modo

sempre novo (S. Clemente)...”.

Escreveu o Prefeito da Congregação para os Religiosos:

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“Um Capítulo não é uma simples reunião de estudo, um encontro superficial ou

uma revisão transitória de vida. Um Capítulo é essencialmente uma celebração

pascal. Por isso mesmo, antes de tudo, uma celebração ‘penitencial’ que tende

para viver fortemente duas coisas: uma sincera atitude de conversão, e uma

busca profunda e dolorosa dos caminhos do Senhor. Os caminhos do Senhor é

necessário ir descobrindo-os todos os dias na dor e na esperança. Porque é uma

celebração ‘penitencial’, um Capítulo é sempre feito na alegria e na sinceridade da

caridade fraterna.”1

Nesta linha, o Capítulo tem muito a ver com o processo de renovação e

conversão numa Província, de modo especial agora em sintonia com o tema do

sexênio. A atitude de conversão leva os confrades a se colocarem no caminho do

discipulado mission|rio com entusiasmo e perseverança. As vezes o ‘caminho do

Senhor também é doloroso’, pois a vida do discípulo missionário é feita de

ressurreição, mas também de morte. E morte, especialmente para as coisas que já

passaram, isto é o pecado.

A atuação dos capitulares também assume uma nova postura, pois eles

estão ali não para fazer suas vontades, mas a vontade de Deus manifestada na

comunidade provincial. Assim afirma Pirônio: “a primeira condição para eleger

um bom capitular, não é a sua inteligência, mas a sua elementar capacidade de

conversão. Um Capítulo mede-se não pela profundeza ou a beleza dos seus

documentos, mas pela sua capacidade de transformar a inteligência e o coração

de todos.”2 O espírito de conversão é parte integrante do processo capitular.

Quem preside o Capítulo? Embora tenha-se o presidente e os

moderadores do Capítulo, de fato quem preside este evento é a Palavra do

Senhor: “O Capítulo é antes de tudo, um modo “escutar a Palavra de Deus e de a

realizar” (Lc 11,29). Mas de a escutarmos juntos, para depois realiz|-la

comunitariamente. Quem deve presidir sempre um Capítulo é a Palavra de Deus,

1 Cardeal Eduardo F. Pirônio, Prefeito da Sagrada Congregação para os Religiosos e Institutos

Seculares. Este texto foi publicado em Osservatore Romano, Edição portuguesa, em 5 de

setembro de 1976, páginas 6/7.

2 Ibid.

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isto é, Cristo. Então o Capítulo ser| irresistível”3 Abertura à Palavra e aos irmãos

capitulares fundamenta as decisões do Capítulo.

A partir deste prisma, o Capítulo torna-se um evento que revitaliza a

Comunidade Provincial, pois estar| buscando ‘escutar a vontade de Deus’ para a

Província. Tudo isto não quer dizer que não possa haver opiniões diferentes e

diversidades nas propostas, mas o espírito é de busca da fraternidade e da

vivência do amor de Deus presente na vida dos irmãos. Rezemos para que esta

Primeira Sessão do Oitavo Capítulo abra mais uma pagina de esperança e

renovação na vida de todos os congregados da Província de Campo Grande! Assim

seja!

Pe. Joaquim Parron C.Ss.R.

EVANGELIZAR DE MODO NOVO A PARTIR

DA URBANIDADE

Nosso Capítulo Geral de 2009 estipulou para o sexênio o desafio de

Anunciar o Evangelho de modo sempre novo. Para isso, é importante refletir novas

perspectivas pastorais. Nesses novos tempos, a configuração da realidade mudou

e, na realidade urbana, precisamos reconfigurar também a nossa ação

evangelizadora. Desse modo, é preciso nos perguntar sobre como evangelizar a

partir desses lugares e suscitar discípulos missionários que evangelizem essa

realidade.

A Realidade Atual

Desde as ultimas décadas o Brasil tem experimentado uma realidade

tipicamente urbana. Segundo dados do IBGE, a população rural em 1940 era

estimada em 69% contra 31% da urbana. No ano 2000 a população rural baixou

para 19% e a urbana subiu para 81%. O novo censo deve revelar números ainda

3 Ibid.

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mais contundentes. Tais dados mostram que em poucas décadas a configuração

demográfica mudou assustadoramente no país. O país se tornou mais urbano,

conglomerando diversas culturas, etnias e ambientes distintos em espaços muito

próximos.

As transformações provindas dessa mobilidade – do campo para a cidade

– possibilitaram a mentalidade urbana brasileira. É importante deixar claro que o

“ser urbano” não pode ser visto como configuração espacial territorial de cidade,

sim como uma cultura, um modo de vida e de visibilidade no mundo. Por essa

cultura urbana nascem as transformações dos valores, hábitos e pensamento,

influenciando o social, político, econômico e religioso. Nessas mudanças drásticas

cabe-nos, como Igreja, perguntar sobre o tipo e o modo de evangelização mais

própria para os grandes centros urbanos. Desse modo, evangelizar na cidade é

evangelizar a cultura urbana.

Ruralidade x Urbanidade

No mundo rural há uma sacralidade bem exposta, pois é Deus quem dá o

fruto, a verdura, manda a chuva, abençoa as colheitas e os animais. Dele

dependem as coisas. Revelando-se a imagem de um Deus providente, que merece

ser louvado, amado, lembrado e honrado, pois dele dependem muitas coisas. As

amizades são mantidas na base da partilha e das trocas: mata-se um boi e este é

partilhado com todos, sendo sempre uma prática recíproca. Há reuniões de

vizinhos para conversar sobre os problemas da região, do clima, das desavenças

entre vizinhos ou familiares, etc. A festa de casamento ou a morte de alguém é

sempre motivo de encontros e celebrações comunitárias. A visita entre famílias é

sempre motivo de alegria e de muita conversa. Exerce-se a solidariedade e o

reconhecimento humano. A construção de uma casa, galpão ou um roçado a ser

terminado em tempo urgente é motivo de solidariedade de todos os vizinhos e

parentes. Uma vida bem marcada pela comunitariedade, solidariedade,

fraternidade e proximidade. Um mundo quase todo feito de incluídos, visíveis e

identificados.

Na cultura urbana Deus perde seu lugar de providente para uma

mentalidade econômica e de sobrevivência familiar individual. Cada família

fecha-se em seu mundo e não se preocupa com os outros. Há edifícios com mais

de 100 famílias e 90% não se conhece ou nunca se cumprimentaram. No urbano,

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todos estão preocupados em pagar o condomínio, a luz, a água, em comprar

frutas, verduras, alimento, vestuário e trabalhar muito para ter cada vez mais

comodidades. As amizades até acontecem, mas sempre com pessoas distantes de

onde se mora, para evitar compromissos mais sérios ou por medo de ser

incomodado por quem quer que seja. Essa solidão e afastamento humano geram o

medo, por isso o mundo urbano é feito cada vez mais de muros e sistemas de

segurança. As pessoas não confiam e ignoram que podem ser ajudadas pelas

outras. Há uma clara fragmentação humana, comunitária, religiosa e social.

Multiplicam-se casas e dinheiro, mas não solidariedade, fraternidade e fé. Fica de

lado a referência do Deus providente em detrimento do deus-economia. O

individual sobrepõe o comunitário. Cada um age por si. A cultura urbana junta,

separa, aglomera e segrega. Um mundo de visíveis e invisíveis, de excluídos e

incluídos, de identificados e sem identidade, de pessoas com endereço e sem

endereço.

O Catolicismo e sua dificuldade em evangelizar o Urbano

A história do cristianismo mostra que ele nasceu e se desenvolveu, nos

primeiros séculos, num espaço tipicamente urbano. Parece estranho falar em

dificuldades de evangelizar nesse ambiente se ele é fruto desse contexto.

Portanto, as dificuldades do agir missionário no contexto urbano apontam para

uma drástica mudança dentro do cristianismo. O que teria mudado que o deixou

distante da cultura urbana? O que teria de rebuscar para reconfigurar sua ação?

Lembremos que o catolicismo é uma experiência específica do

cristianismo, compartilhada por cristãos que vivem em comunhão com a Igreja de

Roma, portanto, não é o cristianismo todo. Pesquisadores apontam que a Igreja

católica tem deixado de atender os pobres de modo mais incisivo, e estes tem

acorrido às denominações evangélicas. Diz-se que os católicos fizeram opção

pelos pobres e os evangélicos os assumiram. Por atuar mal nos estrados mais

pobres da sociedade brasileira, que compõe a maioria de pessoas que vivem na

cultura urbana, a Igreja católica tem ficado com as camadas sociais mais bem

estabelecidas. Deixou de olhar pelos sem endereço e olha mais para os que tem

endereço, para os bem casados, etc. Tem reunido seu fã clube e se contentado

com ele. Havia um fã clube de Jesus, que o queria só para ele e que tentava o

afastar das crianças, dos doentes, dos leprosos e até da morte. A atitude do fã

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clube de Jesus é de não deixar que os excluídos se encontrem com ele. Mas, Jesus,

munido de muita sensibilidade, extrapola seu fã clube e traz para perto de si as

crianças, o cobrador de impostos, a adúltera, o jovem morto, a samaritana, etc.

Ao afastar-se dos pobres, o catolicismo distancia-se do projeto de Jesus, por

isso, tem tomado uma postura mais rígida, mais doutrinal, menos preocupado com

a justiça; tem se acomodado e, consequentemente, tem sido menos missionário.

Assim, é possível dizer que não foi o cristianismo que mudou sua configuração na

cultura urbana, mas é o catolicismo que, com suas peculiaridades, tem precisado

viver melhor o cristianismo. Evangelizar a cultura urbana exige que o catolicismo

repense sua catolicidade desencantada. Um dos principais motivos do desencanto é

a multidão de batizados não evangelizados, descompromissados e sem referencial

entre fé e vida (cf. DAp, 2007, n.13;38). Há carência de discipulado. Renovar a

catolicidade é rebuscar uma identidade católica que oriente a participação da

pessoa em sua comunidade eclesial e na sociedade, num rebuscar a missionariedade

pela pessoa do Cristo. Mais do que falar de doutrina e Igreja é preciso, antes de tudo,

falar e anunciar o Cristo. Ser Igreja é conseqüência da fé em Cristo, não ao

contrário.

A Evangelização na Cultura Urbana

A encíclica Redemptoris Missio diz que a Igreja precisa encarnar o

evangelho nas culturas, o que requer tempo e processo (Cf. RM, 1990, n.52). A

diversidade é característica marcante da cultura urbana. Nela convivem

antogonismos: gritos e silêncios, choros e risos, festas e tristezas, nascimentos e

mortes, pobres e ricos, etc. Um monumental mosaico. Pensar uma ação

missionária evangelizadora, em qualquer contexto urbano, exige trabalhar com o

diferente, divergente, ausente, contraditório, contrário e de grande mobilidade.

Isso é conflitivo, tenso, exige desacomodo, observação, tempo, paciência e muita

espiritualidade.

Para entrar em apartamentos, casas e condomínios somos barrados. Para

falar de um Deus que é justo no salário, misericórdia no crime, perdão na ofensa,

solidário na partilha e compromisso na comunidade exige profetismo e

extrapolar o fã clube. É preciso voltar à mística do Deus providente, que não fica

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cuidando para que seus filhos não caiam no buraco, mas que orienta seus filhos a

encontrar juntos, como família/comunidade, uma saída. O Deus providente não

retira os sofrimentos, mas ajuda a encará-los de modo diferente. É importante

perceber que o Reino de Deus se apresenta pela visibilidade e acontecimento, não

pelo lugar.

O agir missionário no urbano exige conhecer a realidade e o

comportamento urbano. Estipular horários que sejam mais condizentes com a

realidade que envolve o urbano. Buscar serviços mais amplos, além da paróquia e

das foranias. Fazer um planejamento missionário para além dos limites fechados

de paróquias, dioceses ou institutos. Ter estruturas mais justas, contribuindo

para que a cidade seja mais justa e mais humana. Investir em comunidades

solidárias, fraternas que sejam sinais para a urbanidade, isso exige mais formação

para os leigos nas dimensões sociais e comunitárias. A evangelização no meio

urbano urge pela participação dos leigos, caso contrário, dificilmente acontecerá.

É preciso um resgate do leigo, que requer pessoas liberadas e investimento.

Investir em pequenas comunidades de vários tipos, com um ideal comunitário

cristão.

Há tantas outras pistas a serem propostas para a pastoral urbana, mas de

nada adianta ter propostas, pistas, reflexões e recursos se não há um desejo

humano para isso. Ele é o primeiro princípio modelador de uma nova

mentalidade.

Pe. Gelson Luiz Mikuszka, C.Ss.R Curitiba/

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CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR 278 ANOS DA COPIOSA REDENÇÃO AOS POBRES

E MAIS ABANDONADOS

“A Congregação do Santíssimo Redentor, fundada por Santo Afonso, é um

instituto religioso de diversos ritos, missionário, clerical, de direito pontifício e

isento, cuja finalidade é: ‘continuar o exemplo de Jesus Cristo Salvador, pregando

aos pobres a Palavra de Deus, como disse Ele de si mesmo: Enviou-me para

evangelizar os pobres’...Fortes na fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade,

inflamados no zelo, humildes e sempre dados à oração, os Redentoristas, como

homens apostólicos e genuínos discípulos de Santo Afonso, seguindo contentes a

Cristo Salvador, participam do seu mistério e anunciam-no com evangélica

simplicidade de vida e de linguagem, pela abnegação de si mesmos, pela

disponibilidade constante para as coisas mais difíceis, a fim de levar aos homens a

“Copiosa Redenção” (Const. 1 e 20).

Nove de novembro de 2010. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo,

Redentor da humanidade! Duzentos e setenta e oito anos de amor a Deus e à

Igreja. Hoje queremos louvar a Deus pelos redentoristas do mundo todo, mas, de

um modo especial, pelos redentoristas vivos e falecidos da Província de Campo

Grande e Baltimore. Queremos louvar a Deus pelo chamado que, continuamente,

vem nos fazendo, para que sejamos homens de fé, a exemplo do fundador, Santo

Afonso de Ligório. Hoje, mais uma vez, queremos louvar a Deus pela nossa

vocação e suplicar ao Senhor da Messe que nos envie santas e numerosas

vocações. Queremos, como disse o Papa Bento XVI, que o nosso testemunho

suscite mais vocações. Sabemos que todos somos responsáveis pela promoção

das vocações (Const. 79), mas para que tenha fruto esse trabalho, terá que ser

feito dentro do marco de uma vida que vibre com a oração pessoal e comunitária.

Profundamente comprometidos com a nossa Congregação, deveremos estar

dispostos a pagar o preço de um compromisso desse tipo.

Os jovens que pensam na Vida Religiosa hoje estão buscando duas coisas:

1) uma vida em comum; 2) uma espiritualidade vibrante. Consideram que não é

necessário ser religioso ou sacerdote para poder exercer algum ministério na

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Igreja. Muitos atuam com notável eficácia em suas comunidades. O que inspira

seu interesse pela Vida Religiosa é ver homens felizes e esperançados, e

experimentar a hospitalidade estendida pelos irmãos e sacerdotes, gente que são,

em si, uma verdadeira Boa Notícia. Querem ser parte de algo maior que eles

mesmos e querem viver suas vidas de uma maneira que faça uma diferença neste

mundo. Querem ver em nós, seguidores de Jesus Cristo, seguidores de santo

Afonso. Não precisamos de muita estratégia. Basta que sejamos entusiasmados

com a nossa vocação. Eles querem levar a sério o que significa seguir Jesus Cristo

e servir a Deus de uma maneira radical. Querem falar sobre Jesus, sobre a oração

e sobre a fé e sobre o que significa ter com Deus uma relação que requer

sacrifício. Sentem-se confusos quando encontram religiosos calados sobre estes

temas. Querem uma Vida Religiosa que lhes exija algo. Querem saber se os valores

e prioridades da Congregação valem a entrega de suas vidas.

Buscam uma comunidade e um sentido de pertença. Desejam também

um estilo de vida simples e alguns meios para expressar sua preocupação pelo

mundo. Buscam algo que dê sentido a suas vidas. Amam a Igreja e esperam o

mesmo de nós. Como posso contribuir?

Não procuram pessoas ou congregações perfeitas, mas ministérios que

respondam às mais profundas necessidades humanas, um enfoque comum e a

convicção de que a mensagem evangélica e uma vida de oração são fundamentais

para a vida do grupo e seu trabalho em conjunto. Vivamos nossa vocação!

Vivamos nossa consagração que, com certeza, surgirão muitas e boas vocações.

Pe. Antonio Carlos de Mello, CSsR 09 de novembro de 2010.

Curitiba-PR

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REDENTORISTAS PROPAGAM A MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO NO PR

Confrades do Perpétuo de Curitiba continuam a peregrinação do

ícone

Os Redentoristas do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,

Curitiba, continuam, com uma motivada equipe de leigos, levando em

peregrinação o ícone para muitas paróquias do interior do Estado do Paraná e

também para o interior de São Paulo. O planejamento é feito com os párocos,

onde uma equipe de leigos do Santuário, junto com um dos Redentoristas, visita a

paróquia por um ou dois dias.

Para Marco Marinho, que coordena a equipe de leigos, a visita do ícone,

além de propagar a devoção à Mãe do Perpétuo Socorro, tem sido uma bênção

Pe. Primo fortalecendo a fé e a devoção na Mãe do Perpétuo Socorro

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para as paróquias. As pessoas vibram com as visitas e sentem muito confortadas e

animadas com Nossa Senhora. Ainda, disse Marco, a presença de um Missionário

Redentorista é muito motivador.

Segundo Padre Primo Hipólito C.Ss.R. estas visitas devem continuar, pois

além de ser uma presença dos Redentoristas em outras localidades as visitas do

ícone cumpre o mandato do Papa Pio IX: “Fazei-a conhecida no mundo inteiro”.

Além do mais, diz padre Primo, estas visitas fortalecem a evangelização na

comunidade visitada.

Momentos de evangelização e testemunho, mostrando o Amor Redentor de Jesus, que

perpassa pela devoção a Mãe do Perpétuo Socorro.

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DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS Confrades agradecem a Deus pelas graças do ano

O almoço de ação de graças (dia 25 de novembro de 2010) reuniu vários

confrades na Casa Central vindo de várias comunidades Redentoristas. Membros

Comunidade Vida Nova também participaram. Foi um momento de ação de graças

pelas graças recebidas.

Padre Egídio Gardiner C.Ss.R. dirigiu belíssimas palavras na abertura do

almoço, afirmando que ele agradece a Deus pelos confrades jovens que

respondem o chamado de Deus na Província e pelas novas vocações que estão

surgindo em nosso meio. Ele motivou a todos à perseverança no espírito

missionário.

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18 Momentos de convivência na casa Provincial, no dia de Ação de Graças

25 de Novembro de 2010

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VISITA MISSIONÁRIA AOS COLÉGIOS EM

CURITIBA

O Documento de Aparecida é categórico ao afirmar que se faz necessário

intensificar de diversas maneiras a Pastoral Vocacional, nas famílias, na paróquia,

inclusive nas Escolas (cf. DA 314). Pois, as vocações são Dom de Deus e não

devem faltar orações especiais ao “Dono da messe”.

O Documento de Aparecida faz um apelo à pastoral vocacional para que

suscite vocações, para isso, é preciso sair da pastoral de manutenção e investir

principalmente nas Escolas. Afirma ainda que a renovação das paróquias exige

atitudes novas dos párocos e dos sacerdotes que estão a serviço dela (cf. DA 201).

No mundo de hoje, percebemos que é urgente a criação de novas estruturas

pastorais para que nossas paróquias se tornem verdadeiramente missionárias e

vão ao encontro dos nossos jovens. Foi neste intuito que a 3ª Fase das Santas

Missões Populares no Santuário do Perpétuo Socorro em Curitiba promoveu a

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Visita nas Escolas. Os Padres Alexandre de Castro e Wilson Marques estiveram

visitando os Colégios que estão na área geográfica que abrange o Santuário.

Visitamos os alunos do Ensino Médio e Fundamental, fomos de sala em

sala falando da importância de se ter uma vocação bem definida para se ter um

futuro melhor, sobretudo no que se refere à questão profissional, daí a

necessidade de se estudar bem valorizando o Dom de Deus. Nos momentos de

intervalo fizemos convivência com os Professores e depois com os alunos no pátio

da Escola.

Destacamos a importância dessa experiência que nos fez perceber uma

série de desafios, dentro e fora da sala de aula. Nesta fase da juventude e

adolescência, a vida começa a exigir uma série de responsabilidades, com isso, é

preciso aprender a lidar com vários problemas e desafios que vão surgindo, ou

seja, o que antes era sempre solucionado pelos outros, pelos pais. Percebe-se a

importância de se posicionar na vida e escolher os próprios caminhos.

O mundo de hoje, na era digital, apresenta uma avalanche de informações e

horizontes para o jovem se auto-afirmar. Este é um período muitas vezes

problemático, onde se tem a sensação de incompreensão, causando revolta.

Dúvidas, medos e desejos de ser aceito na turma.

É uma fase feita de transformações, não apenas hormonais, mas também

sociais, onde a personalidade vai se firmando. A Escola se torna o ambiente onde

as amizades se afloram, desperta os amores e o corpo fala. Tudo vai acontecendo

simultaneamente e de forma muito rápida.

Neste sentido, a Escola se torna um ambiente propício para lançar as

sementes da Vocação. Enquanto igreja, não podemos perder essa oportunidade,

pois, além de contribuir com as Escolas na formação de bons cidadãos e

educadores, estamos investindo na Promoção Vocacional de um jeito novo como

nos pede o Documento de Aparecida: “Não podemos ficar tranqüilos em espera

passiva em nossos templos” (cf. DA 548). Concluímos que é preciso intensificar a

Pastoral Vocacional nos Colégios. Recebemos pelo site do Devoto Perpétuo

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um depoimento enviado pelo Professor Paulo que é o Diretor do Colégio Estadual

Cons. Zacarias – EFM de Curitiba:

“Queremos agradecer em nome da Direção, professores, equipe pedagógica,

funcionários e alunos, a visita que recebemos dos missionários da Igreja Perpetuo

Socorro em nosso Colégio. A visita foi na sexta-feira dia 29/10/10. Foi engrandecedor

para os alunos, apensar de termos notado algumas resistências de alunos não

católicos, tudo transcorreu de forma plena. Por isso reiteramos nosso agradecimento,

as canções, a mensagem tudo veio de encontro as nossas necessidades. Gostaríamos

de contar com sua visita mais vezes em nosso colégio, para a Igreja Perpétuo socorro

estamos sempre com as nossas portas abertas. Desta forma fica nosso

agradecimento em nome de todos do Colégio Estadual Zacarias. Cordiais saudações”.

Prof. Diretor Paulo Colégio Estadual Cons. Zacarias – EFM.

Assim, agradecemos o apoio dos confrades e abertura da direção do

Colégio.

Pe. Wilson Marques CSsR Comunidade Missionária do MS.

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SETORES – MISSÃO QUE INICIA NO CORAÇÃO

DE CADA CRISTÃO

O Santuário de

Nossa Senhora do Perpétuo

Socorro iniciou um novo

processo de evangelização, a

partir das missões

redentoristas, propondo a

setorização – formar uma

rede de comunidades,

contemplando assim uma

espiritualidade missionária.

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A terceira fase realizada nos dias nos setores Santo Afonso, São João

Newmann, nos dias 25 de outubro à 30 de outubro e São Clemnte nos dias 01 à

06 de novembro de 2010. Esta etapa da missão levaram crianças, jovens, idosos,

enfim, as famílias a uma comoção espiritual, pelas celebrações temáticas

realizadas às 19h30min nas casas e condomínios e a uma experiência de fé

vivenciada pelos missionários e moradores num encontro pessoal com Jesus o

médico de almas, através do sacramento da unção dos enfermos nas visitas

realizada durante o dia aos enfermos.

Podemos notar que a experiência de Deus mexe mais com as pessoas do

que uma mensagem anunciada a partir da doutrina. Constatamos essa

experiência em partilhas, testemunhos de famílias, e a participação de pessoas de

outras denominações religiosas nas celebrações. O Secretariado Geral para a

Evangelização acena para essa realidade nos apontando propostas:

“Mas, o cristianismo não consiste no conhecimento de uma doutrina; nem a

mensagem cristã é um simples sistema doutrinal. Evangelizar não é sobretudo

enunciar uma doutrina, propor uma ética ou promover práticas religiosas, mas

atualizar a experiência salvadora, humanizadora e esperançosa que começou com

Cristo e em Cristo. Haverá evangelização na medida em que haja anúncio do amor

de Deus e na medida em que haja anúncio do amor de Deus e na medida que a

comunidade cristã ofereça experiências concretas de vida, sobretudo de vida em

comunidade-grupo, para experimentá-lo”.

A experiência da missão redentorista em Curitiba especificamente nos

setores nos levou a uma experiência forte, marcante, transformante, e vivificante.

Temos que fazer uma reflexão sobre o paradigma da evangelização num centro

urbano. É necessário fazer um estudo, uma reflexão acerca da evangelização nos

“novos areópagos”, que são os centros de decisão, a vida pública, a cidade, o além-

fronteiras(território), as universidades, o ambiente político, as empresas, as

escolas, o comércio, os hospitais, repúblicas estudantis, e entre outras realidades

urbanas. Cada espaço, cada setor precisa ser atingido pela missão. A missão

urbana, é complexa, compreenda o espaço geográfico – social-cultural-teológico-

pastoral-antropológico, reconhecendo cada um na sua singularidade,

subjetividade e complexidade.

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A missão redentorista encerrou a terceira fase com a Celebração da

perseverança presidida pelo missionário Pe. Sérgio, e concelebrada pelos

missionários Pe. Alexandre, pregador, Ir. Adilson, conduziu o reenvio e o

levantamento do cruzeiro no dia 07 de novembro às 16h, propondo aos

missionários redentoristas representados na pessoa do reitor do Santuário Pe.

Celso, e especialmente os discípulos missionários redentoristas dos setores que

foram abençoados e reenviados em missão para dar continuidade a quarta fase da

missão nos setores. Unidos em Cristo perseveramos. Nossa Senhora do Perpétuo

Socorro, rogai por nós!

Informa: Missionários redentoristas itinerantes

Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Curitiba Paraná

Page 23: Contact dezembro 2010

25

ENTREVISTA COM O PADRE GERAL Michael Brehl fala sobre o início do sexênio

Michael Brehl, Superior Geral dos

Redentoristas, eleito em 2009, assumiu o

sexênio 2009-2015 com muita

esperança e no espírito do tema do

sexênio. Depois de concluir sua primeira

faculdade, Padre Brehl ingressa na

formação dos Redentoristas indo

estudar na Escola de Teologia de

Toronto – Canadá. Durante ainda no

período de formação atuou no Santuário

Redentorista Ste-Anne de Beaupreo,

onde aprendeu o francês. Depois dos

votos perpétuos atuou vários anos no

ministério paroquial, nas missões e vinte

anos na formação de novos

Redentoristas. Padre Brehl, canadense

de origem, hoje com 55 anos de idade,

fala neste mês com os confrades de Campo Grande através desta entrevista do

CONTACT.

1. CONTACT: Nós do CONTACT queremos conversar contigo. Seja bem

vindo a esta entrevista!

Padre Brehl: Em primeiro lugar é uma alegria muito grande falar com os

confrades da Província de Campo Grande. Sempre ouço coisas boas de vocês.

Obrigado pela ajuda que vocês dão à Manaus, Líbano, Coréia, Academia Afonsiana

e Newark. Parabéns pelo espírito de solidariedade que tem esta Província

ajudando várias unidades!

Page 24: Contact dezembro 2010

26

2. CONTACT: Depois de um ano como Superior Geral dos

Redentoristas, como se sente neste ministério de liderança da

Congregação?

Padre Brehl: Este primeiro ano como Superior Geral tem sido um tempo de

aprendizagem, no ministério da liderança, da animação e também nas decisões.

Eu não era membro do conselho geral anterior, e neste ano pude conhecer mais a

Congregação mundialmente. Neste primeiro ano já pude visitar os confrades e os

leigos associados e as irmãs afiliadas a nós em mais de 20 países. Ouvindo seus

desafios e seus sonhos, percebendo a encarnação da Congregação nos cinco

continentes, com uma rica variedade de culturas e situações sociais. Participando

das primeiras Assembléias das Conferências tem me dado uma ideia sobre a

nossa presença apostólica.

Com toda a diversidade de culturas e línguas, eu tenho percebido a

identidade comum dos Redentoristas. Assim h| uma ‘cultura Redentorista’ no

mundo. Há diferenças nas expressões em diferentes lugares do mundo, mas o

coração da nossa Vida Apostólica é a mesma em toda parte na Congregação,

expressando a unidade da família Redentorista. A Constituição 20 não é apenas

um ideal, mas contem características reais dos Missionários Redentoristas que

assumem contorno em nossas vidas e na vida das comunidades.

Do mesmo modo, e está ficando mais claro para mim os desafios que

enfrentamos mundialmente. Muitos destes desafios são comuns em muitas

Unidades, embora em contextos sociais diferentes: crescimento do secularismo,

materialismo, empobrecimento... Em algumas áreas há um envelhecimento dos

membros mostrando fragilidade destas Unidades. Mas tudo isto está sendo

enfrentado com muito esforço evangélico dos Redentoristas, sendo fiéis a missão

de pregar o Evangelho aos mais abandonados, especialmente aos pobres.

Há muita esperança e muito encorajamento no trabalho comum dos

membros do Governo Geral da Congregação, em Roma. O XXIV Capítulo Geral

elegeu talentosos e comprometidos confrades que forma o time do Conselho

Geral. Formamos, assim, uma comunidade internacional no coração da

congregação.

Page 25: Contact dezembro 2010

27

3. CONTACT: Como você vê o processo de reestruturação? Quais são os

desafios?

Padre Brehl: É importante lembrar que o tema do sexenio não é

reestruturação, mas a renovação da Congregação em sua vida e sua missão:

‘Anunciar o Evangelho de modo sempre novo (St. Clemente), renovada esperança,

corações renovados, estruturas renovadas para missão’. O processo de

reestruturação deve ser visto a partir da renovação da Congregação. Eu acredito

que a Congregação iniciou o processo muito bem. Quatro Conferências já tiveram

suas primeiras Assembleias e já estão elaborando os seus estatutos, sua

prioridades pastorais, formação e solidariedade econômica. A Assembleia da

América Latina Caribe será entre os dias 7 a 12 de março de 2011. A América

Latina Caribe tem três sub-conferências. O desafio será encontrar meios efetivos

de engajar todos os confrades no nível local deste processo. Este foi um aspecto

considerado pelo Capítulo Geral e isto temos que manter em mente. É importante

que cada confrade e cada comunidade estudem cuidadosamente os princípios da

reestruturação (estes princípios estão no documento final do XXIV Capitulo

Geral).

Segundo, será o desafio de pensar e trabalhar além das fronteiras das

(vices) Províncias ou Regiões, em vista de engajar a colaboração nos projetos

comuns. Em várias partes da Congregação já existem trabalhos comuns na área

da formação inicial e também em iniciativas pastorais. A missão da URB no

Suriname é um exemplo concreto da reestruturação.

O terceiro desafio é descobrir meios mais efetivos de otimizar os

recursos humanos e matérias na missão junto aos pobres abandonados. As

distâncias geográficas, a falta de recursos econômicos, os diferentes idiomas são

desafios a serem superados. Mas o principal recurso que temos é a ‘cultura

comum Redentorista’ presente em todas as partes da Congregação.

Page 26: Contact dezembro 2010

28

4. CONTACT: Como o tema do sexenio está influenciando os confrades

mundialmente?

Padre Brehl: Em minha experiência, o tema está sendo muito bem aceito

pelos confrades. Em alguns lugares temos que relembrar que o tema não é

‘reestruturação’. Houve uma confusão porque o tema do XXIV Capítulo Geral era

Reestruturação para missão. Mas reestruturação é apenas um elemento do tema

do sexênio, que é muito mais lato que reestruturação. O tema do sexênio

(Anunciar o Evangelho de modo sempre novo...) é realmente sobre conversão e

renovação para pregar o Evangelho de modo sempre novo no mundo

contemporâneo.

Algumas Unidades estão fazendo um esforço para encontrar meios

criativos para apresentar este tema para todos os confrades, através de áudio-

visual, reflexões teológicas, retiros, dias de estudos. Muitas unidades têm

estudado o tema cuidadosamente nas assembleias Provinciais e nos capítulos. O

processo de avaliar as prioridades apostólicas e os planos de pastoral devem ser a

luz do tema do sexênio. Em geral os confrades estão bem conscientes que

precisamos ser pioneiros na pregação do Evangelho de modo sempre novo em

nossa sociedade contemporânea. Ao mesmo tempo, está crescendo a consciência

que necessitamos renovar a nossa ‘Vita Apostólica’ em todas as dimensões. Para

os Redentoristas ‘a missão, a vida comunit|ria e a dedicação ao Cristo Redentor’

estão integrados num todo. Eu percebo que durante este sexênio o tema vai sendo

assumido nas Unidades pelos confrades.

5. CONTACT: Deixei uma mensagem para a província!

Padre Brehl: Estamos vivendo um momento muito especial com o

estabelecimento das Conferências e tornando mais efetivos no serviço de

renovação da Congregação. A renovação é um ‘trabalho progresso’ e uma ‘vida em

progresso’, isto é, sempre dinâmica. No mesmo tempo, no início da formação das

Conferências, cada confrade e cada Unidade é chamada para conversão e

renovação, para responder o chamado num espírito de esperança. Este chamado

vem de Deus e a nossa resposta é o trabalho do Espírito Santo, continuando o

seguimento de Jesus, o Redentor, na Sua missão de anunciar o Evangelho aos

Page 27: Contact dezembro 2010

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pobres. Nas duas últimas semanas estive nas vices-Províncias de Recife, Manaus e

Fortaleza. Foi uma alegria estar no Brasil, e conhecer mais a presença da

Congregação neste país. È crescente a liderança dos Redentoristas brasileiros em

nível de Congregação, e estou confiante que os Redentoristas do Brasil irão

contribuir muito neste momento de renovação para missão.

[Entrevista feita em inglês, tradução: Pe. Joaquim Parron, CSsR]

ENTREVISTA COM O PADRE PROVINCIAL Joaquim Parron fala sobre o próximo quadriênio

Padre Joaquim Parron,

hoje com 51 anos de idade, é de

origem paulista (Presidente

Prudente), mas foi criado no Mato

Grosso do Sul (Campo Grande).

Emitiu os primeiros votos em 05

de fevereiro de 1981. Professou

perpetuamente em 04 de agosto

de 1986, momento que ele chama

de decisivo em sua vida religiosa.

Fez parte do COP (1992-1995),

CEP (1995-1997 e 2005-2007),

Economato (2001-2004) e

atualmente é Provincial reeleito

para um quadriênio (2011-2014).

Atuou no ministério paroquial,

formativo e santuário. Parron tem um grande amor pela Vida Redentorista e fica

entusiasmado quando fala da Vida Apostólico Redentorista.

Page 28: Contact dezembro 2010

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1. CONTACT: Fale um pouco da tua vocação!

Parron: Já com nove anos de idade, na primeira comunhão, senti um desejo

em ser religioso/padre, quando naquele dia o nosso pároco pediu para que cada

um rezasse pensando no seu futuro. Mas fui encontrar os Redentoristas somente

mais tarde em 1975, na Paróquia St. Antonio, em Campo Grande. Padre Tomás

Siconolfi (que ainda é vivo e está na Província de Baltimore) me dirigiu por quase

dois anos refletindo a vocação Redentorista. Padre Tomás foi falar com meus pais

e os ajudaram a compreender a importância da Vida Consagrada Redentorista.

Minha família tem uma importância muito grande neste momento. No

discernimento vocacional sou muito grato aos grandes formadores que tive no

processo formativo, entre eles ainda estão na Província: Lourenço, Ângelo, Alfeo,

Charles Coury. Agradeço também os confrades, pois graças a eles persevero na

vocação Redentorista. Percebi a confirmação do Senhor ao chamado na

preparação para os Votos Perpétuos. Para mim foi muito significativo este

momento dos votos perpétuos, pois era um momento que eu podia dizer ‘sim’

com clareza e discernimento. De fato, para nós Redentoristas os Votos Perpétuos

é o momento definitivo em nossa vida.

2. CONTACT: Como tem sido a tua vivência como Redentorista?

Parron: Ainda no processo de formação, como professo, pude experimentar a

vivência como Redentoristas em trabalhos pastorais no Xaxim e em várias

localidades da Província. Naquele tempo fizemos v|rias ‘missõezinhas

vocacionais’ com o padre Moacyr Bossay. Depois de encerrar a formação inicial

tive o desafio de atuar na região de Miranda e Bodoquena, atuando com a CPT e

as pastorais sociais por vários anos. Depois do CETESP atuei na formação inicial

por três anos, ajudei no Perpétuo Socorro de Curitiba. Durante o período que eu

atuava na formação conclui o Mestrado em Pedagogia Universitária. Em 1996,

numa reunião da URB, o meu nome foi indicado pelo padre Márcio Fabri, para

ajudar no ITM (Instituto de Teologia Moral). Então, padre Wilton Moraes pediu

que eu encaminhasse o doutorado. A experiência de estudar e trabalhar nos EUA

me ajudou muito a pensar e atuar num mundo pluralista. No meu retorno dos

EUA o ITM havia fechado as portas e então, padre Edson Ulanowicz pediu que eu

o ajudasse na administração como ecônomo. Mas mesmo assim, não deixo de

Page 29: Contact dezembro 2010

31

trabalhar com a ética teológica, pois coordeno o curso de pós-graduação em

teologia moral aqui em Curitiba e tenho dado aulas em alguns seminários. Enfim,

ser Redentorista faz parte da minha vida e tenho um grande amor por esta

Congregação. Sei que entre nós temos ‘santos e pecadores’, e procuro enxergar

mais as virtudes do que os pecados dos co-irmãos.

3. CONTACT: Como você percebe a Província atualmente?

Parron: Percebo uma Província amadurecida e com um potencial enorme.

Também percebo uma Província ‘não fechada em si mesma’, mas aberta {

Congregação que pede solidariedade. Por exemplo: hoje ajudamos em Manaus, na

Academia Afonsiana, no Líbano, na Coréia e também em Newark. Além disso,

temos várias atividades de solidariedade com outras unidades. Não podemos nos

enganar querendo que todos sejam ‘santos a partir do meu ponto de vista’, mas

temos que perceber a riqueza e o potencial do co-irmão na caminhada. Tenho em

mim que ‘se eu quiser mudar o mundo, tenho que mudar a mim primeiro’, isto é

buscar a conversão contínua.

4. CONTACT: Como você percebe o valor do tema do sexênio?

Parron: O tema do sexênio pede conversão a todos nós: ‘Anunciar o Evangelho

de modo sempre novo (St. Clemente), renovada esperança, corações renovados,

estruturas renovadas para missão’. É fundamental que todos os confrades e todas

as comunidades procurem refletir este tema e perceber como este tema pode

ajudar no dinamismo missionário. Acredito que este tema vai trazer uma grande

renovação da Congregação em nível mundial.

5. CONTACT: Quais as urgências atuais para Província?

Parron: A Província necessita trabalhar mais a dimensão vocacional (não ficar

chorando que não temos vocações), mas estrategicamente elaborar um trabalho

que motive a todos a se unirem neste projeto. Também necessitamos fortalecer a

nossa Vida Apostólica, que inclui oração, comunidade e missão. Também

precisamos revitalizar o sentido profundo da Profissão Religiosa, que é a nossa

consagração ao Deus de amor.

Page 30: Contact dezembro 2010

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6. CONTACT: Sua mensagem final.

Parron: Quero atuar no sentido de serviço neste quadriênio, e estou

consciente que não vou agradar a todos. Muitas decisões importantes não vão

agradar alguns, mas serão decisões necessárias. No entanto, eu não canso de

agradecer a perseverança e a fidelidade de tantos confrades que doam a vida pela

Copiosa Redenção nesta Província.

(Entrevista concedida ao Pe. Dirson Gonçalves, CSsR)

REDENTORISTAS EVANGELIZAM NA FESTA DO

ROCIO Milhares de pessoas participaram do evento da Padroeira do Paraná

Confrades Abençoam os devotos de Nossa Senhora do Rocio

Page 31: Contact dezembro 2010

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A Festa da Padroeira do Paraná, maior comemoração religiosa do Estado, reuniu milhares de pessoas no Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio durante o mês de novembro. Em sintonia com o Congresso Eucarístico Nacional, com o tema “Mãe do Rocio, Sacrário do Senhor”, os Missionários Redentoristas conduziram as celebrações, que tiveram início no dia 6 e se estenderam até o dia 16, com a realização diária de missas e novenas, além das tradicionais procissões. Somente no dia 15, data oficial da Padroeira, aproximadamente 100 mil pessoas

passaram pelo Santuário. Um clima de intensa devoção tomou conta da Praça da

Fé, onde está instalada a gruta de Nossa Senhora. Ali, os devotos fazem suas

orações, depositam flores e velas e pedem a proteção da Virgem Maria.

O agricultor Leonardo Tulik, de Araucária, foi pedir que Nossa Senhora o

abençoe com uma boa colheita. “Também pedi muita saúde e paz para toda minha

família.” A dona de casa Vera Lucia Santos Lima chegou bem cedo ao Santu|rio

junto com uma excursão da cidade de Castro, região dos Campos Gerais. Para ela,

j| é uma tradição vir { Festa do Rocio. “Hoje, vim fazer um pedido especial pra

Nossa Senhora do Rocio e se Deus quiser voltarei no próximo ano para

agradecer”, diz.

A pensionista Dirce Petersen, de Curitiba, participou de toda

programação religiosa da festa. “Vim ao Santu|rio pedir pra Nossa Senhora do

Rocio interceder pela minha filha que estava muito doente, internada na UTI.

Graças a Ela, minha filha melhorou, foi uma graça muito especial. Sou devota há

muito tempo e já recebi muitas graças. Meu filho mais velho tava desenganado, o

médico disse que ele não ia sobreviver, mas graças a Deus e a Nossa Senhora do

Rocio hoje ele est| com 40 anos”, relata.

A missa campal, presidida pelo bispo emérito de Duque de Caxias, dom

Mauro Morelli, reuniu milhares de fiéis na Praça da Fé e contou com a presença

do governador Orlando Pessuti, o senador Flávio Arns e a senadora eleita Gleisi

Hoffmann, além de autoridades locais.

Page 32: Contact dezembro 2010

34

O ponto alto da programação foi a tradicional Procissão Solene

da Mãe do Rocio, que já é a segunda maior do Brasil. Milhares de pessoas

acompanharam a imagem até a Catedral Nossa Senhora do Rosário, no centro da

cidade. Muitos fizeram o trajeto descalços em agradecimento pelas graças

recebidas.

Para padre Sérgio Campos este evento ajuda fortemente no processo de

evangelização do povo do Paraná. Queremos evangelizar com Maria, pois ela é o

sacrário do Senhor. Padre Luiz Langer, ressaltou, a devoção à Mãe do Rocio está

crescendo em todo o Paraná. Já padre Ademar Maia, que lançou um livro sobre a

história do Rocio, afirmou que cultura e fé se misturam nesta devoção mariana.

DEVOÇÃO

A devoção a Nossa Senhora do Rocio existe desde o século XVII e

espalhou-se pelo Brasil afora. Conta a tradição que, no local onde hoje está o

Santuário, moravam humildes pescadores. Certa vez, um deles, chamado Pai Berê,

insistia em lançar a rede ao mar, sem conseguir um só peixe. Desanimado,

suplicou aos céus que não o desamparasse e ao jogar a rede pela última vez

Confrades que trabalham no Santuário do Rocio, expressam alegria pelo

sucesso da festa.

Page 33: Contact dezembro 2010

35

encontrou uma pequenina imagem de Nossa Senhora. A partir daquele dia, a

pescaria tornou-se farta e abundante para todos.

A fé em Nossa Senhora do Rocio se expandiu ainda mais entre a

população a partir de 1686, depois que uma peste matou várias famílias. O povo

recorreu à Mãe do Rocio e foi atendido. A partir daí, a fé em Nossa Senhora do

Rocio só cresceu e ela se tornou intercessora para levar a Deus os pedidos mais

urgentes e difíceis. Em 1977, a Santa Fé declarou Nossa Senhora do Rocio como

padroeira do Paraná. Na linguagem antiga, Rocio quer dizer orvalho.

Os Redentoristas da Província de Campo Grande pastoreiam este

santuário há vários anos, no entanto, nos últimos anos a devoção cresceu com o

uso mais constante dos meios de comunicações sociais.

(fonte: Folha do Litoral)

A GOTINHA QUE SALVA

Missão no Hospital das Clinicas em

Curitiba

Pregar missão no Hospital das

clinicas, não foi apenas administrar

sacramento e levar Jesus para os doentes,

mas também visitar e cuidar de Jesus na

pessoa dos enfermos, “Eu estava doente e

cuidastes de mim”(Mt 25, 36). Alguns de

casa brincavam comigo, chamando-me de

São Camilo de Lellis, pois todos os dias eu

saia de habito para o hospital, mas eu

preferia ser chamado de Santo Afonso do

Hospital dos incuráveis.

Page 34: Contact dezembro 2010

36

Durante uma semana a equipe itinerante de missão, forneceu um

missionário para pregar missão no hospital das clinicas. Foram momentos de

muitas graças e curas para os enfermos, familiares e funcionários, com visitas nos

quartos, unção dos enfermos, confissões e missas na capela do Hospital.

A gotinha que salva era o lema das visitas aos doentes nas enfermarias.

“Alguém dentre vós esta doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja, para que

orem sobre ele, ungindo-o com óleo no nome do Senhor. A oração feita com fé

salvará o doente, e o Senhor o levantará. E se tiver cometido pecados, receberá o

perdão”. (Tiago 5, 14-15)

O fato da gotinha, era devido alguns pacientes estarem internados em

quartos de isolamento, por motivo de infecção hospitalar, sendo assim, a unção

dos enfermos era ministrada com um frasco de conta gotas para evitar o contato

físico com o paciente.

Devido eu estar com habito e um jaleco branco por cima, segurando o

frasquinho com o óleo da unção, teve uma criança da ala infantil que disse que

não queria tomar o remédio, mas com muito jeito eu disse a ela que eu só iria

pingar um remedinho de Jesus na testinha dela e que logo ela iria sarar e voltar

para casa, na mesma hora ela concordou.

Tive o privilégio de encontrar alguns ministros do Santuário Perpétuo

Socorro, que são voluntários no Hospital, mas acreditamos que precisa de mais

voluntários e uma colaboração mais efectiva dos Redentoristas do Santuário.

Pe Alex de Castro, C.Ss.R.

Page 35: Contact dezembro 2010

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JUMIRE NO HALLEL

Redentoristas Evangelizando de Modo Sempre Novo

O Hallel é o maior evento de música católica da América Latina. Com a

proposta inovadora de evangelização e anúncio da Palavra de Deus.

A palavra Hallel é

de origem aramaica e

significa cântico de louvor

a Deus, música que celebra

a vida. Era uma grande

manifestação do povo que

louvava a Deus através dos

sons de instrumentos

musicais e da dança, cf

Salmos 135 (136), 150. Nos

dias atuais, em lugar de

cítaras, harpas, liras e

trombetas, ouvimos

guitarras baterias, teclados, percussão, baixos, microfones e efeitos especiais, com

qualidade para que o anúncio de Jesus Cristo chegue às pessoas.

Mais de 100 mil pessoas participaram da 16ª edição do Hallel de

Maringá, ocorrida no sábado 13 e 14 de novembro, com o tema "Meu Senhor e

Meu Deus", o evento ocorreu no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro.

Grande público pôde conferir a apresentação do mexicano Martin Valverde, além

de nomes cristãos de grande sucesso nacional, como Adriana e a banda Rosa de

Saron. No Hallel do ano passado, foi registrado um público de 85 mil

participantes. Varias Congregações e comunidades de vida, participaram do

evento, fazendo exposição de seus carismas. Os Redentoristas representados pela

Província de Campo Grande se fizeram presente através do JUMIRE e a

participação especial dos Junioristas. Foi montado um Stand Vocacional com

promoção e apresentação dos trabalhos do Santuário N S Perpétuo Socorro de

Curitiba.

Page 36: Contact dezembro 2010

38

Pe Alex cssr assessor JUMIRE

CONVIVÊNCIA VOCACIONAL Jovens preparam-se para ingressar na formação Redentorista

Deus sempre surpreende! Continua chamando e enviando para a

Missão, razão pela qual, nos dias 27 e 28 de novembro, 11 jovens oriundos das

várias comunidades do PR e MS, participaram de mais uma Convivência

Vocacional, coordenada pelo Promotor Vocacional, Pe. Marcos Vinicius, na Casa

de Formação Santo Afonso, em Ponta Grossa-PR, com a participação e ajuda dos

confrades: Joaquim Parron (Superior Provincial), Celso Cruz, Paulo Nascimento,

Antonio Mello e Aparecido (juniorista).

JUMIRE, Junioristas e Pe. Alexandre no Hallel, trabalhando pelas vocações.

Page 37: Contact dezembro 2010

39

Os candidatos são oriundos das seguintes regiões: dois jovens da

Paróquia Nossa Senhora da Guia-Lageado-Campo Grande, dois jovens de

Telêmaco Borba, quatro jovens de Paranaguá e região, um jovem de Campo

Mourão, um jovem de Nova Esperança e um jovem de Carambei.

Algumas comunidades locais da Província fizeram um bom trabalho

vocacional e enviaram jovens para esta convivência. Isto é motivador para a

nossa caminhada Redentorista. Fica o desafio para que outras comunidades para

também fazerem este trabalho de animação vocacional neste quadriênio que está

para iniciar.

Pe. Parron e o Secretariado de Formação na convivência vocacional em Ponta Grossa-Pr.

Page 38: Contact dezembro 2010

40

REDENTORISTAS CELEBRAM 80 ANOS DE MS E PR

Da origem norte-americana à Província brasileira, uma história de fé, devoção e perseverança

Os Missionários Redentoristas da Província de Campo Grande estão

celebrando 80 anos de atuação no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Uma história

de interação entre dois países, dois estados e dois povos, diferentes em quase

tudo, separados por milhares de quilômetros, mas com algo em comum: o mesmo

ideal. Uma semelhança que, ao longo de oito décadas inspira, comove e mobiliza

multidões. Um legado de fé e esperança, devoção e perseverança, que foi

lembrado neste domingo (14/11), em Paranaguá, durante os festejos de Nossa

Senhora do Rocio, Padroeira do Paraná, uma das comunidades religiosas do

estado sob a coordenação da Província.

Os primeiros redentoristas desembarcaram no Brasil em 1930,

vindos de Nova York, nos Estados Unidos. As primeiras incursões foram

na região do Pantanal do Mato Grosso do Sul e, em seguida, Tibagi,

Paranaguá, Telêmaco Borba e

Curitiba, onde está uma das

principais referências da

Província, o Santuário Nossa

Senhora do Perpétuo Socorro,

no bairro Alto da Glória, que

reúne, todas as quartas-feiras,

mais de 30 mil pessoas. São

devotos de toda a Região

Metropolitana de outras cidades

do Paraná e do Brasil que vêm

acompanhar as tradicionais

novenas, que ocorrem das 6 às

22 horas.

Page 39: Contact dezembro 2010

41

Mas o trabalho, que teve início com padres norte-americanos, hoje tem

vida e identidade tupiniquim. Alguns dos pioneiros ainda estão na ativa. Eles são

a história viva da Província e dos missionários no Brasil. Mas, atualmente, a

grande maioria dos confrades é de religiosos brasileiros. Padres e irmãos que

fazem, inclusive, o caminho inverso, participando de missões de evangelização na

América do Norte.

O padre Joaquim Parron, Provincial Redentorista, lembra do esforço dos

norte-americanos em aprender a língua portuguesa e se adaptar à cultura

brasileira. “Tudo era diferente, alimentação, língua, costumes, mas a nossa grande

paixão era evangelizar o povo”, afirma o padre Egídio Gardiner, um dos pioneiros,

hoje com 97 anos de idade. Embora tenha uma idade avançada, padre Egídio,

continua atuando nos trabalhos pastorais em Telêmaco Borba.

Na sequência, pouco a pouco vieram as vocações brasileiras. O primeiro

Redentorista brasileiro da província foi o padre Armando Russo, ainda vivo, com

86 anos de idade, ainda atuante no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

“Os primeiros confrades norte-americanos foram meus heróis. E foi animado pelo

chamado de Deus que entrei nesta amada congregação”, diz padre Armando.

Atualmente, a Província é composta de aproximadamente de 70

confrades, dos quais a maioria é nativa. “Somos muito gratos aos redentoristas

que vieram de Nova York, pois eles lançaram a semente que vingou e produziu

em terras brasileiras”, destaca padre Joaquim Parron. De duas missões, abertas

em Aquidauana e Miranda (MS), hoje a província congrega: três santuários, várias

paróquias, duas comunidades missionárias itinerantes e várias obras sociais,

como recuperação de alcoólatras.

Há, assim, um enorme trabalho social, seja na recuperação de pessoas

dependentes (com chácaras em Telêmaco Borba e Ponta Grossa) e com centros

sociais que promovem os mais necessitados. O braço social dos Redentoristas

sempre esteve a serviço dos mais pobres, primeiro eram as escolas e agora são os

centros sociais, afirma padre Parron.

Page 40: Contact dezembro 2010

42

NOSSA SENHORA DA GUIA – LAGEADO

Por uma paróquia missionária

Animados pelo espírito da Conferência de Aparecida e com os projetos de

evangelização da CNBB e da Arquidiocese de Campo Grande, a paróquia Nossa

Senhora da Guia vem passando por um processo de reestruturação na busca de

“evangelizar de modo sempre novo”. Esse processo d|-se em três níveis:

FORMAÇÃO E ESPIRITUALIDADE:

São dois temas que caminham

juntos. A partir do carisma

próprio dos missionários

redentoristas e com o desejo de

não ter uma paróquia de

“manutenção”, mas

“decididamente mission|ria”,

estamos passando por um

processo de reestruturação que

tem dois eixos: formação e

espiritualidade. Na assembléia paroquial do início de 2010, as lideranças

decidiram que deveríamos investir e formar novos líderes, capacitando-os para

melhor servir. Investimos, então, na catequese, nos jovens e nas famílias. Os

resultados são visíveis. Paralelo a isso, foram criados fortes momentos de

espiritualidade porque não adianta capacitar sem fortalecer a fé. Não precisamos

de técnicos, mas discípulos de Jesus.

Foram realizados retiros espirituais, missas temáticas (como a missa do

Santíssimo e a missa da Misericórdia), celebração religiosa e espiritual de casa

padroeiro das comunidades, distribuição de 1.000 bíblias para as lideranças,

Novenário na padroeira da paróquia, incentivo ao ECC (Encontro de Casais com

Cristo), resgate da devoção popular e das festas religiosas. Graças a Deus houve

um envolvimento das pessoas e um crescimento das comunidades.

Page 41: Contact dezembro 2010

43

PASTORAIS E EVANGELIZAÇÃO:

Também são dois temas que

devem caminhar juntos. Com

lideranças bem formadas e

orientadas, com

espiritualidade firme e

sabendo para onde caminham,

as pastorais ganham novo

vigor e dinamismo. Aqui na

paróquia fortalecemos as

pastorais estruturais:

catequese, dízimo, liturgia,

MECES e pastoral familiar

(ECC). A Arquidiocese de

Campo Grande está no auge da

vivencia do 11º Plano de Pastoral que foca como prioridade, a Setorização. Todas

as pastorais se esforçam, desse modo, para que a paróquia seja setorizada, ou

seja, as famílias sejam organizadas em pequenos setores, onde acontecem

orações, terços, atendimentos aos enfermos, catequização de adultos e

encaminhamento para a vida de comunidade. Ainda temos muito que fazer nessa

área, mas há uma conscientização de que o caminho da evangelização realmente é

esse, das pequenas células, dos núcleos, dos setores.

CONSTRUÇÕES E REFORMAS:

Dentro da perspectiva de

que a boa acolhida faz a

toda a diferença, estamos

também investindo na

infra-estrutura de nossas

comunidades. Precisamos

aumentar nossas igrejas,

melhorar as instalações,

ter salas de catequese,

salões para eventos, Obras na Matriz Nossa Senhora da Guia

Investidura de Novos Ministros Estraordinários da

Comunhão.

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cozinhas comunitárias, etc. Durante o ano de 2010 foram investidos mais de R$

100.000,00 (Cem mil reais) nas obras das sete comunidades. Todo esse valor veio

do Dízimo consciente, das campanhas especiais e dos projetos de captação de

recursos, além das festas (pastelada, festa de padroeiro, churrasco dançante,

show de prêmios, etc). A paróquia inteira se mobilizou e todas as comunidades

passaram por reformas e/ou ampliações. Crescemos de forma igual. Nenhuma

comunidade foi deixada para trás. Todas fortaleceram as suas coordenações para

motivarem o povo de Deus a participar e se comprometer.

Enfim, uma paróquia missionária precisa de todas essas áreas funcionando

(formação e espiritualidade, pastorais e evangelização, construções e reformas).

A dinamicidade dos grupos, das pessoas, dos dons, das comunidades vai fazendo

com que a engrenagem toda se movimente. É no desinstalar-se que a missão

acontece de fato, saindo do previsível, do quotidiano, do já estabelecido, indo a

busca do novo, do diferente, do crescimento e da renovação. Nós agradecemos a

todas as pessoas que acreditam no sonho da missão. Todos os confrades que nos

apoiaram e incentivaram durante esse ano de 2010. Foi um tempo especial de

muito trabalho, dentro de tantas limitações. Mas valeu a pena o desejo de fazer

tudo de modo sempre novo. Essa dinâmica que está na alma de nosso carisma

missionário faz parte de nosso ser redentorista como província de Campo Grande.

Pe. Dirson Gonçalves, CSsR e Pe. Roberto Claudiano, CSsR

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MISSÃO DOS POSTULANTES NO LAGEADO

Por uma paróquia missionária

Ainda dentro do espírito de evangelização e missão, a Paróquia Nossa

Senhora da Guia estará com um trabalho diferente na primeira quinzena de

Dezembro. Os postulantes redentoristas estarão todos na paróquia fazendo um

trabalho de missão. Nos primeiros dias estarão sozinhos.

Nos últimos dias contarão com a ajuda da Equipe Missionária de

Aquidauana. O foco do trabalho é a setorização, visitas as famílias, celebrações

temáticas e preparação para as novenas de natal. Um trabalho genuinamente

redentorista e uma integração entre a paróquia missionária, a equipe missionária

e os nossos dedicados postulantes missionários.

Agradecemos ao Pe. Parron e ao Pe. Mello pelo grande apoio e incentivo.

Com certeza será um tempo marcante e especial para todos que participarem do

projeto. Que a intercessão de Santo Afonso e todos os santos redentoristas

estejam conosco, nos motivando. Teremos a presença dos postulantes: Bruno,

Sérgio, Oliton, Cleverson, Rodrigo e Cássio. E dos confrades: Pe. Roque, Pe. Wilson,

Pe. Sérgio e Ir. Hélio.

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DATAS IMPORTANTES

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Contact em “Capas”: As capas dos meses de Abril a

Novembro de 2010.

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