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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDECENTRO DE ENGENHARIA ELTRICA E INFORMTICAUNIDADE ACADMICA DE ENGENHARIA ELTRICA______________________________________________________

III SEMINARIO DE ELETROTCNICA APLICADA SUSTENTABILIDADE

CAMPINA GRANDE, PARAIBA 28 DE SETEMBRO DE 2012

SOLUES SUSTENTVEIS NA CONSTRUO DE RESIDENCIAS

ANTONIO FERNANDO DE HOLANDA JUNIOR[footnoteRef:1] [1: Graduando do curso de Engenharia Civil; Matrcula: 20911364]

SUMRIO

INTRUDUO31O QUE SO CONSTRUES SUSTENTVEIS?42PRINCPIOS DAS CONSTRUES SUSTENTVEIS43ASPECTOS CONTEMPLADOS NAS CONSTRUES SUSTENTVEIS53.1BSICO53.2COMPLETO54REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR (3 RS)55INICIATIVAS REFERENTES CONSTRUO SUSTENTAVEL75.1 NVEL INTERNACIONAL75.2 NVEL DE BRASIL86TCNICAS UTILIZADAS EM CONSTRUES SUSTENTVEIS86.1SENSORES DE PRESENA OU DE MOVIMENTO96.2ENERGIA SOLAR96.3ENERGIA ELICA106.4REUSO DA GUA116.4.1Captao e armazenamento de gua da chuva116.4.2Mini estao de tratamento da gua116.5PERMEABILIZAO DO SOLO126.6AR CONDICIONADO ECOLGICO136.7COBERTURAS VERDES147MATERIAIS USADOS EM CONSTRUES SUSTENTVEIS157.1FIBRAS VEGETAIS177.2LEOS VEGETAIS177.3SOLO CIMENTO177.4CONCRETO RECICLADO187.5MADEIRAS ALTERNATIVAS187.6REFLORESTAMENTO187.7MADEIRAS CERTIFICADAS197.8ADOBE197.9TINTAS NATURAIS197.10TELHAS ECOLGICAS207.11PISO INTERTRAVADO207.12EQUIPAMENTOS SANITRIOS DE BAIXO CONSUMO E AUTOMTICOS207.13LMPADAS DE ALTA EFICINCIA ENERGTICA218EXEMPLOS219VANTAGENS DE UM PROJETO SUSTENTVEL2210INVESTIMENTO EM CONSTRUO SUSTENTVEL RENTVEL?2311CONCLUSO24REFERNCIAS25

INTRUDUO

As construes so a extenso do ser humano, elas so a base de suas realizaes e manifestaes, abrigam desejos e vontades, marcam acontecimentos e encontros, revelam caractersticas nicas e prprias. Assim como a humanidade, as edificaes vm sofrendo evolues e alteraes, distanciando-se da natureza como o ser humano, chegando-se ao ponto de existirem edifcios doentes, responsveis por causar alteraes na sade de seus habitantes e usurios. Atualmente a construo civil est entre as atividades humanas que mais causam impactos ambientais no mundo (Ambiente.hsw). Segundo dados da ANAB, cerca de 50% dos recursos extrados da natureza so destinados ao setor; e especificamente no caso do Brasil, responsvel pelo consumo de cerca de 40% dos recursos naturais e da energia produzida, 34% da gua, 55% de madeira no certificada, alm de responder pela produo de 67% da massa total de resduos slidos urbanos.A ideia de construes sustentveis remonta de um perodo no to antigo, vindo a ser abordado principalmente a partir da Crise Mundial do Petrleo, de 1973, onde os pases exportadores dessa matria prima energtica subiram seus preos de forma abrupta, forando assim as naes do ocidente procurarem formas alternativas para seu abastecimento, e assim, difundindo mais ainda a ideia do ecologicamente correto ser tambm vivel.Os pases mais desenvolvidos, os quais necessitavam de quantidades absurdas de matria prima energtica, encontraram-se em situao difcil e tiveram que repensar tudo desde sua cadeia de produo at o estilo de vida de seus cidados. Portanto, pela primeira vez na historia, viu-se necessria a busca por uma maior eficincia energtica, em todos os setores da economia, incluindo assim, a construo civil, uma vez que esta responsvel por grande paste do consumo de energia, seja esta referente iluminao, aquecimento ou resfriamento de sistemas, entre outras funes mais.Finalmente, aps a Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada na cidade do Rio de Janeiro em 1992, ficando popularmente conhecida como Rio92, ficou-se entendido necessidade da sistematizao de uma forma ou modelo que, atravs de construes, fosse possvel incorporar o mximo do ambiente natural prpria edificao, denotando um carter ecolgico ao projeto realizado.

1 O QUE SO CONSTRUES SUSTENTVEIS?

Construes sustentveis empregam as tcnicas da bioarquitetura e so, antes de tudo, intervenes conscientes e planejadas. Buscam satisfazer as necessidades humanas, ajustando-as s condies naturais locais, empregando de forma sustentvel os recursos, buscando sempre no esgot-los, preservando-os para as geraes futuras. Como embasamento da proposio de solues para os problemas que a prpria construo criar, deve-se buscar desde o primeiro momento na fase de planejamento analisar o contexto global do local onde se pretende inserir a nova edificao. Deve-se considerar as condies naturais (vegetao, relevo, condies climticas), a disponibilidade de recursos materiais e humanos e as tcnicas que melhor se ajustam a cada caso. Desta forma tm-se ambientes construdos com menos impactos ambientais, com menor consumo energtico e hidrulico, mais confortveis e saudveis para seus moradores e usurios, e sustentveis, ou seja, so construes viveis ambientalmente, economicamente e socialmente. Com isso, as Construes Sustentveis passam a no ser assunto especfico somente de arquitetos e engenheiros civis, uma vez que abrange conceitos mais amplos, como meio ambiente, sociologia e economia, o que torna essencial a participao uma equipe multidisciplinar capaz de abordar todos os requisitos para se ter uma edificao realmente sustentvel.

2 PRINCPIOS DAS CONSTRUES SUSTENTVEIS

1- Reduo do impacto da obra e da operao das edificaes, contemplando para isso o total planejamento, o uso racional dos recursos, o uso de tcnicas e materiais menos degradantes e com maior durabilidade;2- Contemplao das necessidades dos moradores e usurios, adequando-as s condies do meio ambiente local, promovendo a sade e bem estar do ser humano;3- Envolvimento da sociedade, com o emprego de materiais, tcnicas e Mo de obra locais;4- Utilizao das construes sustentveis como instrumento de educao ambiental e melhoria da conscincia ambiental dos envolvidos;

3 ASPECTOS CONTEMPLADOS NAS CONSTRUES SUSTENTVEIS

Diversos so os aspectos considerados, estando presentes os mais variados materiais e tcnicas, sendo eles de uso histrico, tradicional ou moderno, mas que visam sempre seguir os princpios bsicos das construes sustentveis. Desta forma, podem-se dividir os aspectos considerados em dois grupos: o bsico e o completo. No primeiro esto todos aqueles fatores realmente indispensveis para quem pensa em construir uma edificao sustentvel; e no segundo esto todos aqueles que vo contribuir ainda mais para o meio ambiente e para a qualidade da edificao.

3.1 BSICO

Planejamento da obra; Considerao das necessidades dos moradores e/ou usurios; Anlise e considerao das condies locais, abordando aspectos naturais, como vegetao, relevo e condio climtica (chuva, sol e vento); Anlise e considerao das condies socioeconmicas locais; Contemplao da boa relao com a comunidade do entorno da obra; Utilizao de mo de obra e materiais locais; Treinamento e conscientizao dos operrios, demonstrando-lhes sua responsabilidade na minimizao dos impactos da obra; Aplicao de gesto de resduos slidos na obra, baseada nos princpios dos 3 Rs (reduo, reutilizao e reciclagem); Uso racional dos recursos e materiais; Emprego de tcnicas e materiais que possibilitem a reduo do consumo energtico (como aquecedores solares) e hidrulico (como descargas e torneiras mais eficientes). Uso de Madeira certificada, por contemplarem aspectos ambientais desde seu plantio at o fornecimento ao consumidor; Priorizao do uso de materiais no txicos, no nocivos ao ser humano e natureza; Utilizao de ecoprodutos, materiais com baixo impacto ambiental; Emprego de tcnicas capazes de manter a boa qualidade do ar e o conforto trmico-acstico dos ambientes;

3.2 COMPLETO

Captao e utilizao da gua da chuva; Tratamento individual de esgoto; Tratamento e reuso da gua; Escolha minuciosa de todos os materiais a ser utilizados; Reutilizao de portas, janelas, pisos e outros materiais provenientes de demolies; Utilizao de tcnicas construtivas com o uso de materiais como tijolos em solo cimento, adobe e bambu; Uso de energias renovveis para produo de energia eltrica, como solar fotovoltaica e elica; Uso de telhado jardim, por serem timos isolantes trmicos;

4 REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR (3 RS)

Como j dito, a construo civil uma das atividades que mais impacta no meio ambiente. Seja pela produo, extrao e ou transporte das matrias-primas, a energia gasta e os resduos que se perdem pelo meio do processo so altamente desproporcionais com o consumo real do material.O desperdcio na construo civil colabora com o aumento dos entulhos e lixes, muitas vezes localizados em espaos onde os ecossistemas so mais frgeis.Uma construo sustentvel deve atender a um planejamento rigoroso sobre o manejo do que entra e sai em sua obra e, principalmente, do que entra e sai no cotidiano de seu funcionamento.Alm disso, os materiais que entram e os resduos que saem devem ser acompanhados desde o fornecedor at a entrega das sobras ao receptor.Em primeiro lugar, certificar de onde vem o material estar ciente de no colaborar com fornecedores irresponsveis ambientalmente. Em segundo lugar ao destinar os resduos necessrio estar ciente que aquilo que sobra no ser despejado em alguma beira de crrego.Hoje, empresas de demolio j recebem incentivos do governo federal para atenderem e comercializar entulhos de demolies.A maioria dos materiais de uma obra em demolio pode e deve ser reaproveitada. Felizmente, vrios setores da construo civil j se organizam e sentem no bolso o valor da reciclagem. Produzir, atravs de materiais que podem ser reciclados, s vezes sai mais barato do que comprar matria prima, pois o preo da fabricao j est embutido no material de segunda mo.Tambm bom negcio para quem vai consumir este material reciclado, pois o preo mais razovel. Assim todo mundo sai ganhando, principalmente a sociedade e o meio ambiente em geral.Uma forma racional e coerente de se construir ter certeza da quantidade necessria de material. Se for muito, reduza. Se for pouco, reutilize. Se sobrar, recicle.

5 INICIATIVAS REFERENTES CONSTRUO SUSTENTAVEL

5.1 NVEL INTERNACIONAL

A idia da construo sustentvel no assim to nova, mas como quase tudo, demorou um pouco para chegar por aqui. Pases como EUA, Japo e os da Comunidade Europeia j criaram inclusive incentivos para os empresrios ou pessoas comuns que optem por construes ecologicamente corretas. E, mesmo aqueles que no dispem de tanto capital para investir em uma nova casa podem aproveitar incentivos para a realizao de pequenas reformas. Os principais incentivos ainda so para o campo da reduo do consumo de energia.Nos EUA, por exemplo, no existe um programa nacional para o incentivo da construo sustentvel, porm, j existem alguns padres reconhecidos internacionalmente como a LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), a Green Build Initiative e o Archicteture 2030 cada um com seus prprios padres de construes sustentveis.

5.2 NVEL DE BRASIL

Algumas iniciativas brasileiras: o IDHEA, Instituto para o Desenvolvimento da Habitao Ecolgica, prov solues para construes sustentveis; a revista Casa Cludia da editora Abril criou o Prmio Planeta Casa que desde 2001 premia as melhores idias para construes sustentveis; em 2007 foi proposto o Projeto de Lei 34/07 do deputado Cassio Taniguchi (PFL-PR) que prev incentivos fiscais para as construes que utilizem prticas para reduzir o impacto ambiental; o Conselho Brasileiro de Construo Sustentvel (CBCS) que visa melhorar a qualidade de vida da populao preservando seu patrimnio ambiental. Poderamos ainda considerar outro movimento relacionado arquitetura conhecido como arquitetura bioclimtica medida que ela visa a harmonizao da construo com o meio ambiente de modo a utilizar da melhor forma possvel os recursos disponveis.

6 TCNICAS UTILIZADAS EM CONSTRUES SUSTENTVEIS

As construes sustentveis no devem ser pensadas como modelos prontos, mas como um novo sistema para se repensar as construes em um contexto mais amplo, interdisciplinar, sistmico, que protejam o meio ambiente, intervindo de forma sustentvel, deixando s futuras geraes os mesmos recursos que dispomos hoje e, por vezes, recuperando o que j foi perdido.J so presenciados racionamentos de gua e luz, sabemos que so fatos isolados a determinadas pocas do ano, mas tendem a serem mais comuns se continuarmos consumindo ferozmente e sem necessidades alguns dos recursos naturais do planeta.Como dito anteriormente, uma construo sustentvel prev algumas diretrizes para o edifcio se tornar autossuficiente. Quanto mais um edifcio puder prover sua prpria energia, gua e tratar seus resduos estaro contribuindo para um contexto de menos desperdcio e racionalidade.Assim algumas tcnicas aliadas a novas tecnologias podem ajudar a preencher alguns requisitos de uma arquitetura mais sustentvel.6.1 SENSORES DE PRESENA OU DE MOVIMENTO

Automao predial e residencial costuma conferir redues no consumo de energia se bem usados. Um dos aspectos mais viveis dessa tecnologia so ossensores de presena, geralmente usados em reas externas, ligam e desligam luzes quando a algum no local. Evita que lmpadas fiquem ligadas horas ou noites inteiras sem necessidade. Muito usadas em frente de portes e guaritas, reas de lazer, halls de entrada e garagens, os sensores de presena j so utilizados em ambientes internos conectados tambm aos aparelhos eletrnicos, evitando que estes fiquem ligados por muito tempo sem o real uso de algum.

6.2 ENERGIA SOLAR

A energia vinda do sol pode ser aproveitada de vrias maneiras em uma construo. uma fonte inesgotvel, porm no constante. Devido alguns fatores climticos que encobrem o cu, no h como aproveitar integralmente a captao da luz e, nos perodos noturnos, apenas no funciona. Por incrvel que parea a maior produo de energia est instalada nos pases de maior latitude. Devido ao alto preo (que comea a ficar mais acessvel) e a poucos incentivos, a tecnologia pouco explorada nos trpicos ou mesmo em localidades prximas ao equador. O Brasil apresenta excelentes condies em quase todo seu territrio e pouco aproveita deste recurso. Uma maneira de se aproveitar a energia solar em um edifcio fazer com que o sol seja uma fonte para alimentar sistemas de automao, eletro-eletrnicos ou equipamentos de mdio uso. Apesar da absoro irregular, estes sistemas de captao contam com baterias e armazenam a energia. Funcionam atravs de placas fotovoltaicas, localizadas em algum lugar do edifcio onde haja maior incidncia da luz solar, geralmente nas partes mais altas (telhados e coberturas).Como o sistema acima, a energia solar pode ser usada tambm com grande eficcia no aquecimento da gua de um edifcio. Estes sistemas so parecidos, tm os mesmos princpios de colocao e absoro, mas neste caso as placas coletoras recebem um fluxo de gua, ligadas ao sistema de abastecimento da construo.Esta tecnologia pode ser usada para compor o sistema de aquecimento de gua de condomnios, residncias, escolas e clubes, contam com a vantagem de reduzirem o consumo de energia externa e com a desvantagem de necessitarem de grandes reas livres para serem instaladas. Porm cada vez mais avanos tecnolgicos vm criando placas solares cada vez mais potentes.

6.3 ENERGIA ELICA

Assim como a solar, a energia elica uma fonte renovvel de energia, intermitente, porm irregular. Usada pelo ser humano, desde as primeiras civilizaes, a fora do vento usada nas construes de vrias maneiras.Seja para bombeamento de gua, acionamento de mquinas e rotores, moinhos e para transformao em energia eltrica, estes sistemas so pouco conhecidos da populao em geral.Em algumas localidades onde h muito vento, algumas empresas j instalam pequenos geradores elicos em residncias e escritrios.Como a energia solar, a elica necessita de baterias que armazenem (para dias sem vento) e depois distribuam essa energia para o edifcio. No suficiente para fornecer toda fora que uma casa necessita, mas colabora com reduo de gastos na conta da luz.

6.4 REUSO DA GUA

Hoje a demanda crescente por gua, seja nas construes ou para irrigao na agricultura, faz crescer a necessidade por alternativas que poupem mananciais e mantenham os recursos hdricos atravs de um planejamento do uso racional e eficiente da gua.O reuso da gua, ou a chamada nos Estados Unidos: gua cinzenta, compreende uma atividade que abrange a minimizao da produo de efluentes, perdas, desperdcios e consumo de gua nos edifcios. Utilizando uma gua de qualidade inferior como a da chuva faz com que grandes quantidades de gua sejam poupadas.Tratar o esgoto produzido outra forma consciente de devolver para o meio ambiente uma gua mais limpa ou, at mesmo, para reutilizar em usos menos nobres.

6.4.1 Captao e armazenamento de gua da chuva

Aproveitar a gua da chuva pode representar uma economia considervel em edifcios residenciais ou comerciais. Por contar com sistemas simples de funcionamento, apenas exigem espao para armazenar a gua. Geralmente as cisternas, (onde armazenada a gua) so instaladas prximas ao sistema de abastecimento do edifcio; mas importante lembrar que a funo de reusar a gua da chuva no seja orientada ao consumo humano. Esta gua utilizada para irrigar jardins, lavar caladas e limpar reas comuns. Eventualmente, pode ser utilizada para descarga em vasos sanitrios.

6.4.2 Mini estao de tratamento da gua

Tratar a gua usada em sanitrios, cozinhas e reas molhadas em geral pode representar uma grande colaborao ao meio ambiente, pois elimina patgenos que transmitem doenas e impurezas que ao contato com mananciais prejudicam a qualidade destes. Alm disto, perfeitamente possvel que uma gua tratada em mini-estaes sirva para o reuso. Alguns tipos mais elaborados fazem um tratamento mais completo e so capazes de proporcionar uma gua potvel ao consumo humano.Existem vrios modelos de tratamento de gua. Todos exigem certa rea para implantao e quando planejadas junto construo do edifcio podem representar uma economia, segundo dados da ATA (Alternative Technology Association) de at 40% na conta de gua.As mini-estaes normalmente tratam a gua usando sistemas biolgicos, atravs de reaes aerbicas e anaerbicas, utilizando microrganismos, minhocas e plantas aquticas. So usados em alguns casos produtos qumicos para o tratamento, mas numa construo sustentvel, a utilizao destes produtos deve ser evitada com a inteno de no contar com alguns agentes altamente poluidores.

6.5 PERMEABILIZAO DO SOLO

Um enorme problema das grandes cidades a aridez que encontramos em muitas ruas, caladas, calades, estacionamentos, praas e parques, causada pelo uso excessivo do asfalto e do concreto para cobrir o cho. Tais revestimentos muitas vezes utilizados sem critrio impermeabilizam o solo, fazendo, por vezes, que a gua demore muito tempo pra infiltrar.Em uma grande chuva, por exemplo, devido grande quantidade de gua que vem somado ao enorme acmulo de lixo encontrado nas ruas, faz com que as bocas de lobos e sumidouros entupam, aliado a isso, um solo impermevel no consegue ter uma boa absoro, o solo no consegue drenar o excedente e no final das contas temos mais uma enchente. Lgico que para uma enchente ocorrer so necessrios outros fatores, mas a m impermeabilizao contribui muito.Outro aspecto interessante que, com menos reas verdes permeveis, a temperatura dos grandes centros urbanos tende a ser maior. rvores, jardins e gramados, alm de serem timos visualmente, so barreiras naturais para as intempries, filtram o ar e retm a poeira.

6.6 AR CONDICIONADO ECOLGICO

Grande campeo de enfermidades, imbatvel consumidor de energia e mestre no quesito lanador de gases de efeito estufa, o ar condicionado convencional muito utilizado nos grandes centros urbanos.A nova gerao de ar condicionados vm para resolver a maioria desses problemas. Usam sistemas evaporativos de funcionamento, deixam os gases estufa de lado para trabalhar com gua, fazendo com que os ambientes sejam menos secos, e assim evitando a maioria dos problemas respiratrios. So mais econmicos e podem representar um ganho de at 80% na conta de energia.

6.7 COBERTURAS VERDES

As coberturas verdes, ou telhados ecolgicos, e jardins suspensos existem h muito tempo na histria da humanidade. No sculo 6 a.C. na Babilnia, o uso dessa tcnica j era conhecida. No sculo 19 em Berlim, as casas rurais eram cobertas por uma camada de terra, a fim de evitar incndios, nessa camada de hmus, a vegetao acabava crescendo e cobrindo os tetos.Como dito anteriormente, as reas vegetadas so muito benficas para as construes e para as pessoas que convivem nelas. Um teto verde uma excelente forma de se proteger acstica e termicamente uma cobertura. Alm disso, esta tcnica faz com que a poeira em asperso no ar seja retida e acabam filtrando a mesma.As coberturas ainda ajudam a filtrar a gua que vem da chuva, auxiliando no reuso desta.Importante ressaltar que como todas as reas verdes, uma cobertura desse tipo demanda manuteno adequada, pois, por se tratar de um organismo vivo, esta vegetao cresce e produz um excesso de folhas mortas que por vezes entopem ralos, podem subir nas paredes ou entrar em frestas de janelas e portas.

7 MATERIAIS USADOS EM CONSTRUES SUSTENTVEIS

Toda construo necessita de materiais, todo edifcio tem sua utilidade por isso demanda por produtos. Aliado a uma boa combinao de tcnicas e uso responsvel do meio, obtemos uma arquitetura mais sustentvel.s vezes, aquela madeira bonita que vem de um lugar distante, demandando uma enorme carga de trabalho humano e energia, com um delicioso aroma, colorao agradvel e tima para se fazer um bom deck pode ter cheiro de aquecimento global.Ou aquele necessrio ar condicionado (cuja arquitetura se esqueceu do conforto ambiental l do escritrio), comprado para nos sentirmos todos os dias teis, podem no ser saudveis, dispersando insalubres gases nocivos ao ser humano e ao meio ambiente.Brincadeiras parte, uma construo sustentvel prev que os materiais usados: Dem preferncia para os que venham de locais prximos. Sejam sintticos, naturais e ou transformados, devem ser produzidos para ser usados at o fim da vida til. Adequados para a reciclagem, reuso e reutilizao. Prima por aquele material composto de substncias no txicas, no nocivas e benficas na decomposio. Tenham sido feitos sem agredir o meio e ou deturpar as ordens scias e culturais. Economicamente vantajoso ao lugar e regio na qual produzido. Sejam materiais de ordem naturais, porm renovveis. Utilizados e mantidos para o uso das sociedades que ainda esto por vir. Criem condies para novos padres sustentveis de consumo e sejam eficientes. No sejam transgnicos. No poluam o meio na qual utilizado. Se bem usados, colaborem para o fim das devastaes ambientais.

Os produtos e equipamentos utilizados nesses tipos de edificao devem conter os mesmos conceitos dos materiais acima, sejam eles industrializados, artesanais ou manufaturados. Ou seja, devem: Propiciar o reuso de suas partes. Gerar sua prpria energia sem produzir resduos ou funcionar, atravs de alguma fonte de energia sustentvel. Aliar suas funes eficientemente com as condies naturais do lugar na qual usado.

Importante lembrar que tanto materiais ou produtos utilizados nestas construes no s devam ser fabricados com responsabilidade, mas, quem os usa tm uma parcela fundamental para estes continuarem sendo sustentveis.Muitos equipamentos possuem necessidades especficas de manuteno. Alguns eletrodomsticos, por exemplo, funcionam com gases que durante e depois da vida til, necessitam de alguns cuidados para no prejudicarem a sade e o meio.Fundamental lembrar tambm que materiais e produtos que se auto-intitulam verdes, ecolgicos, ambientalmente responsveis e assim por diante devem ser questionados. A melhor maneira de checar se ele realmente verde atravs da certificao de algum rgo, entidade responsvel por anlises de padres confiveis e ou certificadoras especficas.Abaixo alguns materiais e produtos que podem ser empregados nas construes sustentveis:

7.1 FIBRAS VEGETAIS

So excelentes materiais que substituem as fibras de vidro e sintticas. Possuem caractersticas fsicas e mecnicas, em alguns casos muito melhores do que as no naturais, principalmente quando incorporadas com compostos plsticos.Feitas a base de uma srie de plantas e vegetais como a juta, o sisal, o coco, a cana-de-acar, algodo, rami entre outras, utilizada para confeco de uma ampla gama de produtos. Pode ser misturada ao concreto para agregar maior resistncia, serem usadas para fazer telhas, tapumes, revestimentos acsticos e trmicos, painis, tecidos, tapetes e carpetes.

7.2 LEOS VEGETAIS

Bastante usados em produtos alimentcios, farmacuticos e atualmente vinculados ao setor energtico na produo de biocombustveis, os leos vegetais tambm so utilizados em vrios produtos aplicados na construo civil. Hoje existem tintas, vernizes, impermeabilizantes e solventes base desses leos, que descartam o uso de produtos qumicos prejudiciais sade. So derivadas de inmeros tipos de vegetais e sementes como girassol, mamona, soja, dend, cnhamo, milho, palma, amendoim entre muitas outras.

7.3 SOLO CIMENTO

Muito til em meios rurais pela disponibilidade da matria-prima, j que a maior parte da mistura vem do cho. um tipo de cimento para argamassa ou estrutura, adequado para uso em revestimentos de pisos e paredes devido elasticidade, usado para pavimentao, em muros de arrimo, confeco de tijolos e telhas sem que haja uma queima prvia. O solo cimento um material homogneo resultante da mistura de solo, cimento e gua, ideal para construes de pequeno porte. O solo usado composto por uma parte maior de areia e outra menor de argila. A proporo de cimento e solo fica entorno de 1 para 12, ou seja, uma parte de cimento e outras doze partes de solo. importante lembrar que o solo cimento mais adequado no pode conter materiais orgnicos (galhos, folhas e nenhum tipo de adubo) e devem ser bem peneirados na fabricao.

7.4 CONCRETO RECICLADO

Concreto um material composto por cimento, areia, gua, compostos britados (brita, cascalho e ou pedregulho) que eventualmente contm materiais ligantes como colas, fibras e outros aditivos. O concreto reciclvel possui inmeras frmulas e combinaes possveis. Alguns encontrados no mercado so feitos com escria de alto forno, material originalmente refugado, resultante na fabricao de cimento e em usinas metalrgicas, outros utilizam sobras de minrios e asfalto, recolhidos em demolies e entulhos. O uso do concreto reciclado tem despertado cada vez mais uma conscincia de reaproveitamento dos materiais que antigamente eram descartados, como restos de tijolos e telhas, abrindo espao para empresas que separam e comercializam materiais que sobram nos canteiros de obras e nas demolies.

7.5 MADEIRAS ALTERNATIVAS

A madeira um excelente material, utilizada desde sempre pelo ser humano, encontrada em inmeras cores, cheiros e durabilidades, muito utilizada na construo civil, porm, todos sabem dos riscos da extrao em larga escala sem as devidas preocupaes ambientais. Muitas espcies de rvores e suas florestas foram dizimadas para abastecer o consumo humano em toda a histria. Por isso, a preocupao de se utilizar madeiras alternativas (de reflorestamento e certificadas) de extrema importncia quando aplicadas em uma construo sustentvel So aquelas madeiras que na hora da compra podem comprovar a origem de onde foram retiradas como:

7.6 REFLORESTAMENTO

A madeira de reflorestamento advm de lugares que mantm uma rea de floresta original ou replantada, atravs de manejos sustentveis de produo. A atividade prev a preservao dessas matas ao mesmo tempo em que sustenta o ritmo da extrao.

7.7 MADEIRAS CERTIFICADAS

As madeiras certificadas so aquelas que conseguem comprovar a origem de onde foram retiradas, atravs de selos concedidos por rgos competentes e avaliadores. Um dos mais conhecidos o selo verde do Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal) presente em mais de 50 pases.Outras certificadoras de madeira consideradas confiveis so: IDHEA - Instituto para o Desenvolvimento da Habitao Ecolgica Instituto Falco Bauer ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas Fundao Vanzolini BVQI - Bureau Veritas Quality International

7.8 ADOBE

um material ainda muito utilizado em vrias regies do mundo, inclusive no Brasil, excepcionalmente prprio para regies que tenham solos argilosos e clima seco.Usado para se fazer tijolos, so muito eficazes na construo de alvenarias estruturais externas, pois depois de secos adquirem uma alta resistncia e timas propriedades acsticas.O tijolo de adobe feito de uma mistura com argila, areia, gua e algumas vezes podem ser adicionadas palha ou outras fibras.

7.9 TINTAS NATURAIS

O uso de tintas convencionais muitas vezes pode ser danoso sade e ao meio ambiente por conterem substncias orgnicas txicas (COVs), substncias derivadas do petrleo e compostos volteis altamente poluidores ao contato com crregos e lenis freticos. Hoje no mercado existem algumas tintas a base de gua, ceras e leos vegetais, resinas naturais, com pigmentaes minerais, muito mais recomendveis para um equilbrio sustentvel nos ambientes, pois no tm odor e no utilizam metais pesados.

7.10 TELHAS ECOLGICAS

Cada vez mais utilizadas essas telhas podem ser feitas de placas prensadas de fibras naturais ou de matrias reciclados. As telhas ecolgicas, como so conhecidas, possuem caractersticas mecnicas melhores do que as das telhas de fibra de vidro e amianto, so mais leves e ainda no prejudicam a sade e o meio ambiente. Uma particularidade interessante das telhas recicladas com embalagens tetrapak que por conterem uma porcentagem de alumnio, refletem a luz solar garantindo uma excelente condio trmica nos ambientes usados.

7.11 PISO INTERTRAVADO

O piso intertravado composto por peas de concreto modulares, com diversas formas e cores, que so assentadas como um quebra cabea, por isso o nome. Muito resistentes so usados em caladas, parques e grandes extenses de pisos externos. A vantagem para o meio ambiente que ao contrrio do que vemos por ai, os pisos intertravados possibilitam que a gua da chuva permeie entre as juntas e encontre o solo, facilitando a drenagem.

7.12 EQUIPAMENTOS SANITRIOS DE BAIXO CONSUMO E AUTOMTICOS

Os vasos sanitrios e pias so campees no quesito desperdcio de gua. Muitas vezes esquecemos uma torneira pingando ou a descarga desregulada, o que acaba lanando enormes quantidades de gua sem necessidade.Por isso, a tendncia que cada vez mais os sanitrios tenham equipamentos reguladores de consumo. Alguns fabricantes de equipamentos sanitrios j disponibilizam no mercado torneiras com sensor de presena e vasos sanitrios com duplo acionamento. O vaso funciona com meia descarga no caso dos lquidos e vazo completa para slidos. Alguns modelos mais simples limitam a vazo de seis litros mesmo com o boto sendo apertado insistentemente.

7.13 LMPADAS DE ALTA EFICINCIA ENERGTICA

Existem muitos tipos de lmpadas eficientes no mercado e algumas que ainda esto por vir, pouco difundidas, prometem uma revoluo na iluminao dos edifcios. A mais comum so as lmpadas fluorescentes compactas, apesar de mais caras, representam um consumo de energia 80% menor e duram 10 vezes mais que lmpadas convencionais, fora isso aquecem menos o ambiente. A maior promessa no setor de iluminao so os LEDs, que em ingls significam Diodo Emissor de Luz. So diodos semicondutores que ao receberem energia iluminam. Muito comum em televisores e computadores so aquelas luzes que ficam acessas indicando que o aparelho est ligado ou em stand by. Possuem inmeras vantagens. So luzes que desperdiam pouqussima energia, no esquentam, extremamente compactas, mas ainda so caras e pouco difundidas.

8 EXEMPLOS

Veja alguns exemplos de construes sustentveis ou ecologicamente corretas.

Obviamente como foi dito antes, os esquemas apresentados so somente algumas das inmeras possibilidades de como uma casa pode ser. A forma, as tcnicas e materiais podem e devem ser combinados da melhor maneira que convier. Mais uma vez, uma construo sustentvel no tem receita pronta, apenas diretrizes a serem levadas em considerao na hora de projetar.

9 VANTAGENS DE UM PROJETO SUSTENTVEL

O projeto sustentvel, por abranger inmeros aspectos, garante maior cuidado com as solues propostas, seja pelo ponto de vista ambiental, social, cultural ou econmico. Construes sustentveis garantem o bem estar de seu usurio, pois, alm de fazer bem para sua sade, vivel economicamente ( longo prazo) e ajuda o planeta.A prtica da engenharia sustentvel em empreendimentos imobilirios pode ser ainda mais vantajosa, uma oportunidade que no pode ser desperdiada. Essa fatia de mercado hoje inovadora e possui carter diferencial, alm de possuir uma tendncia bastante forte de se transformar em requisito indispensvel para obras em geral, pois, est dentro da necessidade urgente de melhores indicativos de qualidade de vida.Aps essa breve explanao, podemos citar os principais benefcios de um projeto sustentvel: Reduo dos custos de operao; Imagem, diferenciao e valorizao do produto; Reduo dos riscos; Mais produtividade e sade do usurio; Novas oportunidades de negocio; Satisfao de se realizar algo em prol do usurio e do planeta.

10 INVESTIMENTO EM CONSTRUO SUSTENTVEL RENTVEL?

A sustentabilidade tem assumido cada vez mais importncia no cenrio da construo civil. O conceito de construo sustentvel baseia-se na criao de solues para os principais problemas ambientais causados por esse setor, sem renunciar tecnologia e ao conforto.Porm, para a construo sustentvel virar um hbito, necessrio acabar com alguns mitos. O principal est relacionado ao custo desse tipo de obra, e como sabemos, principalmente nos dias atuais, um projeto no pode ser considerado vivel se possuir valor elevado para sua execuo. O preo de implementao de alguns sistemas ecolgicos , em mdia, 10% mais alto. Mas, segundo o estudo ingls Costing Sustainability (Custo da Sustentabilidade), a utilizao de estratgias avanadas de sustentabilidade pode at reduzir custos.Segundo a Associao Nacional de Arquitetura Sustentvel (ANAB Brasil), a cada US$ 1 investido na construo de edifcios sustentveis, voltam US$ 15 em 20 anos.Um sistema de aquecimento solar pode ser pago, pela economia que gera, com apenas um ano de uso. Edifcios que empregam sistema de reuso de gua podem ter uma economia de 35%.Alm disso, estudos comprovam aumentos na qualidade de vida, na sade e na produtividade dos moradores e usurios de locais sustentveis. Os ocupantes de escritrios em edifcios verdes so de 2% a 16% mais produtivos, por exemplo. Preocupam-se com detalhes que fazem a diferena.

Hoje, a construo sustentvel um diferencial, mas em breve ela ser um requisito. Afinal, s traz benefcios para as pessoas e para o meio ambiente.

11 CONCLUSO

Podemos concluir ento, que as construes sustentveis tendem a ser utilizadas cada vez mais no mercado internacional. Tal ramificao oriunda da unio de arquitetura e engenharia visando sustentabilidade vm gerando frutos que a cada dia que passa, tornam-se mais frequentes e mais acessveis populao.Construes Sustentveis so a prova de que podemos viver com o mesmo conforto e luxo que vivemos atualmente, sendo que, sem agredir o meio ambiente, e s vezes at colaborando para uma recuperao do mesmo.Tambm podemos destacar um aspecto que no mundo atual, torna-se praticamente o mais importante: O custo-benefcio das construes sustentveis. Como j apresentado mais acima, as construes sustentveis representam um investimento com retorno longo prazo, ou seja, na sua construo podem vir a ser mais dispendiosos do que uma obra nos moldes convencionais, porm, com o tempo, a reutilizao dos recursos naturais e a diminuio no uso de alguns materiais representaram uma economia bastante significativa, uma vez que o investimento comea a mostrar seus resultados.Por fim, acho de extrema importncia que se incentive cada vez mais o uso de construes sustentveis, pois o resultado seria diretamente benfico vida de seus adeptos e no adeptos tambm. Como incentivo, (neste caso diga-se no Brasil, pois em outros pases j existe tal modelo), seria interessante que o usurio que utiliza-se em sua residncia placas de energia fotovoltaica por exemplo, pudesse vender para concessionrias de energia, o excesso de sua produo, resultando em ganho monetrio para o proprietrio da construo e na reduo de impactos ambientais.

REFERNCIAS

BENVOLO, Leonardo Histria da cidade. So Paulo. 2001COMO CUIDAR DA NOSSA GUA. So Paulo: Coleo Entenda e Aprenda, 2003.DECIFRANDO A TERRA. Vrios autores. So Paulo: Universidade de So Paulo. 2000.http://ecohabitararquitetura.com.br/blog/tag/construcao-sustentavel/http://inverde.wordpress.com/construcao-sustentavel/http://style.greenvana.com/2012/construcao-sustentavel-reduz-custos-com-passar-do-tempo/http://www.ambiencia.org/site/ambiencia/o-que-sao-construcoes-sustentaveis/http://www.cbic.org.br/sites/default/files/Programa-Construcao-Sustentavel.pdfhttp://www.criaarquiteturasustentavel.com.br/http://www.hsw.uol.com.br/framed.htm?parent=construcoes-ecologicas.htm&url=http://www.cbcs.org.brhttp://www.idhea.com.br/construcao_sustentavel.asphttp://www.infoescola.com/ecologia/construcao-sustentavel/LENGEN, Johan Van. Manual do Arquiteto Descalo. Porto Alegre. 2004.NEUFERT-ARTE DE PROJETAR EM ARQUITETURA. 17. Ed. Barcelona 2004.