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CRIMESELEITORAIS

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORALDO TOCANTINS

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© 2014 Tribunal Regional Eleitoral do TocantinsQualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.Disponível também em: http//www.tre-to.jus.br

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIATribunal Regional Eleitoral do TocantinsCoordenadoria de Gestão da Informação 202 Norte, Av. Teotônio Segurado, Conj 01, Lotes 1 e 2, Plano Diretor Norte - PALMAS – TO CEP: 77.006-214 / CAIXA POSTAL 181 / Tel.: (63) 3233-9666 http//www.tre-to.jus.brE-mail: [email protected]

PRODUÇÃO INTELECTUALRegina Bezerra dos Reis

Capa/Editoração/Diagramação e Impressão: Gráfica Tocantins

Tiragem: 2000 exemplares

Brasil. Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins. Crimes eleitorais : eleições 2014 / Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins. _ Palmas : TRE-TO, 2014. 20 p.

1. Crimes Eleitorais. 2. Eleições – legislação. 3. Eleições – Jurisprudência. I. Título. II. Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins. CDU 342.8

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Crimes Eleitorais – Eleições - 2014

Pleno do TRE-TO

MEMBROS EFETIVOS

JACQUELINE ADORNODesembargadora Presidente

MARCO VILLAS BOASDesembargador Vice-Presidente/Corregedor

JOSÉ RIBAMAR MENDES JUNIOR Juiz de Direito Vice-Corregedor

WALDEMAR CLÁUDIO DE CARVALHODiretor Executivo da Escola Judiciária Eleitoral

ZACARIAS LEONARDOJuiz de Direito Ouvidor

JOÃO OLINTO GARCIA DE OLIVEIRAJurista

MAURO JOSÉ RIBASJurista

PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL ALVARO LOTUFO MANZANO

Secretaria do Tribunal

Diretor-GeralJOSÉ MACHADO DOS SANTOS

Secretário de Administração e OrçamentoFRANCISCO ALVES CARDOSO FILHO

Secretária Judiciária e Gestão da InformaçãoREGINA BEZERRA DOS REIS

Secretário de Gestão de PessoasCARLOS HENRIQUE DRUMUND SOARES MARTINS

Secretário de Tecnologia da InformaçãoMARCO AURELIO GIRALDE

R LE IP SÚ AB RL BI C OA D FE AD IVERAT

15 de Novembro9881 ed

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CRIMES ELEITORAIS

ELEIÇÕES - 2014

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APRESENTAÇÃO

O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins elaborou a presente

cartilha com o intuito de disponibilizar informações rápidas e

objetivas acerca dos crimes eleitorais de maior ocorrência e de

contribuir para o aprimoramento das instituições democráticas em

nosso Estado, sempre tendo em vista o destinatário final e razão de

ser da Justiça Eleitoral: o cidadão.

Devido a abrangência e inúmeras particularidades do tema,

essa cartilha não tem a pretensão de exaurir o assunto, mas objetiva

servir como bússola ao cidadão comum e guia rápido aos agentes

diretamente envolvidos no pleito eleitoral.

Este material é de caráter meramente informativo, não

substitui a legislação eleitoral, bem como não vincula as decisões

desta Justiça Especializada.

Desembargadora JACQUELINE ADORNOPresidente

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SUMÁRIO

Abandono do serviço eleitoral.......................................................

Boca de urna ................................................................................

Comícios e carreatas ...................................................................

Concentração de eleitores ...........................................................

Corrupção eleitoral .......................................................................

Desobediência ..............................................................................

Desordem .....................................................................................

Impedimento ou embaraço ao exercício do voto .........................

Transporte de eleitores e fornecimento de alimentação ..............

Uso de alto-falantes e amplificadores de som ..............................

Perguntas e respostas ..................................................................

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CRIMES ELEITORAIS

São condutas que ofendem os princípios resguardados pela

legislação eleitoral e, em especial, os bens jurídicos protegidos pela

lei penal eleitoral. Estão disciplinados nos arts. 289 até 354 do

Código Eleitoral e em outras leis que integram a legislação eleitoral,

tais como a Lei nº 6.091, de 15 de agosto de 1974, que disciplina o

fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição, a eleitores

residentes em zonas rurais e Lei Complementar nº 64,de 18 de maio

de 1990, bem como a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, que

estabelece normas para as eleições.

No dia da eleição estão proibidas reuniões públicas,

distribuição de material de propaganda política, a qualquer distância

da seção eleitoral, bem assim a prática de coação ou aliciamento do

eleitor. Quanto a esta, aliás, a vedação incide não apenas no dia do

pleito, mas a todo o tempo, podendo configurar, inclusive, crime

mais grave, além de atrair sanções ao candidato, como a perda do

registro ou do diploma e multa.

A manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor

por part ido polí t ico, col igação ou candidato, revelada

exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos,

no dia da eleição, é permitida. (art. 39-A da Lei nº 9.504/97). Como

os candidatos e comitês estão proibidos de confeccionar e distribuir

camisas, bonés e demais bens ou materiais que possam

proporcionar vantagem ao eleitor, conclui-se que os meios para a

manifestação silenciosa do eleitor devem ser providenciados por ele

próprio, salvo os adesivos, pois enquadrados como impressos.

Não se pode esquecer, ainda, que os partidos podem

comercializar material de divulgação institucional, desde que não

contenham nome e número de candidato, bem como cargo em

disputa.

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Abandono do serviço eleitoral

“Art. 344. Recusar ou abandonar o

serviço eleitoral sem justa causa.”Pena: detenção de até dois meses ou o

pagamento de 90 a 120 dias-multa

(Lei nº 4.737/65).

Crime que pode ser cometido

pelo e le i tor convocado para a

prestação de serviço eleitoral. Não havendo justa causa para a

recusa às convocações da Justiça Eleitoral, estará, em tese

cometendo o crime de abandono de serviço eleitoral.

Boca de urna

“Art. 39.[...]§ 5º Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção,

de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços

à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a

quinze mil UFIR:[...]II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna;”

(Lei nº 9.504/97).

A expressão boca de urna, foi introduzida na Lei das Eleições

quando da minirreforma eleitoral (Lei 11.300/06) e deve ser

entendida como qualquer manifestação tendente a influenciar a

vontade do eleitor no dia do pleito.

O dia da eleição é reservado à reflexão do eleitor e qualquer

abordagem que lhe venha a fazer o candidato, ou alguém em seu

favor, buscando convencê-lo ao voto, é crime eleitoral. E não

importa em que lugar o agente esteja quando da prática da conduta

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típica, se próximo ou distante do local de votação.

Qual a diferença entre boca de urna e captação de sufrágio?

A boca de urna é caracterizada pela coação, que inibe a livre

escolha do eleitor, no dia da eleição, enquanto a captação de

sufrágio constitui oferecimento ou promessa de vantagem ao eleitor,

com o fim de obter-lhe o voto (art. 39, § 5º, inciso II, e art. 41-A, da Lei

nº 9.504/1997).

O policial militar poderá efetuar a prisão

em flagrante delito e conduzir o preso

imediatamente à presença do juiz eleitoral.

Caso o preso ainda não tenha votado, ser-lhe-

á garantido o direito de voto antes de sua

condução.

Comícios e carreatas

“Art. 39, § 5º, inciso I. § 5º -

Constituem crimes, no dia da eleição,

puníveis com detenção, de seis

meses a um ano, com a alternativa de

prestação de serviços à comunidade

pelo mesmo período, e multa no valor

de cinco mil a quinze mil UFIR:I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de

comício ou carreata;” (Lei nº 9.504/97)

Importante lembrar que 2 (dois) de outubro é o último dia para

realização de comícios e reuniões públicas, e o dia 4 (quatro) de

outubro (véspera da eleição) é o último dia para a promoção de

carreatas.

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Concentração de eleitores

“Art. 302. Promover, no dia da eleição, com o

fim de impedir, embaraçar ou fraudar o

exercício do voto a concentração de

eleitores, sob qualquer forma, inclusive o

fornecimento gratui to de al imento e

transporte coletivo. Pena – Reclusão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos

e pagamento de 200 a 300 dias-multa.”

A reunião de eleitores em um determinado local com o escopo

de impedir, embaraçar ou fraudar o exercício do voto, constitui-se

numa das mais graves formas de interferência no processo eleitoral.

Daí decorre a rigorosa sanção penal prevista no Código Eleitoral,

qual seja, reclusão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos.

Corrupção eleitoral

“Art. 299. Dar, oferecer, prometer,

solicitar ou receber, para si ou para

outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer

outra vantagem, para obter ou dar

voto e para conseguir ou prometer

abstenção, ainda que a oferta não

seja aceita:” (Código Eleitoral – Lei nº

4.737/65).Pena – reclusão até quatro anos e

pagamento de 5 a 15 dias-multa.

Obs.: Também configura um ilícito cível eleitoral.

Configura crime de corrupção eleitoral, com pena de reclusão

de até 4 (quatro) anos e pagamento de 05 (cinco) a 15 (quinze) dias-

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multa, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para

outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem (como por

exemplo: doação de remédios, cestas básicas, óculos, emprego,

etc), para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção,

ainda que a oferta não seja aceita.

São considerados agentes da prática desse delito, tanto a

pessoa que compra o voto (corrupção ativa), quanto o eleitor que

vende o seu voto (corrupção passiva). A compra de votos por pré-

candidato, no ano da eleição, independentemente de já ter sido

escolhido como candidato em convenção partidária, também

configura o crime de corrupção eleitoral ativa.

O tipo penal em alusão não exclui a apuração da prática de

captação ilícita de sufrágio (art. 41-A da Lei 9.504/97), que pode

conduzir à cassação do registro ou diploma do candidato, além da

aplicação de multa. Embora figurem aspectos de identidade entre os

dois ilícitos, tanto a previsão hipotética de ambos é diversa, quanto à

natureza das sanções impostas.

A compra ou a venda de voto, seja com dinheiro, presentes ou

qualquer favorecimento, é crime tipificado na Lei nº 9.504/97, com

pena prevista de até quatro anos de prisão e pagamento de multa. E

o candidato, além da multa, pode ter o registro ou diploma cassado.

É crime dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou

para outra pessoa, dinheiro, presente, ou qualquer outra vantagem,

econômica ou não (por exemplo, dispensa de obrigação

convencionada, remédios, cesta básica, bolsa de estudo), para

obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda

que a oferta não seja aceita.

Esse crime, na forma prometer, configura-se apenas se a

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conduta for individualizada, ou seja, dirigida a pessoas ou a pessoas

determinadas.

Assim, não configura o crime promessas genéricas de

campanha. Ademais, a compra de votos por pré-candidato

caracteriza o crime de corrupção ativa eleitoral (art. 41-A da Lei nº

9.504/1997).

Desobediência

“Art. 347. Recusar alguém cumprimento ou

obediência a dil igências, ordens ou

instruções da Justiça Eleitoral ou opor

embaraços à sua execução:Pena – detenção de três meses a um ano e

pagamento de 10 a 20 dias-multa.”(Código Eleitoral – Lei nº 4.737/65)

Trata-se do descumprimento doloso das

determinações emanadas da Justiça

Eleitoral, no exercício de seu poder de polícia. A recusa consiste na

negativa expressa ou tácita de atendimento às determinações

expedidas pela Justiça Eleitoral e a oposição de embaraços que

equivale à ação de colocar empecilhos de retardar, de criar

dificuldades à execução dos atos indicados no tipo.

Mostra-se imperioso que o agente tenha conhecimento direto

ou ao menos inequívoco do conteúdo da ordem dada pela

autoridade. A ordem ou instrução pode ser escrita ou verbal, desde

que seja específica e direcionada ao agente.

Desordem

“Art. 296. Promover desordem que prejudique os trabalhos

eleitorais;”

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Pena – detenção até dois meses e pagamento de 60 a 90 dias-

multa.” (Código Eleitoral – Lei nº 4.737/65).

A conduta delituosa deve ter o condão de atrapalhar a votação

e ou apuração causando transtorno ao seu regular funcionamento,

não necessariamente precisa inviabilizar totalmente os trabalhos

eleitorais, sendo suficiente que retarde o seu desenvolvimento.

Eventual desordem que alguém venha a provocar no dia da eleição,

mas que não traga qualquer prejuízo aos trabalhos da Justiça

Eleitoral não deve ser enquadrada nesse tipo penal, podendo

constituir infração penal comum.

Impedimento ou embaraço ao exercício do voto

“Art. 297. Impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio.” (Lei nº

4.737/65).Pena – detenção até seis meses e pagamento de 60 a 100 dias-

multa.

Trata-se de mais uma garantia eleitoral ao livre exercício do

voto. Importante esclarecer que pela descrição típica se infere que o

crime em tela ocorre no dia da eleição e durante o horário da

votação. A conduta de impedir significa impossibilitar, colocar

obstáculos intransponíveis à plena manifestação de vontade do

eleitor, ou seja, há a obstaculização ao voto de modo absoluto,

enquanto que no ato de embaraçar que equivale a tumultuar,

estorvar a livre manifestação do eleitor, há a obstaculização relativa.

Fornecimento de alimentação e

transporte de eleitores

“Art. 5º Nenhum veículo ou embarcação

poderá fazer transporte de eleitores

desde o dia anterior até o posterior à

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eleição, salvo:I - a serviço da Justiça Eleitoral;II - coletivos de linhas regulares e não fretados;III - de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto

e dos membros da sua família;IV - o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de aluguel

não atingidos pela requisição de que trata o artigo 2º.

Art. 8º Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando imprescindível,

em face da absoluta carência de recursos de eleitores da zona rural,

fornecer-lhes refeições, correndo, nesta hipótese, as despesas por

conta do Fundo Partidário.

Art. 10. É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou a

qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições aos

eleitores da zona urbana.

Art. 11. Constitui crime eleitoral:III - descumprir a proibição dos artigos 5º, 8º e 10º:Pena - reclusão de quatro a seis anos e pagamento de 200 a 300

dias-multa. (art. 302 do Código Eleitoral).”

“Art. 302. Promover, no dia da eleição, com o fim de impedir,

embaraçar ou fraudar o exercício do voto a concentração de

eleitores, sob qualquer forma,inclusive o fornecimento gratuito de

alimento e transporte coletivo.” (Redação dada pelo Decreto-Lei nº

1.064, de 24.10.1969).

A Lei 6.091/74, que estabelece normas para o fornecimento

gratuito de transporte e alimentação no dia da eleição, prevê que

apenas a Justiça Eleitoral pode cuidar desse serviço. Segundo o

doutrinador Edson de Resende Castro : “ A Lei n. 6.091/74 proíbe o

seu fornecimento (transporte e alimentação) aos eleitores

residentes na zona urbana e prevê que, para os da zona rural,

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distante pelo menos 2 quilômetros do local de votação, poderá a

Justiça Eleitoral, organizar esses serviços”. (Teoria e Prática do

Direito Eleitoral, Editora Mandamentos, 4ª edição, 2008, pág.

516/517)

Observe-se que o transporte de eleitores fora do período

indicado pela Lei 6.091/74, ou seja, desde o dia anterior até o

posterior à eleição, malgrado afaste a incidência do tipo penal, pode

configurar, a depender das circunstâncias, abuso do poder

econômico ou mesmo captação ilícita de sufrágio.

Uso de alto-falantes e amplificadores

de som

“Art. 39, § 5º, inciso I. § 5º - Constituem

crimes, no dia da eleição, puníveis com

detenção, de seis meses a um ano, com a

alternativa de prestação de serviços à

comunidade pelo mesmo período, e multa

no valor de cinco mil a quinze mil UFIR:I - o uso de alto-falantes e amplificadores

de som ou a promoção de comício ou

carreata;” (Lei nº 9.504/97).

Conforme estabelece o Calendário Eleitoral, 4 de outubro é o

último dia para propaganda política mediante alto-falantes ou

amplificadores de som, entre as 8 e 22 horas (Lei nº 9.504/97, art.

39, §§ 3º e 5º, I).

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CRIMES ELEITORAIS - PERGUNTAS E RESPOSTAS DO TSE É crime votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de

outra pessoa?Sim, é crime punível com reclusão de até três anos (art. 309 do

Código Eleitoral).

É crime violar ou tentar violar o sigilo do voto? Sim, é crime punível com detenção de até dois anos (art. 312 do

Código Eleitoral).

Sou servidor público. É crime meu chefe me dizer em quem eu

devo votar?Sim, valer-se o servidor público de sua autoridade para coagir

alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido é

crime punível com detenção de até seis meses e pagamento de

multa (art. 300 do Código Eleitoral).

O que é proibido fazer no dia da eleição?É proibida, no dia das eleições, até o término do horário da votação,

a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado, com

uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos, de modo a

caracterizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de

veículos (art. 39-A, § 1º, da Lei nº 9.504/1997).

Em que horário vai vigorar a Lei Seca?A Lei Seca é uma questão de segurança pública e, por isso, não é

disciplinada pela Justiça Eleitoral, e sim pelas secretarias de

Segurança Pública do Município ou do Estado, por meio de portarias

ou resoluções editadas por secretários de segurança pública ou

delegados de polícia.

Posso votar de bermuda, usar bóton ou camiseta do meu

candidato?É permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e

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silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou

candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras,

broches, dísticos e adesivos (art. 39-A da Lei nº 9.504/1997).

Posso distribuir “santinhos” na hora de votar?Não. Só pode haver distribuição de material de campanha eleitoral

até as 22 horas do dia que antecede a eleição. A realização de boca

de urna é proibida por lei e consiste na distribuição de material de

propaganda política ou a prática de aliciamento, coação ou

manifestação tendente a influir na vontade do eleitor. O ato é crime

punível com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de

prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa

(art. 39, § 5º, incisos II e III, e § 9º, da Lei nº 9.504/1997).

Posso distribuir propaganda no dia da eleição?Não. A propaganda de boca de urna e a arregimentação de eleitor no

dia da eleição constituem crime eleitoral, puníveis com detenção de

seis meses a um ano, com alternativa de prestação de serviços à

comunidade pelo mesmo período e multa no valor de R$5.320,50 a

R$15.961,50 (art. 39, § 5º, incisos II e III, e § 9º, da Lei nº 9.504/1997).

A boca de urna é um crime que pode ocorrer somente no horário

de votação?O crime em questão somente ocorre se praticado no dia da eleição,

que não se limita ao horário de votação, mas ao dia inteiro, uma vez

que a lei visa proteger a tranquilidade e a ordem pública eleitoral no

dia do pleito (art. 39, § 5º, incisos II e III, e § 9º, da Lei nº 9.504/1997).

E quanto ao lugar, o crime de boca de urna somente pode

ocorrer se praticado em local que tenha seção eleitoral?Tal crime pode ser praticado em qualquer lugar, inclusive em área

rural, e não apenas nas proximidades das seções eleitorais (art. 39,

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§ 5º, incisos II e III, e § 9º, da Lei nº 9.504/1997).

É crime transportar eleitores em dia de eleição?Sim, é proibido em dia de eleição o transporte gratuito de eleitores

para os locais de votação, bem como o fornecimento gratuito de

alimento, sob pena de reclusão de quatro a seis anos e pagamento

de multa (art. 302 do Código Eleitoral e Resolução-TSE nº

9.641/1974).

Como é proibido o transporte gratuito de eleitor por partidos e

candidatos, existe algum órgão que possa transportar

gratuitamente o eleitor? Sim, a Justiça Eleitoral pode transportar gratuitamente os eleitores

no dia da eleição, mas o transporte é restrito aos moradores de zona

rural das localidades em que o juiz eleitoral o tenha solicitado

(Resolução-TSE nº 9.641/1974).

Qual transporte eu posso pegar no dia da eleição sem cometer

crime eleitoral?Não ocorre crime quando: o transporte estiver a serviço da Justiça Eleitoral; se tratar de transporte coletivo de linha regular e não fretado; se tratar de transporte de uso individual do proprietário, para o

exercício do próprio voto e dos membros de sua família;

O eleitor poderá ser preso na véspera das eleições por ter

praticado algum crime ou alguma contravenção?Nenhuma autoridade poderá, desde cinco dias antes e até 48 horas

depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer

eleitor, salvo em flagrante delito (de crime afiançável ou

inafiançável) ou em virtude de sentença criminal condenatória por

crime inafiançável, ou por desrespeito a salvo-conduto. Destaque-

se que, nesse período, o eleitor não pode ser preso por crime cuja

situação de flagrante já se encerrou; por condenação a crime

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Page 22: Crimes Eleitorais 2014

afiançável; ou por prisão preventiva ou provisória decretada (art. 236

do Código Eleitoral).

O que é salvo-conduto?Salvo-conduto é uma garantia concedida ao eleitor pela Justiça

Eleitoral para que ele possa exercer o seu direito de votar. O salvo-

conduto é concedido nos casos em que o eleitor sofre violência

moral ou física em sua liberdade de votar, ou pelo fato de haver

votado (art. 235 do Código Eleitoral).

OBSERVAÇÕES

PENA MÍNIMA NOS CRIMES ELEITORAIS: Quando o Código

Eleitoral não definir expressamente a pena mínima abstrata no tipo

penal, o art. 284 estabelece que será de 15 dias para delitos com

pena de detenção e 01 (um) ano quando for pena de reclusão. PRISÁO DE ELEITOR: Art. 236 do CE veda prisão de eleitor cinco

dias antes da eleição e até 48 horas após o encerramento da eleição

(e não da votação), exceto flagrante delito, sentença criminal

condenatória por crime inafiançável ou desrespeito a salvo conduto.

Prisão de fiscais de partido e mesários: O art. 236, §1º, do CE

veda prisão de fiscais de partido e mesários, salvo por flagrante

delito durante o exercício de suas funções.

Prisão de candidatos: somente podem ser presos por flagrante

delito, desde 15 dias antes das eleições. (art. 236, §1º, parte final, do

CE)

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Registro de Candidaturas – Eleições - 2014

Page 23: Crimes Eleitorais 2014

REFERÊNCIAS

Perguntas e respostas: guia do eleitor / Tribunal Superior Eleitoral. – Brasília: Secretaria de Gestão da Informação, Coordenadoria de Editoração e Publicações, 2012.

Obs.: baseada em guia disponibilizado pelo TRE-MT, para as eleições 2012.

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JUSTIÇA ELEITORALDO TOCANTINS

Anos

anos

22 1989

-201

4

Justiça Eleitoral

do Tocantins2Anos5

1989-2014

2Anos

TRE

5nal o Eig lee itR o l ra an l -u b Tir O

T

C 4o 1r 0r 2e .io 6.s 2 - 2 P a Ol Tm -as

Carimbo e Selos comemorativos dos 25 anosda Justiça Eleitoral do Tocantins


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