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Crtica Filosofia do Direito de Hegel

Vania SierraCrtica Filosofia do Direito de Hegel

Concepo hegeliana do EstadoO Estado livre quando serve a sociedade em geral e no a uma parte.O Estado racional porque realiza a unidade da liberdade subjetiva com a liberdade objetiva. o reino da liberdade realizada.A sociedade civil e a famlia se opem a universalidade a razo em si e para si.Totalidade tica, universal concreto.A Monarquia Constitucional uma forma de governo conduzida pela universalidade.

Estado em HegelObjetividade, verdade e moralidade s podem ser alcanadas pelos indivduos se forem membros do Estado. O destino dos indivduos participar da coletividade, no Estado. O Estado e os cidados devem agir segundo as leis e interesses universais.

A Dialtica da EticidadeA) O esprito moral objetivo imediato ou natural: a famlia. Esta substancialidade desvanece-se na perda da sua unidade, na diviso e no ponto de vista do relativo; torna-se ento:B) sociedade civil, associao de membros, que so indivduos independentes, numa universalidade formal, por meio das carncias, por meio da constituio jurdica como instrumento de segurana da pessoa e da propriedade e por meio de uma regulamentao exterior para satisfazer as exigncias particulares e coletivas. Este Estado exterior converge e rene-se naC) Constituio do Estado, que o fim e a realidade em ato da substncia universal e da vida pblica nela consagrada (Hegel, 1997: 149 - 157).

Estado tico

O Estado tico: o Estado como plena realizao dos seres humanos mediante uma dialtica que incorpora, por via da superao de todos os logros da histria, desde o direito, passando pela moral individual, para culminar na eticidade, matriz dos valores mais altos da humanidade, expressos na arte, na religio, e na filosofia. (DRI, 2006)

Concepo do direito em HegelReconciliao da vontade particular com a vontade universalEfetivao da liberdade universal normatizadaInteriorizao comunitria pela razoMeio de promoo do universalRealizao da ideia filosfica da liberdadeDesenvolvimento lgico da liberdade

Direito em HegelO domnio do direito o esprito em geral; a, a sua base prpria, o seu ponto de partida est na vontade livre, de tal modo que a liberdade constitui a sua substncia e o seu destino e que o sistema do direito o imprio da liberdade realizada, o mundo do esprito produzido como uma segunda natureza a partir de si mesmo (Hegel, 1997: 12 4).

Os funcionrios do Estado A classe universal se ocupa dos interesses gerais da vida social. Ela dever ser dispensada do trabalho direto requerido pelas carncias, seja mediante a fortuna privada, seja mediante uma indenizao dada pelo Estado que solicita a sua atividade, de modo que, nesse trabalho pelo universal, possa encontrar satisfao o seu interesse privado (Hegel, 1997: 182 - 205).

As funes do Estado Sob o ttulo de polcia, Hegel trata de uma srie de funes que o Estado deve exercer como universal. Deve velar pela segurana das pessoas, se encarregar da luta contra o delito, da regulao do mercado, da educao e das solues dos problemas sociais gerados pela economia prpria da sociedade civil. (DRI, 2006)

A Interveno do EstadoContra a concepo liberal que pretende solucionar o problema da distribuio dos bens gerados mediante a mo invisvel do mercado, Hegel sustenta a necessidade da interveno do Estado. Com efeito, sempre possvel dar-se a oposio entre os diversos interesses dos produtores e dos consumidores; e, embora, no conjunto, as corretas relaes por eles mesmos sejam estabelecidas, ainda poder ser conveniente uma regulamentao intencional superior s duas partes (Hegel, 1997: 236 apud DRI, 2006).

O Estado ticoAs leis e instituies constituem a objetividade e estabilidade do tico, que faz com que este no se encontre sujeito opinio e ao capricho subjetivo. Inserido o indivduo nesse mbito tico, ele conquista a sua liberdade. As instituies fundamentais que os constituem so a famlia, a sociedade civil e, sobretudo, o Estado. (DRI, 2006)

A crtica de MarxNa verdade, Hegel no faz seno dissolver a constituio poltica na abstrata Ideia de organismo, embora, aparentemente e segundo sua prpria opinio, ele tenha desenvolvido o determinado a partir da Ideia universal. Ele transformou em um produto, em um predicado da Ideia, o que seu sujeito; ele no desenvolve seu pensamento a partir do objeto, mas desenvolve o objeto segundo um pensamento previamente concebido na esfera abstrata da lgica. No se trata de desenvolver a ideia determinada da constituio poltica, mas de dar constituio poltica uma relao com a Ideia abstrata, de disp-la como um membro de sua biografia (da Ideia): uma clara mistificao.

Crtica de MarxO Estado no universal, mas representa os interesses da classe dominanteO direito atende aos interesses de quem possui propriedade.Oposio entre sociedade civil e Estado

Crtica de MarxComo se o povo no fosse o Estado real. O Estado um abstractum. Somente o povo o concretum. E notvel que Hegel atribua sem hesitao uma qualidade viva ao abstractum, tal como a soberania, e s o faa com hesitao e reservas em relao ao concretum (p.48).

A Forma Alienada do DireitoA tarefa imediata da filosofia, que est a servio da histria, , depois de desmascarada a forma sagrada da autoalienao [Selbstentfremdung] humana, desmascarar a autoalienao nas suas formas no sagradas. A crtica do cu transforma-se, assim, na crtica da terra, a crtica da religio, na crtica do direito, a crtica da teologia, na crtica da poltica (p.146).

O Estado AbstratoA imagem mental alem do Estado moderno, que faz abstrao do homem efetivo, s foi possvel, ao contrrio, porque e na medida em que o prprio Estado moderno faz abstrao do homem efetivo ou satisfaz o homem total de uma maneira puramente imaginria. Em poltica, os alemes pensaram o que as outras naes fizeram. A Alemanha foi a sua conscincia terica. A abstrao e a presuno de seu pensamento andaram sempre no mesmo passo da unilateralidade e da atrofia de sua realidade (151).

A forma da religioEste o fundamento da crtica irreligiosa: o homem faz a religio, a religio no faz o homem. E a religio de fato a autoconscincia e o autossentimento do homem, que ou ainda no conquistou a si mesmo ou j se perdeu novamente. Mas o homem no um ser abstrato, acocorado fora do mundo. O homem o mundo do homem, o Estado, a sociedade. Esse Estado e essa sociedade produzem a religio, uma conscincia invertida do mundo, porque eles so um mundo invertido. A religio a teoria geral deste mundo, seu compndio enciclopdico, sua lgica em forma popular, seu point dhonneur espiritualista, seu entusiasmo, sua sano moral, seu complemento solene, sua base geral de consolao e de justificao. Ela a realizao fantstica da essncia humana, porque a essncia humana no possui uma realidade verdadeira. Por conseguinte, a luta contra a religio , indiretamente, contra aquele mundo cujo aroma espiritual a religio (p.145).

RefernciasDri, Rubn R.. A filosofia do Estado tico. A concepo hegeliana do Estado. En publicacion: Filosofia poltica moderna. De Hobbes a Marx Boron, Atilio A. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales; DCP-FFLCH, Departamento de Ciencias Politicas, Faculdade de Filosofia Letras e Ciencias Humanas, USP, Universidade de Sao Paulo. 2006. Dutra, Elide de Oliveira. Crtica de Marx teoria hegeliana do estado: uma leitura da obracrtica filosofia do direito de Hegel. Filognese. Vol. 6, n 2, 2013. Disponvel em: http//www.marilia.unesp.br/filogenese .HEGEL, G. W . Princpios de Filosofia do direito. Traduo: Orlando Vitorino. So Paulo:Coleo Clssicos: Editora: Martins Editora, 1997.MARX, Karl. Crtica filosofia de direito de Hegel. Traduo: Rubens Enderle e Leonardo de Deus, 1 ed. So Paulo: Editora Boitempo, 2005.


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