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Cromatografia e os jogos

olímpicos de 2016:

uma corrida contra o doping

Prof. Helvécio Costa Menezes

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Conteúdo

Doping no esporte

Substâncias proibidas e seus efeitos

Agências de controle antidoping

Métodos de análise

Cromatografia a gás

Princípios

Componentes

Acoplamento com espectrometria de massas

GCxGC.

Preparo de amostras para GC/MS

Aplicações da GC/MS no controle antidoping.

2

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Doping

3

Presença de qualquer substância ou método que

tenha o potencial para aumentar o desempenho

desportivo, que ofereça risco desnecessário a

atletas, ou atue de forma contrária ao espírito

desportivo.

WADA, 2016

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Ideal Olímpico

4 Barão de Coubertin, 1896

A coisa mais importante não é vencer, mas participar,

assim como a coisa mais importante da vida não é a

vitória, mas a luta. O essencial não é conquistar e sim lutar

bem”

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Motivação

Movere (latim): mover para realizar determinada ação.

Energia que nos impulsiona em direção a um determinado objetivo a fim de satisfazer uma necessidade pessoal.

5

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Tipos de indivíduos

Tarefa

Prazer em realizar tarefas

corretamente

(reconhecimento próprio)

Referencial interno

Dificuldades e obstáculos são

desafios

Os fins não justificam os

meios

Realizar uma tarefa de forma

correta encerra a recompensa

Ego

Prazer em conquistar algo ou

vencer alguém

(reconhecimento social)

Referencial externo

Dificuldades e obstáculos não

são desafios

Os fins justificam os meios

Só a vitória é a recompensa

6

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Fatores que favorecem o doping

Motivação pessoal

Excesso de cobrança (social, empresarial, e familiar)

Necessidade financeira

Força da mídia

Impunidade

7

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Fatores que favorecem o doping

8

O medo da detecção e consequente desgraça e perda de

rendimentos é o maior desincentivo a dopagem para os atletas.

Mais do que o dano pessoal. Em estudo patrocinado pela Sports

Illustrated, 195 de 198 atletas disseram que “TOMARIAM”

drogas promotoras de desempenho se eles tivessem a garantia

de vencer e não serem flagrados.

50% declararam que fariam isso mesmo se MORRESSEM de

efeitos colaterais da droga após 5 ANOS de uma vitória em

competição.

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Histórico do uso de substâncias proibidas

9

China (2737 aC)

Efedra, mandragora

Arábia (1000 aC)

Cannabis, Haxixe

Grécia (300 aC)

Cogumelos, ópio

América precolombiana

Coca, mescalina

Europa (1810 dC)

Cafeína, morfina

Japão (1919 dC)

Anfetaminas

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Histórico do uso de substâncias proibidas

10

Áustria (1910)

Primeiro teste anti doping

Jogos Olímpicos

de Roma (1960)

heroína

1940

Primeiros métodos por GC

e TLC

Tóquio (1964)

Primeiras Leis e punições

Décadas 60 e 70

Anfetaminas

Década de 80

Anabolizantes

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Altetas flagrados no exame antidoping

11

ATLETISMO 2003

Maurren Maggi

(Clostebol -pomada

dermatológica)

VOLEI 2003

Giba

(Maconha)

NATAÇÃO 2007

Rebeca Gusmão,

(Testosterona)

FUTEBOL 2008

Romário

(Finasterida)

MMA 2015

Anderson Silva

(Esteróides)

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Altetas flagrados no exame antidoping

12

ATLETISMO 1988

Bem Johnson

(Estanozolol)

VELOCISTA 2007

Marion Jones

(Esteróides)

CICLISMO 1999

Lance Amostrong

(EPO)

FUTEBOL 1994

Maradona

(Efedrina)

CICLISMO, 2006

Floyd Landis

(Testosterona)

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Anabolizantes (S1)

15

Esteróides Anabólicos Androgênicos (EAA)

A testosterona é o principal esteróide anabolizante, é produzida nos testículos,

assim como pelo córtex supra renal em homens e mulheres. Ao atingir o núcleo

celular estimula o DNA a sintetizar proteínas. Quanto mais intenso for o esforço

maior será a produção de testosterona.

Promove o aumento da massa muscular, aumento da hemoglobina, aumento

da deposição de cálcio nos ossos.

Efeitos colaterais

Impotência sexual, e esterilidade

testosterona

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Anabolizantes (S1)

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Esteróides Precursores da testosterona

Desidroepiandrosterona (DHEA)

Androstenediona

Oximetolona,

Oxandrolona,

Metandostrenolona

Estanozolol.

Decanoato de nandrolona (Deca)

Fenilpropinato de nandrolona

Cipionato de testosterona

Undecilenato de boldenona

Meia vida: 10 a 20 minutos

Metabolizados: fígado

Eliminação: urina

Deca

Estanozolol.

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Hormônios Peptídicos (S2)

17

São substâncias reguladoras de diversas funções do organismo. Sua origem se

dá pelo estímulo inicial do SNC, que gera reações químicas para a sua

secreção.

Hormônio de Crescimento (GH)

Secretado pelas glândulas pituitárias, possui função anabólica de diversos

tecidos e sua secreção é ampliada em circunstâncias anaeróbias. A meia vida

sérica do GH é de 20 minutos após secretado ou injetado, o pico de

concentração dá-se de 1 a 3 horas após injetado, tornando-se indetectável

após 24 horas.

Efeitos Colaterais: pode causar o surgimento da síndrome do túnel do carpo,

acromegalia, cardiomegalia, diabetes II e hipertensão arterial

GH acromegalia

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Hormônios Peptídicos (S2)

18

Fator de Crescimento tipo Insulina 1 (IGF-1)

possui função estimulante do DNA para a síntese protéica, causando também o

anabolismo muscular, tendo efeitos colaterais similares ao GH .

Eritropoetina (EPO)

Este hormônio é naturalmente secretado pelas glândulas supra-renais (90%) e

pelo fígado (10%). É responsável pelo aumento da proliferação de células

tronco, precursoras da produção de glóbulos vermelhos do sangue, através da

ligação a sítios específicos na medula óssea. Sua meia vida é de 6 a 8 horas.

Efeitos colaterais:

Eleva a densidade sanguínea, pode causar hipertensão, infarto, lesões renais e

doenças cardiovasculares.

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Hormônios Peptídicos (S2)

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Gonadotrofina (hCG)

Glicoproteina hormonal produzida durante a gravidez nos líquidos maternos.

Garante a manutenção da gestação, inibindo a menstruação e a ausência de

uma nova ovulação.

Efeitos colaterais:

Tumores hepáticos, retenção de líquidos e de sódio, sobrecarga cardíaca,

diabetes e maior incidência leucemias.

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Beta-2 Antagonistas (S3)

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Atuam nos receptores beta-2 de diversos tecidos, inclusive da

musculatura esquelética. Possuem efeitos broncodilatadores, atuam na

oxidação dos tecidos adiposos.

Diminuem a frequência cardíaca e a pressão arterial, normalmente

usados em esportes que requerem precisão e concentração como tiro e

arco e flecha.

Efeitos Colaterais

Taquicardias,nervosismo, dores de cabeça, tremores, insônia,

hipertensão, patologias morfológicas e funcionais no coração.

Clenbuterol Salbutamol

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Moduladores hormonais e metabólicos (S4)

21

Inibidores de aromatase: impedem a formação de hormona estrogénica

Moduladores seletivos de receptores de estrogênios (SERMs): inibição

ou ativação do estrogênio em vários tecidos.

Insulinas: aumento da queima de glicose

Efeitos Colaterais

Dor nos músculos e nas junções

Osteoporose, ossos frágeis e fracturas

Confusão da memória

Hipoglicemia

Aminoglutetimida

Exemestano

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Diuréticos (S5)

22

Agem na redução da secreção de renina pelas células dos rins. A renina

tem função precursora na conversão de enzimas que aumentam o volume

de água do organismo.

Redução de peso antes das competições

Camuflagem de outras substâncias na urina

Efeitos colaterais

Redução dos sais minerais e outros nutrientes estocados no tecido muscular,

e redução da capacidade física do atleta.

Furosemida Hidroclorotiazida

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Estimulantes (S6)

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Agem no sistema nervoso central, aumentam o estado de

alerta e capacidade física.

Efeitos

Dilatação das pupilas

Inibição da secreção das glândulas salivares

Aumento da frequência respiratória

Inibição dos movimentos peristálticos

Aumento da glicogenólise

Contração do esfíncter da uretra

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Estimulantes (S6)

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Mecanismo de ação

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Estimulantes (S6)

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Aumenta a secreção de catecolaminas, o que aparentemente

potencializa a capacidade neural muscular.

Provas de longa duração

Ajuda a reduzir ou retardar a fadiga

Aprimora e amplia o desempenho

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Estimulantes (S6)

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Catecolaminas endógenas

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Estimulantes (S6)

Efeitos Colaterais

Palpitações

Perda de apetite

Hipertensão

Sobrecarga do coração e fígado

Problemas renais

27

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Narcóticos-Analgésicos (S7)

28

Agem no SNC, ligando-se a receptores específicos, o que impede a

liberação de neurotransmissores responsáveis pela mensagem da dor.

Não melhoram o desempenho físico, mas aliviam e retraem a

sensação de dor como a fadiga. Atletas de maratona e triatlo.

Efeitos Colaterais

Causam entorpecência e perda de sensibilidade, lesões músculo

esqueléticas, náuseas, vômitos, insônia, depressão e dependência.

química.

Papaver somniferum

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Canabinóides (S8)

29

São substâncias derivadas da Canabis sativa e atuam como depressores do

SNC. A Canabis sativa possui cerca de 420 substâncias, dentre estas destaca-

se o Δ9THC (Delta 9 Tetra Hidrocanabinol).

Reduz a ansiedade antes e durante a competição.

Efeitos Colaterais: pode causar dependência química, aparente destruição

irreparável de receptores neurais, redução da memória, e da capacidade

intelectual

Δ9THC

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Glicocorticóides (S9)

30

São hormônios esteróides que se ligam com o receptor do cortisol.

Afetam o metabolismo dos carboidratos, são usados como anti-inflamatórios,

reduzem a dor, imunosupressores, e provocam euforia.

Efeitos Colaterais: hemorragias, úlceras, glaucoma, e diabetes.

Cortisol

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Manipulação do Sangue e seus componentes

(M1)

31

Promove o aumento da concentração de hemoglobina para o melhor

transporte de oxigênio.

Transfusões de sangue

Aplicações intravenosas de perfluorcarbonos

Hemoglobina bovina

Efeitos Colaterais

Reações alérgicas, transmissões virais, choques metabólicos e

sobrecarga de circulação

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Manipulação Química e Física (M2)

32

Manipular visando alterar a integridade e validade das amostras

coletadas no Controle de Dopagem.

Infusões intravenosas e/ou injeções maiores que 50 mL por um período

de 6 horas exceto aquelas administradas de forma legítima durante

ocasiões de admissões hospitalares, procedimentos cirúrgicos ou

investigações clínicas.

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Manipulação da urina

33

Uso de Probenecida bloqueador da secreção de testosterona e

camuflador de agentes dopantes.

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Doping genético (M3)

34

Alteração dos genes responsáveis pela síntese de proteínas.

Dentre os genes capazes de alterar a força e a resistência física destacam-se:

Enzima Conversora de Angiotensina (ECA): agente vasoconstritor

Eritropoetina (EPO): estímulo para a produção de hemácias

Miostatina: proteína bloqueadora da síntese protéica muscular , e

desenvolvimento da musculatura esquelética

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Álcool (P1)

35

O etanol atua no SNC e em pequenas doses reduz o nervosismo, tremor,

sensibilidade às lesões, aumenta a sensação de relaxamento e confiança.

Limite: 0,1 g L-1

Efeitos Colaterais

Diminui a capacidade visual, a concentração, e os reflexos motores.

Alterações cardíacas, cirrose, pancreatites, dependência, e teratogênese.

Proibido para as modalidade

Aeronáutica, tiro com arco, automobilismo, karatê, pentatlo, motociclismo,

e motonáutica

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Beta bloqueadores (P2)

36

Melhora as arritimias cardiácas.

Reduzem os batimentos cardíacos,

Estabilizam mãos e braços

Precisão nos movimentos

Efeitos Colaterais

Insuficiência cardíaca descompensada

Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)

Asma brônquica

Proibido para as modalidade

Arco e flecha, automobilismo, bilhar, dardos, desportos subaquáticos,

golfe, e tiro.

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Agências de controle antidoping

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World Anti-Doping Agency – WADA

(Agência Mundial Antidoping - AMA)

Fundada em 1999 na Suiça

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Agentes de controle

38

Fonte: ABCD, 2016

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Como é feito o controle antidoping

39

Seleção dos atletas

Fonte: ABCD, 2016

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Como é feito o controle antidoping

40

Coleta das amostras

Na Estação de Controle de Dopagem Oficial de Controle de Dopagem (DCO)

informa os direitos e deveres, e registra as informações do atleta.

Urina

O atleta escolhe um copo de coleta, e com a supervisão do DCO faz a coleta

de 90 mL.

O atleta recebe 3 frascos selados, e escolhe 2 para transferir a amostra

(frasco A 60 mL, e frasco B 30 mL)

Após o DCO checar a densidade da urina, o atleta acondiciona as amostras

para o transporte e confere o formulário de controle..

Fonte: ABCD, 2016

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Como é feito o controle antidoping

41

Amostra A: análise imediata

Amostra B: armazenada

Se A for um Resultado Analítico

Adverso (positivo para dopagem) o

atleta decide se pede a análise da

amostra B para contestar o resultado.

Suspensão mínima de 4 anos, Banimento dos Reincidentes

Fonte: ABCD, 2016

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Resultados analíticos adversos

42 WADA, 2013

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Processo Analítico

Amostragem

(sa)

Armazenamento e transporte

Tratamento da amostra (sp)

Análise (sm)

Resultados

Fonte: Bartley, 1990

sg2

= sm

2 + sa2 + sp

2

sg2

= variância global

sm2 = variância do método

sa2 = variância da amostragem

sp2 = variância do preparo da amostra

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Erro em função da concentração do analito

44

Fonte: Horowitz, Anal. Chem., 1982.

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Espectro de Massas

Isotopológos

27 28 29 30

CO

13 CO

Int.

+

+

27 28 29 30

CO

13 CO

Int.

+

+

Mesma espécie, com os mesmos elementos mas diferentes isótopos.

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Espectros de Massas Isótopos

Elemento Isótopo Abund. Relativa Isótopo Abund. Relativa Isótopo Abund. Relativa

Carbono 12 C 100 13 C 1.1

Hidrogênio 1 H 100

2 H 0.016

Nitrogênio 14

N 100 15

N 0.38

Oxigênio 16

O 100 17

O 0.04 18

O 0.2

Enxofre 32

S 100 33

S 0.78 34

S 4.4

Cloro 35 Cl 100 Â 37 Cl 32.5

Bromo 79

Br 100 81

Br 98

Geralmente o isótopo mais leve é o mais abundante

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Espectro de Massas

abundância isotópica

Pico do Carbono 13

Pico monoisotópico

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Para se estimar o número de

carbonos em uma molécula:

dividir a intensidade de A+1

por 1.1 (abundância do

Carbono 13 na natureza).

25 / 1.1 = 23,7

~ 24 átomos de

carbono na molécula

Espectro de Massas

Abundância isotópica

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Br - CH3 15 u

79Br-CH3 = 94 81Br-CH3 = 96

Informações:

• Relação m/z

• Presença dos isótopos

• Diferença de massa entre os sinais

Espectro de Massas

Abundância isotópica

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Espectro de Massas

Abundância isotópica

Cloro

MM = 35,453 u

Isótopos: 75,77 % de 35Cl e 24,23 % de 37Cl

Ciantoxina 7

40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61mass0

100

%

Dani_07 (0.046) Is (1.00,1.00) CH3Cl 1: TOF MS ES+ 7.49e1250.0

52.0

35Cl

37Cl

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Espectro de Massas

Regra do Nitrogênio

válida apenas para o modo EI

Número ímpar de átomos de N

Íon molecular [M]+• terá massa ímpar!!

Número par de átomos de N ou não contém átomos de N

Íon molecular [M]+• terá massa par!!

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Espectro de Massas

Medida da Massa Molecular

• m/z 249

» C20H9+

» C19H7N+

» C13H19N3O2+

• m/z 249 » C20H9

+ 249.0700

» C19H7N+ 249.0580

» C13H19N3O2+ 249.1479

Sistemas de

Baixa resolução

Sistemas de

Alta resolução

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Massa nominal Massa de um íon de uma determinada fórmula empírica calculada através do isótopo mais abundante. Ex : M = 249 C20H9

+ ou C19H7N+ ou C13H19N3O2

+

Massa exata Massa de um íon de uma determinada fórmula empírica calculada através da massa exata do isótopo mais abundante da cada elemento. Ex : M = 249 C20H9

+ 249.070 C19H7N

+ 249.0580 C13H19N3O2

+ 249.1479 Faixa de massas Limite superior e inferior de m/z observáveis por um dado analisador de massas.

Espectro de Massas

Medida da Massa Molecular

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Espectro de Massas

Resolução

249 249.0700 249.0580 249.1479

3 compostos diferentes

Mesma massa nominal

Baixa Resolução

3 compostos diferentes

3 massas exatas diferentes

alta resolução

C20H9+

C19H7N+

C13H19N3O2+ C20H9

+ C19H7N+ C13H19N3O2

+

Medida da capacidade de um analisador de massas de separar íons adjacentes.

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Espectro de Massas

Resolução

FWHM = Full Width at Half Maximum

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Espectro de Massas

Resolução

319.8 319.9 320.0 320.1 Mass

%

0

20

40

60

80

100

Resolução = 1.000

319.8 319.9 320.0 320.1 Mass

%

0

20

40

60

80

100 319.8965 319.9329

Resolução = 10.000

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Espectros de Massas

Alta Resolução

57

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C11H12Cl2N2O5: C11 H12 Cl2 N2 O5 pa Chrg 0

322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332

m/z

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Rela

tive A

bundance

322,0123

324,0094

323,0157 326,0064325,0127

327,0098 328,0107 329,0140 330,0174 331,0183 332,0216

C11H12Cl2N2O5

Cloranfenicol

Massa Nominal = 322

Massa Exata Monoisotópica = 322,0123

Espectros de massas

Alta Resolução

58

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Espectro de Massas

Exatidão de massas

Exatidão da informação de massa fornecida pelo espectrômetro de massas

mexatidão = mreal - mmedida

ppm = 106 * mexatidão/ mmedida

Auxilia na eterminação da fórmula molecular de compostos

desconhecidos

Pode indicar a presença de um íon particular em um

composto conhecido

mexatidão

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Espectro de Massas

Exatidão e Resolução

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Espectro de Massas

Sensibilidade e Resolução

Diminuição da resolução implica em aumento de sensibilidade!

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Análise qualitativa Identificação de Eluatos

TEMPO

CO

NTA

GE

NS

MASSA / CARGA

CO

NT

AG

EN

S

1 Seleção manual ou automática do espectro de massa correspondente a um eluato.

2 Interpretação manual do espectro e / ou comparação automática com biblioteca de espectros padrão do equipamento.

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Busca automática em bibliotecas de espectros: comparação

estatística ( Probability Based Matching )

BIBLIOTECA DE ESPECTROS

ESPECTRO DESCONHECIDO

PBM

Lista com possíveis

candidatos + porcentagem de confiabilidade

# NOME FÓRM. %

1 1-dodeceno C12H24 99

2 1-dodecanol C12H26O 91

3 ciclododecano C12H24 91

4 2-dodeceno C12H24 66

5 1-undeceno C11H22 35

6 8-metil-3-undeceno C12H24 32

PBM de um eluato

“desconhecido” (1-dodeceno)

LIMITAÇÕES:

Identificação pouco confiável de espectros muito simples

Limitada pelo tamanho da base de dados (NIST = 66.000

espectros)

Diferenças entre espectros gerados por diversos EM

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Espectrometria de Massas no Controle Antidoping

Critérios de identificação

WADA , 2016

Diferença máxima de ± 0,5 Da entre as massas do íon

alvo e a massa do mesmo íon adquirido a partir de

uma amostra enriquecida.

A razão sinal/ruído (S/N) dos íons de identificação

deve ser maior do que 3

Em MS1 usar pelo menos três íons de identificação.

Em MSn usar pelo menos dois íons precursores.

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Espectrometria de Massas no Controle Antidoping

Critérios de identificação

WADA , 2016

Abundância Relativa (%)

no MR*

Tolerância máxima para a Abundância Relativa na

amostra

Exemplos

Abundância Relativa (%)

No MR

Tolerância Máxima

50 – 100 ±10 (absoluto) 60 50 - 70

25 – 50 ±20 (relativo)

40 32 - 48

1- 25 ±5 (absoluto)

10 5 - 15

* MR = material de referência analisado nas mesmas condições

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Espectrometria de Massas no Controle Antidoping

Critérios de identificação

=

MR = material de referência

Am = amostra

(MR)

MDMA= metiletilenodioximetanfetamina

(Ecstasy)

(Am)

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Espectrometria de Massas no Controle Antidoping

Critérios de identificação

MR = material de referência

Am = amostra

(MR)

MDMA= metiletilenodioximetanfetamina

(Ecstasy)

(Am)

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Técnicas de separação no controle antidoping

68

Separação

SPE LLE SPME

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Extração em Fase Sólida (Solid Phase Extraction - SPE)

Woolfenden E. J. Chrom. A. 1217(16): 2674-2684, 2010. 69

Princípio: passagem da amostra por sorventes adequados, onde ocorre partição entre duas fases (solido-liquido).

Mecanismos de retenção: Força de van der Waals, ligações dipolo-dipolo, ligações de hidrogênio, e interações iônicas.

Modos:

ATIVO: bombeamento;

PASSIVO: difusão.

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Extração em Fase Sólida

70

Amostra bruta

Amostra após

extração com SPE

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Extração em Fase Sólida

71

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Sorventes comerciais para extração em fase sólida

SORBENTE COMPOSIÇÃO APLICAÇÕES

Tenax TA

Poli (oxido de 2,6-difenil-p-fenileno)

Aromáticos exceto Benzeno, apolares PE < 100°C e polares PE < 150°C

Chromosorb 106 Estireno-divinilbenzeno Compostos oxigenados.

C5 a C12

Porapak N Polivinilpirrolidona Nitrilas, piridina e álcoois. C5 a C8

Carbotrap C Carbono grafitizado Hidrocarbonetos até C20 , alquil benzenos

Carbotrap X Carbono grafitizado BTEX

Spherocarb

Pirólise de PVC

Óxido de etileno, CS2 , CH2Cl2 , metanol, etanol, acetona

Carboxen 1000 Pirólise de PVC Hidrocarbonetos ultra-voláteis, C2 a C3

Ras, M.R. et al. Trends in Analytical Chemistry, Vol. 28, No. 3, 2009. 72

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Sorventes suportados em sílica para SPE

73 Rodriguez et al. Intech, 2013

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Carbono grafítico para SPE

Ferenc et al. Polish J. of Environ. Stud, 2006

Area superficial específica: 100 m2 g-1

Funcionalização: grupos oxigenados

Nomes comerciais: Carbopack, Carbograph

Aplicações: espécies neutras, ácidas e básicas.

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Carbono grafítico Poroso para SPE

Ferenc et al. Polish J. of Environ. Stud, 2006

Area superficial específica: 120 m2 g-1

Diâmetro médio dos poros: 250 Å

Porosidade: 75%

Funcionalização: grupos oxigenados

Nome comerciaL Carb GR

Aplicações: espécies polares e apolares

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Grafenos para SPE

Wang et al. J. Chromatogr. A, 2014

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Nanocompósitos de Grafeno

Wang et al. J. Chromatogr. A, 2014

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Nanocompósitos de Grafeno com sílica

Zhang et al. J. Chromatogr. A, 2013

1-(3-dimetilaminopropil)-

3-etilcarbodiimida hidrocloreto (EDC)

N-hidroxisuccinamida (NHS)

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Nanotubos de carbono para SPE

Multi-walled carbon nanotubes (MWCNT)

Elevada área superficial específica (200 a 400 m2 g-1)

Elevados fatores de enriquecimento (2000 a 4000 vezes)

Estabilidade química

Estabilidade térmica

Hidrofobicidade

Funcionalização

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Funcionalização não covalente dos CNT

Forças envolvidas:

Interações pi

Van der Walls

Eletrostáticas

Grupos:

Polímeros

Surfactantes

Carboidratos

Proteínas

Enzimas

DNA

Estratégias

Mistura física em solução

Polimerização na superfície dos CNT

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Funcionalização covalente dos CNT

Forças envolvidas

Ligações covalentes

Grupos

Halogênios

Radicais(alquila, arila)

Ciclicos

Hidroxila

Carboxila

Estratégias

Tratamento dos CNT com agentes oxidantes fortes a temperaturas elevadas

Oxidação em fase gasosa (hidroxila e carbonila)

Oxidação em fase líquida(carboxila)

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Funcionalização covalente dos CNT

MWCNT não oxidado MWCNT após tratamento com NaClO 7% m/v

Socas et al. J, Chrom. A, 2014

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Extração dispersiva em fase sólida (Dispersive solid-phase extraction - DSPE)

Rastkart, et al. J, Chrom. A, 2013 Análise

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Mecanismos em SPE

Fase Normal

Fase Reversa

Analito

Polar Apolar

Sorvente

Polar Apolar

Solvente (matriz) Apolar Moderadamente Polar

Solvente (Eluição)

Polar Apolar

Interações (Analito/sorvente)

Dipolo-dipolo

Van der Walls

84

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Extração com cartuchos SPE

Cartuchos de 1 a 50 mL.

Diâmetro médio das partículas 40 a 60 μm

Volume médio da amostra 500 mL

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Eluição sequencial em SPE

86

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Extração SPE automatizada

Gerstel, 2015

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Extração com discos SPE

88

Sorvente impregnado em fibra de vidro ou PTFE

com espessura média de 0,5 mm.

Diâmetro médio das partículas 8 a 40 μm

Diâmetro médio dos discos 5 a 93 mm.

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Extração em fase sólida com ponteira descartável (Disposable Pipette Extraction – DPX)

89

Eluição: 0,1 a 0,5 mL

Tempo: 1 a 2 min

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Extração DPX de drogas em urina equina e determinação por GC/MS

90

amostra eluato Lerch et al . Gerstel, 2012

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Extração em fase sólida com ponteira descartável (Disposable Pipette Extraction – DPX)

91

Vantagens

Mínimo uso de solventes

Baixos LD e LQ

Elevada precisão

Uso em diversas matrizes

Descartável

Baixo custo

Automação

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Vantagens e desvantagens SPE

Vantagens

Baixo custo

Simples operação

Grande variedade de sorventes

Elevada seletividade

Potencial para automação

Desvantagens

Restrições de vazão

Entupimentos

Uso de solventes

Exposição a solventes.

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Determinação de Sibutramina e metabólitos em urina por SPE-GC/MS

93 Sardela V.F.. et al. J. Chromatogr. B. 2009

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Determinação de Sibutramina e metabólitos em urina por SPE-GC/MS

5,0 mL de urina

1,0 mL de tampão pH=5,2

50,0 μL β-glucuronidase

55 °C por 2 h

KOH até pH=9,0

Centrifugação

Extração SPE

Lavagem com 2,0 mL MeOH

E 2,0 mL água e 1,0 mL tampão pH=4,0

Eluição com 2,0 mL

CHCl3/i-propanol 4:1

100,0 μL MSTFA, 60 °C por 5 min

Secagem com N2

20,0 μL MBTFA 60 °C por 10 min

GC/MS

MBTFA = N-metil-bis-(trifluoroacetamida)

MSTFA= N-metil-N-(trimetilsilil)-trifluoroacetamida

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Determinação de Sibutramina e metabólitos em urina por SPE-GC/MS

95 Sardela V.F.. et al. J. Chromatogr. B. 2009

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Determinação de Sibutramina e metabólitos em urina por SPE-GC/MS

96 Sardela V.F.. et al. J. Chromatogr. B. 2009

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Determinação de Sibutramina e metabólitos em urina por SPE-GC/MS

97 Sardela V.F.. et al. J. Chromatogr. B. 2009

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Determinação de Sibutramina e metabólitos em urina por SPE-GC/MS

98 Sardela V.F.. et al. J. Chromatogr. B. 2009

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Determinação de Sibutramina e metabólitos em urina por SPE-GC/MS

99 Sardela V.F.. et al. J. Chromatogr. B. 2009

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Matrizes biológicas e tempo de detecção

100 Bulcão et al, 2011

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Estrutura do cabelo

101 Pragst & Baliková, 2006

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Determinação de benzodiazepínicos em cabelo por SPE-GC/MS

102

50 mg cabelo

SPE

Condicionamento

SPE

Lavagem

SPE

Eluição

Derivatização

GC/MS

Pantaleão,L.N., 2012

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Determinação de benzodiazepínicos em cabelo por SPE-GC/MS

103

A: Diazepan

B: Diazepan-d5

C: Nordiazepan

D: Oxazepan

E: Aminoclonazepan

F: Clordiazepóxido

G: Temazepan

Cromatograma dos benzodiazepínicos no cabelo após extração por SPE

Pantaleão,L.N., 2012

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Determinação de benzodiazepínicos em cabelo por SPE-GC/MS

104

Limites de detecção e quantificação

Pantaleão,L.N., 2012

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Determinação de benzodiazepínicos em cabelo por SPE-GC/MS

105

Pantaleão,L.N., 2012

Resultados para amostras de cabelo (6 a 9 cm) de usuários de benzodiazepínicos.

Amin: aminoclonazepan, Dzp: diazepan, Nzp: nordiazepan

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Microextração em Fase Sólida (Solid Phase Microextraction – SPME)

Princípio: equilíbrio do analito entre uma micro fase de coleta e a matriz.

19

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Microextração em Fase Sólida (Solid Phase Microextraction – SPME)

Modos

Fibra exposta

Fibra recolhida

19

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Fibras para SPME

Sorbente ESP.

(μm)

T(°C) USO

100 200-270 COV

PDMS 30 200-270 COSV ap

7 200-270 COSV semi-p

PDMS/DVB 65 200-270 V p

CX/PDMS 75 240-300 COV traço

CW/DVB 65 200-260 p

DVB/CX/PDMS 50/30 230-270 p

CW/TPR 50 - p

PA 85 220-310 COSV p

Parreira, F.V.; Cardeal, Z. L. Química Nova, 28, 646-654, 2005 108

Tabela 4. Características das principais fibras comerciais

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Escolha da Fibra para SPME

Parreira, F.V.; Cardeal, Z. L. Química Nova, 28, 646-654, 2005 109

Tabela 4. Características das principais fibras comerciais

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Reuso das fibras para SPME

Parreira, F.V.; Cardeal, Z. L. Química Nova, 28, 646-654, 2005 110

Tabela 4. Características das principais fibras comerciais

PDMS/DVB Após 20 ciclos de

extrações em suco de uva

PDMS Após 100 ciclos de

extrações em suco de uva

Bojko, et al. Anal. Chim. Acta, 2012

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Extração com SPME no modo Headspace (HS-SPME)

111

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Extração com SPME no modo de Imersão Direta (DI-SPME)

112

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Aplicações da SPME em química Forense

Furton, K. G. J. Chrom. Sci., 2000

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Extração de Drogas ilícitas por HS-SPME em diversas matrizes e determinação por GC/MS

Fujii.. H. J. Forensic. Toxicol., 2015

100 μm PDMS

Extração a 300°C de 30 s a 7 min

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Extração de Drogas ilícitas por HS-SPME em diversas matrizes e determinação por GC/MS

α-PVP: alfa-Pirrolidinapentiofenona

PV9: 1-Fenil-2-(pirrolidina-1-il)octan-1-one

MN18: N-1-Naftalenil-1-pentil-1H-indazol-3-carboxamida

Fujii.. H. J. Forensic. Toxicol., 2015

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Determinação de anfetaminas em urina por SPME-GC/MS

116

Souza, D.Z. et al., 2011

1,5 mL urina

75 mg Na2CO3 + 150 mg Na2SO4 + 5 μL PRCL

Vortex

SPME

PDMS 30μm, 1200 rpm por 20 min

GC/MS

PRCL= propilcloroformato

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Determinação de anfetaminas em urina por SPME-GC/MS

117 Souza, D.Z. et al., 2011

DIE: dietilpropion

AMP: anfetamina

MET: metanfetamina

FEN: fenproporex

MPH: metilfenidato

PROPYL: propilcarbamato (derivatizante)

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Determinação de anfetaminas em urina por SPME-GC/MS

118 Souza, D.Z. et al., 2011

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Extração Líquido-Líquido (Liquid-Liquid Extraction - LLE)

Equilíbrio de distribuição ou partição

KD = [A(org)] / [A(aq)]

Concentração do Analito que permanece na fase aquosa [A(aq)]i

Onde:

[A(aq)]o = conc. Inicial do A

Vaq = volume da fase aquosa

Vaq = volume da fase organica

i = número de extrações

119

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Extração Líquido-Líquido (Liquid-Liquid Extraction - LLE)

Vantagem

Baixo custo

Desvantagens

Elevado consumo de solvente

Risco de contaminações

Baixo fator de concentração

120

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Determinação de anabolizante em urina por LLE-GC/MS

121

Wójtowicz ,M. et al., 2015

2-etilamino-1-fenilbutane (EAPB)

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Determinação de anabolizante em urina por LLE-GC/MS

122

5,0 mL urina

20 μL Difenilamina 150 mg L-1 (P.I)

Ajuste pH = 9

1,3 mL

T-butil-metil éter

LLE

GC/MS

PI= padrão interno, Wójtowicz ,M. et al., 2015

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Determinação de anabolizante em urina por LLE-GC/MS

123

Cromatograma do EAPB após extração LLE

Padrão

Interno

EAPB

Wójtowicz ,M. et al., 2015

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Determinação de anabolizante em urina por LLE-GC/MS

124

Espectro de massas do EAPB

Wójtowicz ,M. et al., 2015

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Determinação de anabolizante em urina por LLE-GC/MS

125

Concentração de EAPB em urina de voluntário após a ingestão de 10,8 μg de EAPB em um suplemento alimentar

Wójtowicz ,M. et al., 2015

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Microextração com gota (Single Drop Microextraction - SDME)

126

Headspace (HS-SDME) Imersão direta (DI-SDME)

1 a 8 μL

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Microextração com gota (Single Drop Microextraction - SDME)

127

Fatores

Tipo e volume do solvente de extração

Temperatura e tempo de extração

Força iônica

pH

Agitação

Vantagens

Baixo custo

Simplicidade

Elevada recuperação

Elevado fator de enriquecimento

Desvantagens

Baixa seletividade

Baixa precisão

Cinética lenta

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Microextração em fase líquida (Liquid phase microextraction - LPME)

Diâmetro interno = 600 µm

Espessura das paredes = 200 µm

Poros = 0,2 µm

128 10:24

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Microextração em fase líquida (Liquid phase microextraction - LPME)

Psillakis, E., Kalogerakis, N. TrAC, 2003

Solução aceptora (organica)

Paredes da fibra Agulhas

Fibra imersa na solução

aquosa (doadora)

Solução doadora

129 10:24

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Determinação de anfetaminas em urina e sangue por LPME-GC/MS

130 Lorena, 2012

Propriedades das principais anfetaminas

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131 Pragst & Baliková, 2006

Determinação de anfetaminas em urina e sangue por LPME-GC/MS

Biotransformação do MDMA

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Determinação de anfetaminas em urina e sangue por LPME-GC/MS

132

1,0 mL da amostra em pH 13

Extração com tolueno em HF de 4 cm

por 15 min a 30°C e 500 rpm100 μL

LD: 0,5 a 3 ng/mL

Methamphetamine hydrochloric (MA),

Amphetamine sulfate (AM),

3,4-methylenedioxymethamphetamine hydrochloric (MDMA),

3,4-methylenedioxyamphetamine hydrochloric (MDA),

Methcathinone hydrochloric (MACT),

Ketamine hydrochloric (K),

Meperidine hydrochloric,

Methadone hydrochloric.

Meng, L. et al. J. Chromatogr. B. 2015

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Determinação de anfetaminas em cabelo por LPME-GC/MS

133

Propriedades das principais anfetaminas

Pantaleão,L.N., 2012

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134 Pragst & Baliková, 2006

Determinação de anfetaminas em cabelo por LPME-GC/MS

Biotransformação do MDMA

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Determinação de anfetaminas em cabelo por LPME-GC/MS

135

50 mg cabelo

HF-LPME

Derivatização

GC/MS

Pantaleão,L.N., 2012

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Determinação de anfetaminas em cabelo por LPME-GC/MS

136

Pantaleão,L.N., 2012

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Determinação de anfetaminas em cabelo por LPME-GC/MS

137

Espectro de massas da anfentamina derivatizada

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Determinação de benzodiazepínicos em cabelo por SPE-GC/MS

138

Lorena, 2012

Espectro de massas do diazepan

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Determinação de anfetaminas em cabelo por LPME-GC/MS

139

Limites de detecção e quantificação

Pantaleão,L.N., 2012

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Determinação de anfetaminas em cabelo por LPME-GC/MS

140

Resultados para amostras de cabelo (6 a 9 cm) de usuários de anfetaminas.

Anf: anfetamina, Femp: femproporex Pantaleão,L.N., 2012

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141 Website: http://cmca.qui.ufmg.br/

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Obrigado!

A Consciência é um singular para o qual não existe plural.

[Erwin Schrödinger]

142


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