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ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014Boletim Informativo

- Editorial - Reunião do Conselho Arlargado - Efemérides de 2014 - O Virus do Ébola acabou com a Malária? - Você tirou o curso de Enfermagem? Parabéns! - Os nossos votos de Boas Festas 2014 - Uso do Hífen - Cuidado com a Língua

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pág.

2

Como é tradicional em muitas instituições, os

últimos dias de cada ano são reservados à análise

serena do período que está a findar. É também o momento

adequado para se planificarem as actividades para o ano

seguinte, incluindo muitas actividades que não foi possível

alcançar ou realizar como previsto.

Na nossa Clínica, temos vindo a avaliar o desempenho

de cada um de nós, de cada serviço e de cada unidade

de trabalho e desenvolvimento. Poderemos afirmar

que, na maioria dos casos, o saldo pode ser considerado

como positivo. Porém, como todos também sabemos,

as necessidades em Saúde não têm limite e, por isso, é

imperioso alertar para aspectos fundamentais, - pois dizem

respeito somente às pessoas - que deverão ser concretizados no biénio de

2015 – 2016.

1 - Os ClientesOs nossos Clientes, em particular os doentes que nos procuram,

continuarão a ser a razão da existência da nossa instituição.

Assim:

1.1 A necessidade de, a cada momento e permanentemente, termos de

procurar surpreendê-los pela positiva, isto é, proporcionar-lhes mais do que

esperavam, ou seja, aquilo de que eles necessitam mas sem que tenham de

esperar, pedir, ou, em última instância, reivindicar, reclamar, como direito que

lhes assiste.

1.2 A obrigatoriedade de os doentes serem informados sobre o seu estado

de saúde, sempre que seja oportuno ou que tal seja solicitado, e sobre o que

julgamos adequado e necessário realizar para ultrapassar as dificuldades que

vivem. De uma forma especial, a obrigatoriedade legal e ética de obter o seu

consentimento informado, de modo que a responsabilidade dos cuidados

a prestar seja conscientemente partilhada entre o prestador, o doente e a

Instituição.

1.3 O imperativo de, realmente, resolver os problemas dos doentes,

obtendo os melhores resultados, em segurança, com qualidade, no menor

tempo possível e a custos aceitáveis.

1.4 A necessidade de não nos esquecermos de que, cada vez mais, os

nossos Clientes estão informados, pois apercebem-se dos seus problemas e

conhecem os seus direitos e as obrigações das instituições e dos prestadores

de cuidados.

2. Os Trabalhadores da ClínicaOs trabalhadores da Clinica são o potencial da Instituição e, por isso,

em todas as áreas e níveis de trabalho, continuaremos a melhorar os

seguintes aspectos:

2.1 Correcta selecção e contratação de novos

valores, respeitando os princípios há muito estabelecidos, em

especial os que se referem à obrigatoriedade de respeitar a

legalidade, à realização da avaliação do conhecimento, teórica e em

serviço, à necessidade de se fazer o enquadramento progressivo dos

novos elementos para que os mesmos, em pouco tempo, possam ou

não ser considerados, na realidade, uma mais-valia dentro das

equipas de trabalho.

2.2 Correcta avaliação de desempenho para que,

permanentemente e no local de serviço, possam ser

realizadas as pertinentes acções de formação e, assim, os

nossos prestadores mantenham um nível de conhecimentos e

de comportamentos acima da média exigida.

2.3 Correcta actividade de registo de todas as tarefas e actividades

desenvolvidas, assim como de todas as acções de monitorização,

avaliação e controlo, para que todos os desvios registados possam

ser corrigidos em tempo oportuno.

2.4 Correcta utilização das ferramentas existentes para

validação de desempenho, efectividade, pontualidade,

cumprimento de objectivos e metas, no sentido de premiar

e promover os melhores e ajudar a superar as dificuldades

daqueles que ainda demonstram debilidades.

2.5 Correcta organização de promoção interna na busca de

novos valores e criação de oportunidades para aqueles que, com maior

disponibilidade, conhecimento e atitude, demonstrem defender o doente,

proteger a imagem da Instituição e pugnar pelo prestígio dos colegas de

profissão e membros da equipa de trabalho.

2.6 Correcta articulação com organismos formadores, de modo a que o

enquadramento de potenciais valores seja feito de forma progressiva e na

base dos princípios e normas estabelecidas pela Instituição. A formação, a

todos os níveis e em todas as áreas da Clínica, deverá continuar a ser um dos

pilares fundamentais da estratégia de desenvolvimento da Instituição.

2.7 Correcta observância dos Princípios Deontológicos e de Ética da

Instituição, não apenas dos que estão referidos nos regulamentos, normas e

procedimentos da Instituição, como igualmente o respeito pelos códigos de

conduta previstos pelas distintas Ordens dos profissionais de saúde e, ainda,

o estabelecido nos documentos-base que regem a Sociedade Angolana em

geral.

2.8 Correcta e devida atenção deverá continuar a ser prestada, não

apenas aos mais jovens que a cada momento vêm reforçar e desenvolver

as nossas equipas de trabalho, mas também a todos aqueles que connosco

trabalharam durante estes anos e que agora, por terem cumprido a sua

missão, por razões de saúde ou por outras circunstâncias, passaram a estar

menos presentes no nosso dia-a-dia.

EDITORIAL

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EDITORIAL

No passado dia 5 de

Dezembro, reuniu o Conselho

Alargado da CSE que teve como seu

ponto fundamental a Apresentação

do Balanço da Qualidade para 2014.

Esta apresentação contou com os

elementos responsáveis de cada uma das

áreas de serviços da CSE que fazem parte

do grupo da Qualidade.

Como sabemos, a adesão ao Sistema de

Gestão da Qualidade por parte da CSE tem

como meta principal atingir a Excelência.

Para a atingir é necessário o empenho de

todos ao longo de toda a organização,

partindo do Conselho de Gerência,

passando pelos grupos transversais,

Directores e Chefes, até aos grupos

operacionais. Aos chefes cabe colaborar

com o Grupo Dinamizador da Qualidade,

fazer a monitorização das metas, promover

medidas para satisfação dos clientes, fazer

a notificação de erros, falhas e incidentes,

realizar a sua discussão e análise com a

equipa das não conformidades e verificar

aplicação de Check-List de supervisão.

O Grupo de Auditoria Interna também

apresentou o seu balanço, referindo todo

o processo de auditorias ao longo do ano

de 2014, que decorreram nos serviços da

CSE.

Como habitualmente, a reunião foi

encerrada com as Considerações do

Presidente do Conselho de Gerência.

Devemos trabalhar no sentido da

disciplina e da auto-disciplina.

Temos que eliminar os desperdícios,

começando pelas perdas de tempo. Para

tal, devemos cumprir e fazer cumprir os

procedimentos e as normas.

Se prestarmos um serviço de Qualidade,

o retorno é imediato.

Estão a decorrer as reuniões de balanço

anual e algumas terão que ficar para

Janeiro de 2015.

Para tal todos os responsáveis

devem:

- Preparar os relatórios anuais para

entrega até à 2ª semana de Janeiro de

2015;

- Entregar os Planos de Actividades

para 2015;

- Garantir que as suas equipas

preenchem a ficha de disponibilidade;

- Concluir a documentação-base dos

seus serviços;

- Enviar a Proposta de Plano Anual de

Formação em Serviço;

- Concluir os Planos de Férias.

Foi ainda relembrado que ainda não

estão encerrados os recrutamentos

de lideranças para alguns serviços e

departamentos e que está a ser concluído

o Inventário.

REUNIÃO DO CONSELHO ALARGADO Dezembro 2014

3. AgradecimentosVoltamos a agradecer, em primeiro lugar, a confiança que os

nossos doentes e clientes depositaram em nós, a compreensão

que muitas vezes têm tido perante algumas insuficiências que

ainda se façam sentir e, em segundo lugar, voltamos a apresentar

o nosso pedido de perdão às famílias, a quem, o nosso saber,

desempenho ou conhecimento não tenha sido suficiente

para evitar dor ou sofrimento.

Temos, também, de voltar a agradecer a todos aqueles

que na qualidade de fornecedores, prestadores de serviços,

parceiros de projectos ou desafios, connosco trabalharam para

que os cuidados prestados tivessem melhor qualidade, os nossos

doentes tivessem mais conforto e menor sofrimento.

O nosso muito obrigado.

Aos Sócios da Instituição, os quais, com o seu saber e

compreensão, têm tornado possível o crescimento e

desenvolvimento da Clinica, reiteramos a nossa promessa

de tudo fazer para continuarmos a melhorar e a progredir e

sermos ética e socialmente úteis.

A terminar, o nosso muito obrigado a todos os

trabalhadores da família CSE, aos diversos colaboradores e

responsáveis, de Cabinda ao Cunene, do Mar ao Leste, o nosso

muito obrigado, votos de Boas Festas e um Bom Ano, extensivo

às respectivas famílias, colaboradores e amigos.

Podemos referir, uma vez mais, em termos de

conclusão:

A CSE é, essencialmente, uma organização de

pessoas que prestam cuidados a outras pessoas e, por

isso, só as pessoas, de uma ou outra forma devem ser o

centro e o foco da nossa organização.

A todos os que estão connosco, na condição de doentes,

clientes, prestadores de cuidados, fornecedores, consultores, accionistas ou

outros, aqui fica, uma vez mais, o desejo do Conselho de Gerência da CSE, no

sentido de que as Festas de Natal e Fim de Ano decorram em paz e com saúde,

e que o próximo Ano seja um sucesso pessoal e profissional.

Luanda, Dezembro de 2014

A Direcção da CSE

ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014

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O ano de 2014 foi um período de tempo cheio de projectos concretizados e neste final de ano damos conta

de alguns, para que todos tomem deles conhecimento e sintam orgulho pelo trabalho realizado.

Assim, é com merecido gosto que informamos que alargámos a nossa acção a mais Províncias do

nosso País, aumentámos o número dos nossos colaboradores, preparámo-nos e estivemos atentos ao

enorme problema mundial de saúde representado pelo vírus do ébola, reforçámos significativamente o nosso

Plano de Formação.

PRÉMIO DE INVESTIGAÇÃO

Este ano o Prémio Clínica Sagrada Esperança para Melhor Trabalho

de Investigação Científica foi atribuído à Dra. Nádia Valdez, com o

trabalho “Risco de mortalidade em doentes com níveis elevados de

interleucina 6 na fase aguda da Sepsis Grave e Choque Séptico”.

PRÉMIO CSENo dia 27 de Fevereiro, no âmbito das XI Jornadas Científicas

e Estudantis da Faculdade de Medicina, deu-se cumprimento

e continuidade ao protocolo assinado entre a Clínica Sagrada

Esperança, a Faculdade de Medicina da UAN e a Associação dos

Estudantes da Faculdade de Medicina de Luanda (AEFML), fazendo-

se a entrega do Prémio Clínica Sagrada Esperança ao melhor aluno

da Faculdade de Medicina do ano académico de 2013.

Concorreram 4 estudantes, cada um com o seu

respectivo trabalho, tendo estudante António

Pinheiro Candjondjo recebido o primeiro prémio

com o trabalho “Morbimortalidade por doença

cardiovascular na UCI da CSE durante o 2o semestre de

2013”.

CURSO FOSECANo dia 23 de Janeiro teve lugar o encerramento do 1º Curso de

Secretariado Clínico Administrativo, resultante da Parceria entre a CSE

e a Escola Nacional de Saúde Pública Portuguesa. Estiveram presentes

o Director da ENSP, Dr. João Pereira e a Coordenadora Pedagógica do

Curso, Prof. Doutora Ana Escoval, Dra. Conceição Pitra (representando

CA da Endiama) e do Dr. Rui Pinto (PCG da CSE). Nesta sessão, além

da entrega de diplomas aos Formandos foram igualmente entregues

Prémios aos alunos com melhor aproveitamento.

EFEMÉRIDES DE 2014

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UCIEm Março, realizaram-se as Primeiras Jornadas

Científicas da Unidade de Cuidados Intensivos, organizadas

pela UCI da CSE, sob o tema “Infecção, Malária e Sepsis”

A Comissão Organizadora pretendia, com este evento,

discutir os mais recentes avanços no conhecimento do

manuseamento do doente crítico, em particular no

campo da infecção, malária e sépsis grave/choque

séptico, assim como promover a troca de experiências

entre médicos das instituições de Saúde de Angola e

de Portugal, no sentido de transformar as experiências,

nos diferentes contextos, em ganhos para todo o doente

crítico.

Durante estas Jornadas foi entregue pelo Chefe desta

Unidade, Dr. Esmael Tomás, à Professora Doutora Maria Lina

Antunes uma Menção de Agradecimento e Reconhecimento por

todo o esforço desenvolvido, postura ética e profissional, dinamismo,

desenvolvimento e aposta na geração de médicos e enfermeiros

intensivistas, exemplo de perseverança, firmeza e empenhamento

no seu trabalho.

FORMAÇÃO DE FORMADORESEm Abril realizou-se o 1º Curso Interno de

Formação de Formadores, cujo objectivo pedagógico era

preparar grupo de enfermeiros para serem Formadores internos na

área de enfermagem em diferentes serviços da CSE.

ÉBOLAEm Maio tiveram lugar as acções destinadas à preparação para

enfrentar o surto de ébola, tendo-se a CSE organizado como um

elo de uma cadeia nacional com o objectivo de prevenir, enfrentar e

tratar esta ameaça à saúde pública.

EFEMÉRIDES DE 2014

ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014

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REVISTA CSENo dia 13 de Maio de 2014 realizou-se uma reunião,

dirigida pelo Presidente do Conselho de Gerência (PCG)

da CSE, Dr. Rui Pinto, onde estiveram presentes a Vice-

Presidente do Conselho de Gerência da CSE para a área

clínica, Dra. Conceição Pitra, a Directora Clínica, Dra.

Georgina Van-Dúnem, assim como mais de 30

personalidades convidadas, entre funcionários

e colaboradores da CSE, com o objectivo de

revitalizar a Revista Científica da Clínica Sagrada

Esperança.

Foram apresentados os objectivos que se pretendem

atingir, assim como as condições e normas gerais para a apresentação

dos trabalhos a publicar.

FOGUS ITeve significado especial a cerimónia de Encerramento da parte

lectiva do Curso de Formação em Gestão de Unidades de Saúde

(FOGUS). A Clínica Sagrada Esperança (CSE), em parceria com a

Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa

(ENSP/UNL) têm vindo, ao longo dos últimos três anos, a desenvolver

a realização de cursos nas áreas de Gestão, Medicina do Trabalho,

Secretariado Clínico e, neste âmbito, finalizou a parte lectiva do

Curso de Formação em Gestão de Unidades de Saúde (FOGUS).

Esta Formação tem como finalidade a capacitação de profissionais

para o exercício de actividades de gestão em diversas estruturas

organizativas da CSE, suas extensões e parcerias e,

eventualmente, noutras instituições do País, dotando-os

de conhecimentos e instrumentos gestionários, para um

trabalho mais efectivo, no sentido da prestação eficiente

de cuidados de elevada qualidade, disponibilizando o

acesso a melhor conhecimento nesta área.

A conferência de encerramento teve lugar no dia

17 de Maio de 2014, sobre o tema:

‘‘Cooperação Internacional em Saúde: Razões de

Insucesso’’, e foi proferida pelo senhor Professor Doutor

António Correia de Campos, Licenciado em Direito, Ex-Ministro

da Saúde de Portugal e Deputado Europeu.

NOVO REGULAMENTO DA CSENo dia 26 de Maio entrou em vigor o Novo Regulamento Interno e

Novo Organigrama da CSE, que tinha sido aprovado em Reunião de

Sócios no dia 5 de Março de 2014.

Setembro/ Outubro de 2013 Ano IV, Edição 26

Boletim Informativo

Conheça o Centro Médico do BNA Desde Maio de 2012, a exploração do Centro Médi-co dos trabalhadores do BNA foi cedida à CSE.. Pg.10

Biografia O Papa Francisco Conheça o Santo Padre Francisco, nascido no dia 17 de Dezembro de 1936, em Buenos Aires, filho de um casal de emigrantes italianos... Pg. 11

“OS HÁBITOS” NA CSE Lígia Carvalho, Psicóloga (formadora do programa de Acolhimento e Atendimento ao Cliente) fez uma apre-sentação no CD alargado da CSE… Pg. 4

A Entrevista do mês Dra. Anabela Vilhena

“...tenho uma missão pessoal em Angola: contribuir para a Formação em Medicina Geral e Familiar…” Pg. 8 e 9

Conselho de Direcção Alargado A CSE realizou, no passado dia 7 de Setembro, a reu-nião mensal do Conselho Alargado. Pg. 3

DIA DA SAÚDE MENTAL NA CSE A Área Social, juntamente com o serviço de psiquiatria da CSE, organizou um convívio (lanche) para come-morar… Pg. 5

A Dra. Maria de Belém realizou, na CSE, no dia 24 de Agosto, a Conferência ―Eficiência e Ética em Saúde‖. Pg. 6 e 7

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WORKSHOP DA QUALIDADEEm Novembro realizou-se o IV Workshop Internacional

de Gestão, Qualidade e Segurança na Saúde, do qual

resultaram conclusões da maior valia para a promoção de boas

práticas.

SESSÃO DE ABERTURA DO CURSO FOGUS II

No dia 17 de Novembro, numa sessão Presidida pelo

Dr. Rui Pinto, Presidente do Conselho de Gerência,

a que se juntaram os Vice-Presidentes do Conselho

de Gerência, Dra. Conceição Pitra e Dr. João Martins, e

a Professora Celeste Gonçalves, em representação da ENSP

teve lugar a abertura do FOGUS II, segundo curso de Formação

em Gestão de Unidades de Saúde.

Durante a sessão, em que estiveram presentes os futuros

formandos, a Doutora Celeste Gonçalves, em nome do Professor João

Pereira, Director da ENSP, desejou as boas vindas aos formandos e

referiu que a ENSP tem prazer em manter a parceria com a CSE. Fez

uma breve resenha do que é a ENSP, criada em 1966, e desejou a todos

um bom trabalho.

Deram o seu depoimento sobre o curso três formandos

da 1ª Edição do Curso FOGUS que consideraram a sua

participação um privilégio, já que fora para eles uma fonte de

conhecimentos e de aquisição de ferramentas importantes de gestão.

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃOEM MEDICINA DO TRABALHO

Durante este ano de 2014 continuou a decorrer, na maior normalidade e

como previsto, este curso de especialização que teve início em Setembro de

2013 e decorrerá até 3 de Julho de 2015. É neste momento frequentado por

24 Formandos, tendo tido, inicialmente, 30 candidatos, dos quais desistiram

6, uns por razões pessoais, outros por falta de aproveitamento. Trata-se de

médicos que trabalham, na sua maior parte, no MINSA, a que se juntam 6

que trabalham na CSE, 7 no Sonangol, 2 na Chevron e em outras empresas.

A formação para este Curso de Especialização está a ser ministrada por

11 professores, da Escola Nacional de Saúde Pública e de outras instituições

de ensino superior de Portugal e ainda de 2 de instituições em Angola.

Estes professores não são apenas médicos. Têm participado também

economistas, engenheiros, licenciados e doutorados em diversas áreas da

Saúde Pública.

DATAS FESTIVASComo habitualmente, foi comemorado o dia do Enfermeiro.

Aliás e dando novamente seguimento a tradições já consolidadas,

comemorou-se igualmente o Dia do dador de Sangue, o Dia da Mulher

Angolana, o Dia da Mulher Africana e o Dia Mundial da Fisioterapia, assim

como não deixará de se comemorar o aniversário da CSE, se organizará a

Festa de Natal para as crianças e se distribuirá o Cabaz de Natal a todos os

colaboradores da CSE.

Promovida pela Dra. Júlia Viegas, foi prestada homenagem ao Técnico

de Estomatologia João Galanga, após de 20 anos de trabalho dedicado à

CSE.

Setembro/ Outubro de 2013 Ano IV, Edição 26

Boletim Informativo

Conheça o Centro Médico do BNA Desde Maio de 2012, a exploração do Centro Médi-co dos trabalhadores do BNA foi cedida à CSE.. Pg.10

Biografia O Papa Francisco Conheça o Santo Padre Francisco, nascido no dia 17 de Dezembro de 1936, em Buenos Aires, filho de um casal de emigrantes italianos... Pg. 11

“OS HÁBITOS” NA CSE Lígia Carvalho, Psicóloga (formadora do programa de Acolhimento e Atendimento ao Cliente) fez uma apre-sentação no CD alargado da CSE… Pg. 4

A Entrevista do mês Dra. Anabela Vilhena

“...tenho uma missão pessoal em Angola: contribuir para a Formação em Medicina Geral e Familiar…” Pg. 8 e 9

Conselho de Direcção Alargado A CSE realizou, no passado dia 7 de Setembro, a reu-nião mensal do Conselho Alargado. Pg. 3

DIA DA SAÚDE MENTAL NA CSE A Área Social, juntamente com o serviço de psiquiatria da CSE, organizou um convívio (lanche) para come-morar… Pg. 5

A Dra. Maria de Belém realizou, na CSE, no dia 24 de Agosto, a Conferência ―Eficiência e Ética em Saúde‖. Pg. 6 e 7

ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014

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Infelizmente, a resposta

é NÃO. Mas, no meio da

preocupação geral que se

estabeleceu com o surto

de ébola em países da

África Ocidental, e

que atingiu picos de

extrema ansiedade,

(especialmente quando

ocorreram mortes em

Espanha e nos Estados

Unidos), pareceria que este

vírus é o único com que nos

devemos preocupar.

Felizmente, embora ainda muito altos,

os números de mortes por paludismo

baixou, em África, 54% durante os últimos

13 anos e há cada vez mais fundadas

esperanças de que não faltará muito para

se encontrar formas de prevenir e de

curar a malária mas até lá não podemos

baixar a guarda.

Porque esta redução da taxa de

mortalidade não se ficou apenas a dever

a novos fármacos mais eficazes mas à

implementação, de forma generalizada,

de medidas simples e pouco dispendiosas,

como a distribuição de mosquiteiros

impregnados com insecticida e a

pulverização do interior das habitações.

No entanto, não há dúvida de que há

vastas regiões africanas em que ainda não

são disponibilizadas redes mosquiteiras

às populações e de que, de uma maneira

geral, as pulverizações têm vindo a

diminuir.

E os mosquitos, está cientificamente

provado, desenvolvem resistência aos

insecticidas, que, por outro lado, sendo

tóxicos, são altamente prejudiciais para o

ambiente.

Os novos antipalúdicos produzidos

a partir da artemísia (do princípio

artemisinina), parecem ser realmente

eficazes mas ainda não são de uso

generalizado em África e nos locais onde

são utilizados (Sueste Asiático) já há

sinais de adaptação dos insectos à sua

acção. Parece, pois, que a guerra contra a

malária tem que começar a montante, na

prevenção do aparecimento do mosquito

que provoca a doença.

A malária é provocada pela picada

da fêmea de um mosquito cujo nome

científico é Anopheles e encontra o seu

habitat preferencial em zonas que reúnem

as seguintes condições:

• Temperaturaehumidadeelevadas

• Chuvasabundantes

• Locaisdeáguasestagnadas

Portanto, cabe-nos, a todos

nós, fazer a nossa parte: evitar

que haja perto das nossas casas

águas paradas, estagnadas,

insalubres. E se tivermos

depósitos ou tanques

com água, devemos ter

o cuidado de os manter

cobertos e, se possível,

renovar o seu conteúdo de

vez em quando.

A seguir, temos de dificultar

a acção do mosquito: dormir

protegido por mosqueteiro,

com as janelas e portas

fechadas, com a pele

protegida por vestuário

com mangas e pernas,

evitar banhos em poças ou

pequenas lagoas.

Em termos de governo, deverão

ser tomadas medidas para secar

pântanos, distribuir redes mosquiteiras,

promover fumigações e pulverizações,

entre outras acções.

Porque, afinal, os números não

mentem: em 2013 ocorreram 1,9 milhões

de casos de malária só em Angola, de que

resultaram 7300 mortos.

E sem querer retirar a devida atenção

a dar ao vírus do ébola, nos três países

mais afectados – Serra Leoa, Libéria e

Guiné-Conackri – foram infectadas 17 000

pessoas, entre as quais morreram cerca de

6500.

Fonte:

Jornal Expresso, 13 de Dezembro de 2014

O VIRUS DO ÉBOLA ACABOU COM A MALÁRIA?

Siga este exemplouse mosquiteiro.

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O VIRUS DO ÉBOLA ACABOU COM A MALÁRIA? VOCÊ TIROU O CURSO DE ENFERMAGEM? Sim, estamos a dar-lhe os parabéns porque

você escolheu exercer uma profissão muitíssimo

importante!

Os enfermeiros e as enfermeiras estão sempre

na linha da frente dos cuidados do doente.

E que deve pensar cada um de nós?

Não se julgue que um enfermeiro é uma

pessoa que apenas não pôde seguir o

curso de Medicina: se o pensarmos e o

dissermos estaos a ofender os enfermeiros.

Eles são enfermeiros porque o querem ser,

porque estudam muitos anos para obter os

conhecimentos que depois utilizam na prática.

Precisam, além disso, de ter uma enorme

sensibilidade, porque, antes de mais, eles

tratam o doente, não propriamente a

doença.

Esta profissão começou a ser exercida por

mulheres e só conseguiu um certo estatuto –

ainda que muito pouco elevado – a partir da acção

de Florence Nightingale com os soldados na Guerra

da Crimeia, no séc. XIX.

Durante anos as enfermeiras estiveram sujeitas a

determinadas regras (como não poderem casar, por

se partir do princípio de que deveriam estar sempre

disponíveis para tratar quem precisasse delas) mas,

com o tempo, a importância das suas actividades tem

vindo a receber o merecido reconhecimento público.

E a entrada de homens na profissão também não

deixou de contribuir para essa nova maneira de ver a

enfermagem, o que não deixa de ser injusto para esses

milhares de mulheres que dedicaram a sua vida a cuidar

de doentes e feridos.

Médicos e enfermeiros trabalham juntos, mas

as profissões são completamente diferentes uma

da outra. E devemos ter a coragem de

reconhecer que uma não é superior à outra:

elas complementam-se, a enfermagem é uma

alavanca, uma mediadora, no processo da

cura.

Vejamos o que responder à pergunta

muitas vezes formulada: - O que faz um

enfermeiro? O que é um enfermeiro

hoje?

Um enfermeiro é um dos profissionais

com maior relevância no sector da Saúde.

A enfermagem é, simultaneamente, uma arte e uma

ciência: a arte de cuidar e a ciência específica para

cuidar do SER HUMANO, individualmente, na família ou

em comunidade, de modo holístico, isto é, total, visto

que promove, protege, previne, reabilita e recupera a

saúde do doente.

Ele presta cuidados, está ali sempre junto do doente,

faz a ponte entre o hospital ou clínica, o doente e a sua

família, cuida, ampara, ajuda, acompanha.

A recuperação de uma doença precisa da presença

de um enfermeiro, mesmo com o melhor médico e o

remédio mais poderoso, pois não há cuidados médicos

de excelência que não tenham por detrás enfermeiros

igualmente excelentes.

E agora, não se sente mais confiante e seguro da sua

saúde por poder dispor dos cuidados de um enfermeiro

licenciado?

Caro doente, respeite o seu enfermeiro porque o seu

respeito e confiança são estímulos imprescindíveis no

exercício desta profissão.

Caro enfermeiro ou enfermeira, tenha orgulho na

sua profissão, dignifique-a, exercendo-a com empenho,

capacidade, competência e sensibilidade.

ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014

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As ruas enchem-se de cor, as cotoveladas dão-se e recebem-se enfeitadas de sorrisos, há no ar um cheiro a alegria e esperança. Não há dúvida: é Natal.

Que este Tempo em que nos sentimos mais próximos e Amigos se prolongue por um ano de paz e de sucesso, são os votos da equipa do

Boletim Informativo para todos os seus leitores e colaboradores da Clínica Sagrada Esperança.

Mas desejamos também que todos tenham a Força e a Vontade necessárias para ajudar a que as coisas aconteçam. Precisamos de ajudar

a Sorte a ajudar-nos. Precisamos de lhe dar oportunidades para agir em nosso favor, temos de fazer a nossa parte. É para isso que precisamos da

Força e da Vontade: cada dia do ano de 2015 vai trazer os seus desafios e temos que estar preparados.

Assim, fazemos votos para que todos: • Saibamos encarar o nosso Trabalho com honestidade, empenho e

competência. • Saibamos ser solidários com os outros: um pequeno favor feito de boa

vontade ajuda o outro e enche-nos de satisfação. • Saibamos tratar do nosso corpo com inteligência: evitar os excessos

na comida e na bebida. • ´Sejamos capazes de reconhecer que nem só de Pão vive o Homem:

mas também de cultura, seja ela física ou mental. Precisamos de ler, fazer desporto, dançar.

• Actuemos com o sentido de responsabilidade, seja a agir profissionalmente seja a conduzir a nossa viatura.

• Aprendamos a evitar o desperdício, no nosso lar ou no nosso local de trabalho. O que desperdiçamos fará falta a alguém.

• Sejamos capazes de sentir e promover a Alegria. Ela é um medicamento preventivo da maior importância.

Estes são, pois, os votos que a Bárbara, a Carmo, o Eduardo,

o Esmael, o Hipólito, a Marta e o Narciso desejam que se concretizem na Vossa vida.

Festas Felizes! Bom

Natal! Um Ano Novo

cheio de Saúde e Paz!Festas Felizes! Bom

Natal! Um Ano Novo

cheio de Saúde e Paz!

OS NOSSOS VOTOS DE

BOAS FESTAS!OS NOSSOS VOTOS DE

BOAS FESTAS!

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Cheguei atrasada devido à chuva? OU

cheguei atrasada derivado à chuva?

É nos jornais, é em comunicados, são os locutores e

apresentadores, são as pessoas a falar, na rua, no táxi, ouve-se

muitas vezes as expressões “devido a” e “derivado a” usadas como

sinónimas. Ou antes, “derivado a” aparece muitas vezes, e mal,

usado em vez de “devido a”.

Ora estas duas expressões não se podem usar em

alternativa uma à outra! Porquê?

“Devido” está ligada a causa, razão.

“Derivado” significa que “provém de, tem a origem em”.

Portanto, devemos dizer:

Eu cheguei atrasada devido à chuva.

As estradas estavam intransitáveis devido à lama.

A janela bateu devido ao vento.

Já o adjectivo “derivado” pede a preposição “de”, precisamente

por causa de estar ligado a origem, proveniência.

Sabias que esse tecido é derivado do petróleo?

O queijo, a manteiga e o iogurte são derivados do leite.

Não só não podemos usar as duas expressões como se tivessem o

mesmo significado como temos que ter cuidado com a preposição

que cada uma das palavras pede: “devido a, derivado de”.

Note-se ainda que “devido” se mantém invariável, enquanto

“derivado” pode ter singular, plural, masculino e feminino.

CUIDADO COM A LÍNGUA!

Este pequenino traço, a que já se chamou “traço de união”, não tem um uso muito fácil. Mas para re-

solver as dúvidas mais comuns, aqui está um quadro interessante.

Vale a pena fixá-lo!

USO DO HÍFEN

VOGAISDIFERENTES

NÃO use hífen.infraestrutura, extraoficial,autoestrada, semiárido,ultraelevado.

VOGAISIGUAIS

USE hífen.anti-inflamatório, auto-observação, micro-ondas, contra-argumento.

CONSOANTESIGUAIS

USE hífen.sub-base, super-requintado, inter-racial, inter-relacionar, hiper-realista.

VOGAL + R e S NÃO use hífen, duplique as consoantes: RR E SS

antissocial,autossuficiente, ultrassonografia, autorretratocontrarreforma, ultrarrápido.

BEM bem-vindo, bem-nascido,bem-educado, bem-humorado.

USE hífen.

ANO VI, EDIÇÃO 36 - DEZEMBRO 2014

EDITORIAL

E-mail da CSE:[email protected]

E-mail do Boletim:[email protected]

Website da CSE:www.cse-ao.com

FICHA TÉCNICABárbara Mesquita

Esmael Tomás

Hipólito Calulu

Marta Leal

Narciso Mbangui

REDACÇÃO E REVISÃOMaria do Carmo Cruz

DESIGN E PAGINAÇÃOEduardo Brock

imagem cooporativa

A NOSSA CLÍNICA A saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser.

A CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA é uma instituição de serviço público, dotada de

personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com

fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda,

Avenida Mortala Mohamed.

Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da

Foundation for Excellence and Business Practice, situada em Genebre Suíça.

MISSÃOPrestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento,

com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo

a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aperfeiçoamento profissional e a

satisfação dos seus colaboradores.

Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no

ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos

e bioquímicos, de quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em

colaboração com as entidades públicas e privadas de educação em Saúde, bem como

na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística.

Desenvolver acções de investigação clínica, quer na área de Saúde Pública quer na

Área Hospitalar.

VISÃOA CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA pretende ser, cada vez mais e de forma gradual

e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de

Saúde em Angola, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto

instituição de Saúde, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos

funcionários, a responsabilidade social.

IMCS-730/B/2014


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