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Curso de Auriculoterapia

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.

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MÓDULO II

2. HISTÓRICO DA AURICULOTERAPIA

Dentro dos microssistemas da Acupuntura, a Auriculoterapia é nos dias

atuais, um dos mais populares, isso não somente na China e no Oriente, mas

também em todo Ocidente. O método sobre-saio às outras técnicas pelos seus

resultados obtidos e por ser geralmente pouco invasivo, o que agrada os pacientes.

A Auriculoterapia Chinesa tem sofrido algumas limitações no Ocidente,

principalmente pela dificuldade na tradução de textos escritos no idioma chinês

sobre a temática, o qual limita em grande parte o intercâmbio de informação entre a

China e o resto do mundo e também a incredulidade dos setores médicos ocidentais

sobre a Medicina Tradicional Chinesa e é claro, sobre a auriculoterapia.

Grado passo, e de extrema importância para o fortalecimento da

Auriculoterapia, foi dado pelo professor Nogier da França, que dedicou muitos anos

de sua vida ao estudo do método, publicando livros e artigos.

O nome mais recente que merece destaque dentro da Auriculoterapia é a

professora Huang Li Chun, pela sua experiência acumulada em investigações

ininterrupta em busca de resultados nessa área.

A Auriculoterapia é uma técnica da Acupuntura, que usa o pavilhão auricular

para efetuar tratamentos terapêuticos, usando do reflexo que a aurícula exerce

sobre o sistema nervoso central.

O uso desta técnica como objetivo terapêutico vem desde a antiguidade, no

Oriente e na Europa Antiga. Existem relatos de que as mulheres do antigo Egito

usavam pontos auriculares como forma de anticoncepcionais, isto no século 2500 a.

C. Outros relatos, como os escritos por Hipócrates, e traduzidos em 1851 por Litfreé,

dizem que as incisões efetuadas no pavilhão auricular do homem produziam

ejaculação escassa, inativa e infecunda. Ainda, escreveu que existia uma região do

dorso da orelha, que ao ser picada curava a impotência masculina.

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O mesmo Hipócrates ao escrever o “O Livro das Epidemias”, indicava a

punção com estiletes nos vasos auriculares para o tratamento de processos

inflamatórios.

A principal obra da acupuntura, o livro “Hung Ti Nei Ching”, escrito há mais

de 5000 anos, traz relatos de que o pavilhão auricular é um órgão isolado que

mantém relações com os demais órgãos e regiões do corpo através do reflexo

cerebral.

A localização e a nomenclatura dos pontos foram sendo introduzidas

conforme eram intensificados os estudos e as observações aurícula-orgão, aurícula-

função orgânica, aurículas-posição anatômicas.

Houve uma época em que o Dr. Paul Nogier, introduziu alterações na

localização e no número de pontos. Passou a ser conhecida como a Auriculoterapia

Francesa, mas existem os que duvidem e não trabalham com essa nova

nomenclatura, pois, o sistema clássico chinês é fruto de observações milenares.

Fig. 01. Relação do pavilhão auricular com o ser humano.

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2.1 DESENVOLVIMENTO ATUAL

Depois da fundação da nova China, houve um amplo, forte e rápido

desenvolvimento de toda a medicina local, o que ajudou que no final dos anos 80

fosse a Auriculoterapia intitulada como uma especialização dentro da acupuntura.

Na década de 50, o desenvolvimento da Auriculoterapia é muito fraco e

pobre, mesmo que ainda chama-se bastante a atenção na época. Por volta de

dezembro de 1958, Ye Xiao Wu publicou numa revista de Shangai alguns estudos

realizados pelo médico francês Dr. Paul Nogier, sobre a relação de certas zonas do

pavilhão auricular com os órgãos internos. Foi Nogier o primeiro a representar a

orelha como um feto em posição pré-natal. Foi o surgimento deste mapa que

impulsionou os médicos chineses a começar um estudo profundo sobre a

auriculoterapia.

Em 1960, o médico chinês Xu Zuo Lin, publicou um trabalho realizado com

255 pacientes, mostrando que conseguiu descobrir 15 pontos na aurícula e mostrar

seus excelentes resultados na experiência clinica.

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Fig. 02. Mapa de Xu Zuo Lin.

Fonte: GARCIA, 1999.

Na década de 60 até o final da década de 70, o estudo sobre a

Auriculoterapia foi aprofundado em busca da afirmação da localização dos pontos.

Em 1970, foi editado um mapa de acupuntura juntamente com um mapa de

auriculoterapia que continha 107 pontos. Em 1971, o Instituto Científico de

Investigações Biológicas da China, editou um livro que continha um mapa de

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auriculoterapia com 112 pontos. Em 1972, o Dr. Wang Zhong Tang escreve um livro

em que demonstra 131 pontos. E isso foi sendo alterado constantemente nesta

época, isso, devido à quantidade de experiências que eram realizadas na época.

Eram estudos minuciosos das diferentes reações do pavilhão auricular. Esta grande

variedade de estudos teve também seu lado negativo, onde surgiam discussões e

controvérsias na localização e na função de alguns pontos. Mas por outro lado,

possibilitou a criação de um “Esquema padrão dos pontos auriculares”.

As décadas de 60 e 70 foram extremamente importantes no

desenvolvimento da auriculoterapia, não somente no que se diz respeito à

localização dos pontos, mas também na descrição das funções dos pontos. Motivo

esse, que levou a validar em torno de 150 patologias como tratáveis pela

auriculoterapia.

Na década de 80 foram dados novos passos nas investigações sobre o

método. Surgiram os estudos dos mecanismos fisiológicos, anatomia, do sistema

nervoso, dos fluidos corporais, entre outros.

Em 1982 surgiu na China o Grupo Nacional de Trabalho em Auriculoterapia,

em 1984, em Kun Ming Shao, realizou-se a Assembléia Nacional para o estudo da

Auriculoterapia e Craniopuntura. Em 1987, com a criação do Grupo Nacional para a

Investigação em Auriculoterapia é que surgiu um mapa padrão dos pontos

auriculares.

3. MECANISMOS DE AÇÃO DA AURICULOTERAPIA

Na prática clínica tem se verificado que ao estimular um ponto auricular,

podemos nos deparar com diferentes manifestações sentidas pelo paciente, como,

sensação de corrente de energia que percorre o corpo, calor que reflete em algumas

partes do corpo entre outras.

Não há dúvida que a rica inervação do pavilhão auricular tem grande peso

na obtenção de resultados terapêuticos através do uso dos pontos auriculares. O

pavilhão auricular está inervado principalmente por nervos espinhais do plexo

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cervical como o auricular maior e o occipital menor e por nervos cerebrais como o

auriculotemporal, facial, glossofaríngeo, ramos do vago e simpático.

Esses nervos descritos acima se ramificam e distribuem-se por todo

pavilhão auricular, conectando assim ao sistema nervoso central:

→ O nervo auriculotemporal parte do ramo inferior do trigêmeo,

apresentando relação com os movimentos de deglutição e sensibilidade da face e da

cabeça, como também se relaciona a medula espinhal;

→ O nervo facial controla o movimento dos músculos superficiais da face e

da região das adenóides;

→ Do bulbo raquidiano partem o nervo Vago e o Glossofaríngeo, que

controlam o centro respiratório, o centro cardíaco, o centro vasomotor e o centro das

secreções salivares;

→ O nervo auricular maior e o occipital menor comandam as atividades do

tronco e os quatro membros, os movimentos músculos-esqueléticos e os

movimentos dos órgãos e vísceras;

Assim fica claro como podemos influenciar todo o restante do corpo.

O pavilhão auricular, em suas faces anterior e posterior é sulcado por

inúmeros filetes nervosos e por uma circulação sanguínea constituída por extensa

malha de vasos capilares. Estes são mais numerosos na superfície da aurícula,

enquanto que os filetes nervosos são mais profundos.

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Fig. 03. Mecanismo de ação da auriculoterapia;

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Segundo Lowe (1973), cita que a orelha possui inervação abundante e

significativa, obtida através dos nervos trigêmeos, facial e vago, auricular maior e

occipital maior e menor. Estas inervações quando estimuladas por agulhas,

sementes, laser, e outros métodos, sensibiliza regiões do cérebro (tronco cerebral,

córtex cerebral). Cada ponto da aurícula tem relação direta com um ponto cerebral, o

qual, por sua vez, está ligado pela rede do sistema nervoso, a determinado órgão ou

região do corpo. A relação aurícula-cérebro-orgão é que torna a auriculoterapia

compatível como tratamento de inúmeras enfermidades.

Essa informação dada pelo estímulo à aurícula é enviada a formação

reticular, que compreende uma estrutura formada por neurônios ao longo do tronco

cerebral e que vão do bulbo ao tálamo. Esta estrutura reticular tem uma composição

característica, sendo que este sistema neuronal possui alto grau de agrupamento

dos impulsos nervosos, onde cada impulso regulador da atividade dos órgãos

internos e regulador a nível sensorial desempenham papel fundamental.

As células do núcleo reticular estão repletas de neurônios de associação do

tronco cerebral, elas além de relacionar os impulsos do cérebro e da medula,

também relacionam as fibras aferentes dos segmentos superiores e inferiores do

tronco cerebral, recebem inúmeros impulsos dos ramos laterais do trato e volta a

enviá-los deste até o córtex. Assim, a formação reticular elabora um sistema

especial de síntese de sinais, que nos permite considerar a mesma como um

viabilizador da ação da auriculoterapia no sistema nervoso, no tratamento da dor e

na regulação da atividade dos órgãos internos.

A aplicação de um estímulo auricular, mesmo sendo débil, acelera uma

série de reflexos que provocam reações imediatas ou demoradas, temporárias ou

permanentes, passageiras ou definitivas, todas elas de natureza terapêutica.

RESUMO:

Qualquer estímulo ao pavilhão auricular envia uma informação ao tronco

cerebral, mais exatamente na formação reticular, esta que por sua vez, faz o

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reconhecimento do ponto estimulado enviando uma informação terapêutica até o

órgão estimulado.

AURÍCULA → CÉREBRO → ÓRGÃO

4. ANATOMIA DA ORELHA

O pavilhão auricular tem uma anatomia específica, muitos ensinam que ela

tem semelhança ao feto de cabeça para baixo, mas devemos sempre usar como

base a relação existente entre a aurícula e organismo humano as terminações

nervosas da orelha com o cérebro.

Nossa orelha apresenta-se como uma lâmina dobrada sobre si mesma, nos

mais variados sentidos, sendo no geral, na forma de corneta musical, devido a sua

principal função, a de captar os sons.

A aurícula é constituída por tecido fibrocartilaginoso, ligamentos, tecido

adiposo e músculos. A região inferior é rica em nervos, vasos sanguíneos e

linfáticos, mas a região central e superior é formada principalmente por cartilagem. A

região que contém a maior quantidade de tecido adiposo é o lóbulo.

4.1 NOMENCLATURA

→ Hélix:

A hélix é a mais excêntrica das proeminências da orelha. Estende-se desde

a concha por uma crista oblíqua para cima e para frente, a raiz da hélix. Contorna a

metade superior da circunferência da aurícula, primeiro frente, depois para cima e

logo para trás, e por último, termina na parte superior do lóbulo.

→ Raiz da Hélix:

É uma proeminência horizontal que divide as conchas cava e cimba;

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→ Tubérculo de Darwin:

É uma pequena proeminência na região póstero-superior da hélix;

→ Anti-Hélix:

Está localizada internamente a hélix, paralelamente ao segmento posterior

desta, e na sua porção superior se divide em dois ramos que limitam uma

depressão;

→ Cruz superior da anti-hélix:

Ramo superior formado da divisão da anti-hélix;

→ Cruz Inferior da anti-hélix:

Ramo inferior formado da divisão da anti-hélix;

→ Fossa Triangular:

É a depressão que se forma entre a cruz superior e a cruz inferior da anti-

hélix;

→ Fossa Escafóide:

Surge entre a hélix e a anti-hélix, apresenta-se como um sulco curvilíneo;

→ Trago:

É uma proeminência triangular que surge antes da concha e abaixo da hélix,

que se projeta para frente e por fora do orifício do conduto auditivo externo.

→ Incisura do Supratrago:

É uma depressão que se forma pela hélix e pelo bordo superior do trago,

praticamente dentro do ouvido;

→ Antítrago:

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É uma pequena proeminência triangular, localizada abaixo da anti-hélix e da

concha cava;

→ Incisura do Intertrago:

É a depressão formada entre o trago e o antítrago, abaixo da concha cava;

→ Fossa superior do antítrago:

É a depressão formada entre o antítrago e anti-hélix;

→ Lóbulo:

É a porção mais carnosa, localizada na extremidade inferior do pavilhão

auricular;

→ Concha Cimba:

É uma profunda escavação ou cavidade, superior a raiz da hélix e inferior a

cruz inferior da anti-hélix;

→ Concha Cava:

É uma profunda escavação ou cavidade, inferior a raiz da hélix e superior a

incisura do intertrago e ao antítrago;

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Fig. 04. Anatomia da Orelha; Fonte: VIEIRA (2002).

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Fig. 05. Anatomia da Orelha.

Fonte: GARCIA (1999).

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Fig. 06. Anatomia da orelha – região dorsal.

Fonte: VIEIRA (2002).

4.2 CORRELAÇÃO DOS PONTOS AURICULARES

→ Hélix:

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Contém pontos relacionados aos órgãos genitais externos;

→ Raiz da Hélix:

Sistema digestivo e diafragma;

→ Anti-Hélix:

Corresponde a coluna, as vértebras, tronco, pescoço, abdômen, tireóide,

mamas e tórax;

→ Cruz Superior da Anti-Hélix:

Corresponde aos membros inferiores: pé, tornozelo, joelho, cóccix, quadril;

→ Cruz Inferior da Anti-Hélix:

Corresponde a região glútea, nervo ciático, e o ponto simpático;

→ Fossa Triangular:

Corresponde ao sistema reprodutor e o ponto Shen Men;

→ Fossa Escafóide:

Corresponde aos membros superiores: dedos, punho, cotovelo e ombro;

→ Trago:

Corresponde aos pontos do nariz, supra-renal e dos vícios;

→ Incisura do Supratrago:

Corresponde ao ponto boca;

→ Antítrago:

Corresponde a cabeça, a fronte, o tronco cerebral, córtex, ao sistema

nervoso em geral;

→ Incisura do Intertrago:

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Correspondem as glândulas endócrinas, ovário e testículos;

→ Lóbulo:

Corresponde a face, olhos, maxilar, mandíbula, cavidade oral, amígdalas,

língua e dentes;

→ Concha Cimba:

Corresponde a todos os órgãos abdominais;

→ Concha Cava:

Corresponde a todos os órgãos da região torácica;

4.3 ESTRUTURAS ANATÔMICAS DO PAVILHÃO AURICULAR

→ Vascularização:

As principais artérias que fazem à irrigação da orelha procedem da artéria

temporal superficial e da artéria auricular posterior. A artéria temporal superficial

ramifica-se para frente do conduto auditivo externo em três ramos: superior, médio, e

inferior, as quais irrigam fundamentalmente a face anterior da aurícula. A artéria

auricular posterior irriga principalmente a parte posterior da aurícula.

→ Vasos Linfáticos:

Estes partem da região anterior da hélix e do trago procedente do gânglio

pré-auricular. Os da face anterior do pavilhão auricular e os que nascem em sua face

posterior na região da concha, são procedentes dos gânglios mastóideos, parótidas

e subesternomastóideo.

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Fig. 07. Principais artérias que irrigam o pavilhão auricular.

Fonte: GARCIA (1999).

→ Músculos:

- Músculo maior da hélix: estende-se verticalmente sobre a parte anterior da

hélix;

- Músculo menor da hélix: situa-se sobre o bordo livre da raiz da hélix;

- Músculo do trago: é composto por feixes verticais situados sobre a face

externa do trago;

- Músculo do antítrago: vai do antítrago até a região inferior da anti-hélix;

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- Músculos transverso e oblíquo: situa-se na face interna do pavilhão

auricular e se estendem desde a concha até as convexidades determinadas pela

fossa escafóide.

Fig. 08. Músculos do pavilhão auricular.

Fonte: GARCIA (1999).

→ Inervação:

No pavilhão auricular possuímos nervos cranianos e nervos espinhais. Os

nervos espinhais incluem o nervo auricular maior e o nervo occipital menor. Os

nervos cerebrais incluem o nervo aurículotemporal e o nervo vago.

- Nervo Auricular Maior: Origina no segundo e terceiro pares do plexo

cervical, passando por trás do músculo esternoclidomastóideo até atingir a orelha,

onde se divide em dois ramos.

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- Nervo Occipital Menor: também se origina no segundo e terceiros pares do

plexo cervical, sobem por trás do músculo esternoclidomastóideo até atingir a raiz da

hélix. Abrange a parte superior anterior e posterior da aurícula.

- Nervo Auriculotemporal: procede do ramo inferior do trigêmeo e corre para

a face anterior e superior do pavilhão auricular, dividindo-se em ramos que irão

inervar a parede anterior do conduto auditivo externo, o trago, o lado superior da raiz

da hélix, até a fossa triangular.

- Nervo Vago: sai um ramo do nervo vago que se une com o nervo

glossofaríngeo e com fibras do nervo facial que penetram na orelha. Abrange a

concha cava, a raiz da hélix, estendendo-se até a fossa escafóide.

Fig. 09. Inervação do pavilhão auricular.

Fonte: GARCIA (1999).

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Fig. 10. Metâmeros auriculares.

Fonte: GARCIA (1999).

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Fig. 11. Visão da região anterior da orelha.

Fonte: GARCIA (1999).

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