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CURSO DE LNGUA PORTUGUESA EM QUESTES COMENTADAS DA FCC
Muitos concursos de Tribunais tm sido elaborados pela Fundao
Carlos Chagas (FCC): TRT-4 Regio/2011, TRT-14 Regio/2011, TRT-24
Regio/2010, TRT-12 Regio/2010, TCM-CE/2010, TCE-GO/2009 e
TCE-CE/2008, por exemplo. A lista extensa, e basta voc acessar o stio da
instituio (http://www.concursosfcc.com.br/) para comprovar o que estou
falando.
O contedo programtico que a Fundao estabeleceu para o seu
concurso e que estudaremos o que se segue:
Ortografia oficial. Acentuao grfica. Flexo nominal e verbal. Pronomes:
emprego, formas de tratamento e colocao. Emprego de tempos e modos
verbais. Vozes do verbo. Concordncia nominal e verbal. Regncia nominal e
verbal. Ocorrncia de crase. Pontuao. Redao (confronto e reconhecimento
de frases corretas e incorretas). Inteleco de texto.
No concurso do TRF-1 Regio, a prova de Lngua Portuguesa para
integra o grupo CONHECIMENTOS BSICOS, o qual conter 20 QUESTES
para ANALISTA e 25 para TCNICO, todas com PESO 1. Nossa disciplina
dever ser a principal do grupo, com o maior nmero de questes. A
importncia do estudo dos aspectos gramaticais acentuada porque ainda
haver prova discursiva para Analista, a qual tambm ser avaliada quanto
ao domnio da modalidade escrita da Lngua Portuguesa. Portanto voc tem
bons motivos para se empenhar em nossas aulas.
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Aula Assunto
0 Apresentaes (pessoal e do curso)
Resoluo da prova TRE-AM/ANALISTA JUDICIRIO/2010
1
Ortografia oficial.
Acentuao grfica.
Flexo nominal.
2
Flexo verbal (emprego de tempos e modos verbais; vozes do
verbo)
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocao.
3 Concordncia nominal e verbal.
4 Regncia nominal e verbal.
Ocorrncia de crase.
5
Pontuao.
Redao (confronto e reconhecimento de frases corretas e
incorretas).
Inteleco de texto.
Durante as aulas, voc ter a oportunidade de revisar a teoria
gramatical por meio dos exerccios comentados de provas anteriores.
Oferecerei a voc explicaes relevantes e objetivas sobre os assuntos
importantes do ponto de vista da FCC.
Entenda que, para ser aprovado em concurso pblico, voc
no precisa saber tudo sobre todos os assuntos; mas sim saber o que a banca
examinadora normalmente exige dos candidatos em cada assunto. E como eu
s me preocupo com uma disciplina (voc tem que se preocupar com vrias ao
mesmo tempo), julgo que levo vantagem sobre voc na identificao do que a
FCC cobra em matria de Lngua Portuguesa.
Esclareo que, ao abordar assuntos possveis de serem cobrados e
que normalmente no aparecem nas provas da Fundao (flexo nominal,
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por exemplo) poderei utilizar questes de outras bancas para trat-los
adequadamente.
Ao trmino de cada aula, as questes utilizadas sero transcritas
sem os respectivos comentrios na ltima parte do material, para que o aluno
tenha a oportunidade de fazer, ao longo da semana, uma reviso do contedo
estudado. Na sequncia estar o gabarito delas.
ESQUENTANDO OS MOTORES
Deixo aqui breves comentrios sobre uma prova elaborada pela
FCC em 2010. Nas aulas (e nos fruns), as explicaes sero
aprofundadas.
Aproveite a oportunidade para avaliar o seu conhecimento sobre
alguns pontos do contedo programtico e identificar desde j aqueles que
merecem mais a sua ateno.
Espero que tudo o incentive a adquirir este curso e a prestar os
exames para o Tribunal. As provas esto previstas para 27/3/2011.
FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIRIO/2010
CONHECIMENTOS BSICOS
Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.
Entre a cruz e a caldeirinha
Quantas divises tem o Papa?, teria dito Stalin quando algum
lhe sugeriu que talvez valesse a pena ser mais tolerante com os catlicos
soviticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio XI. Efetivamente, alm de
um punhado de multicoloridos guardas suos, o poder papal no
palpvel. Ainda assim, como bem observa o escritor Elias Canetti, perto
da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.
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H estatsticas controvertidas sobre esse poder eclesistico. Ao
mesmo tempo que uma pesquisa da Fundao Getlio Vargas indica que,
a cada gerao, cai o nmero de catlicos no Brasil, outra, da mesma
instituio, revela que, para os brasileiros, a nica instituio
democrtica que funciona a Igreja Catlica, com crditos muito
superiores aos dados classe poltica. Da os sentimentos mistos que
acompanharam a visita do papa Bento XVI ao Brasil.
O Brasil estratgico para a Igreja Catlica. Est sendo preparada
uma Concordata entre o Vaticano e o nosso pas. Nela, todo o
relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e civil) ser
revisado. Tudo o que depender da Igreja ser feito no sentido de
conseguir concesses vantajosas para o seu pastoreio, inclusive com
repercusses no direito comum interno ao Brasil (pesquisas com clulas-
tronco, por exemplo, aborto, e outras questes rduas), avalia o filsofo
Roberto Romano. E prossegue: No so incomuns atos religiosos que
so usados para fins polticos ou diplomticos da Igreja. Quem olha o
Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saber que a esttua significa a
consagrao do Brasil soberania espiritual da Igreja, algo que
corresponde poltica eclesistica de denncia do laicismo, do
modernismo e da democracia liberal.
A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo Ameaa ao Estado
laico, avisa que a Concordata poder incluir o retorno do ensino
religioso s escolas pblicas. O sbito chamamento do MEC para tratar
do ensino religioso tem repercusso quanto violao de direitos, em
particular de minorias religiosas e dos que tm praticado todas as formas
de conscincia e crena neste pas, desde a Repblica, acredita a
pesquisadora. Por sua vez, o professor de Teologia da PUC-SP Luiz Felipe
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Pond responde assim quela famosa pergunta de Stalin: Quem precisa
de divises tendo como exrcito a eternidade?
(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP n. 134, 2007)
1. A expresso entre a cruz e a caldeirinha indica uma opo muito difcil de
se fazer. Justifica-se, assim, sua utilizao como ttulo de um texto que,
tratando da atuao da Igreja, enfatiza a dificuldade de se considerar em
separado
(A) a ingerncia eclesistica nas atividades comerciais e nas diplomticas.
(B) a instncia do poder espiritual e o campo das posies polticas.
(C) o crescente prestgio do ensino religioso e a decadncia do ensino laico.
(D) os efetivos militares disposio do Papa e a fora do pontificado.
(E) as denncias papais do laicismo e os valores da democracia liberal.
Comentrio O texto ressalta a influncia da Igreja nas reas espiritual e
religiosa, o que pode ser depreendido, sobretudo, da leitura do terceiro
pargrafo. A preparao de uma Concordata tratado diplomtico pblico e
solene que o Vaticano celebra com outro(s) Estado(s) para regular relaes
mtuas e matrias de interesse comum pressupe o interesse da Igreja na
manuteno de sua influncia. A avaliao do filsofo Roberto Romano
corrobora a ideia de que mesmo difcil separar o poder espiritual da Igreja
das posies polticas. Segundo Romano, um cone da influncia eclesistica na
rea poltica o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Conforme avisa a
educadora Roseli Fischman, a instituio do ensino religioso nas escolas
pblicas tem reflexos no direito alheio e pode ameaar o Estado laico, uma
caracterstica poltica do pas.
Resposta B
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2. Atente para as seguintes afirmaes:
I. As frases de Stalin e de Elias Canetti, citadas no 1 pargrafo, revelam
critrios e posies distintas na avaliao de uma mesma questo.
II. Na Concordata (referida no 3 pargrafo), a Igreja pretende valer-se de
dispositivos constitucionais que lhe atribuem plena autonomia legislativa.
III. A educadora Roseli Fischman prope (4 pargrafo) que o ensino religioso
privilegie, sob a gesto direta do MEC, minorias que professem outra f
que no a catlica.
Em relao ao texto, est correto APENAS o que se afirma em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
Comentrio Item I ao se referirem Igreja Catlica e ao poder dela,
Stalin demonstra que a entende como unidades de um exrcito que rene
efetivos e recursos de todas as armas; mas Elias Canetti explica que o poder
da Igreja de ordem espiritual, e no blico ou humano. Item certo.
Item II conseguir concesses vantajosas para o seu
pastoreio no significa pretender plena autonomia legislativa. Item errado.
Item III dizer que a pesquisadora Roseli Fischman prope
algum privilgio extrapolar o que foi dito no texto. Ela apenas avisa que a
atitude do MEC significa uma violao de direitos; a educadora no se
posiciona contraria ou favoravelmente a alguma profisso de f. Item errado.
Resposta A
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3. Considerado o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um
segmento em:
(A) o poder papal no palpvel = o Papa no dispe de poder considervel.
(B) parecem diletantes = arvoram-se em militantes.
(C) com crditos muito superiores = de muito maior confiabilidade.
(D) repercusses no direito comum interno = efeitos sobre o direito cannico.
(E) denncia do laicismo = condenao dos ateus.
Comentrio Alternativa A: literalmente, no ser palpvel significa no ser
evidente, claro; no contexto, a expresso exprime que o poder do Papa
espiritual.
Alternativa B: parecer diletante o mesmo que parecer
imaturo, amador em questes de ordem intelectual ou espiritual.
Alternativa D: no texto, o segmento inclusive com
repercusses no direito comum interno ao Brasil revela que esse direito (o
direito comum) difere do direito cannico (aquele que segue ou est de acordo
com os princpios de f e disciplina da Igreja), traduzido no contexto pela
expresso seu pastoreio.
Alternativa E: por denncia do laicismo podemos entender
o apontamento de doutrina contrria influncia religiosa nas instituies
sociais, o nada tem a ver com a condenao dos ateus.
Resposta C
4. Ao se referir ao poder da Igreja, Elias Canetti e Luis Felipe Pond
(A) admitem que ele vem enfraquecendo consideravelmente ao longo dos
ltimos anos.
(B) consideram que, na atualidade, ele s se manter o mesmo caso seja
amparado por governos fortes.
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(C) afirmam que nunca ele esteve to bem constitudo quanto agora, armado
da f para se aliar aos fortes.
(D) lembram que a energia de um papado no provm da instituio
eclesistica, mas da autoridade moral do Papa.
(E) advertem que ele no depende da fora militar, uma vez que se afirma
historicamente como poder espiritual.
Comentrio Tanto o escritor quanto o professor advertem que o poder da
Igreja Catlica, que tem no Papa a sua maior representao, independe de
fora fsica ou de um exrcito militar, pois a fora dela de ordem espiritual.
Esse entendimento pode ser confirmado nas seguintes palavras: o poder
papal no palpvel (Elias Canetti) e Quem precisa de divises tendo como
exrcito a eternidade? (Luiz Felipe Pond).
Resposta E
5. Na frase Quem precisa de divises tendo como exrcito a eternidade?, o
segmento sublinhado pode ser substitudo, sem prejuzo para o sentido e
a correo, por
(A) ao ter no exrcito sua eternidade?
(B) fazendo do exrcito sua eternidade?
(C) contando na eternidade com o exrcito?
(D) dispondo da eternidade como exrcito?
(E) provendo o exrcito assim como a eternidade?
Comentrio Se voc reordenar o trecho sublinhado, perceber que a
questo fcil de ser resolvida: tendo a eternidade como exrcito?. Percebeu
que a coisa tida ou da qual se dispe a eternidade e no o exrcito? a
eternidade caracterizada como exrcito; ela o alvo do que se declara, e
no o exrcito.
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Resposta D
6. As normas de concordncia verbal esto plenamente respeitadas na frase:
(A) Deve-se firmar alguns acordos entre o Vaticano e o Brasil durante as
discusses da Concordata.
(B) Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente, os guardas suos que
constituem a segurana do Vaticano.
(C) Ao se deterem na esttua Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, os olhos de
um turista no vero o que de fato ela consagra.
(D) As concesses vantajosas que pretendem obter, nas discusses da
Concordata, a Igreja Catlica, dizem respeito a questes polmicas.
(E) Muitas repercusses passaro a haver no direito interno, caso a
Concordata consagre os acordos que constituem o principal interesse da
Igreja.
Comentrio Alternativa A: a FCC considerou que a expresso Deve-se
firmar constitui uma locuo verbal na voz ativa sinttica. Sendo assim, a
verbo auxiliar Deve teria que se flexionar na terceira pessoa do plural
(Devem-se firmar) para concordar com o ncleo do sujeito simples:
acordos. Entretanto, licito tambm interpretar a construo como voz
passiva formada:
a) quer com o verbo auxiliar Deve (locuo verbal: Devem-se firmar;
sujeito paciente: alguns acordos...);
b) quer com o verbo principal Deve e nesse caso a locuo verbal
inexiste; o verbo firmar integra o sujeito oracional firmar alguns acordos...;
o verbo principal concorda no singular.
isso o que nos ensina, por exemplo, Domingos Paschoal
Cegalla (Novssima gramtica da lngua portuguesa 48. ed. rev. So Paulo:
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Companhia Editora Nacional 2008 pginas 461 e 462). Mas parece que a
FCC ignorou tal ensinamento e se distanciou tambm da Esaf, por exemplo,
que j anulou duas questes semelhantes e pelo mesmo motivo (questo 9 da
prova 1 do gabarito 1 do concurso para o cargo de EPPGG do MPOG/2009;
questo 13 da prova 1 do gabarito 2 do concurso para o cargo de analista da
Receita Federal/2009 elaboramos recurso contra o ltimo gabarito e
obtivemos xito).
Alternativa B: reordene os termos da frase e perceba a
discordncia entre sujeito e verbo: Naturalmente, os guardas suos que
constituem a segurana do Vaticano nunca chegou a preocupar Stalin. O
verbo deveria ser flexionado na terceira pessoa do plural: chegaram.
Alternativa D: o sujeito da forma verbal pretendem o
termo a Igreja Catlica, o que obriga o verbo a se flexionar na terceira
pessoa do singular: pretende.
Alternativa E: no sentido de existir, ocorrer, acontecer, o
verbo haver impessoal e se mantm na terceira pessoa do singular. Como
verbo principal de uma locuo, sua impessoalidade transmitida ao seu verbo
auxiliar, que se mantm na terceira pessoa do singular: passar a haver.
Resposta C
7. Est correta a flexo de todas as formas verbais da frase
(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondncia com o plano
simblico e espiritual.
(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto busca de
um sereno estabelecimento de acordos.
(C) Ao longo da Histria, naes e igrejas muitas vezes se absteram de buscar
a convergncia de seus interesses.
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(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convico quanto ao que torna de fato
competitivo um pas beligerante.
(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador no se conteve e interveio
na Histria com a famosa frase.
Comentrio Alternativa A: Tudo o que advm... (presente do indicativo
do verbo advir, derivado do verbo vir).
Alternativa B: ...nem sempre convieram... (pretrito
perfeito do indicativo do verbo convir, derivado do verbo vir).
Alternativa C: ...muitas vezes se abstiveram... (pretrito
perfeito do indicativo do verbo abster, derivado do verbo ter).
Alternativa D: ...proveio de sua convico... (pretrito
perfeito do indicativo do verbo provir, derivado do verbo vir).
Alternativa E: as formas conteve e interveio, ambas
conjugadas no pretrito perfeito do indicativo, esto corretamente flexionadas,
pois derivam, respectivamente, dos verbos ter e vir.
Resposta E
8. A frase que admite transposio para a voz passiva :
(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.
(B) A Concordata poder incluir o retorno do ensino religioso.
(C) H estatsticas controvertidas sobre esse poder eclesistico.
(D) No so incomuns atos religiosos com finalidade poltica.
(E) O Brasil um pas estratgico para a Igreja Catlica.
Comentrio Como regra geral, a admisso de voz passiva pertinente a
verbos transitivos diretos. A dica, ento, procurar um entre as alternativas.
Voc deve ter encontrado dois: poder incluir (na locuo, analise o verbo
principal, o ltimo) e H (no sentido de existir). Como o verbo haver no
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sentido de existir no admite sujeito e toda voz passiva possui sujeito, o verbo
haver no nos serve. Resta a alternativa B: O retorno do ensino religioso
poder ser includo pela Concordata.
Resposta B
9. Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto.
(A) Deve de ser preocupante para os catlicos, que eles venham caindo de
nmero nas estatsticas, em conformidade com a Fundao Getlio
Vargas.
(B) Mau-grado seu desempenho nas estatsticas da FGV, esta mesma
instituio considera que a Igreja tem mais prestgio que outras classes.
(C) A mesma Fundao em que se abona o papel da Igreja como democrtica,
tambm a instituio em que avalia seu decrscimo de fiis.
(D) No obstante esteja decrescendo o nmero de fiis, a Igreja, segundo a
Fundao Getlio Vargas, prestigiada como instituio democrtica.
(E) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Catlica, chegou a resultados
algo controversos, seja pelo prestgio, seja pela contingncia do seus fiis.
Comentrio Alternativa A: o verbo dever no rege a preposio de,
portanto so incorretas frases como: *Ele deve de vir mais tarde e *Devem de
ser duas horas. Tambm errada a expresso *deve de ser. Registre-se que,
com o verbo ter, o uso da preposio de legtimo: tem de fazer, tem de ser.
A vrgula aps catlicos causou separao indevida entre o predicado e o
sujeito (oracional) que eles venham caindo de nmero nas estatsticas. A
forma verbal venham (presente do subjuntivo) deveria ser conjugada no
presente do indicativo, pois o fato real e no hipottico.
Alternativa B: a palavra grado significa vontade.
Malgrado, numa s palavra e com l, tem valor semntico concessivo,
significa apesar de e no varia: Malgrado os meus esforos, no cheguei a
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tempo. Mau grado, em duas palavras e com u, significa contra a
vontade: De mau grado respondeu s perguntas.
Alternativa C: no segmento tambm a instituio em que
avalia seu decrscimo de fiis faltou o pronome apassivador se, a exemplo do
que segmento anterior. Note: tambm a instituio em que se avalia seu
decrscimo de fiis = tambm a instituio em que seu decrscimo de fiis
avaliado.
Alternativa E: o adjetivo atinente rege preposio a e no
de (atinentes Igreja Catlica). Ainda que parea estranho para muitos, a
expresso resultados algo controversos est correta. Nela, o vocbulo algo
advrbio (= um pouco, um tanto) e intensifica o significado do adjetivo
controversos. J na locuo do seus fiis, h um erro de concordncia: o
artigo o (do = de + o) no foi pluralizado para harmonizar-se com o
substantivo fiis.
Resposta D
10. Est adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase:
(A) Se o Papa dispusesse de inmeras e bem armadas divises, talvez Stalin
reconsiderasse sua deciso e buscasse angariar a simpatia de Pio XI.
(B) Como algum lhe perguntou se no o caso de ganhar a simpatia de Pio
XI, Stalin lhe respondera que ignorava com quantas divises conta o
Papa.
(C) Caso o Brasil no fosse um pas estratgico para a Igreja, a Concordata
no se revestir da importncia que lhe atriburam os eclesisticos.
(D) So to delicadas as questes a serem discutidas na Concordata que ser
bem possvel que levassem muito tempo para desdobrar todos os
aspectos.
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(E) Roberto Romano lembra-nos de que j houve, na Histria, atos religiosos
que acabassem por atender a uma finalidade poltica que prevista.
Comentrio Na aula especfica, explicarei melhor o que correlao verbal
e darei alguns exemplos. Por enquanto veja as correes abaixo e compare-as
com as formas propostas pela banca examinadora.
Alternativa B: como a pergunta surge antes da resposta,
natural que o tempo verbal daquela seja o pretrito mais-que-perfeito e
desta, o pretrito perfeito: Como algum lhe perguntara (...) Stalin lhe
respondeu (...). Na sequncia: se no era; contava o Papa.
Alternativa C: Caso o Brasil no fosse (...) no se revestiria
(...).
Alternativa D: (...) ser bem possvel que levem muito
tempo (...).
Alternativa E: (...) j houve, na Histria, atos religiosos que
acabaram por atender a uma finalidade poltica que era prevista.
Resposta A
Muito bem, por enquanto s. Aguardo voc na prxima aula, em
que estudaremos outros assuntos. Antes disso, procure resolver sozinho as
questes apresentadas aqui.
Fique com Deus e um abrao.
Professor Albert Iglsia
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QUESTES SEM COMENTRIOS
FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIRIO/2010
CONHECIMENTOS BSICOS
Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.
Entre a cruz e a caldeirinha
Quantas divises tem o Papa?, teria dito Stalin quando algum
lhe sugeriu que talvez valesse a pena ser mais tolerante com os catlicos
soviticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio XI. Efetivamente, alm de
um punhado de multicoloridos guardas suos, o poder papal no
palpvel. Ainda assim, como bem observa o escritor Elias Canetti, perto
da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.
H estatsticas controvertidas sobre esse poder eclesistico. Ao
mesmo tempo que uma pesquisa da Fundao Getlio Vargas indica que,
a cada gerao, cai o nmero de catlicos no Brasil, outra, da mesma
instituio, revela que, para os brasileiros, a nica instituio
democrtica que funciona a Igreja Catlica, com crditos muito
superiores aos dados classe poltica. Da os sentimentos mistos que
acompanharam a visita do papa Bento XVI ao Brasil.
O Brasil estratgico para a Igreja Catlica. Est sendo preparada
uma Concordata entre o Vaticano e o nosso pas. Nela, todo o
relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e civil) ser
revisado. Tudo o que depender da Igreja ser feito no sentido de
conseguir concesses vantajosas para o seu pastoreio, inclusive com
repercusses no direito comum interno ao Brasil (pesquisas com clulas-
tronco, por exemplo, aborto, e outras questes rduas), avalia o filsofo
Roberto Romano. E prossegue: No so incomuns atos religiosos que
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so usados para fins polticos ou diplomticos da Igreja. Quem olha o
Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saber que a esttua significa a
consagrao do Brasil soberania espiritual da Igreja, algo que
corresponde poltica eclesistica de denncia do laicismo, do
modernismo e da democracia liberal.
A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo Ameaa ao Estado
laico, avisa que a Concordata poder incluir o retorno do ensino
religioso s escolas pblicas. O sbito chamamento do MEC para tratar
do ensino religioso tem repercusso quanto violao de direitos, em
particular de minorias religiosas e dos que tm praticado todas as formas
de conscincia e crena neste pas, desde a Repblica, acredita a
pesquisadora. Por sua vez, o professor de Teologia da PUC-SP Luiz Felipe
Pond responde assim quela famosa pergunta de Stalin: Quem precisa
de divises tendo como exrcito a eternidade?
(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP n. 134, 2007)
1. A expresso entre a cruz e a caldeirinha indica uma opo muito difcil de
se fazer. Justifica-se, assim, sua utilizao como ttulo de um texto que,
tratando da atuao da Igreja, enfatiza a dificuldade de se considerar em
separado
(A) a ingerncia eclesistica nas atividades comerciais e nas diplomticas.
(B) a instncia do poder espiritual e o campo das posies polticas.
(C) o crescente prestgio do ensino religioso e a decadncia do ensino laico.
(D) os efetivos militares disposio do Papa e a fora do pontificado.
(E) as denncias papais do laicismo e os valores da democracia liberal.
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2. Atente para as seguintes afirmaes:
I. As frases de Stalin e de Elias Canetti, citadas no 1 pargrafo, revelam
critrios e posies distintas na avaliao de uma mesma questo.
II. Na Concordata (referida no 3 pargrafo), a Igreja pretende valer-se de
dispositivos constitucionais que lhe atribuem plena autonomia legislativa.
III. A educadora Roseli Fischman prope (4 pargrafo) que o ensino religioso
privilegie, sob a gesto direta do MEC, minorias que professem outra f
que no a catlica.
Em relao ao texto, est correto APENAS o que se afirma em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
3. Considerado o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um
segmento em:
(A) o poder papal no palpvel = o Papa no dispe de poder considervel.
(B) parecem diletantes = arvoram-se em militantes.
(C) com crditos muito superiores = de muito maior confiabilidade.
(D) repercusses no direito comum interno = efeitos sobre o direito cannico.
(E) denncia do laicismo = condenao dos ateus.
4. Ao se referir ao poder da Igreja, Elias Canetti e Luis Felipe Pond
(A) admitem que ele vem enfraquecendo consideravelmente ao longo dos
ltimos anos.
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(B) consideram que, na atualidade, ele s se manter o mesmo caso seja
amparado por governos fortes.
(C) afirmam que nunca ele esteve to bem constitudo quanto agora, armado
da f para se aliar aos fortes.
(D) lembram que a energia de um papado no provm da instituio
eclesistica, mas da autoridade moral do Papa.
(E) advertem que ele no depende da fora militar, uma vez que se afirma
historicamente como poder espiritual.
5. Na frase Quem precisa de divises tendo como exrcito a eternidade?, o
segmento sublinhado pode ser substitudo, sem prejuzo para o sentido e
a correo, por
(A) ao ter no exrcito sua eternidade?
(B) fazendo do exrcito sua eternidade?
(C) contando na eternidade com o exrcito?
(D) dispondo da eternidade como exrcito?
(E) provendo o exrcito assim como a eternidade?
6. As normas de concordncia verbal esto plenamente respeitadas na frase:
(A) Deve-se firmar alguns acordos entre o Vaticano e o Brasil durante as
discusses da Concordata.
(B) Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente, os guardas suos que
constituem a segurana do Vaticano.
(C) Ao se deterem na esttua Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, os olhos de
um turista no vero o que de fato ela consagra.
(D) As concesses vantajosas que pretendem obter, nas discusses da
Concordata, a Igreja Catlica, dizem respeito a questes polmicas.
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(E) Muitas repercusses passaro a haver no direito interno, caso a
Concordata consagre os acordos que constituem o principal interesse da
Igreja.
7. Est correta a flexo de todas as formas verbais da frase:
(A) Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondncia com o plano
simblico e espiritual.
(B) O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto busca de
um sereno estabelecimento de acordos.
(C) Ao longo da Histria, naes e igrejas muitas vezes se absteram de buscar
a convergncia de seus interesses.
(D) A pergunta de Stalin proveu de sua convico quanto ao que torna de fato
competitivo um pas beligerante.
(E) Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador no se conteve e interveio
na Histria com a famosa frase.
8. A frase que admite transposio para a voz passiva :
(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.
(B) A Concordata poder incluir o retorno do ensino religioso.
(C) H estatsticas controvertidas sobre esse poder eclesistico.
(D) No so incomuns atos religiosos com finalidade poltica.
(E) O Brasil um pas estratgico para a Igreja Catlica.
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9. Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto.
(A) Deve de ser preocupante para os catlicos, que eles venham caindo de
nmero nas estatsticas, em conformidade com a Fundao Getlio
Vargas.
(B) Mau-grado seu desempenho nas estatsticas da FGV, esta mesma
instituio considera que a Igreja tem mais prestgio que outras classes.
(C) A mesma Fundao em que se abona o papel da Igreja como democrtica,
tambm a instituio em que avalia seu decrscimo de fiis.
(D) No obstante esteja decrescendo o nmero de fiis, a Igreja, segundo a
Fundao Getlio Vargas, prestigiada como instituio democrtica.
(E) A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Catlica, chegou a resultados
algo controversos, seja pelo prestgio, seja pela contingncia do seus fiis.
10. Est adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase:
(A) Se o Papa dispusesse de inmeras e bem armadas divises, talvez Stalin
reconsiderasse sua deciso e buscasse angariar a simpatia de Pio XI.
(B) Como algum lhe perguntou se no o caso de ganhar a simpatia de Pio
XI, Stalin lhe respondera que ignorava com quantas divises conta o
Papa.
(C) Caso o Brasil no fosse um pas estratgico para a Igreja, a Concordata
no se revestir da importncia que lhe atriburam os eclesisticos.
(D) So to delicadas as questes a serem discutidas na Concordata que ser
bem possvel que levassem muito tempo para desdobrar todos os
aspectos.
(E) Roberto Romano lembra-nos de que j houve, na Histria, atos religiosos
que acabassem por atender a uma finalidade poltica que prevista.
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GABARITO
1. B
2. A
3. C
4. E
5. D
6. C
7. E
8. B
9. D
10. A
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Ol! Novamente quero dar-lhe as boas-vindas e incentiv-lo(a) a
se manter firme e constante na preparao para a conquista de uma vaga do
concurso para o TRF-1 Regio.
Os exerccios da aula de hoje, abrangem trs assuntos que
frequentemente a FCC inclui no contedo programtico da disciplina Lngua
Portuguesa: ortografia oficial, acentuao grfica e flexo nominal.
Apesar disso, fato que as provas trazem poucas questes sobre esses
tpicos, principalmente sobre flexo nominal (se voc tiver a uma bateria de
questes da FCC que trate de flexo nominal, envie-a para o meu endereo
eletrnico).
Tentarei ser o mais objetivo possvel em minhas explicaes, pois o
curso de exerccios. Aqui, a inteno direcion-lo ao que, de acordo com a
tendncia da banca, pode aparecer na sua prova e possibilit-lo a fazer uma
reviso do contedo terico.
As questes comentadas nesta aula esto transcritas na ltima
parte deste material sem os respectivos comentrios, para que voc tenha a
oportunidade de resolv-las e, assim, revisar a matria.
Vamos, ento, ao primeiro tpico desta aula.
ORTOGRAFIA
1. (FCC/2009/TRT 16 Regio/Tcnico Judcirio) A frase em que h palavras
escritas de modo INCORRETO :
a) A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste brasileiro
aparece agora, para assombro de todos, na regio Sul, comprometendo as
safras de gros.
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b) Alguns estudiosos reagem com sensatez s recentes explicaes,
considerando se o papel da bomba bitica realmente crucial na
circulao do ar.
c) Se for comprovada a correo da nova teoria, a preservao das florestas
torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em todo o planeta.
d) O desmatamento indescriminado, que reduz os ndices de chuvas e altera
o ciclo das guas, pode transformar um continente em um estenso e
inabitvel deserto.
e) Com ventos mais prximos ao mar, o ar mido resultante da evaporao
da gua do oceano puxado para o continente, distribuindo a chuva ao
redor do planeta.
Comentrio A alternativa D apresenta dois problemas. A palavra
indescriminado deve ser grafada assim: indiscriminado (= sem controle, sem
ordem, sem critrio, descontrolado, desordenado, desregrado). Veja outro
exemplo da aplicao dessa palavra: Ministrio Pblico quer reprimir o uso
indiscriminado de agrotxicos na capital e no interior de Sergipe. O segundo
erro est na grafia do vocbulo estenso, que deve ser escrito com x: extenso
(= que tem (grande) extenso, amplo, espaoso, vasto). Veja outra aplicao
desse palavra: plancie extensa.
Gabarito D
2. (FCC/2009/PGE-RJ/TCNICO ASSISTENTE DE PROCURADORIA) Todas as
palavras esto escritas corretamente na frase (no esto sendo
consideradas as alteraes que passaram a vigorar recentemente):
(A) Intervenses governamentais massias e at agora sem precedentes no
conseguiram conter os impactos da crise financeira em diversos pases.
(B) A permanncia e a gravidade dos desdobramentos da crise financeira
deicham dvidas e originam expeculaes em todo o mundo.
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(C) A ganncia por lucros cada vez maiores fez com que os riscos dos
investimentos crecessem esponencialmente no mercado financeiro.
(D) A excessiva circulao de instrumentos financeiros imbutia imeno
potencial de perigos redundando, como se viu, em enormes prejuzos.
(E) O xito das resolues tomadas em outros pases depende de um maior
controle das instituies financeiras, o que atinge interesses mltiplos e
provoca resistncia.
Comentrio Alternativa A: as palavras Intervenses e massias esto
erradas. A primeira grafa-se com no lugar do s: intervenes; a segunda,
com C no lugar do ss": macias.
Alternativa B: note o uso incorreto do dgrafo ch aps o
ditongo ei na palavra deicham. Vamos corrigi-la: deixam (com X). Com S
no lugar do x a correta forma de escrever o substantivo especulaes.
Alternativa C: h aqui dois erros sequenciais: crecessem
esponencialmente, percebeu? No verbo, faltou a letra s para compor o
dgrafo SC: crescessem. No advrbio, o s deve dar lugar ao X:
exponencialmente.
Alternativa D: outra sequncia de erros: imbutia imeno. O
verbo escrito com E inicial: embutia. J o adjetivo grafado com S no lugar
do : imenso.
Alternativa E: sem erros ortogrficos. Observe a forma correta
de grafar a palavra xito: com X, e no com Z.
Gabarito E
3. (FCC/2004/TRT 22 Regio (PI)/Analista Judicirio) Quanto ortografia,
est inteiramente correto o que se l em:
a) Ns no nos insurjimos contra esse despropositado aparato de leis porque
no temos quaisquer convices quanto aos nossos fundamentos morais.
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b) A lengalenga de leis, em que se vo transformando nossos cdigos, ope-
se conciso das normas que vijem de modo implcito na sociedade
sudanesa.
Comentrio Grafa-se com G o verbo insurgir (= rebelar(-se) contra a
ordem estabelecida, ou seu(s) representante(s); revoltar(-se); insubordinar(-
se); revolucionar(-se)). Em suas flexes, tal letra dever ser mantida, exceto
diatne de A ou O: ns nos insurjamos; eu me insurjo.
Recomendao semelhante vale tambm para o verbo viger
(= vigorar). Tradicionalmente considerado verbo defectivo, tem ocorrido,
todavia, tambm no presente do subjuntivo: ...para que a lei vija...
Gabarito Itens errados.
4. (FCC/2008/TRF 5 Regio/Analista Judicirio) Todas as palavras esto
corretamente grafadas na frase:
Algumas pessoas no admitem hesitao ou abstenso, quando nos
inquirem: voc se arroula entre os pessimistas ou entre os otimistas?
Comentrio A grafia correta absteno (= ao ou resultado de
abster-se). Por derivar de uma palavra que possui T no radical, deve ser
escrita com . Tambm no est certa a palavra arroula. A forma adequada
arrola (= incluir em uma lista).
Gabarito Item errado.
5. (FCC/2003/TRT 21 Regio (RN)/Tcnico Judicirio) Est correta a grafia
de todas as palavras da frase:
As pesquizas que o antroplogo emprendeu so conclusivas, quando se
consideram os dados que foram comparados.
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Comentrio Na palavra pesquizas, o Z deve dar lugar ao S: pesquisas.
Alm disso, a grafia correta empreendeu (= ps em prtica; realizou), com
EE.
Gabarito Item errado.
6. (FCC/2004/TRT 22 Regio (PI)/Analista Judicirio) Quanto ortografia,
est inteiramente correto o que se l em:
a) No tero sido expatriados esses cinco mil jovens sudaneses? Por vezes, a
palavra refugiados utilizada de maneira meio eufmica.
b) Pases do primeiro mundo acabam catalizando migraes em massa. Do
ponto de vista da populao local, essas levas de migrantes quase nunca
so bem-vindas.
Comentrio O erro da alternativa B encontra-se na palavra catalizando.
Ela deriva de catlise (= combinao entre certos elementos, de modo a
provocar um processo de mudana), j com S. As palavras derivadas devem
manter essa letra.
Gabarito A
7. (FCC/2004/TRE-PE/Tcnico Judicirio) Encontram-se palavras escritas de
modo INCORRETO na frase:
a) A populao brasileira no dispensa a farinha de mandioca, sempre
presente em seus hbitos alimentares, como, por exemplo, no saboroso
piro.
b) Com a raiz da mandioca preparam-se diversos pratos deliciozos (salgados
e doces) que caracterizam a cosinha brasileira.
c) A produo da farinha de mandioca exige a participao de toda a
comunidade, num esforo nico, objetivando rapidez e quantidade.
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d) A obteno da farinha segue mtodos tradicionais, num manuseio
bastante rstico, desde a confeco dos equipamentos necessrios.
e) A assimilao de costumes indgenas foi um dos recursos utilizados pelos
portugueses na adaptao s condies hostis da vida na colnia.
Comentrio O sufixo OSO grafa-se com S: deliciosos. Alm desse
problema, h a escrita errnea da forma correta cozinha, com Z, que tem
como correlatas as palavras cozinhar e cozer. Esta no deve ser confundida
com coser (= costurar)
Gabarito B
8. (FCC/2005/TRT 3 Regio (MG)/Analista Judicirio) Esto corretos o
emprego e a grafia de todas as palavras da frase:
costume discriminar-se os jovens, e a razo maior est em serem
jovens, e no em alguns de seus hbitos que fossem em si mesmos
pernisciosos.
Comentrio No existe o primeiro S utilizado na palavra pernisciosos. A
grafia correta perniciosos (= que podem causar dano moral, intelectual
etc.). Adianto que h um problema de concordncia verbal no segmento
costume discriminar-se os jovens. O infinitivo verbal "discriminar", por estar
na voz reflexiva, deve se flexionar no plural para concordar com o sujeito "os
jovens": " costume discriminarem-se os jovens" (ou " costume os jovens se
discriminarem").
Gabarito Item errado.
9. (FCC/2008/TRT 18 Regio (GO)/Analista Judicirio) Est correta a grafia
de todas as palavras da frase:
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Tentou convencer o jovem a desligar a engenhoca, mas no obteve
sucesso nessa tentativa de dissuazo.
Comentrio A palavra dissuazo escrita com Z constitui erro. Ela deve ser
grafada com S (dissuaso) e deriva de dissuadir (= convencer algum a
mudar de opinio ou desistir de uma inteno).
Gabarito Item errado.
10. (FCC/2008/TRF-5 Regio/Analista Judicirio Informtica) H
ocorrncias de incorreo ortogrfica na frase:
(A) Quando o poder econmico influi nas decises governamentais, acaba por
reservar-se privilgios inconcebveis.
(B) Mo-de-obra ociosa ou paralizada pode decorrer de uma incidiosa e
frustrante concentrao do poder econmico.
(C) Embora tenha sido escrito h tantas dcadas, o texto de Einstein mantm-
se atualssimo, dissipando assim uma possvel alegao de anacronismo.
(D) Os empreendimentos econmicos no podem obliterar os aspectos sociais
intrnsecos a toda e qualquer mobilizao de capital.
(E) A arrogncia inescrupulosa de alguns capitalistas presunosos impede que
haja no apenas distribuio das riquezas, mas acesso s informaes.
Comentrio importante notar quando a questo foi elaborada: 2008, ano
em que o novo Acordo Ortogrfico no estava em vigor e a palavra
mo-de-obra (conjunto de trabalhadores de uma regio, pas etc.) era escrita
com hfen. A regra geral para palavras compostas que se deve empregar o
hfen APENAS SE OS SEUS ELEMENTOS FORMADORES (palavras que formam o
composto) PERDERAM SUA SIGNIFICAO INDIVIDUAL para que a palavra
composta adquirisse um significado nico. Observe os exemplos seguintes.
Abaixo assinado x abaixo-assinado
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Mesa redonda x mesa-redonda
testa de ferro x testa-de-ferro
Sem o hfen, as palavras mantm seu significado individual.
Abaixo assinado indivduo que subscreve, que assina abaixo de
um texto ou reivindicao.
Mesa redonda uma mesa de formato redondo.
Nas palavras compostas, nas quais o hfen usado, repare que OS
ELEMENTOS FORMADORES PERDEM SUA SIGNIFICAO INDIVIDUAL para que
a palavra composta formada adquira um significado completamente novo.
Abaixo-assinado o documento que normalmente contm um
texto ou reivindicao assinada por vrias
pessoas.
Mesa-redonda uma reunio destinada a debater determinado
assunto.
Com a vigncia do novo sistema ortogrfico (a partir de 1 de
janeiro de 2009), a regra geral sofreu alterao: hfen foi eliminado dos
compostos com elemento de ligao e mantido nos COMPOSTOS SEM
ELEMENTO DE LIGAO (de, da, do etc.) em que o primeiro termo um
substantivo, adjetivo, numeral ou verbo. Exemplos:
abaixo-assinado, amor-perfeito, gua-marinha, ano-luz, arco-ris,
beija-flor, decreto-lei, joo-ningum, mdico-cirurgio,
mesa-redonda, tenente-coronel, tio-av, z-povinho,
afro-brasileiro, azul-escuro, amor-perfeito, boa-f, guarda-costas,
guarda-noturno, m-f, mato-grossense, norte-americano,
sempre-viva, sobrinha-neta, scio-econmico, sul-africano,
verbo-nominal, primeiro-ministro, segundo-sargento,
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segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, vaga-lume,
porta-avies, porta-retrato, porta-moedas etc.
Consequentemente, a palavra mo de obra passou a ser escrita
sem hfen. Mas esse no o problema da questo, que foi aplicada em 2008.
As palavras paralisada (que guarda relao com paralisia, com S) e
insidiosa so escritas com S no lugar do z (paralizada) e do c
(incidiosa.).
Gabarito B
11. (FCC/2009/PGE-RJ/TCNICO SUPERIOR ADMINISTRADOR) adequado
o emprego e correta a grafia de todas as palavras da frase:
(A) Os poetas romnticos eram obsecados por imagens que, figurando a
distncia, expressavam com ela a gososa inatingibilidade de um ideal.
(B) prazeroso o reconhecimento de uma pessoa que, surgindo longnqua,
parece ento mais prxima que nunca paradoxo pleno de poesia.
(C) A abstenso da proximidade de algum no impede, segundo o cronista,
que nossa afetividade aflore e haja para promover uma aproximao.
(D) Nenhuma distncia dilui o afeto, pelo contrrio: o reconhecimento da
amada longeva avisinha-a de ns, f-la mais prxima que nunca.
(E) O cronista ratifica o que diz um velho provrbio: a distncia que os olhos
acusam no exclue a proximidade que o nosso corao promove.
Comentrio Alternativa A: grafa-se com C no lugar do s o adjetivo
obcecados (que est com a conscincia obscurecida; paralisado do intelecto;
cego de entendimento); j a palavra gozosa (em que h gozo, prazer,
satisfao) deve ser escrita com Z no lugar do primeiro s.
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Alternativa B: no h erro ou inadequao aqui. Destaque
para o acrscimo do sufixo OSO ao substantivo prazer, o que derivou ou
adjetivo prazeroso.
Alternativa C: deve ser escrito com em vez do segundo s
o vocbulo absteno (ao ou efeito de privar a si mesmo de algo comida,
bebida, hbito ou vcio etc.); alm desse, outro erro sutil: o verbo agir deve
ser escrito sem h, mesmo conjugado no presente do subjuntivo: aja. Com
h (...que nossa afetividade aflore e haja...), a referncia ao verbo haver,
que no se adqua ao sentido da frase.
Alternativa D: o verbo avizinhar (fazer ficar mais perto ou
chegar mais perto fsica, espacial, temporal ou moralmente) grafado com Z
em vez de s.
Alternativa E: emprega-se a letra I na slaba final de formas
conjugadas dos verbos terminados em UIR (diminui; influi, influis; possui,
possuis, instiui ; exclui etc.).
Gabarito B
12. (FCC/2010/TRE-RS/TCNICO JUDUCIRIO PROGRAMAO DE
SISTEMAS) A palavra em destaque est adequadamente empregada na
seguinte frase:
(A) Esse o produto antictico mais poderoso j utilizado no hospital.
(B) Temendo que sua fala fosse caada, evitou agresses.
(C) Esse estrato social o mais afetado quando h chuvas torrenciais.
(D) A correta emerso dos pes no caldo que vai garantir o sucesso da
receita.
(E) O ilcito trfego de influncias que praticava o levou ao banco dos rus.
Comentrio Foram cometidos vrios erros ortogrficos.
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Na alternativa A, a grafia correta da palavra sublinhada
antissptico produto que impede a contaminao e combate a infeco
(diz-se de medicamento). Anticptico (com p) indica aquele que adversrio
dos cpticos ou do cepticismo, isto , doutrina dos que examinam e duvidam;
estado dos que duvidam ou afetam duvidar de tudo; descrena.
Em B, caada com significa ao ou resultado de caar,
procurar com grande empenho, perseguio. Eis a forma adequada: cassada
revogao, anulao (mandato, licena, direitos polticos etc.); impedimento
da continuidade ou da realizao de algo; proibio.
Na alternativa C, a palavra foi corretamente escrita e
empregada adequadamente na frase; ela significa grupo ou camada social de
uma populao, definido em relao ao nvel de renda, educao etc. Extrato
com x pode expressar o produto de uma extrao, aquilo que se extraiu;
pequeno trecho extrado de um texto maior, para ilustrao ou exemplificao;
registro pormenorizado de operaes bancrias realizadas em um determinado
perodo.
Na alternativa D, deveria ter sido utilizada a palavra imerso
para indicar a ao ou o resultado de imergir(-se), de mergulhar(-se) em um
lquido (imerso de um submarino). Emerso a ao ou o resultado de
emergir, vir tona (emerso do submarino), antnimo de imerso.
Em E, a palavra adequada trfico, comrcio ilegal e
clandestino. Trfego o mesmo que movimentao ou fluxo de veculos;
trnsito.
Gabarito C
13. (FCC/2003/TRT 21 Regio (RN)/Tcnico Judicirio) Est correta a grafia
de todas as palavras da frase:
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a) Quem imagina que o progresso s trs vantagens ficar frustado quando
perceber os dezajustes que ele pode provocar.
b) com muita espontaniedade que passamos a gosar dos benefcios do
progresso, sem nos preocuparmos com as suas conseqncias.
Comentrio Na primeira alternativa, a forma verbal trs deriva do verbo
trazer, escrito com Z; ela no deve ser confundida com o advrbio atrs (=
s costas ou na retaguarda; em posio anterior ou inferior). O adjetivo
frustado grafa-se corretamente assim: frustrado, com o segundo R.
Tambm o substantivo desajustes est escirto erradamente. Eis a forma
certa: desajustes (= audncia de encaixe entre duas coisas; falta de
coincidncia ou de coerncia entre fatos, opinies, ideias, objetivos etc.), com
S no lugar do Z.
Na segudna alternativa, os erros repousam nas palavras
espontaniedade e gosar. Na primeira houve a mudana de posio da letra
I, repare: espontaneidade (= carter ou qualidade do que espontneo,
natural, sem afetao; naturalidade). Na segunda o S deve dar lugar ao Z:
gozo (= possuir ou usufruir coisas boas, prazerosas ou teis; desfrutar; fruir).
Gabarito Itens errados.
14. (FCC/2003/TRE-AC/Tcnico Judicirio) Encontram-se palavras escritas de
modo INCORRETO na frase:
a) Hbitos arraigados na populao, como o das queimadas antes do plantio,
oferecem alto risco floresta.
b) O acesso aos dados do INPE mostra um aumento considervel na
devastao da floresta amaznica.
c) Uma fiscalizao efics de toda a regio amaznica exigiria um continjente
maior de funcionrios.
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d) O Brasil goza do privilgio de dispor de uma rea florestal imensa e
importante para o equilbrio ecolgico.
e) Seriam necessrias vultosas quantias para evitar a extino de espcies
animais e vegetais que constituem a riqueza da Amaznia.
Comentrio Grafa-se com Z final o vocbulo eficaz. Oxtonas terminadas
em AZ no recebem acento (as finalizadas em AS sim). Tambm est
incorreta a palavra continjente. Eis a grafia certa: contingente (= conjunto
de pessoas formado para executar determinada tarefa).
Gabarito C
15. (FCC/2004/TRT 22 Regio (PI)/Analista Judicirio) Quanto ortografia,
est inteiramente correto o que se l em:
O autor do texto deplora nossos cdigos casusticos. Ele manifesta clara
preferncia pela primasia dos valores morais comuns, e no das
obrigaes regulamentadas.
Comentrio A palavra primazia (= importncia maior de uma pessoa ou
coisa em relao a outra; preferncia; prioridade; privilgio) escrita com Z e
n com S; deriva de primaz, tambm com Z.
Gabarito Item errado.
16. (FCC/2005/TRT 3 Regio (MG)/Analista Judicirio) Esto corretos o
emprego e a grafia de todas as palavras da frase:
A encorporao de um novo lxico uma das conseqncias de todo
amplo avano tecnolgico, j que este indus criao ou recriao de
palavras para nomear novos referentes.
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Comentrio Grafa-se com Z o verbo induzir (= levar algum a agir ou
pensar de determinada forma). Suas flexes tambm sero escritas com Z:
induz.
Alm disso, a palavra correta, no contexto, incorporao
(= incluso, anexao, agregao).
Gabarito Item errado.
17. (FCC/2008/TRF 5 Regio/Analista Judicirio) Todas as palavras esto
corretamente grafadas na frase:
As sensaes espectantes produzem, entre os mais pessimistas, muito
temor, e entre os otimistas, uma gososa, deleitosa ansiedade.
Comentrio Em espectantes o examinador trocou o X pelo primeiro S. Eis
a grafia certa do adjetivo: expectante (= que espera, ansiosa e atentamente;
que est na expectativa ou que a demonstra). Alm disso, h um problema na
grafia do adjeitvo gososa. O certo gozosa (= em que h gozo, prazer,
satisfao) com Z, pois ele deriva de gozo, tambm com Z. Houve quem
pensasse, equivocadamente, se tratar da palavra gostosa, caso em que a
letra T estaria ausente.
Gabarito Item errado.
18. (FCC/2003/TRE-AM/Tcnico Judicirio) H palavras escritas de modo
INCORRETO na frase:
a) O grande desafio, na Amaznia, ser o de explorar as imensas riquezas da
regio, inclusive os recursos minerais, sem precisar exterminar a floresta.
b) imprescindvel conciliar interesses de proprietrios e a explorao
sustentada da floresta, em benefcio do meio ambiente.
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c) Dificilmente a cultura da soja ter, no cerrado amaznico, o mesmo
sucesso econmico que obteve na regio do Centro-Oeste.
d) Nos projetos que buscam solues para a Amaznia deve ser considerada
a enorme diversidade ecolgica e social dessa regio.
e) O escesso de humidade, resultado do intenso regime de chuvas na
Amaznia, prejudica o desenvolvimento da agricultura na regio.
Comentrio Encontram-se na ltima opo as incorrees: escesso e
humidade. Compare-as com as formas corretas: excesso e umidade.
Gabarito E.
19. (FCC/2008/TRT 18 Regio (GO)/Analista Judicirio) Est correta a grafia
de todas as palavras da frase:
a) Por que no se institue a determinao de por um fim ao abuso dos rudos
no interior de um nibus?
b) difcil explicar o porqu de tanta gente sentir-se extasiada diante das
iniqidades de um filme violento.
Comentrio Na primeira alternativa, a expresso Por que est correta,
pois integra uma frase interrogativa. Mas o vocbuo institue est grafado
erradamente. Emprega-se a letra I na slaba final de formas dos verbos
terminados em UIR (diminui, diminuis, influi, influis, possui, possuis, instiui
etc.). Igualmente errada est a grafia do verbo por sem o acento circunflexo
(pr). o acento que o diferencia da preposio por o novo Acordo mantev e
esse acento diferencial.
Na segunda alternativa, a expresso porqu (= motivo) est
correta; note o artigo que a antecede. Destaque ainda para as corretas grafias
de extasiada (de xtase = estado de arrebatamento causado por um prazer
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muito forte ou por uma grande admirao) e iniqidade, com trema. O novo
Acordo Ortogrfico aboliu o trema.
Gabarito B
OBSERVAO Para confirmar o que disse a respeito da
slaba final dos verbos termindos em UIR, veja outras questes envovlendo
esse conhecimento.
20. (FCC/2003/TRT 21 Regio (RN)/Tcnico Judicirio) Est correta a grafia
de todas as palavras da frase:
a) O que mais influe no aumento da presso arterial a vida cedentria que
os caboclos passam a levar.
b) A obsesso pelo progresso leva os mais ingnuos a acharem que toda
novidade constitui, em si mesma, uma vantagem.
Comentrio Os erros da alternativa A so: influe o correto influi, que
deriva de influir e cedentria o correto sedentria (que est quase
sempre sentado; que no exercita o corpo e o conserva inativo), com S.
Nota-se o emprego correto da forma verbal constitui, que
deriva de constituir.
Gabarito B
21. (FCC/2005/TRT 3 Regio (MG)/Analista Judicirio) Esto corretos o
emprego e a grafia de todas as palavras da frase:
Um pequeno glossrio, capaz de elucidar a nova terminologia da
informtica, contribui muito para afastar os percalos do caminho dos
usurios iniciantes, aturdidos com tanta novidade.
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Comentrio Destaque para a flexo do verbo contribuir: contribui, com I
final.
Gabarito Item certo.
22. (FCC/2010/TRE-RS/TCNICO JUDUCIRIO PROGRAMAO DE SIS-
TEMAS) A lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na
piada
Por qu , ou pela forma por qu, para que esteja em conformidade com
o padro culto escrito, a da frase:
(A) Eu no sei o . .... de sua indeciso.
(B) . .... foi to inbil na conduo do problema?
(C) Ele est to apreensivo . ....?
(D) Decidiu-se somente ontem . .... dependia de consulta famlia.
(E) A razo . .... partiu sem avisar ainda desconhecida.
Comentrio Como o examinador indicou a grafia separada e com acento, o
melhor a fazermos encontrar uma lacuna no final de uma pergunta. Ela s
aparece na letra C, na frase Ele est to apreensivo por qu? Veja agora a
grafia correta referente s outras lacunas:
- alternativa A: porqu (substantivo). Note que o vocbulo est
antecedido do artigo o.
- alternativa B: Por que (pronome interrogativo). A expresso
encontra-se numa frase interrogativa, mas no incio dela.
- alternativa D: porque (conjuno). Quando se tratar de uma
explicao, justificativa, causa ou razo, a expresso escrita sem separao,
como um vocbulo apenas.
- alternativa E: por que (preposio + pronome relativo).
Observe que possvel a substituio por pela qual.
G
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23. (FCC/2010/TCM-CE/ACE) Est clara e correta a redao deste livre
comentrio sobre o texto:
Sendo tambm ele prprio funcionrio pblico e escritor, Carlos
Drummond de Andrade escreveu uma crnica aonde fala de tal caso.
Comentrio No precisamos do texto para analisar o item. Basta perceber
que a expresso aonde foi usada erroneamente. No existe verbo de
movimento que exija a preposio a.
Gabarito Item errado.
24. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalizao Financeira) Est clara e correta
a redao deste livre comentrio sobre o texto:
Esto nos destinos extraordinrios toda a argcia das fbulas populares,
aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais.
Comentrio Aqui tambm no precisamos do texto para analisar o item.
Basta perceber de novo que a expresso aonde foi usada erroneamente. No
existe verbo de movimento que exija a preposio a. Alm disso, o sujeito da
forma verbal Esto o termo toda a argcia das fbulas populares, cujo
ncleo o substantivo singular argcia (= perspiccia, sagacidade,
arguemento astucioso, matreiro). Isso obriga o verbo a se flexionar na terceira
pessoa do singular: Est.
Gabarito Item errado.
25. (FCC/2008/TRT 18 Regio (GO)/Analista Judicirio) Est correta a grafia
de todas as palavras da frase:
Que temos ns a haver com o relatrio que deixou frustado aquele
executivo?
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Comentrio Aqui h dois problemas. O verbo haver pode assumir os
seguintes significados: ter, possuir, alcanar, conseguir, obter, receber.
Portanto, seu emprego na expresso temos ns a haver configura
redundncia, impropriedade, em virtude de j existir nela o verbo ter. A
express correta temos ns a ver. Tambm apresenta problema em sua
grafia a palavra frustado. O correto frustrado (= que se decepcionou,
desapontou, desiludiu), com o segundo R.
Gabarito Item errado.
26. (FCC/2009/TRT 7 Regio (CE)/Analista Judicirio adaptada) Julgue a
assertiva seguinte.
Traduz-se corretamente o sentido do segmento destacado em:
a) Contra o trabalho infantil alinham-se = vo ao encontro do trabalho
infantil.
Comentrio A expresso ao encontro de exprime a ideia de
favorabilidade, concordncia. O sentido do segmento inicial de oposio,
marcada pela preposio Contra.
Gabarito Item errado.
No se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos especficos,
de no reconhecer a vantagem de se empregar um termo tcnico em vez
de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulrio especializado
(...).
27. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Na construo No se trata de
ir contra (...), de no reconhecer (...), de abolir (3 pargrafo), os
elementos sublinhados tm, na ordem dada, o sentido de
a) contrariar - desconhecer - procrastinar
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b) ir ao encontro - ignorar - suspender
c) contradizer - desmerecer - extinguir
d) contraditar - discordar - reprimir
e) ir de encontro - rejeitar - suprimir
Comentrio Se voc ficou com dvidas, quanto aos significados das
expresses, sugiro resolver a questo eliminando as mais fceis. Ao encontro
de exprime favorabilidade, concordncia, o que altera o sentido do texto.
Elimine a alternativa B. Abolir pode significar extinguir, suprimir, eliminar,
deixar de lado, abandonar; mas no procrastinar (= deixar para depois, adiar,
postergar) ou reprimir (= conter, refrear, coibir, controlar). Elimine as
alternativas A e D. Finalmente, desmerecer significa menosprezar, depreciar
por isso no serve como sinnimo de no reconhecer. Elimine a alternativa
C.
Gabarito E
28. (FCC/2010/TRF 4 Regio/Analista Judicirio) A informao negativa do
segmento chefes de estado tentando, em vo, aparar arestas deve-se,
sobretudo, ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em:
, que esperavam obter ajuda (...) a) A tese foi rechaada pelos emergentes
b) (...) no se dispunham a cumprir sequer metas modestas.
c) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatrios (...)
. d) (...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais
e) O resultado final foi um documento poltico genrico (...)
Comentrio Ao utilizar a expresso sobretudo, a banca indicou que quer
como resposta aquela em que h nfase do sentido negativo. Note, na
segunda alternativa, o elemento de negao no anteposto palvra sequer
(= ao menos).
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Gabarito B
ACENTUAO GRFICA
A partir de agora, vamos mudar o foco da aula para falarmos sobre
acentuao grfica, que tambm mais um tpico do programa.
29. (FCC/2008/TRF 5 Regio/Analista Judicirio) Todas as palavras esto
corretamente grafadas na frase:
a) Ela no cr em rixa, mas em complementaridade entre o pessimismo e o
otimismo, admitindo, assim, flexibilizao das sensaes humanas.
b) Em tese, no se deve previlegiar o otimismo ou o pessimismo; esses
humores no reinvindicam, por si mesmos, nenhuma hegemonia.
Comentrio Na primeira alterntiva, destaque para o acento circunflexo na
forma verbal cr: monosslaba tnica terminada em E. Cuidado com aquelas
palavrinhas que so escritas com consoante muda: abdicar, absoluto,
adjetivo, admirar, afta, enigma, eclipse, digno, impugnar, maligno, optar,
decepo, aptido, rapto, rptil, repugnar, substancia.
Os problemas surgem na segunda opo. Observe as grafias
corretas das palavras privilegiar e reivindicam (ausncia do primeiro N).
Gabarito A
30. (FCC/2004/TRE-PE/Tcnico Judicirio) As palavras que recebem acento
grfico pela mesma razo que o justifica em vrios, so
a) estmago e provvel.
b) ocorrncia e predatrio.
c) influncia e insacivel.
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d) martimas e tambm.
e) nmero e at.
Comentrio Recebe acento a palavra vrios por ser uma paroxtona
terminada em ditongo oral, assim como ocorrncia e predatrio.
Gabarito B
31. (FCC/2005/TRT 3 Regio (MG)/Analista Judicirio) Esto corretos o
emprego e a grafia de todas as palavras da frase:
a) Os maus-entendidos so fatais quando ainda no se tem destreza numa
nova linguagem, quando ainda no se est familiarizado com um novo
vocabulario.
b) Muita gente letrada e idosa aderiu ao uso do computador, considerando-o
no um sinal do apocalpse, mas uma ferramenta revolucionria na
execuo de tarefas, um instrumento til para qualquer pesquizador.
Comentrio O substantivo mal-entendido grafa-se com l e no com u;
seu plural mal-entendidos. Alm disso, a palavra vocabulario deve
receber acento agudo (vocabulrio), por ser paroxtona terminada em
ditongo.
Repare a palavra apocalpse, com acento agudo. Palavra
parxitona (a-po-ca-lip-se) terminada por E no recebe acento. A palvra
pesquisador deriva de pesquisa, com S, que dever ser mantido nas
palavras derivadas.
Gabarito Itens errados.
32. (FCC/2010/TRE-RS/TCNICO JUDUCIRIO PROGRAMAO DE
SISTEMAS) A frase totalmente correta do ponto de vista da grafia e/ou da
acentuao :
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(A) o caso de se por em discusso se ele realmente cr na veracidade dos
dados.
(B) Referiu-se quilo que todos esperavam sua ascenso na empresa ,
com um misto de humildade e prepotncia.
(C) Enquanto construimos esta ala, eles constroem a reservada aos aparelhos
de rejuvenecimento.
(D) Ele sempre muito corts, mas no pode evitar que sua ogeriza ela
transparea.
(E) Assinou o cheque, mas ningum advinha o valor registrado, porisso foi
devolvido pelo banco.
Comentrio Alternativa A: incorreta. O verbo pr grafa-se com acento
circunflexo para ser diferenciado da preposio por.
Alternativa B: correta. Destaque para o acento circunflexo do
vocbulo prepotncia, justificado por ser uma paroxtona terminada em
ditongo oral.
Alternativa C: incorreta. A forma verbal construimos deve
receber acento agudo no i, pois esta letra constitui a slaba tnica da palavra,
representa a segunda vogal do hiato que forma com a vogal u e est sozinha
na slaba: construmos. Alm disso, faltou um s na palavra rejuvenecimento:
rejuvenescimento.
Alternativa D: incorreta. A grafia correta da palavra com j:
ojeriza, e no com g, como foi escrita. Alm disso, no se emprega acento
grave indicativo de crase antes de pronome pessoal, seja do caso reto, seja do
caso oblquo. O certo, ento, : a ela.
Alternativa E: incorreta. Escreve-se separadamente a
conjuno conclusiva por isso.
Gabarito B
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33. (FCC/2008/TRF 5 Regio/Analista Judicirio) Todas as palavras esto
corretamente grafadas na frase:
O autor do texto se apoia na tese segundo a qual no se deve descriminar
em definitivo entre o pessimismo e o otimismo.
Comentrio Em primeiro lugar, frise-se que a prova foi aplicada em 2008,
momento alheio vigncia do novo Acordo Ortogrfico. Portanto, a grafia
correta para a terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo
apoiar(-se) era apia(-se) ditongo I aberto e tnico. A partir de 2009 e at
31/12/2012, as duas formas esto corretas.
O outro problema do item diz respeito ao emprego de
descriminar (= considerar ou declarar inocente; tirar a culpa; absolver;
inocentar). Percebe-se sem dificuldade que a informao do perodo no
comporta esse significado, mas sim o de discrimimar (= perceber distines
em alguma coisa ou entre coisas diversas; diferenar; discernir; distinguir).
Gabarito Item errado.
34. (FCC/2008/TRT 18 Regio (GO)/Analista Judicirio) Est correta a grafia
de todas as palavras da frase:
Muitos se deixam embalar por um mixto de torpor e devaneio, quando se
entretm janela do nibus.
Comentrio A palavra mixto (com X) no existe. O correto misto (=
que resulta da mistura de dois ou mais elementos diversos (salada mista,
mtodo misto; com S). Alm dela, a palavra entretm apresenta problema.
Como se refere terceira pessoa do plural (Muitos), o acento adequado o
circunflexo (^).
Gabarito Item errado.
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35. (FCC/2007/TRT-23 Regio/Tcnico Judicirio) ...a humanidade precisaria
migrar para os plos... (incio do texto). A mesma norma gramatical que
justifica o acento grfico no vocbulo grifado acima tambm est presente
na palavra grifada em:
a) O mais provvel ponto de partida da espcie humana est na frica,
continente que foi habitado pelo homem de Neandertal.
b) Mmias encontradas na Rssia foram datadas de 28000 anos atrs e, por
suas vestimentas, comprovam a existncia de rituais fnebres.
c) A descoberta de provas arqueolgicas que atestam a evoluo da espcie
humana no pra, trazendo sempre novas luzes sobre o assunto.
d) O homem da Idade do Gelo usava sapatos, fato que possvel comprovar,
pois os dedos menores dos ps dos esqueletos encontrados esto
encolhidos.
e) Instrumentos musicais feitos h 32.000 anos evidenciam o fascnio que a
msica sempre exerceu sobre o homem, em toda a sua histria.
Comentrio a palavra pra que recebe acento diferencial, assim como
plo. Repise-se que a FCC (e as demais bancas tambm) no dever mais
elaborar uma questo desse tipo. Fica aqui, porm, o registro de que ainda
hoje as duas grafias so vlidas, em virtude do perodo de transio entre as
duas regras ortogrficas. Ento, nada de dizer, por enquanto, que as formas
plo e pra esto erradas. Elas ainda podem ser usadas.
Gabarito C
36. (FCC/2010/TRE-RS/ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA) A frase
em que a palavra destacada est empregada de modo equivocado :
(A) Inerme diante da ofensiva to violenta, no lhe restou nada a fazer seno
render-se.
(B) H quem proscreva construes lingusticas de cunho popular.
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(C) Fui informado do diferimento da reunio em que o fato seria analisado.
(D) A descriminalizao de algumas drogas questo polmica.
(E) A flagrncia do perfume inebriava a todos os convidados.
Comentrio Alternativa A: a palavra Inerme foi empregada
adequadamente e significa que no tem meios de se defender.
Alternativa B: a palavra proscreva foi empregada
adequadamente e significa proba, condene.
Alternativa C: a palavra diferimento foi empregada
adequadamente e significa adiamento.
Alternativa D: a palavra descriminalizao foi empregada
adequadamente e significa ato ou efeito de descriminalizar, anular a
criminalidade de um ato.
Alternativa E: a palavra flagrncia exprime a condio
daquilo que flagrante, o momento em que ocorre um flagrante e no foi
adequadamente empregada na frase. Em seu lugar, deveria ser usada a
palavra fragrncia, que significa cheiro agradvel das flores, plantas, perfumes
etc. (fragrncia de morango, fragrncia de rosas); aroma.
Gabarito E
37. (FCC/TRF-2R/ANALISTA JUDICIRIO-REA ADMINISTRATIVA/2007) A
frase em que a grafia e a acentuao esto em conformidade com as
prescries da norma padro da Lngua Portuguesa :
(A) Ao se estender esse viez interpretativo, correm o risco de por tudo
perder, na medida em que ser alterada a estratgia da pesquisa
previamente adotada.
(B) Sua preteno ao consenso esvaiu-se quase que de repente, quando
notou que entorno de si as pessoas mais pareciam descansar que
dispostas debates.
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(C) Tomou como ultrage a displicncia com que foi recebido, advinhando que
o mal-estar que impregnava o ambiente era mais que uma questo
eminentemente pessoal.
(D) Estava atrs de um acessrio que o despensasse de promover a limpeza
do aparelho e sua conseqente manuteno depois de cada utilizao,
mas no pde ach-lo por al.
(E) Quando se considera a par do tema, ajuza sem medo, mas, ao se
compreender insipiente, pra tudo e pede aos especialistas que o
catequizem no assunto para no passar por nscio.
Comentrio Alternativa A: errada. A palavra vis (tendncia, linha de
raciocnio) grafa-se com s e recebe acento por ser monosslaba terminada em
e(s). O correto a perder, sem acento grave porque antes de verbo a crase
proibida.
Alternativa B: errada. A palavra pretenso deriva de
pretender. Usa-se s nas palavras derivadas daquelas que possuem D, RT ou
RG no seu radical: iludir iluso, defender defesa; divertir diverso,
inverter inverso; imergir imerso, submergir submerso. O substantivo
entorno (um s vocbulo) significa o que est ao redor de uma casa, de um
lugar, de uma populao etc. A locuo em torno (expresso escrita
separadamente) tem carter adverbial e exprime circunstncia de lugar. Alm
disso, o acneto grave indicativo de crase jamais ocorre na estrutura singular
+ plural: a debates.
Alternativa C: errada. O substnativo ultraje escrito com j:
as palavras de origem latina recem essa letra (jeito, hoje, majestade, injetar,
objeto, ultraje). O verbo adivinhar no possui o d mudo; ele recebe a letra
i, assim como seus derivados.
Alternativa D: errada. No confunda despensa (diviso da
casa, estabelecimento etc. em que se guardam mantimentos) com dispensa
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(permisso para no realizar ou cumprir um dever ou obrigao;
desobrigao).
Alternativa E: certa. Deve chamar sua ateno as seguintes
locues ou palavras:
a par / ao par
a par = estar ciente.
Ex. Ele est a par de tudo
ao par = ttulo ou moeda de valor idntico:
Ex. O cmbio est ao par
incipiente: que est no comeo (estudo incipiente);
inicial; principiante.
insipiente: tolo, nscio, simplrio (Era um rapaz tmido,
bobo, insipiente.).
o verbo catequizar escrito com z. (acrscimo do
sufixo izar formador de verbo)
o substantivo catequese escrito com s (acrscimo do
sufixo grego ese).
Gabarito E
FLEXO NOMINAL
Aqui est o ponto que eu considero crtico em nossa aula. Como
anunciei no incio, esse assunto no frequente nas provas da FCC nem nas
de outras bancas , pelo menos foi o que pude deduzir depois de analisar
cerca de trinta provas de nvel superior da Carlos Chagas aplicadas nos ultimos
quatro anos. Eis a razo pela qual suplico a voc que me envie, se as tiver,
questes recentes da FCC que tratam desse ponto do seu programa. Prefiro
calar as sandlias da humildade a engan-lo.
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Mas nada de desespero. Veja as coisas por outro ngulo. Se as
questes no so frequentes, esse um ponto do programa que, apesar de
figurar normalmente no edital, no tem peso significativo.
Entretatno, para cumprir o nosso programa, vamos analisar
algumas questes sobre o assunto. Para o seu exerccio, a maior parte das
questes de outra banca examinadora, que tem um pouquinho de tradio
na abordagem desse tpico.
38. (FUNDATEC/EMATER-RS/Economista/2008) Julgue as informaes que se
seguem.
I. Ao se pluralizar a palavra equao na frase A equao contm os
ingredientes do sucesso. (l. 03), apenas duas outras palavras deveriam
sofrer ajustes para fins de concordncia.
II. Se, em Era um empresrio ausente do campo e presente nas grandes
capitais, onde esbanjava suas riquezas. (l. 06-07), substitussemos a
palavra empresrio por administradora, ocorreria apenas uma outra
alterao no perodo.
Comentrio importante reescrever as passagens j com as alteraes
sugeridas e compar-las como a forma original.
I As equaes contm os ingredientes do sucesso.
II Era uma administradora ausente do campo e presente
nas grandes capitais, onde esbanjava suas riquezas.
Em I, sofreram modificaes de nmero o artigo A > As (de
singular a plural) e o verbo contm > contm (notem a substituio do
acento agudo pelo circunflexo, que indica a terceira pessoa do plural: elas).
Em II, a mudana ocorreu no gnero do artigo: um > uma. Tudo isso foi feito
para preservar a harmonia com os substantivos equao > equaes e
empresrio > administradora.
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O artigo inclui-se no conjunto das classes gramaticais
variveis; sofre flexo de gnero e nmero, de acordo com o substantivo que
acompanha, como se percebe neste exerccio.
Gabarito Itens certos.
39. (FUNDATEC/2007/Pref. de Caxias do Sul/Economista) Considere a
seguinte proposta de alterao em palavra do texto e assinale com V, se
for verdadeira, ou com F, se falsa.
( ) Se a palavra jornais (linha 11) fosse substituda por revista, apenas
trs alteraes seriam necessrias para manter a correo gramatical do
perodo em que est inserida.
11 (...) Os jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas tambm porque
12 diminuiu a rea para expanso dos nossos cotovelos. (...)
Comentrio Como estamos novamente s voltas com substituio de
palavras do texto original, minha orientao que voc reescreva a passagem
j com as alteraes propostas e faa a comparao.
11 (...) A revista ficou mais estreita para economizar papel, mas tambm porque
12 diminuiu a rea para expanso dos nossos cotovelos. (...)
Dessa forma fica claro que realmente so apenas trs
alteraes necessrias: a do artigo (Os > A), a do verbo (ficaram > ficou) e
a do adjetivo (estreitos > estreita).
O artigo, conforme comentrio questo anterior,
flexiona-se em gnero (masculino e feminino) e nmero (singular e plural)
para manter a harmonia com o substantivo a que se refere (revista).
Sobre a flexo do verbo, o comentrio ficar para a aula
especfica, uma vez que o propsito agora tratar da flexo nominal.
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J a flexo do adjetivo merece uma explicao mais
detalhada. Note que ele flexionou-se em gnero e nmero (estreitos >
estreita) em razo do novo substantivo: revista. Portanto a flexo do gnero
do adjetivo orienta-se pelo gnero do substantivo, procedendo-se s
alteraes necessrias (adjetivos biformes):
aluno estudioso (masculino)
aluna estudiosa (feminino)
Todavia, h aqueles que tm somente uma forma
(uniformes) para relacionar-se com os substantivos:
aluno inteligente (masculino)
aluna inteligente (feminino)
Alguns adjetivos tambm merecem nossa ateno. So eles:
Masculino Feminino
Ateu Ateia
Plebeu Plebeia
Sandeu Sandia
Judeu Judia
Ru R
Motor Motriz
Gerador Geratriz
incolor, bicolor, tricolor, maior,
menor, superior, inferior, anterior,
posterior
Invariveis
Uma observao ainda deve ser feita sobre a flexo dos
adjetivos. Se a palavra for um substantivo exercendo papel de adjetivo, ela
ficar invarivel: colises monstro, sapatos cinza, calas rosa, blusas vinho
etc.
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Gabarito Item verdadeiro.
40. (FUNDATEC/Pref. de So Leopoldo/Procurador/2005) Considere as
seguintes propostas de alterao de palavras em perodos do texto.
I. Troca da palavra motivos (linha 14) por razo.
II. Substituio da palavra mulheres (linha 16) por garota.
Quais outras palavras dos perodos em que esto inseridas deveriam
obrigatoriamente sofrer alteraes para fins de concordncia,
respectivamente, nos casos I e II?
a) 1 4.
b) 2 5.
c) 3 4.
d) 3 5.
e) 4 6.
13 (...) Em seguida, os pesquisadores entrevistaram homens e mulheres separadamente,
14 para que se identificassem os principais motivos de stress em cada grupo.
16 (...) "As mulheres acham que precisam se esforar mais e fazer vrias coisas ao mesmo
17 tempo para provar que so to capazes quanto os homens", diz a psicloga gacha Ana Maria Rossi,
18 coordenadora da pesquisa. (...)
Comentrio Pronto para reescrever as passagens?
13 (...) Em seguida, os pesquisadores entrevistaram homens e mulheres separadamente,
14 para que se identificasse a principal razo de stress em cada grupo.
16 (...) "A garota acha que precisa se esforar mais e fazer vrias coisas ao mesmo
17 tempo para provar que to capaz quanto os homens", diz a psicloga gacha Ana Maria Rossi,
18 coordenadora da pesquisa. (...)
Em que pesem as flexes verbais tambm apontadas, chamo
a sua ateno para as modificaes sofridas pelos artigos e adjetivos. Na linha
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14, a substituio de motivos (masculino e plural) por razo (feminino e
singular) acarretou tambm as seguintes alteraes de gnero e nmero: os
principais > a principal. Semelhantemente, nas linhas 16 e 17, o artigo A e
o adjetivo capaz flexionam-se em nmero para manter a harmonia do perodo
com o substantivo a que se referem (garota).
Gabarito O comando da questo, repare, requer a identificao das demais
palavras que sofreram alteraes. Elas esto indicadas pela cor vermelha aqui
no nosso comentrio. Agora repare que em nenhuma alternativa existe a
especificao delas, mas sim o nmero correspondente quantidade de
modificaes. No item I, foram feitas mais trs alteraes; no item II, cinco.
Sinceramente, se eu estivesse naquele concurso, marcaria sem hesitar a
alternativa D, que foi o gabarito oficial. Creio, porm, que melhor seria a
anulao da questo, mas isso no ocorreu. E isso mesmo que, s vezes,
acontece em concurso pblico: o candidato deve escolher a melhor resposta
(ou a menos errada) entre as alternativas, pois a banca examinadora
(qualquer que seja ela) nem sempre se rende aos recursos interpostos.
41. (FUNDATEC/Petrobras/Economista/2004) Considere as seguintes
afirmaes sobre a flexo de nmero de substantivos e adjetivos retirados
do texto.
I. O vocbulo profissionais (linha 04) foi formado pelo mesmo processo que
formaria o plural de trivial (linha 09) e desleal (linha 11).
II. O plural das palavras invisvel (linha 10) e difcil (linha 24) no
formado pelo mesmo processo.
III. Pluralizam-se as palavras vulgar (linha 12) e feliz (linha 17) da mesma
maneira.
Quais esto corretas?
a. Apenas a I.
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b. Apenas a II.
c. Apenas a I e a III.
d. Apenas a II e a III.
e. A I, a II e a III.
Comentrio Tratou-se aqui do plural (flexo de nmero) de substantivos e
adjetivos simples. O plural destes obedece s regras daqueles, assim:
1 Terminados em VOGAL, DITONGO, TRITONGO ou HIATO, acrescenta-se S:
Ex.: manga mangas, histria histrias, economia economias
2 Terminados em O, faz-se o plural de trs formas:
2.1 Mudando a terminao por ES:
Ex.: balo bales, corao coraes, vulco vulces, peo pees,
leo lees, etc.
2.2 Mudando a terminao por ES:
Ex.: alemo alemes, co ces, capelo capeles, escrivo
escrives, tabelio tabelies, etc.
2.3 Acrescentando-se S terminao:
Ex.: cidado cidados, acrdo acrdos, cristo cristos, corteso
cortesos, bno bnos, etc.
Obs.: H palavras que possuem mais de um plural: alazo alazes
alazes, ano anos anes, charlato charlates charlates,
castelo castelos casteles, guardio guardies guardies, vulco
vulcos vulces, alo ales alos ales, aldeo aldees
aldees aldeos, ancio ancios ancies ancies, ermito
ermitos ermites ermites, vilo vilos viles viles, etc.
3 Terminados em AL, EL, OL ou UL, substitui-se o L por IS:
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Ex.: carnaval carnavais, jornal jornais, papel papis, sol sis, lenol
lenis, taful tafuis, paul pauis, etc.
Excees: mal males, cnsul cnsules.
4 Se terminarem por IL, o plural ser feito de dois modos:
4.1 Se for tnico, troca-se o L por S: ardil ardis, barril barris, funil
funis, etc.
4.2 Se for tono, troca-se a terminao por EIS: difcil difceis, fcil
fceis, fssil fsseis, etc.
Obs.: As palavras RPTIL e PROJTIL, como paroxtonas, fazem o plural
RPTEIS e PROJTEIS; como oxtonas, REPTIL e PROJETIL, fazem REPTIS e
PROJETIS.
5 Terminados em R ou Z, acrescenta-se ES:
Ex.: mar mares, rapaz rapazes, acar acares, raiz razes, etc.
Obs.: Carter tem o plural caracteres.
6 Terminados por S, faz-se o plural assim:
6.1 Se forem paroxtonos, ficam invariveis: o atlas os atlas, o lpis os
lpis, o osis os osis, etc.
6.2 Se forem oxtonos ou monosslabos, acrescenta-se ES: s ases, gs
gases, revs reveses, etc.
Excees: cais invarivel, cs invarivel (ou coses).
7 Terminados por M, troca-se essa letra por NS:
Ex.: bem bens, homem homens, jardim jardins, etc.
8 Terminados por N, acrescenta-se S ou ES:
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