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DIREITO CONSTITUCIONALCURSO DIREITO MATERIAL EXAME OABINSTAGRAM: @PROFDIEGOCERQUEIRA
DIREITOS DE NACIONALIDADE
Direito ConstitucionalProf. Diego Cerqueira
Aspectos Gerais
Ø A concessão de nacionalidade é ato de manifestação dasoberania estatal;
Ø Compete a cada Estado legislar sobre sua próprianacionalidade, respeitando os compromissos gerais eparticulares aos quais tenha se obrigado;
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Aspectos Gerais• Diferencia os nacionais dos estrangeiros;indivíduos que possuem uma ligaçãopessoal com o Estado daqueles que não otem. Conceito mais amplo;Nacionalidade
• é atributo que diferencia aqueles quepossuem pleno gozo dos direitos políticosdaqueles que não possuem esse direito.Conceito mais restrito.Cidadania
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Nacionalidade OrigináriaArt. 12. São brasileiros:
I - natos:a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;(...)
Critério “jus soli”: qualquer pessoa nascida em território nacional, mesmo que de pais estrangeiros. Exceção: nascido no
Brasil for filho de estrangeiros que estejam a serviço de seu Pais, não será brasileiro nato.
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Nacionalidade Originária
Não se aplica
• Quando ambos os pais estiverem a serviço ou um
deles com acompanhamento do outro;• Ex: esposa estrangeira que
está acompanhando embaixador a serviço de seu
país;
É aplicada
• Quando um do pais estiver a serviço e outro é nacional;• Ex: Embaixador a serviço de
seu país de origem se casa brasileira nata. O filho será brasileiro nato (e poderá obter dupla nacionalidade - NOVELINO,
Marcelo. Curso de Direito Constitucional)
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Atribuição de Nacionalidade Art. 12. São brasileiros:
I - natos:(...)
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil;
Critério “jus sanguinis”: temos um requisito adicional: o fato de qualquer um dos pais (ou ambos) estar a serviço da
República Federativa do Brasil; Direito ConstitucionalProf. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
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Atribuição de Nacionalidade
Art. 12. São brasileiros:I - natos:
(...)c) “os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil
e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira”.
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“Alínea c” - Brasileiros Natos
1ª Condição
• O indivíduo é registrado em repartição brasileira
competente • Registro é condição
suficiente!
2ª Condição
• O indivíduo vem a residir no Brasil e opta, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira• Nacionalidade potestativa!
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Nacionalidade PotestativaØ Filho de brasileiro que tenha nascido no exterior e vier a
residir no país ainda menor será considerado brasileiro nato.Mas, a aquisição definitiva dependerá de sua manifestaçãoapós a maioridade.
Ø Atingiu a maioridade? Sim. Fica suspensa a condição debrasileiro nato, enquanto não for efetivada a opção pelanacionalidade brasileira. A opção deverá ser feita em juízo eem processo que tramita perante a Justiça Federal.
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Atribuição de Nacionalidade
Art. 12. São brasileiros:(...)
II - naturalizados:a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;(...)
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Alínea a – Naturalização
Ø Naturalização ordinária: concedida aos estrangeiros quecumpram os requisitos descritos em lei (Lei de imigração 13.445/2017)
ü A concessão da naturalização ordinária é atodiscricionário do Chefe do Poder Executivo.
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Alínea a – Naturalização
Ø Originários de países de língua portuguesa: o processo éfacilitado, sendo apenas exigidos dois requisitos:
ü Residência no Brasil por um ano ininterrupto;ü Idoneidade moral.
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Atribuição de Nacionalidade
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados:
(...)
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
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Alínea b – NaturalizaçãoØ Naturalização extraordinária:
ü Depende do cumprimento dos 03 requisitos:(Residência ininterrupta no Brasil por mais de quinzeanos; ausência de condenação penal; requerimentodo interessado)
ü É ato vinculado do Presidente;ü Gera direito subjetivo à nacionalidade
brasileira.
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Portugueses residentes no Brasil
Art. 12(...)
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
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Portugueses residentes no BrasilØ São condições favoráveis concedidas para recebimento de
tratamento igual ao de um brasileiro naturalizado;
Ø Não há atribuição de nacionalidade (por naturalização) aosportugueses nem aos brasileiros que residam em Portugal.
Ø O que existe é tão somente concessão de direitos inerentesaos nacionais do Estado;
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Condição Jurídica do Nacionalizado
Art. 12, § 2º, CRFB/88 “a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição”. (...)
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Cargos privativos de brasileiro natoArt. 12, § 3º, CRFB/88,
(...)§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;VII - de Ministro de Estado da Defesa.
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Perda da Nacionalidade Art. 12 (...)
§4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em
seu território ou para o exercício de direitos civis;
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Não haverá perda da nacionalidadeØ Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira:
Ex: Giani Canavarro (brasileiro nato) seja filho de pai italiano e tenhadireito, pela lei italiana a ser também italiano nato. Nesse caso, a leiestrangeira está reconhecendo nacionalidade originária. Terá umadupla nacionalidade.
Ø Imposição de naturalização: pela norma estrangeira, ao brasileiroresidente em estado estrangeiro, como condição para permanênciaem seu território ou para o exercício de direitos civis. Ex: Lei de umpaís “X” determina que o indivíduo somente poderá se casar com umanacional daquele país caso obtenha sua naturalização. Anaturalização é condição imposta para o exercício de um direito civil.
Cancelamento de naturalização
• Sentença judicial em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional;• Somente se aplica a brasileiros naturalizados.
Aquisição de outra nacionalidade
• Perda-mudança ou de perda da nacionalidade
por naturalização voluntária;
• Brasileiros natos quanto a brasileiros naturalizados.
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Língua e Símbolos Oficiais
Art. 13, CRFB/88A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do
Brasil.§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira,
o hino, as armas e o selo nacionais.§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter
símbolos próprios.
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DIREITOS POLÍTICOS
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Aspectos Gerais
Ø São aqueles que garantem a participação do povo nacondução da vida política nacional.
Ø São direitos relacionados ao exercício da cidadania; formama base do regime democrático (soberania popular).
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Democracia na CRFB/88
Ø Democracia semidireta ou participativa: é aquela em que o povotanto exerce o poder diretamente quanto por meio derepresentantes.
Ø Sistema híbrido: características da democracia direta e indireta. Éadotada no Brasil. Ex: institutos típicos da democracia semidireta,como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis.
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Direitos políticos na CRFB/88
Positivos• Relacionados à participação ativa
dos indivíduos na vida política do Estado.
• São direitos relacionados ao exercício do sufrágio.
Negativos• São as normas que limitam o
exercício da cidadania, que impedem a participação dos
indivíduos na vida política estatal. • São as inelegibilidades e as
hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos.
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Direitos políticos positivos
Art. 14, CRFB/88
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos
da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
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SufrágioØ Capacidade de votar e de ser votado; engloba a capacidade
eleitoral ativa (direito de alistar-se como eleitor - alistabilidade e o direito de votar)
além da capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado e de se elegerpara um cargo público - elegibilidade)
Capacidade eleitoral
ativa
Capacidade eleitoral passiva
Sufrágio
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Exercício do voto
Ø O voto é o instrumento para o exercício do sufrágio;
Ø Deverá ser direto, secreto, universal, periódico (art. 60, § 4º, CF),obrigatório (art. 14, § 1º, I, CF) e com valor igual para todos (art. 14,caput).
Ø A única característica que não é cláusula pétrea é a obrigatoriedadede voto; pode ser abolida mediante emenda constitucional.
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Plebiscito e Referendo e iniciativa popular
Ø Plebiscito: a consulta se dá previamente à edição do ato legislativo ouadministrativo; (“É um cheque em branco, porque seu resultado não vincula oCongresso Nacional. É improvável que isso aconteça, mas o Congresso não é obrigado,
juridicamente, a votar o que o povo já decidiu em plebiscito” (Ayres Brito)
Ø Referendo: a consulta popular ocorre posteriormente à edição do atolegislativo ou administrativo, cabendo ao povo ratificar (confirmar) ourejeitar o ato.
Ø Iniciativa popular: apresentar projetos ao Congresso Nacional desdeque reúnam assinaturas de pelo menos 1% do eleitorado nacional,localizado em pelo menos cinco estados brasileiros. Ex: Lei da FichaLimpa (Lei Complementar 135/2010).
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Capacidade eleitoral ativa
Ø Exercício do direito de voto nas eleições, plebiscitos e referendos;
Ø A capacidade eleitoral ativa é adquirida mediante a inscrição junto àJustiça Eleitoral;
Ø Depende do alistamento eleitoral (pedido do interessado).
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Capacidade eleitoral ativa
Art. 14, CRFB/88 §1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;II - facultativos para:
a) os analfabetos;b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
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Capacidade eleitoral ativa
Ø Brasileiros (natos ou naturalizados): poderão se alistar;
Ø Estrangeiros: são inalistáveis e, portanto, não podem votar eser votados. (capacidade eleitoral ativa + passiva).
Ø Portugueses equiparados: por receberem tratamentoequivalente ao de brasileiro naturalizado, poderão se alistarcomo eleitores.
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Capacidade eleitoral ativa
Ø O alistamento eleitoral é vedado aos conscritos, durante o serviçomilitar obrigatório (serviço militar inicial obrigatório).
Ø O TSE considera conscritos os médicos, dentistas,farmacêuticos e veterinários que prestam serviço militarobrigatório.
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Capacidade eleitoral ativa
Ø Voto dos portadores de deficiência grave cujanatureza e situação impossibilite ou torneextremamente oneroso o exercício de suasobrigações eleitorais:
“não estará sujeita a sanção a pessoa portadora de deficiência que torne impossível ou
demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, relativas ao alistamento e
ao exercício do voto”. (Resolução TSE nº 21.920/2004)
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Capacidade eleitoral ativa
Ø E como fica a situação dos índios?
”somente os índios integrados (excluídos os isolados e os em via de integração) seriam obrigados à comprovação de quitação do
serviço militar para poderem se alistar (Resolução TSE no 20.806/2001)
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ALISTAMENTO E VOTO
OBRIGATÓRIO•PARA MAIORES DE 18 ANOS
ALISTAMENTO E VOTO
FACULTATIVOS
•PARA ANALFABETOS;•MAIORES DE SETENTA ANOS;•MAIORES DE DEZESSEIS EMENORES DE DEZOITO ANOS.
ALISTAMENTO E VOTO
VEDADOS
•PARA OS ESTRANGEIROS•DURANTE O SERVIÇO MILITAROBRIGATÓRIO, PARA OSCONSCRITOS.
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Capacidade eleitoral passiva
Ø Direito de ser votado, de ser eleito (elegibilidade).
Ø Precisa cumprir os requisitos constitucionais para a elegibilidade enão incorrer em nenhuma das hipóteses de inelegibilidade, que sãoimpedimentos à capacidade eleitoral passiva.
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Capacidade eleitoral passiva
Art. 14, CRFB/88 § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
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Capacidade eleitoral passiva
Ø Brasileiros natos ou naturalizados poderão ser eleitos a mandatoseletivos;
Ø Estrangeiros não poderão ser eleitos;Ø Portugueses equiparados: recebem tratamento equivalente ao de
brasileiro naturalizado;Ø Exceção: há certos cargos políticos que são privativos de brasileiros
natos (art. 12, § 3º, CF/88).
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Capacidade eleitoral passiva
Ø Pleno exercício dos direitos políticos: é condição de elegibilidade.Indivíduos que incorrerem em hipótese de perda ou suspensão dedireitos políticos não serão elegíveis. Ex: improbidade administrativa.
Ø Alistamento eleitoral: é um requisito de elegibilidade. Inalistáveis(estrangeiros e os conscritos) não serão elegíveis - não podem ser votados.
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Capacidade eleitoral passivaØ Domicílio eleitoral na circunscrição: aquele que pretenda se
candidatar deve ter seu domicílio eleitoral no local no qual iráconcorrer às eleições.
Ø Filiação partidária: não se admite a candidatura avulsa(desvinculada de partido político);
Ø Idade mínima: deve ser considerada na data da posse.
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Capacidade eleitoral passiva
Ø A desfiliação e a infidelidade partidárias resultarãona perda do mandato, salvo justa causa (Ex: desviode orientação ideológica do partido).
Ø Essa regra não se aplica aos candidatos eleitospelo sistema majoritário, sob pena de violação dasoberania popular e das escolhas feitas peloeleitor.
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Capacidade eleitoral passiva Art. 14, CRFB/88
VI - a idade mínima de:a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República
e Senador;b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal;c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;d) dezoito anos para Vereador.
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CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
NACIONALIDADE
BRASILEIRA
PLENO EXERCÍCIO
DOS DIREITOS POLÍTICOS
ALISTAMENTO ELEITORAL
DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇ
ÃO
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
IDADE MÍNIMA
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Inelegibilidade
Ø Limita o exercício do sufrágio, restringindo a participação doindivíduo na vida política.
Inelegibilidades
Hipóteses de perda e suspensão
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InelegibilidadeØ Inelegibilidades absolutas: regras que impedem a candidatura e
o exercício de qualquer cargo político. Ex: Art. 14, §4º - ”sãoinelegíveis os inalistáveis e os analfabetos”.
Ø Inelegibilidades relativas: regras que obstam a candidatura acertos cargos políticos, em virtude de situações específicasprevistas na Constituição ou em lei complementar. Ex: i) pormotivos funcionais; ii) por motivo de casamento, parentesco ou afinidade(inelegibilidade reflexa); iii) inelegibilidade relativa à condição de militar.
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Inelegibilidades relativasØ Motivo funcional:
Art. 14, § 5º, CRFB/88:
O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
PS: Poder Legislativo: Deputado ou Senador pode ser eleito para mandatos sucessivos.
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Inelegibilidades relativas: Por motivo funcional
Ø Prefeito itinerante: o cidadão que já exerceudois mandatos consecutivos de prefeito ficainelegível para um terceiro mandato, aindaque seja em município diferente.
“essa limitação só vale para o mesmo cargo. Se ele mudou de natureza do cargo. (prefeito para
Governador ou legislativo), pode sim, respeitado a desincompatibilização”. (TSE no REspE 32.539/AL +
Recurso Especial nº 32.507/AL)
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Inelegibilidades:Casos especiais
Ø O cidadão que já foi Chefe do Poder Executivo pordois mandatos consecutivos não poderá, na eleiçãoseguinte, se candidatar ao cargo de Vice:
Ø Os Vices também só poderão se reeleger, para omesmo cargo, por um único período subsequente:Exemplo: Michel Temer foi Vice-Presidente no mandato2011-2014, sendo reeleito para o mandato seguinte (2015-2018). No entanto, ele não poderá se candidatar a umterceiro mandato consecutivo como Vice-Presidente.
Ø STF: “Os Vices, reeleitos ou não, poderão secandidatar ao cargo do titular na eleição seguinte,mesmo que o tenham substituído no curso domandato”. (CasoMario Covas X Geraldo Alckmin).
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Regra da desincompatibilização
Art. 15, § 6º, CRFB/88:Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos
até seis meses antes do pleito.
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Regra da desincompatibilizaçãoØ A desincompatibilização não é necessária quando o Chefe do
Poder Executivo vai concorrer à reeleição. Só cabe quando candidato vaiconcorrer a um novo cargo. Ex: Governador se candidata a Senador em próxima eleição.
Ø E os Vices? Precisam se desincompatibilizar? Poderãoconcorrer normalmente a outros cargos, preservando seusmandatos, desde que nos 06 meses anteriores ao pleito nãotenham sucedido ou substituído o titular.
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Inelegibilidade reflexaØ Pro grau de parentesco, casamento ou afinidade:
Art. 14, § 7º, CRFB/88:
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção,
do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição.
PS: Somente afeta titular de cargo do Poder Executivo
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Inelegibilidade por grau de parentesco
O cônjuge, parentes e afins, até o segundo grau, ou por adoção de Prefeitonão poderão se candidatar a nenhum cargo dentro daquele Município(Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito).
O cônjuge, parentes e afins, até o segundo grau, ou por adoção deGovernador não poderão se candidatar a nenhum cargo dentro daqueleEstado. Isso inclui os cargos de Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito (dequalquer dos Municípios daquele estado), bem como os cargos deDeputado Federal, Deputado Estadual e Senador, por aquele estado.
O cônjuge, parentes e afins, até o segundo grau, ou por adoção dePresidente não poderão se candidatar a nenhum cargo eletivo no País.
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Ø Súmula Vinculante nº 18: A dissolução da sociedade ou dovínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta ainelegibilidade prevista no § 7º, do artigo 14 da ConstituiçãoFederal;
Ø Morte durante mandato: ”Com a morte, cessa-se apossibilidade de influência para manipulação dos cargos. Ocandidato volta a ter elegibilidade. Não há aplicação dasúmula vinculante 18”. (Repercussão geral 678 STF) (XXIV Exame OAB)
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Inelegibilidade relativa
Ø Por condição de militar:
Art. 15, § 8º, CRFB/88:
O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato
da diplomação, para a inatividade.
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Inelegibilidade:Condição de militar
Ø Uma das condições de elegibilidade é afiliação partidária. Mas, o art. 143, §3º, V,CF, veda a filiação do militar a partidopolítico.
Ø TSE: “caso o militar venha a candidatar-se,a ausência de prévia filiação partidária(uma das condições de elegibilidade) serásuprida pelo registro da candidaturaapresentada pelo partido político eautorizada pelo candidato
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Outros casos de inelegibilidade
Art. 15, § 9º, CRFB/88:Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os
prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
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Ação de impugnação de mandato eletivo
Art. 15, § 10º, CRFB/88:
O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou
de manifesta má-fé.
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Perda e suspensão dos direitos políticos Art. 15, CRFB/88
É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos;IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Perda e suspensão dos direitos políticos
Ø A perda se dá por prazo indeterminado, enquanto asuspensão pode se dar tanto por prazo determinado quantopor indeterminado;
Ø A perda, a reaquisição dos direitos políticos não é automáticaapós a cessação da causa; na suspensão, a reaquisição éautomática.
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PERDA DOS DIREITOS POLÍTICOS
CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO POR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO
RECUSA DE CUMPRIR OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA OU PRESTAÇÃO ALTERNATIVA,
NOS TERMOS DO ART. 5º, VIII.
SUSPENSÃO DOS DIREITOS
POLÍTICOS
INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA
CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO, ENQUANTO DURAREM SEUS
EFEITOS (PERDA DO MANDATO ELETIVO)
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, NOS TERMOS DO ART. 37, § 4º
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Perda e suspensão dos direitos políticos
O art. 37, § 4º, CF/88Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
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Princípio da anterioridade eleitoral
Art. 16 CRFB/88 A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
PS: Cláusula pétrea
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DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Direito ConstitucionalProf. Diego Cerqueira
Partidos Políticos
Art. 17 CRFB/88 É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos:I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
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Partidos Políticos
Ø Não pode haver um partido político envolvendo só um E, M ouDF. Precisa ter repercussão em todo o país;
Ø Não pode haver partido político que receba recursos financeirosde entidade ou governo estrangeiro, nem subordinação a estes.(soberania nacional)
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Partidos PolíticosArt. 17 CRFB/88
É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
(...)
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. Trata-se de norma de eficácia limitada, regulamentado pela Lei nº 9.096/95.
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EC nº 97/2017: “cláusula de barreira”
Ø A “cláusula de barreira” ou “cláusula de desempenho”;
Ø A finalidade é que partidos de baixa representatividadedeixem de ter direito aos recursos do fundo partidário eacesso gratuito ao rádio e à televisão nos próximos anos.
Direito ConstitucionalProf. Diego Cerqueira @ profdiegocerqueira
Partidos Políticos
Art. 17, § 1º, CRFB/88
É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua
estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e
duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias,
vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos
estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
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Partidos PolíticosØ Proibição as coligações nas eleições proporcionais: Ex: eleições
para Deputado Federal, Deputado Estadual e Vereador não sãoadmitidas coligações. Essa regra será aplicável a partir das eleições de 2020;
Ø Não há mais obrigatoriedade de vinculação entrecandidaturas nas 03 esferas (simetria das coligações): não seaplica o princípio da verticalização na formação de coligações.
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FIM....
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@profdiegocerqueira
OBRIGADOPROF. DIEGO CERQUEIRA