UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR AOS CONTRATOS
BANCÁRIOS E A ADIN Nº 2591
Por: Geraldo Martynes Barreto Vianna Orientado pelo Prof. Dr. William Lima Rocha
Rio de Janeiro 25/01/2007
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR AOS CONTRATOS
BANCÁRIOS E A ADIN Nº 2591
Monografia apresentada ao Instituto a Vez do
Mestre como requisito para o grau de Especialista
em Defesa do Consumidor
Objetivos: Tecer considerações e análise sobre a
possível ou não aplicabilidade do Código de
Defesa do Consumidor aos Contratos Bancários.
Por Geraldo Martynes Barreto Vianna
Matrícula K202310 Turma K045 – Direito do Consumidor
3
Este trabalho é dedicado a todos que me auxiliam
no desempenho e aperfeiçoamento de minha
profissão.
4
A minha esposa, pois juntos, tudo se torna feliz e possível.
5
RESUMO
Recentemente a Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIn nº 2591,
que ajuizada pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro
(CONSIF) contra a expressão constante do §2º do art. 3º do Código de
Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) que inclui, no conceito de serviço
abrangido pelas relações de consumo, as atividades de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária, julgada improcedente
tornando assim o Código de Defesa do Consumidor como sendo
aplicável às Instituições Financeiras e sendo considerado Constitucional
em todo nosso Ordenamento Jurídico.
Ao proferir seu voto no dia 4 de maio de 2006, o Ministro Eros Grau
decidiu acompanhar o ministro Néri da Silveira (aposentado) e julgou
improcedente o pedido formulado na ADIn 2591 argumentando que a
relação entre banco e cliente é, nitidamente, uma relação de consumo e
que é consumidor, inquestionavelmente, toda pessoa física ou jurídica
que utiliza, como destinatário final, atividade bancária, financeira e de
crédito.
Dessa forma, a presente monografia discute criticamente a decisão da
improcedência da ADIn nº 2591, procurando inicialmente formular uma
comparação entre a Constituição e o Código de Defesa do Consumidor,
analisar criticamente a utilização do referido Código aos contratos
bancários, ressaltar como ocorreu a oposição do setor bancário a essa
aplicabilidade, analisar alguns conceitos como o Princípio da Boa-fé, e a
Teoria da Lesão Enorme, com seus preceitos históricos e sua
regulamentação e ao final procuro reafirmar o diálogo das fontes entre
CDC, C e a Constituição Federal realçando a aplicação do CDC aos
contratos bancários.
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METODOLOGIA
Foram realizadas pesquisas em livros nos quais procurei identificar o
tema-problema que foi investigado, pesquisas na internet, nos sites dos
tribunais, leituras de reportagens em jornais, discussão de idéias com
colegas e professores em reuniões apropriadas, contatos com meu orientador
e participação em seminários e encontros científicos.
7
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 8
2. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A CONSTITUIÇÃO 10
3. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E OS CONTRATOS BANCÁRIOS
12
4. APLICABILIDADE DO CDC AOS CONTRATOS BANCÁRIOS 17
5. O PRINCÍPIO DA BOA FÉ E O EQUILÍBRIO CONTRATUAL BANCÁRIO
23
6. OS CONTRATOS BANCÁRIOS E A TEORIA DA LESÃO ENORME 26
7. DIREITO BANCÁRIO X DIREITO DO CONSUMIDOR 38
8. APLICABILIDADE DO CDC AOS CONTRATOS BANCÁRIOS 40
9. CONCLUSÃO 46
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49
11. ANEXO 51
8
1. INTRODUÇÃO
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi criado em 1990 e é a
principal lei de amparo para os consumidores e como produto da pós-
modernidade, provocou uma implosão na Teoria Geral dos Contratos de tal
ordem que, passados mais de quinze anos de sua existência, ainda há
resistência e um certo desconhecimento das diretrizes do que consideramos
como um microssistema.
Mesmo possuindo apenas 119 Artigos, sendo, por este fato, talvez, o menor
Código existente no Brasil, nada no nosso mundo jurídico foi produzido com
tamanha amplitude e objetividade no tocante à Proteção ao Consumidor.
Ele é uma arma que garante os direitos de cidadania na esfera das relações
de consumo, até então regradas pelo Código Civil de 1916 e para que
possamos entendê-lo bem é necessário que não se veja nele apenas um
substitutivo moderno do Código Civil e sim o seu complemento que rege,
especificamente, as relações de consumo numa economia cada vez mais
sofisticada, ou seja, trata-se de sistema jurídico inteiramente novo que traz
inovação da técnica legislativa, definindo concretamente os seus objetivos,
baseados nas diretivas políticas constantes dos arts. 5º. XXXII e 170 da CF/88,
conforme explicitado no art. 4º do Código, é dotado de uma linguagem menos
jurídica e mais setorial, apresenta um novo papel do legislador, pois a norma
procura mostrar e oportunizar as vantagens de sua aplicação aos destinatários.
Assim, a regra do inciso VIII do artigo 6º consagra a inversão do ônus da prova
em favor do consumidor, fala também sobre o princípio da boa-fé e sedimenta
o princípio da boa-fé objetiva, dimensionada a partir da CF/88, e temos também
a pluralidade de vínculos em um só contrato onde as relações contratuais
passam a ser pluralistas, abrigando terceiras pessoas, inclusive os terceiros
voluntários e os terceiros acidentais, pela cadeia formada pela
responsabilidade objetiva de todos os componentes da relação.
O Código de Defesa do Consumidor é uma lei abrangente que trata das
relações de consumo em todas as esferas: civil quando define as
responsabilidades e os mecanismos para a reparação de danos causados;
9
administrativa, ao definir os mecanismos para o poder público atuar nas
relações de consumo; e penal, quando estabelece novos tipos de crimes e as
punições para os mesmos.
Ao longo destes quinze anos o consumidor passou a exercer seu papel de
cidadão aprendendo os seus direitos, seus deveres e, principalmente, como e
onde recorrer para garantir a solução de problemas, ou seja, houve uma efetiva
conscientização da população, de modo geral e definitivo, a respeito da
importância de sua participação no desenvolvimento social, da necessidade de
resguardo de seus direitos e, principalmente, da sua força como agente de uma
relação jurídica de consumo. O consumidor assumiu definitivamente seu papel
de “consumidor cidadão”, pois, em uma economia globalizada se faz
necessária a atuação de cidadãos participantes, capazes de exigir produtos e
serviços com preços justos e qualidade adequada o que lhes proporcionará
qualidade de vida. Essa atuação acabou por fomentar o nascimento e
desenvolvimento de inúmeras Associações que, com sua atuação na defesa
dos interesses dos consumidores brasileiros, otimizaram a aplicação dessa
nova disciplina legislativa.
Mesmo com algumas reações contrárias alguns fornecedores, indústria,
comércio..., passaram a perceber que a adaptação à nova lei evitaria
problemas jurídicos e fiscais e proporcionaria também a manutenção do
personagem mais importante para eles: o próprio consumidor, pois o
fortalecimento, e conseqüente crescimento, de seus empreendimentos passam
inevitavelmente pela plena satisfação de quem adquire um determinado bem
de consumo.
Com este quadro econômico apresentado acima, onde se vê tamanha
desproporção de forças entre as partes contratantes, vem o presente trabalho,
analisar se os contratos bancários devem ou não ser submetidos às
disposições consumistas cogentes visto que há uma enorme preocupação por
parte das instituições financeiras em afastar dos contratos bancários a
incidência das normas de proteção ao consumidor.
10
2. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A
CONSTITUIÇÃO
A Constituição Federal de 1988 rompeu com a noção do contrato das
obsoletas codificações privadas, operando uma transmutação do significado do
comportamento contratual, do individual para o coletivo. A Constituição não é
mera diretiva ao legislador, mas norma vinculante que se aplica diretamente
nas relações interprivadas e cujo destinatário é também o juiz. E os primeiros
artigos da Carta Magna, sem dúvida, elegeram a dignidade da pessoa humana,
a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e a erradicação da
pobreza como valores fundamentais a serem perseguidos.
A previsão legal da Defesa do Consumidor foi uma, dentre as inúmeras
inovações que a Constituição Federal de 1988 trouxe, e chegou para preencher
uma lacuna, na seara do Direito, no que tange à Defesa dos Direitos do
Cidadão nas relações consumeristas praticadas por ele, no seu dia a dia, às
vezes, tão ou mais nociva do que qualquer outro tipo de desrespeito praticado
contra seu patrimônio.
Prevista no artigo 48 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a
Lei n º 8.078, de 11 de setembro de 1990 (CDC), é atualmente o instrumento
que serve a efetividade do princípio constitucional da defesa do consumidor e
veio para codificar o sistema de proteção ao consumidor, ou seja, a defesa do
consumidor foi elevada à condição de garantia constitucional pela Constituição
Federal promulgada em 1988.
Foi expresso seu artigo 5º, inciso XXXII, ao afirmar:
"O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do
consumidor".
Esta foi a primeira manifestação importante do legislador no sentido de
reconhecer a vulnerabilidade do cidadão comum nas relações de consumo.
Também na Carta Magna, foi a defesa do consumidor alçada à condição
de princípio da atividade econômica, consubstanciada em seu artigo 170, V .
11
“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:
...
V - defesa do consumidor;
...”
O Estado, dois anos depois, e em atenção aos princípios constitucionais,
promulgou o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de
setembro de 1990) que se tornou um marco no sistema jurídico nacional em
conseqüência da forma como foi absorvido pelos cidadãos que encontraram
nele um poderoso instrumento capaz de fazer prevalecer alguns de seus
direitos mais elementares.
Segundo Sérgio Cavalieri Filho1:
"O que fez a Constituição para possibilitar a criação
desse novo direito? Está lá no seu art. 5º, XXXII. A Constituição
- e este é um ponto fundamental - separou as relações de
consumo do universo das relações jurídicas e as destinou ao
Código do Consumidor. Esse, destarte, é o campo de
incidência do Código do Consumidor - as relações de consumo
qualquer que seja o ramo do direito onde elas venham a
ocorrer - público ou privado, contratual ou extracontratual,
material ou processual.
...
Pois esse é o campo de incidência do Código do
Consumidor. Um campo abrangente, difuso, que permeia todas
as áreas do direito, razão pela qual venho sustentando que o
CDC criou uma sobreestrutura jurídica multidisciplinar, normas
1 In "O direito do consumidor no limiar do século XXI", pp. 125 e 126.
12
de sobredireito, aplicáveis a todos os ramos do direito onde
ocorrerem relações de consumo.
...
Outra inevitável conclusão que se tira do exposto é a de
que o Código do Consumidor não é apenas uma lei geral
(como querem alguns), tampouco uma lei especial (como
querem outros), mas uma lei específica, vale dizer, um Código
de Consumo compreendendo todos os princípios cardiais do
nosso direito do consumidor, todos os seus conceitos
fundamentais e todas as normas e cláusulas gerais para a sua
interpretação e aplicação. Daí resulta que o Código do
Consumidor deve ser interpretado e aplicado a partir dele
mesmo e não com base em princípios do direito tradicional.
Não se pode dar ao CDC uma interpretação retrospectiva, que
consiste, na bela lição de Barbosa Moreira, em interpretar o
direito novo à luz do direito velho, de modo a tornar o novo tão
parecido com o velho que nada ou quase nada venha a
mudar."
3. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E OS
CONTRATOS BANCÁRIOS
3.1. UMA BREVE INTRODUÇÃO
Hoje, os estabelecimentos bancários são uma das bases mais importantes
da Sociedade Moderna, pois, as atividades bancárias estão sempre
envolvendo o dia a dia de todos os cidadãos, desde o recebimento de salários
ou aposentadorias, até o pagamento das mais diversas contas, empréstimos e
financiamentos. Esta relevância decorre da possibilidade que as instituições
financeiras detêm de aumento, circulação e fomento de riquezas, garantindo
aplicações rentáveis ao capital, atualização dos recursos aplicados e
13
possibilidade de obtenção de novos recursos, tão necessários ao incremento e
fomento de atividades empresarias.
Não podemos deixar de lembrar que, como qualquer outro estabelecimento
comercial, os bancos visam o lucro e nem sempre a busca desse lucro
apresenta-se de forma medida e aceitável.
A remuneração dos bancos está embutida nos "spreads" que é a diferença
entra a taxa que o banco paga ao aplicador dos recursos e o que ele cobra,
bem mais alta, do tomador de empréstimos.
Se há lucro envolvido é uma relação de consumo!
Mesmo expressamente definidos como fornecedores (art. 3º, §2º do CDC),
ainda é grande o debate doutrinário sobre a incidência ou não das normas de
proteção ao consumidor nos contratos firmados entre cliente e instituição
bancária.
O produto da empresa banco é o dinheiro ou o crédito, bem juridicamente
consumível, sendo, portanto, fornecedora; e consumidor o mutuário ou
creditado.
Conforme o Código de Defesa do Consumidor:
...
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
...
§2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as
decorrentes das relações de caráter trabalhista.
...
14
3.2. OPOSIÇÃO DO SETOR BANCÁRIO
O setor bancário manifesta oposição ao art. 3º, §2º do CDC, sob o
argumento de que não há como se falar em relação de consumo nos contratos
assinados entre o cliente (pessoa física ou jurídica) e o Estabelecimento
bancário. Este setor vem demonstrado, insistentemente, o propósito de afastar
dos contratos bancários a incidência das normas de proteção ao consumidor.
Defendendo essa posição das instituições financeiras podemos citar o
ilustre Profº Arnoldo Wald2, quando argumenta que não é possível que o
crédito seja usado por um destinatário final, já que, por sua própria natureza,
destina-se à circulação como meio de pagamento, ou seja, para o ilustre autor
somente haveria destinatário final no caso de colecionador de moedas e
quando o BACEN retira de circulação moedas antigas. Os bancos chegaram a
colocar no papel que o dinheiro só deve ser considerado um bem, nos termos
do Código de Defesa do Consumidor, quando uma pessoa compra moedas
para colecionar. No entanto, ainda segundo o autor, o CDC seria aplicável aos
serviços bancários, em casos como, por exemplo, guarda de documentos e
locação de cofres.
Certo é que, uma vez editada a Lei nº 8.078/90, muito argumentou-se
que não se poderia aceitar sua vigência nos contratos bancários, pois não
seriam esses de consumo. Tal argumento embasava-se no fato de que, como
negociava-se crédito, não sujeitando, desse modo, a relação ao disposto no
Código de Defesa do Consumidor, pois não haveria como se consumir o
dinheiro e, portanto, não poderia existir relação de consumo.
Aí inicia-se todo o problema pois, de acordo com os bancos, haveria
uma distinção fundamental entre o conceito de consumidor, expresso nos
artigos citados, e o de cliente da instituição financeira. A argumentação das
instituições é a de que o “produto” do banco seria o dinheiro e o cliente
bancário não é o destinatário final deste produto, a partir do momento em que 2 WALD, Arnoldo. O Direito do Consumidor e suas repercussões em relação às instituições financeiras. In Revista dos Tribunais, São Paulo: RT, Vol. 666, Abr. 1991, p.7-17.
15
ele retira o dinheiro para fazer compras ou pagamentos. Destinatário final do
dinheiro seria a loja em que o cliente compra ou ainda a pessoa para quem é
feito o pagamento. O cliente do banco seria, portanto, um mero intermediário
do produto bancário, e não o destinatário final, motivo pelo qual não se
aplicaria ao cliente bancário o título de “consumidor” estabelecido na Lei.
Aprofundando mais este assunto os bancos chegam à conclusão de que
o empréstimo de dinheiro é operação financeira e não uma prestação de
serviço, ou seja, o dinheiro é um mero instrumento de troca, só um meio
circulante, e, portanto, não seria nem um bem e nem serviço portanto como a
lei só se aplica a bens e serviços, as instituições bancárias achavam-se à sua
margem, podendo se aplicar o artigo 3º supramencionado apenas quando
realizavam simples prestações de serviço como débito automático ou entrega
de talão de cheque em domicílio.
Concluindo: Aqueles que pretendem ver afastada a incidência do
CDC aos contratos bancários, alegam que não pode haver destinatário
final ao crédito.
Desta forma as instituições financeiras começaram a se utilizar de uma
série de “artimanhas” para manter tal entendimento.
A principal função do crédito é a de meio de circulação das riquezas, no
e tanto não se pode negar que pode ser possuído em consumo final pois do
contrário, seria obrigar o cliente a manter o crédito consigo mesmo.
Wambier3 demonstra que se trata de duas relações distintas. A primeira
que se refere à relação de consumo entre o cliente e a instituição bancária, na
qual aquele é consumidor final do crédito obtido, e que pode ou não ser
seguido de outras relações. Caso o crédito obtido seja utilizado como insumo
para o incremento da atividade empresarial do "cliente", não há que se falar em
relação de consumo, pois haverá uma relação de intermediação. Nada impede,
3 WAMBIER, Luiz Rodrigues. Os Contratos bancários e o Código de defesa do Consumidor. In Revista de Direito do Consumidor. São Paulo: RT, Vol. 18, Abr./Jun. 1996, p.125-132.
16
contudo, que se aplique a extensão do conceito de consumidor no caso do art.
29 CDC.
...
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-
se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não,
expostas às práticas nele previstas.
...
Já a segunda relação trata daqueles que acreditam existir uma
presunção iuris tantum de que o crédito obtido será utilizado como fator de
produção, não havendo consumo final por parte do cliente. Quero destacar que
nesta situação há apenas uma “presunção” que indica que o crédito será
utilizado como meio de produção visto que não há nada que indique tal fato.
No caso acima só poderíamos falar em abrangência do CDC em
serviços e operações passivas (poupança e conta corrente sem concessão de
crédito, aplicações financeiras e contratos atípicos – custódia de valores,
aluguel de cofres, etc.).
O assunto tratado neste tópico é ponto de muita controvérsia, pois, a
nem a doutrina nem a jurisprudência ainda chegaram a conclusão de como
tratar as operações bancárias fundamentais ativas. O melhor entendimento
neste caso seria o que aceita a incidência do CDC nos casos em que não se
caracterize em intermediação, ou seja, quando o consumidor não utiliza o
crédito para atividade lucrativa. Desta forma o consumidor seria destinatário
final quando “não utilizar o crédito para criar mais crédito”, sendo neste caso
aceita a sua abrangência pelo CDC.
17
4. O CDC E OS CONTRATOS BANCÁRIOS
4.1. ALGUNS PRESSUPOSTOS BÁSICOS
Numa análise rápida podemos concluir que absurda seria uma
interpretação que conduzisse à não aplicabilidade do Código de Defesa do
Consumidor aos contratos bancários, ou seja, já se pode perceber que os
mesmos devem se submeter às disposições consumistas ali contidas.
Com o presente trabalho não pretendo elaborar um análise que esgote o
assunto, mas sim analisar como alguns doutrinadores vêm se posicionando em
relação ao tema e analisar também a inconstitucionalidade do Código de
Defesa do Consumidor que foi argüida perante o Supremo Tribunal Federal
através da ADIn nº 25914.
Através da ADIn nº 2591, que será analisado em outro tópico, a
Confederação Nacional do Sistema Financeiro – CONSIF (Federação Nacional
dos Bancos, a Federação Nacional das Empresas Distribuidoras de Títulos e
Valores Mobiliários, a Federação Interestadual das Instituições de Crédito,
Financiamento e Investimentos, e a Federação Nacional das Empresas de
Seguros Privados e Capitalização) visava a desconsideração dos serviços
bancários como relações de consumo.
Com esta ação pretendia que o contido no §2º do artigo terceiro da Lei
8.078/90, que define serviço como qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária,
financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de
caráter trabalhista, não fosse aplicado aos serviços bancários como as
cadernetas de poupança, os depósitos bancários, os contratos de mútuo, os
cartões de crédito, os contratos de seguro, de abertura de crédito.
4 Constante do Anexo 1.
18
4.2. SERVIÇOS BANCÁRIOS
Carvalho de Mendonça5 define banco como sendo uma empresa
comercial "cujo objetivo principal consiste na intromissão entre os que dispõe
de capitais e os que precisam obtê-los, isto é, em receber e concentrar capitais
para, sistematicamente, distribuí-los por meio das operações de crédito”.
Já Fran Martins6 entende que os bancos são mais do que meros
intermediários, mas sim mobilizadores comerciais do crédito, mediante
recebimento de capital de terceiros e empréstimo deste capital, em seu próprio
nome, aos que dele necessitarem.
Para complementar nossas definições o mestre Arnaldo Rizzardo7
retrata os serviços bancários como a atividade principal dos Bancos que se
desenvolve nas chamadas operações bancárias, consistentes em conceder
empréstimos, receber valores em depósito, descontar e redescontar títulos,
abrir créditos, enfim, na realização da série de atos próprios para a consecução
de sua finalidade econômica.
Resumindo, banco pode ser definido como uma empresa comercial que
capta poupança e a distribui sistematicamente através de operações de crédito,
ou seja, o banco se utiliza de recursos de terceiros, ou próprios, na atividade
creditícia de tomar e dar em empréstimo.
É esta ênfase comercial da atividade bancária que procurarei analisar no
presente trabalho.
5 MENDONÇA, J. X. Carvalho de. Tratado de direito comercial brasileiro, Rio de janeiro RJ Freitas Bastos, 1939
6 MARTINS, Fran. Contratos e obrigações comerciais, 4 ed. Rio de Janeiro, Forense, 1976
7 RIZZARDO, Arnaldo. Contratos de Crédito Bancário. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997
19
4.3. RELAÇÃO DE CONSUMO
Já na Grécia havia a preocupação em relação à proteção do consumidor
quando Aristóteles advertia para a existência de fiscais afim de que não
houvessem vícios nos produtos comercializados, em Roma a Cícero.
Contemporaneamente existe o Direito do Consumidor cujo objetivo é
adaptar e melhorar o direito das obrigações entre as pessoas, de forma a
buscar e restabelecer o equilíbrio das partes abaladas pelo poder do mercado
fornecedor.
O Direito do Consumidor, que se trata de um direito novo, busca
inspiração no Direito Civil, Comercial, Penal, Processual, Financeiro e
Administrativo, para atingir seus objetivos de forma coerente e sem infringir
nenhuma regra. O Código de defesa do Consumidor nasceu em 1990 dessa
união de sistemas e legislações surgiu em 1990 o Código de Defesa do
Consumidor, e foi criado para regulamentar as relações de consumo,
entendidas essas como sendo o vinculo estabelecido entre fornecedor e
consumidor, ligados por um objeto que será necessariamente, um serviço ou
um produto. Esses três requisitos devem vir obrigatoriamente, coexistirem, sob
pena de não se aplicar o Código de Defesa do Consumidor e, sim, o direito
comum.
O direito do consumidor é um ramo do direito que lida com conflitos de
consumo e com a defesa dos direitos dos consumidores, e que se encontra
desenvolvido na maior parte dos países com sociedades de consumo e
sistemas legais funcionais.
Segundo Cláudio Bonatto8:
"é o vínculo que se estabelece entre um consumidor,
destinatário final, e entes a ele equiparados, e um fornecedor
profissional, decorrente de um ato de consumo ou como reflexo
8 BONATTO, Cláudio. MORAES, Paulo Valério Dal Pai. Questões controvertidas no Código de Defesa do Consumidor. Porto Alegre: Livraria do advogado, 1998.
20
de um acidente de consumo, a qual sofre a incidência de
norma jurídica específica, com o objetivo de harmonizar as
interações naturalmente desiguais da sociedade moderna de
massa".
É importante também ressaltar o estudo do jurista Santiago Rivero
Aleman9 onde Direito do Consumidor é:
"El crédito en general implica la puesta de medios dinerarios a
disposición del acreditado para su restituición con
aplazamento, de lo que se desprende la existencia de dos
prestaciones reciprocas (entrega y restituición) y dos
prestaciones conmulativas (el plazo y el interés), notas que son
comunes a una diversidad de negocios jurídicos en los que
interviene el plazo como caracteristica y de los que se puede
deducir su generalización bajo el común denominador de
"contratos de crédito", el mutuo, la renta vitalicia, el depósito
irregular, los contratos bancarios de crédito, el descuento y el
antecipo o descubierto. Hablar del consumidor a crédito supone
encuadrarlo en el sentido anteriormente expresado de sujeito
que obtiene medios dinerarios para su devolución a término y,
respecto del crédito bancario, através de diversas modalidades
en las que siempre concurre, la contraprestación retributiva del
interés en razón de la profesionalidad de la prestación y del
tiempo que haya de hasta la restituición."
As relações de consumo são relações jurídicas por excelência e têm sua
origem estritamente ligada às transações de natureza comercial e ao comércio
propriamente dito, surgindo naturalmente à luz deste e são regulamentadas
através do Código de Defesa do Consumidor que passou a tutelar essa
relação, revestindo-a de caráter público, com o objetivo de resguardar os
interesses da coletividade. Geralmente essas relações de consumo surgem
9 ALEMAN, Santiago Rivero. Disciplina del créditoto bancario y, protección del consumidor. Aranzadi Editorial. 1995. p. 140
21
através de um negócio jurídico compreendido entre duas ou mais pessoas,
geradas através de princípios contratuais básicos.
Com a contribuição dada pela divisão clássica do direito privado
brasileiro e algumas construções doutrinárias pode-se propor a seguinte
classificação para os atos jurídicos de consumo:
I – Os atos de consumo próprios ou por essência: são os atos de
consumo por excelência, de regra praticados pelo consumidor nas pontas finais
da cadeia de circulação dos produtos e serviços;
II – Os atos de consumo por acessão ou dependência: quando os
fornecedores praticam o ato de consumo para si mesmos, normalmente para a
viabilização de seu empreendimento ou para o crescimento das atividades de
sua empresa produtora de consumo; e
III- Os atos de consumo por força de lei: são os atos de consumo
objetivos, cujas relações jurídicas são submetidos mandatoriamente, por força
de lei, à disciplina regulatória - direta ou incidental - do Código de Defesa do
Consumidor, independentemente da qualificação ou funcionalidade dos sujeitos
envolvidos na relação jurídica.
4.4. A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
(ADin Nº 2591)
A Confederação Nacional do Sistema Financeiro, ingressou com uma
Ação Direta de Inconstitucionalidade, que teve seu julgamento iniciado em abril
de 2002, em relação à incidência do Código de Defesa do Consumidor sobre
contratos e serviços bancários, de financeiras, administradoras de cartão de
crédito e seguradoras (ADIn n° 2591) que contestava a validade do parágrafo
2º do artigo 3º, do CDC que inclui as atividades bancárias, de crédito,
financeiras e securitárias no conceito das relações de consumo, ou seja,
questionava a expressão "inclusive as atividades bancária, financeira, de
crédito e securitária". A frase, que consta do artigo 3º, parágrafo 2º da Lei
8.078/90 (Código), é a que subordina os bancos ao CDC. A CNF alegou
22
ofensa ao princípio da razoabilidade, pois segundo ela a subordinação ao CDC
não considera "as peculiaridades das atividades bancárias".
Conforme a referida ADIN o Código de Defesa do Consumidor é uma
norma ordinária, e o Sistema Financeiro Nacional deveria ser regulado por lei
complementar, consoante preceito do art. 192 da Carta Política brasileira.
...
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a
promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos
interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem,
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação
do capital estrangeiro nas instituições que o integram.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
...
Devemos partir do princípio de que a defesa do consumidor é um
princípio constitucional e o Superior Tribunal de Justiça sempre deu razão à
aplicação do CDC em casos envolvendo bancos. Mesmo sabendo que não
conseguiriam uma vitória perante o Supremo Tribunal Federal as instituições
financeiras ainda lutavam, mesmo que fosse para ganhar parcialmente pois o
que desejavam era deixar de fora do alcance do Código as chamadas
operações passivas e ativas, ou seja, operações de captação de dinheiro e os
empréstimos. Podemos dizer que “emprestar dinheiro” é a razão de ser dos
bancos em qualquer parte do mundo e por esse motivo os advogados que
defendem os bancos consideram esses atos como “pactos” entre as duas
partes e com cláusulas que devem ser respeitadas.
Temos aí o aparecimento de dois novos casos:
Através do CDC o cliente que se sentir lesado por alguma cláusula
contratual pode reclamar na Justiça. E ainda que esteja em contrato o CDC é
claro ao determinar que se a cláusula for abusiva, é nula.
23
5. O PRINCÍPIO DA BOA FÉ E O EQUILÍBRIO CONTRATUAL BANCÁRIO
5.1. PRECEITOS HISTÓRICOS
O Código de Defesa do Consumidor é um sistema jurídico inteiramente
novo e cabe-me aqui fazer os seguintes destaques:
• O CDC sedimentou o princípio da boa-fé objetiva que ganhou dimensão
a partir da Constituição Federal de 1988. Este princípio que já era
prestigiado no Projeto Reale do Código Civil, se tornou no CDC o
grande pilar de proteção do consumidor, pois amenizava uma estrutura
rígida dos contratos tradicionais.
• Com o CDC passamos a ter a pluralidade de vínculos em um só
contrato, pois passa a existir uma cadeia formada pela responsabilidade
objetiva de todos os componentes de uma relação de consumo,
incluindo terceiras pessoas, inclusive terceiros voluntários e terceiros
acidentais.
Analisaremos aqui o princípio da boa-fé objetiva que foi uma das mais
festejadas mudanças introduzidas pelo Código Civil de 2002.
A boa-fé, como princípio, apresenta-se como um dos pilares dos mais
importantes na sustentação da teoria contratual moderna.
Desde os princípios do Direito Romano que já era cogitado um conceito
de boa-fé que fosse relacionado com a conduta das partes, principalmente nas
relações contratuais e negociais. Os “pactos adjetos aos atos de boa fé”
tiveram uma função de grande importância no desenvolvimento do sistema
contratual, pois contribuíram fortemente para a eliminação do antigo princípio
do direito civil que não reconhecia nenhuma eficácia ao pacto puro e simples.
Com o passar dos tempos, o conceito de boa-fé passou por diversas
evoluções, passando a existir no plano objetivo. Sua presença foi relacionada
com as condutas dos envolvidos na relação jurídica obrigacional e no plano
contratual, passou a exercer influência considerável, sendo prevista em todas
as codificações importantes. Anteriormente a boa-fé somente era relacionada
24
com a intenção do sujeito de direito, era a chamada boa-fé subjetiva, estudada
quando da análise dos institutos possessórios e que mantinha relação direta
com a pessoa que ignorava um vício relacionado com outra pessoa.
5.2. OS CONTRATOS BANCÁRIOS E O PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
Através do Código de Defesa do Consumidor o contrato não foi mais
visto como algo estático e individual, mas como algo dinâmico e social,
necessário para o comércio jurídico e satisfação de interesses legítimos
abrindo-se as portas para a justiça contratual, a tutela de confiança e a boa-fé.
O contrato deixa de ser um instrumento de supremacia de um contratante
sobre o outro ou para que esse enriqueça às custas dele e passa a ser um
instrumento de necessidades individuais e coletivas
O princípio da boa-fé sempre exerceu grande influência nos chamados
contratos de adesão, assim como são os contratos bancários, pois são
justamente nestes contratos que encontramos os maiores abusos pelo simples
fato do consumidor não ter o poder para alterar de forma significativa o
conteúdo contratual.
Nos dias atuais o contratante adere a clausulas “em bloco” em
conseqüência do modo de contratação em massa. Nesta situação não há
discussão das cláusulas em virtude do contratante não poder estipular o
conteúdo do contrato.
Destaco a boa-fé objetiva que atua como limitadora do exercício abusivo
dos direitos subjetivos e que é função de extrema valia no âmbito da teoria
contratual moderna, pois com o desaparecimento cada dia maior da liberdade
de contratar, para a parte mais frágil da relação contratual, o Banco, que é a
parte economicamente mais forte, acaba por exercer abusivamente seu direito
subjetivo de contratar, fazendo-o sem qualquer restrição e principalmente
violando regras nos contratos celebrados.
Sobre o tema, segue transcrita a opinião do professor Nelson Nery
Junior, um dos autores do anteprojeto que deu origem ao CDC:
25
“Muito embora nosso Código Civil não contenha preceito
expresso no sentido de que as relações jurídicas devam ser
realizadas com base na boa-fé, como ocorre no direito alemão
(§242 do BGB - Leistung nach Treu und Glauben - "Prestação
segundo a boa-fé"), essa circunstância decorre dos princípios
gerais do direito e a exigência de as partes terem de
comportar-se segundo a boa-fé tem sido proclamada, tanto
pela doutrina quanto pela jurisprudência.”
O mestre Humberto Theodoro Júnior, nesse mesmo sentido também
redigiu que o "nosso Código” - referindo-se ao Código Civil - não contém norma
específica sobre o tema, mas a doutrina e a jurisprudência entendem, à
unanimidade, que dito princípio também prevalece, entre nós, como princípio
geral de direito.
O princípio da boa-fé veio a ser consagrado pelo que dispõe o inc. IV do
art. 51, da Lei 8.078/90, quando explicita que são nulas de pleno direito as
cláusulas contratuais que sejam incompatíveis com a boa-fé.
Portanto, a boa-fé na relação de consumo procura dar equilíbrio ao
contrato, afastando a prevalência, nas cláusulas, da vontade de um em
detrimento do outro, restabelecendo a posição de equivalência entre o
fornecedor e o consumidor. Diz respeito à consciência das partes contratantes,
à sua intenção. Visa, por conseqüência, limitar os desvios na relação contratual
de consumo.
Não podemos analisar a real vontade de um contratante em um contrato
de adesão, ou seja, não se pode saber o que se passa em seu íntimo no
momento de contratar e por este motivo o princípio da boa-fé objetiva possui
dupla função na nova teoria contratual:
§ fonte de novos deveres anexos que são aqueles que representam os
deveres que não estão expressos no contrato. Não são deveres, por
assim dizer, que as partes possam "visualizar". Poder-se-ia dizer que
são eles deveres implícitos em um contrato bancário; e
26
§ como causa limitadora do exercício, antes lícito, hoje abusivo, dos
direitos subjetivos.
Assim, uma grande inovação do Código de Defesa do Consumidor,
talvez a mais importante, e tido por alguns doutrinadores como o princípio
máximo do CDC, foi sem dúvida alguma, a inserção da regra geral sobre a
boa-fé, regra de interpretação, de princípio jurídico aplicável como fonte de
direito que foi elevado à categoria de norma jurídica (norma princípio), norma
posta, de observância obrigatória e cogente (a teor do art. 1º da Lei 8.078/90).
6. OS CONTRATOS BANCÁRIOS E A TEORIA DA
LESÃO ENORME
6.1. CONCEITO
A lesão enorme é uma figura pouco difundida em nosso direito, que
merece devido cuidado, pois é constantemente utilizada pelos comerciantes
para a venda de um produto sem se importar com os interesses do consumidor
que freqüentemente vêm sofrendo frustrações na compra de bens ou na
contratação de serviços que não são o que se está vendendo ou são diferentes
da forma em que são apresentados.
Pela teoria da Lesão Enorme, quando um ato de vontade tiver vícios
embutidos, que não são de fácil compreensão e que maculando a totalidade
das obrigações contratadas, passível a modificação do ato de vontades para
que o consumidor não arque com a totalidade dos prejuízos causados pelo
fornecedor.
Lesão enorme pode ser definida como sendo a obtenção por uma parte,
em detrimento da outra, de vantagem exagerada incompatível com a boa fé ou
a eqüidade, ou seja, o prejuízo que uma pessoa sofre na conclusão de um ato
negocial, resultante da desproporção existente entre as prestações das duas
partes e deve ser combatida, em respeito aos consumidores brasileiros, no
cumprimento da legislação consumerista e na aplicação dos princípios
contratuais em que se baseia nosso direito.
27
Conforme nos ensina Caio Mário da Silva Pereira10:
"Pode-se genericamente definir lesão como o prejuízo que uma
pessoa sofre na conclusão de um ato negocial, resultante da
desproporção existente entre as prestações das duas partes".
e continua:
"Nosso direito pré-codificado concebeu, portanto, o instituto da
lesão com estas duas figuras, caracterizando-se a LESÃO
ENORME como defeito objetivo do contrato: o seu fundamento
não era nenhum vício presumido do consentimento, mas
assentava na injustiça do contrato em si; já a LESÃO
ENORMÍSSIMA fundava-se no dolo com que se conduzia aquele
que do negócio tirava o proveito desarrazoado porém dolo
presumido ou dolo ex re ipsa, que precisava ser perquirido na
intenção do agente.“
E conclui:
"Segundo a noção corrente, que o nosso direito adotou, a lesão
qualificada ocorre quando o agente premido pela necessidade,
induzido pela inexperiência ou conduzido pela leviandade, realiza
um negócio jurídico que proporciona à outra parte um lucro
patrimonial desarrazoado ou exorbitante da normalidade".
6.2. HISTÓRICO
O nosso antigo Direito contemplava a hipótese da lesão enorme, assim
como definida na Consolidação de Teixeira de Freitas, artigo 359:
“Todos os contratos em que se dá ou deixa uma cousa por
outra podem ser rescindidos por ação da parte lesada, se a
lesão for enorme, isto é, se exceder a metade (1/2) do justo
valor da cousa”.
10 Instituições de Direito Civil - 3ª Ed. Forense – Rio de Janeiro.
28
Na Europa, o Direito das Obrigações sofreu profundas mudanças com a
Revolução Francesa. Com a supremacia da vontade houve um triunfo do
individualismo onde o que estivesse estabelecido pela vontade das partes se
tornaria imodificável.
Por influência direta de Napoleão, permaneceu no Código Francês a
possibilidade de rescisão do negócio por lesão, então definida como vício de
consentimento, a favor do vendedor do imóvel, se o preço fosse inferior a 7/12.
Nesta situação reconhecia-se o interesse social na preservação da propriedade
imobiliária.
No Brasil, o Código Comercial de 1850 proibiu a invocação da lesão para
rescindir contratos entre comerciantes. O Código Civil de 1917 não repetiu a
regra que estava na Consolidação de Teixeira de Freitas. Só mais tarde, o
Decreto nº 22.626, em 1933 (Lei da Usura), proibiu a cobrança de juros além
do dobro da taxa legal (6%):
“Art. 1º. É vedado, e será punido nos termos desta lei, estipular
em quaisquer contratos taxas de juros superiores ao dobro da
taxa legal:
...
Art. 11. O contrato celebrado com infração desta lei é nulo de
pleno direito, ficando assegurado ao devedor a repetição do
que havia pago a mais”.
A Lei nº 1.521, de 1950 (Lei da Economia Popular), no seu artigo 4º, letra
b, definiu a usura real:
“... obter ou estipular em qualquer contrato, abusando da
premente necessidade, inexperiência, leviandade da outra
parte, lucro patrimonial que exceda o quinto do valor corrente
ou justo”.
Teremos como consequência a a nulidade:
“Art.4º,
29
...
§ 3º. A estipulação de juros ou lucros usurários será nula,
devendo o juiz ajustá-los à medida legal, ou, caso já tenha sido
cumprida, ordenar a restituição da quantia paga em excesso,
com os juros legais, a contar da data do pagamento indevido”.
A teoria da lesão ganhou nova força com a chegada do Código de
Defesa do Consumidor que é a demonstração cabal da evolução do
pensamento jurídico nacional e nele encontramos elementos que nos
distanciam ainda mais do dogma da intangibilidade da vontade no campo
contratual.
Como um dos grandes princípios que embasam o CDC é o do equilíbrio
entre as partes (não igualdade), temos, para a manutenção desse equilíbrio,
dispositivos que vedam a existência de cláusulas abusivas como, por exemplo,
os arts. 6, V e 51, IV, que vedam a criação de obrigações que coloquem o
consumidor em desvantagem exagerada.
...
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
...
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
...
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços
que:
...
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas,
que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou
sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
30
A Constituição Federal também veda o aumento arbitrário do lucro, por
disposição expressa inserida no art. 173, §4°:
"A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à
dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao
aumento arbitrário dos lucros".
Para concluir este tópico devemos ter em mente que as cláusulas ou
condições contratuais gerais constituem parte essencial do direito bancário.
Permitem a racionalização da contratação em massa com milhares de
pessoas, ganhando tempo e poupando incômodos aos clientes que desejam
serem atendidos pelas instituições financeiras. O ponto crucial é que essas
cláusulas pré-elaboradas ou utilizadas pelos bancos em contratos singulares,
sem influência do cliente no respectivo conteúdo, sejam justas, eqüitativas e
razoáveis não ocorrendo e então “conceito da lesão enorme”.
6.3. REGULAMENTAÇÃO DA TEORIA DA LESÃO ENORME11
§ art. 173, § 4º, da CF;
...
§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à
dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao
aumento arbitrário dos lucros.
...
§ art.4, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor;
...
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações
de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a
necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de
11 JOAQUIM ERNESTO PALHARES - Seminário Carta maior - São Paulo, 27/08/97.
31
modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem
econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base
na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e
fornecedores;
...
§ art. 6º, inciso V, do CDC ( diz que são direitos básicos do consumidor a
modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais);
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
§ art. 51 do CDC, inciso IV, e § 1º do CDC
...
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas,
que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou
sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
...
§1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade que:
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que
pertence;
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à
natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou
equilíbrio contratual;
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,
considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o
32
interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao
caso.
...
§ art. 3º, inciso VII, Decreto 2.181/97, o qual dispõe sobre a organização
do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (define a competência
do SNDC, para a vedação de abusos );
...
VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações
de ordem administrativa que violarem os interesses difusos,
coletivos ou individuais dos consumidores;
...
§ art. 9º, Decreto 2.181/97
Art. 9º A fiscalização das relações de consumo de que tratam a Lei
nº 8.078, de 1990, este Decreto e as demais normas de defesa do
consumidor será exercida em todo o território nacional pela
Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, por meio
do DPDC, pelos órgãos federais integrantes do SNDC, pelos
órgãos conveniados com a Secretaria e pelos órgãos de proteção
e defesa do consumidor criados pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios, em suas respectivas áreas de atuação e competência.
§ art. 12, inciso VI, Decreto 2.181/97
...
VI - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
...
§ art. 18, Decreto 2.181/97
Art. 18. A inobservância das normas contidas na Lei nº 8.078,
de 1990, e das demais normas de defesa do consumidor
constituirá prática infrativa e sujeitará o fornecedor às seguintes
33
penalidades, que poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, inclusive de forma cautelar, antecedente ou
incidente no processo administrativo, sem prejuízo das de
natureza cível, penal e das definidas em normas específicas:
I - multa;
II - apreensão do produto;
Ill - inutilização do produto;
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão
competente;
V - proibição de fabricação do produto;
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviços;
VII - suspensão temporária de atividade;
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;
IX - cassação de licença do estabelecimento ou de
atividade;
X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de
obra ou de atividade;
XI - intervenção administrativa;
XII - imposição de contrapropaganda.
§ art. 22, Decreto 2.181/97
Art. 22. Será aplicada multa ao fornecedor de produtos ou
serviços que, direta ou indiretamente, inserir, fizer circular ou
utilizar-se de cláusula abusiva, qualquer que seja a modalidade
do contrato de consumo, inclusive nas operações securitárias,
bancárias, de crédito direto ao consumidor, depósito,
poupança, mútuo ou financiamento, e especialmente quando:
I - impossibilitar, exonerar ou atenuar a responsabilidade
do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e
34
serviços ou implicar renúncia ou disposição de direito do
consumidor;
II - deixar de reembolsar ao consumidor a quantia já paga,
nos casos previstos na Lei nº 8.078, de 1990;
III - transferir responsabilidades a terceiros;
IV - estabelecer obrigações consideradas iníquas ou
abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem
exagerada, incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
V - estabelecer inversão do ônus da prova em prejuízo do
consumidor;
VI - determinar a utilização compulsória de arbitragem;
VII - impuser representante para concluir ou realizar outro
negócio jurídico pelo consumidor;
VIII - deixar ao fornecedor a opção de concluir ou não o
contrato, embora obrigando o consumidor;
IX - permitir ao fornecedor, direta ou indiretamente,
variação unilateral do preço, juros, encargos, forma de
pagamento ou atualização monetária;
X - autorizar o fornecedor a cancelar o contrato
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao
consumidor, ou permitir, nos contratos de longa duração ou de
trato sucessivo, o cancelamento sem justa causa e motivação,
mesmo que dada ao consumidor a mesma opção;
XI - obrigar o consumidor a ressarcir os custos de
cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja
conferido contra o fornecedor;
XII - autorizar o fornecedor a modificar unilateralmente o
conteúdo ou a qualidade do contrato após sua celebração;
XIII - infringir normas ambientais ou possibilitar sua
violação;
35
XIV - possibilitar a renúncia ao direito de indenização por
benfeitorias necessárias;
XV - restringir direitos ou obrigações fundamentais à
natureza do contrato, de tal modo a ameaçar o seu objeto ou o
equilíbrio contratual;
XVI - onerar excessivamente o consumidor, considerando-
se a natureza e o conteúdo do contrato, o interesse das partes
e outras circunstâncias peculiares à espécie;
XVII - determinar, nos contratos de compra e venda
mediante pagamento em prestações, ou nas alienações
fiduciárias em garantia, a perda total das prestações pagas, em
beneficio do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear
a resilição do contrato e a retomada do produto alienado,
ressalvada a cobrança judicial de perdas e danos
comprovadamente sofridos;
XVIII - anunciar, oferecer ou estipular pagamento em
moeda estrangeira, salvo nos casos previstos em lei;
XIX - cobrar multas de mora superiores a dois por cento,
decorrentes do inadimplemento de obrigação no seu termo,
conforme o disposto no §1º do art. 52 da Lei nº 8.078, de 1990,
com a redação dada pela Lei nº 9.298, de 1º de agosto de
1996;
XX - impedir, dificultar ou negar ao consumidor a
liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente,
mediante redução proporcional dos juros, encargos e demais
acréscimos, inclusive seguro;
XXI - fizer constar do contrato alguma das cláusulas
abusivas a que se refere o art. 56 deste Decreto;
XXII - elaborar contrato, inclusive o de adesão, sem
utilizar termos claros, caracteres ostensivos e legíveis, que
permitam sua imediata e fácil compreensão, destacando-se as
36
cláusulas que impliquem obrigação ou limitação dos direitos
contratuais do consumidor, inclusive com a utilização de tipos
de letra e cores diferenciados, entre outros recursos gráficos e
visuais;
XXIII - que impeça a troca de produto impróprio,
inadequado, ou de valor diminuído, por outro da mesma
espécie, em perfeitas condições de uso, ou a restituição
imediata da quantia paga, devidamente corrigido, ou fazer
abatimento proporcional do preço, a critério do consumidor.
Parágrafo único. Dependendo da gravidade da infração
prevista nos incisos dos arts. 12, 13, e deste artigo, a pena de
multa poderá ser cumulada com as demais previstas no art. 18,
sem prejuízo da competência de outros órgãos administrativos.
§ os incisos II e XV do artigo 22, ( determina o reembolso de quantia paga
a maior, e a infração ao CDC, por cláusula que ameace o equilíbrio do
contrato);
...
II - deixar de reembolsar ao consumidor a quantia já paga,
nos casos previstos na Lei nº 8.078, de 1990;
...
XV - restringir direitos ou obrigações fundamentais à natureza
do contrato, de tal modo a ameaçar o seu objeto ou o equilíbrio
contratual;
§ artigo 4º da Lei 1.521/51
Art. 4º. Constitui crime da mesma natureza a usura pecuniária
ou real, assim se considerando:
a) cobrar juros, comissões ou descontos percentuais,
sobre dívidas em dinheiro superiores à taxa permitida por lei;
cobrar ágio superior à taxa oficial de câmbio, sobre quantia
37
permutada por moeda estrangeira; ou, ainda, emprestar sob
penhor que seja privativo de instituição oficial de crédito;
b) obter, ou estipular, em qualquer contrato, abusando da
premente necessidade, inexperiência ou leviandade de outra
parte, lucro patrimonial que exceda o quinto do valor corrente
ou justo da prestação feita ou prometida.
6.4. CONCLUSÃO
O exposto acima demonstra a importância do instituto da lesão enorme
no atual modelo jurídico brasileiro, principalmente no que diz respeito aos
bancos, pois remuneração das instituições financeiras pela intermediação da
operação de crédito deve atender ao limite de 1/5 (20%) sobre o custo da
intermediação financeira. Considerando como custo de intermediação
financeira, a captação de recursos de terceiros, o percentual de lucro de no
máximo 20% deve ser aplicado sobre estes custos de captação. Concluindo,
qualquer taxa de juros estipulada que exceda o limite de 20% sobre o custo de
captação da operação constitui uma taxa abusiva.
As instituições financeiras apresentam fontes diversas de captação de
recursos, vinculando o tipo de produto de crédito ofertado à respectiva
captação do recurso.
Constantemente nos deparamos com os abusos produzidos pelas
instituições financeiras, entretanto o Poder Judiciário vem procurando vir de
encontro da sociedade ao encontro da sociedade, esfriando a busca
enlouquecida por lucros.
Podemos usar como exemplo o lucro liquido registrado pela maior
instituição financeira privada do país, nos nove primeiros meses de 2005, que
foi do valor de R$4 bilhões, sendo 39% deste lucro advindo da carteira de
empréstimo.12 .
12 Dados retirados: http://www.papiniestudos.com.br/ler_estudos.php?idNoticia=24
38
Este lucro excessivo, e portanto, abusivo, auferido pelas instituições
financeiras em prejuízo da outra parte configura-se em lesão enorme, e que
deveria sofrer intervenção do Poder Judiciário pois até quando os tomadores
de crédito deverão ser prejudicados para a continuidade do lucro exacerbado
por parte das instituições financeiras?
O controle jurídico das condições contratuais gerais e principalmente
em relação aos bancos, e mais especificamente das cláusulas abusivas, tem
por finalidade, conter o excessivo poder econômico da empresa e proteger a
parte economicamente mais fraca na relação contratual estabelecida nos
moldes dos contratos de massa.
O controle aos contratos entre fornecedores e consumidores não pode
ser restringido.
7. DIREITO BANCÁRIO X DIREITO DO CONSUMIDOR
O grande questionamento hoje é saber se o art. 192 da Constituição
Federal afasta, ou não, as normas as normas do Código de Defesa do
Consumidor pois temos neste caso, uma aparente antinomia entre normas
jurídicas.
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a
promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos
interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem,
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação
do capital estrangeiro nas instituições que o integram.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
Essa Lei Complementar citada pelo artigo 192 seria a Lei nº 4595/64 –
Lei de Reforma Bancária. Esta situação gera um conflito, pois há duas
espécies jurídicas que incidem sobre uma mesma realidade.
O fato dos contratos bancários terem regulação pelos Direitos Bancário,
Civil e Comercial não significa a inconstitucionalidade dos Direitos Civil e
39
Comercial, nem do Código de Defesa do Consumidor. Qual esfera jurídica deve
preponderar no caso dos serviços em relação aos contratos bancários?
O Direito do Consumidor é um direito especial principalmente em relação
ao Direito bancário pois as normas de consumo não incidem sobre todos os
contratos bancários e sim, somente naqueles em que se configura uma
relação de consumo. Também o Direito bancário é especial em relação ao
Direito do Consumidor, pois as normas bancárias não incidem sobre todas as
relações de consumo, mas somente sobre as relações de consumo que são
bancárias.
Diante desta antinomia, são levantados possíveis caminhos a seguir. O
primeiro seria a aplicação do critério cronológico onde prevaleceria as normas
do Direito do Consumidor. As normas do consumo seriam normas que vieram
atender à evolução social, oriundas da necessidade emergente de tutela do
consumidor, derrogando todas as normas anteriores que com elas conflitem.
O segundo caminho seria a aplicação do critério da especialidade que
considera a simples cronologia como critério insuficiente perante o princípio da
igualdade. Nesta situação prevaleceria uma solução vinda do princípio
igualitário, base do critério da especialidade. Levanta-se a questão de qual
norma viria em maior plenitude o princípio da igualdade?
Como nossa prática hoje revela constantes abusos por parte dos
bancos, temos como resposta uma afirmação do caráter social do contrato,
relevando a superioridade dos fornecedores e a fragilidade dos consumidores.
Desta forma as normas de consumo atendem atenderiam melhor às
necessidades ressaltadas pelas diferenças entre os “mais fortes e os mais
frágeis economicamente”. Esse caminho também conduz à superioridade das
normas de consumo.
O terceiro e último caminho aponta para uma leitura constitucional onde,
através da Constituição de 1988 onde os anseios humanos ficam em primeiro
lugar. O art. 1º da Constituição promoveu uma repersonalização do Direito
Privado que passou a atender em primeiro lugar os anseios humanos em
detrimentos dos interesses patrimoniais invertendo a hierarquia estabelecida
40
nos Códigos tradicionais. Mais uma vez as normas de consumo prevalecem em
detrimento das normas bancárias.
8. APLICABILIDADE DO CDC AOS CONTRATOS
BANCÁRIOS
Podemos concluir com todo o exposto acima que as relações jurídicas
dos consumidores com as instituições financeiras, de crédito e securitárias, são
de relações de consumo, pois envolvem a prestação de um serviço ofertado no
mercado de consumo (crédito, seguro, poupança, cartões de crédito,
pagamentos eletrônicos etc.). Esse serviço é remunerado por seus
beneficiários (tarifas, juros, mera disposição do dinheiro em favor do banco
etc.).
Raríssimos são os estudos de doutrinadores jurídicos que entendam que
o CDC não se aplica à operações bancárias. O que encontramos é a
divergência entre a posição que sustenta a aplicação total a todas as
operações, e posições que sustentam a aplicação total a algumas operações e
a não aplicação, ou aplicação parcial, a outras operações. Foi observado que
essa divergência surge a partir do conceito de consumidor.
Até muito pouco tempo, ainda era discutia a aplicabilidade do Código de
Defesa do Consumidor às relações bancárias, no entanto com a decisão
proferida, em junho de 2006, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), através do
julgamento da ADIn nº 2591, ficou decidido, por nove votos a dois, que o
Código de Defesa do Consumidor se aplica aos contratos bancários, ainda que
estes contratos sejam firmados por pessoas jurídicas. Os Ministros do STF
entenderam que o direito à defesa do consumidor está na Constituição de 1988
e deve ser tomado de forma universal.
A referida ADIn foi proposta em 27 de dezembro de 2001 e contestava a
validade do parágrafo 2º, do artigo 3º do CDC, com a intenção de excluir do
seu alcance as principais operações bancárias que inclui atividades de crédito,
financeiras e securitárias dentro do conceito das relações de consumo. Seu
41
primeiro julgamento foi em 2002, ocasião em que houve grande mobilização de
entidades civis.
O Código de Defesa do Consumidor já era usado em algumas decisões
judiciais envolvendo as Instituições Financeiras, mas sempre houve o
questionamento contrários dos bancos que entraram com a referida ADIN.
Depois de um pedido de vista de quase quatro anos de duração, o
Ministro Nelson Jobim defendeu a aplicação do Código de Defesa do
Consumidor apenas aos ''serviços bancários'', como custódia de valores,
fornecimento de informações a correntistas e atendimento ao público, deixando
de lado incidência do Código de Defesa do Consumidor sobre ''operações
bancárias típicas'' como os depósitos, hipoteca, poupança e cheque especial,
ou seja, a decisão do STF indicou que o CDC não se aplica à condução da
política monetária ou da fiscalização ou regulação das atividades financeiras
sendo estas, tarefas do Banco Central (BC) e do Conselho Monetário Nacional
(CMN) que cuidam da saúde do Sistema Financeiro Nacional (SEN).
O Ministro expôs sobre as diferenças entre o regime de proteção ao
consumidor e o regime de proteção do poupador e do mutuário do sistema
financeiro. Fez ainda uma distinção entre o usuário do sistema bancário e o
cliente (correntista). Destacou que já existe resolução do Banco Central que
protege a relação do usuário que busca atendimento bancário. Deve haver uma
distinção entre os serviços prestados pelos bancos e as operações financeiras
feitas por intermédio das instituições financeiras. No primeiro caso (serviços
bancários), destacou o ministro, há a incidência do parágrafo 2º do artigo 3º do
Código de Defesa do Consumidor.
Em 09.09.2004, o Superior Tribunal de Justiça já havia editado a Súmula
297 com a seguinte redação:
“O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições
financeiras.”
A Súmula é resultado do entendimento do STJ em cinco julgamentos,
que reproduziu em outros (RESP 57.974, rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJ
29.5.1995; RESP 106.888, rel. Min. César Asfor Rocha, DJ 5.8.2002; RESP
42
175.795, rel. Min. Waldemar Zveiter, DJ 10.5.1999; RESP 298.369, rel. Min.
Carlos Alberto Menezes Direito, DJ 25.8.2003; e RESP 387.805, rel. Minª.
Nancy Andrighi, DJ 9.9.2002; RESP 160.861, rel. Min. Costa Leite, DJ
3.8.1998; RESP 163.616, rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJ 3.8.1998; RESP
47.146, rel. Min. Ruy Rosado, DJ 6.2.1995; etc).
8.1. A VOTAÇÃO DA ADIn Nº 259113
1. A CONSIF, Confederação Nacional das Instituições Financeiras, pede a
inconstitucionalidade do parágrafo 2º do artigo 3º do Código de Defesa
do Consumidor (CDC) na parte em que inclui, no conceito de serviço
abrangido pelas relações de consumo, as atividades de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária.
2. O julgamento foi adiado no início de maio em razão do pedido de vista
do ministro Cezar Peluso que em 07/06/2006 seguiu a divergência
aberta pelo ministro Néri da Silveira (aposentado) e julgou improcedente
a ação.
3. Cezar Peluso afirmou que o CDC não veio para regular as relações
entre as instituições do Sistema Financeiro Nacional e os clientes sob o
ângulo estritamente financeiro, mas sim para dispor sobre as relações
de consumo entre bancos e clientes. Nesse sentido o ministro
argumentou que “não há como nem por onde sustentar,
convincentemente, que o CDC teria derrogado, de forma inconstitucional
a Lei nº 4.595/64 (Norma sobre o sistema financeiro)”.
4. Em seguida temos o voto do ministro Marco Aurélio que também
acompanha a divergência. Ele afirma que o CDC não representa
nenhum risco ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e destaca a
exacerbada lucratividade dos estabelecimentos bancários face à parte
13 Fonte: STF (www.stf.gov.br)
43
mais frágil da relação (os clientes) para afastar o pensamento de que o
CDC repercutiu de forma danosa em relação aos bancos.
5. Celso de Mello segue o entendimento da maioria pela improcedência do
pedido na ação e ressalta que a proteção ao consumidor qualifica-se
como valor constitucional. As atividades econômicas estão sujeitas à
ação de fiscalização e normativa do Poder Público, tendo o Estado como
agente regulador da atividade negocial com o dever de evitar práticas
abusivas por parte das instituições bancárias. Ele entende que o Código
de Defesa do Consumidor (CDC) cumpre esse papel ao regulamentar as
relações de consumo entre bancos e clientes e acrescenta que o
Sistema Financeiro Nacional (SFN) sujeita-se ao princípio constitucional
de defesa do consumidor e que o CDC limita-se a proteger e defender o
consumidor "o que não implica interferência no SFN". Concluiu desta
forma que as regras do CDC aplicam-se às atividades bancárias.
6. Ellen Gracie, presidente do STF e a última a votar, com voto bastante
curto também se posicionou que as relações de consumo nas atividades
bancárias devem ser protegidas pelo CDC.
Concluindo, a votação se deu da seguinte maneira: votaram pela
improcedência do pedido formulado pela Consif os ministros Néri da Silveira
(aposentado), Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Sepúlveda
Pertence, Cezar Peluso, Marco Aurélio, Celso de Mello e Ellen Gracie. Ficaram
parcialmente vencidos os ministros Carlos Velloso (aposentado), relator, e
Nelson Jobim (aposentado).
8.2. HISTÓRICO DA ADIn Nº 259114
Em abril de 2002, no início do julgamento, votaram o ministro-relator da
ADI, Carlos Velloso (aposentado) e Néri da Silveira (aposentado) que
consideraram constitucional a aplicação das regras do CDC aos contratos
bancários. Velloso entendeu que o CDC não contraria as normas que regulam
o Sistema Financeiro e deve ser aplicado às atividades bancárias. No entanto, 14 Fonte: STF (www.stf.gov.br)
44
disse que o Código não se aplica à regulação da taxa dos juros reais nas
operações bancárias, bem como a sua fixação em 12% (doze por cento) ao
ano.
Essa matéria, segundo entendeu Velloso, é exclusiva do Sistema
Financeiro Nacional e deve ser regulada por lei complementar. Nesse sentido,
deu interpretação conforme a Constituição ao parágrafo 2º do artigo 3º da Lei
8.078/90 (CDC). Já o ministro Néri da Silveira julgou totalmente improcedente o
pedido formulado pela Consif.
Em fevereiro de 2006 a ação entrou novamente na pauta, ocasião em
que votou o então presidente do STF, ministro Nelson Jobim (aposentado),
proferindo voto-vista. Jobim concordou com o entendimento do ministro Carlos
Velloso, ao julgar procedente em parte o pedido. Ele diferenciou as operações
bancárias dos serviços bancários e concluiu que, no caso destes, deverá ser
aplicado o CDC.
Prosseguindo, no dia 04 de maio, o ministro Eros Grau concorda o
ministro Néri da Silveira (aposentado) que julga improcedente o pedido
formulado na ADI. Ele argumentou que “a relação entre banco e cliente é,
nitidamente, uma relação de consumo” e acrescentou que é “consumidor,
inquestionavelmente, toda pessoa física ou jurídica que utiliza, como
destinatário final, atividade bancária, financeira e de crédito” não concordando
com o Ministro Nelson Jobim ao decidir que às operações bancárias não
caberiam as regras do CDC. No entanto, Eros Grau observou que: a revisão de
eventual abusividade, onerosidade excessiva ou outras distorções na
composição contratual da taxa de juros, no que tange ao quanto exceda a taxa
de juros deveriam continuar sendo controlados pelo Banco Central.
Joaquim Barbosa também entendeu como improcedente o pedido
formulado pela Consif ao alegar que não existe inconstitucionalidade a ser
pronunciada no parágrafo 2º do artigo 3º do CDC e concluindo que “São
normas plenamente aplicáveis a todas as relações de consumo, inclusive aos
serviços prestados pelas entidades do sistema financeiro”.
45
O mesmo entendimento foi adotado pelos ministros Carlos Ayres Britto e
Sepúlveda Pertence que, após o pedido de vista de Cezar Peluso, decidiu
antecipar o voto. Ao votar, ele observou que após a revogação do parágrafo 3º
do artigo 192 da Constituição Federal pela Emenda 40/2003, o voto do ministro
Carlos Velloso “perdeu a sua base positiva”, pois o dispositivo limitava a taxa
anual de juros a 12%.
8.3. COMO FICARAM OS DIREITOS DOS CONSUMIDORES
1. Em caso de cobrança indevida o consumidor tem direito à devolução
dos valores pagos irregularmente.
2. Nas transações realizadas eletronicamente ou pela internet, o banco
responde pelo erro independentemente da existência da culpa.
3. As cláusulas contratuais abusivas são proibidas e passíveis de
nulidade.
4. O envio de produtos, como por exemplo, cartão de crédito sem
solicitação prévia é proibido.
5. Se o consumidor não tiver acesso a um contrato, ele não é obrigado a
aceitá-lo e, em caso de dúvida, as cláusulas contratuais serão sempre
interpretadas da maneira mais favorável ao cliente.
6. É obrigatório o desconto proporcional dos juros e demais acréscimos
na liquidação antecipada de um financiamento ou empréstimo.
7. A multa por inadimplência fica limitada a 2%.
8. São proibidos juros abusivos praticados pelo mercado.
9. Em qualquer problema o cliente pode pedir a inversão do ônus da
prova e desta forma o banco terá que comprovar que a falha na relação não foi
causada por ele.
46
9. CONCLUSÃO
Os abusos cometidos pelas Instituições Financeiras com o alto custo
financeiro, o avanço usuário das taxas de juros e dos encargos em contratos
bancários e comerciais acabaram por levar a uma intervenção do Governo
Federal com a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e do
Banco Central do Brasil.
O Código de Defesa do Consumidor apareceu como um dos maiores
marcos jurídicos do século passado, revolucionando a maneira de pensar do
consumidor brasileiro, que, naturalmente mais fraco, não possuía
conhecimento sobre os “caminhos sinuosos” dos contratos bancários.
Não se trata de uma lei excepcional, e sim especial, que se compatibiliza
com a nova noção jurídica e, por isso, passível de aplicação aos contratos
bancários em geral como exposto no texto acima e ressaltou o que sempre
esteve subentendido no sistema contratual - a boa fé objetiva e a justiça
contratual, reflexos no campo do Direito Contratual dos novos valores do
sistema jurídico como um todo e não ao pacta sunt servanda onde os Bancos
se apóiam para fazer valer um contrato repleto de ocorrências abusivas.
Nosso Código deve ser aplicado sempre que houver uma relação de
desequilíbrio econômico entre os contratantes ou quando houver situações em
que à vontade de um, em razão da fraqueza econômica do outro, prevaleça
ditando condições contratuais injustas.
A relação de consumo requer a presença de um fornecedor ou de um
prestador de serviços e de alguém que receba os produtos ou os serviços
como destinatário final, não para recolocá-los no mercado mas ao lado do
consumidor destinatário final, o artigo 29 do Código de Defesa do Consumidor
equipara ao consumidor, outras pessoas, físicas ou jurídicas, igualmente
“frágeis”, para o fim de protegê-las contra práticas comerciais previstas pelo
mesmo estatuto, como, por exemplo, a atividade bancária.
47
Levando em conta esses critérios relevantes para o conceito de
consumidor e a expressa referência à atividade bancária, a doutrina, o Superior
Tribunal de Justiça e agora o STF não têm dúvidas em submeter os contratos
bancários ao Código de Defesa do Consumidor.
Na recente ADIn a CONSIF pretendia a exclusão da incidência das
normas do consumo sobre as atividades bancárias, com base na
inconstitucionalidade formal do Código do Consumidor, que não poderia tratar
de normas bancárias em face do art. 192 da Constituição, uma vez que este se
reservava à matéria de lei complementar.
Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal as operações bancárias
do mercado, como um todo, passaram a ser consideradas como submetidas às
normas do CDC, principalmente os da boa-fé obrigatória e o equilíbrio
contratual.
Mesmo com a Lei de Reforma Bancária, que regula o Sistema
Financeiro Nacional, que veio para preencher a lacuna do art. 192, e veio como
Lei Complementar, as normas do Direito do Consumidor não foram afastadas,
pois os dois diplomas incidem sobre a mesma realidade mas mesmo assim,
qualquer que seja o critério que se adote, já pode-se concluir que deve
prevalecer o Direito do Consumidor, regendo com prioridade sobre o Direito
Bancário visto que ela atende melhor aos reclamos da dignidade da pessoa
humana do que a legislação bancária de tem seu cunho patrimonialista.
A maioria dos cidadãos brasileiros ainda não está ciente de que o
Código de Defesa do Consumidor – Lei nº 8.078/90, pode ser utilizado contra
os abusos praticados pelas Instituições Financeiras e até pouco tempo atrás
ainda discutia-se sua aplicabilidade às relações bancárias.
Com esta decisão final do STF, os bancos não têm mais como fugir do
Código de Defesa do Consumidor e os cidadãos estão protegidos contra os
abusos praticados pelas Instituições Financeiras, tais como: a prática da venda
casada; a falta de informações claras e precisas; a propaganda enganosa; o
envio de produtos ou serviços sem prévia solicitação; a exigência de vantagem
48
manifestamente excessiva; a elevação de preços de produtos e serviços sem
justa causa, dentre inúmeros outros abusos.
Caso um cliente se sinta lesado com uma cobrança indevida ou um mau
atendimento, e opte em fazer uma reclamação, a instituição financeira poderá
sofrer sanções com base no CDC.
É necessário que haja uma linguagem simples na reação com o
consumidor, sempre deixando claros os possíveis riscos que um produto ou
contrato podem apresentar. O problema é que à medida em que o consumidor
se torna mais consciente de seus direitos, conseqüentemente acaba se
tornando mais exigente e desta forma as instituições passam a correr mais
riscos pois assim o consumidor pode mudar a qualquer momento de
fornecedor.
Hoje os principais desafios dos bancos são: capacitar e dar mais poder
aos atendentes, nas agências; ter mais responsabilidade na oferta de crédito;
ser mais transparentes nos extratos fornecidos aos consumidores; e informar
quais as tarifas incidentes em linguagem mais simples e mais padronizada,
pois o consumidor, como a parte frágil da relação, é carente de conhecimento
sobre produtos e serviços.
Bancos, clientes e entidades de defesa do consumidor têm cada vez
mais a obrigação de se pôr um no lugar do outro e, talvez, com a decisão da
aplicabilidade do Código às instituições financeiras, os bancos passem a
oferecer menor resistência e com isso diminuir as demandas na justiça.
49
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEMAN, Santiago Rivero. Disciplina del créditoto bancario y, protección del consumidor. Aranzadi Editorial. 1995.
ALVES, Vilson Rodrigues. Responsabilidade civil dos estabelecimentos
bancários, Bookseller, Campinas, 1.996
BRASIL. Constituição Federal de 1998, de 05 de outubro de 1988.
BRASIL. Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990.
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial, 4 ed., Saraiva, São
Paulo, 1.993.
DA LUZ, Aramy Dorneles. Negócios jurídicos bancários. Rio de Janeiro, RT,
1996
EFING, Antônio Carlos. Contratos e procedimentos bancários à luz do Código
de Defesa do Consumidor, Revista dos Tribunais, São Paulo, 1.999.
JOAQUIM ERNESTO PALHARES - Seminário Carta maior - São Paulo, 27/08/97.
LUCCA, Newton de. A aplicação do Código do Consumidor à Atividade
Bancária.
MARTINS, Fran. Contratos e obrigações comerciais, 4 ed. Rio de Janeiro, Forense, 1976.
MENDONÇA, J. X. Carvalho de. Tratado de direito comercial brasileiro, Rio de janeiro RJ Freitas Bastos, 1939
RIZZARDO, Arnaldo. Contratos de crédito bancário, 3 ed., Revista dos
Tribunais, São Paulo, 1997.
WALD, Arnoldo. O Direito do Consumidor e suas repercussões em relação às
instituições financeiras. In Revista dos Tribunais, São Paulo: RT, Vol. 666, Abr.
1991.
50
WAMBIER, Luiz Rodrigues. Os Contratos bancários e o Código de defesa do Consumidor. In Revista de Direito do Consumidor. São Paulo: RT, Vol. 18, Abr./Jun. 1996.
SITE:
www.stf.gov.br
http://www.papiniestudos.com.br/ler_estudos.php?idNoticia=24
51
ANEXO 1
52
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nr. 2591 ORIGEM: ADI RELATOR: MIN. CARLOS VELLOSO REDATOR PARA ACÓRDÃO: MIN. EROS GRAU
REQTE. : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF ADVDOS. : IVES GANDRA S. MARTINS E OUTROS REQDO. : PRESIDENTE DA REPÚBLICA REQDO. : CONGRESSO NACIONAL
ANDAMENTOS
DATA ANDAMENTO OBSERVAÇÃO
12/01/2007 PETIÇÃO ** PG Nº 3398/07 DO JUIZ DE DIREITO E DIRETOR DO FORO DA COMARCA DE LUCAS DO RIO VERDE SOLICITANDO O ENCAMINHAMENTO DA CÓPIA DO ACÓRDÃO ATINENTE AOS EMBARGOS OPOSTOS.
18/12/2006 EXPEDIDO OFÍCIO Nº
5676/SEJ, AO JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PEDERNEIRAS/SP, ENCAMINHANDO RELATÓRIO DE ANDAMENTOS, CÓPIA DO ACÓRDÃO E DO DESPACHO.
14/12/2006 JUNTADA CERTIDÃO DE JULGAMENTO DA SESSÃO PLENÁRIA DE 14/12/2006.
14/12/2006 JULGAMENTO DO PLENO - RECEBIDOS
Decisão: O Tribunal, por maioria, não conheceu dos embargos opostos pelo Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor-BRASILCON e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor-IDEC, vencido o Senhor Ministro Carlos Britto. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie. No mérito, por unanimidade, o Tribunal recebeu parcialmente os embargos, nos termos do voto do Relator. Votou o Presidente, Ministro Sepúlveda Pertence (art. 37, inciso I do RISTF), ante a ausência ocasional da Ministra Ellen Gracie (Presidente). Impedido o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 14.12.2006.
11/12/2006 CONCLUSOS AO RELATOR
11/12/2006 JUNTADA PG Nº 186396/06 DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF, REQUERENDO A JUNTADA DE SUBSTABELECIMENTO.
11/12/2006 DESPACHO ORDINATORIO
EM 05/12/06 NO PG Nº 186396/06 "JUNTE-SE.
05/12/2006 PETIÇÃO PG Nº 186396/06 DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF, REQUERENDO A JUNTADA DE SUBSTABELECIMENTO. AO MINISTRO EROS GRAU, SEM OS AUTOS.
25/10/2006 APRESENTADO EM MESA PARA JULGAMENTO - MINUTA EXTRAÍDA
Pleno Em 25/10/2006 20:27:04
20/10/2006 EXPEDIDO OFÍCIO Nº
4218/SEJ, AO JUIZ DA 1ª VARA DA COMARCA DE LUCAS DO RIO VERDE/MT, ENCAMINHANDO A PET/STF Nº 152313/2006
18/10/2006 REMESSA À SEÇÃO CARTORÁRIA DO PG Nº 152313/06, COM CÓPIA DO ACÓRDÃO, PARA DEVOLUÇÃO AO REQUERENTE
18/10/2006 DESPACHO ORDINATORIO
EM 16/10/06 NO PG Nº 152313/06 "DEFIRO O PEDIDO. À SECRETARIA PARA PROVIDÊNCIAS CABÍVEIS. APÓS DEVOLVA-SE A PETIÇÃO AO JUIZ DE DIREITO SUBSCRITOR DA PEÇA."
16/10/2006 CERTIDAO CERTIFICO E DOU FÉ QUE O PG Nº 153650/06 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE
53
DEFESA DA CONCORRÊNCIA - IDEC (ORIGINAL DA PETIÇÃO ELETRÔNICA Nº 150270/06) FOI PROTOCOLADO FORA DO PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS.
16/10/2006 CONCLUSAO AO MINISTRO EROS GRAU, REDATOR DO ACÓRDÃO
13/10/2006 INTERPOSTOS EMBARGOS DE DECLARACAO
JUNTADA PG Nº 153650/2006 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA - IDEC
13/10/2006 PETIÇÃO PG Nº 152313/06 DO JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA DA COMARCA DE LUCAS DO RIO VERDE, SOLICITANDO CÓPIA DO ACÓRDÃO REFERENTE AO JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO. AO GABINETE DO MINISTRO EROS GRAU - REDATOR DO ACÓRDÃO, SEM OS AUTOS
13/10/2006 DESPACHO ORDINATORIO
EM 11/10/06 DA MINISTRA PRESIDENTE NO PG Nº 152313/06 "AO EMINENTE RELATOR"
10/10/2006 PETIÇÃO PG Nº 152313/06 DO JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA DA COMARCA DE LUCAS DO RIO VERDE, SOLICITANDO CÓPIA DO ACÓRDÃO REFERENTE AO JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO. AO GABINETE DA MINISTRA PRESIDENTE, SEM OS AUTOS
09/10/2006 LANÇAMENTO INDEVIDO
CONCLUSOS AO RELATOR
06/10/2006 INTERPOSTOS EMBARGOS DE DECLARACAO
JUNTADA PETIÇÃO: 150262/2006 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE POLÍTICA E DIREITO DO CONSUMIDOR - BRASILCON
06/10/2006 INTERPOSTOS EMBARGOS DE DECLARACAO
JUNTADA PETIÇÃO: 149590/2006 DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA
06/10/2006 CONCLUSOS AO RELATOR
06/10/2006 JUNTADA PG 59492/06, DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF, REQUERENDO SEJA DADA PUBLICIDADE PRÉVIA ACERCA DA DATA FIXADA PARA A CONTINUIDADE DO JULGAMENTO DA PRESENTE ADI
06/10/2006 JUNTADA POR LINHA
PG 14996/06 DO MOVIMENTO DAS DONAS DE CASA E CONSUMIDORES DE MINAS GERAIS REQUERENDO SEJA JULGADA IMPROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO
06/10/2006 INTERPOSTOS EMBARGOS
JUNTADA DA PETIÇÃO: 149590/2006, DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
29/09/2006 JUNTADA DE CÓPIA AUTENTICADA DE MANDADO DE INTIMAÇÃO DEVIDAMENTE CUMPRIDO
29/09/2006 PUBLICADO ACORDAO, DJ:
DATA DE PUBLICAÇÃO DJ 29/09/2006 - ATA Nº 31/2006 -
08/09/2006 PETIÇÃO PG Nº 132851/06 DO JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA JUDICIAL DA COMARCA DE PEDERNEIRAS, SOLICITANDO CÓPIA DO ACÓRDÃO DA PRESENTE AÇÃO. Á MINISTRO EROS GRAU, SEM OS AUTOS
19/06/2006 DESPACHO ORDINATORIO
EM 16/06/06 DA MINISTRA PRESIDENTE NO PG Nº 59492/06 "JUNTE-SE"
19/06/2006 DESPACHO ORDINATORIO
EM 16/06/06 DA MINISTRA PRESIDENTE NO PG Nº 14996/06 "JUNTE-SE POR LINHA"
16/06/2006 DECISÃO PUBLICADA NO D.J. E NO D.O.U (LEI Nº
54
9.868/99)
16/06/2006 DECISAO PUBLICADA, DJ:
ATA Nº 16, de 07/06/2006 -
08/06/2006 JUNTADA CERTIDÃO DE JULGAMENTO DA SESSÃO PLENÁRIA DE 7/6/2006.
07/06/2006 JULGAMENTO DO PLENO - IMPROCEDENTE
Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por maioria, julgou improcedente a ação direta, vencido parcialmente o Senhor Ministro Carlos Velloso (Relator), no que foi acompanhado pelo Senhor Ministro Nelson Jobim. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie. Redigirá o acórdão o Senhor Ministro Eros Grau. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Não participou da votação o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski por suceder ao Senhor Ministro Carlos Velloso, Relator do presente feito. Plenário, 07.06.2006.
19/05/2006 REMESSA DOS AUTOS
AO GABINETE DO MINISTRO CÉZAR PELUSO, DEVIDO AO PEDIDO DE VISTA
19/05/2006 JUNTADA POR LINHA
DO PG Nº 42463/06, DE GUILHERME FERREIRA DA CRUZ, JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTOS/SP, APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO
19/05/2006 DESPACHO ORDINATORIO
DA MINISTRA PRESIDENTE NO PG Nº 42436/06 "JUNTE-SE POR LINHA".
16/05/2006 PETIÇÃO ** PG Nº DE GUILHERME FERREIRA DA CRUZ, JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTOS/SP, APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. À MINISTRA PRESIDENTE SEM OS AUTOS
16/05/2006 DESPACHO ORDINATORIO
EM 07/04/06 NO PG Nº 42463/06 "ENCAMINHE-SE A PETIÇÃO STF Nº 42463/06 AO RELATOR".
15/05/2006 DECISÃO PUBLICADA NO D.J. E NO D.O.U (LEI Nº 9.868/99)
15/05/2006 DECISAO PUBLICADA, DJ:
ATA Nº 10, de 04/05/2006 -
10/05/2006 PETIÇÃO ** PG Nº 59492/06, DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF, REQUERENDO SEJA DADA PUBLICIDADE PRÉVIA ACERCA DA DATA FIXADA PARA A CONTINUIDADE DO JULGAMENTO DA PRESENTE ADI. AO GABINETE DA MINISTRA ELLEN GRACIE, PRESIDENTE, SEM OS AUTOS.
09/05/2006 VISTA - DEVOLUÇÃO DOS AUTOS PARA JULGAMENTO
09/05/2006 18:43:33 -
04/05/2006 JUNTADA CERTIDÃO DE JULGAMENTO DA SESSÃO PLENÁRIA DE 4/5/2006.
04/05/2006 VISTA AO MINISTRO
Cezar Peluso. Decisão: Após o voto-vista do Senhor Ministro Eros Grau, que julgava improcedente a ação, no que foi acompanhado pelos Senhores Ministros Joaquim Barbosa, Carlos Britto e Sepúlveda Pertence, este último em antecipação, pediu vista dos autos o Senhor Ministro Cezar Peluso. Não participa do julgamento o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski por suceder ao Senhor Ministro Carlos Velloso que já proferiu voto. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie. Plenário, 04.05.2006.
24/04/2006 JUNTADA PG Nº 21374/06, DO INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - IDEC, REQUERENDO QUE O JULGAMENTO SEJA ADIADO ATÉ A POSSE DO NOVO MINISTRO.
24/04/2006 DESPACHO ORDINATORIO
EM 21/02/06, DO MINISTRO-PRESIDENTE, NO PG Nº 21374/06: "JUNTE-SE. SUBMETA-SE AO PLENÁRIO".
24/04/2006 PETIÇÃO PG Nº 42463/06, DE GUILHERME FERREIRA DA CRUZ, JUIZ DE DIREITO DA 4ª
55
VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTOS/SP, APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. AO GABINETE DA MINISTRA ELLEN GRACIE, VICE-PRESIDENTE NO EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA (ARTIGO 14 DO RI/STF) COM OS AUTOS.
24/04/2006 DESPACHO ORDINATORIO
EM 07/04/06 DO MINISTRO EROS GRAU NO PG Nº 42463/06: "ENCAMINHE-SE A PETIÇÃO AO RELATOR."
06/04/2006 PETIÇÃO **PG Nº 14996/06 DO MOVIMENTO DAS DONAS DE CASA E CONSUMIDORES DE MINAS GERAIS REQUERENDO SEJA JULGADA IMPROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO. AO GABINETE DO MINISTRA ELLEN GRACIE, VICE-PRESIDENTE NO EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA, SEM OS AUTOS.
06/04/2006 PETIÇÃO **PG Nº 14996/06 DO MOVIMENTO DAS DONAS DE CASA E CONSUMIDORES DE MINAS GERAIS REQUERENDO SEJA JULGADA IMPROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO. AO GABINETE DO MINISTRA ELLEN GRACIE, VICE-PRESIDENTE NO EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA SEM OS AUTOS.
05/04/2006 REMESSA DOS AUTOS
AO GABINETE DO MINISTRO EROS GRAU
05/04/2006 JUNTADA DO PG Nº 43068/06, DO JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DE SANTOS - SÃO PAULO, ENCAMINHANDO MANIFESTAÇÃO SOBRE O MÉRITO DA PRESENTE ADI
04/04/2006 VISTA - DEVOLUÇÃO DOS AUTOS PARA JULGAMENTO
04/04/2006 17:54:58 -
04/04/2006 DESPACHO ORDINATORIO
DA MINISTRA ELLEN GRACIE NO PG Nº 43068/06 "JUNTE-SE"
03/04/2006 PETIÇÃO PG Nº 43068/06, DO JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DE SANTOS - SÃO PAULO, ENCAMINHANDO MANIFESTAÇÃO SOBRE O MÉRITO DA PRESENTE ADI. AO GABINETE DA MINISTRA ELLEN GRACIE, VICE-PRESIDENTE NO EXERCÍCIO DA PRESIDÊNCIA, ARTIGO 14 DO RI/STF, SEM OS AUTOS
30/03/2006 PETIÇÃO **PG Nº 42485/06 (IDÊNTICO AO PG Nº 42463/06) DE GUILHERME FERREIRA DA CRUZ, JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTOS/SP APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. AO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA, SEM OS AUTOS
30/03/2006 PETIÇÃO **PG Nº 42463/06 DE GUILHERME FERREIRA DA CRUZ, JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTOS/SP APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. AO MINISTRO EROS GRAU, SEM OS AUTOS
13/03/2006 DECISÃO PUBLICADA NO D.J. E NO D.O.U (LEI Nº 9.868/99)
13/03/2006 DECISAO PUBLICADA, DJ:
ATA Nº 3, de 22/02/2006 -
22/02/2006 JUNTADA CERTIDÃO DE JULGAMENTO DA SESSÃO DE 22/02/2006
22/02/2006 VISTA AO MINISTRO
EROS GRAU. DECISÃO: PRELIMINARMENTE, O TRIBUNAL, POR UNANIMIDADE, INDEFERIU O REQUERIMENTO DO IDEC-INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. AUSENTE, JUSTIFICADAMENTE, NESTA PRELIMINAR, O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO. O TRIBUNAL, POR MAIORIA, ENTENDEU NÃO ESTAR PREJUDICADA A AÇÃO, VENCIDOS OS SENHORES MINISTROS SEPÚLVEDA PERTENCE, EROS GRAU E CARLOS BRITTO. APÓS O VOTO DO SENHOR MINISTRO NELSON JOBIM (PRESIDENTE), QUE ACOMPANHAVA O VOTO DO RELATOR PELA PROCEDÊNCIA PARCIAL DA AÇÃO, PARA DAR INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO, E DO VOTO DO SENHOR MINISTRO NÉRI DA SILVEIRA, QUE A JULGAVA IMPROCEDENTE, PEDIU VISTA DOS AUTOS O SENHOR MINISTRO EROS GRAU. AUSENTE, JUSTIFICADAMENTE, NESTE JULGAMENTO, O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES. PLENÁRIO, 22.02.2006.
56
21/02/2006 PETIÇÃO ** PG 21374/06 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - IDEC REQUERENDO QUE O JULGAMENTO SEJA ADIADO ATÉ A POSSE DO NOVO MINISTRO. AO MINISTRO PRESIDENTE SEM OS AUTOS.
21/02/2006 PETIÇÃO ** PG 21065/06 DA PRO TESTE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO CONSUMIDOR REQUERENDO PREFERÊNCIA NO JULGAMENTO DEFINITIVO DO FEITO. AO MINISTRO PRESIDENTE SEM OS AUTOS.
09/02/2006 PETIÇÃO PG Nº 14996/06 DO MOVIMENTO DAS DONAS DE CASA E CONSUMIDORES DE MINAS GERAIS REQUERENDO SEJA JULGADA IMPROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO.
14/12/2005 PETIÇÃO ** PG Nº 146348, DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CONSUMIDORES DE CRÉDITO - ANDEC, APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. AO GABINETE DO MINISTRO-PRESIDENTE SEM OS AUTOS.
07/12/2005 PETIÇÃO ** PG Nº 143367/05, DE PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA, APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. AO MINISTRO SEPÚLVEDA PERTENCE SEM OS AUTOS.
30/11/2005 DESPACHO ORDINATORIO
EM 29/11/05 NO PG Nº 137025/05 "ARQUIVE-SE"
24/11/2005 PETIÇÃO PG Nº 137025/05 DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES ENCAMINHANDO CÓPIA DO REQUERIMENTO Nº 6059/05 QUE ENVIA MOÇÃO DE REPÚDIO AO PLEITO DAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS, DE CRÉDITO E SEGUROS. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS
24/11/2005 DESPACHO ORDINATORIO
DA MINISTRA ELLEN GRACIE NO PG 137025/05: "AO EMINENTE RELATOR"
23/11/2005 PETIÇÃO PG Nº 137025/05 DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE GOVERNADOR VALADARES ENCAMINHANDO CÓPIA DO REQUERIMENTO Nº 6059/05 QUE ENVIA MOÇÃO DE REPÚDIO AO PLEITO DAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS, DE CRÉDITO E SEGUROS. À MINISTRA ELLEN GRACIE, SEM OS AUTOS
10/11/2005 PETIÇÃO ** PG Nº 131776/05 DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO CONSUMIDOR - PRO TESTE, APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. AO MINISTRO PRESIDENTE, SEM OS AUTOS
06/05/2005 PETIÇÃO ** PG Nº 53019/05- FAX DA CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE CAXIAS DO SUL, APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. PRAZO 5 DIAS PARA ORIGINAIS
13/04/2005 CONCLUSOS AO PRESIDENTE
DEVIDO A PEDIDO DE VISTA
13/04/2005 JUNTADA DO PG Nº 34452/05 DO BANCO NOSSA CAIXA S.A APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO.
13/04/2005 DESPACHO ORDINATORIO
EM 12/04/05 DO MINISTRO PRESIDENTE NO PG Nº 34452/05 "JUNTE-SE"
07/04/2005 CONCLUSOS AO PRESIDENTE
DEVIDO A PEDIDO DE VISTA.
07/04/2005 JUNTADA DO PG Nº 31988/05 DO BANCO NOSSA CAIXA S.A REQUERENDO A JUNTADA DE MANDATO.
05/04/2005 DESPACHO ORDINATORIO
EM 04/04/05 NO PG Nº 31988/05 "JUNTE-SE. SIM, EM TERMOS."
04/04/2005 PETIÇÃO PG Nº 34452/05 DO BANCO NOSSA CAIXA S.A APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. AO MINISTRO PRESIDENTE, SEM OS AUTOS
30/03/2005 PETIÇÃO PG Nº 31988/05 DO BANCO NOSSA CAIXA S.A REQUERENDO A JUNTADA DE MANDATO. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS
17/12/2004 CONCLUSOS AO PRESIDENTE
DEVIDO A PEDIDO DE VISTA.
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16/12/2004 JUNTADA DO PG Nº 130543/04 DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF REQUERENDO O DEFERIMENTO DA LIMINAR.
15/12/2004 DESPACHO ORDINATORIO
DO MINISTRO PRESIDENTE, EM 14/12/04, NO PG Nº 130543/04 "JUNTE-SE."
09/12/2004 PETIÇÃO PG 130543/04 DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF REQUERENDO O DEFERIMENTO DA LIMINAR. AO MINISTRO PRESIDENTE, SEM OS AUTOS.
09/12/2004 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG Nº 130543/04 " OS AUTOS ESTÃO COM VISTA PARA O EMINENTE MINISTRO NELSON JOBIM. ENCAMINHE-SE A V. EXA. ESTA PETIÇÃO. "
03/12/2004 PETIÇÃO PG 130543/04 DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF REQUERENDO O DEFERIMENTO DA LIMINAR - AO MINISTRO RELATOR SEM OS AUTOS
24/08/2004 CONCLUSOS AO PRESIDENTE
23/08/2004 CONCLUSOS AO RELATOR
20/08/2004 EXPEDIDO OFÍCIO Nº
4559/SEJ, AO DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, ENCAMINHANDO CÓPIA INTEGRAL DOS AUTOS.
30/07/2004 CONCLUSOS. MINISTRO NELSON JOBIM
30/07/2004 JUNTADA PG Nº 159743/04, DO DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, REQUERENDO CÓPIA INTEGRAL DOS AUTOS PRINCIPAIS E APENSOS DA PRESENTE ADI.
30/07/2004 DESPACHO ORDINATORIO
EM 10.12.03, DO MINISTRO PRESIDENTE "JUNTE-SE. ATENDE-SE."
30/07/2004 JUNTADA DE AVISO DE RECEBIMENTO
AR SR 51557255 5 BR, RECEBIDO PELO PROMOTOR DE JUSTIÇA DE DEFESA DO CONSUMIDOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
29/07/2004 JUNTADA PG Nº 79975/04, DE IGNÁCIO KAZUTOMO SETTE SILVA, REQUERENDO VISTA DOS AUTOS, PARA FINS DE OBTENÇÃO DE CÓPIAS DE PEÇAS PROCESSUAIS.
29/07/2004 DESPACHO ORDINATORIO
EM 28.07.04, DO MINISTRO PRESIDENTE "JUNTE-SE . DEFIRO."
27/07/2004 PETIÇÃO PG Nº 79975/04 DE 26/07/04 DO ADVOGADO IGNÁCIO KAZUTOMO SETTE SILVA, REQUERENDO VISTA DOS AUTOS PARA FINS DE OBTENÇÃO DE CÓPIAS DE PEÇAS PROCESSUAIS. AO MINISTRO PRESIDENTE NELSON JOBIM, AUTOR DO PEDIDO DE VISTA, SEM OS AUTOS
28/04/2004 VISTA RENOVADA JUSTIFICADAMENTE, A PEDIDO, POR 10 DIAS
DECISÃO: RENOVADO O PEDIDO DE VISTA DO SENHOR MINISTRO NELSON JOBIM, JUSTIFICADAMENTE, NOS TERMOS DO § 1º DO ARTIGO 1º DA RESOLUÇÃO Nº 278, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2003. PRESIDÊNCIA DO SENHOR MINISTRO MAURÍCIO CORRÊA. PLENÁRIO, 28.04.2004.
29/03/2004 VISTA AO MINISTRO
RESOLUÇÃO Nº 278/2003
18/03/2004 DESPACHO ORDINATORIO
EM 17.03.04, NO PG Nº 28110/04 "NADA HÁ QUE PROVER. ARQUIVE-SE."
16/03/2004 PETIÇÃO PG Nº 28110/04 DE DOUGLAS LIMA RODRIGUES, APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS
09/12/2003 PETIÇÃO PG N° 159743/03, DO DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR DA SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, REQUERENDO CÓPIA INTEGRAL DOS AUTOS PRINCIPAIS E APENSOS DA PRESENTE ADI. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS.
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26/11/2003 PETICAO AVULSA **PG N.º 153357/03 DE CLÁUDIO DANTAS DE ARAÚJO, NA QUALIDADE DE "AMICUS CURIAE" APRESENTANDO INFORMAÇÕES AO MINISTRO NELSON JOBIM. AO MINISTRO NELSON JOBIM, SEM OS AUTOS
15/04/2003 EXPEDIDO OFÍCIO Nº
1852/SPJ, AO PRESIDENTE DA CENTRAL DE ATENDIMENTO AOS MORADORES E MUTUÁRIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - CAMMESP, DEVOLVENDO A PET/STF Nº 234679/2002
26/11/2002 PETICAO AVULSA ** PG 234750 DA CAMMESP ENCAMINHANDO MOÇÃO DE APELO EM FAVOR DA IMPROCEDÊNCIA DA PRESENTE ADIN. AO MINISTRO RELATOR.
25/11/2002 DESPACHO ORDINATORIO
EM 21/11/2002 - DO MINISTRO PRESIDENTE NA PET. 234750/2002 - AO RELATOR.
22/11/2002 PETICAO AVULSA AR SR 51557255 5 BR RECEBIDO PELO PROMOTOR DE JUSTIÇA DE DEFESA DO CONSUMIDOR DO MINISTÉRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 30/10/2002.
20/11/2002 REMESSA DO PG Nº 234679/2002 À SEÇÃO CARTORÁRIA
20/11/2002 DESPACHO ORDINATORIO
EM 19/11/02 NO PG Nº 234679/2002: JULGAMENTO JÁ INICIADO. SEM AMPARO LEGAL O REQUERIDO. DEVOLVA-SE.
18/11/2002 PETICAO AVULSA PG Nº 234679/2002, DA CAMMESP, REQUERENDO JUNTADA DE MEMORIAL ANEXO ASSIM COMO, O JULGAMENTO E A IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO - AO MINISTRO RELATOR
04/11/2002 VISTA AO MINISTRO
NELSON JOBIM EM VIRTUDE DO JULGAMENTO DE 17.04.2002
29/10/2002 EXPEDIDO OFÍCIO Nº
7207/SPJ, AO PROMOTOR DE JUSTIÇA DE DEFESA DO CONSUMIDOR DO MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, ENCAMINHANDO CÓPIA INTEGRAL DO PROCESSO
17/10/2002 PUBLICACAO, DJ: DESPACHO DE 07/10/02
11/10/2002 REMESSA DOS AUTOS
À SEÇÃO CARTORÁRIA
08/10/2002 REMESSA DOS AUTOS
AO COMITÊ DE ASSUNTOS JUDICIÁRIOS.
08/10/2002 JUNTADA PG 189478 DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL REQUERENDO A EXTRAÇÃO DE CÓPIAS DA PRESENTE.
08/10/2002 JUNTADA PG 119773 DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, REQUERENDO CÓPIA INTEGRAL DA PRESENTE ADIN.
08/10/2002 DESPACHO ORDINATORIO
EM 07/10/2002: ATENDAM-SE AOS REQUERENTES DAS PETIÇÕES 119773 E 184478/2002. À SECRETARIA PARA DEVIDAS PROVIDÊNCIAS.
04/10/2002 PETICAO AVULSA PG 189478 DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL REQUERENDO A EXTRAÇÃO DE CÓPIAS DA PRESENTE. - AO MINISTRO NELSON JOBIM
04/10/2002 PETICAO AVULSA PG 119773 DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, REQUERENDO CÓPIA INTEGRAL DA PRESENTE ADIN. - AO MINISTRO NELSON JOBIM
04/10/2002 DESPACHO ORDINATORIO
EXARADO EM 01/10/02 NO PG Nº 189478/2002: AO EMINENTE MINISTRO NELSON JOBIM.
04/10/2002 DESPACHO ORDINATORIO
EXARADO EM 01/10/02 NO PG Nº 119773/2002: EM TEMPO: AO EMINENTE MINISTRO NELSON JOBIM.
30/09/2002 PETICAO AVULSA PG 189478 DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL REQUERENDO A EXTRAÇÃO DE CÓPIAS DA PRESENTE. - AO MINISTRO RELATOR.
07/08/2002 PETICAO AVULSA PG 119773 DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, REQUERENDO CÓPIA INTEGRAL DA PRESENTE ADIN. - AO MINISTRO RELATOR.
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03/08/2002 DESPACHO ORDINATORIO
EM 07/08/2002, DO MINISTRO PRESIDENTE NA PET. 119773/2002 - AGUARDAR O VOTO (VISTA) DO EMINENTE MIN. NELSON JOBIM.
01/08/2002 PETICAO AVULSA PG 119773 DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, REQUERENDO CÓPIA INTEGRAL DA PRESENTE ADIN. AO MINISTRO PRESIDENTE.
10/06/2002 EXPEDIDO OFÍCIO Nº
3194/SPJ, AO DR. CELSO MARQUES ARAÚJO, EM CUIABÁ/MT, DEVOLVENDO A PET/STF Nº 29775/2002
15/05/2002 PETICAO AVULSA ** PG 70885 DE KURT IGNÁCIO PETTER REQUERENDO SEU INGRESSO NO FEITO NA CONDIÇÃO DE COLABORADOR INFORMAL - AO MINISTRO RELATOR
08/05/2002 PETICAO AVULSA ** PG 66095 DA CENTRAL DE ATENDIMENTO AOS MORADORES E MUTUÁRIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO, ENVIANDO CÓPIA DA "MOÇÃO DE APELO AO STF PELA IMPROCEDÊNCIA DA ADIN 2591". AO MINISTRO NELSON JOBIM, SEM OS AUTOS.
30/04/2002 REMESSA DOS AUTOS
AO GABINETE DO SENHOR MINISTRO NELSON JOBIM DEVIDO AO PEDIDO DE VISTA DO MINISTRO.
24/04/2002 VISTA AO MINISTRO
NELSON JOBIM
24/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 52417, DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MORADORES E MUTUÁRIOS - ABMM REQUERENDO O INGRESSO NOS AUTOS COMO TERCEIRA INTERESSADA .
24/04/2002 PETICAO AVULSA ** PG 55816 DE CELSO OLIVEIRA, REQUERENDO JUNTADA DO PARECER O DIREITO DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR E OS SERVIÇOS E CONTRATOS DE NATUREZA BANCÁRIA PROPOSTA PELA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS.
24/04/2002 DECISAO PUBLICADA, DJ:
ATA Nº 10, de 17/04/2002 -
19/04/2002 DESPACHO ORDINATORIO
PG 52.417 - EM APENSO, OPORTUNAMENTE.
18/04/2002 PETICAO AVULSA PG 52417 (ORIGINAL DO PG 50630) DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MORADORES E MUTUÁRIOS - ABMM REQUERENDO O INGRESSO NOS AUTOS COMO TERCEIRA INTERESSADA - AO MINISTRO RELATOR
18/04/2002 REMESSA DOS AUTOS
AO GABINETE DO SENHOR MINISTRO CARLOS VELLOSO PARA DATILOGRAFAR O RELATÓRIO E VOTO.
18/04/2002 JUNTADA CERTIDÃO DE JULGAMENTO DA SESSÃO DO DIA 17/4/2002
17/04/2002 VISTA AO MINISTRO
NELSON JOBIM. DECISÃO : APÓS O VOTO DO SENHOR MINISTRO CARLOS VELLOSO, RELATOR, EMPRESTANDO AO § 2º DO ARTIGO 3º DA LEI 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990, INTERPRETAÇÃO CONFORME A CARTA DA REPÚBLICA, PARA EXCLUIR DA INCIDÊNCIA A TAXA DOS JUROS REAIS NAS OPERAÇÕES BANCÁRIAS, OU A SUA FIXAÇÃO EM 12% (DOZE POR CENTO) AO ANO, E DO VOTO DO SENHOR MINISTRO NÉRI DA SILVEIRA, JULGANDO IMPROCEDENTE O PEDIDO FORMULADO NA INICIAL, SOLICITOU VISTA O SENHOR MINISTRO NELSON JOBIM. FALARAM, PELA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF, O PROFESSOR IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, E, PELA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO, O DR. WALTER DO CARMO BARLETTA. PRESIDÊNCIA DO SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO. PLENÁRIO, 17.4.2002.
17/04/2002 PETICAO AVULSA PG 50630 (FAX) DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MORADORES E MUTUÁRIOS - ABMM REQUERENDO O INGRESSO NOS AUTOS COMO TERCEIRA INTERESSADA - AO MINISTRO RELATOR
16/04/2002 CONCLUSOS AO RELATOR
16/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 48982 DO SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, DR. MOACIR GUIMARÃES MORAIS FILHO, REQUERENDO SUA HABILITAÇÃO NOS AUTOS COMO AMICUS CURIAE
60
16/04/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 48982: EM APENSO
16/04/2002 CONCLUSOS AO RELATOR
15/04/2002 PETICAO AVULSA PG 48982 DO SUBPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, DR. MOACIR GUIMARÃES MORAIS FILHO, REQUERENDO SUA HABILITAÇÃO NOS AUTOS COMO AMICUS CURIAE - AO MINISTRO RELATOR
11/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 43010 DO BRASILCON, REQUERENDO JUNTADA DE PARECER LAVRADO PELA JURISTA CRISTIANE DERANI.
11/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 33430 DA ASSOCIAÇÃO DE CÂMARAS E VEREADORES DO OESTE DO PARANÁ REQUERENDO O INDEFERIMENTO DO PEDIDO DA ADI
09/04/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 43010: EM APENSO
09/04/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 33430: EM APENSO
09/04/2002 PETICAO AVULSA PG 33430 DA ASSOCIAÇÃO DE CÂMARAS E VEREADORES DO OESTE DO PARANÁ REQUERENDO O INDEFERIMENTO DO PEDIDO DA ADI - AO MINISTRO RELATOR SEM AUTOS
08/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 39678 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR/IDEC, MANIFESTANDO-SE COMO "AMICUS CURIAE" , PARA QUE SEJA JULGADA IMPROCEDENTE A PRESENTE ADIN
08/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 39332 DE CELSO MARQUES ARAÚJO, INTERPONDO PEDIDO DE EXAME DE PRELIMINARES DO MÉRITO DA PRESENTE ADIN
08/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 39327 DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA, APRESENTANDO ENTENDIMENTO FIRMADO PELA 3ª CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.
08/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 39211 DO NÚCLEO DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA DEFENSORIA PÚBLICA GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, MANIFESTANDO PELA IMPROCEDÊNCIA DA PRESENTE ADIN.
08/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 37247/2002, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MINORIAS), ENCAMINHANDO NOTAS TAQUIGRÁFICAS -
05/04/2002 PETICAO AVULSA PG 43010 DO BRASILCON, REQUERENDO JUNTADA DE PARECER LAVRADO PELA JURISTA CRISTIANE DERANI. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS.
02/04/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NOS PGS 37247, 39211, 39327, 39332, 39678: EM APENSO
02/04/2002 JUNTADA PG 34115/02, DO PARTIDO DOS TRABALHADORES, REQUERENDO SEU INGRESSO NO PROCESSO E O INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE LIMINAR
02/04/2002 PETICAO AVULSA PG 39678 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR/IDEC, MANIFESTANDO-SE COMO "AMICUS CURIAE" , PARA QUE SEJA JULGADA IMPROCEDENTE A PRESENTE ADIN. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS.
02/04/2002 JUNTADA PG 32944/02, DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS MUTUÁRIOS DA HABITAÇÃO, REQUERENDO JUNTADA DE INSTRUMENTOS DE PROCURAÇÃO E SUBSTABELECIMENTO
02/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 36165 DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, REQUERENDO JUNTADA DE PARECER ELABORADO PELO PROCURADOR DO ESTADO ANSELMO PRIETO ALVAREZ E DA CÓPIA MANIFESTAÇÃO ENTREGUE NOS GABINETES DOS MINISTROS DESSA COLENDA CORTE.
02/04/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 32897/02, DO FÓRUM DA CIDADANIA DO GRANDE ABC, REQUERENDO SUA INTERVENÇÃO NA PRESENTE AÇÃO
61
02/04/2002 PETICAO AVULSA PG 39332 DE CELSO MARQUES ARAÚJO, INTERPONDO PEDIDO DE EXAME DE PRELIMINARES DO MÉRITO DA PRESENTE ADIN. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS.
02/04/2002 PETICAO AVULSA PG 39327 DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA, APRESENTANDO ENTENDIMENTO FIRMADO PELA 3ª CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS.
02/04/2002 PETICAO AVULSA PG 39211 DO NÚCLEO DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA DEFENSORIA PÚBLICA GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, MANIFESTANDO PELA IMPROCEDÊNCIA DA PRESENTE ADIN. AO MINISTRO RELATOR, SEM OS AUTOS.
01/04/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 36165: EM APENSO
01/04/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 32897: EM APENSO
01/04/2002 JUNTADA CÓPIA DO MANDADO DE INTIMAÇÃO RECEBIDO PELA AGU
01/04/2002 PETICAO AVULSA PG 37247/2002, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MINORIAS), ENCAMINHANDO NOTAS TAQUIGRÁFICAS - AO GABINETE DO MINISTRO-RELATOR, COM OS AUTOS.
25/03/2002 APENSADO, PROCESSO NRO.:
DIGO, PG 25353 DE MARLI DE SOUZA REQUERENDO JUNTADA DE MATÉRIAS DE JORNAL.
25/03/2002 JUNTADA PG 25583/BRASILCON REQUERENDO JUNTADA DE PARECER
25/03/2002 PETICAO AVULSA PG 36165 DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, REQUERENDO JUNTADA DE PARECER ELABORADO PELO PROCURADOR DO ESTADO ANSELMO PRIETO ALVAREZ E DA CÓPIA MANIFESTAÇÃO ENTREGUE NOS GABINETES DOS MINISTROS DESSA COLENDA CORTE. AO MINISTRO RELATOR, SEM AUTOS.
21/03/2002 INTIMACAO DO AGU
REF. À PAUTA Nº 08/2002., DO PLENO
22/03/2002 PAUTA PUBLICADA NO DJ - PLENO
PAUTA Nº 8/2002 - JULGAMENTO A PARTIR DA SESSÃO DO DIA 03.04.2002
21/03/2002 JUNTADA E DISTRIBUIÇÃO DE RELATÓRIO
21/03/2002 JUNTADA PG 29619 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE POLÍTICA E DIREITO DO CONSUMIDOR/ BRASILCON, REQUERENDO JUNTADA DO PARECER LAVRADO PELO JURISTA ALBERTO DO AMARAL JUNIOR.
21/03/2002 JUNTADA PG 28266 DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO E POUPANÇA - ABECIP, REQUERENDO SUA ADMISSÃO COMO AMICUS CURIAE NO PRESENTE FEITO.
21/03/2002 JUNTADA PG 26657 DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS MUTUÁRIOS DA HABITAÇÃO- ABMH, REQUERENDO SUA ADMISSÃO COMO TERCEIRO INTERESSADO NA LIDE
21/03/2002 PETICAO AVULSA PG 34115/02, DO PARTIDO DOS TRABALHADORES, REQUERENDO SEU INGRESSO NO PROCESSO E O INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE LIMINAR - AO GABINETE DO MINISTRO-RELATOR, SEM OS AUTOS.
21/03/2002 PETICAO AVULSA PG 32897/02, DO FÓRUM DA CIDADANIA DO GRANDE ABC, REQUERENDO SUA INTERVENÇÃO NA PRESENTE AÇÃO - AO GABINETE DO MINISTRO-RELATOR, SEM OS AUTOS.
21/03/2002 PETICAO AVULSA PG 32944/02, DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS MUTUÁRIOS DA HABITAÇÃO, REQUERENDO JUNTADA DE INSTRUMENTOS DE PROCURAÇÃO E SUBSTABELECIMENTO - AO GABINETE DO MINISTRO-RELATOR, SEM OS AUTOS.
21/03/2002 REMESSA DO PG 29775 À SEÇÃO CARTORÁRIA P/ QUE SEJA DEVOLVIDA AO SUBSCRITOR
18/03/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 28266: J. DEFIRO: LEI 9868/99, ART. 7º, § 2º.
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18/03/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 26657: J. ADMITO COMO AMICUS CURIAE (LEI 9868/99, ART. 7º, § 2º)
18/03/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 29775: SEM AMPARO LEGAL A PETIÇÃO DO MODO COMO SE APRESENTA. NADA HÁ QUE PROVER. DEVOLVA-SE.
18/03/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 25353: EM APENSO
18/03/2002 INCLUA-SE EM PAUTA - MINUTA EXTRAÍDA
Pleno Em 18/03/2002 13:51:40
14/03/2002 PETICAO AVULSA ** PG 30091 DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF, APRESENTANDO SUAS CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DAS MANIFESTAÇÕES LANÇADAS PELAS ENTIDADES ADMITIDAS NESTE FEITO. AO MINISTRO RELATOR.
14/03/2002 PETICAO AVULSA ** PG 30090 DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO SISTEMA FINANCEIRO - CONSIF, REITERANDO PEDIDO DE PROCEDÊNCIA DA AÇÃO, NOS TERMOS DA INICIAL. AO MINISTRO RELATOR.
14/03/2002 PETICAO AVULSA PG 29619 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE POLÍTICA E DIREITO DO CONSUMIDOR/ BRASILCON, REQUERENDO JUNTADA DO PARECER LAVRADO PELO JURISTA ALBERTO DO AMARAL JUNIOR. AO MINISTRO RELATOR.
14/03/2002 PETICAO AVULSA PG 29775 DE CELSO MARQUES DE ARAÚJO, INTERPONDO IMPUGNAÇÃO AO PARECER DA PGR. AO MINISTRO RELATOR.
12/03/2002 PETICAO AVULSA PG 28266 DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO E POUPANÇA - ABECIP, REQUERENDO SUA ADMISSÃO COMO AMICUS CURIAE NO PRESENTE FEITO. AO MINISTRO RELATOR.
12/03/2002 PETICAO AVULSA ** PG 26787 (FAX) DO COORDENADOR DO PROCON SÃO CARLOS, ENCAMINHANDO CÓPIA DA CARTA ABERTA AOS PROCONS MUNICIPAIS DE RIBEIRÃO PRETO - SP, REGISTRANDO REPÚDIO À PRESENTE ADIN.
08/03/2002 PETICAO AVULSA PG 26657 DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS MUTUÁRIOS DA HABITAÇÃO- ABMH, REQUERENDO SUA ADMISSÃO COMO TERCEIRO INTERESSADO NA LIDE. AO MINISTRO RELATOR.
07/03/2002 PETICAO AVULSA PG 25353 DE MARLI DE SOUZA REQUERENDO JUNTADA DE MATÉRIAS DE JORNAL. AO MINISTRO RELATOR, COM AUTOS.
07/03/2002 PETICAO AVULSA PG 25583 DA BRASILCON REQUERENDO JUNTADA DE PARECER.
07/03/2002 JUNTADA PG 22788 DA ASSICON APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO, NA QUALIDADE DE "AMICUS CURIAE".
07/03/2002 JUNTADA PG 21697 DE CELSO MARQUES DE ARAUJO PROPONDO ARGUIÇÃO INCIDENTAL RELEVANTE.
07/03/2002 JUNTADA PG 22096 DE MARLI DE SOUZA, SOLICITANDO COLABORAÇÃO , COMPREENSÃO PARA NÃO PREJUDICAR O CONSUMIDOR.
06/03/2002 RECEBIMENTO DOS AUTOS
DA PGR COM PARECER PELA PROCEDÊNCIA, EM PARTE, DA AÇÃO, PARA DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL, SEM REDUÇÃO DE TEXTO, DA EXPRESSÃO "INCLUSIVE AS DE NATUREZA BANCÁRIA, FINANCEIRA, DE CRÉDITO E SECURITÁRIA", INSCRITA NO ART. 3º, § 2º, DA LEI Nº 8.078, DE 11/09/1990 - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, PARA, MEDIANTE INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO, AFASTAR A EXEGESE QUE INCLUA NAQUELA NORMA DO CDC "O CUSTO DAS OPERAÇÕES ATIVAS E A REMUNERAÇÃO DAS OPERAÇÕES PASSIVAS PRATICADAS POR INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NO DESEMPENHO DA INTERMEDIAÇÃO DE DINHEIRO NA ECONOMIA, DE MODO A PRESERVAR A COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DA LEI COMPLEMENTAR DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL", INCUBÊNCIA ATRIBUÍDA AO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL E AO BANCO CENTRAL DO BRASIL, NOS TERMOS DOS ARTS. 164, § 2º, E 192, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
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05/03/2002 PETICAO AVULSA PG 22788 DA ASSICON APRESENTANDO MANIFESTAÇÃO, NA QUALIDADE DE "AMICUS CURIAE". AO MINISTRO RELATOR.
04/03/2002 PETICAO AVULSA PG 23053 DE CELSO MARQUES ARAUJO, INTERPONDO RECLAMAÇÃO ÉTICO- DISCIPLINAR. AO MINISTRO RELATOR.
01/03/2002 PETICAO AVULSA PG 22096 DE MARLI DE SOUZA, SOLICITANDO COLABORAÇÃO , COMPREENSÃO PARA NÃO PREJUDICAR O CONSUMIDOR. AO MINISTRO RELATOR.
01/03/2002 PETICAO AVULSA PG 22089 DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, MANIFESTANDO SEU APOIO À FACIAP. AO MINISTRO PRESIDENTE.
28/02/2002 PETICAO AVULSA PG 21697 DE CELSO MARQUES DE ARAUJO PROPONDO ARGUIÇÃO INCIDENTAL RELEVANTE. AO MINISTRO RELATOR.
27/02/2002 VISTA AO PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA
26/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
1) ADMITO A MANIFESTAÇÃO DA FADESP (LEI 9.868/99, ART. 7º, § 2º). A SUA PETIÇÃO ESTÁ EM APENSO. 2) CUMPRA-SE O DESPACHO DE FL. 1.042.
26/02/2002 JUNTADA EM APENSO DO PG Nº 10269 DE LINDINALVA CARDIM BARRÊTO, SOLICITANDO COLABORAÇÃO , COMPREENSÃO PARA NÃO PREJUDICAR O CONSUMIDOR.
25/02/2002 PETICAO AVULSA ** PG 19842 DA AGU, RETIFICANDO A DATA DE 19.02.2001,APOSTA NA MSG Nº 99, DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, PARA 18.02.2002. AO MINISTRO RELATOR.
21/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 10269: EM APENSO.
21/02/2002 CONCLUSOS AO RELATOR
21/02/2002 JUNTADA PG 17009 (MSG Nº 99) DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, PRESTANDO INFORMAÇÕES
21/02/2002 JUNTADA PG 16476 DO IDEC, REQUERENDO INTERVENÇÃO NO FEITO COMO AMICUS CURIAE.
21/02/2002 JUNTADA PG 16469 DA FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR, REQUERENDO SUA ADMISSÃO NO FEITO NA QUALIDADE DE AMICUS CURIAE.
21/02/2002 JUNTADA PG 16468 DA PROCURADORIA DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, REQUERNDO ADMINSSÃO COMO AMICUS CURIAE.
21/02/2002 JUNTADA PG 16462 DA BRASILCON, REQUERNDO ADMINSSÃO NO FEITO COMO AMICUS CURIAE.
19/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 16476: J. DEFIRO, NA FORMA DO DISPOSTO NO ART. 7º, § 2º, LEI 9868/99
19/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 16469: J. DEFIRO NA FORMA DO ESPOSTO NO ART. 7º, § 2º, LEI 9868/99.
19/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 16468: J. ADMITO A MANIFESTAÇÃO DA REQUERENTE (LEI 9868/99, ART. 7º, § 2º)
19/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 16462: J. DEFIRO, NA FORMA DO DISPOSTO NO ART. 7º, § 2º, L. 9868/99
19/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 10269 E 8830: AO RELATOR DA ADIN
19/02/2002 PETICAO AVULSA PG 16468 DA PROCURADORIA DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, REQUERNDO ADMINSSÃO COMO AMICUS CURIAE. AO MINISTRO RELATOR
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19/02/2002 INFORMACOES RECEBIDAS, OFICIO NRO.:
MSG Nº 99 (PG Nº 17009) DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. AO MINISTRO RELATOR
19/02/2002 PUBLICADO DESPACHO NO DJ
DESPACHO DO DIA 05/02/2002
19/02/2002 PETICAO AVULSA PG 16469 DA FUNDAÇÃO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR, REQUERENDO SUA ADMISSÃO NO FEITO NA QUALIDADE DE AMICUS CURIAE. AO MINISTRO RELATOR
19/02/2002 PETICAO AVULSA PG 16476 DO IDEC, REQUERENDO INTERVENÇÃO NO FEITO COMO AMICUS CURIAE. AO MINISTRO RELATOR
19/02/2002 PETICAO AVULSA PG 16462 DA BRASILCON, REQUERNDO ADMINSSÃO NO FEITO COMO AMICUS CURIAE. AO MINISTRO RELATOR COM AUTOS
13/02/2002 JUNTADA EM APENSO DO PG 11343 DA FADESP REITERANDO PEDIDO DE INGRESSO COMO TERCEIRO INTERESSADO.
13/02/2002 JUNTADA PG 10793 DA AGU REQUERENDO DILAÇÃO DO PRAZO PARA PRESTAR AS INFORMAÇÕES.
13/02/2002 JUNTADA EM APENSO DO PG 9017 DA FADESP REQUERENDO INCLUSÃO COMO TERCEIRO INTERESSADO.
13/02/2002 JUNTADA EM APENSO DO PG 6865 DE CELSO MARQUES ARAÚJO, REQURERENDO SUA ADMISSÃO COMO LITISCONSORTE PASSIVO NECESSÁRIO.
13/02/2002 JUNTADA EM APENSO DO PG 1371 DE CELSO MARQUES ARAÚJO, REQUERENDO SUA ADMISSÃO NO FEITO, COMO TERCEIRO INTERESSADO.
06/02/2002 PEDIDO INFORM. PRESIDENTE DA REPUBLICA
OFÍCIO Nº 156/R (PRAZO: 10 DIAS)
05/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
N0 PG 10793: J. OBSERVE-SE O DISPOSTO NO ART. 12 DA LEI 9868/99
05/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
DOU APLICAÇÃO, NO CASO, AO ART. 12 DA LEI 9868/99. JÁ ESTÃO NOS AUTOS AS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELO CONGRESSO NACIONAL (FLS. 723/742). OFICIE-SE AO SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA: AS INFORMAÇÕES SERÃO PRESTADAS NO PRAZO DE 10 DIAS (LEI 9868/99, ART. 12)
05/02/2002 PETICAO AVULSA PG 11343 DA FADESP REITERANDO PEDIDO DE INGRESSO COMO TERCEIRO INTERESSADO. AO MINISTRO RELATOR.
05/02/2002 PETICAO AVULSA PG 10793 DA AGU REQUERENDO DILAÇÃO DO PRAZO PARA PRESTAR AS INFORMAÇÕES. AO MINISTRO RELATOR.
04/02/2002 PETICAO AVULSA PG 9017 DA FADESP REQUERENDO INCLUSÃO COMO TERCEIRO INTERESSADO. AO MINISTRO RELATOR COM AUTOS.
04/02/2002 PETICAO AVULSA PG 6865 DE CELSO MARQUES ARAÚJO, REQURERENDO SUA ADMISSÃO COMO LITISCONSORTE PASSIVO NECESSÁRIO. AO MINISTRO RELATOR.
04/02/2002 PETICAO AVULSA PG 1371 DE CELSO MARQUES ARAÚJO, REQUERENDO SUA ADMISSÃO NO FEITO, COMO TERCEIRO INTERESSADO. AO MINISTRO RELATOR.
01/02/2002 DISTRIBUIDO MIN. CARLOS VELLOSO
01/02/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 6865: AO RELATOR A QUEM VIER A SER DISTRIBUÍDO O PROCESSO.
01/02/2002 PETICAO AVULSA PG 10269 DE LINDINALVA CARDIM BARRÊTO, SOLICITANDO COLABORAÇÃO , COMPREENSÃO PARA NÃO PREJUDICAR O CONSUMIDOR. AO MINISTRO RELATOR
25/01/2002 PETICAO AVULSA PG 6865 DE CELSO MARQUES ARAÚJO, REQURERENDO SUA ADMISSÃO COMO
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LITISCONSORTE PASSIVO NECESSÁRIO. AO MINISTRO PRESIDENTE COM OS AUTOS
23/01/2002 JUNTADA PG 5662 DO CONGRESSO NACIONAL, PRESTANDO INFORMAÇÕES
22/01/2002 INFORMACOES RECEBIDAS, OFICIO NRO.:
PG 5662 DO CONGRESSO NACIONAL, PRESTANDO INFORMAÇÕES
17/01/2002 DESPACHO ORDINATORIO
NO PG 1371: "AO RELATOR, A QUEM VIER A SER DISTRIBUÍDO O PROCESSO."
16/01/2002 PEDIDO DE INFORM. CONGRESSO NACIONAL
OFÍCIO Nº 36/P.
16/01/2002 PEDIDO INFORM. PRESIDENTE DA REPUBLICA
MENSAGEM Nº 4.
08/01/2002 PETICAO AVULSA PG 1371 DE CELSO MARQUES ARAÚJO, REQUERENDO SUA ADMISSÃO NO FEITO, COMO TERCEIRO INTERESSADO. AO MINISTRO PRESIDENTE
03/01/2002 REMESSA DOS AUTOS
À SEÇÃO CARTORÁRIA
26/12/2001 DESPACHO ORDINATORIO
"1.TRATA-SE DE PEDIDO DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO § 2º DO ARTIGO 3º DA LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.2.NA FORMA DO ARTIGO 10 DA LEI Nº 9.868/99, SOLICITEM-SE INFORMAÇÕES, AGUARDANDO-SE A DISTRIBUIÇÃO PARA O EXAME DO PEDIDO DE CONCESSÃO DE LIMINAR PELO PLENÁRIO."
26/12/2001 CONCLUSOS AO PRESIDENTE
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ÍNDICE GERAL
1. INTRODUÇÃO 8
2. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A CONSTITUIÇÃO 10
3. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E OS CONTRATOS BANCÁRIOS 12
3.1. UMA BREVE INTRODUÇÃO 12
3.2. OPOSIÇÃO DO SETOR BANCÁRIO 14
4. APLICABILIDADE DO CDC AOS CONTRATOS BANCÁRIOS 17
4.1. ALGUNS PRESSUPOSTOS BÁSICOS 17
4.2. SERVIÇOS BANCÁRIOS 18
4.3. RELAÇÃO DE CONSUMO 19
4.4. A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADin Nº 2591) 21
5. O PRINCÍPIO DA BOA FÉ E O EQUILÍBRIO CONTRATUAL BANCÁRIO 23
5.1. PRECEITOS HISTÓRICOS 23
5.2. OS CONTRATOS BANCÁRIOS E O PRINCÍPIO DA BOA-FÉ 24
6. OS CONTRATOS BANCÁRIOS E A TEORIA DA LESÃO ENORME 26
6.1. CONCEITO 26
6.2. HISTÓRICO 27
6.3. REGULAMENTAÇÃO DA TEORIA DA LESÃO ENORME 30
6.4. CONCLUSÃO 37
7. DIREITO BANCÁRIO X DIREITO DO CONSUMIDOR 38
8. APLICABILIDADE DO CDC AOS CONTRATOS BANCÁRIOS 39
8.1. A VOTAÇÃO DA ADIn Nº 2591 42
8.2. HISTÓRICO DA ADIn Nº 2591 43
8.3. COMO FICARAM OS DIREITOS DOS CONSUMIDORES 45
9. CONCLUSÃO 46
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49
11. ANEXO 51
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