O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2008
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-040-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
COLÉGIO ESTADUAL LINCOLN S. COIMBRA
ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO
A LINGUAGEM DA DANÇA ENQUANTO DESCOBERTA DE NOVAS
POSSIBILIDADES CORPORAIS
PROFESSORA EDNA APARECIDA DA CRUZ
ARAUCÁRIA
2008
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
PROFESSORA DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL/2008
Edna Aparecida da Cruz
ORIENTAÇÃO: INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Profª. Ms. Scheila M. Maçaneiro Faculdade de Artes do Paraná
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO
Colégio Estadual Lincoln S. Coimbra- EFM
ARAUCÁRIA
2008
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO................................................................................................ 4
2. O PAPEL DA DANÇA NA ESCOLA..................................................................... 6
3. DANÇA NA PRÉ-HISTÓRIA................................................................................. 9
4. POVOS DIFERENTES DANÇAM DIFERENTE?..................................................11
5. AH! EU ENTREI NA RODA! ................................................................................ 16
6. A DANÇA NAS ARTES VISUAIS......................................................................... 19
7. CORPOS QUE FALAM......................................................................................... 22
8. TORCER, DOBRAR, ESTICAR, EM DANÇA. ISSO É POSSÍVEL?................... 25
9. A DANÇA NO ESPAÇO OU O ESPAÇO DA DANÇA!........................................ 27
10. A DANÇA COMO TÉCNICA............................................................................... 32
11. DANÇA CRIATIVA NA ESCOLA....................................................................... 34
12. REFERÊNCIAS................................................................................................... 35
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Apresentação
Tendo formação no antigo curso de Educação Artística, com habilitação em Artes
Plásticas, fui designada para atuar como professora da disciplina de Artes no
Colégio Lincoln S. Coimbra em 2005, continuando até a presente data.
A disciplina de Artes não tem como finalidade formar músicos, artistas plásticos,
atores, bailarinos e nem tão pouco destacar alunos que possuam maior talento
que outros. O objetivo é favorecer o estudo da Arte como conhecimento, com
seus saberes e conteúdos próprios que abrangem quatro áreas artísticas: Artes
Visuais, Teatro, Música e Dança.
Desta forma, vivencio a realidade de ter que trabalhar estas quatro áreas, todas
elas em uma mesma proporção.
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, o ensino da Arte
deve acontecer de maneira contextualizada, com conteúdos próprios pertinentes
a cada uma das linguagens dessa disciplina. Portanto, cabe ao professor
proporcionar aos alunos atividades onde possam criar e se expressar de forma
significativa.
Diante disso, se faz necessário que os alunos tenham acesso, saibam apreciar
obras de arte que já foram historicamente produzidas em todas as linguagens
artísticas ao longo dos séculos, bem como, sejam também estimulados a
experimentar diferentes maneiras de criação, em busca de um entendimento aos
temas propostos, sejam eles em Artes Visuais, Música, Teatro ou Dança.
Durante esse tempo em que tenho trabalhado com essa disciplina, pude
observar as dificuldades que os professores têm encontrado em trabalhar os
conteúdos das linguagens artísticas que não fazem parte de sua área de formação,
mais especificamente na linguagem da Dança. Neste sentido, existe pouco material
que possa subsidiar, orientar e proporcionar idéias de possibilidades interessantes
de trabalho que não seja a repetição de coreografias prontas.
Assim sendo, meu interesse foi o de buscar subsídios que contribuam para a
melhoria do ensino da linguagem Dança na Escola.
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O objetivo geral desse caderno pedagógico é desenvolver atividades que levem
os alunos a pensarem a Dança como Arte e como cultura, uma vez que a dança
está presente em todos os povos desde a mais remota época. E por fazer parte
da história do homem, deveria ser tratada como objeto de estudo na escola,
merecendo uma atenção especial aos seus elementos formadores, como diz
Rengel:
...”uma das funções da Dança na escola é a de formar construtores e leitores de códigos de
dança para a compreensão e apreciação das inúmeras e variadas manifestações de movimento dos
corpos e do ambiente no qual esse se insere”.
Com esse caderno pedagógico, você professor terá algumas propostas
diferenciadas para serem aplicadas a alunos das quintas séries e ou anos finais
do ensino fundamental. Nele você terá na primeira unidade uma contextualização
da dança criativa na escola. Nas unidades seguintes, você entrará em contato
com uma breve história da dança e sua evolução, Em cada unidade, será
apresentada primeiramente uma contextualização da dança ou do conteúdo
estruturante a ser trabalhado e por fim uma atividade prática exploratória livre
para propiciar aos alunos a descoberta de novos movimentos.
Não há necessidade de o trabalho ser desenvolvido na seqüência apresentada.
Podendo o professor, trabalhar cada unidade temática no momento que julgar
oportuno e relevante.
Edna Aparecida da Cruz
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O PAPEL DA DANÇA NA ESCOLA
O que é Dança? Qual sua finalidade?
A dança é movimento, é o corpo que se expressa, se comunica. A dança faz
parte do desenvolvimento cultural da humanidade, pois nosso corpo é um meio de
comunicabilidade e expressividade de nossas tradições. Ele atua como veículo de
transmissão de emoções. Por meio de nossos corpos podemos expressar
sentimentos, desejos, alegrias, temores e até sentimentos de pesar. Dança-se por
que é bom, dança-se por que faz bem à saúde. Entretanto, buscamos aqui a
Dança enquanto cognição, pois a atividade da dança pode:
(...) desenvolver na criança a compreensão de sua capacidade
de movimento, mediante um maior entendimento de como seu
corpo funciona. Assim poderá usá-lo expressivamente com
maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade
(BRASIL, 1997 p. 67).
E é nessa visão que se deve trabalhar a Dança na Escola. Através da Dança,
tentamos nos comunicar com o corpo em movimento; é possível descobrir o
nosso íntimo e também desenvolver relações com o mundo ao redor. Mas para
que possamos usufruir da Dança enquanto Arte, precisamos entender que corpo
e mente devem estar sincronizados. “Essa é uma das grandes contribuições da
dança para a educação do ser humano” (MARQUES, 2005 p. 24), porque
enquanto dançamos, além do prazer, estamos trabalhando com nossa cognição.
A Dança na educação é muito influenciada pelo modo com que essa dança
acontece fora da escola. A Dança na Escola não deve priorizar a execução de
movimentos corretos e perfeitos dentro de uma repetição de passos, onde se
privilegie apenas aqueles que levam mais “jeito” ou que sabem mais, estimulando,
assim, a competição entre os alunos ou fazendo com que a inibição não os deixe
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experimentar novas possibilidades de movimento. Ela deve partir do pressuposto
de que o movimento é uma forma de expressão e comunicação do aluno; e que
através de seu conhecimento objetiva-se torná-lo um aluno mais criativo,
participativo, que seja capaz de se expressar, desenvolvendo a auto-expressão e
aprendendo a pensar em termos de movimento. É fundamental que esse aluno
entenda que a Dança se constitui de movimentos específicos da manifestação da
atividade criativa do homem, que seu entendimento exige um olhar sobre a
necessidade da percepção corporal, compreendendo as realidades próximas e
distantes.
Inicialmente propor aos alunos que respondam o seguinte questionamento: O
que é dança pra você? O que devemos ou podemos dançar na escola? Os alunos
deverão registrar suas respostas.
Após o registro das respostas ao questionamento inicial, explicar aos
participantes as intenções e objetivos da linguagem Dança nas aulas de Arte. Ou
seja, a proposta será a de explorar a mente e o corpo ao máximo, usando cada
articulação, cada expressão e elaborando juntos, pequenas coreografias.
Como estratégia inicial para o começo do trabalho, solicitar que se espalhem
pela sala e que ao comando do professor executem a ação, atentos ao ritmo da
música, ou ao seu ritmo interno. O professor pode também se espalhar junto aos
alunos vivenciando a situação da aula, propondo que:
• Os alunos explorem todo o espaço da sala, andem á vontade, movimentem-se
livremente em todas as direções.
• Andem pela sala pisando o chão com os calcanhares.
• Andem tocando o chão com a lateral externa e interna dos pés, que sintam cada
parte do pé tocar o chão.
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• Andem em linha reta, sinuosas, quebradas, mistas, interrompidas com paradas ou
viradas abruptas.
• Propor ainda que, ao andarem, os alunos deverão explorar os diferentes níveis do
espaço (alto, médio, e baixo), de costas, lado, frente, com passos pequenos, médios
ou grandes, leves ou pesados, etc. E que, ao comando do professor, devem variar
esses movimentos andando em grupos, de mãos dadas, unidos pelas orelhas,
saltitantes, arrastando-se, de trenzinho, unidos pelas costas etc.
O professor poderá exibir o vídeo Stomp. Esse vídeo que pode ser
encontrado no site youtube.com. br, aborda performances do grupo norte-americano
– que dá nome ao filme – o qual trabalha com técnicas diversificadas de percussão,
montando coreografias a partir de situações do cotidiano. Como eles utilizam bases
de ritmos contagiantes com movimentação muito dinâmica produzindo sons de
objetos de uso diário. Após a exibição do vídeo, discutir sobre as diversas
possibilidades de movimentos a partir da percussão corporal e as possibilidades de
colocar em prática um pouco o que foi visto de uma maneira contextualizada.
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DANÇA NA PRÉ-HISTÓRIA
Você acredita que a Dança é tão antiga quanto o homem? Vocês sabiam que
a Dança provavelmente é a mais antiga das artes? Que quando o homem primitivo
tentava se comunicar através de gestos rudimentares mostrando suas reais
necessidades, já estava criando os primeiros passos da dança, uma manifestação
de expressão corporal? Você concorda com isso? Por quê?
Parece que a Dança é uma ação tão natural quanto à ação de respirar,
observe quando você ouve uma música, por exemplo, muitas vezes você mesmo
acompanha o ritmo com os pés ou com as mãos mesmo estando parado, não é
mesmo? A dança também é tão antiga quanto o homem. Dizem que a dança e a
música (som) são as expressões artísticas mais antigas da humanidade. A imagem
mais antiga que se tem da dança foi encontrada em pinturas rupestres em cavernas
da Espanha e datam de 8300 a.C. Acredita-se que a dança nesse período servia
para invocar forças da natureza, atrair espíritos benéficos, exorcizar maldições,
potencializar a energia dos astros e a fertilidade da terra. “Para o homem primitivo
não existe divisão entre religião e vida, a vida é religião, sua dança é a vida, é uma
noção derivada de sua crença”. (OSSONA. 1988 p.43,).
A partir dessa época, a dança passou a fazer parte da vida do ser humano de
todas as culturas. Dentre todas as artes a Dança é a única que não necessita de um
material, pois sua ferramenta é o próprio corpo.
Vocês sabiam que a história da humanidade é dividida em História e Pré-história? E a invenção da escrita serve como um divisor entre esses períodos? E que antes da invenção escrita é chamado de Pré-História e o período após a invenção é chamado História propriamente dita?
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O professor deverá pedir que os alunos se organizem em grupos de quatro ou
cinco pessoas.
Observar a imagem Dança de Cogul (Espanha). E a partir dessa observação tentar
imaginar uma seqüência de movimentos que acreditem que aquelas pessoas
poderiam estar realizando. (Use os recursos sonoros que você julgar necessário).
Depois de montar a sua seqüência apresentar para o resto da turma.
Registrar por escrito quais foram as suas impressões/sensações que tiveram ao
realizar essa atividade.
fig. 1 Detalhe de cena de dança, pintada na gruta de Cogul, Museu Arqueológico de Barcelona, Espanha.
PINTURAS RUPESTRES
Arte rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre, é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas. Acredita-se que estas pinturas, cujos materiais mais usados são o sangue, argila e excrementos humanos, têm um cunho ritualístico.
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POVOS DIFERENTES
DANÇAM DIFERENTE?
Será que a dança que acompanha os povos desde os tempos Pré-históricos
até os tempos atuais foi sempre a mesma e tem sempre a mesma finalidade?
Assim como o homem, a dança também evoluiu. Cada povo, cada cultura
desenvolveu maneiras diferentes de se expressar corporalmente. Com isso, a
dança, desde o período da Pré-história ganha outras e mais variadas características
de acordo com cada cultura.
Vocês acreditam que nos templos egípcios já existiam grupos de dançarinos,
e muitas vezes esses dançarinos eram trazidos de outros países que tinham uma
cultura em dança? Eles consideravam a dança como sinônimo de alegria e, desde
as épocas mais remotas separavam-nas em dois tipos: a dança “dancística” uma
espécie de exercício de graça e flexibilidade, e a dança mímica. (OSSONA 1988).E
que para os egípcios, a dança inicialmente era confiada a mulheres, onde:
(...)” batedores de palmas aparecem marcando o ritmo para um grupo de
dançarinos que avança em fila, braços para o alto, mãos unidas pelas pontas
dos dedos, palmas voltadas para cima. Noutro relevo, instrumentistas tocam
harpas e uma espécie de flauta, enquanto outros parecem estalar os dedos,
formando um ruído. Os egípcios atribuíam a criação da dança a deuses
associados a ritos de fertilidade”. (CAMINADA, 1999, p. 43).
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Fig .2 Dois momentos de descontração dos egípcios: um casal se diverte com um jogo
parecido com o xadrez e três pessoas participam de uma dança
www.conjuntojk.com.br/.../o_egito_antigo.htm
Afresco Técnica de pintura mural, executada
sobre um reboco ainda úmido, na qual o
artista deve aplicar pigmentos puros
diluídos somente em água. Dessa forma,
as cores penetram no revestimento e, ao
secarem, passam a integrar a superfície
em que foram aplicadas. O suporte pode
ser parede, muro ou teto e a
durabilidade do trabalho é maior em
regiões secas, pois a umidade pode
provocar rachaduras na parede e
danificar a pintura.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Afresco
Você sabia que: •A primeira grande cultura a divulgar a música e dança foi o Egito? •Em todas as celebrações no Egito havia música e dança e muitas dançarinas? •Em muitas pinturas no interior das tumbas podemos ver mulheres tocando e dançando? • A dança foi muito mais do que um passatempo divertido no Antigo Egito? • O ato da dança teve sem dúvida um caráter de muita importância no Antigo Egito no que diz respeito a rituais? •Que nos rituais de danças vistos nos afrescos das tumbas homens e mulheres nunca dançavam juntos? •As dançarinas que acompanhavam os funerais eram conhecidas como Mu-dancers e eram contratadas especialmente para estas ocasiões e realizavam danças especiais? www.geocities.com/egyptology2000/danca.
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Com a evolução das civilizações, as danças também sofreram modificações.
Na Antiguidade, os gregos consideravam a dança essencial para a educação. As
danças eram de caráter religioso, utilizando-se de rituais, dramas e divertimento,
talvez pelo fato de serem politeístas, ou seja, acreditavam no poder da dança,
executando em inúmeras ocasiões danças em honra aos deuses, fazendo o uso de
máscaras para ampliar a liberdade de ação.
Da Grécia Antiga provém a dança circular de mãos dadas, onde as pessoas
dançavam ao redor de árvores ou fogueiras fazendo oferendas em homenagens aos
deuses.
Já a reputação da dança em Roma não era das melhores. Os romanos não
apreciavam a dança como os gregos, porque a consideravam apelativa
sexualmente. Preferiam admirá-la como espetáculo, principalmente quando a
associavam à pantomima. Você sabe o que é pantomima?
PARA SABER MAIS: http://www.grupogrecia.com/dancas.html.
Pantomima é um tipo de teatralização onde o ator utiliza a expressão gestual e
faz uso do menor número de palavras possíveis. É a arte de narrar com o corpo. É
a arte da mímica. Nesse tipo de teatro, o pantomímico precisa buscar a perfeição,
pois é através do gesto que tudo será dito. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pantomima)
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No Renascimento, período das grandes descobertas, onde o homem começa
a questionar os valores da Igreja, começa a criar consciência do próprio valor e a
organizar propósitos humanistas, a dança, que até então era tida como uma
atividade lúdica, executada aos pares e em praças públicas e aldeias, sofreu
algumas transformações:
(...) “adquiriu forma mais disciplinada, com suas dimensões reduzida no
tempo e no espaço, a fim de caberem num salão, não mais nas praças
públicas”. (MENDES, 2001, p. 23).
Foi também na Renascença que surgiu o Ballet Cortesão originário de uma
dança mourisca. Esse tipo de dança aliava elementos característicos de duas formas
artísticas, a dança e o teatro, que se transformavam em espetáculos. Estes
espetáculos serviam de entretenimento para a burguesia aristocrática. (CAMINADA,
1999).
Pedir aos alunos que pesquise em livros de História ou sites, imagens que
tragam a dança desses períodos.
O professor deverá solicitar aos alunos que façam um círculo, onde todos
deverão estar em silêncio. Um dos integrantes do círculo deverá criar com as mãos
um objeto, ou um animal, ou algo que poderá ser passado ao integrante da sua
direita, este ao receber o presente observará bem do que se trata, transformará em
uma outra coisa qualquer, e passará adiante e assim sucessivamente.
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Os “objetos criados serão recebidos em todo seu aspecto, ou seja; peso,
consistência, cheiro, etc.”.
Após todos realizarem a atividade, cada um deverá responder o que recebeu de seu
colega.
Propor para que cada aluno faça uma pesquisa, pode ser oralmente, se os
seus pais ou avós conhecem alguma dança de roda.
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AH! EU ENTREI NA RODA
AH! EU ENTREI NA RODA DANÇA
EU NÃO SEI COMO SE DANÇA
EU NÃO SEI DANÇAR!
A partir da pesquisa pedida na aula anterior iniciar o tema Dança Circular.
Pedir aos alunos que observem a obra “Roda” de Milton Dacosta e responda
as questões abaixo:
• Quantas pessoas aparecem nessa obra?
• O que você acha que estão fazendo?
• São todas da mesma idade?
•Que música você associaria a essa obra?
• O que você sabe sobre danças circulares?
Fig.3
Milton Da Costa Roda, 1942 Óleo sobre tela
Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM RJ
http://www.bndes.gov.br/cultura/espaco/galeria_infancia.asp
17
O homem no decorrer da história da humanidade, sempre procurou criar
diferentes maneiras para se organizar e se expressar. A dança foi uma das maneiras
encontradas pelo homem para poder expressar seus sentimentos. E uma das
primeiras manifestações culturais primitiva da dança foi a forma de organização
circular. O círculo tem um papel importante. Acreditava-se que os exorcismos e
encantamentos não penetravam no círculo, muito menos as forças negativas do
exterior. Você já ouviu falar em Dança ou brincadeiras de Roda? E em Danças
Circulares, você já ouviu falar? Será que são a mesmas Danças?
Fig.4
Foto : Arquivo de Vera Martha. In: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-danca-
da-vida
Danças Circulares
As Danças Circulares tiveram sua origem no trabalho realizado pelo bailarino e
coreógrafo Bernhard Wosien que, a partir de sua pesquisa sobre o folclore de vários
países, reuniu um repertório rico em significado, memória, movimento e musicalidade.
Realizadas em círculo e de mãos dadas, as danças propiciam ao indivíduo uma
experiência de aprendizado favorecendo a integração, a comunicação, a flexibilidade,
a percepção de si mesmo e do outro. O contato com outras culturas e suas
expressões na roda da dança gera para o grupo um desafio, que passo a passo é
superado e ao findar da música resta o aplauso coletivo em comemoração a conquista
de todos.
http://www.awake.com.br/www/solucoes_dancas.asp
18
O professor deverá propor que a turma se divida em três ou mais grupos.
Cada grupo deverá pesquisar a coreografia de uma dança circular e uma brincadeira
de roda.
Brincadeiras de roda
Cantigas de roda, Cirandas ou Brincadeiras de roda são brincadeiras infantis, onde as
crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo
executar ou não coreografias acerca da letra da música. É uma grande expressão
folclórica e, acredita-se que pode ter origem em músicas modificadas de um autor
popular ou nascidas anonimamente na população. São melodias simples, tonais, com
âmbito geralmente de uma oitava e sem modulações. O compasso geralmente utilizado
é o binário, outras vezes o quaternário. (http://wikipedia.org.wiki/cantigaderoda )
Fig.5 Brincadeiras de roda
projetociranda.blogspot.com
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A DANÇA NAS ARTES VISUAIS
Muitos artistas pintaram a “DANÇA”. Dentre eles podemos destacar
Edward Munch, Edgar Degas e Pablo Picasso.
Fig.6
Edgar Degas - Dance Class at the Opéra - 1872 -
http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/degas/ballet/
Edgar Degas teve como fonte de inspiração o balé, era um freqüentador
assíduo tanto dos espetáculos como também dos ensaios.
. Fig.7
Dança da Vida Edward Munch 1899-1890
www.moderna.com.br/.../?searchterm=oficina
20
Edward Munch O quadro "A dança da vida" (1899-1900) retrata duas
figuras femininas ao redor de um casal completamente alheio ao que acontece
à sua volta. A mulher de branco da esquerda é jovem e simboliza a pureza do
primeiro amor, virgem como a cor branca que seu vestido indica. A da direita,
mais velha e vestida de preto, simboliza a perda das ilusões amorosas que
vem com a experiência.
Fig. 8
A dança Pablo Picasso
http://codornizes.blogspot.com/2008/01/vinte-danas-para-quem-me-d-
msica.html
Pablo Picasso, o artista mais famoso e também o mais versátil do século
20, nasceu em Málaga, no sul da Espanha, em 25 de outubro de 1881.
Inspirou-se inicialmente nos ensaios do Balé Russo para realizar essa pintura.
A partir da observação das obras responda as questões. Apesar dos
temas serem os mesmos nas três obras, os estilos são diferentes. Quais estilos
de dança você acha que cada pintor retratou? Que música você associaria a
21
cada obra retratada? E quanto aos espaços em que essas danças acontecem
você acha que são os mesmos?
O professor poderá pedir que os alunos pesquisem sobre esses artistas e os
movimentos artísticos a que pertenceram.
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CORPOS QUE FALAM
No mundo atual, das linguagens existentes, a que mais temos acesso, é
a linguagem verbal, onde se faz uso da palavra, e a linguagem visual cujo meio
de transmissão é a imagem, diferente da linguagem utilizada pelo homem
primitivo que tinha como veículo de transmissão o próprio corpo. O homem
primitivo fazia uso da linguagem corporal, onde o que predominava eram os
gestos e os movimentos, ou seja, era a expressão corporal utilizada para a
comunicação dos seus desejos. Mas do homem primitivo para o homem
contemporâneo, muita coisa mudou, a linguagem corporal se aperfeiçoou.
Muitas transformações ocorreram nessa arte. Atualmente, o homem cria
combinações de movimentos de acordo com o que quer expressar. Essa
combinação de movimentos recebeu o nome de coreografia. A pessoa que faz
essa combinação de movimentos é chamada de coreógrafo. Você já ouviu falar
de algum coreógrafo? Você sabia que você também pode ser um coreógrafo?
Fig.9
Rudolf von Laban
Os alunos deverão pesquisar no site indicado e ler a poesia escrita por
Clevane Pessoa, escolher uma estrofe ilustrar e depois, através da
improvisação, transformá-la em movimentos corporais.
Rudolf von Laban, coreógrafo austríaco, de origem húngara (Bratislava, 1879 - Weybridge, 1958).
Dançarino, coreógrafo, considerado como o maior teórico da dança do século XX e como o "pai da dança-teatro". Dedicou sua vida ao estudo e
sistematização linguagem do movimento em seus diversos aspectos: criação, notação, apreciação e
educação. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolf_Laban)
23
Dançar
Dançar é escrever com o ...
Clevane Pessoa de Araújo Lopes.
http://kellylacerda.multiply.com/reviews/
item/9
24
Propor aos alunos que exponham a ilustração realizada, escrevendo
sobre a atividade e seu modo de realização.
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TORCER, DOBRAR, ESTICAR.
EM DANÇA. ISSO É POSSÍVEL?
Como sabemos, a Dança é uma arte universal que em cada povo se
caracteriza por sua cultura. Mas quem pode dançar? Quem faz as danças?
O que dançar?
Rudolf von Laban diz que os movimentos da dança são os mesmos
utilizados em atividades diárias, como pular, girar, abaixar, arrumar, pegar, e
que cada pessoa deve encontrar a melhor forma de mover-se com seu ritmo,
a partir das várias possibilidades de combinações desses movimentos.
Nesses movimentos é possível combinar tempo, espaço, fluência e força.
Por isso, ele sugere que a dança seja livre, liberada de estilo, mas de
maneira organizada. Diz também que é muito gratificante para as pessoas
que se familiarize com diferentes estilos de dança e que aprenda a dominar
um ou outro estilo de dança. Nosso corpo é capaz de algumas funções
básicas, ou seja, ele pode dobrar, esticar e torcer. Segundo Laban, a partir
dessas funções é possível combinar e elaborar movimentos que podem ser
aplicados à Dança. Vamos experimentar? Então mãos à obra, ou melhor,
corpos à obra!
O primeiro passo é escolher uma posição que seja bem confortável para
você sentir o próprio corpo. Comecem concentrando-se na respiração,
percebam o percurso que faz desde as narinas até os pulmões. Após essa
percepção deverão acompanhar o movimento da respiração com o
movimento do corpo. Dobrando, esticando, torcendo, primeiramente com os
braços, depois com as pernas e posteriormente com o corpo todo. A
26
princípio realizar esses movimentos sem sair do lugar, mas estendendo o
mais longe possível.
Após explorarem esses espaços próprios, procurem fazer esses
movimentos locomovendo-se em várias direções, procurando ocupar todo o
espaço da sala.
Solicitar aos alunos que pensem em alguns movimentos de dança que
conheçam e se neles é possível torcer, dobrar e esticar os braços ou pernas.
Estimule-os a executar esses movimentos. Em seguida sugira um bom
espreguiçamento torcendo e se esticando à vontade. Solicite também que
eles criem uma seqüência de movimentos com esticar, dobrar e torcer.
Utilize os diferentes níveis baixo, médio e alto, ou seja, no chão, na altura
dos joelhos e em pé.
Após a realização dessa atividade, procure registrar sobre os
movimentos realizados e refletir se nos movimentos que vocês realizaram
estavam presentes as três funções básicas que nosso corpo desempenha.
27
A DANÇA NO ESPAÇO OU O ESPAÇO DA DANÇA!
De acordo com Laban, existem fatores básicos no movimento: espaço,
tempo, fluência e peso.
Espaço: É o trajeto percorrido pelo movimento, ou seja, é onde o movimento
inicia seu percurso e onde termina. Todos nós temos ao nosso redor um
espaço. Esse espaço é nosso, se alguém se aproxima muito desse nosso
espaço, e como se invadissem nosso espaço. A esse espaço pessoal Laban
chamou de cinesfera ou kinesfera. Kine= movimento + sfera= esfera do
movimento. Seu limite de alcance é determinado pela extensão ou flexão dos
membros superiores e inferiores sem deslocamento Este espaço pessoal está
dentro de um espaço total ou geral. O dançarino faz uso do espaço da maneira
que desejar ou de acordo com o desenvolvimento da dança. Divide-se em
espaço direto e indireto. Quanto ao espaço direto podemos exemplificar como
a trajetória de uma flecha, um tapa certeiro... e indireto: trajetória de vôo de
uma pássaro.
Tempo - numa seqüência de movimentos o tempo é resultado da combinação
de unidades de tempo representada pelos símbolos musicais, ou seja, é o
compasso musical. Esse compasso pode ser lento, moderado ou rápido. No
tempo, temos também a pausa, que é a interrupção do tempo num compasso
musical. A pausa tem a mesma duração da unidade de tempo equivalente. A
pausa corresponde a um momento de silêncio na música. No movimento um
momento de estática.
Fluência - é a ligação sem interrupção entre um movimento e outro. A fluência
pode ser livre ou controlada.
Peso - Pode ser forte ou fraco, ele é a energia do movimento e analisa o
movimento em termos da quantidade da força utilizada para realizá-lo. Ex. peso
forte: passos de um elefante e peso fraco o caminhar de uma garça, suave
como se estivesse flutuando.
28
O professor poderá propor aos alunos que explorem os espaços da sala
de aula, que se desloquem em todas as direções, que improvisem diferentes
movimentos. Exemplo: Proponha que ao realizar essa exploração do espaço
eles imaginem que estão passeando e que nesse passeio, eles se deparam
com alguns obstáculos como:
• Montanhas onde terão que realizar movimentos de escalar;
• Rios onde terão que nadar para poderem atravessar;
• Uma ponte bem estreita onde terão que se equilibrar para passar;
• Lama embaixo e galho de árvores em cima onde não é possível andar ou
nadar, portanto terão que buscar uma maneira para atravessar;
• Uma caverna com teto muito baixo bem onde terão que se abaixar para
passar.
Propor aos alunos para que a partir dos movimentos realizados na
atividade anterior criem uma dança para apresentá-la à sala.
Pedir para que registrem como foi explorar os espaços da sala? Como
foi que surgiram as improvisações? O que puderam se apropriar ao criar a
coreografia da dança? Na opinião da turma isso foi uma produção artística?
Proponha questões sobre as direções, níveis espaciais utilizados.
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Observe as imagens abaixo e reflita sobre quais emoções, sentimentos
e idéias elas comunicam? Qual música você associaria a essas imagens?
DANÇA COMO LINGUAGEM
A Dança é uma linguagem corporal que permite diferentes combinações de movimentos,
que de acordo com Mendes, (2001), não apresenta caráter utilitário, sem finalidade trabalhísticas.
A Dança, assim como a música, a pintura e o teatro passaram, ao longo dos tempos, por
profundas transformações. Recebe influências da época e do contexto em que acontece.
Portanto, cada cultura, cada povo, em qualquer época é capaz de organizar sua própria maneira
de expressar por meio de movimentos corporais. Para expressar-se através do movimento é
preciso envolver ritmo, energia e criação. Para isso o bailarino usa o corpo, que é a ferramenta
utilizada para criar essa arte de combinar movimentos.
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Fig.10
fig.11
Isadora Duncan danca-
c.blogspot.com/2008_02_01_archive.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Isadora_Duncan
Isadora Duncan, nome artístico de Dora Angela Duncanon 1877 —1927) foi uma bailarina dos Estados Unidos da América. Precursora da dança moderna, em sua proposta de instaurar uma dança completamente diferente do balé clássico, procurou inspiração em movimentos da natureza- ventos, palmeiras- e em poses e atitudes encontradas em cerâmicas e esculturas da Grécia Antiga. Propôs uma dança livre de espartilhos, meias e sapatilhas de ponta, apresentando-se em coreografias-solo descalça e vestida de túnicas de seda. Utilizou, em seus trabalhos, músicas consideradas não apropriadas para dança, como peças de Chopin e Wagner, que na época eram executadas apenas para serem ouvidas. Isadora morreu tragicamente, quando seu echarpe ficou preso nas rodas de um carro conversível, alguns meses depois do lançamento da sua autobiografia Minha Vida. Adeus, amigos! Vou para a glória.,dissera, ao entrar no carro. ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Isadora_Duncan).
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O professor poder propor como tarefa que os alunos assistam a um
vídeo sobre dança no qual deverá observar. Qual era o tipo de dança
encenado? Qual o objetivo da dança nesse filme? Que tipo de dança era?
Como era o espaço onde essa dança era desenvolvida? Como era a
vestimenta dos dançarinos?
Procure pesquisar, poder ser oralmente, junto a seus pais, avós ou
vizinhos sobre as danças que eles costumavam dançar.
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A DANÇA COMO TÉCNICA
Atualmente há várias modalidades de Dança. Desde as danças que são
desenvolvidas para nos divertir até as mais elaboradas como as Danças de
espetáculos. Você mesmo, provavelmente já tenha ouvido falar em algumas
delas como, por exemplo: valsa, samba, frevo, balé, entre outras. Pois é, nessa
linguagem corporal, há várias maneiras de se dançar e cada maneira é um
estilo, uma técnica. Enfim, o repertório da Dança é vastíssimo. Mas entre os
estilos mais desenvolvidos pela sociedade atual, podemos destacar: Danças
Clássicas, Contemporânea, de Salão, Folclóricas e as Danças Sociais nas
quais se incluem o Sapateado, o Jazz e o Break do movimento Hip Hop.
O QUE É TECNICA? Do grego techné, técnica que dizer maneira, jeito ou habilidade de fazer algo. Existem, em todas as formas de arte, diferentes técnicas. Na dança, a técnica serve para que o dançarino ou o bailarino alcance resultados específicos. No balé clássico, por exemplo, existem pequenos e grandes saltos. Para os grandes saltos, são feitos exercícios ou treinamentos diários de elevação e de sustentação das pernas, movimentos de abertura, nos quais as pernas se estendem lateralmente, para frente e para trás, e também o movimento de ficar deitado de barriga para baixo com as pernas dobradas lateralmente, como se fosse um sapo. Para os pequenos saltos, os exercícios são realizados em uma barra fixada na parede, com movimentos muito rápidos com as pernas, enfatizando a agilidade dos pés ou só com a perna do joelho para baixo. Manter o tronco ereto e o pescoço alongado também fazem parte da técnica desse tipo de dança. Outros tipos de técnica, como a moderna, a contemporânea, danças populares e danças de salão exercitam a mobilidade do tronco. Fazer exercícios abdominais também é muito importante para manter um tronco fortalecido e bastante móvel.
RENGEL, Lenira e LANGENDONCK Rosana. Pequena Viagem pelo mundo da Dança. São Paulo: Moderna, p.25.
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Entre os estilos citados acima, verificar quais os alunos conhece. Em
seguida propor que pesquisem sobre um estilo de sua preferência ensaie os
movimentos e mostrem para o resto da turma. Para a realização dessa
atividade devem organizar-se em grupos que gostem do mesmo estilo.
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DANÇA CRIATIVA NA ESCOLA
Segundo Laban, (1990), Dança Criativa é uma modalidade de dança
onde é possível unir criatividade a todos os elementos formais desta arte. É
possível através da Dança Criativa despertar vivências corporais, pois não
somos seres estáticos a serem treinados pela mera repetição. A Dança Criativa
estimula o indivíduo a refletir sobre questões fundamentais referentes a essa
linguagem. E que a arte do movimento é uma das maneiras que os alunos têm
de se apropriar do bom gosto artístico nessa arte.
Como atividade para esta unidade o professor poderá propor aos alunos
uma apresentação coreográfica de todo o conteúdo abordado nesse caderno
pedagógico. Fechando a unidade com uma apresentação, onde os alunos em
grupos deverão desenvolver uma coreografia a partir de um tema proposto.
Pode usar uma música que tenha letra sobre o assunto.
1. Primeiramente deverão debater verbalmente o tema;
2. Assistirem vídeos relacionados a esse tema, onde o professor retomará o
conteúdo explicitando os elementos formais. Ex. níveis, saltos, giros, etc;
3. O trabalho deverá ser construído coletivamente. Cada aluno vai criar um
passo ou seqüência de coreografia. O professor pode ir registrando ou escolhe
um aluno de cada grupo para essa função. Após os passos em seqüência
escolhidos, ensaiar;
4. Os alunos deverão criar a roupa e os recursos de cenário que julgar
necessários de acordo com o tema;
5. Apresentação para o público escolhido.
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REFERÊNCIAS
BARRETO, Débora. Dança... ensino, sentidos e possibilidades na escola.
São Paulo: Autores Associados, 2005.
BRASIL.Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. PCN
Arte. Brasília: MEC, 1997.
CAMINADA, Eliana. História da dança. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.
LABAN, Rudolf Von. Dança educativa moderna. Correção ampliada por Lisa
Ullmann. São Paulo: Ícone, 1990.
LABAN, Rudolf Von. Domínio do movimento. Organização: Lisa Ullmann.São
Paulo: Summus, 1978.
RENGEL, Lenira e LANGENDONCK Rosana. Pequena viagem pelo mundo
da dança. São Paulo: Moderna, 2006.
MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2005.
MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. São Paulo:
Cortez, 2007.
MENDES, Miriam Garcia. A dança. São Paulo: Ática, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba,
2008.
Referência das imagens:
Figura 1: Dança de Cogul. In: arte com educação. Sites. Uol.com. br.
Acessado em 03/09/2008.
Figura 2: dois momentos de descontração dos egípcios. In:
www.conjuntojk.com.br/.../o_egito_antigo.htm. Acessado em 03/09/2008.
Figura 3: Milton Dacosta. Roda. 1942. Óleo sobre tela. Coleção Gilberto
Chateaubriand/MAM RJ.Acessado em 17/09/2008.
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Figura 4: Foto : Arquivo de Vera Martha. In:
http://www.overmundo.com.br/overblog/a-danca-da-vida. Acessado em
17/09/2008.
Figura 5: Brincadeiras de roda. In projetociranda.blogspot.com. Acessado em
17/09/2008.
Figura 6: Edgard Degas. Dance Class at the Opéra.1872. In:
http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/degas/ballet/Acessado em 30/09/2008.
Figura 7: Edvard Munch. Dança da vida. 1890. In:
www.moderna.com.br/.../imagem/redacaoaficina.jpg. Acessado em 30/09/2008.
Figura 8: Pablo Picasso. A Dança. 1925. Óleo s/ tela. The Tate Gallery-
Londres, Grã-Bretanha. In: http://codornizes.blogspot.com/2008/01/vinte-danas-
para-quem-me-d-msica.html. Acessado em 30/09/2008.
Figura 9: Rudolf von Laban. In www.fileane.com/.../monte_verita/laban_pr.jpg.
Acessado em 03/10/2008.
Figura 10: Foto de Isadora Duncan. In:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Isadora_Duncan. Acessado em: 05/10/2008.
Figura 11: Foto grupo de dança. In http://danca-
c.blogspot.com/2008_02_01_archive.html. Acessado em 05/10/2008.
Sites consultados:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Afresco. Acessado em 03/09/2008.
www.geocites.com.br/egyptology2000/dança. Acessado em 04/09/2008.
http://www.grupogrecia.com/dancas.html. Acessado em 09/09/2008.
http://kellylacerda.multiply.com/reviews/item/9. Acessado em 04/10/2008.
www.youtube.com. br. Acessado em 08/112008.
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