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    Daresponsabilidadecivildosestabelecimentosdesade

    Sumrio:1.Da Responsabilidade Civil dos Hospitais Particulares 1.1Conceito .2NaturezaJurdica 1..3.Distino entre responsabilidade do mdico e responsabilidade da sociedadecomercialhospitalar1.4.AresponsabilidadedecorrentedoCdigodeDefesadoConsumidor2.DaResponsabilidadeCivildosHospitaisPblicos2.1FundamentodaResponsabilidadeCivildos Prestadores de Servios Pblicos 3. Da Responsabilidade Civil das Empresas deAssistnciaMdica(convniosmdicos)3.1Espcies3.2ResponsabilidadeCivil.

    1.DaResponsabilidadeCivildosHospitaisParticulares

    1.1.Conceito

    Segundo observaRuyRosado deAguiar Jnior(1)"o hospital uma universalidade de fato,formada por um conjunto de instalaes, aparelhos e instrumentos mdicos e cirrgicosdestinados ao tratamentoda sade, vinculadaaumapessoa jurdica, suamantenedora,masquenorealizaatomdico".

    1.2NaturezaJurdica

    OHospital encerraumavasta reade confluncia jurdicapelopoliedrismo funcional.Almdas implicaescivisepenaisqueenvolvemcada funcionrio, somamse fatores interligadosnadimensodecontratohospitalarcomopacienteeomdico.Averificaodessesdadoseoordenamentoprocessualresultarodaprprianatureza:pblico,particular,deassociadosoudeconvnios.Nesteamlgamade imbricaes tcnicoadminstrativas,ohospital se salientacomorgodeprofundaemultifacetadaresponsabilidade.

    Nohcomoseolvidarqueanaturezajurdicadaresponsabilidadedoshospitaisemfacedeseuspacientes,internosouno,contratual.

    ComomonstraJosdeAguiarDias(2),tratasedeobrigaosemelhantedoshoteleiros,pois"na realidade, essa obrigao participa do carter das duas responsabilidades com que seidentifica, isto , tanto compreende deveres de assistncia mdica, como dehospedagem, cada qual na medida e proporo em que respondem, isoladamente, osrespectivosagentes.

    E prossegue: "Assim, para dar exemplo expressivo, a direo de um hospital responsvelpelosdanosdecorrentesde teromdicodoestabelecimentodeixado,porvriosdias,deverificaroestadodeumclienteainternado,doqueresultouagravaodo seu estado e anquilose da perna, por ter ficado na mesma posio por tempoprolongado. No procede a defesa fundada em que se trata de erro tcnico, que adireo do hospital no pode impedir, nem mesmo criticar, porque o caso denegligncia,cujasconsequnciaselapoderiaevitar,seempregassefiscalizaomaissevera. Admitido o doente como contribuinte, formase entre ele e o hospital umcontrato,queimpeaoltimoaobrigaodeasseguraraoprimeiro,namedidada

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    contrato,queimpeaoltimoaobrigaodeasseguraraoprimeiro,namedidadaestipulao,asvisitas,atenesecuidadosreclamadospeloseuestado".

    1.3Distinoentreresponsabilidadedomdicoeresponsabilidadedasociedadecomercialhospitalar

    A questo mais polmica que surge a que pertine seguinte indagao: quando aresponsabilidade deve ser carreada aomdico, pessoalmente e quando devese atribula aohospital?

    SegundooescliodeRuiStoco(3) "deveseexaminarprimeiroseomdicocontratadodohospital,demodoaserconsideradocomoseupreposto".

    Argumentaoautor,"setalocorrer,aplicaseasurradaevestutaregradequeopatrorespondepelosatosdeseusempregados,serviaisouprepostos".(CdigoCivilart.1521,III).

    A regra da responsabilidadedo comitente sofre restries, conforme salientaMrio Jlio deAlmeidaCosta(4)"quantoacertasprofisses,comoadosmdicosedosadvogados,poisnoseadmiteumasubordinaoparacomosclientesnostermosindicados(vnculodeautoridadeesubordinao). Mas isso no que concerne s relaes entre o cliente e o mdico, conformeesclareceemnotaoeminenteprofessorportugus,porqueseadmitearelaodecomissodemdicoamdico,edehospitalparamdico".

    O hospital responde pelos atos mdicos dos profissionais que o administram (diretores,supervisores,etc.),edosmdicosquesejamseusempregados.Norespondequandoomdicosimplesmente utiliza as instalaes do hospital para a internao e tratamento dos seuspacientes.

    SegundoRuyRosadodeAguiarJr(5)."emrelaoaosmdicosqueintegramoquadroclnicodainstituio,nosendoassalariados,precisodistinguir:a)seopacienteprocurouohospitale ali foi atendido por integrante do corpo clnico, ainda que no empregado, responde ohospital pelo ato culposo do mdico, em solidariedade com este b)se o doente procura omdico,eesteoencaminhabaixanohospital,o contrato comomdicoeohospitalnorespondepelaculpadeste,emboradoseuquadro,masapenaspelamprestaodosservioshospitalaresquelhesoafetos.

    No entender de Orlando Gomes (6)"a responsabilidade pela ao do integrante do corpoclnico, na situaoprimeiramente referida, explicase porque a responsabilidade por ato deoutro,previstanoart. 1.521, III, doCC ( responsvel opatro, amoou comitente,por seusempregados, serviais e prepostos), abrange tambmaquelas situaes ondeno existe umarelaode emprego, bastandoque apessoa jurdicautilize serviosdeoutra atravsdeumarelaoquegereoestadodesubordinaoocasodohospitalqueparaseu funcionamentonecessitadoserviodomdico,oqual,porsuavez,ficasubordinado,comomembrodocorpoclnico,aosregulamentosdainstituio".

    Devese portanto, perquerir se o mdico atua no respectivo hospital mediante contrato deprestaodeservios,sendonestecaso,consideradoseupreposto,devendoaqueleresponderpelos atos culpososdeste.Ohospital, contudo, terdireitode reaver oquepagar atravsde

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    pelos atos culpososdeste.Ohospital, contudo, terdireitode reaver oquepagar atravsdeaoregressivacontraocausadordiretododano.

    Masseomdiconoforprepostomasprofissionalindependentesemvnculodesubordinaocom o hospital, usando as dependncias do nosocmio por interesse ou convenincia dopacienteoudeleprprio,emrazodeaparelhagemouqualidadedasacomodaes,tersedeapuraraculpadecadaum.

    Dessemodo, seopaciente sofreudanosemrazodoatuar culposoexclusivodoprofissionalliberaldesualivreescolha,baseadoemlaosdepessoalidadeeconfiana,sendoaobrigaodenaturezaintuitopersonae,mesmoestandoomdicovinculadoaohospital,aresponsabilidadepela reparao do dano, ser subjetiva e pessoal domdico, com fundamento no artigo 14,pargrafo4doCdigodeDefesadoConsumidor.

    1.4AresponsabilidadedecorrentedoCdigodeDefesadoConsumidor

    Outra questo importante que surge se os hospitais, casas de sade, clnicas e entidadessemelhantes subsumemsenadisposio contidano caputdoart.14doCdigodeDefesadoConsumidor(Lei 8.078/90) que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor deservios, pela "reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestao dos servios, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre suafruioeriscos".

    Bemotemaaqui,mereceanliseaprofundada,observandoseaposiodosquedefendemofundamentoda responsabilidadedoshospitaisde formaobjetiva, aplicandoseo regramentodoartigo14caputdoCDC,bemcomo,oposicionamentedeAguiarDias,RuyRosadodeAguiarJr.eRuiStocoquedefendematesequeoshospitaisdevemresponderateordoartigo1521,IIIdo Cdigo Civil, quando o mdico apresentar relao de subordinao com o mesmo,aplicandosearegradaresponsabilidadetransubjetiva,comapresunodaculpa,dohospital,desdequeevidenteoatuarculposodomdicopreposto.

    SegundoRuiStoco,(7)"nosepodenegarqueoshospitaissoprestadoresdeserviosmdicos e de hospedagem. O hospital firma com o paciente internado um contratohospitalar, assumindo a obrigao de meios consistentes em fornecer serviosmdicos(quando o facultativo a ele pertence) ou apenas em fornecer hospedagem(alojamento, alimentao) e de prestar servios paramdicos (medicamentos,instalaes,instrumentos,pessoaldeenfermariaetc...)".

    Prossegue: "No que pertine aos primeiros(servios mdicos), quando o paciente tratadoporseusprpriosfacultativos,osserviosprestadossoaquelesconcernentesaotratamentomdicocontratado.Constituiumaatividadedemeioenoderesultado,de modo que se obriga apenas a propiciar o melhor servio ao seu alcance, tudofazendopara cumprir aquilo a que se props.No se obriga efetivamentea curar opaciente,masemagircomamximadilignciaparaobteroresultadoquerido,semserresponsabilizadocasooresultadoalmejadonosejaalcanado".

    Quantoaossegundos,suaatividadeassemelhadadoshotisepenses.Comprometeseaforneceracomodaeserefeiescondignasecondizentescomopreoestabelecido.

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    forneceracomodaeserefeiescondignasecondizentescomopreoestabelecido.

    Dessemodo,seodanoaopacienteimputadoaohospitalemfacedaatuaodeseusprepostos e se decorrer do exerccio de sua atividade especfica e tpica da reamdica,entoincidiropargrafo4,doart.14doCDC(responsabilidadeaquiliana).

    Assim,satravsdacomprovaodeculpa(8)quesepoderresponsabilizarohospitaleomdicopeloresultadodanoso.

    Opreceitocontidonocaputdoart.14doCdigodeDefesadoConsumidor(Lein8.078/90),estabeleceque"ofornecedordeserviosresponde,independentementedaexistnciadeculpa,pelareparaodosdanoscausadosaosconsumidorespordefeitosrelativosprestaodeservios".

    Ainda segundo a posio defendida por Rui Stoco(9), "neste ponto parece que o legisladorcometeu grave erro lgico e de concepo, eis que, se a responsabilidade do hospital ou daempresa prestadora de servios contratual, tal circunstncia monstrase, no caso doshospitais, em antinomia com a teoria da responsabilidade objetiva, pois se a instituio desadesecomprometeasubmeterumpacienteacirurgia,porintermdiodemdicos,sobasuaresponsabilidade,estaexercerumaatividadedemeioenoderesultado".

    Assim, s se lhe pode exigir que a atuao de seus prepostos seja normal e que acirurgiasejafeitasegundoastcnicasusuaiseutilizaodoinstrumentaladequado.Setalocorrer,o contratoestarcumprido.Docontrrio,descumprindoessascondiesmnimas,ahiptesedeinadimplementocontratual."

    Conforme apontamento de Teresa Ancona Lopez(10) " na responsabilidade contratual h aviolao de uma obrigao em sentido estrito, sendo, portanto, a responsabilidade, limitadapelasclusulascontratuais".

    Daporque,aantinomiaacimaverberadaestjustamenteemquearesponsabilidadeobjetivaalongaoespectrododeverdeindenizar,transcendendooslimiteseasbarreirasestabelecidaspelaspartesnaavenacontratual.

    Assim, sendo a responsabilidademdicohospitalar, de natureza contratual e sendo o objetodestecontratoumaobrigaodemeio,nohcomosefalaremresponsabilidadeobjetivadohospital,esuaaplicaoaoart.14"caput"doCDC,mesmosendoohospitalumprestadordeservios.

    A uma, porque o Cdigo do Consumidor no se afastou do conceito clssico deresponsabilidadeporatooufatodeterceiro,consagradoemnossoCdigoCivil.

    A duas, porque, sendo a responsabilidade do hospital contratual, responder por ato de seuprepostonostermosdoinc.IIIdoart.1521doCC,queprevaculpapresumida(enoobjetiva)dopatropelosatosdeseusprepostos.

    Alis,esseoensinamentodoinsigneMinistrodoSuperiorTribunaldeJustia,RuyRosadodeAguiarJr.(11),emtrabalhoapresentadonoIVCongressoInternacionalsobreDanos,realizado

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    AguiarJr.(11),emtrabalhoapresentadonoIVCongressoInternacionalsobreDanos,realizadoem Buenos Aires, Argentina, em abril de 1995, ao obtemperar que pelos atos culposos demdicos que sejam seus empregados, ou de seu pessoal auxiliar, responde o hospital comocomitente, na forma do art.1521,III, CC. E acrescenta: no responde quando o mdicosimplesmente utiliza as instalaes do hospital para internao e tratamento dos seuspacientes)

    NotrabalhoacimaapontadoRuyRosadodeAguiarJnior(12),"deixouexpressoqueohospitalnorespondeobjetivamente,mesmodepoisdavignciadoCdigodeDefesadoConsumidor,quandosetratadeindenizardanosproduzidospormdicointegrantedeseusquadros,poisprecisoprovaraculpadesteparasomentedepoissetercomopresumidaaculpadohospital".

    Emltimo lugar, segundoaposiodeRuyStoco (13)" cabeobtemperara total ausnciadesentidolgicojurdicose,emumaatividadedenaturezacontratualemqueseasseguraapenasmeios adequados, ficar comprovado que o mdico no atuou com culpa e, ainda assim,responsabilizar o hospital por dano sofrido pelo paciente, to somente em razo de suaresponsabilidadeobjetivaeapenasemrazodovnculoempregatcioentreumeoutro".

    "Percebase, porque importante, que o caput do art.14 do CDC condicionou aresponsabilizao do fornecedor de servios existncia de defeitos relativos prestaodeservios".

    "Talexpresso,emboraemcontradiocomoprincpioadotadonoprprioartigodalei, induz culpa, mxime quando se trate de atividade mdica, cuja contrataoassegura meios e no resultado (salvo com relao s cirurgias estticas e noreparadoras),demodoque,oresultadonoqueridonopodeserrotuladodedefeito."

    Segundo o entendimento do mesmo autor, mesmo quando o hospital atuar como merohospedeiro,edessaatividadedecorrerdanosaopacienteconsumidor,noseaplicaoart.14,"caputdoCdigodeDefesadoConsumidor,porforadasupremaciadodispostonoart.1521do Cdigo Civil, que por ser mais abrangente, h de prevalecer diante do enunciado dopargrafo 1 do art.2 da LICC, quando preceitua que a lei posterior (Cdigo de Defesa doConsumidor)srevogaaanterior(art.1521doCdigoCivil)quandosejacomelaincompatvelouquando regula inteiramente amatria de que tratava a lei anterior, e como se verifica, oCdigo de Defesa do Consumidor no regulou inteiramente a matria, encontrandoseportanto,o fundamentodaresponsabilidadecivildosEstabelecimentosdeSadenos termosdoartigo1521,IIIdoCdigoCivil.

    O noatendimento do doente pelo hospital pode expressarse atravs de simples recusa oupelo encaminhamento a outro hospital (hospital de referncia).No primeiro caso, a falta deassistnciapordefeitodaorganizao,nomantendooplantoouosserviosnecessriosparaatenderaumaemergnciaprevisvel,fatordeterminantedaresponsabilidadedohospital.Nosegundocaso,aremessajustificadadodoenteaumhospitaldereferncianoconstituimotivoparaaatribuiodaresponsabilidade:"Emtese,omdicoqueordenaroreencaminhamentodepacientepor faltade leitooucondiesdeatendimentoagecomdilignciaenodeveserconsideradoculpado.Damesma forma,ohospitalnopodeserobrigadoa seprepararparatodososcasosdeemergncia,sendocertoquetodossoaparelhadoscomunidadesdepronto

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    socorro,oqueelideaculpae,mais,inviabilizaatcnicadapresunodaculpa,queseriaumaeternaresponsabilizao.Ademais,segundooescliodeFranciscoCaramuruAfonso(14)"noaatividadehospitalarresponsvelportodososinfortniosdavida".

    Ajurisprudnciaregistraoscasosderesponsabilidadedohospitalporfaltadeplanto(8CC,TJRJ,1981,RT556/190),porefetuardiagnsticoinadequado(6CC,TJSP,1981,RT549/72),pordemorarnoatendimentocirrgicoquesefazianecessrio(TJSC,ap.19.672,1986).

    Quandoseabordaestetema,nopossvelesquecerasituaodramticaemqueseencontraaredehospitalardoPas,bemdescritanareportagemdeElioGaspari,(15)cujasdeficinciassubmetemconstantementeosmdicosadecidirsobrequemtemdireitoaonicoaparelho,escassamedicao,aousodasalacirrgica...

    AConstituiode1988 instituiuoSistemanicodeSade(SUS),garantindoatendimentoatodos.Com isso igualou, perante o servio pblico da sade, o desempregado e o que passasuas friasnaEuropa,situao injustaque foi recentementeobjetodacrticadoMinistrodaSade (Folha de So Paulo, ed. de 03.03.1995), pois cria uma situao insustentvel, nodispondooEstadoderecursosparaatenderaessademanda.Emparte,porquenodestinasadepblicarecursossuficientes(4%doPIBenquantonosEUAde12%)emparte,porquenotemmdicosemnmerosuficiente(150.000mdicosparaumapopulaode150milhesemPortugal:23.000mdicos,paraumapopulaode10milhes)finalmente,porquetemqueatenderdegraaaquempodepagar,eficasemrecursosparatratardonecessitado.

    EmsentidocontrrioaposiodoDesembargadorSergioCavalieriFilho(16),segundooqual"os estabelecimentos hospitalares so prestadores de servios e, como tais, respondemobjetivamentepelareparaodosdanoscausadosaosconsumidores.Oart.2docitadoCdigoconceitua o consumidor como sendo toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utilizaprodutoouserviocomodestinatriofinal.Servio,porsuavez,consoanteconceitocontidonopargrafo 2, do art.3, qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, medianteremunerao, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista. Logo, no conceito deservio enquadrase perfeitamente a atividade dos estabelecimentos hospitalares, sendo osseus clientes, como destinatrios finais desses servios, consumidores por definio legal.Ofundamento dessa responsabilidade, no mais a conduta culposa, mas sim o defeito doservio.A lei, vale ressaltar, criouparao fornecedorumdeverdeseguranaodeverdenolanarnomercadoserviocomdefeitodesorteque,ocorridooacidentedeconsumo,poreleresponde independentemente de culpa. Em concluso, a responsabilidade do fornecedor deserviosdecorredaviolaododeverdeprestaraosconsumidoresservioscomaseguranalegitimamenteesperada(art.14,pargrafo1),cujosdefeitosacarretamriscossuaintegridadefsicaoupatrimonial.Ocorridooacidentedeconsumo,ofornecedorterqueindenizaravtimaindependentemente de culpa, s se exonerando dessa responsabilidade se provar nus dofornecedor que o defeito inexiste, culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro". ( Ap.11.323/982CmTJRJ,j.15.12.1998)

    Segundo o esclio do autor supra mencionado(17), "sempre que se tratar de relao deconsumo fornecimento de produtos ou servios ao consumidor, no mais ser aplicvel anormadoart.1521,III,doCdigoCivil,poisestaregrafoiderrogadapeloCdigodeDefesado

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    Consumidor.Assim,no regimedoCdigodeDefesadoConsumidornomais cabe falar emresponsabilidade presumida do patro em relao ao empregado porque o fundamento daresponsabilidadecivildo fornecedordeixoudesera relaocontratual,bemcomo,o fatodeterceiro, para se materializar na relao de consumo, contratual ou no, respondendoobjetivamente o Hospital, como fornecedor de servios, quando presente o defeito na suaprestao".

    Ataquitratamosdemedicinaprivada,prestadaporhospitaiseclnicasparticulares,exercidapormdicosprofissionaisliberais.

    2.ResponsabilidadeCivildosHospitaisPblicos

    2.1Fundamentodaresponsabilidadecivilnaprestaodeserviospblicos

    QuestointeressanteconfigurasenofundamentodaresponsabilidadedosHospitaisPblicosem decorrncia da falha ou defeito na prestao do servio pblico de sade. Estaria osHospitaisPblicos enquadradosna sistemticado artigo 14 "caput"doCdigodeDefesadoConsumidor,respondendocomfundamentoobjetivo,tendoemvista,agratuidadedosserviosprestados?

    Servio, por sua vez, consoante conceito contido no pargrafo 2, do art.3, " qualqueratividadefornecidanomercadodeconsumo,medianteremunerao,salvoasdecorrentesdasrelaesdecartertrabalhista".

    O artigo 22 e pargrafonico, ao estender aos rgos pblicos, empresas, concessionrias epermissionrias de servios pblicos a responsabilidade objetiva estabelecida no seu art.14,tratadeserviospblicosemqueexisteumacontraprestaoporpartedoconsumidoratravsdopagamentodetarifasoupreospblicospelautilidadedosservios,taiscomoocorrecomoserviodeenergiaeltrica,gua,telefonia,transportecoletivodepassageirosetc...SegundoAdaPelegriniGrinover(18)"odispositivoenfocadopretendeasseguraraofertaconstanteedeboaqualidade dos servios pblicos prestados aos consumidores uti singuli, individualizando oconsumidorutilitriodoservio,noseconfundindocomosserviospblicosutiuniversi,ouseja,difusos,decorrentesdaatividadeprecpuadoEstado,visandoaobemcomum,talcomoocorrecomaEducaoPblica,sade,saneamentobsico,segurana,construodeestradasetc..."

    Assimemsetratandodeserviospblicosgratuitos,comoocorrecomosHospitaisPblicoseEstabelecimentos de Ensino Pblico, em que inexiste uma contraprestao por parte doconsumidornautilizaodo servio, porm, presentes a qualidadedoHospital Pblico comfornecedordeserviosedopacientecomconsumidor,sendocristalinaarelaodeconsumoestabelecidaentreaspartes,nosepoderiaaplicarataisinstituiesasistemticaprevistanaleiconsumerista,efundamentarsuaresponsabilidadecomfulcronoart.14"caput"doCdigodeDefesadoConsumidor?Arespostaatalquestionamentomereceanliseaprofundada,nosconceitos estabelecidos no CDC, a fim de se adequar o regramento jurdico pertinente paratutelar a relao jurdica estabelecida entre as partes. No meu entender, neste caso, aresponsabilidadedosHospitaisPblicosderigoremdecorrnciadodeverde incolumidadedevidopessoahumana.Emsecuidandodedireito sadeevidahumana, resguardados

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    devidopessoahumana.Emsecuidandodedireito sadeevidahumana, resguardadospelaConstituioFederalcomogarantiafundamentalirretirvel,acircunstnciadeosserviosprestadosseremgratuitosnosubtraiodeverdeaentidadehospitalarasseguraressesdireitossagradosdopaciente,porm,ofundamentojurdicodetalresponsabilidadeserobjetivo,nostermosdoartigo37,pargrafo6daConstituioFederalde1.988,noseaplicandoportanto,as regras estabelecidas no Cdigo de Defesa do Consumidor, por se tratar de um serviopblicoderivadodaatividadeprecpuadoEstado,visandoaobemcomum,comoresultadodostributosemgeraldapopulao,sendochamadosdeserviospblicosutiuniversi.

    SegundoaincomparvelliodeAguiarDias(19)"aresponsabilidadecivilemcasostaisnoseprende apenas a uma garantia estabelecida em contratomas, ainda, aodireito de resguardoconcedido e assegurado pela Lei Fundamental, de modo que a ausncia de contrapartidapecunirianoconfereum"bill"deindenidade."

    Tambm o Tribunal de Justia de So Paulo j acentuou que (20)"na responsabilidade doshospitaisseincluiaincolumidade,mesmoquandootratamentosejagratuito".

    Conformeressaltadoanteriormenteoshospitaispblicos,daUnio,Estados,Municpios,suasempresaspblicas,autarquiasefundaes,estosubmetidosaumtratamentojurdicodiverso,deslocadas suas relaes para o mbito do direito pblico, especificamente ao direitoadministrativo, no captulo que versa sobre responsabilidade das pessoas de direito pblicopelosdanosqueseusservidores,nessaqualidade,causematerceiros.Dispeoart.37,6,daCF: "As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de serviospblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,asseguradoodireitoderegressocontraoresponsvelnoscasosdedoloouculpa".

    Adotouse oprincpioda responsabilidadeobjetiva, cabendo aoEstadoodeverde indenizarsempre que demonstrada a existncia do fato, praticado por agente do servio pblico que,nessa qualidade, causar o dano ( a responsabilidade pelo fato do servio), eximindose aAdministrao,totalouparcialmente,seprovaraforamaior,ofatonecessrioouinevitveldanatureza,ouaculpaexclusivaouconcorrentedavtima.

    Odissdioque lavrounadoutrina sobreaprevalnciada teoriado risco integraloudo riscoadministrativonotemmaiorrelevncia,poisosdefensoresdeambasascorrentesaceitamapossibilidadedeexclusoouatenuaodaresponsabilidadedoEstadosemprequeprovadaaatuao de fatores causais estranhos ao Estado, como a culpa exclusiva ou concorrente davtima.NestesentidooentendimentodeYussefSaidCahali(21),EdmirNetto(22)deArajo.Apenas correnteminoritria apregoaqueoEstado responde sempre, aindaquando a vtimasejaculpadapeloevento.OSTFtemreiteradamenteacolhidoateoriadoriscoadministrativo:Ac.de24.02.1987,noAI113.7223,1T,Rel.Min.SYDNEYSANCHES,naLex,JSTF,103/25.No mesmo sentido: RTJ 55/50. (vide HELY LOPES MEIRELLES, Direito AdministrativoBrasileiro,1989,pgs.549esegs).CARLOSMRIODASILVAVELLOSO,"ResponsabilidadeCivildoEstado"RILEG,1987,n96,pg.233REVISTAJURDICA,128/5(AGUIARJR.,RUYROSADO, "A Responsabilidade Civil do Estado pelo exerccio da atividade jurisdicional noBrasil",Ajuris,59/5,nota16).

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    Brasil",Ajuris,59/5,nota16).

    Essa responsabilizaodoEstadopelo fatodo servio,porm,nopodeser submetidaaumregimenico.Assim,quandosetratadeomissodoEstadoemevitarumresultadoquedeveriaimpedir,emrazodasuaposiodegarantidordobem(ex.:danosdecorrentesdeinundao),a sua responsabilidade somente se estabelece uma vez demonstrada a culpa do servioigualmente, a responsabilizao do Estado pelos atos do juiz pressupe o funcionamentoanormaldaJustia.Pese,ento,aquestosobreaatuaodosserviospblicosdesade,prestadoresdeserviosmdicohospitalares.

    CANOTILHO(23) classifica a responsabilidade por fato da funo administrativa em: a)responsabilidade por atos administrativos lcitos, em que h a imposio de um sacrifcioinexigveleb)aresponsabilidadeporrisco,quepodederivardedanosresultantesdetrabalhospblicos, de atividades excepcionalmente perigosas, de vacinaes obrigatrias, da ao depresos foragidos ou alienados, do funcionamento de mquinas empregadas na atividadeadministrativa,doriscosocial,denecessidadeadministrativaedecalamidadesnacionais.

    AresponsabilizaodoEstadopeloriscodecorredoprpriofatododesempenhodaatividadeperigosaqueoEstadoexerceparaarealizaodosseusfinsenaconsecuodobemcomum,cujosdanosnopodemsertransferidosaoindivduo.Contudo,quandoaatividadeexercidaparabenefciodocidado,querecebedoserviopblicootratamentoparaasuadoena,dese perguntar se o Estado tambm a responde objetivamente por todo o dano sofrido pelopaciente, independentemente da regularidade do servio prestado. Tratando da situao dequem solicita o servio de vacinao, asseverou CANOTILHO(24): "Nesta hiptese, poderiadizersequequemaceitaumaatividadeperigosanoseuexclusivointeressedeversuportaroriscocorrespondente...(mas)sersempredepraquestodaomissodeumdeverdecuidadopor parte dos servios de sade na hiptese que estamos analisando. Aceitarseia, pois, ademonstrao de uma atividade faltosa dos servios competentes"). Pode ser indenizado odanoproduzidopelamortedeumpacienteinternadoemhospitalpblico,paraoqualacinciarecomendava a realizao de cirurgia, efetuada com todos os cuidados e de acordo com asprescriesmdicas,masquemesmoassim se revelou inexitosa, causando amorte?Melhorincluir tal hiptese no mbito restrito da responsabilidade pela culpa do servio, pois noparecerazovelimporaoEstadoodeverdeindenizardanoproduzidoporserviopblicocujaao,semnenhumafalha,tenhasidopraticadaparabeneficiardiretamenteousurio.Porisso,e para no fugir do sistema, assim como institudo no texto constitucional, devemos refluirparaoexamedorequisitodacausadodano.

    Na hiptese em que h o resultado danoso, apesar dos esforos do servio pblico para otratamentododoente, eliminase a responsabilidadedoEstado sempreque a administraopblicademonstraroprocedimentoregulardosseusservios,atribudaacausadoresultadodanosoafatodanatureza.AotratardaexclusodaresponsabilidadedoEstado,lecionaoProf.YUSSEFCAHALI(25),partidriodaresponsabilidadeobjetivadoEstadopelateoriadorisco:"A segunda regra pode ser estabelecida reconhecendose a nenhuma responsabilidaderessarcitria se o dano sofrido pelo particular tem a sua causa no fato de fora maior,conseqncia de eventos inevitveis da natureza: a excluso de responsabilidade daAdministrao decorre da noidentificao de nenhum nexo de causalidade entre o eventodanoso e a atividadeouomissodoPoderPblico"Assim, oEstado se exoneradodeverde

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    danoso e a atividadeouomissodoPoderPblico"Assim, oEstado se exoneradodeverdeindenizarpordanosdecorrentesdoexercciodesuaatividademdicohospitalarsemprequedemonstrar que a causa no foi posta por mdico a seu servio, mas sim decorreu dascondiesprpriasdopaciente.

    AjurisprudnciasedividequantonaturezadaresponsabilidadedoEstadoporatosdanosospraticados nos hospitais pblicos, por seus servidores, sejam mdicos, enfermeiros ouserviais,mas amaioria pende para a responsabilidade objetiva. Acrdo de 16.09.1986, doantigo TFR est assim ementado: "Realizada a cirurgia, com tcnica adequada, no seatribuindoanegligncia,imprudnciaouimperciadocirurgio,oacidenteimprevisveldequeresultacomprometimentodonervocitico,comseqeladereduodemovimentosdojoelhoeparalisaodop,nohcomoresponsabilizarcivilmente,porindenizaocorrespondente,ocirurgio que recomendou o tratamento e o executou. A responsabilidade da entidadeempregadoradoencarregadodotratamento,contudo,fundadanoart.107daCF(de1967),que adota o princpio da responsabilidade objetiva, pelo risco administrativo, em que aindagao de culpa pertinente apenas para possibilitar regresso ou para elidir o dever deindenizar,quando,noprimeirocaso,hajaculpadoprepostoe,nosegundo,aculpapeloeventosejaexclusivamentedavtima"(AC80.336,1T).Outronomesmosentido:"Responsabilidadecivil. Menor hospitalizado s custas e sob a responsabilidade do INAMPS... Causalidadeinafastvel entre o dano e ato, sem concorrncia qualquer do menor ou de seus genitores.Aplicao da teoria do risco administrativo, inserta no art. 107 da CF (de 1967)" (Ac. de25.06.1985,naRTFR,124/163).IgualorientaofoireafirmadanaAC35.424SP,emquea4T do TFR considerou aplicvel o princpio da responsabilidade objetiva do Estado para aindenizao de dano provocado pelos servios do INPS. O TRF da 1 Regio (Braslia) temdiversosjulgadosadmitindoaresponsabilidadeobjetivadoshospitaismantidospeloINAMPS(AC 89.01.221268MG, de 17.09.1990 AC 89.01.226480AM, de 12.09.1990: "As pessoasjurdicasrespondempelosdanosqueseusagentes,nestaqualidade,causarematerceiros(art.37, 6, CF), sendo de natureza objetiva a responsabilidade, somente elidvel por provaexclusivadapartecontrria"(AC92.01.323166MG,de03.03.1993).

    JoTJSP,naAC76.3401,da5CC,de23.04.1987,considerouindispensvelaprovadafaltaannimadoservio.

    Amelhorsoluoestnomeio:noseatribuiaoEstadoaresponsabilidadepelodanosofridoporpacientequerecorreaosserviospblicosdesade,aindaquandoprovadaaregularidadedoatendimentodispensado,nemseexigedavtimaaprovadaculpadoservio:emprincpio,oEstadorespondepelosdanossofridosemconseqnciadofuncionamentoanormaldeseusserviosdesade,exonerandosedessaresponsabilidademedianteaprovadaregularidadedoatendimento mdicohospitalar prestado, decorrendo o resultado de fato inevitvel danatureza.

    O mdico servidor pblico, pelos atos praticados nessa condio, pode determinar aresponsabilidade da entidade pblica a que est vinculado. Ele responde regressivamenteperanteoentepblicocondenadoaindenizarodano,sedemonstradaasuaculpa,poisafaltapode ser annima, atribuvel ao servio, sem possibilidade de individualizao do agente. AresponsabilidadediretaeprimriadoEstadoadomdico,comoadetodoservidorpblico,

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    responsabilidadediretaeprimriadoEstadoadomdico,comoadetodoservidorpblico,deveriaserapenasindireta,recompondooprejuzosofridopeloEstado,desdequeprovadaasuaculpa.OSTF,noentanto, interpretandoaConstituioanterior,quenessepontonofoisubstancialmentemodificada,temreiteradasdecisessobreaadmissibilidadedeajuizamentodeaodiretamentecontraoservidor,emlitisconsrciofacultativocomoEstado,desdequeoautorseproponhaaprovar,relativamenteaoservidor,teragidoelecomculpa(RTJ115/1.383106/1.18296/237).

    AresponsabilidadequesurgeparaoPoderPblicodenaturezaextracontratual, submetidaaquelasregrasdodireitoadministrativo,poisnarelaoentrepacienteehospitaldecontratonosetrata.FIGUEIREDODIASeMONTEIRO(26)sustentamque,emboraentreodoenteeomdico que o assiste, por dever de ofcio, em hospital pblico, no haja contrato, deve serreconhecida a existncia de uma relao contratual de fato entre o paciente e a organizaohospitalar,poisodoenteinternadonoumestranho(op.cit.,pg.64).Ocorrequeosdeveresdecuidadoedeproteoqueresultamdocomportamentosocialtpicodainternaoderivamdoprincpiodaboaf,eoseudescumprimentopodeserexaminado,nodireitobrasileiro,luzdo art. 159, que fixa o dever de indenizar os danos decorrentes de atos praticados comnegligncia,imprudnciaouimpercia(ilcitoabsoluto).

    OInstitutoNacionaldeSeguridadeSocial(INSS)podeprestarservioshospitalaresatravsdeseus prprios hospitais, ou entidades conveniadas, e pormdicos credenciados. Fazendo eleconvniocomhospitaisparticulares,deleaobrigaodefiscalizaraprestaodessesservios,poisdelearesponsabilidadepelosdanoscausadosempacientes,seussegurados.Foi issooquedecidiuoTAMG,noAI135.5917,de24.11.1992:"Aoexamedocontratodefls.,dessumesequeaagravadaobrigadaaoferecerinternaoetratamentoatodasaspessoasqueoINAMPS(depoissubstitudopeloINSS) lheenviar (clusulaprimeira),comotambmoaludidorgopblico temodireitode fiscalizar os serviosmdicohospitalaresprestadospela agravada...Defluidessacircunstnciaqueoreferidorgopblicoresponsvelpelotratamentomdicohospitalardadoaosseusbeneficirios, inclusivepelosdanosadvindosaelesnarealizaodoaludidotratamento...OINAMPSobrigadoaresponderpelosdanoscausadosaterceiros,noexercciodasuafuno,consoanteosprecisostermosdo6doart.37daCF".

    Tambm pelos atos dosmdicos credenciados, tem sido reconhecida a responsabilidade doInstituto(TRFda1R,AC89.01.221268TRFda1R,AC89.01.226.480TRFda3R,AC90.03.120358,de16.12.1991).Respondemosmdicos,diretamente,provadaasuaculpa,eoInstituto,solidariamente.

    3. Responsabilidade Civil das Empresas de Assistncia Mdica (convniomdico)

    3.1.Espcies

    A previdncia privada assume a cada dia maior importncia no Pas. As dificuldadesencontradaspelaprevidnciasocialparaatuaoeficaznombitodasadetmlevadograndenmerodepessoasproteocomplementarnareadaprevidnciaprivada,quehojejatingea35milhesdepessoas,dasquais28milhessoligadasaempresas.Apesardocusto(US$35.00porpessoa),tendeaseexpandir

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    35.00porpessoa),tendeaseexpandir

    Convm ressaltar, todavia, que os planos de sade privados no so operados apenas porcompanhiasseguradoras,comomuitospensam(chamamtudosegurodesade),mastambmporempresasdeMedicinadeGrupoeporCooperativasdeServiosMdicos.

    O que caracteriza o seguro de sade, propriamente dito, o fato de ser operado porcompanhiadeseguromedianteregimedelivreescolhademdicosehospitaisereembolsodasdespesasmdicoshospitalaresnoslimitesdaaplice.

    EmpresadeMedicinadeGrupo,deacordocomaPortarian.3.286/86doMinistriodoTrabalho,todapessoajurdicadedireitoprivado,organizadadeacordocomasleisdoPas,que se dedique a assegurar assistnciamdica ou hospitalar e ambulatorial, mediante umacontraprestao pecuniria preestabelecida, vedada a essas empresas a garantia de um sevento.AmesmaportariaestabelecetrsmaneiraspelasquaispodeaempresadeMedicinadeGrupoexercersuaatividade:a)atravsderecursosmateriaisehumanosprprios(mdicos,hospitais e ambulatrios)b) mediante credenciamento de servios de terceiros c) por umsistemamisto,queincluaserviosprprioseredecredenciada.

    Cooperativasdeserviosmdicos,comooprprionomeodiz,soentidadesorganizadaspor mdicos com o fim de dar amparo econmico e social ao exerccio de sua atividade.Prestam servios mdicos hospitalares e ambulatorias tambm com recursos materiais ehumanosprpriosoucredenciados.

    3.2.DaresponsabilidadeCivil

    Desses trs tipos de operadores de planos privados de sade, como se v, apenas ascompanhiasdeseguradoresfuncionampeloregimedalivreescolhademdicosehospitaisereembolsodasdespesasmdicohospitalares.AsempresasdeMedicinadeGrupoeascooperativasdeserviosmdicosatendemaosseusassociadosemseusprpriosservios,ondenadatmapagar.Emcontrapartida,notmodireitodalivreescolha,salvoseissoforprevistonocontratoparacasosdeurgnciaenoslimitesaliestabelecidos.

    Assim, no primeiro casomdicos e hospital de livre escolha a responsabilidade serdireta do hospital ou do mdico, nada tendo a ver a seguradora de sade com a eventualdeficincia da atuao deles. No segundo caso, mdicos e hospitais prprios oucredenciadosaresponsabilidadesertambmdaseguradora.Seescolheumaloprepostoouprofissionalquevaiprestaroserviomdico,respondepeloriscodaescolha.

    SobreotemaobservoucompertinnciaRuyRosadodeAguiarJr.(27),entendendoesteilustreautor comsupedneona jurisprudncia, "queaentidadeprivadadeassistncia sade,queassociainteressadosatravsdeplanosdesade,emantmhospitaisoucredenciaoutrosparaaprestao de servios que est obrigada, tem responsabilidade solidria pela reparao dosdanos decorrentes de serviosmdicos ou hospitalares credenciados. Emais, excetua dessaresponsabilidadeasentidadesque,emseuscontratosdeplanosdesade,doliberdadeparaaescolha de mdicos e hospitais, assim como os seguros sade, que apenas reembolsam asdespesas efetuadas pelo paciente, e por isso no respondem pelos erros profissionaislivrementeselecionadosecontratadospeloseusegurado.

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    livrementeselecionadosecontratadospeloseusegurado.

    Aentidadeprivadadeassistnciasade,queassociainteressadosatravsdeplanosdesade,emantmhospitaisoucredenciaoutrosparaaprestaodosserviosaqueestobrigada,temela responsabilidade solidria pela reparao dos danos decorrentes de serviosmdicos ouhospitalarescredenciados.A2CCdoTJSP,sendorelatoroDes.WALTERMORAES,nosEI106.1191, assim decidiu: "Empresa de assistncia mdica. Leso corporal provocada pormdico credenciado. Responsabilidade solidria da selecionadora pelos atos ilcitos doselecionado...Embte.:GoldenCrossAssistnciaInternacionaldeSade".Igualmente,oTJRJnoAI 1.475/92, por sua 2 CC, admitiu que "se h solidariedade da empresa de assistnciamdica,domdicoporelacredenciadoedohospital,nareparaodosdanos,contraqualquerdelespodedirigirseopedido".Tambmemaode indenizaopromovidacontraaclnicamdica e a empresa de sade Blue Life, ficou reconhecido: "A cor tambm responsvelsolidariamenteemdecorrnciadocontratodeassistnciamdicahavidocomaautora.Tendoaquelacredenciadoo ruparaaprestaodosserviosmdicos,assumiua responsabilidadeparaasuaperfeitaexecuo"(votovencidoproferidonaAC140.1901,de06.12.1990,depoisacolhido nos EI julgados em 06.08.1992). Na AC 165.6562, o TJMG reconheceu aresponsabilidade solidria da Golden Cross com o mdico por ela contratado (Ac. de14.12.1993).

    Diferentementeocorrecomosplanosdesadequedoliberdadeparaaescolhademdicosehospitais,eossegurossade,queapenasreembolsamasdespesasefetuadaspelopaciente,epor isso no respondempelos erros dos profissionais livremente selecionados e contratadospeloseusegurado.

    Asinstituiesprivadasutilizamsedecontratosdeadeso,cujasclusulasmuitasvezesnoseharmonizam com o princpio da boaf objetiva e com as regras do Cdigo de Defesa doConsumidor. Convm examinar, embora sucintamente, alguns exemplos desse conflito, quetendeaseampliarnamedidaemqueseestendeocampodaprevidnciaprivada,utilizandoinformaojurisprudencialcoletada,noEstadodeSoPaulo.

    a)noseadmitiucomovlidaclusuladeexclusodepagamentodesegurodereembolsodedespesacominternaohospitalar,quando,apesardainternao,nohouveracirurgia(3CCTJRS,30.09.1992,AC592070528)

    b) a limitao do nmero de dias de internao no foi aceita pela 15 CC TJSP, na AC222.2172/7, em ac. de 22.02.1994, porque "a norma contratual h de ser sopesada ante arealidade da situao individual, sob pena de chegarse ao absurdo de impor ao prpriopacientequelimiteaextensodoseumalouqueestabeleaoprazodasuainternao,tarefaquenarealidadeestafetaaomdicoacompanhante.Nocasopresente,temsequeopacienteesteveinternadoporseisdias,almdostrintadias,vindoobito"

    c) julgouse inadmissvel a exigncia de apresentao de guia de internao subscrita pormdicocredenciado,at24horasdepoisda internaodeurgnciadeterminadapormdiconocredenciado:"Seopacienteatendidopormdicoparticularenessasituaointernado, mais do que evidente que nenhum outro mdico credenciado interferir ou assinarrequisiodeguia,criandoseumimpasseque,comobemsalientouojulgado,violaaessncia

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    requisiodeguia,criandoseumimpasseque,comobemsalientouojulgado,violaaessnciadocontrato"(ACda14CCTJSP,naAC2225892/3,de08.03.1994)

    d)oscontratosdesegurooudeassistnciaexcluem,modogeral,acoberturaparaotratamentodospacientesafetadospelovrusdaAIDS.ARes.1.401/93,doConselhoFederaldeMedicina,condenou essa prtica, mas nos Tribunais as decises so divergentes. A 5 CC TJRSconsiderouqueamera exclusode tratamentodemolstia infectocontagiosadenotificaocompulsrianoclusulaabusiva(MS594012130,de14.04.1994), invocandooutradecisonomesmosentido,da4CCTJRJ,naap.civ.6.217/93,eocontedodaCircular10/93,daSuperintendnciadeSegurosPrivados(SUSEP),rgofederalencarregadodafiscalizaodascompanhiasdeseguros,vedandoaincluso,nossegurosdeassistnciamdicaouhospitalar,decoberturasnoparticularizadasnaaplice.Ja14CCTJSP,emmandadodeseguranaimpetrado para garantir a continuidade da assistncia, afirmou, com melhor razo, que "asupresso de determinados tratamentos como aquele aqui contemplado configura emprincpioumaclusulaabusivanostermosdoart.51,I,1,daL.8.079,de11.09.1990(CDC)"(MS2244302/3,de03.05.1994).A18CCTJSPconsiderouque,jestandosendoprestadaaassistncia, ela deve de qualquer modo continuar, "na medida em que a suspenso detratamento mdico do paciente aidtico, como notrio, implica abreviao da morte",reservadoseguradoraodireitode,naaoprincipal,umavezacolhidaasuatesedeexcluso,cobrarsedasdespesasefetuadas(MS231.9922,de29.03.1994)

    e)seoseguradoprocurahospitalconveniadocomoplanodesade(BlueLife),considerouseabusivaaclusulaquecondicionavaacoberturaaoatendimentopormdicocredenciado:"Aclusula VI, n 8, do mesmo plano de sade exclui da obrigatoriedade do ressarcimentotratamento e exame de qualquer espcie pormdicos no credenciados,mas, como se podeconcluir, tratase de verdadeiro artifcio malicioso utilizado pela rapelada, porquanto aocredenciardeterminadohospitalestaceitandootratamentopormdicosaestevinculados,eno seria possvel ao autor ficar procurando mdico que se dispusesse a atendlo nessehospital"(AC223.2422/8,18CCTJSP,de09.05.1994)

    f) muito comum clusula abusiva que permita entidade de assistncia rescindirunilateralmenteocontrato,utilizadaquandoopacienteavananaidadeoucomeaaaparentardoenas.A19CCTJSP,naAC292.3372/6,considerouinvlidaaclusulaquepermitiacompanhia Amil a extino unilateral do contrato de cobertura de servios mdicos, aindaduranteoperododecarncia(25.10.1993).Jaextinodocontratoporfaltadepagamentodasprestaessomentepodeocorrer"apsconstitudoodevedoremmora,jquenosecuidanaespciedemoraex re,poisas clusulas contratuaisdevemser interpretadasem favordoconsumidor"(AC18CCTJSP,AC233.3232/6,de09.05.1994).Nessemesmoacrdo,foiexcludaaclusulaqueestabeleciacarnciapordiasdeatrasonopagamentodasprestaes.

    A defesa judicial dos associados de instituio privada de seguro ou assistncia mdicohospitalar pode ser individual ou coletiva (art. 80 do CDC). A defesa coletiva (art. 81) serexercidaquandosetratardeinteressesoudireitosdifusos(ostransindividuais,indivisveis,depessoasindeterminadaseligadasporcircunstnciasdefato),deinteressesoudireitoscoletivos(os transindividuais, indivisveis,degrupo,categoriaouclassedepessoas ligadasentresioucomaparte contrriaporuma relao jurdicabase), e de interesses oudireitos individuaishomogneos (os decorrentes de origem comum). So legitimados, concorrentemente, o

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    homogneos (os decorrentes de origem comum). So legitimados, concorrentemente, oMinistrio Pblico, a Unio, Estados e Municpios, as entidades da administrao pblicadestinadasespecificamentedefesadesses interessesedireitos,easassociaesconstitudashpelomenosumano,quetenhamporfimasuadefesa(art.82).Osinteressesedireitosdosassociados de companhia de seguro ou assistnciamdica podem ser classificados no grupodos interessesoudireitoscoletivos,cabendoaaocoletivaquandosecuida,genericamente,da eliminao de uma clusula abusiva usada em contrato de massa, ou da reduo dosreajustes de prestaes, estando legitimada para promover a ao a associao privadaconstitudaparaadefesadoconsumidor.NoBrasil,amaisativaerespeitadaentidadedessegnerooIDECInstitutodeDefesadoConsumidor,comsedeemSoPaulo,designificativaatuao na rea, cuja legitimidade ativa tem sido reconhecida para promover aes civispblicas sobre a validade de clusulas e prticas nesse mbito (EI 180.713801, de20.12.1993).

    Notas

    1.DEAGUIARJUNIOR,RuyRosado.ResponsabilidadeCivil dosmdicos, Revista Jurdican.231,jan/97,pg.122.

    2.DIAS,JosdeAguiar.Daresponsabilidadecivil,vol.1,p.382.

    3.STOCO,Rui.Responsabilidadecivilesuainterpretaojurisprudencial,p.273.

    4.COSTA,MrioJliodeAlmeida.DireitodasObrigaes.CoimbraEditora,pg.405

    5.ObraCitada,pg.126

    6.GOMES,Orlando.Obrigaes.Forense,1978,pg.362.

    7.STOCO,Rui.A teoriado resultado luzdoCdigodeDefesadoConsumidor.RevistadoConsumidor,n.26,p.212.

    8.latosensu

    9.Obracitada.p.213.

    10ODanoesttico,RevistadosTribunais.SoPaulo,1980,p.30.

    11Responsabilidadecivildomdico,inRT718/41.

    12.Obracitada.p.4142

    13.Obra.Citada.p.213214

    14.AFONSO,FranciscoCaramuru.ResponsabilidadeCivildosHospitais,Clnicas,eProntossocorros,inResponsabilidadeCivilMdica,OdontolgicaeHospitalar,Saraiva,pgs.177/198.

    15.inRevistaVeja,de18.08.1993,ainsuportvellevezadamorte.

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    16.inRT768/99.p.355.

    17.SergioCavalieriFILHO,ProgramadeResponsabilidadeCivil,2edio.p.120

    18CdigoBrasileirodeDefesadoConsumidor,comentadopelosautoresdoAnteprojeto.p.89

    19.ObraCitada,p.382

    20.inRT522/90e652/52.

    21.CAHALI,YussefSaid.ResponsabilidadeCivildoEstado.SoPaulo:RevistadosTribunais,1982,p.30

    22. DE ARAJO, Edmir Netto. Da Responsabilidade do Estado por ato jurisdicional. SoPaulo:RevistadosTribunais,1981,p.42

    23.CANOTILHO,JosJoaquimGomes.OproblemadaresponsabilidadedoEstadoporatoslcitos,Almedina,Coimbra,pgs.231esegs.

    24.Obra.citada.,pg.252,nota47.

    25.Obra.citada.,pg.373.

    26. DIAS, Figueiredo e MONTEIRO, Jorge. Responsabilidade Mdica em Portugal, RF289/53.

    27.ObraCitada,pg.145

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