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Ano XXX | ed. 338 | Mai | 2013

Os desdobramentos da desoneração

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Evento aborda a crise dos hospitais privados

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DAS NORMAS DESEGURANÇA

UM DIAGNÓSTICOSOBRE A APLICAÇÃO

Pesquisa realizada pelo SINDHOSP mostra que os estabelecimentos de saúde ainda têm dúvidas

quanto a aplicação da Norma Regulamentadora (NR) no 32 e enfrentam resistências em aplicar a

proibição do uso de adornos, principalmente entre o corpo clínico

Páginas centrais

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Editorial

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siNdHoSP - sindicato dos hospitais, clínicas, casas de saúde, laboratórios de pesquisas e análises clínicas e demais estabelecimentos de serviços de saúde do estado de são paulo • diretoria

| Efetivos • Yussif ali Mere Jr (presidente) • luiz Fernando Ferrari Neto (1o vice-presidente) • george schahin (2o vice-presidente) • José carlos barbério (1o tesoureiro) • antonio carlos de carvalho (2o tesoureiro)

• luiza Watanabe dal bem (1a secretária) • ricardo Nascimento teixeira Mendes (2o secretário) / Suplentes • sergio paes de Melo • carlos henrique assef • danilo ther vieira das Neves • simão raskin

• Marcelo luis gratão • irineu Francisco debastiani • conselho fiscal | Efetivos • roberto Nascimento teixeira Mendes • gilberto ulson pizarro • Marina do Nascimento teixeira Mendes / Suplentes

• Maria Jandira loconto • paulo roberto rogich • lucinda do rosário trigo • delegados representantes | Efetivos • Yussif ali Mere Jr • luiz Fernando Ferrari Neto | Suplentes • José carlos barbério

• antonio carlos de carvalho • escritórios regionais • BAURU (14) 3223-4747, [email protected] | CAMPINAS (19) 3233-2655, [email protected] | RIBEIRÃO PRETO (16) 3610-6529,

[email protected] | SANTO ANDRÉ (11) 4427-7047, [email protected] | SANTOS (13) 3233-3218, [email protected] | SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (17) 3232-3030,

[email protected] | SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (12) 3922-5777, [email protected] | SOROCABA (15) 3211-6660, [email protected] | BRASÍLIA (61) 3037-8919 /

Jornal do SindHoSP | Editora – ana paula barbulho (Mtb 22170) | Reportagens – ana paula barbulho • aline Moura • Fabiane de sá | Produção gráfica – ergon ediitora (11) 2676-3211

| Periodicidade Mensal | Tiragem 17.000 exemplares | Circulação entre diretores e administradores hospitalares, estabelecimentos de saúde, órgãos de imprensa e autoridades. Os artigos assinados não

refletem necessariamente a opinião do jornal | Correspondência para Assessoria de Imprensa siNdhosp r. 24 de Maio, 208, 9o andar, são paulo, sp, cep 01041-000 • Fone (11) 3331-1555, ramais 245 e 255

• www.sindhosp.com.br • e-mail: [email protected]

17 de maio era o prazo para que operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços estabe-lecessem contratos com cláusulas claras de periodicidade e reajuste, segundo o que dispõe a Instrução Normativa (IN) 49, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Publicada em maio de 2012, a IN 49 teve novamente seu prazo prorrogado por mais 90 dias.

Essa norma foi vista por muitos como uma luz no fim do túnel e uma possível solução para os des-mandos e arbitrariedades que se arrastam há anos na relação entre as partes. Esses fatos são amplamente conhecidos por todos, apontados em pesquisas encomendadas pelo SINDHOSP ao DataFolha e Vox Populi, inclusive. Médicos de todo o país também denunciam há anos o que acontece nessa relação “comercial”. O novo adiamento da IN 49 mostra que, infelizmente, a solução para os problemas está longe do fim.

Em São Paulo, associados e contribuintes do Sindicato receberam propostas das operadoras com índices de reajuste insuficientes, como 25% do IPCA (1,57%); 30% do INPC (2,02%); 40% do IPCA (2,52%), ou um reajuste linear de 2%. Diante disso, enviamos ofício à ANS pedindo esclarecimentos. Para nossa surpresa, a Agência informou que a definição dos percentuais de reajuste é de competência exclusiva das partes e que tais propostas estão em conformidade com o que dispõe a IN 49.

Esse posicionamento da Agência atesta que as relações na saúde suplementar estão totalmente desequilibradas. Do jeito que está não chegaremos a lugar nenhum. E para isso precisa-mos de uma atuação mais forte por parte da ANS. Ela precisa exercer com mais rigor a fiscalização e, principalmente, atuar efetivamente como uma agência reguladora de um segmento que engloba não apenas usuários e operadoras, mas também os prestadores de serviços. Sem qualquer um desses atores não existe saúde suplementar. Fingir ou acreditar que 1% de reajuste está bom é virar as costas para os estabelecimentos de saúde.

Se a ANS, por força de lei, não tem competência para atuar como deveria, precisamos mudar a legislação, ampliando seus poderes e revendo sua missão.

presidenteYussif Ali Mere Jr

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EvEnto Em nitErói DEbatE a crise dos hospitais privaDos

O presidente do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, participou de evento, no último dia 17 de maio, em Niterói, Rio de Janeiro, que debateu “A crise nos hospitais privados – Diagnósticos e Soluções”. Organizado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde de Niterói e São Gonçalo, o encontro aconteceu no auditório da Universidade Salgado de Oliveira e reuniu cerca de cem participantes.

Em sua apresentação, Yussif Ali Mere Jr mostrou que o setor de saúde movimenta 9% do PIB no Brasil, ou R$ 396 bilhões. Desse total, 54% dos recursos vêm do setor privado (R$ 213,8 bi) e 46% das três esferas de governo (R$ 182,1 bi). Isso equivale a um investimento público per capita de R$ 938, ou US$ 469, bem abaixo da média mundial, que é de US$ 716. Na saúde suplementar, a receita de contraprestações das operadoras de planos de saúde em 2012 atingiu R$ 95 bilhões, o que dá um investimento per capita de R$ 1.980.

O presidente do SINDHOSP lembrou que o Brasil vive um paradoxo, pois ao mesmo tempo em que tem uma medicina digna de Primeiro Mundo, com hospitais e tecnologias de ponta, há uma crise sem precedentes instalada no Sistema Único de Saúde (SUS) e também no setor privado. “No SUS, os valores pagos não cobrem os custos, o que levou os hospitais filantrópicos a uma situação limite, com dívidas que somam R$ 15 bilhões. Além disso, faltou a definição, na época da aprovação da Emenda Constitucional 29, do investimento da União em saúde”, lembrou Yussif.

A crise do setor privado é retratada com frequência pela imprensa nacional. “Os usuários do sistema não estão satisfei-tos. Ano passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recebeu mais de 210 mil pedidos de informação e 76 mil negativas de cobertura foram registradas. Na outra ponta,

os prestadores também estão insatisfeitos. Vimos movimentos médicos por todo país por melhores condições de trabalho e remuneração e hospitais, clínicas, laboratórios e demais prestadores também têm dificuldades em reajustar valores, sofrem com glosas, demora para autorização de procedimentos, pagamentos, entre outras coisas”.

Nos últimos anos, o número de usuários do setor suplementar subiu e houve redução no número de leitos hospitalares, o que gerou superlotação nos hospitais, principalmente nos prontos--socorros. “Os motivos que levaram ao fechamento de leitos e hospitais são muitos, como a liquidação de operadoras que tinham rede própria, dificuldades de negociação e recomposição das tabelas, margens de lucro muito baixas e problemas de gestão e reposicionamento da empresa no mercado”, lembra Yussif Ali Mere Jr.

SoluçõeS

A Instrução Normativa no 49, que obriga operadoras e prestadores a terem contratos com cláusu-las claras de reajuste e periodicidade, não resolverá os problemas de relacionamento e as dificuldades de negociação entre as partes, segundo Yussif (leia editorial sobre o assunto nesta edição). “A lógica de funcionamento do mercado privado apresenta distorções que são difíceis de corrigir, mas não impos-síveis. E, para isso, todos os players precisam trabalhar com o mesmo foco e engajamento”, alertou.

O recente início do projeto piloto dos novos modelos de remuneração é visto com grande expectativa pelo presidente do SINDHOSP. “Precisamos estabelecer um relacionamento de ganha--ganha não só no setor suplementar, mas também no SUS”, defende. Outros rumos que podem melhorar o cenário da saúde e que foram apontados pelo presidente do SINDHOSP: uma discussão clara e transparente com a sociedade sobre o modelo de sistema de saúde que desejamos para o país, o que levará a uma revisão de algumas questões constitucionais; definição das fontes de finan-ciamento da saúde; debate sobre o novo papel que deveria ser desempenhado pela ANS; parcerias público-privadas; desoneração tributária; e educação e qualificação.

Além de Yussif Ali Mere Jr, o evento contou com apresentação do presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde de Niterói e São Gonçalo, Aécio Nanci Filho. As apresentações foram seguidas de debate.

o presidente do siNdhosp durante o evento

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Quem poderia imaginar, há dez ou vinte anos, que médicos vestidos de jaleco branco sol-tariam bexigas pretas em ato de luto pela saúde, em plena Avenida Paulista? Que sairiam às ruas para reivindicar melhores condições de trabalho e remuneração? Pois este tem sido o cenário da saúde privada brasileira: profissionais mal remunerados, hospitais, clínicas e laboratórios recebendo valores defasados, clientes insatisfeitos. Por isso, pelo terceiro ano consecutivo, os médicos foram às ruas no Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde, 25 de abril. A iniciativa contou ainda com paralisação do atendimento a consultas e procedimentos eletivos, e de outras manifestações realizadas em diversas capitais brasileiras.

A legitimidade do movimento, segundo o presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Florisval Meinão, vem da própria percepção da população, que modificou seu olhar. “Hoje não tem um brasileiro que não saiba que os planos de saúde cobram muito caro, remuneram mal o médico e deixam a desejar nos serviços prestados”, disse. Nesta equação, hospitais, clínicas e laboratórios também saem prejudicados, segundo o presidente do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Junior. “O SINDHOSP tem apoiado o movimento desde o princípio, porque entende que todos os prestadores, hoje altamente dependentes dos atendimentos via planos, passam pela mesma situação aviltante”, declarou. O Sindicato marcou presença na Av. Paulista com faixa e a participa-ção do superintendente Administrativo-Financeiro, Paulo Malafaia, e do coordenador de Saúde Suplementar, Danilo Bernik.

Em frente ao prédio da TV Gazeta foram soltos 10 mil balões pretos, em protesto. De ponta a ponta da Paulista, em todos os semáforos, médicos seguravam faixas com os dizeres “Basta”, “Exigimos remuneração digna”, “Profissionais unidos por melhorias na saúde suplementar”. Este foi o quinto protesto nos últimos 36 meses.

Para o vereador Gilberto Natalini, que esteve na passeata, o maior culpado da situação caótica da saúde suplementar é o governo federal. “O governo está numa posição confortável porque não tem obrigação de vinculação de orçamento para a saúde, enquanto que estados e municípios pagam a conta. Se tivéssemos um sistema público que funciona e paga bem, os hospitais privados, por exemplo, voltariam a atender a saúde pública”.

Por outro lado, planos de saúde exploram o trabalho de toda a cadeia produtiva. Esta é a opinião unânime de lideranças do setor, como a do presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Júnior. “O aumento no número de usuários da saúde suplementar não veio acompanhado por aumento no número de prestadores de serviços e hospitais, o que causa enorme dificuldade de atendimento. Não é possível continuar com um só lado levando vantagem em detrimento dos outros, que são os que sustentam o sistema”, apontou.

As tratativas para melhorar a remuneração, segundo médicos e hospitais, avançaram muito pouco. Segundo o diretor de Defesa Profissional da APM, Marun David Cury, as entidades médicas paulistas têm pleiteado valor de R$ 90 pelas consultas médicas e abrangência plena da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), tanto no que diz respeito à cobertura quanto à remuneração dos médicos. Hoje, uma consulta, em média, vale R$ 46,12 no país. Era de R$ 28 em 2003, dado mais antigo disponibilizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O re-

ajuste no valor das consultas médicas, no período de 2003 a 2011, foi de 65%, segundo a Agência. Em contrapartida, a receita das operadoras cresceu 192%, no mesmo intervalo.

PéSSima relação

A falta de reajuste nos valores das consultas e dos procedimentos é apenas uma das insatisfações de médicos e demais profissionais de saúde. Chama a atenção porque denuncia valores irrisórios, como R$ 5,60 por uma consulta de fisioterapia. Uma pesquisa da APM, realizada com cinco mil profissionais, e que avaliou a relação deles com os planos de saúde mostrou que mais de 80% pensam em se descre-denciar de algum plano de saúde, ou já o fizeram. Também quase 90% desse total avaliaram que os planos de saúde interferem em sua autonomia profissional, praticando glosas indevidas ou lineares, restringindo exames ou procedimentos ou interferindo no tempo de internação. Também a absoluta maioria dos entrevistados (mais de 90%) afirmou não estar satisfeito com a sua remuneração advinda dos planos de saúde. O mesmo alto índice se repete quando perguntados se os reajustes concedidos nos últimos cinco anos, pelos planos de saúde, têm sido satisfatórios para recompor os custos envolvidos na prática profissional. Em relação à existência de cláusulas contratuais que prevejam reajustes periódicos nas remunerações, mais de 90% dos entrevistados afirmaram que esse dispositivo não existe em suas atuais relações comerciais.

“A grande verdade é que a saúde suplementar vive uma crise. Os conflitos existentes entre prestadores e planos hoje

a saúDE Em preto e braNco

a passeata, na avenida paulista

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batem à porta dos consumidores, que enfrentam enormes dificuldades de acesso”, disse Florisval Meinão. Cid Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), acredita que o setor vive imensas contradições. “É um nicho altamente lucrativo, composto por empresas que exploram pacientes e profissionais. Empresas que se negam a assumir

os preceitos contratuais e que são sistematicamente contra os contratos”, disse. A pesquisa da APM foi realizada entre os dias 3 e 14 de abril, com uma base de amostragem que incluiu médicos de 22 especialidades, dentistas e fisioterapeutas.

reflexo na aSSiStência

A situação de desequilíbrio do sistema privado de saúde tem se refletido diretamente na vida dos cidadãos. Uma dico-tomia paira no mercado: enquanto mais pessoas conquistam acesso ao sonhado plano de saúde – engordando as carteiras de clientes das operadoras -, as operadoras de planos de saúde lideram os rankings de reclamação dos órgãos de defesa do consumidor. Isso porque embora tenha crescido a receita dos planos (em média 14% ao ano de 2003 para cá), não houve investimento para ampliar o tamanho das redes que prestam os serviços. Pelo contrário: de acordo com a própria ANS, 127 mil leitos de internação estavam disponíveis na rede privada em setembro de 2012, quase 17 mil (12%) a menos que os disponíveis em setembro de 2009. Enquanto isso, o número de reclamações só cresce: de dezembro de 2002 a setembro de 2012, o número de queixas registradas por usuários praticamente quintuplicou, passando de 16.415 para 75.916, um crescimento de 362%.

As entidades participantes do movimento pela valori-zação, além de irem às ruas e paralisar atendimento, ainda enviaram uma carta às autoridades representativas dos prin-cipais poderes do país, como forma de alerta. O documento descreve o quadro de desequilíbrio do mercado, apontando situações que desrespeitam pacientes e profissionais, como glosas indevidas, restrições de atendimento, descredencia-mentos unilaterais, pacotes com valores prefixados e outras medidas que reduzem a qualidade do atendimento.

sinDHosp rEnova redes sociaisDesde o início de março, as redes sociais do SINDHOSP vêm sendo reformuladas para apresentar

um conteúdo mais interativo e dinâmico aos usuários da internet. A página do Facebook foi a que mais mudou: imagens ilustram matérias sobre dicas de saúde, cuidados em geral e informações sobre o Sindicato e seus associados. Com a renovação, a página do SINDHOSP atualmente se aproxima dos 700 seguidores, que diariamente curtem, comentam e compartilham as postagens em seus perfis e páginas empresariais. Gradativamente as redes do SINDHOSP crescem e chamam a atenção de importantes órgãos e personalidades da área de saúde.

Para iniciar o período de mudança e ressaltar o nome do SINDHOSP na internet, foi lançada uma campanha de prevenção aproveitando o “Dia Mundial do Rim”, comemorado em 13 de março. Com banners interativos, mensagens e dicas de prevenção e cuidados com o órgão, o Face do SINDHOSP atingiu mais de 300 opções “curtir”, cinco mil visualizações às postagens feitas e, em um só dia, foram conquistados novos 60 seguidores. A iniciativa mostrou não só a importância de campanhas como estas para gerar visualizações e novos “amigos” para conhecer o trabalho do Sindicato, como também a carência de informações básicas dos internautas sobre diagnósticos, exames e prevenção de doenças, mesmo com toda a agilidade que as redes trazem hoje em dia.

Outro case de sucesso do Facebook do SINDHOSP, que atingiu somente em um dia mais de 450 mil acessos e visualizações, comentou sobre uma nova cartilha do Ministério da Saúde para diagnóstico e tratamento de crianças autistas. A ilustração da Turma da Mônica com a chamada da matéria foi compartilhada por mais de três mil pessoas e gerou um aumento de cem novos seguidores no Facebook. Pelo Twitter, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, postou em sua página pessoal a indicação do SINDHOSP com o link para download da cartilha educativa.

Além disso, durante as campanhas, o Sindicato contou com a colaboração de personalidades da TV, esporte, rádio e política, que compartilharam os posts e chamaram a atenção de seus amigos e seguidores à página do SINDHOSP. Entre eles destacam-se Reinaldo Gottino (jornalista e apresen-tador da TV Record); Celso Russomanno (jornalista, político e apresentador da TV Record); Alfredo Loebeling (ex-árbitro de futebol e atual comentarista esportivo); Rui Augusto Martins (conselheiro da presidência da OAB); Alberto Hiar (político e dono da marca Cavalera); Aildo Rodrigues Ferreira (político, presidente municipal do PRB); Celso Jatene (vereador e secretário Municipal de Esportes); Sergio Baresi (técnico de futebol de base do São Paulo Futebol Clube) e Ana Paula Favali Orlando (locutora da Rádio Imprensa FM).

Aos poucos, o SINDHOSP vem crescendo na internet. “Esse trabalho só está sendo possível graças à colaboração de nossos seguidores, parceiros e associados, que diariamente nos apresentam ideias e dicas para deixar as redes sociais ainda mais interessantes ao nosso público”, acredita o presi-dente do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr. E você, leitor, já curtiu e seguiu o SINDHOSP online? Acesse www.facebook.com/sindhosp.sp e www.twitter.com/sindhosp e fique por dentro das novidades do setor da saúde!

danilo bernik, Jorge curi, ex-presidente da apM, e paulo Malafaia

Porcentagem de aumento de membros na página do Facebook, por semana

Aumento de membrosna página - porcentagem

OBS.: Cálculo realizadopor semana, durante osmeses de março e abril

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uma quEstão DE seguraNça

A Norma Regulamentadora (NR) 32, criada pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no 485, de 11/11/2005, estabelece diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

Dentre os itens regulamentadores da NR 32, normatizada pela Comissão Tripartite Permanente Nacional (CTPN), está o item 32.2.4.5, letra b, que proíbe os profissionais expostos a agentes biológicos de usar adornos, como alianças e anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal, colares, brincos, broches e piercings expostos. Esta proibição estende-se também a crachás pendurados com cordão e gravatas, segundo o Guia Técnico de Riscos Biológicos do MTE.

Segundo informações recebidas pelo Comitê de Segurança e Saúde Ocupacional (CSSO) do SINDHOSP, formado por profissionais médicos do Trabalho e engenheiros de Segurança das instituições associadas ao Sindicato, os hospitais paulistas estariam enfrentando uma resistência em aplicar a proibição do uso de adornos dentro dos estabelecimentos de saúde, principalmente por parte de seus profissionais médicos. Com a intensificação da fiscalização referente à aplicação da NR 32 pelo MTE, inclusive sobre o uso de adornos, o CSSO, por meio do SINDHOSP, viu a necessidade de realizar uma pesquisa para verificar como os hospitais estão aplicando a legislação e enfrentando as fiscalizações.

Durante pouco mais de um mês (de 10 de abril a 12 e maio), o SINDHOSP disponibilizou em seu site um link para um questionário com dez perguntas específicas sobre a aplicação da NR 32 para os estabelecimentos de saúde, com o intuito de obter informações principalmente quanto ao uso de adereços pelo corpo clínico, considerado um setor diferenciado nos hospitais. “Desde sua implantação, a NR 32 tem trazido uma série de dúvidas. Algumas sanadas por notas técnicas, outras ainda em discussão, com bastante divergência de opiniões das diversas classes de trabalhadores. Um dos pontos mais polêmicos, sem dúvida, é a questão dos adornos, a começar pela própria definição do que eles sejam”, disse a coordenadora do CSSO, Lucinéia Nucci, advogada do departamento Jurídico do Sindicato e integrante da CTPN da NR 32.

As questões da pesquisa, elaboradas pelo CSSO, foram respondidas por 52 hospitais, entre eles, os renomados e maiores do país. “Com essas informações, o CSSO pretende ter instrumentos para debater sobre o cumprimento da norma junto à CTPN e à Comissão Tripartite Permanente Regional do Estado de São Paulo (CTPR-SP), e fazer a defesa da categoria junto ao Ministério do Trabalho por meio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, pois vários estabelecimentos de saúde estão enfrentando fiscalizações com interpretações divergentes, principalmente quanto ao uso de adornos”, explicou Lucinéia.

A justificativa para essas análises discordantes por parte do MTE, segundo a coordenadora do CSSO, é porque há uma dificuldade da fiscalização em identificar as situações onde o trabalhador está exposto a risco biológico a ponto de exigirem a proibição de adereços até mesmo em setores administrativos, que não se comunicam com as áreas de atendimento ao paciente.

A pesquisa começou questionando quando a auditoria fiscal do Ministério do Trabalho com-pareceu ao estabelecimento de saúde e se este foi notificado ou autuado a respeito da proibição do uso de adornos. Do total de respondentes, 25% afirmaram que já foram notificados a respeito do assunto e, aproximadamente, 2% foram autuados. No entanto, 53,8% não passaram por fiscali-zação. “Não existe um consenso entre os auditores fiscais sobre a questão dos adornos e talvez por isso a fiscalização aos hospitais ainda não seja tão efetiva. Mas uma coisa é certa: todos, em algum momento, serão fiscalizados”, disse a representante do CSSO.

Segundo o artigo 156 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a competência de fiscalizar o cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho, bem como impor as penalidades

PESQUISA COMPROVA QUE HOSPITAIS DãO ORIENTAçãO SOBRE USO DE ADORNOS, MAS AINDA FALTA CLAREzA NA LEGISLAçãO

cabíveis por descumprimento das normas em um hospital é das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs) e de suas Gerências Regionais. O comparecimento do auditor fiscal ao estabelecimento de saúde não precisa de aviso prévio e pode ser feito a partir de uma denúncia, devido a irregularidades ou descumprimento das normas, ou mesmo como rotina, como já ocorreu em vários hospitais. As infrações relativas à medicina do trabalho, de acordo com o artigo 201 da CLT, serão punidas com multa de 30 a 300 vezes o valor de referência previsto no artigo 2o, parágrafo único, da lei no 6.205, de 29/4/1975 (correção pelo salário mínimo vigente ou sistema especial de atualização monetária, estabelecido pelo poder Executivo), e as referentes à segurança do trabalho sofrerão multa de 50 a 500 vezes o mesmo valor.

Outro fator que vem deixando o Comitê e os próprios estabelecimentos de saúde apreensivos é a baixa adesão ou resistência dos médicos em cumprir a legislação deter-minada pela NR 32, com relação à questão de adereços no ambiente de trabalho. Isso foi comprovado pela pesquisa, pois quando perguntado se os hospitais possuíam medidas ou procedimento interno específicos sobre a proibição de adornos, 73,6% deram resposta afirmativa, demonstrando uma preocupação com esta questão pela empresa. Mas

Quando a auditoria fiscal compareceuao seu estabelecimento, ela:

Não houvefiscalizaçãonos últimos

tempos

Respondidas: 52 Ignoradas: 0

53,85%(28)

25%(13)

19,23%(10)

1,92%(1)

Já notificoua respeitode adornos

Promoveu afiscalizaçãomas não abordousobre o tema

Já autuou

Seu estabelecimento possui alguma diretriz,norma ou procedimento interno com relação

à proibição do uso de adornos?Respondidas: 38 Ignoradas: 14

OPÇÕES DE RESPOSTA

01020304050

SIM

NÃO

TOTAL

RESPOSTAS73,68%

26,32%

28

10

38

SIM NÃO

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quando questionado sobre a aplicabilidade desta norma es-pecificamente para os profissionais de medicina, este número caiu para 56,7%.

A NR 32 exige que os empregadores proíbam o uso de adornos pelos trabalhadores que estão expostos a riscos biológicos, ou seja, para aqueles que atuam onde há a probabi-

lidade de exposição, em razão do trabalho exercido, a agentes biológicos, aqui se inclui o corpo clínico. O entendimento é que culturas bacterianas podem ser disseminadas por esses ador-nos pelo fato de não serem lavados regularmente e, com isso, o médico transportar e repassar para outros ambientes essas bactérias. Por isso, os que usam esses enfeites são passíveis de penalidades decorrentes de comportamento negligente.

Mas as dificuldades ao cumprimento da norma co-meçam pela falta de clareza na legislação sobre o assunto. Isso também foi comprovado pela pesquisa, que revelou

que 65,7% dos estabelecimentos possuem alguma norma ou procedimento interno específicos detalhando o que é considerado adorno. No entanto, em 34,2% não há diretriz específica, o que para o Comitê de Segurança e Saúde Ocu-pacional demonstra que a adesão dos profissionais às regras estabelecidas pela NR 32 ainda não é suficiente.

Essa também é a opinião do CSSO sobre as respostas para a questão que abordou se existe um acompanhamento por parte dos responsáveis nos hospitais sobre a adesão às normas sobre a proibição do uso de adornos. 62,2% respon-deram que recebem orientação sobre o assunto, e outros 37,8% disseram não.

Aos que responderam positivamente a questão foi dada a opção de dizer qual área faz o acompanhamento da norma. A maioria (56,5%) respondeu ser de responsabilidade do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) ou de competência do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – SCIH (17,4%). Para que haja a resolução deste tema, para o Comitê é necessário maior envolvimento dos gestores dos hospitais. “Trata-se de uma questão institucional que deve ter uma diretriz da alta administração”, ressaltou o CSSO. Em caso de descumprimento da norma, a pesquisa revelou que 45,9% afirmaram aplicar alguma punição independentemente do setor que tenha sido negligente.

No que se refere aos médicos, quando há o desrespeito à legislação, 27,7% informaram que eles são passíveis de penalidades. A primeira medida adotada é o repasse de orientações aos profissionais, pela direção Clínica ou pela gerência da área, seguida de advertência verbal em caso de novo descum-primento. Para o CSSO, este número poderia ser maior se houvesse mais especificações na NR 32 sobre o uso de adornos. “Falta uma uniformização do que é, onde pode ou não ser usado e por quem. Com mais informações os estabelecimentos de saúde terão como exigir e fazer cumprir a norma.”

Um dado importante revelado pela pesquisa é que o Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA) dos hospitais está cumprindo o seu objetivo previsto na NR 32, identificando onde há exposição ocupacional ao risco biológico. 81,3% disseram que a identificação já foi feita, e os locais com maior risco são: posto de enfermagem, centro cirúrgico, pronto-socorro, setor de higiene, medicina diagnóstica e radiologia. “O PPRA é elaborado com base na realidade de cada instituição e como as atividades da assistência direta ao paciente são similares nas áreas referidas, é natural que a maioria dos hospitais tenha em comum as mesmas áreas de risco.”

Se está tudo bem com o PPRA, já não se pode dizer o mesmo do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Apenas 40,6% dos que responderam a pesquisa informaram que no PCMSO há a definição dos setores nos quais os trabalhadores não podem usar adornos. ”O PCMSO deve atuar em sinergia com o PPRA. Ele mostra se as ações de controle no programa de riscos ambientais estão sendo eficazes ou não. O empregador deve exigir que o PCMSO e o PPRA sejam efetuados em conjunto, para evitar a divergência de entendimento e assim poder aplicar a norma corretamente”, afirmou a coordenadora do CSSO.

Como conclusão, o resultado da pesquisa demonstra que existe comunicação e determinação para que não se use adornos no ambiente hospitalar, mas que falta clareza à legislação quanto à sua aplicabilidade aos profissionais que atuam em setores com riscos biológicos.

O SINDHOSP, por meio do seu site, do informativo mensal “Notícias”, onde mantém uma coluna exclusivamente para tratar de NR 32, e da realização de palestras para divulgar a norma, tanto na Capital como no Interior do Estado, procura auxiliar seus associados dando informações e esclarecendo as dúvidas dos gestores através de seu departamento Jurídico. O Sindicato também orienta seus associados, segundo a coordenadora do CSSO, a manter o PPRA em consonância com a realidade do estabelecimento, de modo a verificar efetivamente quais são os trabalhadores que estão expostos a riscos biológicos, para que sejam orientados a não usar adornos nos seus postos de trabalho.

Sobre como o estabelecimento deve agir caso não seja cumprida a determinação pelos traba-lhadores, segundo Lucinéia Nucci, o Sindicato orienta que o estabelecimento deve comunicar ao empregado suas obrigações e penalidades em caso de descumprimento. Para fundamentar a possi-bilidade de ser aplicada a pena de rescisão por justa causa prevista no artigo 482, da CLT, destacam-se os itens 1.8; 1.8.1 e 1.9 da Norma Regulamentadora no 1, que diz que cabe ao empregado cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; usar equipamento de proteção individual (EPI) fornecido pela empresa; submeter-se aos exames médicos previstos nas normas regulamentadoras; e colaborar com a empresa na aplicação das normas. A recusa injustificada do empregado ao cumprimento dessas medidas constitui ato faltoso. A não execução das disposições legais sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação. Para o presidente do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr., “os gestores dos estabelecimentos de serviços de saúde devem estar atentos ao cumprimento da NR 32 por todos os que atuam nos hospitais para evitar penalizações”.

Seu corpo clínico recebe orientações com relação aesta diretriz, norma ou procedimento?

Respondidas: 37 Ignoradas: 15

OPÇÕES DE RESPOSTA

0% 20% 40% 60% 80% 100%

SIM

NÃO

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RESPOSTAS56,76%

43,24%

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SIM

NÃO

Caso a diretriz, norma ou procedimento existentenão seja cumprida, existe alguma punição?

Respondidas: 37 Ignoradas: 15

OPÇÕES DE RESPOSTA

0% 20% 40% 60% 80% 100%

SIM

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RESPOSTAS45,95%

54,05%

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Em Dia

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Páginas 8 e 9 – Desoneração (ATENçãO: pegar 1 coluna da pg 9 para essa matéria – com 2 fotos por e-mail); Projeto piloto (sem foto); agenda regulatória (sem foto)

Em dia

Em dia

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DE olHo na desoNeraçãoA palavra de ordem para

empresas e seus departamen-tos financeiros e de recursos humanos, nos últimos meses, tem sido “desoneração”. Desde 2011, o governo federal vem se empenhando na implantação de uma política de incentivo ao crescimento do país, que inclui desonerar a folha de pagamento de diversos setores da econo-mia. O ritmo se acelerou desde então, e hoje já são 42 setores beneficiados por diversas Medidas Provisórias (MP), que viraram lei. A última MP (de número 582), no entanto, sancionada pela presidente Dilma Rousseff no início de abril, excluiu do benefício os hospitais. A justificativa foi a de que os parlamentares não provisionaram o impacto fiscal da renúncia.

De amplo interesse do mercado, o tema foi o destaque da reunião mensal do Grupo de Recursos Humanos do SINDHOSP (GRHosp), em 15 de maio. No auditório do Sindicato, na Capital paulista, advogados especializados em tributação e Previdência Social levaram ao público os principais desdobramentos da desoneração para o setor de saúde, caso ela vire realidade. Segundo a advogada Ana Camila Oliveira de Godói, do escritório Henares Advogados Associados, esta possibilidade existe. Atualmente, tramita no legislativo a MP 601, que teve aprovação do Senado em 8 de maio. Camila explicou que o texto dessa medida é mutável, e que embora a saúde não conste atualmente na lista

de beneficiados, ela pode ser incluída a qualquer momento, restando então ser sancionada sem vetos pela presidente.

A desoneração proposta pelo governo, segundo a ad-vogada, é acabar com a cota patronal previdenciária de 20% em cima dos salários dos em-pregados constantes em folha. Este recolhimento é substituído pelo pagamento de 1% a 2% do faturamento bruto das empresas.

“O fim da cota patronal de INSS, no entanto, não exclui outros encargos, como recolhimento patronal de 15% na contratação de cooperativas, retenções de 11% em notas de prestadores de serviços, reco-lhimento do SAT – Seguro Acidente de Trabalho -, entre outros”, frisou. Mesmo assim, o benefício pode ser grande para o setor de saúde, um dos que mais sofre impacto com folha de pagamento no país: em média, a folha dos hospitais representa de 60% a 70% dos custos.

PreSente de grego?

Os desdobramentos desta mudança, no entanto, têm reverberado de maneiras diferentes entre os setores que já foram desonerados. “Para alguns segmentos, a desoneração onerou”, destaca Ana Camila. Na área de tecnologia da informação, por exemplo, as micro e pequenas empresas foram prejudicadas, uma vez que empregam pouco, mas obtêm altos faturamentos. “A regra é: quanto mais

se emprega, mais benefício se vai ter com a desone-ração da folha”, afirmou a especialista.

Beneficiado no fim de 2012, o setor do comércio varejista pleiteou a mudança no passado, mas agora quer rever a regra e transformar a migração em algo facultativo. Isso porque, segundo a Fecomércio-SP, para muitas empresas a medida não é vantajosa financeiramente. O órgão apresentou um estudo que mostra que o pagamento de uma alíquota de 1% sobre o faturamento só beneficiará a empresa cuja despesa com funcionários for superior a 5% do faturamento bruto.

Segundo a advogada Ana Camila, foram travados diversos debates sobre a desoneração ser facultativa ou obrigatória, mas prevaleceu a vontade do governo em promover a mudança de forma obrigatória. A alegação é que a medida irá estimular os setores que hoje empregam pouco a abrir vagas formais.

Para a saúde, a mudança da contribuição pode ser vantajosa, segundo os especialistas. Mas será pre-ciso mudança de cultura. “O cálculo da contribuição previdenciária patronal é feito pelo departamento de RH, em cima da folha. Com a desoneração, a base de cálculo muda. O que vai na folha a gente sabe. Mas, e o que vai no faturamento? O assunto é complexo e o RH terá que ter acesso a documentos contábeis da empresa. Será preciso promover um intercâmbio en-tre os departamentos, o que muitas vezes não existe. Sem falar que a forma de pagamento muda, não será mais por meio de guias da Previdência, mas através de DARF [Documento de Arrecadação de Receitas Federais]”, explica Ana Camila. Segundo ela, desde que as mudanças começaram a entrar em vigor, cerca de 30 soluções de consulta já foram encaminhadas à Receita Federal, em busca de esclarecimento sobre o que é faturamento bruto e o que incluir nesta conta. Para esclarecer as dúvidas, a Receita publicou o Parecer Normativo no 3/2012, no qual define o que deve ser incluído e o que não conta como base de cálculo para a contribuição previdenciária em cima do faturamento.

A contratação de muitos serviços terceirizados - como pessoas jurídicas, sociedades uniprofissionais e cooperativas - , e o aumento do faturamento das empresas decorrente da diminuição dos impostos é outra preocupação do setor. “Obviamente, o fatu-ramento das empresas irá subir com a desoneração. E este faturamento sofre tributação de Imposto

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SETE SãO OS EIxOS TEMáTICOS QUE DEFINEM AS AçõES E PRIORIDADES

PARA OS GESTORES, A HORA É DE ABRIR A MENTE E PENSAR EM NOVAS SOLUçõES

proJeto piloto DE novo moDElo DE reMuNeração tEm início

aNs lança nova ageNda regulatória

No dia 29 de abril, representantes de hospitais, operadoras de planos de saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) comunicaram o início do projeto piloto do novo modelo de remuneração. O Grupo de Trabalho (GT) da ANS, composto por especialistas e representantes das entidades de classe – operadoras e hospitais – levou mais de dois anos para definir o novo modelo de pagamento.

O projeto será desenvolvido em duas etapas: aplicação da conta aberta aprimorada e implantação do procedimento gerenciado. “Estamos caminhando para aplicação de duas variáveis do modelo. Os modelos continuam sendo fee-for-service, mas a diferença é que não se tem mais uma conta detalha item a item, mas uma grande compactação no conta aberta aprimorada, com diárias que incluem tudo. Já no procedimento gerenciado, fomos para um modelo de produto fechado. Daí o hospital não vai mais cobrar cada item que foi utilizado na conta, mas vai cobrar como se fosse o antigo pacote, com a diferença que ele não parte só da média de preços que se usava antigamente, mas sim do conhecimento médico, para depois desenhar o preço”, afirma o gerente de Relações com Prestadores de Serviços da ANS, Carlos Figueiredo.

Hospitais e operadoras que participam desse projeto piloto terão até 480 dias (um ano e meio) para implantar as duas etapas que formam o novo modelo e monitorar seu funcionamento para verificar se há alguma necessidade de correção do modelo.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou sua Agenda Regulatória para o biênio 2013-2014. A nova Agenda estabelece sete eixos temáticos, que definem as ações e os projetos prioritários que a ANS irá implementar neste período.

Os sete eixos temáticos são: Garantia de acesso e qualidade assistencial; Sustentabilidade do setor; Rela-cionamento entre operadoras e prestadores; Governança regulatória; Incentivo à concorrência; Garantia de acesso à informação; e Integração da saúde suplementar com o SUS.

A primeira Agenda Regulatória da ANS, implantada no biênio 2011-2012, teve avanços significativos somando 28 projetos, 24 deles totalmente concluídos até dezembro de 2012. Os outros quatro tiveram o escopo ampliado e continuam sendo desenvolvidos pela ANS.

A Agenda Regulatória 2013-2014 foi submetida a consulta pública, discussão na Câmara de Saúde Suplementar e consulta interna na ANS. Desta forma, contou com a participação de diversos setores da sociedade (consumidores, órgãos de defesa do consumidor, médicos, prestadores de serviços, operadoras e suas entidades representativas). “Com a colaboração dos vários setores da saúde suplementar é possível melhorar a qualidade da regulação. A Agenda Regulatória é um instrumento eficaz para o amadurecimento de ações que podem resultar em novas regras para o setor e contribuir para ampliar os avanços na gestão regulatória”, afirma o diretor presidente da ANS, André Longo.

de Renda. É preciso fazer as contas para saber se a mudança vale a pena”, ponderou Nelson Alvarez, coordenador do GRHOsp e consultor em Gestão Empresarial. Uma vez desoneradas, as empresas do setor beneficiado ficam obrigadas a recolher contri-buição sobre o faturamento, e pagam multa de R$ 5 mil por mês-calendário, em caso de não pagamento.

VerbaS indenizatóriaS

Outro tema ligado à possível desoneração do setor saúde são as verbas indenizatórias. Segundo a advogada Andrea Bellentani Cassib Trimont, que esteve na reunião do GRHosp, já é pacificado pelos tribunais superiores brasileiros (STJ e STF) que os pagamentos de caráter indenizatório (como os primeiros 15 dias de afastamento por auxílio-doença, férias, abono pecuniário, 1/3 de férias, salário materni-dade, auxílio creche, entre outros) não devem contar com a contribuição previdenciária patronal, uma vez que não constituem remuneração por prestação de trabalho, possuindo natureza indenizatória, isto é, ressarcem algum dano ou perda ao trabalhador. O pagamento das mesmas, no entanto, ainda é feito pelas empresas, uma vez que a legislação previden-ciária ainda não foi modificada. “Mas as empresas têm entrado com recurso administrativo, e têm conseguido compensar esses créditos, pagos nos últimos cinco anos, período permitido para reaver o que foi pago”, afirmou Andrea. Outras verbas, ainda não pacificadas, mas que já apresentaram pareceres favoráveis às empresas são adicional de periculosidade e insalubridade, horas extras e banco de horas pago na rescisão. “A saída, nesses casos, é entrar com medida judicial. As decisões têm sido favoráveis”, considerou a advogada.

O ponto central deste debate, no entanto, é que com a possível desoneração da folha de paga-mento – que passará a considerar o faturamento das empresas – a restituição das verbas indenizatórias fica impedida. “Os últimos cinco anos que foram pagos mediante os 20% da folha podem ser revistos, mas daqui a cinco anos não será mais possível rever nada. E muitas vezes são valores altos, que salvam empresas”, afirmou Andrea. Segundo ela, muitos empresários, que pertencem a setores que estão na iminência da desoneração, estão agilizando a com-pensação das verbas indenizatórias pagas nos últimos cinco anos. “É importante que as empresas adquiram a cultura de fazer diagnóstico previdenciário e traba-lhista, para identificar oportunidades e contingências. Com tantas mudanças, não dá para olhar o RH hoje como olhávamos há dez anos”, concluiu.

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sinDHosp apoia campanHa para hábitos saudáveis

Praticamente todas as nossas escolhas, ao longo de um dia, reverberam em nossa saúde. Em curto ou longo prazo, as consequências – boas ou más – virão. Optar entre praticar exercícios regularmente ou ser sedentário, comer de forma equilibrada ou não, fumar ou não, beber mais ou menos água, atentar para a postura, caminhar mais ou menos, planejar um filho, usar camisinha, ir ao médico com frequência, tudo isso impacta diretamente as doenças futuras que nos acometerão. E a gravidade das mesmas. Pensando neste princípio, e levando em conta a responsabilidade do profissional médico em transmitir esses valores, a Associação Médica Brasileira (AMB) lançou em São Paulo, em 30 de abril, a campanha Salve Saúde. A ideia é simples: conscientizar a população sobre a importância de, antes de tudo, zelar pelo próprio bem-estar.

“Parece um clichê, algo básico demais falar em cuidar da própria saúde, mas ainda é um tabu para a maioria das pessoas atentar para o fato de que escolher entre ter uma vida mais saudável ou não evitará doenças futuras. No fundo, todo mundo sabe, mas não pratica”, lembra o presidente do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Junior, que esteve no lançamento da campanha, e anunciou apoio do Sindicato ao movimento.

Já lançado em Brasília no final de 2012, o Salve Saúde é uma iniciativa da AMB em parceria com as sociedades de especialidades médicas e com a Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas (ABCD). A união do conhecimento médico permitiu que se produzisse um conteúdo cientificamente seguro, mas com linguagem acessível a todos os públicos. Os textos, reunidos no site www.salvesaude.com.br, também deram origem a uma cartilha, disponível para download no mesmo endereço.

As informações são dicas úteis sobre saúde da criança, da mulher e do homem, saúde bucal, alimentação, cuidados com o coração e odontológicos, tabagismo, alcoolismo, câncer de pele e cuidados com medicamentos, atenção na terceira idade, entre outros.

Para Nise Yamaguchi, coordenadora da iniciativa e médica oncologista, a maioria das doenças que geram filas no sistema de saúde é evitável. “Cabe a nós nos esforçarmos e termos coerência, inclusive para mudar nossos hábitos e contribuir com atitudes saudáveis”, disse, na ocasião do lançamento, em São Paulo. Para ela, o Estado deveria aproveitar a oportunidade e abraçar a causa: “O poder público tem que aproveitar essa ação dos médicos e cirurgiões-dentistas, apoiando o projeto. Nossos hospitais estão entupidos de doentes que poderiam evitar complicações se fossem educados de maneira adequada”.

Florentino Cardoso, presidente da AMB, admitiu que a iniciativa é ousada, uma vez que propõe mudança de cultura. “Para tal, precisamos de ao menos uma geração nova, mas temos que fazer. Precisamos promover saúde com base em dois pilares: atividade física e alimentação”, propôs. “Por

LANçAMENTO ACONTECEU EM 30 DE ABRIL DURANTE ALMOçO, EM SãO PAULO

ser um projeto de longo prazo, temos que dar o primeiro passo investindo pesado na nova geração. Temos que atingir as crianças já na escola, a meta é mudar o conceito das ativi-dades da disciplina de Educação Física, torná-lo mais amplo. Precisamos nos entrosar com a educação e outros setores para levar o Salve Saúde adiante”, finalizou o vice-governador Guilherme Afif Domingos.

O evento em São Paulo contou com a presença de diver-sas autoridades da saúde, deputados, vereadores e prefeitos, e foi seguido de um almoço saudável.

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YussiF ali mErE Jr visita it MídiaO presidente do SINDHOSP visitou, no final do mês de abril, as dependências da It Mídia, na Capital paulista, a convite da empresa, que é responsável pela

publicação da Revista FH – Fornecedores Hospitalares e pelo portal saudebusinessweb.com.br. Ele foi recebido, na ocasião, pelo vice-presidente executivo, Miguel Petrilli; pela diretora executiva Editorial, Estela Lachtermacher; pelo gerente Comercial de Saúde, Marcelo Malzoni Barreto; pela editora do Saúde Web, Verena Souza; e pela editora da revista FH, Maria Carolina Buriti.

Na oportunidade, Yussif Ali Mere Jr apresentou a estrutura do SINDHOSP, responsável pela defesa dos interesses de mais de 30 mil estabelecimentos de saúde privados localizados no Estado de São Paulo. “O encontro serviu para aproximar as duas organizações”, afirmou o presidente do SINDHOSP.

o vice-governador deu apoio à iniciativa

algumas lideranças que participaram do lançamento

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Deu na imprensa

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Durante o mês de abril, os jornais Folha de S. Paulo e Agora publicaram reportagens sobre a longa espera de pais e filhos nas emergências pediátricas particulares da Capital paulista. Os jornalistas percorreram os principais hospitais da cidade que contam com serviço infantil, e constataram espera de até seis horas pelo atendimento na emergência. Procurado pela repórter Fernanda Barbosa, do jornal Agora, o SINDHOSP se posicionou sobre o tema.

O presidente do Sindicato, Yussif Ali Mere Junior, afirmou que o aumento da procura aos prontos-socorros também tem relação com as dificuldades de acesso dos pacientes a consultas e com uma certa desinformação. “É uma questão cultural. Não estamos acostumados, nem a classe médica nem a população, a procurar o clínico-geral no consultório. Costumamos ir a especialistas e, como essas consultas demoram mais, recorremos ao PS”, declarou. Para Yussif, o crescimento do número de pessoas com plano de saúde, reflexo direto na melhora da renda da população brasileira e do número formal de postos de trabalho, são fatores que influenciam no au-mento da procura pelos hospitais particulares.

A reportagem da Folha de S. Paulo, por sua vez, destacou que a superlotação de prontos-socorros infantis não é um pro-blema exclusivamente brasileiro. “Os EUA enfrentam a mesma situação há anos e o diagnóstico é o mesmo: a falha assistencial na rede primária”, cita o texto, uma análise da repórter especial Claudia Collucci. E complementa: “Vários estudos apontam que até 50% dos casos atendidos nas emer-gências infantis não são graves e poderiam ser resolvidos em outros locais menos complexos”.

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Negativa DE cobErtura DEvE sEr FEita por escrito

Desde meados de maio, os planos de saúde que negarem autorização a algum procedimento solicitado pelo médico ou cirurgião-dentista terão que apresentar a justificativa por escrito ao beneficiário que solicitá-la. Após o pedido do segurado, a operadora terá um prazo de 48 horas para apresentar a justificativa da negativa, por correspondência ou meio eletrônico.

“A operadora de planos privados de assistência à saúde deverá informar ao beneficiário detalhadamente, em linguagem clara e adequada, e no prazo máximo de 48 horas contados da negativa, o motivo da negativa de autorização do procedimento, indicando a cláusula contratual ou o dispositivo legal que a justifique”, afirma a norma da ANS, publicada no Diário Oficial em 6 de março. A empresa que deixar de apresentar as justificativas por escrito, após a solicitação do beneficiário, fica sujeita a multa de R$ 30 mil.

iN 49 É prorrogaDa por mais 90 dias

No último dia 16 de maio, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nota ampliando o prazo de cumprimento da Instrução Normativa (IN) no 49 por mais 90 dias para hospitais, clínicas e laboratórios (SADT), a contar de 12/05. Um Grupo de Trabalho montado pela Agência terá 60 dias para estabelecer os parâmetros que serão utilizados para a adequação dos contratos que devem ser celebrados com as operadoras de planos de saúde.

A ANS ressalta que o prazo para adequação dos contratos entre operadoras e profissionais de saúde que atuam em consultório terminou em 12 de maio. “A partir de agora, os critérios de reajuste do pagamento das operadoras para médicos precisam estar em contrato e devem ser respeitados”, diz a nota.

A operadora que não tiver os contratos adequados ao que dispõe a IN 49 poderá ser multada em R$ 35 mil por contrato.

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Nova diretoria Da FEHoEsp toMa posse

A Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo – FEHOESP em-possou sua nova diretoria para o período de 2013 a 2018. O mandato teve início no último dia 13 de maio. Assume a presidência da entidade o médico nefrologista Yussif Ali Mere Jr, atual presidente do SINDHOSP e SINDHORP. Mestre em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, Yussif possui MBA em Economia e Gestão em Saúde pelo Centro Paulista de Economia da Saúde (Cepes), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É também diretor executivo do Grupo Lund de Nefrologia e vice-presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS).

Assumir a presidência da FEHOESP é uma grande responsabilidade e desafio, segundo Yussif Ali Mere Jr. “O SINDHOSP é uma entidade de 75 anos e conhecida por todo o setor da saúde no país, diferente da FEHOESP, que nasceu há pouco e precisa alcançar sua representação, encontrar sua identidade. Por isso, vamos trabalhar e nos esforçar de corpo e alma para que a Federação se torne conhecida e seja reconhecida pelo setor e também pela população. Vamos alçar a FEHOESP à importância que o Estado de São Paulo tem na saúde”, garante o novo presidente da entidade. A FEHOESP completa dez anos de atividades em 2013.

Na avaliação do novo presidente, a Federação já vem, sob a presidência de Marcelo Soares de Camargo, implantando uma série de medidas que vêm contribuindo para que ela galgue degraus importantes e multiplique suas atividades. “Vamos continuar aprofundando essas ações. São Paulo, por ser o Estado mais importante do país, precisa conquistar o espaço político que merece. E esse reconhecimento também está diretamente ligado às atividades desenvolvidas pela FEOHESP junto à Confederação Nacional de Saúde (CNS)”, afirma Yussif Ali Mere Jr, que também é vice-presidente da CNS e participa da entidade de terceiro grau há dez anos.

Para comemorar a posse dos novos dirigentes, foi realizado, no dia 16 de maio, um almoço de confraternização, no restaurante Dinho’s Place, na Capital paulista. Estiveram presentes, além dos novos diretores, colaboradores da Federação e convidados. Confira, no quadro, a composição completa da nova diretoria da FEHOESP.

YUSSIF ALI MERE JR ASSUME A PRESIDêNCIA DA ENTIDADE

diretoria da Fehoesp Quinquênio 2013-2018

diretoria Presidente: Yussif ali Mere Junior1o Vice-Presidente: Marcelo soares de camargo2o Vice-Presidente: roberto Muranaga3o Vice-Presidente: Flávio isaias rodrigues1o Diretor-secretário: rodrigo de Freitas Nóbrega2o Diretor-secretário: paulo Fernando de Moraes Nicolau1o Diretor-tesoureiro: luiz Fernando Ferrari Neto2o Diretor-tesoureiro: José carlos barbérioDiretor-suplente: andré Junqueira santos pessoaDiretor-suplente: hugo alexandre Zanchetta buaniDiretor-suplente: danilo ther vieira das NevesDiretor-suplente: armando de domenico JuniorDiretor-suplente: luiza Watanabe dal benDiretor-suplente: Jorge eid FilhoDiretor-suplente: Michel toufik awad

coNselho FiscalEfetivo: antonio carlos de carvalho, ricardo Nascimento teixeira Mendes e João paulo bampa da silveiraSuplente: Maria helena cerávolo lemos, Fernando henriques pinto Junior e Marcelo luis gratão

delegados represeNtaNtes JuNto à coNFederação NacioNal de saúde – cNs Efetivo: Yussif ali Mere JuniorSuplente: Marcelo soares de camargo

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