DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA
REVISÃO E REDAÇÃO
SESSÃO: 124.4.51.O
DATA: 06/06/02
TURNO: Vespertino
TIPO SESSÃO: Sessão Solene - CD
LOCAL: Plenário Principal - CD
HORA INÍCIO: 16h30min
HORA TÉRMINO: 18h04min
DISCURSOS RETIRADOS PELO ORADOR(A) PARA REVISÃO
Hora Fase Orador Dt. Devol.17:48 HO JOSÉ ANTONIO ALMEIDA
Observações:
CÂMARA DOS DEPUTADOSAta da 124ª Sessão, em 06 de junho de 2002
Presidência dos Srs. ...................................................................
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ÀS 16:30 HORAS COMPARECEM OS SENHORES:
Aécio Neves
Efraim Morais
Barbosa Neto
Severino Cavalcanti
Nilton Capixaba
Paulo Rocha
Ciro Nogueira
Pedro Valadares
Salatiel Carvalho
Enio Bacci
Wilson Santos
CÂMAR A DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINALNúmero Sessão: 124.4.51.O Tipo: Sessão Solene - CDData: 06/06/02 Montagem: Sérgio
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I - ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) - Declaro aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos
trabalhos.
O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior.
II - LEITURA DA ATA
O SR. ..........................................................., servindo como 2° Secretário,
procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações,
aprovada.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) - Passa-se à leitura do expediente.
O SR. ..........................................................., servindo como 1° Secretário,
procede à leitura do seguinte
III – EXPEDIENTE
CÂMAR A DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINALNúmero Sessão: 124.4.51.O Tipo: Sessão Solene - CDData: 06/06/02 Montagem: Sérgio
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O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) - Finda a leitura do expediente, vai-se
passar à
IV - HOMENAGEM
O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) - Esta sessão solene, requerida pelo
nobre Deputado Walter Pinheiro, destina-se a homenagear o Colégio Batista
Brasileiro pelo transcurso do centenário de sua fundação.
Para compor a Mesa, convido o Dr. José Nemésio Machado, Diretor-Geral do
Colégio Batista e Presidente da Associação Nacional de Escolas Batistas — ANEB;
o Sr. Hélio Schwartz Lima, Pastor Presidente da Junta de Educação da Convenção
Batista do Estado de São Paulo; o Sr. Jorge Bezerra, Pastor Associado de Glendale
Baptist Church e da Igreja Evangélica Brasileira no sul de Miami; o Sr. Josué Mello
Salgado, Pastor da Igreja Memorial Batista de Brasília; o Sr. Júlio Sanches, Pastor
Vice-Presidente da Junta de Educação da Convenção Batista do Estado de São
Paulo; e a Sra. Klaudy Garros, Secretária da ANEB. (Palmas.)
Convido todos a ouvirem de pé o Hino Nacional Brasileiro.
(É executado o Hino Nacional.)
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O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) – Ouviremos agora a apresentação do
conjunto Quarteto Aliança, da Igreja Batista de Taguatinga, que apresentará a
música “Cantando Vou”.
(Apresentação musical. Palmas.)
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604
O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) – Convido todos a assistirem à
apresentação do vídeo institucional do Colégio Batista Brasileiro “Cem anos
sintonizados com o futuro”.
(Exibição de vídeo. Palmas.)
CÂMAR A DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINALNúmero Sessão: 124.4.51.O Tipo: Sessão Solene - CDData: 06/06/02 Montagem: Sérgio
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O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) - Sras. e Srs. Deputados, senhoras e
senhores convidados, juventude presente, a comemoração do centenário do Colégio
Batista Brasileiro, no âmbito desta Casa, é homenagem devida não apenas à
excelência de um projeto educacional, mas também ao idealismo dos missionários
religiosos que se dedicaram, ao longo desses cem anos, à formação integral de
várias gerações.
O Colégio Batista Brasileiro é um dos grandes patrimônios da educação no
Brasil. Ali, conjugam-se solidamente os princípios cristãos e os conteúdos
cognitivos, voltados para a formação sadia e integrada do indivíduo, de modo a
prepará-lo para um convívio social proveitoso e responsável. Como meta
institucional, a educação para a cidadania prevalece no ideário do Colégio Batista e
estabelece o horizonte a partir do qual se concebem o conhecimento e a
capacitação profissional.
A grandeza do empreendimento pode ser medida em seus primórdios,
quando o casal de missionários americanos William e Ana Bagby, em 1902, decidiu-
se a criar um colégio evangélico na cidade de São Paulo, que efervescia em meio à
perspectiva de progresso e crescimento industrial. O Colégio Batista, fundado nesse
ambiente, refletia as ambições da época, no sentido da ampliação do campo do
conhecimento e do crescente aprimoramento das práticas profissionais. Mas
buscava, também, oferecer um novo patamar de educação, baseado em uma
concepção mais ampla das potencialidades individuais.
Profundamente ancorado nos fundamentos cristãos da solidariedade e do
respeito ao próximo, o novo colégio, juntamente com outras instituições protestantes
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de ensino, foi responsável por uma verdadeira revolução nos padrões educacionais
em vigor no Brasil de então, pela abolição dos castigos físicos em sala de aula e
pela adoção de métodos intuitivos e objetivos, que valorizavam o indivíduo e suas
aptidões naturais.
Transferido para a sede definitiva em 1923, onde até hoje realiza suas
atividades, o Colégio Batista Brasileiro vem consolidando uma tradição de ensino
que ultrapassa os limites do Estado de São Paulo e repercute em todo o País.
Considerando que educação se faz a partir do conhecimento da realidade do
indivíduo e da sociedade, buscando a realização do aluno na interação dos aspectos
mental, físico e emocional, o Colégio desenvolveu uma prática integrada de
aquisição de conteúdos e experiências, que promovem a criatividade, a
independência e a autonomia de pensamento. Os alunos são incentivados a
descobrir suas próprias habilidades e perspectivas, nas áreas de ciência, arte e
humanidades, mas sempre orientados pelos valores de coletividade e cidadania.
São, assim, exercitados para a participação social crítica e responsável, tendo em
vista a transformação dos modelos vigentes segundo os parâmetros da democracia
e da justiça social.
Este o maior mérito do Colégio Batista Brasileiro: combinar, harmoniosa e
interativamente, educação religiosa, cívica e cognitiva, numa proposta pedagógica
que tanto valoriza a pessoa humana, do ponto de vista intelectual e espiritual,
quanto prepara o cidadão, no que se refere a seu papel e responsabilidade em
relação ao corpo social.
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Nossos sinceros cumprimentos, pois, à direção e à equipe de professores do
Colégio Batista Brasileiro, com especial menção à memória dos fundadores e
precursores, pela contribuição inestimável que têm prestado à educação no Brasil,
nesse esforço que perdura há um século. Nossos cumprimentos, ainda, aos alunos
de ontem, hoje e sempre, cujo envolvimento com um projeto de tamanha
abrangência e importância tem-se mostrado exemplarmente profícuo, voltado para
os maiores e mais legítimos interesses deste País. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) - Concedo a palavra ao nobre Deputado
Walter Pinheiro, autor do requerimento. S.Exa. dispõe de dez minutos.
O SR. WALTER PINHEIRO (PT-BA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,
Deputado Paulo Rocha, que, juntamente com os Deputados Gilmar Machado e este
Parlamentar, propôs a realização desta sessão solene em homenagem à educação
batista no Brasil, aqui representada pelo Colégio Batista Brasileiro; Prof. Dr. José
Nemésio Machado, Diretor-Geral do Colégio Batista Brasileiro e Presidente da
Associação Nacional de Escolas Batistas — ANEB; Pastor Hélio Schwartz Lima,
Presidente da Junta de Educação da Convenção Batista do Estado de São Paulo;
Pastor Jorge Bezerra, que abrilhanta esta festa com sua presença e com quem tive
oportunidade de conviver parte de minha infância, adolescência e juventude na
Igreja Batista dos Mares, em Salvador, ainda que seja um pouco mais velho do que
eu — a propósito, o Pastor Jorge Bezerra lança hoje seu livro “Terceiro Milênio” e
atualmente está evangelizando nos Estados Unidos, inicialmente em Boston, em
seguida em Miami, com o grande desafio de lidar com brasileiros que se têm
deslocado para aquele país com a dura e árdua tarefa de sobreviver em solo
americano; Pastor Josué Mello Salgado, da Igreja Memorial Batista e ex-Pastor da
Igreja Batista da Pituba, igreja da qual faço parte, portanto, quase um irmão, é uma
honra e um prazer tê-lo nesta sessão e, em particular, vê-lo pastoreando a Igreja
Memorial Batista, em Brasília; Pastor Júlio Sanches, Pastor Vice-Presidente da
Junta de Educação da Convenção Batista do Estado de São Paulo; Sra. Klaudy
Garros, Secretária da ANEB — não poderia faltar representação feminina nessa
Mesa, trazendo o brilhantismo da sua presença; Srs. Pastores e irmãos; jovens
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estudantes do Colégio Batista Brasileiro; senhoras e senhores, gostaria de iniciar
meu pronunciamento voltando à tese do protestantismo, em vez de contar a história
dos batistas, tarefa essa cumprida pelo Colégio Batista Brasileiro e pelas igrejas.
Desde o século XVI, quando Lutero expôs suas posições teológicas, duas
características fundamentais apontaram o caminho para o protestantismo no mundo:
liberdade e fé, que caminharam numa direção e foram lastreadas em pressupostos
teológicos e filosóficos.
Portanto, a visão dos batistas ao longo dos anos em solo brasileiro foi
teológica, mas não se distanciou da Palavra de Deus, a palavra escrita. Todas as
vezes que participo nesta Casa de sessões solenes nas quais tratamos do
Evangelho, do papel de entidades ou de igrejas, não deixo de fazer da tribuna o
registro desta peça de fundamental importância nas nossas vidas, a Palavra de
Deus. Nunca deixo de ler aqui um trecho da Bíblia, para não perder a oportunidade,
ao falar nesta Casa para diversos lugares do Brasil, de dizer que esta é a verdadeira
palavra: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Aqui está a Palavra de
Deus, escrita por homens inspirados por Deus e que todos conhecemos como a
Bíblia.
Lerei os versículos 24 a 27 do Capítulo 7 do Evangelho de Mateus:
“24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas
palavras e as pratica será comparado a um homem
prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
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25 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram
os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que
não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.
26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras e
não as pratica, será comparado a um homem insensato,
que edificou a sua casa sobre a areia;
27 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram
os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela
desabou, sendo grande a sua ruína”.
Fiz questão de ler esse trecho para associá-lo a essa empreitada dos batistas
no Brasil, de divulgação das Escrituras Sagradas, no cumprimento da Palavra, além
do cumprimento de outro ensinamento da Bíblia, escrito em Provérbios: “Ensina o
menino no caminho em que deve andar, porque quando crescer jamais se desviará
dele”.
Esse foi o propósito de seminaristas, missionários, evangelistas e daqueles
que, ao longo da história, andaram pelo mundo disseminando essa boa notícia que
chegou ao Brasil.
No dia 15 de outubro, foi inaugurada a primeira Igreja Batista do Brasil, em
Salvador, seguindo a linha do conhecimento das Escrituras, da superação das
dificuldades, ensinando o caminho em que devem andar seus fiéis, orientando-os
através da Palavra. Os batistas não se contentaram em anunciar o Evangelho. Era
necessário formar, educar e alfabetizar mais e mais pessoas para que o Evangelho
pudesse continuar sendo a boa notícia lida e ouvida.
CÂMAR A DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINALNúmero Sessão: 124.4.51.O Tipo: Sessão Solene - CDData: 06/06/02 Montagem: Sérgio
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Também faço referência a essa passagem porque, nas igrejas, estudamos
desde a Escola Bíblica Dominical. Tenho como exemplo, Pastor Nemésio, minha
mãe, que nos criou no Evangelho. Em minha casa, havia uma peleja. Meu pai
mandava-nos para a igreja, mas não ia. Ontem fez três anos que ele faleceu, mas,
antes de morrer, meu pai aceitou Jesus.
Minha mãe dizia que ensinaria os filhos na igreja, dando-nos formação cristã.
Ela é semi-analfabeta, mas lê a Bíblia como ninguém. Aprendeu a manusear o livro
da palavra da verdade como diversas pessoas que entram para as igrejas do País.
Com essa experiência, venceu o analfabetismo e contrapôs-se, à época, a uma
educação que direcionava, que não permitia horizontes, mostrando a mesma
ousadia do casal William e Ana Luther Bagby, que vieram para o Brasil sem
recursos, sem aportes, mas com coragem, fé e determinação.
A visão de liberdade fez o casal iniciar esse trabalho, e a corajosa esposa do
missionário aceitou o desafio de abrir nova frente educando os batistas do Brasil e
seus filhos, dando-lhes oportunidade de aprender e conhecer.
Os batistas têm-se destacado, ao longo desses anos, pela determinação de
trabalhar com a educação, pela preocupação com o ensino e pela ocupação do
espaço relacionado à escola, o que costumamos chamar de educação secular.
Nunca nos descuidamos dela e a associamos à educação cristã. Tanto é verdade
que, em 1911, no chamado Plano Qüinqüenal, Rivadávia Correia deixou claro que
era necessário abrir anexos. Para ele, as igrejas deveriam adotar como atividade a
consagração de classes escolares. Vivi essa experiência, e o Pastor Jorge Bezerra
lembra-se muito bem dessa época.
CÂMAR A DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINALNúmero Sessão: 124.4.51.O Tipo: Sessão Solene - CDData: 06/06/02 Montagem: Sérgio
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Na Igreja Batista dos Mares, primeira igreja que freqüentamos, usávamos
permanentemente a sala da biblioteca, as salas da igreja ou a sala da embaixada —
éramos chamados embaixadores do rei —, onde aprendemos e trocamos
experiências. Durante muito tempo fizemos do espaço interno da igreja o espaço
para ensino secular, formação de cursos e troca de experiências.
Portanto, foi nesse caminhar e desafio que a educação no Brasil ganhou a
marca dos batistas, não pura e simplesmente como marco de uma denominação ou
para dizer que tínhamos uma escola exclusivamente para contrapor o ensino
católico. Foi para desafios maiores, que podem ser vistos hoje nesta homenagem a
uma escola batista centenária que já deu passos significativos, que se tornou
faculdade, avançando no 3º grau, combinando as ações.
Nesta sessão de hoje temos o desafio de louvar o papel de diversas pessoas
ao longo desse tempo. Sempre que tratamos de centenário ou de aniversário,
registramos o nome das pessoas que iniciaram o processo, porque é importante não
retirar da nossa memória que, em tempos muito árduos, pessoas faziam funcionar
experiências brilhantes, desafiadoras, como o Colégio Batista Brasileiro. Essa
memória tem de servir para nos mostrar como a Ana Bagby teve a coragem e a
disposição de produzir o início desta grande obra.
Hoje temos o desafio da Internet, dos vários veículos de comunicação à
nossa mão, do aparato tecnológico para continuar esse trabalho. Não podemos
deixar que a palavra da verdade seja substituída para não perdermos a grande
orientação no nosso ensino, que virá deste livro, o livro da vida, que nos ensina a
caminhar.
CÂMAR A DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINALNúmero Sessão: 124.4.51.O Tipo: Sessão Solene - CDData: 06/06/02 Montagem: Sérgio
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Para nós, Sr. Presidente, é motivo de muita alegria poder comemorar cem
anos de uma experiência inovadora e revolucionária. Se queremos liberdade, se
partimos do princípio de que nossas teses teológicas ou filosóficas precisam estar
na sociedade, temos de saber que não é possível que uma sociedade experimente
essa porção salvadora sem ter conhecimento. Não há mudança profunda na
sociedade sem que o conhecimento seja estabelecido. Não há possibilidade de
estabelecermos marcos, sejam eles democráticos, sejam revolucionários, sem
alterarmos os métodos adotados, sem que superemos a crise do analfabetismo, a
ignorância, a cegueira, a incapacidade de lidar com as palavras, com o
entendimento e, portanto, com a consciência. Isso só se faz com a educação.
Concluo minha intervenção lendo mais um trecho da Bíblia que se encontra
em Isaías, Capítulo 54, verso 2:
“2 Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo
da tua habitação, não o impeças; alonga as tuas cordas e
firma bem as tuas estacas.
3 Porque transbordarás para a direita e para a
esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará
que se povoem as cidades assoladas.”
Que assim seja nessa experiência de cem anos do Colégio Batista Brasileiro,
para que ele continue ensinando a verdade que nos liberta, não a percepção ou o
conhecimento do homem atual. Que permanentemente em nossas vidas o
ensinamento e a Palavra de Deus sejam mais importantes.
Amém. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) - Registro as presenças dos Srs. Mateus
Esteves dos Santos, Pastor Presidente da Terceira Igreja Batista do Plano Piloto;
José Júlio dos Reis, Presidente da Sociedade Cultural Evangélica de Brasília; e
Marlene Berloffa, Secretária da Direção-Geral do Colégio Batista Brasileiro.
(Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Paulo Rocha) - Concedo a palavra ao nobre Deputado
Arolde de Oliveira, pelo PFL.
O SR. AROLDE DE OLIVEIRA (PFL-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente; nobres colegas Parlamentares; Prof. José Nemésio, Diretor-Geral do
Colégio Batista de São Paulo, na pessoa de quem saúdo todos os educadores
presentes; ilustre e querido amigo Pastor Jorge Bezerra, com quem tive o privilégio
de conviver há muitos anos na igreja de Nilópolis e na Primeira Igreja Batista de
Niterói, para onde se costumava trazer grandes conferencistas, entre os quais o
nosso querido Russel Shedd, e onde há muitos anos participei de dois ciclos de
conferências muito importantes, que até hoje marcam minha vida; minha querida
amiga Profa. Klaudy Garros, grande lutadora que muitas vezes trouxe a esta Casa
assuntos de interesse legítimo dos educadores e educandários batistas, em seu
nome quero saudar as mulheres batistas, as mulheres que nos visitam e os jovens
que integram esse lindo coral; senhoras e senhores.
Agradeço ao meu Líder, Deputado Inocêncio Oliveira, que me prestigiou com
a indicação para, nesta sessão solene, fazer o registro do reconhecimento do PFL
ao esforço e à contribuição dos batistas na área da educação em nosso País.
Registro que, mesmo não tendo S.Exa. feito a indicação, eu estaria aqui aparteando
talvez o Deputado Walter Pinheiro, para homenagear essa obra de educação dos
batistas no Brasil, que tanto aprendemos a respeitar.
Sr. Presidente, fico muito feliz em participar desta sessão solene, convocada
por três Deputados da Casa, estando à frente, como autor do requerimento, o
Deputado Walter Pinheiro, secundado pelos prezados colegas Deputados Paulo
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Rocha e Gilmar Machado. Ainda temos na Casa outros quarenta Deputados
evangélicos, sendo talvez dez batistas.
Eu me sinto muito prestigiado com esta homenagem ao centenário do Colégio
Batista Brasileiro, que simboliza toda a visão missionária dos batistas, desde a
Europa, quando foram para os Estados Unidos, e de lá vieram para o Brasil.
Entre os primeiros missionários, cito o casal William e Anne Bagby, que
fundou o Colégio Batista Brasileiro no Estado de São Paulo e que nós, batistas,
desde nosso discipulado na Igreja e depois na Escola Bíblica Dominical,
aprendemos a reverenciar e a reconhecer.
Naturalmente foi uma ação missionária com a visão da grande síntese do
mandamento de Deus: amar a Deus sobre todas as coisas — aí no sentido da
adoração, do cumprimento da missão da Igreja — e ao próximo como a ti mesmo —
aí no sentido da compaixão pelo próximo, da preocupação social e do compromisso
social da Igreja. Foi nesta dimensão do compromisso social da Igreja que o casal de
missionários americano decidiu fundar o Colégio Batista Brasileiro no Estado de São
Paulo.
Sr. Presidente, afirmo, com muita alegria, que num País de dimensões
continentais como o nosso existem hoje instituições batistas em todos os Estados,
em todas as principais cidades de todas as regiões do Brasil. Agradeço a Deus
porque os batistas estão por todo o Brasil.
Como disse o meu querido colega Deputado Walter Pinheiro, que preside
esta sessão, a primeira Igreja Batista no Brasil foi fundada em Salvador, há 110
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anos. Esses missionários americanos estavam presentes e sua visão foi totalmente
cumprida e, por certo, continuará sendo cumprida em nosso País.
O PFL é um partido que tem como fundamento o binômio educação e
emprego. Seu programa fundamenta-se nessa filosofia de princípios.
Além disso, o partido entende a importância de uma sociedade organizada
democraticamente, mas cristocêntrica, que tenha como fundamentos orientadores
os princípios filosóficos, éticos e morais que emanam da Bíblia Sagrada.
Como batista, dou graças a Deus por participar desta sessão. Como bem
disse o Deputado Walter Pinheiro no início de seu discurso, esta sessão solene
simboliza não apenas o centenário de fundação do Colégio Batista Brasileiro do
Estado de São Paulo. Vai mais além. Representa a contribuição dos batistas à
sociedade brasileira.
Sou grato a Deus e aos batistas do Brasil, porque represento um partido
nesta Casa do povo e posso saudar essa instituição educacional de tão grande
valor.
Peço a todos os presentes uma salva de palmas aos educadores batistas do
passado, do presente e que estão se formando para o futuro.
Muito obrigado. (Palmas.)
Durante o discurso do Sr. Arolde de Oliveira, o Sr. Paulo
Rocha, 3º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que
é ocupada pelo Sr. Walter Pinheiro, § 2º do art. 18 do
Regimento Interno.
CÂMAR A DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINALNúmero Sessão: 124.4.51.O Tipo: Sessão Solene - CDData: 06/06/02 Montagem: Sérgio
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O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Antes de chamar o próximo orador,
quero fazer alguns registros.
Após esta sessão, teremos na Câmara dos Deputados o lançamento do livro
“Terceiro Milênio. E agora?”, baseado no texto “...as coisas em breve hão de
acontecer”, Apocalipse 22:6, de autoria do Pastor Jorge Bezerra, que estará no
Espaço Cultural para fazer sessão de autógrafos.
Registro também que recebi, da Universidade Metodista de Piracicaba, fax
com o seguinte teor:
“A Reitoria da Universidade Metodista de
Piracicaba agradece, honrada, o convite para sessão
solene em homenagem ao Centenário do Colégio Batista
Brasileiro, de São Paulo, promovida pela Câmara dos
Deputados.
Valemo-nos da oportunidade para transmitir a
V.Exa. nossos cumprimentos pela iniciativa,
solidarizando-nos na justa homenagem prestada a essa
Casa de Ensino, dada a sua relevância para a formação
de cidadãos e cidadãs do nosso País. Estará nos
representando, nesta oportunidade, a Profa. Klaudy
Garros, Secretária Geral da ABIEE.”
Recebi também, do Seminário Teológico Batista do Nordeste, a seguinte
correspondência:
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"Por razões diversas da minha vontade e
completamente fora de meu controle, não posso me fazer
presente à sessão solene alusiva aos cem anos do
Colégio Batista Brasileiro. Contudo, quero externar minha
gratidão pelo convite, entendendo ser este um marco
histórico tanto para os batistas brasileiros quanto para
essa Casa.
Sinto-me feliz em perceber que esse Parlamento,
representante do povo brasileiro, não perdeu de vista as
ações significativas de segmentos da sociedade, que
buscam dar sua parcela de colaboração para a
construção de um Brasil melhor, mais justo e igualitário.
Os batistas têm por certo dado sua colaboração nesse
sentido, e esta tem sido significativa.
Nós, do Seminário Teológico Batista do Nordeste,
expressamos aqui o nosso compromisso em prosseguir
na missão de formar homens e mulheres, educando-os
nos princípios da cidadania e do Reino de Deus, na
esperança de ver sempre um presente e um futuro mais
digno para nosso povo, especialmente nosso povo
nordestino.”
Assina o Dr. Ágabo Borges de Sousa, Reitor do Seminário Teológico Batista
do Nordeste.
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Registro ainda o pronunciamento do Deputado Gilmar Machado, que compõe
a bancada do Partido dos Trabalhadores e é também da Igreja Batista da cidade de
Uberlândia.
S.Exa. deixou seu pronunciamento saudando este momento solene em
homenagem aos cem anos do Colégio Batista Brasileiro.
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O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Pedro Celso, pelo PT.
O SR. PEDRO CELSO (PT-DF. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente
Walter Pinheiro, meu amigo e companheiro de bancada, parabenizo V.Exa. e o
Deputado Gilmar Machado pela realização desta sessão de homenagem ao Colégio
Batista Brasileiro e saúdo o Prof. José Nemésio Machado, Diretor-Geral do Colégio
Batista e Presidente da Associação Nacional de Escolas Batistas — ANEB; o Sr.
Hélio Schwartz Lima, Pastor Presidente da Junta de Educação da Convenção
Batista do Estado de São Paulo; o Sr. Jorge Bezerra, Pastor Associado de Glendale
Baptist Church e da Igreja Evangélica Brasileira no sul de Miami; o Sr. Josué Mello
Salgado, Pastor da Igreja Batista Memorial em Brasília; o Sr. Júlio Sanches, Pastor
Vice-Presidente da Junta de Educação da Convenção Batista do Estado de São
Paulo; e a Sra. Klaudy Garros, Secretária da Associação Nacional de Escolas
Batistas — ANEB.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores convidados, é
com muita honra que, representando o Partido dos Trabalhadores nesta tarde,
participo desta sessão solene da Câmara dos Deputados para homenagear o
Colégio Batista Brasileiro.
Ao completar um século de atividades desenvolvidas desde a sua fundação,
em 1902, na cidade de São Paulo, o Colégio Batista Brasileiro tem a comemorar a
construção e a consolidação de uma sólida estrutura educacional, merecedora do
respeito de toda a sociedade brasileira.
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Implementando, desde o início, princípios e conceitos ético-pedagógicos
harmonizados com uma educação essencialmente cristã, os primeiros educadores
do Colégio Batista Brasileiro foram responsáveis pelas poucas inovações ocorridas
na educação durante as primeiras décadas do Brasil republicano, abolindo o uso da
palmatória, varadas e puxões de orelha e decidindo que o ensino seguiria métodos
intuitivos e objetivos.
Essas alterações no relacionamento escola/aluno, sem sanções físicas e
psicológicas, são simbólicas e podem ser consideradas como um marco no processo
de modernização do sistema educacional em nosso País, lembrando, Sr. Presidente,
que ocorreram no início do século XX, quando as cidades brasileiras,
particularmente São Paulo, começavam a conhecer a iluminação elétrica, que vinha
substituir os lampiões de gás, e inauguravam as primeiras linhas urbanas de bonde.
Alicerçado em princípios pedagógicos que visam à formação integral do ser
humano em suas dimensões biológica, social, psicológica, moral, intelectual e
espiritual, o Colégio Batista Brasileiro tem como base de sua filosofia educacional o
respeito aos princípios cristãos e visa a promover nos educandos uma consciência
crítica, indispensável para a formação de cidadãos cientes de seu papel na
construção de uma sociedade que prime pela defesa da justiça social.
Colocando em prática os princípios que o norteiam, o Colégio Batista Brasileiro
é reconhecido por respeitar os valores democráticos e incentivar o exercício da
liberdade responsável, sempre na perspectiva de que a escola é um dos pilares de
formação do indivíduo para o exercício da cidadania crítica e cristã.
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No coração de seus alunos, dos atuais e dos que já passaram pelas suas salas
de aula, o hino do Colégio Batista Brasileiro, “Alma Mater”, letra de Rubens Gióia
Martins e música de Carlos Purgallis, ressoa como um chamado à missão de todo
cristão e reforça a certeza de que a busca pelo conhecimento é vã, se dissociada da
busca maior que nos leva a Deus, tendo Jesus Cristo como Salvador de todos os
homens. Em alguns de seus trechos, ressaltando a identificação de cada aluno com
o Colégio e a ciência maior que nos chega pela fé, o hino ensina:
“O nosso Colégio Batista,
Tem no seio feraz glórias mil,
E há de certo levá-las um dia
Aos recantos de todo o Brasil (...)”
“É a ciência, é a fé, é a glória,
Nossos alvos na luta sem fim,
Fé que um dia nos chegue a vitória,
Ao som do celeste clarim”
E é com uma história secular, sempre identificada com a mensagem de Jesus
Cristo, Sr. Presidente, que o Colégio Batista Brasileiro se coloca como merecedor do
respeito da sociedade brasileira e, hoje, neste plenário da Câmara dos Deputados,
como “profetiza” seu hino, chega aos recantos de todo o Brasil, recebendo nossas
homenagens, que são extensivas a seu atual Diretor-Geral, Prof. José Nemésio
Machado, a todos os funcionários, ao corpo docente e a cada um de seus alunos.
Parabéns ao Colégio Batista Brasileiro!
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Parabéns aos brasileiros, por poderem contar com uma instituição
educacional secular, tão moderna e tão atuante!
Nossas congratulações. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Agradecemos ao Deputado Pedro
Celso.
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O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Registro as presenças das seguintes
autoridades: Pastor Abimael Putumunjum Ribeiro, Diretor-Executivo da Convenção
Batista do Distrito Federal; Pastor Ranulfo do Nascimento, da Congregação Batista
do Riacho Fundo e representante da Junta de Missões Nacionais; Diácono José
Luís, representante da Primeira Igreja Batista de Nilópolis, Rio de Janeiro; Pastor
Guinter Carlos O. Maia, da Igreja Batista Liberdade, Taguatinga, Distrito Federal;
Nelson Andrade Pacheco, líder do Quarteto Aliança; Ester Marcelino Oliveira,
regente do coro de adolescentes da Igreja Memorial Batista do Distrito Federal; Ana
Nilce Lira, Secretária-Geral do Colégio Batista Brasileiro; Evandro Batista dos
Santos, Conselheiro da Associação Brasileira de Instituições Educacionais
Evangélicas; Prof. Aguinaldo Carvalho, Presidente da Editora Claris, que teve a
honra de editar o livro do Pastor Jorge Bezerra.
Acuso recebimento de correspondência do Gabinete do Governador do
Estado de São Paulo no seguinte teor:
“Incumbiram-me o Exmo. Sr. Governador Geraldo
Alckmin e Senhora de encaminhar os agradecimentos ao
honroso convite para assistirem à sessão solene de
homenagem ao Colégio Batista Brasileiro, às 16h do dia
06/06/2002.
Na certeza de que o evento, ao qual infelizmente
não poderão comparecer, será revestido de êxito,
cumprimentam V.Sas., solicitando-lhes ainda a gentileza
de serem os portadores dos parabéns ao Deputado
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Federal Walter Pinheiro pela iniciativa e demais
responsáveis pela realização.”
Assina o Secretário Particular do Governador do Estado de São Paulo,
Antonio Carlos Rizeque Malufe.
Recebi ainda telegrama do MEC no seguinte teor :
“Impossibilitado de estar presente devido
compromissos anteriormente agendados nesta data,
agradeço convite sessão solene homenagem centenário
Colégio Batista Brasileiro de São Paulo. Na oportunidade
apresento cumprimentos e formulo votos de êxito ao
evento. Francisco César de Sá Barreto, Secretário de
Educação Superior do MEC.”
O Sr. Lúcio Almeida de Souza Lima encaminhou-nos correspondência, em
nome do Ministro de Educação, Paulo Renato, agradecendo o convite para participar
desta sessão solene em homenagem ao Colégio Batista Brasileiro do Estado de São
Paulo.
Impossibilitado de comparecer devido a compromissos agendados
anteriormente, o Sr. Ministro formula votos de pleno sucesso ao evento.
Acuso também recebimento de correspondência da Assembléia Legislativa do
Estado de São Paulo, Gabinete da Presidência, no seguinte teor:
“Em nome do Exmo. Sr. Presidente, Deputado
Walter Feldman, agradeço o convite para a sessão solene
em homenagem ao Colégio Batista Brasileiro.
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Impossibilitado de comparecer por compromissos
anteriormente agendados, S.Exa. envia cordiais
cumprimentos.
Atenciosamente,
Carlos Takahashi (Diretor de Cerimonial)”
Esse documento foi endereçado à Junta de Educação da Convenção Batista
do Estado de São Paulo.
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O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Concedo a palavra ao nobre
Deputado Serafim Venzon, pelo PTD.
O SR. SERAFIM VENZON (Bloco/PDT-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.
Presidente, Deputado Walter Pinheiro, Líder do PT da Bahia, Estado onde se iniciou
no Brasil a Igreja Batista; Sr. Deputado Paulo Rocha, 3º Secretário, que dá brilho e
importância à Mesa Diretora da Câmara; Sras. e Srs. Deputados evangélicos ligados
à Igreja Batista; Prof. José Nemésio Machado, Diretor-Geral do Colégio Batista e
Presidente da Associação Nacional das Escolas Batistas; Sr. Hélio Schwartz Lima,
Pastor Presidente da Junta de Educação da Convenção Batista do Estado de São
Paulo; Sr. Jorge Bezerra, Pastor associado da Glendale Baptist Church e Pastor da
Igreja Evangélica Brasileira, no sul de Miami; Sr. Josué Mello Salgado, Pastor da
Igreja Batista Memorial em Brasília; Sr. Júlio Sanches, Pastor Vice-Presidente da
Junta de Educação da Convenção Batista do Estado de São Paulo; Sra. Klaudy
Garros, Secretária da Associação Nacional das Escolas Batistas — ANEB; senhoras
e senhores pastores presentes a esta sessão, senhoras e senhores da Igreja Batista
de todo Brasil que acompanham esta cerimônia pelos meios de comunicação da
Casa, alunos do Colégio Batista aqui presentes e demais alunos que compõem a
grande rede educacional do Colégio Batista Brasileiro, venho, em nome do PDT,
trazer o reconhecimento do Congresso Nacional às ações que esta Igreja tem
prestado à Nação brasileira.
Certamente, olhando para trás e vendo a estruturação social brasileira, com
suas grandes obras, apesar das deficiências, questionamo-nos sobre quem teria
feito tudo isso. Não é fácil identificar quem realizou uma a uma essas obras. Talvez
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seja tão difícil quanto querer descobrir que grãos de trigo fazem determinado pão.
Mas temos uma certeza, senhores pastores, senhores membros da Igreja: no meio
desta massa há um número pequeno mas importante de grãos que serviram de
fermento para todos os demais na construção da nossa sociedade. E nesse
fermento que fez e faz o pão, que faz a Nação brasileira, não apenas do ponto de
vista religioso, incluímos todas as igrejas e, de forma especial, a Igreja Batista, que
vem prestando belo serviço à Nação.
Além da promessa de que aquele que segue os ensinamentos cristãos terá a
vida eterna, no céu — uma esperança para todos os que nisto acreditamos —, há a
de que teremos, aqui, uma boa qualidade de vida.
A Igreja Batista, espalhada por todo o Brasil, especialmente em meu Estado,
Santa Catarina, é de grande importância para a sociedade brasileira, como qualquer
religião.
A religiosidade só tem finalidade quando transforma o ser humano em algo
melhor, assim como a água transformada em vinho. E vejo que essa transformação
é feita através da Igreja Batista, por suas várias ações, como por meio do Colégio
Batista Brasileiro — entrar para uma escola é a maneira mais simples e barata de
adquirir conhecimento. Certamente a Igreja Batista tem colaborado na elaboração de
uma sociedade mais justa e solidária, com melhor condição de vida. Gostaria de
destacar todas as ações que os senhores realizam por meio da Igreja Batista.
Na presença dessas crianças, desses adolescentes e diante de muitos
brasileiros que acompanham suas ações dia a dia e que assistem a esta cerimônia,
devemos dizer que, como Parlamentares, como religiosos, temos a responsabilidade
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de continuar a transformar a sociedade. Tem a Igreja Batista, assim como toda a
sociedade, a responsabilidade de encaminhar uma esperança melhor para todos os
brasileiros, e o instrumento de que dispõem para fazê-lo é a política.
Diz o Livro Sagrado que precisamos dividir o pão. Todos precisam de escola,
esgoto, água, estradas, telefone e eletricidade para ter qualidade de vida. As
modernas tecnologias precisam chegar a todos os brasileiros. Isso significa dividir o
pão. E se assim o é, certamente o instrumento que temos para dividi-lo é a política.
Buscamos na Igreja Batista e nas diversas outras igrejas os fundamentos
religiosos e filosóficos que compõem a nossa moral, mas o instrumento que temos
para promover a igualdade entre todos é a política. Se na igreja aprendo que
precisamos dividir o pão, aqui, como Deputado, como Governador, como Presidente
da República, sei que é preciso fazê-lo.
Sem dúvida hoje a sociedade vem se modificando. Percebo nos Vereadores,
nos Prefeitos, nos políticos de modo geral um sentimento de solidariedade cada vez
maior. E esse sentimento, difundido pelas instituições religiosas, tem chegado na
prática ao dia-a-dia das pessoas. E a prática dos políticos é justamente transformar
seu trabalho em solidariedade humana, para que todos tenham o mínimo necessário
para uma boa qualidade de vida.
Senhoras e Senhores Pastores, Sras. e Srs. Deputados, em nome do PDT,
quero manifestar o reconhecimento do Congresso Nacional às ações realizadas
pelos senhores na Igreja Batista, através dos vários instrumentos de que dispõem,
como o Colégio Batista Brasileiro, para transformar a sociedade, para transformá-la
como água em vinho.
Muito obrigado. (Palmas.)
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DISCURSO DO SR. DEPUTADO JOSÉ ANTONIO ALMEIDA QUE,
ENTREGUE À REVISÃO DO ORADOR, SERÁ POSTERIORMENTE
PUBLICADO.
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O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Registro a presença de cunhados,
sobrinhos e concunhados do Diretor-Geral do Colégio Batista Brasileiro, Dr. José
Nemésio Machado — parte vive em Goiânia, parte em Brasília —, que vieram
prestigiar esta sessão solene em homenagem ao Centenário do Colégio Batista
Brasileiro.
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O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Senhoras e senhores, do ponto de
vista regimental, o uso da palavra só é permitido aos Parlamentares representantes
dos partidos.
O Dr. José Nemésio Machado fará a entrega de medalha do Centenário do
Colégio Batista Brasileiro, para que registremos este momento. (Pausa.)
(É feita a entrega da medalha do Centenário do Colégio Batista Brasileiro.)
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O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Acabo de receber a medalha do
Centenário do Colégio Batista Brasileiro. (Palmas.)
Em meu nome e no dos Deputados Paulo Rocha e Gilmar Machado, no da
Bancada do Partido dos Trabalhadores e no dos Deputados que aqui falaram pelas
suas Lideranças, como Arolde de Oliveira, pelo PFL, Pedro Celso, pelo PT, Serafim
Venzon, pelo PDT, e José Antonio Almeida, pelo PSB, agradeço a todos os que
vieram a esta sessão, em especial ao Colégio Batista Brasileiro, experiência
brilhante no País, por nos ter permitido prestar-lhe esta homenagem.
A medalha que acabamos de receber coroa todo o esforço e o trabalho feito
ao longo dos anos por essa instituição de ensino.
Vamos agora ouvir o Coral da Igreja Memorial Batista de Brasília, que
apresentará duas músicas: “Infinitamente Mais” e “Salmo Quarenta”.
(Apresentação do Coral. Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) – Mais uma vez agradeço a todos a
presença, especialmente ao Diretor-Geral do Colégio Batista Brasileiro, Dr. José
Nemésio Machado, aos Pastores Hélio Schwartz Lima, Jorge Bezerra, Josué Mello
Salgado, Júlio Sanches e à Sra. Klaudy Garros.
Lembro ainda que, imediatamente após esta sessão, será lançado, no Espaço
Cultural da Câmara dos Deputados, o livro “Terceiro Milênio. E agora?”, de autoria
do Pastor Jorge Bezerra.
Parabéns ao Colégio Batista Brasileiro, instituição que agora se instala
também no Estado de São Paulo, pelos serviços prestados ao País sob a orientação
do Espírito Santo de Deus. (Palmas.)
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V - ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Nada mais havendo a tratar, vou
encerrar a sessão.
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O SR. PRESIDENTE (Walter Pinheiro) - Está encerrada a sessão.
(Encerra-se a sessão às 18 horas e 4 minutos.)
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