Marcelle Danelon
DESENVOLVIMENTO DE GEL TÓPICO COM REDUZIDA CONCENTRAÇÃO DE FLUORETO:
CAPACIDADE DE INIBIR A DESMINERALIZAÇÃO E PROMOVER A REMINERALIZAÇÃO DO
ESMALTE DENTÁRIO
Araçatuba – SP 2011
Marcelle Danelon
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia da Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Araçatuba,
para obtenção de título de Mestre em Ciência
Odontológica - Área de Concentração: Saúde Bucal
da Criança.
Orientador: Profº DrºAlberto Carlos Botazzo Delbem
Coorientadora: Profª Drª Kikue Takebayashi Sassaki
Araçatuba - SP 2011
DESENVOLVIMENTO DE GEL TÓPICO COM REDUZIDA CONCENTRAÇÃO DE FLUORETO:
CAPACIDADE DE INIBIR A DESMINERALIZAÇÃO E PROMOVER A
REMINERALIZAÇÃO DO ESMALTE DENTÁRIO
Marcelle Danelon
Catalogação na Publicação (CIP)
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação – FOA / UNESP
Danelon, Marcelle. D179d Desenvolvimento de gel tópico com reduzida concentração de fluoreto : capacidade de inibir a desmineralização e promover a remineralização do esmalte dentário / Marcelle Danelon. - Araçatuba : [s.n.], 2011 113 f. : il. ; tab. + 1 CD-ROM Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia Orientador: Prof. Alberto Carlos Botazzo Delbem Coorientadora: Profa. Kikue Takebayashi Sassaki 1. Desmineralização 2. Fluoretos 3. Flúor 4. Géis 5. Fosfatos 6. Remineralização dentária Black D27 CDD 617.645
Marcelle Danelon
Dados Curriculares
Marcelle Danelon
Nascimento
19.06.1980 – Piracicaba- SP
Filiação José Antonio Danelon
Alzira Elias Arruda
2003/2009 Curso de Graduação em Odontologia pela Faculdade de
Odontologia de Araçatuba, FOA-UNESP.
2004-2005 Desenvolvimento de Projeto de Iniciação Científica, com
auxílio de FGM-Produtos Odontológicos.
2007/2008
Desenvolvimento de Projeto de Iniciação Científica, com
auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico-CNPq.
2009/2011 Desenvolvimento de Projeto de Mestrado com auxílio da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Associações CROSP - Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
SBPqO - Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica
Marcelle Danelon
Dedico este trabalho,
Aos meus pais ALZIRAALZIRAALZIRAALZIRA e JOSÉ ANTONIJOSÉ ANTONIJOSÉ ANTONIJOSÉ ANTONIO O O O (In Memorian),
Pela confiança que depositam em mim... Exemplos de dedicação, Pela confiança que depositam em mim... Exemplos de dedicação, Pela confiança que depositam em mim... Exemplos de dedicação, Pela confiança que depositam em mim... Exemplos de dedicação,
honestidade, simplicidade, felicidade e amor. Agradeço por todos os honestidade, simplicidade, felicidade e amor. Agradeço por todos os honestidade, simplicidade, felicidade e amor. Agradeço por todos os honestidade, simplicidade, felicidade e amor. Agradeço por todos os
momentos em que estivemos juntos e pelas palavras de conforto que sempre momentos em que estivemos juntos e pelas palavras de conforto que sempre momentos em que estivemos juntos e pelas palavras de conforto que sempre momentos em que estivemos juntos e pelas palavras de conforto que sempre
trazem segurança e tranqüilidade.trazem segurança e tranqüilidade.trazem segurança e tranqüilidade.trazem segurança e tranqüilidade.
Nada teria acontecido se eu não tivesse o apoio constante de vocês. Muitas Nada teria acontecido se eu não tivesse o apoio constante de vocês. Muitas Nada teria acontecido se eu não tivesse o apoio constante de vocês. Muitas Nada teria acontecido se eu não tivesse o apoio constante de vocês. Muitas
vezes não fisicamente, mas em pensamentos e palavras;vezes não fisicamente, mas em pensamentos e palavras;vezes não fisicamente, mas em pensamentos e palavras;vezes não fisicamente, mas em pensamentos e palavras;
A vocês dedico este trabalho, pois sem vocês eu nada seria.A vocês dedico este trabalho, pois sem vocês eu nada seria.A vocês dedico este trabalho, pois sem vocês eu nada seria.A vocês dedico este trabalho, pois sem vocês eu nada seria.
Minha querida Mãe, você é tudo para mim!Minha querida Mãe, você é tudo para mim!Minha querida Mãe, você é tudo para mim!Minha querida Mãe, você é tudo para mim!
Amo vocês!Amo vocês!Amo vocês!Amo vocês!
“Ouve, fOuve, fOuve, fOuve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida. ilho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida. ilho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida. ilho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida.
Provérbios 4: 10Provérbios 4: 10Provérbios 4: 10Provérbios 4: 10”.”.”.”.
Marcelle Danelon
Agradecimentos Agradecimentos Agradecimentos Agradecimentos EspeciaisEspeciaisEspeciaisEspeciais
Marcelle Danelon
À Deus,
Presente em todos os momentos da minha vida, protegendoPresente em todos os momentos da minha vida, protegendoPresente em todos os momentos da minha vida, protegendoPresente em todos os momentos da minha vida, protegendo----me e guiando me e guiando me e guiando me e guiando
meusmeusmeusmeus passos nesse longo caminho rumo a grandes realizações. Devo a Ele passos nesse longo caminho rumo a grandes realizações. Devo a Ele passos nesse longo caminho rumo a grandes realizações. Devo a Ele passos nesse longo caminho rumo a grandes realizações. Devo a Ele
todos os momentos de alegria e sucesso até aqui conquistado.todos os momentos de alegria e sucesso até aqui conquistado.todos os momentos de alegria e sucesso até aqui conquistado.todos os momentos de alegria e sucesso até aqui conquistado.
Muito obrigada pela companhia!Muito obrigada pela companhia!Muito obrigada pela companhia!Muito obrigada pela companhia!
Marcelle Danelon
AOS MEUS QUERIDOS AVÓS CELINA E ORACY,
Agradeço todos os dias a Deus por tê-los colocado em minha vida. Meus
queridos avós, se hoje me tornei uma mulher sábia, com preceitos, honesta e
acima de tudo guerreira, devo a vocês dois. Mesmo com simplicidade
mostraram-me que com fé podemos todas as coisas, e que sem Deus nada
somos!
Aos meus irmãos Fabiana, Rodrigo e Victor Hugo,
Obrigada por estarem junto comigo em todos os momentos de minha vida!
Vocês são muito especiais, presentes maravilhosos que Deus me deu!
Amo vocês! Contem sempre comigo!
Você, Victor, será sempre para mim como um filho, e sempre cuidarei de ti.
Guardo vocês dentro do meu coração....
Amo vocês!
Muito obrigado!
Marcelle Danelon
Ao meu querido Orientador,
Prof. Dr. Alberto Carlos Botazzo Delbem ,
Agradecer é admitir que houve um momento em que se precisou de alguém; é
reconhecer que ninguém jamais poderá lograr para si o dom de ser auto-
suficiente. Ninguém e nada cresce sozinho; sempre é preciso um olhar de apoio,
uma palavra de incentivo, um gesto de compreensão, uma atitude de amor...
Obrigada pela paciência, compreensão e carinho que dedicou a mim e a este
trabalho. Pela confiança que depositou em mim e pela amizade eterna...
Minha imensa gratidão.
À minha querida coorientadora
Prof. Dra. Kikue Takebayashi Sassaki, Obrigada por estar sempre presente em minha vida, sempre acreditando em mim
e por nunca deixar que eu desistisse.
Posso dizer, professora, que a tenho como uma amiga, e por que não dizer
também como uma segunda mãe.
Agradeço pela amizade, preocupação, compreensão, conversas e muitas risadas
que demos ao longo desses anos.
Amo muito a senhora.
“A primeira fase do saber é amar os nossos professo res.”
(Erasmo)
Marcelle Danelon
Aos meus queridos tios Oracy, Osório, Irineu, Crist ina, Maria
Antonia, Clara, Roseli, Cláudia, Vera e Sônia,
Seus conselhos foram fundamentais para o meu crescimento.
Sempre me animaram com suas palavras doces, meigas e sábias, que
chegavam na hora certa. Não tenho palavras para agradecer todo amor que
tiveram e têm pela minha vida.
Por tudo o que já fizeram por mim, minha eterna gratidão. Minha admiração por
vocês é imensa, assim como a alegria de tê-los sempre por perto.
Amo vocês.
À minha cunhada Carla e meus sobrinhos queridos,
Rodriguinho, Gabriel, Raphael, Amanda, Aline e Viní cius,
Obrigada por existirem em minha vida e dar a ela um novo sentido.
Amo vocês! Presentes de Deus!
Às minhas grandes amigas Luciene e Lidiane,
Agradeço a vocês pelo imenso amor e carinho, e por dividirem comigo todos os
momentos.
Muitos momentos foram de lágrimas, mas vocês, minhas grandes amigas, em
nenhum instante pensaram em me abandonar; sempre me confortaram com suas
palavras de ânimo, me fazendo sorrir mesmo quando tudo parecia contrário.
Seremos AMIGAS “FOREVER” !!!!!!!
“A única amizade que vale é aquela que nasce sem ne nhum motivo”.
(Van Shendel)
Marcelle Danelon
À minha amiga Eliana Mitsue Takeshita
Você me ajudou em vários momentos da minha vida. Acreditou que eu poderia
voar mais alto.
Obrigada por todo conhecimento que me transmitiu. Se hoje me dedico de
coração à pesquisa, posso dizer que você faz parte disso.
Às minhas amigas Kéia, Dani e Amália,
Posso dizer que em vocês pude conhecer o que é verdadeiramente uma
amizade sincera.
Minhas amigas agradeço a Deus por tê-las colocado em meu caminho. Vocês
foram usadas para me abençoar!
Contem sempre comigo! Sempre seremos amigas!
Às alunas e alunos de Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado e Iniciação
Científica: Emilene, Daniela, Jorgiana, Michelle, Jackeline, Maria Cristina,
Danielle, Fabíola, Lílian, Adelisa, Carol Zaze, Carol Lodi, Karina Mirela, Kélio,
Max, Janaína, Taty, Paulo, Diuriane, Marcelo, Rebeca, Fernanda, Ana Elisa, Pity,
Eliana Rodrigues, Gabriel, José Antonio, Lidiane, Flávia, Carla, Amanda,
Nathália, Thiago, Camila .
A amizade e colaboração de cada um foram essenciais para a conclusão
desta pesquisa. Admiro todos vocês!
Marcelle Danelon
À aluna Lígia Carla,
Pela grande ajuda na realização da fase laboratorial deste trabalho.
“ Para cada esforço disciplinado há múltiplas recompe nsas.”
À amiga Marina da Paz Bertato,
Nem mesmo a distância abala uma verdadeira amizade.
Às amigas Adelisa, Daniela e Fernanda,
Obrigada por estarem ao meu lado em todos os momentos quando precisei.
Vocês, queridas amigas, foram anjos que Deus colocou em meu caminho.
Ao amigo Amauri Baldini,
Obrigada por toda ajuda e atenção dispensada para a realização desse trabalho.
Ao Prof. Robson,
Obrigada por todos os momentos de ensinamento com os quais me presenteou.
Quero que saiba que admiro sua conduta como profissional e, se um dia, em
minha vida, chegar a ter metade de seus conhecimentos e habilidades, ficarei
muito feliz.
Marcelle Danelon
A Profª Denise Pedrini,
Sua conduta como orientadora, e acima de tudo, amiga, me encantam!
Você é um exemplo para todos nós!
Aos docentes da Disciplina de Odontopediatria da Fa culdade de
Odontologia de Araçatuba, UNESP ,
Prof. Dr. Célio Percinoto, Prof. Dr. Robson Federico Cunha, Profª Dra. Rosângela
dos Santos Nery, Profª Dra. Sandra M. H. C. Ávila de Aguiar, pela agradável
convivência e conhecimentos transmitidos.
À Maria dos Santos Ferreira Fernandes e Mário Luis,
Pela amizade e companheirismo nesses anos.
Vocês são especiais.
Aos queridos voluntários desta pesquisa,
Sem vocês não seria possível completar mais esta etapa. Agradeço muito pela
enorme paciência e responsabilidade que tiveram, assim como, a amizade
demonstrada, pois sei que não é fácil fazer parte de um estudo “in situ ”. Vocês
foram excelentes; que bom poder contar com amigos assim! Obrigada, Afonso,
Douglas, Felipe, José Antonio, Daniela, Eliana, Érica, Gislaine, Josiane, Lidiane,
Luciene, Marcelle.
“A gente não faz amigos, reconhece-os”. (Vinícius de Moares)
Marcelle Danelon
À Faculdade de Odontologia de Araçatuba , na pessoa dos professores
Dr. Pedro Felício Estrada Bernabé, digníssimo Diretor e Drª Ana Maria Pires
Soubia, digníssima Vice-Diretora.
Ao Curso de Pós-Graduação em Ciência Odontológica d a
Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP , na pessoa do
coordenador Prof. Dr. Alberto Carlos Botazzo Delbem.
Aos funcionários da biblioteca da Faculdade de Odon tologia de
Araçatuba da UNESP, Ana Cláudia, Luzia, Ivone, Cláudio, Maria Cláudia,
Luiz, Izamar pela atenção e disponibilidade com que nos recebem.
À Valéria, Diogo e Conrado da Seção de Pós-Graduaçã o da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, pelo
profissionalismo e atenção sempre carinhosa.
Ao Frigorífico FRIBOI , em especial, ao veterinário Henrique Borges e José
Francisco, que permitiram a coleta dos dentes bovinos.
À Fundação de Amparo a Pesquisas do Estado de São P aulo-
FAPESP, pela concessão de recursos que possibilitou a realização deste Curso
de Mestrado.
A todos aqueles que, de alguma forma contribuíram p ara a
elaboração e conclusão deste trabalho,
Minha eterna gratidão...
Marcelle Danelon
O Amor é o dom supremo
Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver
amor, serei como bronze que soa ou como o címbalo q ue retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça to dos os
mistérios, e toda a ciência; ainda que eu tenha tam anha fé, a
ponto de transportar montes, se não tiver amor, nad a serei.
O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ci úmes, não
se ufana, não se ensoberbece, não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se
exaspera, não se recente do mal;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera tudo suporta.
O amor jamais acaba; mas havendo profecias, desapar ecerão;
havendo línguas, cessarão; havendo ciência passará.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três;
porém o maior destes é o amor.
I Coríntios 13: 1-13
EpígrafeEpígrafeEpígrafeEpígrafe
Marcelle Danelon
Danelon M. Desenvolvimento de gel tópico com reduzida concentração de
fluoreto: capacidade de inibir a desmineralização e promover a remineralização
do esmalte dentário [dissertação]. Araçatuba: Universidade Estadual Paulista;
2011.
Resumo Geral
O objetivo foi avaliar a capacidade de géis com baixa concentração de F
suplementados com trimetafosfato de sódio (TMP), em reduzir a
desmineralização (in vitro) e promover a remineralização (in situ) de esmalte
dentário. No estudo in vitro, blocos de esmalte bovino (n = 160) selecionados
pela dureza de superfície (SHi) foram divididos em oito grupos de géis (n=20):
sem F e TMP (Placebo); TMP3%, TMP5%; 4500 µg F/g (4500); 4500 µg F/g +
TMP3% (4500 TMP3%), 4500 µg F/g + TMP5% (4500 TMP5%), 9000 µg F/g
(9000) e 12300 µg F/g (Gel ácido). Os blocos foram submetidos a ciclagem de
pH durante cinco dias, após aplicação tópica dos géis. A seguir, determinou-se a
dureza de superfície final (SHf), perda integrada de dureza de subsuperfície
(∆KHN), CaF2, F, Ca, P formados e retidos no esmalte. Os resultados foram
submetidos à análise de variância e teste de Bonferroni (p<0,05). Os grupos
4500 TMP5% e Gel ácido apresentaram a menor perda mineral (SHf e ∆KHN) e
similares entre si (p>0,05). O Gel ácido apresentou a maior concentração de
CaF2 formado. O grupo 4500 TMP5% apresentou o maior valor de F formado
(p<0,05). O Gel ácido apresentou maiores valores de Ca retido (p<0,05), seguido
pelos grupos 4500 TMP5% e 9000, que foram similares entre si (p>0,05). O P
formado foi semelhante entre os grupos (p>0,05) e o Gel ácido apresentou a
maior concentração de P retido no esmalte. Concluiu-se que é possível inibir a
desmineralização do esmalte com gel fluoretado de baixa concentração
suplementado-o com TMP. Para o estudo in situ, blocos de esmalte bovinos
(n=240) foram selecionados pela dureza de superfície (SH1), após
desmineralização, e divididos em cinco grupos experimentais: Placebo, 4500,
4500 TMP5%, 9000 e Gel ácido. Doze voluntários utilizaram dispositivos
palatinos, com quatro blocos de esmalte desmineralizados, durante três dias
após a aplicação tópica de fluoreto (ATF). Dois blocos foram removidos
imediatamente após a ATF para análise do CaF2, F, Ca e P pós-ATF no esmalte.
Nos blocos restantes determinou-se a dureza de superfície final (SH2), em
Marcelle Danelon
secção longitudinal (∆KHN) e a concentração do CaF2, F, Ca e P pós-
remineralização. Os resultados foram submetidos à análise de variância e teste
de Bonferroni (p<0,05). O grupo 4500 TMP5% e 9000 apresentaram os melhores
resultados de SH2 (p<0,05). Menores valores de ∆KHN foram observados nos
grupos 4500 TMP5% e Gel ácido (p<0,05). Maiores concentrações de CaF2 e F
foram observadas no grupo Gel ácido, seguido pelos grupos 4500 TMP5% e
9000 (p>0,05). Houve maior presença de Ca após a remineralização (p<0,05),
com os maiores valores para os grupos 4500 TMP5% e Gel ácido. Estes grupos
apresentaram os maiores valores de P pós-remineralização (p<0,05). Concluiu-
se que é possível promover a remineralização do esmalte com gel fluoretado de
baixa concentração suplementando-o com TMP.
Palavras-chave: Demineralização. Remineralização. Fosfatos.
Marcelle Danelon
Danelon M. Development of topical gel with low fluoride concentration: the ability
to inhibit demineralization and promote remineralization of tooth enamel
[dissertação]. Araçatuba: Universidade Estadual Paulista; 2011.
General Abstract
The aim of this study was to evaluate the capacity of gels with low concentration
of F supplemented with sodium trimetaphosphate (TMP) to reduce the dental
enamel demineralization (in vitro) and remineralization (in situ). In the in vitro
study blocks of bovine enamel (n=160) were selected through surface hardness
(SHi) and divided into eight groups (n = 20): gel without F and TMP (Placebo),
TMP3%, TMP5%, 4500 µg F/g (4500), 4500 µg F/g + TMP3% (4500 TMP3%),
4500 µg F/g + TMP5% (4500 TMP5%), 9000 µg F/g (9000) and 12.300 µg F/g
(acid gel). The blocks were submitted to pH cycling during five days after topical
application of gels. After that, the surface hardness (SHf), the subsurface
hardness integrated loss (∆KHN), CaF2, F, Ca and P formed and retained in
enamel were determined. The results were submitted to analysis of variance and
Bonferroni tests (p <0.05). Groups 4500 TMP5% and acid gel were similar and
showed the best results for SHf and ∆KHN. The acid gel showed the highest
concentration of CaF2 formed. The 4500 TMP5% group presented the highest
values of F formed (p <0.05). The acid gel had the highest Ca retention (p <0.05),
followed by 4500 TMP5% and 9000 groups, which were similar (p> 0.05). The P
formed was similar between the groups (p> 0.05) and the acid gel showed the
highest concentration of P retained in enamel. It was concluded that it is possible
to inhibit enamel demineralization with low F concentration gel by supplementing
it with TMP 5%. In the in situ study bovine enamel blocks (n=240) were selected
through surface hardness (SH1) after demineralization and divided into five
groups: Placebo, 4500, 4500 TMP5%, 9000 and Acid gel). Twelve volunteers
wore palatal appliances with four demineralized blocks, during three days after
topical application of F (ATF). Two blocks were removed immediately after the
ATF to determine CaF2, F, Ca and P post-ATF in the enamel. In the remaining
blocks, surface (SH2) and cross-sectional (∆KHN) hardness, and CaF2, F, Ca and
P after demineralization were determined. The results were subjected to analysis
of variance and Bonferroni tests (p <0.05). The groups 4500 TMP5% and 9000
showed the best results of SH2 (p <0.05). The lowest values of ∆KHN were
Marcelle Danelon
observed in 4500 TMP5% and Acid gel groups (p <0.05). The highest
concentrations of CaF2 and F were observed in acid gel group, followed by 4500
TMP5% and 9000 groups (p> 0.05). A greater Ca concentration was found after
remineralization (p<0.05), in 4500 TMP5% and acid gel groups. These groups
showed the highest P values after remineralization (p <0.05). It was concluded
that it is possible to promote the remineralization of enamel with fluoridated gel in
low concentration by supplemetation with TMP 5%.
KKeeyywwoorrddss:: DDeemmiinneerraalliizzaattiioonn.. RReemmiinneerraalliizzaattiioonn.. PPhhoosspphhaattee..
Marcelle Danelon
Lista de AbreviaturasLista de AbreviaturasLista de AbreviaturasLista de Abreviaturas
Marcelle Danelon
LISTAS DE ABREVIATURAS
AF Apatita fluoretada
ATF Aplicação tópica de flúor
ºC Graus Celsius
Ca Cálcio
CaF2 Fluoreto de cálcio
cm Centímetro
cm² Centímetro quadrado
DP Desvio padrão
F Fluoreto
FDA Food and Drug Administration
FFA Fluorfosfato acidulado
g Grama
h Hora
HCl Ácido clorídrico
KCl Cloreto de potássio
KHN Unidade de dureza Knoop
KOH Hidróxido de Potássio
L Litro
N Número de amostra
NaF Fluoreto de sódio
P Fósforo
pH Potencial de Hidrogênio
s Segundos
SH Dureza de superfície inicial
SHi Dureza de superfície inicial
SHf Dureza de superfície final
SH1 Dureza de superfície pós-lesão de cárie artificial
SH2 Dureza de superfície final
TISAB Tampão ajustador de força iônica total
TMP Trimetafosfato de sódio
mg Miligrama
Marcelle Danelon
mL Mililitro
mm Milímetro
mm² Milímetro quadrado
mol L-1 Mol por litro
mmol L-1 Milimol por litro
mV Milivolts
µg Micrograma
µm Micrômetro
∆KHN Perda integrada de dureza de subsuperfície
Marcelle Danelon
TABELA CAPÍTULO 1
Tabela 1 – Valores médios (n=10) de dureza de superfície inicial (SHi) e final (SHf) e perda integrada de dureza (∆KHN) de subsuperfície de acordo com os grupos. Letras distintas mostram diferença significante em cada análise entre os grupos (ANOVA, p<0,001, Bonferroni, p<0,05). Página 51.
TABELA CAPÍTULO 2
Tabela 1 – Valores médios (n=12) de dureza de superfície inicial (SH), dureza de superfície pós-desmineralização (SH1), dureza de superfície final (SH2) e perda integrada de dureza de subsuperfície (∆KHN) de acordo com os grupos. Letras distintas mostram diferença significante em cada análise entre os grupos (ANOVA, p<0,001, Bonferroni, p<0,05). Página 73.
Marcelle Danelon
FIGURAS CAPÍTULO 1
Figura 1 – Valores médios (n=10) das A: concentrações de fluoreto de cálcio (CaF2), B: fluoreto no esmalte (F), C: cálcio (Ca) e D: fósforo (P) presentes no esmalte após experimento in vitro de acordo com os grupos. Barras verticais mostram desvio-padrão. Letras distintas mostram diferença significante em cada análise entre os grupos de géis. Página 52. Figura 2 – Gráfico do perfil da dureza em secção longitudinal (média de dureza, n=10) em diferentes profundidades de acordo com os grupos de géis. Página 53.
FIGURAS CAPÍTULO 2
Figura 1 – Valores médios (n=12) das A: concentrações de fluoreto de cálcio (CaF2), B: fluoreto no esmalte (F), C: cálcio (Ca) e D: fósforo (P) presentes no esmalte após experimento in situ de acordo com os grupos. Barras verticais mostram desvio-padrão. Letras distintas mostram diferença significante em cada análise entre os grupos de géis. Página 74. Figura 2 – Gráfico do perfil da dureza em secção longitudinal (média de dureza, n=12) em diferentes profundidades de acordo com os grupos de géis. Página 75.
Marcelle Danelon
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO GERAL 30
2 Capítulo 1 - Eficácia de géis fluoretados de baixa concentração, suplementados
com trimetafosfato de sódio sobre a desmineralização do esmalte in vitro 36
2.1 RESUMO 37
2.2 ABSTRACT 38
2.3 INTRODUÇÃO 39
2.4 MATERIAIS E MÉTODOS 40
2.5 RESULTADOS 44
2.6 DISCUSSÃO 46
2.7 REFERÊNCIAS 48
3 Capítulo 2 - Avaliação in situ de um gel de baixa concentração de fluoreto
associado ao trimetafosfato de sódio no processo de remineralização 55
3.1 RESUMO 56
3.2 ABSTRACT 57
3.3 INTRODUÇÃO 58
3.4 MATERIAIS E MÉTODOS 59
3.5 RESULTADOS 65
3.6 DISCUSSÃO 66
3.7 REFERÊNCIAS 69
ANEXOS 77
30
Marcelle Danelon
1 Introdução Geral
O declínio da cárie dentária foi observado em muitos países desde a
década de 70, sendo assunto de muitas discussões [Brunelle e Carlos, 1990;
Nadanovsky e Sheiham, 1995]. No Brasil, assim como em outros países em vias
de desenvolvimento, igualmente foi observada uma redução marcante na cárie
dentária nas últimas décadas [Ministério da Saúde, 1988].
O grande responsável por este efeito benéfico foi a adição de fluoreto (F)
nas águas de abastecimento público, assim como o uso de produtos fluoretados.
Até a década de 70, a única fonte de exposição coletiva ao F era a água de
abastecimento público [Lima e Cury, 2001], mas, devido à introdução no mercado
de vários métodos alternativos, o F alcança até comunidades onde não há água
de abastecimento fluoretada, o que é conhecido como “efeito halo”. Não há
dúvida que a descoberta das propriedades anticariogênicas do F constitui um dos
marcos mais importantes da Odontologia utilizados na prevenção da cárie
dentária nas mais variadas formas e diferentes concentrações: pela fluoretação
das águas de abastecimento público, prescrição de suplementos, aplicação
tópica de géis e soluções, vernizes fluoretados e ainda pela ampla utilização dos
dentifrícios fluoretados [Marinho et al., 2003a; Marinho et al., 2003b; Marinho et
al., 2004; van Rijkom et al., 1998].
O F age como um importante agente para a manutenção do equilíbrio
mineral dos dentes, atuando diretamente na dinâmica do processo de des-
remineralização [Featherstone et al., 1986; ten Cate, 1990]. No passado
acreditava-se que o efeito inibidor da cárie era atribuído à incorporação do F nos
cristais de hidroxiapatita durante a formação dos dentes, o que colaborava por
tornar o esmalte dentário mais resistente às quedas de pH. Este fato levou na
época à adição de flúor nas águas de abastecimento público, sendo o efeito
sistêmico considerado o principal responsável pelo declínio da cárie dentária
[Hicks et al., 2004].
* As referências estão no anexo X.
31
Marcelle Danelon
Atualmente sabe-se que o efeito tópico é o mais importante na redução da
prevalência da doença cárie [Hicks et al., 2004] e há um grande consenso de que
o F importante é aquele que é mantido constantemente na cavidade bucal, o qual
é capaz de interferir diretamente no desenvolvimento e progressão da lesão de
cárie, reduzindo a quantidade de minerais perdidos, inibindo a desmineralização
e aumentando a remineralização [ten Cate,1990]. O F é benéfico por reduzir a
cárie dentária, mas deve ser ingerido na dosagem correta, evitando efeitos
colaterais, tais como: intoxicação aguda e crônica e risco de desenvolvimento da
fluorose dentária.
Os produtos fluoretados de uso tópico apresentam em sua composição
diferentes concentrações de F. Os compostos de baixo conteúdo de F são
aqueles de auto-aplicação, como os dentifrícios, colutórios e gomas de mascar;
já os compostos com alto conteúdo de F são aqueles de uso estritamente
profissional, como os géis, espumas e os vernizes fluoretados.
A indicação da aplicação dos produtos fluoretados de alta concentração é
recomendada para pacientes que possuem alto risco de desenvolvimento de
cárie dentária, sendo mais utilizado o gel fluoretado acidulado (FFA) com 1,23%
de fluoreto de sódio (NaF). A aplicação desses produtos como o gel, a espuma e
o verniz, visa uma maior formação de fluoreto de cálcio (CaF2), e, com isto,
favorece a manutenção de flúor constante no meio bucal [Hicks et al., 2004;
Moreno, 1993,]. Quando o produto com alta concentração de flúor e baixo pH é
colocado em contato com a superfície dental, ocorre a dissolução das camadas
mais superficiais do esmalte e o cálcio dissolvido é precipitado sobre o dente na
forma de CaF2, que é recoberto por cálcio, fosfato e proteínas da saliva,
formando uma espécie de capa protetora que retarda a solubilidade do
composto, fazendo com que o mesmo opere como um agente de liberação de F
[Moreno, 1993]. O CaF2 fica adsorvido sobre a superfície do dente agindo como
um reservatório de F disponível para atuar nos momentos de queda de pH,
intervindo diretamente na dinâmica do processo des-remineralização, e desta
forma interferindo com a progressão da lesão de cárie [Featherstone et al., 1986;
Ten Cate, 1990].
Alguns autores vêm demonstrando preocupação com a utilização desses
produtos, devido ao risco de intoxicação aguda em virtude da elevada retenção
de F na cavidade bucal após sua utilização, e a possibilidade de ingestão de
32
Marcelle Danelon
grande quantidade durante a aplicação na criança, resultando no aumento dos
níveis de F nos fluídos corpóreos [Brown et al., 1994; Whitford, 1987; Lecompte,
1987; Spack et al., 1990; Wei e Hattab, 1988; Wei and Chik, 1990; Whitford et
al.,1995]. Questiona-se então, o risco de ingestão desse produto e seu potencial
tóxico, uma vez que a ingestão de grande quantidade de F pode provocar desde
irritações gástricas, náuseas e vômitos, até a morte [Lecompte, 1987; Spack et
al.,1990].
Um dos produtos utilizados para minimizar a ingestão de F são as
espumas que possuem a mesma concentração de F e o modo de aplicação dos
géis. O risco de ingestão das espumas é menor devido á sua consistência e a
menor quantidade necessária para a aplicação do produto. Entretanto tem como
desvantagem o alto custo quando comparados aos géis.
Algumas alterações nos procedimentos da técnica da ATF também podem
minimizar o risco de ingestão reduzindo o tempo de aplicação. Delbem e Cury
[2002] demonstraram em um trabalho in vitro que não houve diferença na
aplicação do gel no tempo de 1 ou 4 minutos. A indicação de “não bochechar,
beber ou comer por 30 minutos após aplicação tópica de flúor” é uma
recomendação que também poderia ser modificada sem alterar os benefícios
promovidos pela técnica empregada. Delbem et al. [2005] mostraram que o
enxágüe bucal após a ATF não interferiu na ação anticárie (desmineralização in
situ) do FFA gel. Ainda, Delbem et al. [2010] mostraram que foi possível
remineralizar lesões artificiais de cárie, após a ATF, mesmo com o enxágüe
bucal. Outra forma de diminuir a ingestão de F é diminuir sua concentração
nesses produtos fluoretados sem alterar sua efetividade. Apesar dos géis
apresentarem alta concentração de F, sua composição poderia ser alterada
diminuindo a concentração de F e suplementando com cálcio e/ou fosfato,
diminuindo assim o risco de ingestão durante aplicação tópica.
Nos últimos anos os produtos que apresentam maior alteração na sua
composição para o aumento da sua efetividade são os dentifrícios fluoretados. A
adição de F ao dentifrício teve início na década de 60 e, embora seu amplo uso,
fosse responsável pela diminuição da cárie dentária, foi acompanhado por um
aumento da fluorose dentária [ten Cate, 2004].
O aumento da eficácia do dentifrício pode ser obtido pala redução de seu
pH e conseqüente aumento na formação de CaF2 [Brighenti et al., 2006; Negri e
33
Marcelle Danelon
Cury, 2002; Saxegaard e Rolla, 1988; Ogaard, 2001]. Outro recurso que poderia
ser empregado para diminuir a ingestão ou exposição excessiva do F seria a
suplementação com cálcio e/ou fosfato, uma vez que o processo da
remineralização, embora seja intensificado pelo F, depende primariamente da
presença desses íons na saliva [Schemehorn et al., 1999 a,b]. Alguns estudos
demonstraram a ação anticárie dos sais de fosfato [Harris et al., 1967; Gonzalez,
1971; Gonzalez et al., 1973; Städtler et al., 1996], sendo sua efetividade
inicialmente estudada adicionando-o a alimentos. Larson et al. [1972]
observaram um efeito protetor do trimetafosfato de sódio (TMP) adicionado na
dieta de ratos. O mecanismo de ação do TMP ainda não está bem esclarecido
[Gonzalez, 1971], entretanto, a composição do biofilme bacteriano exposto ao
TMP se altera, ocorrendo a diminuição de alguns microorganismos,
principalmente os Streptococci [Dennis et al., 1976]. A suplementação de gomas
de mascar com α-tricálcio-fosfato provoca um aumento na reserva de cálcio e
fosfato no biofilme dentário, causando uma maior resistência ao desafio
cariogênico [Vogel et al., 2000].
A suplementação com sais de fosfato em dentifrícios de baixa
concentração de F tem demonstrado uma ação anticariogênica semelhante e/ou
superior quando comparado a um dentifrício padrão de 1100 µg F/g. Takeshita et
al. [2009] demonstraram in vitro, que a suplementação com 0,25% de TMP em
um dentifrício de reduzida concentração de F (500 µg F/g) mostrou uma ação
semelhante a um dentifrício padrão. Trabalhos clínicos utilizando dentifrícios com
3% TMP não associado a F mostraram uma ligeira redução nos incrementos de
cárie quando comparados a um dentifrício placebo [Städtler et al., 1996].
Sabendo-se da ação anticárie dos sais de fosfato (Harris et al., 1967;
Gonzalez, 1971; Gonzalez et al., 1973; Städtler et al., 1996), e sua efetividade
quando associada a dentifrícios de baixa concentração de F [Takeshita et al.,
2009] a sua adição aos géis poderia manter a efetividade em concentrações
reduzidas de F. Entretanto, não há na literatura trabalhos relacionados com géis
de concentração reduzida de F e/ou suplementados. Portanto, um estudo
avaliando uma nova formulação de um gel de reduzida concentração de F e
suplementado com TMP seria importante para verificar sua efetividade sobre a
redução da desmineralização e aumento da remineralização. Este estudo seria
34
Marcelle Danelon
de grande valor clínico na odontopediatria, uma vez que diminuiria o risco de
intoxicação e desenvolvimento da fluorose dentária.
36
Marcelle Danelon
2 Eficácia de géis fluoretados de baixa concentraçã o, suplementados com
trimetafosfato de sódio sobre a desmineralização do esmalte in vitro
Danelon M., Takeshita EM., Peixoto L., Sassaki KT. , Delbem ACB . Faculdade de Odontologia - Campus de Araçatuba, UNE SP - Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.
Título curto: Géis de baixa concentração com trimet afosfato de sódio
Palavras-Chave: Géis, Flúor, Desmineralização dentá ria, Fosfatos.
Correspondência: Alberto Carlos Botazzo Delbem Universidade Estadual Paulista – UNESP Departamento de Odontologia Infantil e Social Rua : José Bonifácio 1193 Araçatuba – SP - Brasil CEP: 16015-050 Tel: (55) (18) 3636 3235 Fax : (55) (18) 3636 3332 Email: [email protected]
* De acordo com as instruções aos autores do periód ico Caries Research
(Anexo A)
37
Marcelle Danelon
2.1 Resumo
O objetivo foi avaliar in vitro a capacidade de géis com baixa concentração de
flluoreto suplementados com trimetafosfato de sódio (TMP), em reduzir a
desmineralização. Blocos de esmalte bovino (n = 160) selecionados pela dureza
de superfície (SHi) foram divididos em oito grupos de géis (n=20): sem F e TMP
(Placebo); TMP3%, TMP5%; 4500 µg F/g (4500); 4500 µg F/g + TMP3% (4500
TMP3%), 4500 µg F/g + TMP5% (4500 TMP5%), 9000 µg F/g (9000) e 12300 µg
F/g (Gel ácido). Os blocos foram submetidos a ciclagem de pH durante cinco
dias, após aplicação tópica dos géis. A seguir, determinou-se a dureza de
superfície final (SHf), perda integrada de dureza de subsuperfície (∆KHN), CaF2,
F, Ca, P formados e retidos no esmalte. Os resultados foram submetidos à
análise de variância e teste de Bonferroni (p<0,05). Os grupos 4500 TMP5% e
Gel ácido apresentaram os melhores resultados de SHf e ∆KHN e similares entre
si (p>0,05). O Gel ácido apresentou a maior concentração de CaF2 formado. O
grupo 4500 TMP5% apresentou o maior valor de F formado (p<0,05). O Gel
ácido apresentou maiores valores de Ca retido (p<0,05), seguido pelos grupos
4500 TMP5% e 9000, que foram similares entre si (p>0,05). O P formado foi
semelhante entre os grupos (p>0,05) e o Gel ácido apresentou a maior
concentração de P retido no esmalte. Concluiu-se que é possível inibir a
desmineralização do esmalte com gel fluoretado de baixa concentração
suplementando-o com TMP 5%.
Palavras-chave : Géis, Flúor, Desmineralização dentária, Fosfatos, F lúor.
38
Marcelle Danelon
22..22 AAbbssttrraacctt
The aim of this study was to evaluate in vitro the capacity of gels with low
concentration of fluoride and supplemented with sodium trimetaphosphate (TMP)
to reduce the enamel demineralization. Blocks of bovine enamel (n=160) were
selected through surface hardness (SHi) and divided into eight groups (n = 20):
gel without F and TMP (Placebo), TMP3%, TMP5%, 4500 µg F/g (4500), 4500 µg
F/g + TMP3% (4500 TMP3%), 4500 µg F/g + TMP5% (4500 TMP5%), 9000 µg
F/g (9000) and 12.300 µg F/g (acid gel). The blocks were submitted to pH cycling
during five days after topical application of gels. After that, the surface hardness
(SHf), the subsurface hardness integrated loss (∆KHN), CaF2, F, Ca and P
formed and retained in enamel were determined. The results were submitted to
analysis of variance and Bonferroni tests (p <0.05). Groups 4500 TMP5% and
acid gel were similar and showed the best results for SHf and ∆KHN. The acid gel
showed the highest concentration of CaF2 formed. The 4500 TMP5% group
showed the highest values of F formed (p <0.05). The acid gel had the highest Ca
retention (p <0.05), followed by 4500 TMP5% and 9000 groups, which were
similar (p> 0.05). The P formed was similar between the groups (p> 0.05) and the
acid gel showed the highest concentration of P retained in enamel. It was
concluded that it is possible to inhibit enamel demineralization with low F
concentration gel by supplementation with TMP 5%.
Keywords: Gels, Tooth demineralization, Phosphate, Fluoride
39
Marcelle Danelon
2.3 Introdução
Ao longo do século XX, o fluoreto (F) foi o principal agente utilizado na
prevenção da cárie dentária, sendo oferecido à população de maneiras diversas
e atualmente sabe-se que o F tem maior importância quando disponível
topicamente na cavidade bucal [Centers for Disease Control and Prevention,
2001]. Vários produtos fluoretados que visam à prevenção da cárie dentária e a
sua remineralização têm sido utilizados com o intuito de manter o F tópico na
cavidade bucal, colaborando para uma maior formação de fluoreto de cálcio
(CaF2), e dentre estes produtos encontram-se os géis fluoretados [van Rijkom et
al., 1998] de altas concentrações, destacando-se o flúor fosfato acidulado 1,23%
(FFA), com ampla utilização profissional devido à sua eficácia. A ação do F
tópico como agente cariostático já está bem estabelecida e a aplicação tópica
profissional do F é comumente empregada visando estacionar a lesão de cárie
ativa, especialmente em pacientes que apresentam alto risco para o
desenvolvimento da doença [Ammari et al., 2007]. Entretanto, este produto de
utilização profissional apresenta alta concentração de F, o que leva a uma
preocupação quanto ao risco de intoxicação aguda em virtude da possibilidade
de ingestão durante a aplicação na criança. Por esta razão houve uma
preocupação na busca de meios mais seguros da utilização do F, principalmente
em crianças.
A adição de sais de fosfato com atividade anticariogênica, como o
trimetafosfato de sódio (TMP), parece ser o mais efetivo [Gonzalez, 1971;
Gonzalez et al., 1973]. A suplementação com sais de fosfato em dentifrícios de
baixa concentração de F tem demonstrado ação anticárie in vitro semelhante
e/ou superior quando comparado a um dentifrício padrão de 1100 µg F/g
[Takeshita et al., 2009]. Estudos sugerem que o TMP atua reduzindo o processo
de desmineralização [Henry e Navia, 1969], entretanto, seu mecanismo de ação
ainda não está completamente definido.
Não há na literatura trabalhos avaliando a efetividade dos mesmos com
concentração reduzida de F e suplementados com TMP. O estudo de uma nova
formulação de gel com essas características seria importante para verificar sua
eficácia sobre a redução da desmineralização e diminuir o risco de intoxicação.
Dessa forma, a proposta do presente trabalho, foi avaliar a capacidade de géis
40
Marcelle Danelon
com concentração reduzida de F e suplementados com TMP em inibir a
desmineralização in vitro do esmalte dentário.
2.4 Materiais e Métodos
Delineamento Experimental
Para a realização deste estudo, blocos de esmalte (4x4mm) foram obtidos
de dentes incisivos bovinos mantidos em solução de formol 2%, durante 30 dias
antes de qualquer procedimento experimental [Delbem e Cury, 2002]. Esses
blocos tiveram sua superfície de esmalte polida sequencialmente, o que permitiu
a seleção através da determinação da dureza de superfície inicial (SHi) (Anexo B
e C). O delineamento experimental foi casualizado e os blocos divididos em oito
grupos experimentais de vinte espécimes cada que foram submetidos ao
tratamento com os respectivos géis:1) Gel sem flúor e sem TMP (placebo); 2) Gel
com TMP3% (TMP3%); 3) Gel com TMP5% (TMP5%); 4) Gel com 4500 µg F/g
(4500); 5) Gel com 4500 µg F/g + TMP3% (4500 TMP3%); 6) Gel com 4500 µg
F/g + TMP5% (4500 TMP5%); 7) Gel com 9000 µg F/g (9000); 8) Gel com 12300
µg F/g (Gel ácido). Em dez blocos de cada grupo, imediatamente após a ATF,
foram determinadas as concentrações de CaF2, F, Ca e P formados no esmalte
(Anexo F). Nos outros dez blocos foram submetidos durante sete dias a cinco
ciclagens de pH (Anexo E). Após as ciclagens de pH, determinou-se a dureza de
superfície final (SHf) e em secção longitudinal para o cálculo da perda integrada
de dureza de subsuperfície (∆KHN) (Anexo C e D), e da concentração de CaF2,
F, Ca e P (Anexo F) retidos no esmalte após as ciclagens. Para análise
estatística, foram considerados como variáveis os valores de SHi, SHf, CaF2,
∆KHN e o conteúdo de F, Ca e P no esmalte e, como fator de variação, os géis.
Formulação e Dosagem de F nos Géis Experimentais e Comercial
Os géis experimentais foram manipulados no laboratório com os seguintes
componentes: carboximetilcelulose, sacarina, glicerina, óleo de menta, água
deionizada. As concentrações de F foram de 4500 µg F/g e 9000 µg F/g (na
forma de NaF, Merck, Darmstadt, Germany). Adicionou-se ao gel de 4500 µg F/g
41
Marcelle Danelon
um sal de fosfato (Trimetafosfato de sódio – TMP, Sigma-Aldrich Co., St. Louis,
MO, USA) na concentração de 3% e 5%. Foi preparado também um gel sem F e
TMP (placebo) e utilizou-se um gel de pH ácido contendo 12300 µg F/g (Gel
ácido), na forma de NaF (DFL Indústria e Comércio S.A, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil).
Para a dosagem de F nos géis utilizou-se um eletrodo específico
combinado para íon F (9609 BN - Orion) e analisador de íons (720A – Orion
Research,USA), previamente calibrado com cinco padrões: 2, 4, 8, 16 e 32 µg
F/mL. Os dados obtidos em mV foram convertidos em µg F/mL.
Em um recipiente plástico colocou-se 100-110 mg dos produtos e após
dissolução em água deionizada, o conteúdo dos recipientes foi transferido para
balões volumétricos e completou-se o volume para 100 mL. Foram realizadas
triplicatas de cada produto. Posteriormente, amostras de 1 mL em duplicata
foram retiradas de cada amostra e tamponadas com TISAB II (Tampão ajustador
de força iônica total) [Delbem et al., 2003] (Anexo J).
Ciclagem de pH
Os blocos foram submetidos em frascos individuais durante sete dias a
cinco ciclagens de pH, à temperatura de 37ºC, permanecendo os últimos dois
dias em solução remineralizadora [Vieira et al., 2005]. Os blocos (n=160) foram
imersos nos respectivos géis (3g /bloco), vinte blocos para cada grupo: 1) Gel
sem flúor e sem TMP (placebo); 2) Gel com TMP3% (TMP3%); 3) Gel com
TMP5% (TMP5%); 4) Gel com 4500 µg F/g (4500); 5) Gel com 4500 µg F/g +
TMP3% (4500 TMP3%); 6) Gel com 4500 µg F/g + TMP5% (4500 TMP5%); 7)
Gel com 9000 µg F/g (9000); 8) Gel com 12300 µg F/g (Gel ácido) durante 1 min
[Delbem e Cury, 2002]. Após esse período os blocos foram lavados com água
deionizada para a remoção do gel da superfície do bloco de esmalte. Dez blocos
de cada grupo foram utilizados para determinação de CaF2 e mensuração do
conteúdo de F, Ca e P antes da ciclagem de pH. Os restantes dos blocos foram
imersos nas soluções desmineralizadora (Ca e P 2,0 mmol L-1 em tampão
acetato 0,075 mol L-1, 0,04 µg F/mL em pH 4,7 – 2,2 mL/mm2) durante 6 horas e
remineralizadora (Ca 1,5 mmol L-1, P 0,9 mmol L-1, KCl 0,15 mol L-1 em tampão
cacodilato 0,02 mol L-1, 0,05 µg F/mL em pH 7,0 – 1,1 mL/ mm2) durante 18
42
Marcelle Danelon
horas. Os blocos foram lavados com jatos de água deionizada por 30 s, após
serem removidos das soluções Des-Re (Anexo E).
Análise da dureza do esmalte
A dureza de superfície foi determinada utilizando-se o microdurômetro
Shimadzu Micro Hardness Tester HMV-2000 (Shimadzu Corporation, Kyoto,
Japan), com penetrador tipo Knoop, carga estática de 25 g e tempo de 10
segundos, acoplado ao Software para análise de imagem CAMS-WIN (NewAge
Industries, USA). Cinco impressões, separadas entre si por uma distância de 100
µm, foram realizadas na região central de cada bloco (SHi). Após a ciclagem de
pH, realizaram-se outras cinco impressões (SHf) distantes a 100 µm das
impressões de SHi. Para a análise da dureza em secção longitudinal (Anexo F),
uma secção foi feita no centro de cada bloco e uma das metades incluída em
resina acrílica e polida. Utilizou-se microdurômetro Micromet 5114 hardness
tester (Buehler, Lake Bluff, USA e Mitutoyo Corporation, Kanagawa, Japan) e o
software Buehler OmniMet (Buehler, Lake Bluff, USA), carga de 5 g por 10 s em
aumento de 1000 vezes. Três sequências de 14 impressões nas distâncias de 5,
10, 15, 20, 25, 30, 40, 50, 70, 90, 110, 130, 220 e 330 µm da superfície externa
do esmalte foi realizada na área central dos blocos e outras duas a 100 µm
acima e abaixo [Delbem et al., 2010]. Os valores médios dos três pontos medidos
foram calculados em cada distância. A área integrada da dureza (KHN x µm) da
lesão até o esmalte hígido foi calculada utilizando a regra trapezoidal (GraphPad
Prism, versão 3.02) e subtraída da área integrada da dureza do esmalte hígido
obtendo a perda integrada de dureza de subsuperfície (∆KHN) [Spiguel et al.,
2009] (Anexo C e D).
Análise da concentração de CaF2 presente no esmalte
A concentração de CaF2 no esmalte foi determinada imediatamente após a
aplicação tópica dos géis experimentais (CaF2 formado) e após os experimentos
in vitro (CaF2 retido) utilizando a metade restante dos blocos submetidos à
43
Marcelle Danelon
ciclagem de pH. Os blocos foram medidos com paquímetro digital Mitutoyo CD –
15B (Mitutoyo Corp., Japão), obtendo-se a área superficial do esmalte.
Os blocos tiveram suas superfícies isoladas com cera rosa, exceto a
superfície de esmalte. Em seguida, eles foram imersos em 0,5 mL de solução
KOH 0,5 mol L-1 por 24 h, com agitação constante [Caslavska et al., 1975]. Após,
a solução foi neutralizada com 0,5 mL de HCl 0,5 mol L-1 e tamponada com 0,5
mL de TISAB II (Tampão ajustador de força iônica total) pH 5,0. A leitura das
dosagens foi realizada utilizando o analisador de íons (720A – Orion
Research,USA), previamente calibrados com cinco padrões: 0,0625; 0,125;
0,250; 0,500 e 1,0 µg F/mL. Os dados obtidos em mV foram convertidos em µg
F/cm2.
Análise da concentração de F, Ca e P presentes no esmalte
Após extração do CaF2 e remoção da cera rosa, os blocos (2x2 mm)
obtidos de uma das metades dos blocos seccionados no sentido longitudinal
foram fixados com cola adesiva em mandril para peça reta e uma camada de
esmalte (~50 µm) foi removida [Takeshita et al., 2009., Weatherell et al., 1985].
Utilizou-se uma base de microscópio modificada com manômetro acoplado
(Pantec, São Paulo, Brasil) e disco de lixa auto-adesiva (13 mm de diâmetro) de
carbureto de sílica, granulação 400 (Buelher) em frascos de poliestireno cristal
(J-10, Injeplast, Brasil). Os frascos, após a adição de 0,5 mL de HCl 1,0 mol L-1,
foram mantidos sob agitação constante durante 1 h sendo por fim adicionado 0,5
mL de NaOH 1,0 mol L-1 [Alves et al., 2007; Takeshita et al., 2009]. Os resultados
foram expressos em µg/mm3.
Para análise de F utilizou-se eletrodo específico 9409BN (Thermo
Scientific, Beverly, MA, USA) e microeletrodo de referência (Analyser, São Paulo,
Brasil) acoplados a um analisador de íons (Orion 720A+, Thermo Scientific,
Beverly, MA, USA). Os eletrodos foram previamente calibrados com padrões
contendo 0,25 a 4,0 µg F/mL, nas mesmas condições das amostras. As leituras
foram realizadas, com alíquota de 500 µL da solução da biópsia acrescidas com
o mesmo volume de TISAB II. O Ca foi determinado pelo método colorimétrico
44
Marcelle Danelon
utilizando-se Arsenazo III, como descrito por Vogel et al. [1983]. Para calibração,
foram utilizados padrões contendo 40 a 200 µg Ca/mL. Alíquotas de 3 µL
(duplicata) foram dispostas em placas de 96 poços (Placa para cultura de células
de fundo chato - Modelo 92096 – TPP, Switzerland) acopladas em leitor de
placas (PowerWave 340, Biotek), utilizando comprimento de onda de 650 nm. O
P foi determinado utilizando uma alíquota de 0,1 mL através do método
colorimétrico descrito por Fiske e Subbarow [1925]. As leituras em duplicata
foram realizadas em espectrofotômetro (Hitachi U-1100 UV/Vis
spectrophotometer - Hitachi High Technologies, Tokyo, Japan) no comprimento
de onda de 660 nm (Anexo F).
Análise estatística
Para análise estatística, foram considerados como variáveis os valores de
SHi, SHf, ∆KHN, CaF2 (formado e retido), F, Ca e P presentes no esmalte
(formado e retido), e como fator de variação o tipo de gel. Os resultados
apresentaram distribuição normal (Kolmogorov-Smirnov) e homogeneidade das
variâncias (Cochran). Os resultados de SHi, SHf, ∆KHN e CaF2, F, Ca e P
presentes no esmalte foram submetidas à análise de variância seguida pelo teste
de Bonferroni (p<0,05). A comparação entre o CaF2, F, Ca e P presentes no
esmalte formado e retido foi realizada através do teste t pareado (p<0,05). As
análises foram realizadas utilizando-se o programa BioEstat (versão 5.0),
estabelecendo-se o nível de significância em 5%.
2.5 Resultados
Os valores médios (DP) da concentração (µg F/g) de F (iônico) nos géis
placebo, TMP3%, TMP5%, 4500, 4500 TMP3%, 4500 TMP5%, 9000 e Gel ácido
foram respectivamente: 113,8 (1,9); 150,5 (43,6); 99,9 (3,3); 4733,9 (77,3);
4100,9 (22,3); 8940,9 (218,9); 11247,0 (54,0) (Anexo J). O valor médio (DP) da
SHi (Tabela 1, Anexo K) para todos os blocos foi 373,4 (0,5) kg/mm2 e não houve
diferença significativa entre eles (ANOVA, p=0,6103).
45
Marcelle Danelon
Os resultados obtidos da SHf (Tabela 1, Anexo K), mostraram que os
grupos placebo e TMP5%, apresentaram valores de dureza similar (p>0,05),
assim como os grupos 4500 TMP5%, 9000 e Gel ácido, não diferindo entre si
(p>0,05). Os grupos fluoretados e suplementados com TMP (4500 TMP3% e
4500 TMP5%), apresentaram diferenças de dureza quando comparados entre si
(p<0,05).
Os resultados de ∆KHN (Tabela 1, Anexo L) mostraram que os grupos
sem F (placebo, TMP3% e TMP5%), apresentaram o maior valor quando
comparado aos demais (p<0,05), significando uma maior perda mineral no
interior do esmalte. Os grupos 4500 TMP5%, 9000 e Gel ácido apresentaram
menor perda de conteúdo mineral a partir da distância de 30µm (figura 2). O
gráfico do perfil da área de desmineralização mostrou uma lesão de
subsuperfície, para todos os grupos (Figura 2).
A concentração de CaF2 formado foi semelhante entre os grupos placebo,
TMP3% e TMP5% (p>0,05). O grupo 4500 TMP5% apresentou concentração
semelhante quando comparado aos grupos 4500 e 4500 TMP3%, diferindo do
grupo 9000 (p<0,05), e o Gel ácido apresentou a maior concentração, diferindo
dos demais (p<0,05) (Figura 1A). A concentração de CaF2 retido após ciclagens
de pH, foi igual nos grupos 4500 TMP5% e Gel ácido (p>0,05), assim como nos
grupos 4500 e 9000 (p> 0,05) (Figura 1A, Anexo M).
Na análise de F formado no esmalte, o grupo 4500 TMP5% apresentou
maior concentração de F formado quando comparado aos grupos 9000 e Gel
ácido (p<0,05) (Figura 1B, Anexo N). O grupo 9000 apresentou a maior
concentração de F retido, diferindo dos demais (p<0,05).
A concentração de Ca formado no esmalte foi semelhante em todos os
grupos (p>0,05), exceto para o Gel ácido (p<0,05) o qual apresentou a maior
concentração. Na análise de Ca retido no esmalte os grupos 4500 TMP3% e
4500 TMP5%, não diferiram entre si (p>0,05), e o Gel ácido apresentou a maior
concentração (p<0,05) (Figura 1 C, Anexo O).
Os valores de P formado no esmalte (Figura 1D, Anexo P) foram
semelhantes entre os grupos (p>0,05). Já o grupo Gel ácido apresentou o maior
valor de P retido no esmalte (p<0,05) comparado com os demais grupos.
46
Marcelle Danelon
2.6 Discussão
A indicação da aplicação dos produtos fluoretados de alta concentração é
recomendada para pacientes que possuem alto risco de desenvolvimento de
cárie dentária. O uso de produtos com alta concentração de F em crianças
pequenas deve ser cuidadosamente monitorado, devido ao risco de intoxicação
aguda [Fomon et al., 2000; Ripa, 1990]. Os resultados do presente estudo
mostram a possibilidade para uma aplicação de géis fluoretados mais segura. A
associação de um sal de fosfato de sódio permite a formulação de um gel com
concentração reduzida de F (4500 µgF/g) sem alterar sua eficácia.
O estudo mostra que um gel com 4500 é 30% menos efetivo (SHf e
∆KHN) que o gel com 9000 (Tabela 1). A adição de 5% de TMP no gel de 4500
promoveu um aumento de 38% na dureza de superfície (SHf ) e uma área de
lesão 50% menor quando comparado ao grupo 4500. A atividade anticárie
produzida pelo TMP se deve a uma redução do processo de desmineralização do
esmalte [Gonzalez, 1971; Henry e Navia, 1969] e pode estar relacionada à
difusão de íons cálcio durante as trocas iônicas [van Dik et al., 1980]. Os grupos
com TMP (com ou sem fluoreto) apresentaram maior retenção de cálcio no
esmalte (Figura 1C). Esta maior presença de Ca no esmalte não significou uma
redução da perda mineral (Tabela 1 e Figura 2) na ausência de F (grupos
TMP3% e TMP5%). O efeito na perda mineral só foi observado quando
associado ao F (grupo TMP5%). Apesar de o TMP ser um sal de fosfato,
observa-se neste estudo, que não houve um aumento significativo na
concentração de fosfato no esmalte dentário. O TMP é solúvel em meio aquoso,
mas não há disponibilização de fosfato ao meio, somente quando submetido à
hidrólise.
O efeito anticárie dos produtos tópicos de alta concentração de F está
relacionado à deposição de CaF2 ao esmalte [Hicks et al., 2004; Moreno, 1993]
que é concentração e pH dependente [Moreno, 1993]. Os dados do presente
estudo mostram uma correlação positiva considerando os géis experimentais
placebo, 4500 e 9000 (valor de r = 0,982; R2 = 0,927). Utilizando um meio ácido
(Gel ácido) a formação de CaF2 foi 4 vezes maior quando comparado ao gel com
9000 (Figura 1). O Gel ácido apresentou uma redução de 95% de CaF2 durante a
ciclagem de pH explicando as menores perdas de dureza (Tabela 1). A presença
47
Marcelle Danelon
de TMP nos géis fluoretados não produziu uma adsorção de CaF2 ao esmalte
que justificaria os bons resultados do grupo 4500 TMP5%. Entretanto, a redução
da perda mineral (SHf e ∆KHN) neste grupo pode estar relacionada ao F
incorporado ao esmalte que foi 3 vezes maior quando comparado ao grupo Gel
ácido (Figura 1), após aplicação do produto. Uma maior concentração de F no
esmalte e a presença de TMP melhoraram a difusão de íons Ca para o interior do
esmalte, pois houve uma maior (50%) presença de Ca em relação aos grupos
4500 e 9000, após ciclagem de pH. Em contrapartida, o grupo 9000 apresentou
um aumento de 70% na presença de F no esmalte pós-ciclagem, valor 2 vezes
maior que o grupo Gel ácido (Figura 1B), porém uma concentração de Ca
presente no esmalte semelhante aos grupos TMP3%, TMP5% e 4500. Estes
resultados podem explicar uma área de lesão (∆KHN) maior no esmalte para o
grupo 9000 quando comparado aos grupos 4500 TMP5% e Gel ácido.
O gel experimental 9000 apresentou similar habilidade em reduzir a perda
da dureza de superfície comparada ao grupo Gel ácido indicando eficácia similar.
Delbem e Cury [2002] mostraram que um gel ácido produziu menor perda
mineral quando comparado ao gel fluoretado neutro. A comparação metodológica
indica um maior tempo de ciclagem (14 dias) e análise de dureza realizada com
carga maior (50 g) no estudo de Delbem e Cury [2002]. Resultados semelhantes
foram observados com os dados da perda integrada de dureza de subsuperfície
(∆KHN) e o perfil da lesão (Figura 2). Provavelmente, a redução de 90% de CaF2
no grupo 9000, durante a ciclagem de pH, e que levou ao aumento de 70% do F
presente no esmalte, produziu um efeito semelhante ao grupo Gel ácido restrito a
camada mais superficial do esmalte (15 µm), sem, contudo promover uma ação
em profundidade no esmalte (Figura 2). Uma lesão de subsuperfície menor
observada no Gel ácido esteve, basicamente, relacionada ao maior depósito de
CaF2 formado e Ca presente no esmalte, pois o F presente no esmalte pós-
ciclagem foi semelhante aos grupos placebo, TMP3%, 4500 e 4500 TMP3%
(Figura 1). No grupo 4500 TMP5% a presença do TMP produziu uma aumento de
dureza em profundidade no esmalte que pode estar relacionado à capacidade do
TMP em facilitar a difusão de íons para o interior do esmalte [Van Dik et al.,
1980].
48
Marcelle Danelon
Contudo, os resultados deste estudo não podem ser considerados
definitivos, pois o modelo de ciclagem de pH, apesar de simular o
desenvolvimento da cárie sob condições controladas, apresenta limitações. O
Gel ácido apresentou maiores valores de Ca e P e o gel 4500 TMP5% maiores
valores de F presente no esmalte (Figura 1 B, C e D). Pode-se dizer que a
constituição do esmalte na área da lesão foi diferente, após a ciclagem de pH;
entretanto, produziu resultados semelhantes. O delineamento e a metodologia
utilizada neste estudo, porém não permitiu determinar qual tipo de fosfato de
cálcio foi depositado no esmalte. Conclui-se que a adição de TMP na
concentração de 5% em géis com concentração reduzida de F (4500) pode inibir
a desmineralização do esmalte dentário, neste estudo in vitro.
Agradecimentos
Á Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pela
Bolsa de Mestrado e auxílio concedido para a realização do trabalho. (Processo
nº 2008/08913-7)
2.7 Referências
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51
Marcelle Danelon
Tabela Tabela 1 – Valores médios (DP) de dureza de superfície antes (SHi) e pós-ciclagem de pH (SHf) e da perda integrada de dureza de subsuperfície (∆KHN) (n= 10) de acordo com os grupos.
Análises de dureza
Grupos SHi SHf ∆KHN
Placebo 374.1 (1.0)a 75.4 (35.5)a 11610.7 (988.8)a
TMP3% 372.7 (1.6) a 31.7 (12.5)b 12211.1 (1310.9)a
TMP5% 373.5 (2.0)a 51.5 (33.9)a,b 11743.7 (773.3)a
4500 373.6 (1.7)a 198.2 (20.5)c 8229.1 (773.3)b
4500 TMP3% 373.3 (1.8)a 219.5 (50.5)c 6993.5 (1038.4)c
4500 TMP5% 373.1 (1.7)a 274.9 (10.3)d 4078.2 (589.1)d
9000 374.2 (3.0)a 280.6 (9.1)d 6124.0 (939.6)e
Gel ácido 373.0 (1.3)a 293.4 (24.8)d 4582.3 (948.4)d
Letras distintas mostram diferença significante em cada análise entre os grupos (Bonferroni; p<0,05).
52
Marcelle Danelon
Figuras
Figura 1. Representação gráfica dos valores médios (n=10) da (A) concentração de fluoreto de cálcio (CaF2), (B) fluoreto, (C) cálcio e (D) fósforo presente no esmalte antes (formado) e após (retido) ciclagem de pH de acordo com os grupos. Barras verticais mostram desvio-padrão. Letras distintas mostram diferença significante em cada análise entre os grupos (p<0.05).
53
Marcelle Danelon
Figura 2 . Gráfico do perfil da dureza (média, n=10) em função da profundidade no esmalte de acordo com os grupos testados.
.
0
40
80
120
160
200
240
280
320
360
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
Du
reza
(K
g/m
m2)
Profundidade (µµµµm)
Placebo
TMP3%
TMP5%
4500
4500 TMP3%
4500 TMP5%
9000
Gel ácido
55
Marcelle Danelon
3 Avaliação in situ de um gel de baixa concentração de fluoreto associa do
ao trimetafosfato de sódio no processo de remineral ização
Danelon M., Takeshita EM., Sassaki KT., Delbem ACB . Faculdade de Odontologia - Campus de Araçatuba, UNE SP - Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.
Título curto: Ação de géis de baixa concentração co m trimetafosfato de
sódio na remineralização
Palavras-Chave: Géis, Flúor, Remineralização dentár ia, Fosfatos.
Correspondência: Alberto Carlos Botazzo Delbem Universidade Estadual Paulista – UNESP Departamento de Odontologia Infantil e Social Rua : José Bonifácio 1193 Araçatuba – SP - Brasil CEP: 16015-050 Tel: (55) (18) 3636 3235 Fax : (55) (18) 3636 3332 Email: [email protected]
* De acordo com as instruções aos autores do periód ico Caries Research
(Anexo A)
56
Marcelle Danelon
3.1 Resumo
O objetivo foi avaliar in situ a capacidade de um gel com baixa concentração de F
suplementado com trimetafosfato de sódio (TMP) em promover a
remineralização. Blocos de esmalte bovinos foram selecionados pela dureza de
superfície (SH1), após desmineralização, e divididos em cinco grupos
experimentais: gel sem F e sem TMP (Placebo); gel com 4500 µg F/g (4500); gel
com 4500 µg F/g + TMP5% (4500 TMP5%), gel com 9000 µg F/g (9000) e gel
com 12300 µg F/g (Gel ácido). Doze voluntários utilizaram dispositivos palatinos,
com quatro blocos de esmalte desmineralizados, durante três dias após a
aplicação tópica de fluoreto (ATF). Dois blocos foram removidos imediatamente
após a ATF para análise do CaF2, F, Ca e P pós-ATF no esmalte. Nos blocos
restantes determino-se a dureza de superfície (SH2) e em secção longitudinal
(∆KHN) e CaF2, F, Ca e P pós-remineralização. Os resultados foram submetidos
à análise de variância e teste de Bonferroni (p<0,05). Os grupos 4500 TMP5% e
9000 apresentaram os melhores resultados de SH2 (p<0,05). Menores valores de
∆KHN foram observados nos grupos 4500 TMP5% e Gel ácido (p<0,05). Maior
concentração de CaF2 e F foi observada no grupo Gel ácido, seguido pelos
grupos 4500 TMP5% e 9000 (p>0,05). Houve maior presença de Ca após a
remineralização (p<0,05), com os maiores valores para os grupos 4500 TMP5%
e Gel ácido. Estes grupos apresentaram os maiores valores de P pós-
remineralização (p<0,05). Concluiu-se que é possível promover a
remineralização do esmalte com gel fluoretado de baixa concentração
suplementando-o com TMP 5%.
Palavras-chave : Géis, Flúor, Remineralização dentária, Fosfatos.
57
Marcelle Danelon
3.2 Abstract
This study aimed to evaluate in situ the gel with a low fluoride (F) concentration
and supplemented with sodium trimetaphosphate (TMP) to promote enamel
remineralization. Bovine enamel blocks were selected through surface hardness
(SH1) after demineralization and divided into five groups: gel without F and TMP
(Placebo), gel with 4500 µg F/g (4500), gel with 4500 µg F/g + TMP5% (4500
TMP5%), gel with 9000 µg F/g (9000) , gel with 12.300 µg F/g (acid gel). Twelve
volunteers wore palatal appliances with four demineralized blocks, three days
after topical application of F (ATF). Two blocks were removed immediately after
the ATF to determine CaF2, F, Ca and P post-ATF in the enamel. In the remaining
blocks, surface (SH2) and cross-sectional (∆KHN) hardness, and CaF2, F, Ca and
P after demineralization were determined. The results were subjected to analysis
of variance and Bonferroni tests (p <0.05). The groups 4500 TMP5% and 9000
showed the best results of SH2 (p <0.05). Lower values of ∆KHN were observed
in 4500 TMP5% and acid gel groups (p <0.05). Higher concentrations of CaF2
and F were observed in acid gel group, followed by 4500 TMP5% and 9000
groups (p> 0.05). A greater Ca concentration was found after remineralization
(p<0,05) in 4500 TMP5% and acid gel groups. These groups showed the highest
P values after remineralization (p <0.05). It was concluded that it is possible to
promote the remineralization of enamel with fluoride gel in low concentration by
supplementation with TMP5%.
Keywords: Gels, fluoride, tooth remineralization, P hosphates.
58
Marcelle Danelon
3.3 Introdução A eficácia do fluoreto (F) em prevenir a cárie dentária, já está bem
documentada desde meados dos anos 30 [Strohmenger e Brambilla, 2001]. A
aplicação tópica profissional (ATF) é frequentemente utilizada tanto no
consultório particular quanto em saúde pública, principalmente a pacientes que
apresentam alto risco de desenvolvimento à doença. Atualmente, observam-se
diversos veículos, agentes e regimes para fornecer F aos pacientes, entre os
quais se destacam as soluções, géis, vernizes [Hawkins et al., 2003] e espumas
fluoretadas. O efeito preventivo desses produtos de alta concentração de F está
principalmente relacionado à maior formação de reservatórios de F na superfície
do dente na forma de fluoreto de cálcio (CaF2), também denominado de flúor
fracamente ligado [Saxegaard e Rölla, 1988]. Este fica adsorvido sobre a
superfície do dente agindo como um reservatório de F disponível para atuar nos
momentos de queda de pH, intervindo diretamente na dinâmica do processo des-
remineralização, e desta forma interferindo com a progressão da lesão de cárie
[Featherstone et al., 1986; Ten Cate, 1990].
Alguns autores vêm demonstrando preocupação com a utilização desses
produtos, devido ao risco de intoxicação aguda em virtude da elevada retenção
de F na cavidade bucal após sua utilização e a possibilidade de ingestão de
grande quantidade durante a aplicação na criança, resultando no aumento dos
níveis de F nos fluídos corpóreos [Brown et al., 1994; Lecompte, 1987; Spak et
al., 1990; Wei e Hattab, 1988; Wei e Chik, 1990; Whitford, 1987; Whitford et al.,
1995]. Questiona-se então, o risco de ingestão desse produto e seu potencial
tóxico, uma vez que a ingestão de grande quantidade de F pode provocar desde
irritações gástricas, náuseas e vômitos, até a morte (lecompte, 1987; Spak et al.,
1990).
Um recurso que poderia ser empregado para diminuir a ingestão de F ou
evitar a ingestão crônica seria a suplementação com cálcio e/ou fosfato, uma vez
que o processo da remineralização, embora seja intensificado pelo F, depende
primariamente da presença desses íons na saliva [Schemehorn et al., 1999 a,b].
Alguns estudos demonstraram a ação anticárie dos sais de fosfato [Gonzalez,
1971; Gonzalez et al, 1973; Harris et al., 1967; Städtler et al., 1996], sendo sua
efetividade inicialmente estudada adicionando-o a alimentos. Takeshita et al.
59
Marcelle Danelon
[2009] demonstraram in vitro, que a suplementação com 1% de trimetafosfato
(TMP) em um dentifrício de reduzida concentração de F (500 µg/g) mostrou uma
ação semelhante à de um dentifrício padrão (1100 µg F/g).
Sabendo-se da ação anticárie dos sais de fosfato [Gonzalez, 1971;
Gonzalez et al, 1973; Harris et al., 1967; Städtler et al., 1996], e sua efetividade
quando associada a dentifrícios de baixa concentração de F [Takeshita et al.,
2009] a sua adição aos géis poderia manter a efetividade em concentrações
reduzidas de F. Entretanto, não há na literatura trabalhos relacionados com géis
de concentração reduzida de F e/ou suplementados.
Dessa forma, a proposta do presente trabalho, foi avaliar a capacidade de
um gel tópico, com concentração reduzida de F e suplementado com TMP, em
promover a remineralização in situ do esmalte dentário.
3.4 Material e Método
Delineamento Experimental
O estudo foi cego e cruzado consistindo em cinco fases com duração de
três dias cada e pausa de sete dias entre uma etapa e outra, para eliminar
possíveis efeitos residuais dos tratamentos [Delbem et al., 2010]. O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa em Humanos da Faculdade de
Odontologia – campus de Araçatuba previamente ao início do estudo (Processo:
0189/09) (Anexo G). Doze voluntários com idade entre 20 e 30 anos e boa saúde
geral e bucal e com fluxo salivar normal foram selecionados. Blocos de esmalte
(4x4mm) foram obtidos de dentes incisivos bovinos e mantidos em solução de
formol a 2%, pH 7,0 durante 30 dias antes de qualquer procedimento
experimental [Delbem e Cury, 2002]. Esses blocos tiveram sua superfície de
esmalte polida, permitindo sua seleção através da determinação da dureza de
superfície inicial (SH) (Anexos B e Q). Os blocos foram desmineralizados e
submetidos ao teste de dureza de superfície pós-desmineralização (SH1) (Anexo
Q). Foram confeccionados dispositivos para a arcada superior com quatro
espaços (4x4mm), nos quais se fixou quatro blocos de esmalte bovino
desmineralizado (Anexo I). Os grupos consistiram em cinco tratamentos: 1) Gel
60
Marcelle Danelon
sem F e sem TMP (placebo); 2) Gel com 4500 µg F/g (4500); 3) Gel com 4500 µg
F/g + TMP5% (4500 TMP5%); 4) Gel com 9000 µg F/g (9000); 5) Gel com 12300
µg F/g (Gel ácido). Dois blocos do dispositivo foram removidos imediatamente
após a aplicação tópica de F para análise da concentração de CaF2, F, Ca e P
formados no esmalte (Anexos F, S, T, U e V). Após três dias do período de
remineralização os outros dois blocos foram removidos do dispositivo para
análise da dureza de superfície final (SH2) e em secção longitudinal para o
cálculo da perda integrada de dureza de subsuperfície (∆KHN) (Anexos D e R), e
da concentração de CaF2, F, Ca e P (Anexos F, S, T, U e V) presentes no
esmalte após o período de remineralização. Para análise estatística, foram
considerados como variáveis os valores de SH, SH1,SH2 CaF2, ∆KHN e o
conteúdo de F, Ca e P no esmalte e, como fator de variação, os géis.
Formulação e Dosagem de F nos Géis Experimentais e Comercial
Os géis experimentais foram manipulados no laboratório com os seguintes
componentes: carboximetilcelulose, sacarina, glicerina, óleo de menta, água
deionizada. As concentrações de F foram de 4500 µg F/g e 9000 µg F/g (na
forma de NaF, Merck, Darmstadt, Germany). Adicionou-se ao gel de 4500 µg F/g
um sal de fosfato (Trimetafosfato de sódio – TMP, Sigma-Aldrich Co., St. Louis,
MO, USA) na concentração de 5%. Foi preparado também um gel sem F e TMP
(placebo) e utilizou-se um gel de pH ácido contendo 12300 µg F/g na forma de
NaF (DFL Indústria e Comércio S.A, Rio de Janeiro, RJ, Brasil).
Para a dosagem de F nos géis utilizou-se um eletrodo específico
combinado para íon F (9609 BN - Orion) e analisador de íons (720A – Orion
Research,USA), previamente calibrado com cinco padrões: 2, 4, 8, 16 e 32 µg
F/mL. Os dados obtidos em mV foram convertidos em µg F/mL.
Em um recipiente de plástico colocou-se 100-110 mg dos produtos e após
dissolução em água deionizada, o conteúdo dos recipientes foi transferido para
balões volumétricos e completou-se o volume para 100 mL. Foram realizadas
triplicatas de cada produto. Posteriormente, amostras de 1 mL em duplicata
foram retiradas de cada amostra e tamponadas com TISAB II (Tampão ajustador
de força iônica total) [Delbem et al., 2003] (Anexo J).
61
Marcelle Danelon
Indução das lesões de desmineralização artificial nos blocos de esmalte
Os blocos de esmalte bovino foram isolados completamente com uma fina
camada de esmalte de unha com exceção da superfície externa de esmalte, para
a indução das lesões de cárie artificial [Queiroz et al., 2008] e colocados
individualmente em solução desmineralizadora (1,3 mmol.L-1 Ca, 0,78 mmol.L-1
P em tampão acetato 0,05 mol/L, em pH 5,0; 0,03 ppm F; 32 mL/bloco) por um
período de 16 h, a 37oC. Após, determinou-se a dureza de superfície pós-
desmineralização (SH1).
Descrição da fase clínica dos grupos experimentais
Uma semana antes do início do experimento e durante todo o
experimento, os voluntários utilizaram dentifrício sem F. Não foi dada qualquer
instrução com relação à técnica de escovação. O dispositivo palatino e os blocos
foram escovados sempre que os voluntários realizavam a higiene bucal.
Inicialmente realizou-se uma profilaxia com pasta profilática sem F e taça
de borracha. Foram realizados cinco regimes experimentais: (1) Gel placebo; 2)
Gel 4500; 3) Gel 4500 TMP5% 3) Gel 9000; 4) Gel ácido. Os dentes foram
secos e o material foi colocado em moldeiras descartáveis até 1/3 de seu
volume. Após um minuto [Delbem e Cury, 2002], a moldeira foi removida, o
excesso de material retirado e os voluntários instruídos a expelir o excesso de
produto durante 30 a 60s. Concomitantemente à aplicação tópica do produto na
cavidade bucal, os blocos de esmalte também foram tratados fora da cavidade
bucal. Imediatamente após aplicação tópica com os géis experimentais, dois
blocos de cada dispositivo foram removidos para a determinação de CaF2, F, Ca
e P pós-remineralização presente no esmalte.
Transcorridos três dias após ATF [Delbem et al., 2010], para promover a
remineralização das lesões de desmineralização artificiais, os dispositivos foram
removidos e os blocos retirados dos mesmos. Os blocos foram limpos utilizando
gaze e água deionizada. Imediatamente após, avaliou-se a dureza de superfície
62
Marcelle Danelon
final (SH2) e, a seguir, os blocos foram isolados com cera para determinação de
CaF2 pós-remineralização [Caslavska et al., 1975]. Após, os blocos foram
seccionados ao meio para análise da dureza em secção longitudinal e dosagem
de F, Ca e P presentes no esmalte após remineralização [Delbem et al., 2005,
Delbem et al., 2010] (Anexo H).
Análise da dureza do esmalte
A dureza de superfície foi determinada utilizando-se o microdurômetro
Shimadzu Micro Hardness Tester HMV-2000 (Shimadzu Corporation, Kyoto,
Japan), com penetrador tipo Knoop, carga estática de 25 g e tempo de 10 s,
acoplado ao Software para análise de imagem CAMS-WIN (NewAge Industries,
USA). Cinco impressões, separadas entre si por uma distância de 100 µm, foram
realizadas na região central de cada bloco (SH). Após a indução de lesão de
desmineralização, realizaram-se outras cinco impressões (SH1) distantes a 100
µm das impressões de SH e outras cinco para análise de SH2 (Anexo C). Após a
análise da dureza superficial (SH), dez blocos que foram submetidos à
desmineralização (SH2) e todos os blocos do experimento, foram seccionados
longitudinalmente para análise da dureza em secção longitudinal. Para a análise
da dureza em secção longitudinal, uma secção foi feita no centro de cada bloco e
uma das metades incluída em resina acrílica e polida. Utilizou-se microdurômetro
Micromet 5114 hardness tester (Buehler, Lake Bluff, USA e Mitutoyo Corporation,
Kanagawa, Japan) e o software Buehler OmniMet (Buehler, Lake Bluff, USA),
carga de 5 g por 10 s em aumento de 1000 vezes. Três seqüências de 14
impressões nas distâncias de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50, 70, 90, 110, 130, 220
e 330 µm da superfície externa do esmalte foram realizadas na área central dos
blocos, distantes 100 µm uma da outra [Delbem et al., 2010]. Os valores médios
dos três pontos medidos foram calculados em cada distância. A área integrada
da dureza (KHN x µm) da lesão até o esmalte hígido foi calculada utilizando a
regra trapezoidal (GraphPad Prism, versão 3.02) e subtraída da área integrada
da dureza do esmalte hígido obtendo-se a perda integrada de dureza de
subsuperfície (∆KHN) [Spiguel et al., 2009] (Anexos D).
63
Marcelle Danelon
Análise da concentração de CaF2 presente no esmalte
A concentração CaF2 no esmalte foi mensurada imediatamente após a
aplicação tópica dos géis experimentais (CaF2 pós-ATF) e após os experimentos
in situ (CaF2 pós-remineralização) utilizando a metade restante dos blocos
submetidos aos três dias de remineralização. Os blocos foram medidos com
paquímetro digital Mitutoyo CD – 15B (Mitutoyo Corp., Japão), obtendo-se a área
superficial do esmalte.
Os blocos tiveram suas superfícies isoladas com cera rosa, exceto a
superfície de esmalte. Em seguida, foram imersos em 0,5 mL de solução KOH
0,5 mol.L-1 por 24 h, com agitação constante [Caslavska et al., 1975]. Após, a
solução foi neutralizada com 0,5 mL de HCl 0,5 mol.L-1 e tamponada com 0,5 mL
de TISAB II (Tampão ajustador de força iônica total) pH 5,0. A leitura das
dosagens foi realizada utilizando o analisador de íons (720A – Orion
Research,USA), previamente calibrados com cinco padrões: 0,0625; 0,125;
0,250; 0,500 e 1,0 µg F/mL. Os dados obtidos em mV foram convertidos em µg
F/cm2.
Análise de F, Ca e P presentes no esmalte
Após extração do CaF2 e remoção da cera rosa, os blocos (2x2 mm)
obtidos de metades seccionadas foram utilizados para determinação do F, Ca e
P presentes no esmalte pós-ATF e pós-remineralização. Os blocos foram fixados
com cola adesiva em mandril para peça reta e uma camada de esmalte (~100
µm) foi removida [Takeshita et al., 2009; Weatherell et al., 1985]. Utilizou-se uma
base de microscópio modificada com manômetro acoplado (Pantec, São Paulo,
Brasil) e disco de lixa auto-adesiva (13 mm de diâmetro) de carbureto de sílica,
granulação 400 (Buelher) em frascos de poliestireno cristal (J-10, Injeplast,
Brasil). Os frascos, após a adição de 0,5 mL de HCl 1,0 mol.L-1, foram mantidos
sob agitação constante durante 1 h sendo por fim adicionado 0,5 mL de NaOH
1,0 mol.L-1 [Alves et al., 2007; Takeshita et al., 2009]. Os resultados foram
expressos em µg/mm3.
64
Marcelle Danelon
Para análise de F utilizou-se eletrodo específico 9409BN (Thermo
Scientific, Beverly, MA, USA) e microeletrodo de referência (Analyser, São Paulo,
Brasil) acoplados a um analisador de íons (Orion 720A+, Thermo Scientific,
Beverly, MA, USA). Os eletrodos foram previamente calibrados com padrões
contendo 0,08 a 1,28 µg F/mL, nas mesmas condições das amostras. As leituras
foram realizadas, com alíquota de 500 µL da solução da biópsia acrescidas com
o mesmo volume de TISAB II (Tampão ajustador de força iônica total). O Ca foi
determinado pelo método colorimétrico utilizando-se Arsenazo III, como descrito
por Vogel et al. [1983]. Para calibração, foram utilizados padrões contendo 40 a
200 µg Ca/mL. Alíquotas de 3 µL (duplicata) foram dispostas em placas de 96
poços (Placa para cultura de células de fundo chato - Modelo 92096 – TPP,
Switzerland) acopladas em leitor de placas (PowerWave 340, Biotek), utilizando
comprimento de onda de 650 nm. O P foi determinado utilizando uma alíquota de
0,02 mL através do método colorimétrico descrito por Fiske e Subbarow [1925].
As leituras em duplicata foram realizadas em espectrofotômetro (Hitachi U-1100
UV/Vis spectrophotometer - Hitachi High Technologies, Tokyo, Japan) no
comprimento de onda de 660 nm (Anexo F).
Análise estatística
Para análise estatística, foram considerados como variáveis os valores de
SH, SH1, SH2, ∆KHN e CaF2, F, Ca e P presentes no esmalte (pós-ATF e pós-
remineralização); e como fator de variação o tipo de gel. Os dados de CaF2 e F
presente no esmalte, após transformação (raiz cúbica), o P (transformação
logarítmica) e as demais variâncias apresentaram distribuição normal
(Kolmogorov-Smirnov) e variâncias homogêneas (Cochran). Os resultados foram
submetidos à Análise de Variância (One-way) seguida pelo teste de Bonferroni
(p<0,05). A comparação entre o CaF2, F, Ca e P presentes no esmalte pós-ATF e
pós-remineralização foi realizada através do teste t pareado (p<0,05). As
análises foram realizadas utilizando-se o programa BioEstat (versão 5.0),
estabelecendo-se o nível de significância em 5%.
65
Marcelle Danelon
Resultados
Os valores médios (DP) da concentração (µg F/g) de F (iônico) nos géis
(Placebo, 4500, 4500 TMP5%, 9000 e Gel ácido) foram respectivamente: 113,8
(1,9); 4733,9 (77,3); 4100,9 (22,3); 8940,9 (218,9) e 11247,0 (54,0). O valor
médio (DP) da SH de todos os blocos dos voluntários foi 372,5 (0,6) kg/mm2. As
médias da dureza de superfície inicial dos grupos variaram de 372,0 (1,2) a 373,0
(1,5) kg/mm2 sem diferença estatística entre elas (p>0,05). O valor médio (DP) da
dureza de superfície pós-desmineralização (SH1) foi 71,4 (1,4) kg/mm2 e as
médias (DP) variaram entre 72,0 (1,8) e 70,2 (3,7) (p>0,05).
Com relação aos dados da SH2 (Tabela 1, Anexo Q), os grupos 4500 e
Gel ácido apresentaram valores de dureza similares (p>0,05). Os maiores
valores foram observados nos grupos 4500 TMP5% e 9000 os quais foram
semelhantes entre si. Os resultados de ∆KHN (Tabela 1, Anexos Q e R)
mostraram que os grupos Placebo e 4500 apresentaram os maiores valores
quando comparado aos demais grupos fluoretados (p<0,05). Os grupos 4500
TMP5% e Gel ácido apresentaram menores ∆KHN (figura 2) quando comparado
ao grupo Placebo (p<0,05).
A maior concentração (p<0,05) de CaF2 pós-ATF foi observada no grupo
do Gel ácido, seguido dos grupos 9000 e 4500 suplementado (figura 1A). Após
os três dias de remineralização, o grupo do Gel ácido apresentou a maior
concentração de CaF2, enquanto os grupos 9000, 4500 e 4500 TMP5%
mostraram valores menores e semelhantes entre si (p>0,05). Os menores
valores de CaF2 tanto pós-ATF quanto pós-remineralização foram encontrados
no grupo Placebo.
O Gel ácido apresentou a maior concentração (p<0,05) de F presente no
esmalte tanto pós-ATF como pós-remineralização dentre todos os grupos (figura
1B). O grupo 4500 TMP5% mostrou concentração de F pós-ATF maior que o do
grupo 4500 (p<0,05) e semelhante ao do 9000 (p>0,05). O grupo 9000
apresentou concentração de F pós-remineralização maior (p<0,05) que do grupo
4500 (p<0,05).
A concentração de Ca pós-ATF presente no esmalte (Figura 1C) foi
semelhante em todos os grupos (p>0,05), porém apresentaram valores menores
(p<0,05) quando comparado ao Ca determinado após a remineralização. Os
66
Marcelle Danelon
grupos 4500 TMP5% e Gel ácido apresentaram os maiores valores de Ca
presente no esmalte pós-remineralização in situ (p<0,05). Os 4500 e 9000
apresentaram concentração de Ca semelhante (p>0,05) e maior quando
comparado ao grupo Placebo (p<0,05).
Os valores de P pós-ATF presentes no esmalte (Figura 1D, AnexoV) foram
semelhantes entre todos os grupos (p<0,05). O grupo 4500 TMP5% e Gel ácido
apresentaram resultados de P pós-remineralização similares entre si (p>0,05) e
melhores quando comparados aos demais grupos (p<0,05). O grupo 9000
apresentou maiores valores de P quando comparado ao grupo Placebo (p<0,05).
A concentração de P presente no esmalte pós-ATF e pós-remineralização não
diferiu entre os grupos Placebo e 4500 (p>0,05).
Discussão
A aplicação tópica de F altamente concentrado tem sido eficaz na
prevenção e controle da cárie dentária [Marinho et al., 2002], entretanto
apresenta potencial risco de intoxicação aguda, principalmente em crianças. Um
produto com menor concentração de F pode reduzir o risco, mas os resultados
do presente estudo mostraram que isto diminui a capacidade remineralizadora
(Tabela 1). Com a adição de 5% de TMP ao gel fluoretado de 4500 µg F/g foi
possível formular um gel com capacidade remineralizadora semelhante a de um
gel acidulado.
Durante o processo de remineralização in situ o gel com 9000 µg F/g foi
52% mais efetivo (∆KHN) que o gel com 4500 µg F/g (Tabela 1). Considerando
os géis neutros, é possível observar uma correlação entre a concentração de
fluoreto e dos dados de dureza (r = 0,997). Adicionando-se 5% de TMP ao gel
com 4500 µg F/g houve uma redução de 96% na área da lesão quando
comparado ao grupo 4500, mesmo efeito produzido pelo Gel ácido. A capacidade
de promover remineralização é dependente da difusão de íons Ca e P no interior
da lesão [Reynolds, 2008]. O TMP parece facilitar a difusão de íons cálcio
durante as trocas iônicas [van Dik et al, 1980]. Além da maior presença de Ca
após a remineralização (Figura 1C), observou-se mais P com o gel 4500 TMP5%
na área da lesão (Figura 1D). Apesar do TMP ser um sal de fosfato, a quantidade
67
Marcelle Danelon
de fósforo presente no esmalte após a remineralização foi similar ao Gel ácido.
Entretanto, a quantidade de CaF2 depositado após aplicação do gel foi similar
aos grupos 4500 e 9000 (Figura 1A).
O efeito remineralizador dos produtos tópicos de alta concentração de
fluoreto está relacionado à deposição de CaF2 ao esmalte e sua dissolução
durante o experimento in situ [Delbem et al., 2010]. Os dados do presente estudo
mostraram uma correlação positiva considerando os géis experimentais placebo,
4500 e 9000 (valor de r = 0,838; R2 = 0,702). O efeito remineralizador do Gel
ácido foi relacionado à grande deposição de CaF2, 5 vezes maior do que o grupo
9000 (Figura 1A). O F presente no esmalte, após aplicação do gel, foi 69% maior
em relação ao grupo 9000 (Figura 1B). A adição de TMP no gel fluoretado não
produziu uma adsorção de CaF2 ao esmalte que sozinho justificaria os bons
resultados do grupo 4500 TMP5%, porém a presença de F no esmalte após
aplicação do gel foi 42% maior quando comparado ao grupo 4500. Apesar da
presença do F no grupo 4500 TMP5% aumentar na mesma proporção que o
grupo 9000, após a remineralização, foi 53% menor quando comparado ao Gel
ácido (Figura 1B).
A capacidade do grupo 4500 TMP5% em favorecer a remineralização está
associada à maior presença de Ca e P com uma ação em profundidade no
esmalte (Figura 2). Como a saliva é supersaturada com relação ao Ca e P
[Reynolds et al., 2003] houve grande disponibilidade destes íons com melhor
difusão para o esmalte na presença do TMP (Figura 1C e D). O perfil da lesão
mostrou uma redução na área da lesão em maior grau entre 40 a 110 µm quando
comparado ao Gel ácido. Uma maior concentração de F no esmalte (Figura 1A e
B) com o gel acidulado produziu uma ação mais superficial na área da lesão
entre 10 e 30 µm (Figura 2). Estudos mostram que a aplicação de F em lesões
de cárie inicial resulta na remineralização da área mais superficial [Altenburger et
al., 2008; Attin et al., 2007; Contijo et al., 2007; Lagerweij et al., 2006].
Apesar de apresentar capacidade em reduzir a área da lesão em maior
proporção que o gel com 9000 µg F/g, a superfície do esmalte tratado com gel
acidulado apresentou-se mais amolecida (Tabela1). O presente estudo indica
que o pH do Gel ácido pode ter contribuído para a maior dissolução do esmalte
após a aplicação tópica e pode produzir um aumento na rugosidade do esmalte
[Botta et al., 2010]. Para formar 8 vezes mais CaF2 que o grupo 4500 grande
68
Marcelle Danelon
quantidade de Ca foi disponibilizado do esmalte durante a aplicação do gel
acidulado [Delbem e Cury, 2002]. Os grupos fluoretados apresentaram rápida
perda dos depósitos de CaF2 durante os 3 dias ao redor de 90%. A rápida
dissolução do CaF2 e o curto período experimental pode ter contribuído para
valores de SH2 menores que o grupo 9000.
Apesar do curto período experimental in situ o modelo permitiu que o
processo de remineralização ocorresse observando relação dose-resposta. O
grupo Placebo apresentou um ganho mineral (~23%), considerando a dureza de
superfície e ∆KHN, próximo ao observado por Delbem et al. [2010]. O aumento
de Ca presente no esmalte (~40%) após a remineralização possibilitou estes
resultados.
Conclui-se que a adição de TMP na concentração de 5% em um gel com
concentração reduzida de F (4500) foi capaz de promover a remineralização de
lesão de cárie artificial, neste estudo in situ.
Agradecimentos
Á Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pela
Bolsa de Mestrado para a realização do trabalho. (Processo nº 2008/08913-7),
aos voluntários participantes do estudo in situ e à Maria dos Santos Ferreira
Fernandes, pela confecção dos dispositivos palatinos.
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Marcelle Danelon
Tabela
Tabela 1 - Valores médios (n=12) de dureza de superfície inicial (SH), dureza de superfície pós-desmineralização (SH1), dureza de superfície final (SH2) e perda integrada de dureza de subsuperfície (∆KHN) de acordo com os grupos
Análises de dureza
Grupos SH SH1 SH2 ∆KHN
Lesão Desm - - - 9946.3 (1281.3)a
Placebo 372.0 (1.2)a 72.0 (5.8)a 123.9 (10.6)a 6938.9 (199.4)b
4500 373.1 (1.3)a 70.0 (2.2)a 150.9 (16.0)b 5392.4 (418.3)c
4500 TMP5% 371.8 (1.7)a 73.4 (4.0)a 172.5 (14.4)c 2750.7 (311.3)d
9000 372.6 (0.9)a 71.4 (3.7)a 172.5 (8.1)c 3557.9 (330.9)e
Gel ácido 373.0 (1.5)a 70.2 (3.7)a 155.7 (18.9)b 2570.4 (285.5)d
Letras distintas indicam diferença estatisticamente diferente em cada análise (Bonferroni; p<0.05).
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Figuras
Figura 1 : Representação gráfica dos valores médios (n=12) da (A) concentração de fluoreto de cálcio (CaF2), (B) fluoreto, (C) cálcio e (D) fósforo presente no esmalte pós-ATF e pós-remineralização in situ de acordo com os grupos. Barras verticais mostram desvio-padrão da média. Letras distintas mostram diferença significante entre os grupos em cada análise e quando se compara o CaF2 formado e retido dentro do grupo (p<0.05).
75
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Figura 2 : Gráfico do perfil da dureza (média, n=12) em função da profundidade de acordo com os grupos testados.
0
37
74
111
148
185
222
259
296
333
370
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
Du
reza
(K
g/m
m2)
Profundidade (µµµµm)
Lesão Desm Artificial
Placebo
4500
4500 TMP 5%
9000
Gel ácido
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ANEXO A Caries Research
Guidelines for Authors www.karger.com/cre_guidelines
Aims and Scope 'Caries Research' is an international journal, the aim of which is to promote research in dental caries and related fields through publication of original research and critical evaluation of research findings. The journal will publish papers on the a etiology, pathogenesis, prevention and clinical control or management of dental caries. Papers on health outcomes related to dental caries are also of interest, as are papers on other disorders of dental hard tissues, such as dental erosion. Aspects of caries beyond the stage where the pulp ceases to be vital are outside the scope of the journal.
Submission Manuscripts written in English should be submitted at
Online Manuscript Submission
Should you experience problems with your submission, please contact: Dr. R.P. Shellis [email protected] Tel. +44 (0)117 928 4328 Fax +44 (0)117 928 4778 Copies of any ‘in press’ papers cited in the manuscript must accompany the submission. Manuscripts reporting on clinical trials must be accompanied by the CONSORT checklist (see below). Conditions All manuscripts are subject to editorial review. Manuscripts are received with the explicit understanding that the data they contain have not previously been published (in any language) and that they are not under simultaneous consideration by any other publication. Submission of an article for publication implies the transfer of the copyright from the author to the publisher upon acceptance. Accepted papers become the property of 'Caries Research' and may not be reproduced by any means, in whole or in part, without the written consent of the publisher. It is the author's responsibility to obtain permission to reproduce illustrations, tables, etc., from other publications. Types of Papers Original papers or Short Communications are reports of original work (including systematic reviews and meta-analyses). Both have the structure outlined below but for Short Communications the abstract should be less than 100 words and the manuscript should not exceed 3 printed pages, equivalent to about 9 manuscript pages (including tables, illustrations and references). Reviews can have a freer format but should nevertheless commence with a Title page, an Abstract and an Introduction defining the scope. Current topics are concise articles that present critical discussion of a topic of current interest, or a
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fresh look at a problem, and should aim to stimulate discussion. Letters to the Editor, commenting on recent papers in the journal, are published occasionally, together with a response from the authors of the paper concerned. Preparation of Manuscripts Text should be one-and-a-half-spaced, with wide margins. All pages should be numbered, starting from the title page. A conventional font, such as Times New Roman or Arial, should be used, with a font size of 11 or 12. Avoid using italics except for Linnaean names of organisms and names of genes. Manuscripts should be prepared as a text file plus separate files for illustrations. The text file should contain the following sequence of sections: Title page; Declaration of interests; Abstract; Introduction; Materials and Methods; Results; Discussion; Acknowledgements; References; Legends; Tables. Each section should start on a new page, except for the body of the paper (Introduction to Acknowledgements), which should be continuous. Title page: The first page of each manuscript should show, in order:
• the title, which should be informative but concise; • the authors' names and initials, without degrees or professional status, followed by their
institutes; • a short title, maximum length 60 characters and spaces, for use as a running head; • a list of 3-10 key words, for indexing purposes; • the name of the corresponding author and full contact details (postal address, telephone
and fax numbers, and e-mail address).
Declaration of Interests: Potential conflicts of interest should be identified for each author or, if there are no such conflicts, this should be stated explicitly. Conflict of interest exists where an author has a personal or financial relationship that might introduce bias or affect their judgement. Examples of situations where conflicts of interest might arise are restrictive conditions in the funding of the research, or payment to an investigator from organizations with an interest in the study (including employment, consultancies, honoraria, ownership of shares). The fact that a study is conducted on behalf of a commercial body using funds supplied to the investigators' institution by the sponsor does not in itself involve a conflict of interest. Investigators should disclose potential conflicts to study participants and should state whether they have done so. The possible existence of a conflict of interest does not preclude consideration of a manuscript for publication, but the Editor might consider it appropriate to publish the disclosed information along with the paper. Abstract: The abstract should summarise the contents of the paper in a single paragraph of no more than 250 words (to ensure that the abstract is published in full by on-line services such as PubMed). No attempt should be made to give numerical results in detail. References are not allowed in the abstract. Introduction: This section should provide a concise summary of the background to the relevant field of research, introduce the specific problem addressed by the study and state the hypotheses to be tested. Materials and Methods (or Subjects and Methods): All relevant attributes of the material (e.g. tissue, patients or population sample) forming the subject of the research should be provided. Experimental, analytical and statistical methods should be described concisely but in enough detail that others can repeat the work. The name and brief address of the manufacturer or supplier of major equipment should be given. Statistical methods should be described with enough detail to enable a knowledgeable reader with access to the original data to verify the reported results. When possible, findings should be quantified and appropriate measures of error or uncertainty (such as confidence intervals) given.
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Sole reliance on statistical hypothesis testing, such as the use of P values, should be avoided. Details about eligibility criteria for subjects, randomization and the number of observations should be included. The computer software and the statistical methods used should be specified. See Altman et al.: Statistical guidelines for contributors to medical journals [Br Med J 1983;286:1489-93] for further information. Manuscripts reporting studies on human subjects should include evidence that the research was ethically conducted in accordance with the Declaration of Helsinki (World Medical Association). In particular, there must be a statement in Materials and Methods that the consent of an appropriate ethical committee was obtained prior to the start of the study, and that subjects were volunteers who had given informed, written consent. Clinical trials should be reported according to the standardised protocol of the CONSORT Statement. The CONSORT checklist must be submitted together with papers reporting clinical trials. In studies on laboratory animals, the experimental procedures should conform to the principles laid down in the European Convention for the Protection of Vertebrate Animals used for Experimental and other Scientific Purposes and/or the National Research Council Guide for the Care and Use of Laboratory Animals. Unless the purpose of a paper is to compare specific systems or products, commercial names of clinical and scientific equipment or techniques should only be cited, as appropriate, in the 'Materials and Methods' or 'Acknowledgements' sections. Elsewhere in the manuscript generic terms should be used. Results: Results should be presented without interpretation. The same data should not be presented in both tables and figures. The text should not repeat numerical data provided in tables or figures but should indicate the most important results and describe relevant trends and patterns. Discussion: This section has the functions of describing any limitations of material or methods, of interpreting the data and of drawing inferences about the contribution of the study to the wider field of research. There should be no repetition of preceding sections, e.g. reiteration of results or the aim of the research. The discussion should end with a few sentences summarising the conclusions of the study. However, there should not be a separate 'Conclusions' section. Acknowledgements: Acknowledge the contribution of colleagues (for technical assistance, statistical advice, critical comment etc.) and also acknowledge the source of funding for the project. The position(s) of author(s) employed by commercial firms should be included. Legends: The table headings should be listed first, followed by the legends for the illustrations. Tables: Tables should be numbered in Arabic numerals. Each table should be placed on a separate page. Tables should not be constructed using tabs but by utilising the table facilities of the word-processing software. Illustrations:
• Illustrations should be numbered in Arabic numerals in the sequence of citation. Figure numbers must be clearly indicated on the figures themselves, outside the image area.
• Black and white half-tone illustrations must have a final resolution of 300 dpi after scaling, line drawings one of 800-1200 dpi.
• Figures with a screen background should not be submitted. • When possible, group several illustrations in one block for reproduction (max. size 180 x
223 mm).
Color Illustrations Online edition: Color illustrations are reproduced free of charge. In the print version, the
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illustrations are reproduced in black and white. Please avoid referring to the colors in the text and figure legends. Print edition: Up to 6 color illustrations per page can be integrated within the text at CHF 760.00 per page. References Reference to other publications should give due acknowledgement to previous work; provide the reader with accurate and up-to-date guidance on the field of research under discussion; and provide evidence to support lines of argument. Authors should select references carefully to fulfil these aims without attempting to be comprehensive. Cited work should already be published or officially accepted for publication. Material submitted for publication but not yet accepted should be cited as 'unpublished results', while unpublished observations communicated to the authors by another should be cited as 'personal communication', with credit in both cases being given to the source of the information. Neither unpublished nor personally communicated material should be included in the list of references. Abstracts more than 2 years old and theses should not be cited without a good reason, which should be explained in the covering letter accompanying the paper. References should be cited by naming the author(s) and year. Where references are cited in parenthesis, both names and date are enclosed in square brackets. Where the author is the subject or object of the sentence, only the year is enclosed in brackets. One author: [Frostell, 1984] or Frostell [1984]. Two authors: [Dawes and ten Cate, 1990] or Dawes and ten Cate [1990]. More than two authors: [Trahan et al., 1985] or Trahan et al. [1985]. Several references cited in parenthesis should be in date order and separated by semi-colons: [Frostell, 1984; Trahan et al., 1985; Dawes and ten Cate, 1990]. Material published on the World Wide Web should be cited like a reference to a print publication, and the URL included in the reference list (not in the text), together with the year when is was accessed. The reference list should include all the publications cited in the text, and only those publications. References, formatted as in the examples below, should be arranged in strict alphabetical order. All authors should be listed. For papers by the same authors, references should be listed according to year. Papers published by the same authors in the same year should be distinguished by the letters a, b, c, ... immediately following the year, in both the text citation and the reference list. For abbreviation of journal names, use the Index Medicus system. For journals, provide only the year, volume number and inclusive page numbers. Digital Object Identifier (DOI) S. Karger Publishers supports DOIs as unique identifiers for articles. A DOI number will be printed on the title page of each article. DOIs can be useful in the future for identifying and citing articles published online without volume or issue information. More information can be found at www.doi.org
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Examples (a) Papers published in periodicals: Lussi A, Longbottom C, Gygax M, Braig F: Influence of professional cleaning and drying of occlusal surfaces on laser fluorescence in vivo. Caries Res 2005;39:284-286. (b) Papers published only with DOI numbers: Theoharides TC, Boucher W, Spear K: Serum interleukin-6 reflects disease severity and osteoporosis in mastocytosis patients. Int Arch Allergy Immunol DOI: 10.1159/000063858. (c) Monographs: Matthews DE, Farewell VT: Using and Understanding Medical Statistics. Basel, Karger, 1985. (d) Edited books: DuBois RN: Cyclooxygenase-2 and colorectal cancer; in Dannenberg AJ, DuBois RN (eds): COX-2. Prog Exp Tum Res. Basel, Karger, 2003, vol 37, pp 124-137. (e) Patents: Diggens AA, Ross JW: Determining ionic species electrochemically. UK Patent Application GB 2 064 131 A, 1980. (f) World Wide Web: Chaplin M: Water structure and behavior. www.lsbu.ac.uk/water, 2004.
Author's ChoiceTM With this option the author can choose to make his article freely available online against a one-time fee of CHF 2,750.00. This fee is independent of any standard charges for supplementary pages, color images etc. which may apply. More information can be found at www.karger.com/authors_choice. Page Charges There are no page charges for papers of seven or fewer printed pages (including tables, illustrations and references). A charge of CHF 650.00 will be levied for each page in excess of the allotted seven printed pages. The allotted size of a paper is equal to approximately 21 typescript pages (including tables, -illustrations and references). Proofs Unless indicated otherwise, proofs are sent to the first-named author and should be returned with the least possible delay. Alterations made in proofs, other than the correction of printer's errors, are charged to the author. No page proofs are supplied to the author. Reprints Order forms and a price list are sent with the proofs. Orders submitted after this issue is printed are subject to considerably higher prices.
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ANEXO B
OBTENÇÃO E PREPARO DOS BLOCOS DE ESMALTE Confecção dos blocos de esmalte bovino (4 x 4 mm)
2. Secção da coroa utilizando disco diamantado (série 15 HC Diamond - n. 11-4244 Buehler) separando a superfície vestibular da lingual.
3. Face vestibular fixada na placa de acrílico.
4. Secção da face vestibular no sentido longitudinal, na
porção mais plana, utilizando-se 2 discos diamantados (série 15 HC Diamond –n. 11-4243 Buehler), montados em cortadeira sob refrigeração com água destilada/deionizada e separados por um disco espaçador de alumínio com 4 mm de espessura. Em seguida, foi realizado o corte no sentido transversal.
5. Fragmento vestibular do dente bovino, fixado sobre
placa de resina. Ao lado, bloco de esmalte dentário.
1. Coroa do dente bovino incisivo central inferior,
separada da raiz através de disco diamantado de duas faces (KG Sorensen D 91), montado em motor de bancada (Nevoni), mantido sob refrigeração (água destilada/deionizada).
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Planificação da dentina e polimento do esmalte
6. Bloco de esmalte fixado em disco
de resina acrílica pré-fabricada (± 3 cm de diâmetro por ± 8 mm de espessura), com auxílio de cera pegajosa (Kota Ind. e Com. LTDA), com a superfície dentinária voltada para cima.
7. Ajuste da dentina para obtenção de superfícies paralelas entre esmalte e dentina, utilizando Politriz APL-4 AROTEC e lixas de granulação 320 (CARBIMET Paper Discs, 30-5108-320, BUEHLER), 2 pesos, durante 20 segundos sob baixa rotação e refrigeração.
8. Blocos fixados com a superfície do esmalte voltada para cima, a qual será polida.
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Seqüência do polimento de esmalte
1. Pedra-pomes, água deionizada e taça de borracha montada em contra-
ângulo em baixa-rotação.
2. Na Politriz APL-4 AROTEC - lixa de granulação 600, 800 e 1200 (30
segundos – 2 pesos) e refrigeração a água. Limpeza em lavadora
ultrassônica e água destilada/deionizada por 2 minutos, entre cada lixa;
3. Na Politriz APL-4 AROTEC - acabamento final com disco de papel feltro
TEXMET 1000 (Buehler Polishing Cloth) (1 minuto – 2 pesos) e suspensão
de diamante 1 micron base-água (Buehler);
4. Limpeza em lavadora ultrassônica utilizando solução detergente (Ultramet
Sonic Cleaning Solution - Buehler) diluída 20:1 em água
destilada/deionizada (2minutos);
5. Lavagem durante 30 segundos com jato de água destilada/deionizada.
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ANEXO C
ANÁLISE DE DUREZA SUPERFICIAL
1. Microdurômetro Shimadzu Micro Hardness Tester HMV-2.000 (Shimadzu Corporation - Kyoto-Japan), com penetrador tipo Knoop, acoplado ao Software para análise de imagem CAMS-WIN (NewAge Industries, USA).
2. Bloco de esmalte sendo
submetido à leitura no microdurômetro,carga estática de 25 gramas e tempo de 10 segundos, para análise da dureza de superfície.
A
B
3. Fotomicrografia das impressões para análise de dureza de superfície inicial (SMH-inicial), e final (SMH-final) (Figura A) (Aumento: 100x) Capítulo 1.
Fotomicrografia das impressões para análise de dureza de superfície inicial (SH), pós-lesão (SH1) e final (SH2) (Figura B) (Aumento: 100x) Capítulo 2.
100µm
100
µm
100µm
100
µm
100µm
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ANEXO D
ANÁLISE DA DUREZA EM SECÇÃO LONGITUDINAL
1. Embutidora metalográfica (AROTEC PRE 30S)
– utilizada para inclusão dos blocos de esmalte em 5 gramas de resina acrílica (Buehler Transoptic Powder, Lake Bluff, Illinois, USA), pressão de 150 Kgf/cm2, tempo de aquecimento de 7 minutos e mais 7 minutos de resfriamento. Os blocos foram fixados em posição com cola adesiva (Super Bonder – Loctite).
2. Corpo de prova – plano longitudinal voltado para a superfície da resina acrílica.
3. Microdurômetro Micromet 5114 Hardness Tester (Buehler, Lake Bluff, USA e Mitutoyo Corporation, Kanagawa, Japan), com penetrador tipo Knoop, acoplado ao Software para análise de imagem Buehler OminMet (Buehler, Lake Bluff, USA).
4. Fotomicrografia das impressões. (Aumento:
1000x). Seta: Lesão de subsuperfície.
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Seqüência do polimento de esmalte
� Lixas de granulação 320 (1 minuto), 600, 800 e 1200 (2minutos) e
refrigeração a água. Limpeza em lavadora ultrassônica e água destilada/
deionizada por 2 minutos, entre cada lixa;
� Acabamento final com disco de papel feltro Microcloth Supreme PSA
(Buehler) durante 2 minutos com suspensão de diamante 1/4 micron base-
água (Buehler);
� Lavagem durante 30 segundos com jato de água deionizada;
� Limpeza em lavadora ultrassônica utilizando água destilada/deionizada (2
minutos).
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ANEXO E
CICLAGEM DE pH (Des>Re)
1. Tratamento dos blocos com 3g/gel,
por 1 minuto, antes da ciclagem de pH.
2. Lavagem dos blocos de esmalte
antes e após o tratamento, durante 30 segundos com água deionizada.
3. Estufa para cultura
bacteriológica (Olidef cz Ribeirão Preto – SP, Brasil) utilizada para manter os blocos de esmalte nas soluções de Des e Re em temperatura 37°C, durante o período da ciclagem.
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Marcelle Danelon
ESQUEMA REPRESENTATIVO DA CICLAGEM DE pH (DES>RE)
7dias / 5 ciclos37oC
Vieira et al., 2005
CICLAGEM DE pH (Des>Re)
Soluçãodesmineralizadora
Soluçãoremineralizadora
18h 6h
n=80
90
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ANEXO F
ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO DE F, Ca E P NO ESMALTE
1. Bloco fixado em mandril para peça reta
e montado em um microscópio modificado com um micrometro (Pantec, São Paulo, Brasil).
2. Bloco de esmalte adaptado ao mandril, sendo submetido à microabrasão, com desgaste de 50 µm, para análise do F, Ca e P.
3. Após desgaste, pó de esmalte presente na lixa adaptada em frascos de poliestireno cristal (J - 10, Injeplast, Brasil).
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4. Para análise do conteúdo de F no esmalte utilizou-se: A- Eletrodo específico Orion 9409-BN (Orion Research, Inc., Beverly, MA, USA). B- Microeletrodo de referência (Analyser Comércio e Indústria LTDA, São Paulo, SP). C- Analisador de íons Orion 720A (Orion Research, Inc.).
5. A concentração de cálcio no esmalte foi determinada através de método colorimétrico em placas de 96 poços, (Placa para cultura de células de fundo chato - Modelo 92096 – TPP, Switzerland).
6. As leituras de absorbância na análise da concentração de cálcio no esmalte foram realizadas em leitor de placas, (PowerWave 340, Biotek a 650 nm).
7. As leituras de absorbância na determinação da concentração de fósforo do esmalte foram realizadas a 660 nm, no espectrofotômetro Hitachi, modelo U-1100 (Hitachi High Technologies, Minato-ku, Tokyo, Japan).
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ANEXO H
Lista de instruções ao voluntário
1- Todos os materiais utilizados na pesquisa não acarretam em custo ao
voluntário.
2- Os voluntários não deverão utilizar qualquer tipo de produto fluoretado
(exceto água) ou anti-séptico bucal uma semana antes e durante todo o
experimento.
3- Uma semana antes do experimento e durante todo o experimento os
voluntários deverão escovar os dentes com dentifrício não fluoretado
fornecido pela pesquisadora.
4- A pesquisa será composta por 5 regimes experimentais, com duração de 3
dias cada um e com intervalo de uma semana entre eles.
5- Os voluntários deverão utilizar o dispositivo bucal durante todo o dia,
inclusive para dormir e DEVERÁ REMOVÊ-LO SOMENTE PARA AS
REFEIÇÕES ocasião em que o dispositivo deverá permanecer na caixa
própria para armazená-lo.
6- Evite que o dispositivo fique fora da boca por um período prolongado,
restringindo-se ao tempo necessário para cada refeição.
7- Realize sua higiene bucal normalmente, utilizando o dentifrício fornecido.
8- Quando qualquer material estiver acabando ou sentir algum desconforto
na utilização do dispositivo, entrar em contato com a pesquisadora.
9- Favor verificar todos os dias se os fragmentos estão em suas lojas. Caso
não estejam, entrar em contato imediatamente com a pesquisadora.
10- Qualquer dúvida entrar em contato com a pesquisadora (Marcelle
Danelon) pelo telefone : 3636-3235 (Odontopediatria) ou (18) 8114-7992.
Obrigada pela colaboração.
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ANEXO I
DISPOSITIVO PALATINO
1. Dispositivo palatino,
contendo 4 blocos de esmalte
bovino desmineralizados
artificialmente.
ANEXO J
DOSAGEM DE FLÚOR NOS GÉIS
Valores de fluoreto (FI) iônico nos géis experiment ais e comercial. (Média (dp), n=3)
Placebo
TMP3%
TMP5%
4500
4500 TMP3%
4500 TMP5%
9000
Gel ácido
113,8 (1,86)
150,5 (43,62)
150,5 (43,62)
4733,9 (77,27)
4200,1 (11,92)
4100,9 (22,31)
4100,9 (22,31)
11247,0 (54,00)
Placebo
TMP3%
TMP5%
4500
4500 TMP3%
4500 TMP5%
9000
Gel ácido
113,8 (1,86)
150,5 (43,62)
150,5 (43,62)
4733,9 (77,27)
4200,1 (11,92)
4100,9 (22,31)
4100,9 (22,31)
11247,0 (54,00)
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Marcelle Danelon
ANEXO K
VALORES DE DUREZA DE SUPERFÍCIE INICIAL E FINAL (SH i e SHf)
Estudo In Vitro Capítulo 1
SHi
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido
1 374,8 370,2 375,0 374,4 374,0 371,0 371,0 374,02 374,8 375,0 373,0 373,0 371,6 373,0 375,0 371,63 373,4 373,6 373,0 375,0 373,0 375,0 378,0 373,04 373,0 375,0 377,0 374,8 373,4 370,0 371,0 374,65 372,6 371,2 374,0 373,6 374,4 375,0 375,0 374,46 375,4 373,2 373,8 373,6 375,4 375,0 380,0 374,67 373,8 373,0 373,4 370,8 375,4 373,0 373,0 372,08 375,2 372,6 373,0 375,0 369,6 373,0 371,0 372,09 374,6 372,0 368,8 370,6 374,4 372,6 374,2 371,210 373,0 370,8 373,6 375,4 371,8 373,0 373,4 372,6
Média 374,1 372,7 373,5 373,6 373,3 373,1 374,2 373,0dp 1,0 1,6 2,0 1,7 1,8 1,7 3,0 1,3
SHf
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido
1 36,0 34,2 68,0 162,0 265,0 267,0 282,0 276,22 44,0 33,6 22,8 176,0 237,4 279,0 269,0 319,23 70,0 32,8 13,8 182,0 230,4 272,0 280,8 271,44 136,0 59,6 113,8 191,0 152,4 259,0 270,0 339,85 92,0 21,0 42,4 219,4 275,4 293,4 279,0 275,66 117,2 11,8 40,6 199,2 215,0 275,4 287,8 303,47 94,6 27,8 100,6 217,4 238,4 275,2 294,0 295,48 34,2 38,2 31,8 216,2 157,0 267,6 287,4 255,29 45,2 33,2 22,0 206,0 146,8 289,0 288,0 296,8
10 84,4 24,4 59,2 219,8 276,8 271,4 267,6 301,4Média 75,4 31,7 51,5 198,9 219,5 274,9 280,6 293,4dp 35,5 12,5 33,9 20,5 50,5 10,3 9,1 24,8
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ANEXO L
VALORES DE DUREZA EM SECÇÃO LONGITUDINAL (Perda integrada de dureza de subsuperfície - ∆KHN)
Estudo In Vitro Capítulo 1
∆KHN
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 13164,0 13861,3 12059,4 6855,5 6649,3 4182,5 5519,6 6785,32 12129,5 10602,5 11857,5 7994,6 9405,8 4673,1 5771,8 4237,03 10804,3 12838,8 11094,5 8134,3 7017,5 3118,1 7964,0 4954,54 10375,5 9812,3 12613,3 8270,5 7754,0 3512,3 5467,5 5269,05 11430,0 11686,8 11837,5 7511,5 6545,8 3830,5 5878,0 3894,06 11687,8 12619,3 12244,3 7868,0 5513,0 4254,5 5845,8 3424,97 11503,8 13352,3 11683,0 9669,4 6796,8 5016,0 7262,8 4067,58 11823,8 13081,3 11576,5 8938,0 6696,0 4463,0 6291,0 4821,89 10207,5 12992,3 10622,5 8396,0 7315,8 4257,8 4706,5 4009,310 12980,8 11264,0 11771,0 8653,0 6241,5 3474,3 6533,3 4359,7
Média 11610,7 12211,1 11735,9 8229,1 6993,5 4078,2 6124,0 4582,3dp 988,8 1310,9 561,6 773,3 1038,4 589,1 939,6 948,4
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ANEXO M
VALORES DE FLUORETO DE CÁLCIO PRESENTES NO ESMALTE (CaF2)
Estudo In Vitro Capítulo 1
CaF2 Formado
CaF2 Retido
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 0,36 0,26 0,45 2,56 1,51 1,40 4,34 22,02 0,28 0,26 0,36 2,35 3,01 1,76 3,74 19,63 0,28 0,19 0,38 2,55 0,37 2,38 3,74 23,64 0,33 0,38 0,37 2,13 0,90 1,49 7,23 21,35 0,36 0,29 0,38 1,85 2,21 1,60 6,11 14,46 0,31 0,23 0,41 2,29 0,68 2,27 4,42 26,47 0,32 0,22 0,38 1,91 0,98 1,07 4,80 17,78 0,39 0,19 0,33 2,09 0,69 1,31 4,60 25,39 0,34 0,16 0,37 2,33 0,67 3,53 7,90 20,5
10 0,50 0,24 0,41 1,57 0,67 1,64 7,37 20,3Média 0,35 0,24 0,38 2,16 1,17 1,85 5,43 21,11
dp 0,06 0,06 0,03 0,32 0,84 0,72 1,58 3,54
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 0,78 0,43 0,57 0,55 0,22 0,84 0,55 1,102 0,62 0,28 0,53 0,89 0,29 0,81 0,65 1,873 0,64 0,41 0,72 0,62 0,23 0,80 0,66 0,634 0,59 0,31 0,56 1,39 0,23 1,02 1,18 1,495 0,75 0,30 0,253 1,11 0,26 2,24 1,40 1,506 0,53 0,83 0,268 0,65 0,21 0,65 0,59 1,017 0,49 1,13 0,251 0,62 0,28 0,58 0,60 0,588 0,61 0,11 0,285 0,261 0,24 0,66 0,370 0,999 0,67 0,12 0,246 0,274 0,38 0,949 0,282 1,82
10 0,47 0,16 0,835 0,337 0,24 0,568 0,380 0,59Média 0,61 0,41 0,45 0,67 0,26 0,91 0,67 1,16
dp 0,10 0,33 0,22 0,37 0,05 0,49 0,36 0,49
98
Marcelle Danelon
ANEXO N
VALORES DE FLUORETO PRESENTES NO ESMALTE (F)
Estudo In Vitro Capítulo 1
F Formado
F Retido
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 0,425 0,258 0,210 0,267 0,404 0,573 0,428 0,2802 0,333 0,342 0,185 0,495 0,420 0,764 0,414 0,2853 0,290 0,303 0,154 0,807 0,399 0,557 0,415 0,1304 0,197 0,221 0,242 0,562 0,286 0,541 0,558 0,3335 0,289 0,289 0,319 0,339 0,347 0,569 0,465 0,2226 0,408 0,319 0,196 0,449 0,366 0,540 0,415 0,3017 0,378 0,224 0,246 0,305 0,611 0,428 0,426 0,1428 0,244 0,226 0,149 0,484 0,479 0,578 0,485 0,1739 0,445 0,418 0,303 0,303 0,325 0,955 0,418 0,130
10 0,219 0,399 0,291 0,371 0,395 0,482 0,388 0,177Média 0,32 0,30 0,23 0,44 0,40 0,60 0,44 0,22
dp 0,09 0,07 0,06 0,16 0,09 0,15 0,05 0,08
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 0,217 0,635 0,455 0,393 0,353 0,503 0,450 0,1982 0,413 0,622 0,280 0,499 0,415 0,436 0,708 0,4913 0,165 0,603 0,476 0,589 0,316 0,506 0,737 0,8234 0,524 0,453 0,354 0,224 0,845 0,525 0,854 0,3715 0,413 0,567 0,109 0,307 0,392 0,424 0,290 0,5046 0,451 0,516 0,207 0,666 0,302 0,525 0,430 0,2547 0,321 0,579 0,262 0,370 0,406 0,904 0,866 0,3548 0,129 0,472 0,455 0,599 0,860 1,053 1,103 0,3289 0,336 0,668 0,280 0,763 0,597 0,562 0,925 0,423
10 0,367 0,539 0,365 0,605 0,428 0,540 1,094 0,379Média 0,33 0,57 0,32 0,50 0,49 0,60 0,75 0,41
dp 0,13 0,07 0,12 0,17 0,21 0,21 0,28 0,17
99
Marcelle Danelon
ANEXO O
VALORES DE CÁLCIO PRESENTES NO ESMALTE (Ca)
Estudo In Vitro Capítulo 1
Ca Formado
Ca Retido
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 567,3 684,4 608,1 665,8 823,3 750,5 950,0 1210,22 718,9 805,5 707,3 869,3 629,6 950,5 692,3 837,53 736,9 589,9 735,7 536,5 783,2 777,3 914,3 970,24 900,6 797,6 671,0 855,6 684,1 595,5 516,6 1175,55 602,6 834,2 720,1 801,2 992,9 675,7 968,4 799,66 761,2 915,8 1089,9 720,8 729,2 781,3 578,5 1261,87 843,8 631,0 726,2 610,9 802,5 1099,8 862,2 939,88 743,8 537,7 879,5 740,3 769,5 703,8 460,8 932,69 682,3 987,5 650,6 764,1 623,2 903,6 698,2 1010,2
10 747,3 730,6 782,7 723,4 668,7 574,2 763,4 871,4Média 730,5 751,4 757,1 728,8 750,6 781,2 740,5 1000,9
dp 99,3 143,7 138,5 104,0 110,8 163,5 182,6 161,9
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 185,0 314,2 359,8 203,2 125,0 458,4 229,5 643,42 188,6 510,9 255,9 225,5 399,4 516,2 316,5 561,33 181,4 497,3 240,7 229,4 161,1 656,5 244,9 718,14 110,5 537,0 257,0 404,2 407,6 407,6 282,9 758,35 244,9 474,1 287,8 202,4 319,2 592,1 325,1 810,46 210,3 473,7 505,5 373,2 469,9 469,9 440,4 941,37 216,9 602,8 524,1 231,0 586,6 419,0 378,6 816,38 181,9 313,4 298,6 246,8 573,1 412,8 313,2 878,09 234,2 579,2 287,9 561,3 551,3 399,4 290,6 795,2
10 93,7 497,3 291,6 453,0 562,5 393,2 362,6 950,9Média 184,7 480,0 330,9 313,0 415,6 472,5 318,4 787,3
dp 49,0 97,2 102,3 126,2 168,6 89,8 63,1 123,6
100
Marcelle Danelon
ANEXO P
VALORES DE FÓSFORO PRESENTES NO ESMALTE (P)
Estudo In Vitro Capítulo 1
P Formado
P Retido
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 191,6 179,9 241,3 147,4 185,6 134,7 322,7 130,52 130,9 153,0 129,2 271,3 116,8 229,2 285,2 159,83 160,6 138,6 207,0 131,7 206,9 128,5 308,1 349,84 161,6 215,4 181,1 299,1 201,8 165,6 114,0 192,45 297,4 170,0 169,5 303,6 196,2 197,4 268,0 170,96 164,1 207,4 227,7 201,2 100,6 250,1 112,8 234,27 221,0 171,6 291,3 126,6 173,4 138,0 180,7 183,38 224,4 213,3 174,5 124,4 158,5 194,7 189,6 262,19 256,4 255,7 192,1 133,4 160,7 335,5 212,3 135,5
10 209,9 247,9 129,1 195,3 267,3 168,3 210,4 155,3Média 201,8 195,3 194,3 193,4 176,8 194,2 220,4 197,4dp 50,5 39,1 50,1 73,2 47,4 64,0 74,7 67,7
Bloco Placebo TMP3% TMP5% 4500 4500 TMP3% 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 86,7 125,3 205,3 139,6 136,9 140,3 186,7 174,32 93,2 104,9 150,0 110,4 148,0 186,5 158,1 124,93 112,5 136,9 130,0 137,5 140,3 75,8 197,6 150,94 31,5 136,3 95,0 73,0 200,3 125,6 119,5 218,75 85,1 109,3 162,3 69,6 105,9 120,5 135,1 135,86 89,4 69,6 54,6 102,5 82,3 97,2 137,8 247,77 97,5 117,9 70,0 91,9 106,6 117,4 174,5 171,08 123,0 76,0 96,6 75,4 128,1 148,9 81,9 156,29 72,2 127,7 86,2 92,2 123,5 84,0 86,8 183,3
10 120,3 210,2 151,2 240,9 96,7 122,4 80,2 135,3Média 91,1 121,4 120,1 113,3 126,9 121,9 135,8 169,8dp 26,5 38,8 47,3 51,2 33,1 32,4 43,5 38,8
101
Marcelle Danelon
ANEXO Q
VALORES DE DUREZA DE SUPERFÍCIE INICIAL, PÓS-DESMINERALIZAÇÃO E FINAL (SH, SH1 e SH2).
Estudo In Situ Capítulo 2
SH
SH1
SH2
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 69,80 70,15 70,60 69,00 65,902 77,10 69,25 74,25 69,45 70,853 78,75 68,35 74,70 66,65 65,704 82,45 70,10 81,70 70,85 74,355 83,45 72,70 74,15 77,95 68,856 71,50 70,65 78,25 77,25 71,857 82,60 70,30 71,50 71,45 69,208 77,75 68,50 66,85 67,00 78,459 73,60 73,90 73,90 73,70 70,55
10 75,80 72,20 68,70 70,35 68,1511 75,95 66,15 74,85 74,05 66,812 69,90 68,20 71,70 69,10 71,50
Média 76,6 70,0 73,4 71,4 70,2dp 4,8 2,2 4,0 3,7 3,7
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 136,20 164,00 159,40 173,90 142,502 121,80 167,50 180,40 170,30 173,603 139,10 162,30 148,00 174,20 171,904 116,30 147,20 179,00 185,30 182,205 111,10 111,90 178,00 172,50 156,106 111,90 153,60 182,30 177,00 138,207 109,60 142,70 176,50 188,50 176,008 125,70 158,20 159,00 162,70 146,709 121,10 151,00 159,70 164,80 138,5010 126,30 138,50 167,10 168,00 121,0011 128,10 143,50 178,20 169,10 168,5012 139,50 170,20 202,00 162,90 153,20
Média 123,9 150,9 172,5 172,4 155,70dp 10,6 16,0 14,4 8,1 18,9
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 369,45 374,05 369,50 371,10 374,352 372,60 373,70 372,10 371,73 374,303 372,65 375,25 372,05 373,70 373,754 373,00 373,65 372,50 372,45 374,005 371,45 369,75 369,95 372,65 371,756 371,90 372,65 368,20 371,55 373,507 373,50 373,35 373,35 373,10 374,658 371,80 373,25 372,80 373,30 370,559 372,20 372,65 371,90 373,30 372,40
10 373,60 373,55 372,10 373,55 372,5511 370,85 372,75 372,85 373,30 370,1012 371,55 372,25 373,80 371,9 373,85
Média 372,0 373,1 371,8 372,6 373,0dp 1,2 1,3 1,7 0,9 1,5
102
Marcelle Danelon
ANEXO R
VALORES DE DUREZA EM SECÇÃO LONGITUDINAL (Perda integrada de dureza de subsuperfície - ∆KHN)
Estudo In Situ Capítulo 2
∆KHN
Voluntários Lesão de desm. artificial Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 8757,0 6956,8 6499,2 2542,4 3567,6 2550,82 9142,8 6501,4 5635,4 3236,8 3524,1 2220,53 9801,8 6858,3 5080,8 3080,7 3568,2 2023,94 8713,0 6953,9 5437,6 2973,7 3914,2 2838,55 11159,0 6975,1 5413,0 2535,1 3876,8 2701,56 8196,3 6941,5 5277,3 2516,6 3684,8 2717,87 11776,5 6888,8 5609,4 2334,9 3792,7 2484,48 8939,0 6764,0 5239,3 2543,3 3594,8 2207,99 10631,8 7144,9 5134,8 2742,9 2988,6 2714,1
10 12140,8 6912,7 4782,2 2862,2 3721,9 2942,911 9692,8 7327,1 5328,6 3199,8 3640,8 2620,112 10404,5 7042,1 5270,9 2440,4 2820,1 2822,6
Média 9946,3 6938,9 5392,4 2750,7 3557,9 2570,4dp 1281,3 199,4 418,3 311,3 330,9 285,5
103
Marcelle Danelon
ANEXO S
VALORES DE FLUORETO DE CÁLCIO PRESENTES NO ESMALTE (CaF2)
Estudo In Situ Capítulo 2
CaF2 Formado
CaF2Retido
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 0,39 9,34 21,69 12,84 91,272 0,32 8,43 13,52 16,72 79,923 0,40 8,36 14,40 8,36 74,914 0,64 14,58 13,92 18,90 78,615 0,01 11,89 10,50 22,73 85,486 0,48 12,66 12,59 11,16 111,697 0,44 9,27 10,36 8,42 92,158 0,33 7,29 9,50 11,29 67,379 0,35 18,19 12,16 15,67 80,85
10 0,45 7,39 7,45 13,83 97,1511 0,61 10,42 14,17 23,26 59,2712 0,62 7,64 9,26 25,07 67,60
Média 0,4 10,5 12,5 15,7 82,2dp 0,2 3,3 3,7 5,8 14,5
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 0,60 0,58 0,74 2,46 3,852 0,27 0,61 4,79 0,84 6,123 0,29 2,17 1,18 1,28 5,714 0,29 0,74 1,71 1,51 3,065 0,27 2,16 1,53 2,14 5,656 0,29 1,58 1,21 0,90 2,467 0,45 0,49 0,77 0,85 5,128 0,34 0,65 0,79 2,17 16,009 0,29 1,10 1,30 2,43 2,99
10 0,35 1,04 0,65 2,08 15,0411 0,85 0,45 1,49 0,46 6,3912 0,44 0,47 0,61 0,66 7,61
Média 0,4 1,0 1,4 1,5 6,7dp 0,2 0,6 1,1 0,7 4,4
104
Marcelle Danelon
ANEXO T
VALORES DE FLUORETO PRESENTES NO ESMALTE (F)
Estudo In Situ Capítulo 2
F Formado
F Retido
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 0,82 0,82 1,03 1,15 1,852 0,83 0,94 1,09 1,11 1,713 0,84 1,28 1,11 1,55 2,234 0,77 0,94 1,08 1,15 2,065 0,50 0,64 0,90 1,43 2,126 0,50 0,77 0,88 1,00 2,077 0,50 0,67 0,97 1,54 2,158 0,53 0,50 0,96 1,34 1,779 0,64 0,98 1,31 1,41 2,41
10 0,80 0,84 1,31 1,00 1,4211 0,66 1,20 1,90 1,08 2,2612 0,91 0,87 2,27 0,89 2,09
Média 0,69 0,87 1,23 1,22 2,01dp 0,16 0,22 0,43 0,23
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 1,06 1,73 1,51 1,90 3,282 0,95 0,83 1,08 1,55 2,163 1,03 1,62 2,61 1,56 2,874 1,15 1,28 1,82 1,99 2,855 0,75 1,77 1,10 1,85 2,516 1,09 1,40 1,23 1,48 2,907 1,08 1,06 1,15 2,24 3,598 0,81 1,57 2,12 2,36 3,869 0,95 1,24 1,21 2,35 4,00
10 0,92 1,26 1,39 1,47 3,6511 1,04 1,14 1,54 1,19 3,0012 0,85 1,49 1,02 0,94 3,04
Média 0,97 1,37 1,48 1,74 3,14dp 0,12 0,28 0,48 0,45 0,55
105
Marcelle Danelon
ANEXO U
VALORES DE CÁLCIO PRESENTES NO ESMALTE (Ca)
Estudo In Situ Capítulo 2
Ca Formado
Ca Retido
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 1088,9 1565,2 1532,7 1901,1 1458,22 1781,7 1170,0 1641,5 1421,4 1145,33 1305,8 1577,8 1494,5 1647,9 1276,04 1375,5 1597,3 1357,8 1244,0 1456,75 1329,8 1700,2 1361,1 1193,2 1435,96 1684,7 1577,7 1359,1 1176,1 1597,07 1896,9 1379,2 1171,0 1825,7 1538,78 1582,8 1163,9 899,1 1243,7 1584,59 1556,1 1297,0 1743,0 1160,0 1387,710 1070,4 1126,0 1900,7 1390,3 1718,011 1265,3 1446,0 1070,8 1075,6 1159,512 1332,3 1359,6 1320,7 1721,3 1074,3
Média 1439,2 1413,3 1404,3 1416,7 1402,7dp 75,7 56,1 81,5 82,5 58,1
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 1271,0 2986,7 2817,1 2448,8 2695,02 2158,9 2577,6 2736,1 3191,9 2486,13 2195,1 2254,6 3071,8 2453,9 2842,44 2627,3 2491,7 2577,3 2126,1 2758,35 2722,6 1850,1 3494,0 2526,2 3445,96 2602,5 3481,7 3243,9 2152,5 2660,07 1905,9 2239,6 2503,2 2429,7 2617,48 1666,1 2431,4 3259,4 2448,1 2963,29 1223,0 1069,4 2588,9 2232,8 2896,610 2318,1 1067,2 2805,4 2353,4 2473,511 1291,0 2340,3 3549,1 2195,3 2296,312 2666,8 2144,5 2677,2 2809,8 2530,7
Média 2054,0 2244,6 2943,6 2447,4 2722,1dp 165,4 199,1 105,9 87,1 86,1
106
Marcelle Danelon
ANEXO V
VALORES DE FÓSFORO PRESENTES NO ESMALTE (P)
Estudo In Situ Capítulo 2
P Formado
P Retido
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 281,0 240,3 230,0 311,9 259,12 232,3 203,5 282,4 216,0 160,73 221,0 232,6 282,9 235,1 256,04 196,7 265,8 248,5 159,8 265,65 213,4 351,7 267,3 240,3 273,66 227,3 248,5 290,6 149,5 308,17 273,1 269,1 291,0 301,1 293,78 263,9 295,1 188,1 174,6 268,89 221,1 183,7 174,9 198,3 332,410 337,5 211,1 247,9 266,7 227,311 197,4 207,8 258,1 181,0 159,112 225,5 223,9 307,1 241,2 287,9
Média 240,9 244,4 255,7 223,0 257,7dp 11,8 13,4 11,9 15,3 15,3
Voluntários Placebo 4500 4500 TMP5% 9000 Gel ácido1 169,0 269,5 663,3 474,9 429,52 286,0 246,6 481,9 421,9 344,23 232,8 222,3 326,8 281,0 322,94 217,6 255,5 277,4 185,4 248,85 332,6 259,9 256,3 197,1 417,46 186,8 236,1 260,3 224,8 183,07 209,1 286,6 248,5 249,1 275,58 133,3 280,1 393,5 245,6 218,29 239,1 201,0 349,6 227,1 321,1
10 214,0 291,3 293,7 198,7 549,311 263,2 226,0 389,8 279,1 258,712 198,8 233,0 241,1 279,6 383,6
Média 223,5 250,7 348,5 272,0 329,3dp 15,4 8,1 35,6 25,8 29,8
107
Marcelle Danelon
ANEXO X
REFERÊNCIAS INTRODUÇÃO GERAL
Brighenti FL, Delbem ACB, Buzalaf MAR, Oliveira FAL, Ribeiro DB, Sassaki KT:
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Marcelle Danelon
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