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Disciplina: Teorias e Técnicas da Comunicação

Profa: Mara Baroni

1a aula- 18/08/2010

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Conceitos Básicos:

Comunicação Comunicação de massa Mass media Cultura Cultura Popular Cultura de massa Sociedade de massa Contracultura Cibercultura / Interatividade / Virtualidade

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Comunicação 1. Conceito Etimológico

Conceitos Fonte: Liliane Cristina Andrade do Rêgo

sobre texto de José Marques de Melo

Comunicação vem do latim communis, comum, dando idéia de comunidade.

De acordo com o Padre Augusto Magne, comunicar significa participação, troca de informações, tornar comum aos outros idéias, volições e estados d’alma.

Esse conceito preza o fato das pessoas poderem entender umas às outras, expressando pensamentos e até mesmo unindo o que está isolado, o que está longe da comunidade.

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2. Conceito Biológico

Nesse conceito, a comunicação é relacionada com a atividade sensorial e nervosa do ser humano.

É através da linguagem que é expresso o que se passa em seu sistema nervoso.

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3. Conceito Pedagógico

A comunicação é uma atividade educativa que envolve troca de experiências entre pessoas de gerações diferentes, evitando-se assim que grupos sociais retornem ao primitivismo.

Entre os que se comunicam, há uma transmissão de ensinamentos, onde modifica-se a disposição mental das partes envolvidas.

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4. Conceito Sociológico

O papel da comunicação é de transmissão de significados entre pessoas para a sua integração na organização social.

Os homens têm necessidade de estar em constante relação com o mundo, e para isso usam a comunicação como mediadora na interação social, pois é compreensível enquanto código para todos que dela participam.

Além desse aspecto, os sociólogos entendem a comunicação como fundamental nos dias de hoje para o bom entendimento da sociedade e na construção social do mundo.

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5. Conceito Histórico

Baseada na cooperação, a comunicação no conceito histórico funciona como instrumento de equilíbrio entre a humanidade, neutralizando forças contraditórias. Desse ponto de vista, o conceito propicia o resgate diacrônico imprescindível ao avanço do homem em direção ao futuro.

Não fossem os meios de comunicação, ampliando as possibilidades de coexistência mais pacífica entre os homens, estes já estariam extintos em meio às disputas por poder.

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6. Conceito Antropológico

A tendência predominante em alguns estudos da Antropologia é a de analisar a comunicação como veículo de transmissão de cultura ou como formador da bagagem cultural de cada indivíduo.

Esse é um assunto de grande importância, haja vista o surgimento da cultura de massa neste século XX, transformando as formas de convivência do homem moderno. Tanto que, dentre as principais teorias da comunicação de massa, encontramos a Teoria Culturológica, desenvolvida por Edgar Morin.

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Comunicação de massa:

- A comunicação de massa é a comunicação feita de forma industrial, ou seja, em série para atingir um grande número de indivíduos, a sociedade de massa. Numa visão apocalíptica, ela é uma conversão da cultura em mercadoria, utilizada pelas classes dominantes de forma vertical para homogeneizar as massas. Para definir esta conversão, os frankfurtianos Adorno e Horkheimer criaram o termo Indústria Cultural, citado pela primeira vez em Dialética do Iluminismo.

- Não podemos separar a Comunicação de Massa da Indústria Cultural, já que por sua vez elas são dependentes uma da outra, pelo fato de existirem diversos meios de comunicação que são capazes de atingir através de uma mensagem um grande número de indivíduos.

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. Meios de comunicação de massa e cultura de massa. A invenção dos tipos móveis de imprensa, feitas por Gutenberg no sec. XV, marca o surgimento dos meios de comunicação de massa, ou os primeiros modelos destes. No início os textos eram para o consumo da elite de letrados.

A indústria cultural aparecerá com os primeiros jornais. E a cultura de massa passa a existir, com o romance de folhetim, pois destilava episódios, que servia para traçar a vida naquela época

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( semelhante as novelas de TV de hoje). Este seria, sim, um produto típico da cultura de massa, uma vez que apontaria outro caracterizador desta: não era produzido por aqueles que o consumiam.

Não se pode falar em indústria cultural num período anterior ao da Revolução Industrial, no século XVIII. Nessa época, a economia de mercado, isto é, uma economia baseada no consumo de bens; é necessário, para a ocorrência de uma sociedade de consumo.

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Mass Media

“ Os Mass Media são sistemas organizados de produção, difusão e recepção de informação. Estes sistemas são

geridos, por empresas especializadas na comunicação de massas e exploradas nos regimes concorrenciais,

monopolísticas ou mistos. As empresas podem ser privadas, públicas ou estatais.

Os Mass Media acentam em diferentes suportes ou tipos de transmissão da informação:

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Por difusão - Scriptovisual (imprensa escrita) - Audio (rádio) - Audiovisual (televisão e cinema) Por edição - Scripto (livro) - Audio (disco) - Scriptovisual (cartaz e poster) - Audiovisual (documento audio visual) Os vários meios de expressão social: a imprensa, a televisão, a rádio

e o cinema, são orientados para um público que se pretende o mais abrangente possível, produzindo um produto específico de mensagens políticas, ideológicas, comerciais, recreativas e culturais etc.”

Fonte:Texto transcrito do livro "A era de EMEREC " de Jean Cloutier, Ministério da Educação e Investigação Científica - Instituto de tecnologia Educativa, 1975

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Cultura

Cultura . “A palavra cultura vem da raiz semântica colore, que originou o termo em latim cultura, de significados diversos como habitar, cultivar, proteger, honrar com veneração (Williams, 2007, p.117).

Cultura são todas as manifestações artísticas e expressões coletivas, hábitos e costumes de um povo. Tudo aquilo que identifica "uma gente" com podo de uma terra, o que é peculiar a determinado grupo.”

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A definição mais simples de cultura é que é composta de tudo o que simbólico que aprendemos. Toda a cultura é aprendida, mas nem tudo o que é aprendido é cultura.

Inclui todas as nossas ações e crenças que não são transmitidas pelos genes, mas são transmitidas (e armazenadas) por símbolos.

Símbolos não têm sentido por eles próprios (intrinsecamente) a não ser que lhes sejam dados significados pelos seres humanos.

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Cultura popular

Soma de valores tradicionais de um povo, expressos de forma artística, como danças e objetos, ou nas crendices e costumes gerais.

Abrange todas as verdades e valores positivos, particularmente porque é produzida por aqueles mesmos que a consomem, ( ex: carnaval) ao contrário dos produtos produzidos pela indústria cultural.

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A cultura popular é marcada pela tendência ao não questionamento de normas e valores estabelecidos.

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Cultura de massa

Segundo os teóricos, a cultura de massa, aliena, forçando o indivíduo a perder ou a não formar uma imagem de si mesmo diante da sociedade, uma das primeiras funções por ela exercida seria a narcotizante, obtida através da ênfase ao divertimento em seus produtos.

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Procurando a diversão, a indústria cultural estaria mascarando realidades intoleráveis e fornecendo momentos de fuga da realidade.

Os produtos da indústria cultural ajudam no reforço das normas sociais, repetidas muitas vezes e sem discussão.( Ex: novelas de tv)

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Consequentemente, mais uma função cumpre a indústria cultural, exercida pela cultura de massa:

a de promover o conformismo social.

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Pode-se dizer, com base na dialética de Engels, que o acúmulo de informação acaba por transformar-se em formação; a quantidade provoca alterações na qualidade. Ou que a indústria cultural pode acabar por unificar não apenas as nacionalidades mas, também, as próprias classes sociais.

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Teixeira Coelho, propõe, que ao invés de cultura de massa, essa cultura fosse designada por expressões como:

cultura industrial ou industrializada.

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Sociedade de massa

A presença do conceito de sociedade d massa é fundamental para a compreensão da teoria hipodérmica.

De acordo com o pensamento político oitocentista de aspecto conservador a sociedade de massa é sobretudo a consequência da industrialização progressiva, da revolução dos trasportes e do comécio. Da difusao de valores abstratos de liberdade e igualdade.

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Esses processos sociais provocam a perda da exclusividade por parte das elites que se vêem expostas às massas.

Atualmente, o enfraquecimento dos laços tradicionais (de famíla, comunidade, associações de ofícios, religião, etc.) contribui, para afrouxar a conexão dos laços sociais e conduzem à alienação das massas e ao isolamento.

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“A massa subverte tudo que é diferente, singular, individual, tudo o que é classificado e seleccionado”. Orttega y Gasset, 1930.

“As acçoes da massa apontam directamente para o objectivo e procuram atingí-lo pelo caminho mais curto, o que faz com que exista sempre uma única ideia dominante, a mais simples possível. “ Simmel, 1917.25

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Contracultura

“ É um movimento que teve seu auge na década de 1960, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e utilizando novos meios de comunicação em massa.

Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura

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marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano, embora o movimento Hippie, que representa esse auge, almejasse a transformação da sociedade como um todo, através da tomada de consciência, da mudança de atitude e do protesto político.”

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A contracultura pode ser definida como um ideário alternativo que questiona valores centrais vigentes e instituídos na cultura ocidental. Com o vultoso crescimento dos meios de comunicação, a difusão de normas, valores, gostos e padrões de comportamento se libertavam das amarras tradicionais e locais – como a religiosa e a familiar -, ganhando uma dimensão mais universal e aproximando a juventude de todo o globo, de uma maior integração cultural e humana.

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A contracultura desenvolveu-se na América Latina, Europa e principalmente nos EUA onde as pessoas buscavam valores novos.

Na verdade, como ideário, muitos consideram o Existencialismode Sartre como o marco inicial da contracultura, já na década de 1940, com seu engajamento político, defesa da liberdade, seu pessimismo pós-guerra, etc.

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Esse um movimento filosófico mais restrito, anterior ao movimento basicamente artístico e comportamental da Beat Generetion que resultaria em um movimento de massa, o movimento Hippie.

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Na década de 1960, dessa forma, o mundo conheceu o principal e mais influente movimento de contra cultura já existente, o movimento Hippie. Este movimento teve uma repercussão social nos EUA e no mundo.

O principal marco histórico da cultura "hippie" foi o "Woodstock," um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais, como o folk, o "rock'n'roll" e o blues, todos esses de alguma forma ligados às críticas e à contestação do movimento.

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Surgindo inicialmente na imprensa foi ganhando espaço no sentido de lançar rótulos ou modismos.

É vital a importância dos meios de comunicação de massa para configurar a contracultura: "pela primeira vez, os sentimentos de rebeldia, insatisfação e busca que caracterizam o processo de transição para a maturidade encontram ressonância nos meios de comunicação" (Carvalho, 2002.)

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Pode-se citar ainda o importante movimento estudantil Maio de 68, ocorrido na França, além da Primavera de Praga, sucedida na Tchecoslováquia no mesmo ano. Este movimento foi realizado por jovens universitários que saíram às ruas para protestarem contra as normas vigentes da época.

Pereira (1992) assevera que é difícil negar que a contracultura seja a última – pelo menos até agora - grande utopia radical de transformação social que se originou no Ocidente.

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Pode-se ainda considerar muitos movimentos de massa ligados à idéia de rebelião como desenvolvimentos posteriores da contracultura, como, por exemplo, o movimento Punk .

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As formas de expressão da contracultura brasileira

“ No instante em que diferentes estilos musicais apareciam nos palcos brasileiros já no período da ditadura militar, uns estabelecendo uma tentativa de valorizar as tradições mais populares (samba, frevo e choro),

Surgia uma geração de novos compositores oriunda da Bahia, que buscava fugir do purismo nacionalista, retomando o sentido impactante causado por Tom e Vinicius na década anterior.

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Saliente-se aqui que, e não se deve compreender o Tropicalismo como um movimento totalmente adepto da contracultura. A questão central é entender que a alguns dos seus representantes mantinham vinculação com pensamentos característicos do contraculturalismo, mesmo sem defendê-los abertamente.”

Devido a grande repressão que o país vivia no final da década de 60 e início de 70, os artistas e estudantes das universidades brasileiras participaram do movimento da contracultura de forma velada, até porque os meios de comunicação também eram vigiados pelo governo.

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Leila Diniz foi um exemplo de mulher que propagou a contracultura no Brasil, ela quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquini na praia, Considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções. Foi invejada e criticada pela sociedade machista das décadas de 1960 e 1970. Era malvista pela direita opressora, difamada pela esquerda ultra-radical e tida como vulgar pelas mulheres da época. Perseguida pela polícia política , TV Globo, do Rio de Janeiro, não renova o contrato de atriz. De acordo com Janete Clair, não haveria papel de prostituta nas próximas telenovelas da emissora.

Outro exemplo do movimento de contracultura no Brasil foi a criação do jornal Pasquim, seu primeiro número chegou às bancas no dia 26 de junho de 1969.Inovou o jornalismo brasileiro, se impondo não apenas através do humor, mas também da criatividade e da quebra de formalidades, tendo como alvos a ditadura, a classe média moralista, a grande imprensa e todos os coniventes de plantão.

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Cibercultura

A Cibercultura surgiu da relação entre a tecnologia e a modernidade, sendo que esta última se caracterizou pela dominação da natureza e do ser humano.

O conceito de ciberespaço pode ser melhor compreendido através, dos livros:O Que é Virtual? e Cibercultura .

Ambos escritos por Pierre Levy (filósofo francês e cyberpensador) , que atualmente é professor da Universidade de Ottawa, no Canadá.

.” Ele argumenta que as novas tecnologias não são nem boas, nem ruins: são neutras, peculiares de um novo biótipo humano. "O virtual está assimilado a um problema assim como o atual a uma solução", escreve. Conforme ele, o virtual não se opõe ao real e sim ao atual.” Fernando Torres, Canal da Imprensa.

.

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O ciberespaço “é o novo meio de comunicação que

surge da interconexão mundial dos

computadores. O termo especifica não

apenas a infra-estrutura material da

comunicação digital, mas também o

universo oceânico de informações que ela

abriga, assim como os seres humanos que

navegam e alimentam esse universo.

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Consiste apenas em reconhecer dois fatos. Em primeiro lugar, que o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem.

Em segundo lugar, que estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e humano.”

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No livro: Cibercultura de Pierre Levy,” o conceito mais importante desenvolvido na obra é o de que a rede de computadores é um universal sem totalidade, ou seja, que ela permite às pessoas conectadas construir e partilhar a inteligência coletiva sem submeter-se a qualquer tipo de restrição político-ideológica. Levy encara a Internet como um agente humanizador (porque democratiza a informação) e humanitário (porque permite a valorização das competências individuais e a defesa dos interesses das minorias .”

Fonte: Fábio de Oliveira Ribeiro

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“A emergência do ciberespaço é fruto de um verdadeiro movimento social, com seu grupo líder (a juventude metropolitana

escolarizada), suas palavras de ordem (interconexão, criação de comunidades virtuais, inteligência coletiva) e suas aspirações coerentes.”

Miriam Celí P. P. Foresti

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“ Para Lévy, antes de condenar as novas tecnologias da comunicação, os estudiosos deveriam analisá-las, aprendê-las e, prioritariamente, compreendê-las. A rapidez com que elas se desenvolvem, no entanto, limitam esse tipo de estudo, ocasionando no radicalismo popular: ora ao mar, ora ao céu. A seu ver, ainda é muito cedo para especular.”Fernando Torres, Canal da Imprensa

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Bibliografia

CANEDO, Daniele.: “CULTURA É O QUÊ?” - REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE CULTURA E A ATUAÇÃO DOS PODERES PÚBLICOS. Disponível em: http://www.cult.ufba.br/enecult2009/19353.pdf

COELHO, Teixeira. O que é indústria cultural. São Paulo, Editora Braziliense S.A., 1996.

FORESTI, Miriam Celí P. P.. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-32832000000100015&script=sci_arttext

WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação.Lisboa, Editorial Presença. LTDA, 1995.

GOOGLE. http://canaldaimprensa.com.br/canalant/perfil/dquartedicao/identidade1.htm Essa aula está disponível em: http://www.slideshare.net/mararp