Desigualdade Regional e Políticas Públicas
Leonardo M MonasterioTécnico de Planejamento e Pesquisa
Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais - IPEA
Recife, 25 de novembro de 2009
As questões econômicas
• O que produzir?• Como produzir?• Para quem produzir?
• Onde produzir?
Concentração da atividade econômica no mundo
• Cinco prefeituras do Japão produzem 29% do PIB do Leste Asiático, apesar de equivalerem a apenas 0,18% do seu território.
• A região metropolitana de Paris produz 30% do PIB francês.
• 33,4% do PIB brasileiro é produzido no Estado de SP. Cerca de metade apenas na região metropolitana de SP, menos de um milésimo do território nacional.
O mundo não é plano!
• Retornos internos de escala • Economias de localização• Economias de urbanização
Estrutura da apresentação:
• Introdução• O que é problema regional?• A desigualdade regional no Brasil• A evolução da desigualdade regional do
Brasil• Tendências recentes e perspectivas• Políticas regionais• Considerações finais;
O que é problema regional?
Algumas definições de “problemas regional”
• A distribuição espacial dos setores não ésemelhante através das regiões;
• Atividade econômica aglomerada em regiões;
• Desigualdade regional nos indicadores sociais;• Regiões outrora dinâmicas ficaram para trás;• Indivíduos semelhantes com remunerações
distintas; • Indivíduos semelhantes com bem-estar distinto.
A Desigualdade Regional no Brasil
Fonte:IBGE
Biomas brasileiros
Densidade demográfica, 2007
Fonte:Diniz(2008)
Índice de Desenvolvimento Humano
A desigualdade no Brasil
2,9957,01Analfabetismo (%)
78,1855,71Expectativa de Vida (anos)
5,38109,67Mortalidade Infantil (por mil)
83430,43Renda (R$)
0,9190,467IDH
São Caetano do Sul (SP)
Manari (PE)
A evolução da desigualdade
regional no Brasil
A questão regional brasileira
• Antecedentes• Permanência de fortes desigualdades
regionais entre as macroregiõesbrasileiras, especialmente Norte e Nordeste x demais regiões
• A intensificação de desigualdades intra-regionais
• Mudanças importantes na divisão interregional do trabalho no Brasil
Renda per capita 1872-2000
LISA Clusters 1872-2000
Clusters 1970- 2000
1970 2000
Ascending Convergence(1970-2000)
Descending Convergence(1970-2000)
Descending Divergence(1970-2000)
Ascending Divergence(1970-2000)
Participação do PIB regional no PIB Brasileiro
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
1939
1948
1950
1952
1954
1956
1958
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1980
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
Centro-oeste Norte Nordeste Sul Sudeste
PIB Regional Per Capita - R$ de 2000(mil)
0
2
4
6
8
10
12
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Centro-oeste Norte Nordeste Sul Sudeste Centro-oeste Norte Nordeste Sul Sudeste
Mudanças na divisão interregionaldo trabalho
Fonte: Diniz, 2008
Tendências recentes e perspectivas
Efeito da Crise sobre a Produção Industrial do Bras il e Regiões
75
80
85
90
95
100
105
set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09
Brasil
Norte
Nordeste
Sudeste
Centro-Oeste
Centro-Oeste
Índice Base Fixa Mensal Ajustado Sazonalmente (Base: Set/2008 = 100)Fonte: IBGE e BCB. Elaboração: IPEA/DIRUR.
Fonte: IBGE. Elaboração Da Mata e Motta(2009)
34,54%15,08%2,10%29,32%Cidade de grande porte
35,51%46,32%15,52%40,02%Cidade média
29,94%38,60%82,38%30,65%Cidade de pequeno porte
PIB Serviç
os
PIB Industr
ial
PIB Agrícol
aPIBPorte da Cidade
Participação (%) no crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil entre 2002 e 2006
Políticas regionais
A desigualdade regional é um problema?
• Existem regiões pobres porque pobres lávivem, ou será que o há algo nas regiõesque as fazem pobres?– Se o problema for apenas que há gente
pobre, políticas regionais sãodesnecessárias; basta uma política focadanos pobres.
– Se o problema for regional é preciso políticasde revitalização regional.
Políticas regionais
• Toda política tem impacto regional• Política de estímulo:
– Incentivo ao K– Incentivo ao L
– Inovação– Infra-estrutura
– Coordenação
A evolução das políticas regionais
• Teoria dos pólos• Base exportadora• Desenvolvimento endógeno• Novas instituições.
• A correta avaliação das políticas públicas:– O custo de oportunidade das políticas
públicas; (“O que se vê e o que não se vê”)
– A questão de foco.
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