DESOBSESSÃO E MEDIUNIDADE EXPLICADAS
Capa: Equipe O ClarimProjeto gráfico: Equipe O ClarimRevisão: Lúcia Helena Lahoz Morelli
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FICHA CATALOGRÁFICA
Rubens Omar BaranowskiDesobsessão e Mediunidade Explicadas1ª edição: agosto/2015 – 6.000 exemplaresMatão/SP: Casa Editora O Clarim320 páginas – 14 x 21 cm
ISBN – 978-85-7357-141-7 CDD – 133.9
Índice para catálogo sistemático:
133.9 Espiritismo133.901FilosofiaeTeoria133.91 Mediunidade133.92 Fenômenos Físicos133.93 Fenômenos Psíquicos
Impresso no BrasilPresita en Brazilo
Dedico este livro:
À minha amada esposa Lúcia.
E agradeço:
Ao meu grande amigo Nestor Benatti pelo incentivo nesta obra.
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Sumário
1a Parte - Médiuns e mediunidades .......................................... 11
Capítulo I - Introdução ..................................................................... 13
Capítulo II - Mecanismo de contato ...............................................19
Capítulo III - Antiga, sim, porém muito atual ................................ 25
Capítulo IV - Tipos de mediunidades e adestramento mediúnico .................................................................. 29
Capítulo V - Fluidos ........................................................................... 35
V(a)- Fluidos espirituais: ............................................................37V(b)- Fluidos do perispírito: ......................................................37V(c)- Fluido vital: .........................................................................38
Capítulo VI - Os nossos corpos ........................................................41
VI(a)- O corpo mental ................................................................ 41VI(b)- O corpo perispirítico ou perispírito .............................42VI(c)- O corpo vital ou duplo etérico ......................................42
Capítulo VII - Centros de forças ou chacras .................................45
VII(a)- Coronário ......................................................................... 46VII(b)- Frontal ............................................................................. 46VII(c)- Laríngeo ........................................................................... 47
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VII(d)- Cardíaco ........................................................................... 48VII(e)- Esplênico .......................................................................... 49VII(f)- Gástrico ............................................................................. 49VII(g)- Genésico .......................................................................... 50
Capítulo VIII - Classificação da mediunidade pelos seus efeitos e a influência moral do médium ........................................ 53
VIII(a)- Psicografia .......................................................................53VIII(b)- Desdobramento ............................................................53VIII(c)- Psicofonia ........................................................................ 54VIII(d)- Psicometria ................................................................... 54VIII(e)- Vidência .......................................................................... 54VIII(f)- Audiência .......................................................................... 54VIII(g)- Intuição .......................................................................... 54VIII(h)- Escrita direta .................................................................. 55VIII(i)- Voz direta .......................................................................... 56VIII(j)- Materialização .................................................................. 56VIII(k)- Transporte ....................................................................... 56VIII(l)- Bicorporalidade ............................................................. 56VIII(m)- Levitação ........................................................................ 56VIII(n)- Sematologia ................................................................... 56VIII(o)- Transfiguração ................................................................ 57VIII(p)- Bilocação ....................................................................... 57VIII(q)- Tiptologia ........................................................................ 57
Capítulo IX - O processo mediúnico e a sintonia ........................61
Capítulo X - As dificuldades do animismo: os prós e os contras..........................................................................................69
Capítulo XI - Efeitos físicos ...............................................................79
XI(a)- Tiptologia e sematologia ................................................ 81XI(b)- Materialização, transfiguração e bilocação ................ 84
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XI(c)- Levitação, bicorporalidade e voz direta ...................... 85XI(d)- Transporte ......................................................................... 87
Capítulo XII - Efeitos morais ............................................................89
XII(a)- Psicografia ........................................................................ 89XII(a1)- A psicografia mecânica ........................................ 90XII(a2)- Psicografia semimecânica .................................... 91XII(a3)- Psicografia intuitiva .............................................. 91
XII(b)- Desdobramento ............................................................. 92XII(b1)- Inconsciente .........................................................93XII(b2)- Semiconsciente .................................................... 94XII(b3)- Consciente ............................................................ 94XII(b4)- Voluntário ............................................................... 94XII(b5)- Provocado .............................................................. 95
XII(c)- Psicofonia ......................................................................... 95XII(d)- Psicometria ...................................................................... 96XII(e)- Vidência ............................................................................ 97XII(f)- Audiência .........................................................................99XII(g)- Intuição ...........................................................................100
Capítulo XIII - O médium passista .................................................105
Capítulo XIV - Mediunidade de cura ............................................ 109
2a Parte - Construindo um grupo mediúnico ....................... 117
Capítulo XV - Formação ................................................................. 119
Capítulo XVI - O esclarecedor ou operador do grupo ........... 135
Capítulo XVII - Os guias ou mentores espirituais do grupo ...157
Capítulo XVIII - Os espectadores ..................................................165
Capítulo XIX - Dormindo em serviço ..........................................171
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Capítulo XX - O grupo mediúnico e a obsessão ........................175
Capítulo XXI - O atendimento .......................................................181
3a Parte - Esclarecimentos ....................................................... 185
Capítulo XXII - “Aneurisma” ......................................................... 189
Capítulo XXIII - “Tô sabendo, mano” ........................................... 195
Capítulo XXIV - “Maria” .................................................................. 203
Capítulo XXV - “Minha melhor amiga” ........................................ 211
Capítulo XXVI - “Zé das Trevas” .................................................... 217
Capítulo XXVII - “Tô morto, eu sei que tô” ................................ 225
4a Parte - Desobsessão .............................................................235
Capítulo XXVIII - O grupo mediúnico (de fato) ........................ 237
Capítulo XXIX - A armadura impenetrável ................................. 243
Capítulo XXX - Parasita ...................................................................249
Capítulo XXXI - Círculo vicioso ..................................................... 255
Capítulo XXXII - Faça você mesmo o seu próprio “demônio” .......................................................................... 263
Capítulo XXXIII - Um caso diferente ............................................ 285
Capítulo XXXIV - Não adianta disfarçar, eu a conheço por dentro .........................................................................................309
Capítulo XXXV - Epílogo ................................................................ 317
1a Parte - Médiuns e mediunidades
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Capítulo I
Introdução
Há muito tempo que eu percebo, nas reuniões mediúnicas
em que dou assistência, certas dúvidas nos trabalhadores em rela-
ção ao trato da mediunidade, como faculdade inerente a cada ser
humano. Dúvidas essas que chegam mesmo a perturbar o anda-
mento dos trabalhos.
A maioria dos trabalhadores espíritas encarnados não possui o
conhecimento básico do processo, como também, e por incrível que
pareça, alguns não têm sequer interesse em ler O Livro dos Médiuns
de Kardec. Ou mesmo, quando o leem, não o entendem ou o enten-
dem parcialmente, e com sacrifício. Talvez pelas particularidades da
linguagem adotada pelos tradutores do livro, ou por sua forma de ex-
planação, o entendimento, para essas pessoas, torna-se inacessível, ou
elas se sentem impossibilitadas de entender a leitura, mesmo estudan-
do em grupo.
Longe de querer tentar melhorar O Livro dos Médiuns, mas vi-
sando somente tentar explanar a mediunidade da forma mais simples
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possível, e evitando ao máximo usar termos complicados ou “chi-
ques”, pretendo, com este livro, facilitar a vida de quem trabalha com
a mediunidade nos Centros Espíritas ou Espiritualistas (os que não
seguem a Doutrina Espírita), mostrando as coisas de um ponto de
vista mais prático e de forma bem mais simples. Vejamos o que diz a
questão número 567 do L.E. (O Livro dos Espíritos) que, diga-se de
passagem, exprime a maioria das dificuldades nos trabalhos mediúni-
cos. Vamos a ela:
567. Costumam os espíritos imiscuir-se em nossos prazeres
e ocupações?
Poucas pessoas, quando leem esse livro, se apercebem das reais
implicações dessa questão extremamente pertinente aos trabalhos medi-
únicos. Observe principalmente o conteúdo da pergunta: Se os espíritos
imiscuem-se, ou seja, se eles se metem, se eles interferem em nossas
atividades, sejam elas prazerosas ou dedicadas ao dever. Observe, ago-
ra, a resposta:
R- “Os espíritos vulgares costumam. Esses os rodeiam cons-
tantemente e com frequência tomam parte muito ativa no que fazeis,
de conformidade com suas naturezas. Cumpre assim aconteça, por-
que, para serem os homens impelidos pelas diversas veredas da vida,
necessário é que se lhes excitem ou moderem as paixões”.
A Alta Espiritualidade respondeu da forma mais clara pos-
sível a Kardec. Vamos examinar em partes: “Os espíritos vulga-
res costumam…”.
Mas… O que são espíritos vulgares? Vulgar significa banal,
comum, corriqueiro ou mesmo ordinário. Ou seja, espíritos vulga-
res representam a maioria esmagadora dos espíritos de nosso planeta.
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Isso mesmo, a maioria de nós, encarnados ou não, somos espíritos
ainda de muito baixa elevação moral. Basta se aperceber a revolta,
ocasionada por orgulho, de quem é assim chamado. Somos vulgares
e comuns, como a maioria das pessoas que habitam este mundo de
provas e expiações. Continuando: “(…) Esses os rodeiam constan-
temente e com frequência tomam parte muito ativa no que fazeis, de
conformidade com suas naturezas”.
A Espiritualidade diz a Kardec: “os rodeiam constantemente”.
Quem rodeia a quem constantemente? Ora, são os espíritos vulgares
que rodeiam os encarnados e que frequentemente influenciam cada
encarnado, de forma muito ativa, em tudo o que faz.
Mas agora é que fica interessante: A Espiritualidade Superior,
também diz: “(…) de conformidade com as suas naturezas”. Então,
se os espíritos têm uma determinada natureza, boa ou má, séria ou
leviana, atraem para si espíritos conformes à sua natureza. Assim, se
fizermos algo com má intenção ou leviandade, atrairemos maus espí-
ritos – e entenda-se, aqui, por “maus espíritos” aqueles ainda apega-
dos ao mal por se encontrarem atrasados em seus conhecimentos e em
sua moral. Se nos dedicarmos a alguma tarefa com afinco, seriedade
e boas intenções, espíritos de grande elevação irão se aproximar de
nós e, com isso, os vulgares se afastarão pela simples presença desses
espíritos elevados, garantindo, assim, um bom trabalho. Mas o que
isso tem a ver com mediunidade? Ora, tudo.
Nem é necessário que seja em um centro espírita: basta que
um grupo de amigos se reúna com a intenção de se comunicar com o
Plano Espiritual. Mas… qual a causa dessa reunião? Se ela for digna;
se houver uma séria propensão a manter um trabalho de socorro e
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caridade aos desencarnados que sofrem; se existir seriedade inques-
tionável quanto à verdadeira motivação interior de cada integrante do
grupo; se antes de iniciar os trabalhos todos orarem com fervor ao Pai
Celestial e também à Alta Espiritualidade, que em verdade é a sua
mensageira, pedindo orientação e, principalmente, proteção – nesse
caso, podem ter certeza de que esse grupo, mesmo iniciante, terá a
necessária assistência espiritual o tempo todo.
Mas não se iluda, caro leitor. Caso a motivação dos compo-
nentes desse grupo seja a mera curiosidade; caso não haja a seriedade
devida, nem preocupação em auxiliar o desencarnado sofredor; ou
mesmo se o desejo íntimo foi obter comunicações fúteis, pode ter cer-
teza de que espíritos zombeteiros, malévolos ou até mesmo trevosos
estarão ao lado de cada membro desse grupo. Principalmente ao lado
daqueles que se dizem médiuns ostensivos e não o são. E, acredite,
esses espíritos dominarão esse pequeno grupo com muita facilidade e
será muito difícil desvencilhar-se deles depois.
Então, conforme reza muito bem essa questão do L.E., as ver-
dadeiras intenções não são as que estão no semblante da pessoa ou no
que ela diz, mas sim as que estão no fundo de seu coração, que é o que
realmente conta para o Plano Espiritual.
Este pequeno compêndio de mediunidade de forma alguma
pretende se tornar um tratado sobre o assunto, mesmo porque O Li-
vro dos Médiuns já ocupa esse posto e dificilmente poderá, algum
dia, ser destituído dele. Mas pode dar aos iniciantes, e mesmo aos
“veteranos”, um rumo para que possam formar seus grupos de ajuda
aos desencarnados.
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A mediunidade deriva disso: a pessoa dotada desse dom, de for-
ma ostensiva, é um mediador. Um mediador entre o Plano Espiritual
e o plano material. E isso é coisa bem antiga, muito mais antiga que
o Espiritismo. Kardec apenas enumerou e organizou os ensinamentos
dos espíritos, durante mais ou menos 12 anos de sua vida atarefada.
Tal organização tomou então a forma de uma doutrina, hoje seguida
por inúmeras pessoas em praticamente todo o globo. Uma vez tendo
as suas leis e os seus procedimentos organizados, a Doutrina Espírita,
apesar de relativamente recente (1857), torna-se também uma filo-
sofia de vida originada do Plano Espiritual. Tudo o que provém da
mediunidade torna-se, então, a partir da Doutrina Espírita, mais claro
e confiável.
A comunicação com o Plano Espiritual não é coisa “inventada”
por Kardec. Existe desde que o hominídeo se tornou um ser humano,
ou seja, quando a espécie humana passou a ter os seus corpos ani-
mados por espíritos dotados de livre-arbítrio. As religiões, de uma
forma ou de outra, afirmam tais comunicações. De onde você acha
que Moisés tirou os Dez Mandamentos? Foi o primeiro ato mediúnico
oficialmente registrado. Já pensou nisso?