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DESPERTAR PARA A EDUCAÇÃO GLOBAL Reforçar as Competências dos Membros das Organizações da Sociedade Civil Europeias

Seminário “Ser Cidadão Global num Mundo em Mudança” 13 de novembro de 2014

Auditório do Camões – ICL

RELATÓRIO

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DESPERTAR PARA A EDUCAÇÃO GLOBAL Reforçar as Competências dos Membros das Organizações da Sociedade Civil Europeias

Introdução No âmbito do projeto “Despertar para a Educação Global – Reforçar as competências dos

membros das Organizações da Sociedade Civil europeias” promovido, em Portugal, pelo

Instituto Marquês de Valle de Flôr e pela AIDGLOBAL – Acção e Integração para o

Desenvolvimento Global foi dinamizado o Seminário “Ser Cidadão Global num Mundo

em Mudança”, no dia 13 de novembro de 2014, no Auditório do Camões-Instituto da

Cooperação e da Língua.

O Seminário teve como objetivo a reflexão e a partilha sobre os diversos temas

associados à Cidadania Global, como a globalização, os novos paradigmas do

desenvolvimento e a a transformação social. Dessa forma, o Seminário combinou

dinâmicas formais (a exposição dos oradores, seguida de perguntas e respostas) com

outras não-formais (dinâmicas de reflexão).

Ao longo do dia de trabalho foi-se construindo o mural “Ser Cidadão Global num Mundo

em Mudança” onde se agruparam todos os comentários e reflexões dos participantes.

Estiveram presentes cerca de 30 participantes de diversas Organizações da Sociedade

Civil, desde sindicatos a associações juvenis e outros a título individual (ver Anexo 1).

Apresenta-se em baixo o programa do seminário com as dinâmicas que foram realizadas

no seguimento das comunicações:

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Hora Tema Orador/a Exercício de reflexão

9h30 Abertura Gonçalo Marques –

Vice-presidente do Camões - ICL Ana Isabel Castanheira - IMVF

-

10h00

Cada vez mais ricos ou mais pobres? –

Desigualdades sociais no mundo

Padre António Leite - Missionário Verbita

Escreva uma palavra ou frase sobre o que considera ter sido

mais marcante/importante.

RECURSO: BALÃO

10h40 Desafios da Globalização Luís Francisco Carvalho - Professor

e Investigador, Dep. Economia Política e DINÂMIA'CET, ISCTE-IUL

Identifiquem, em pares, um dos maiores desafios da globalização e como é que esse desafio pode

ser enfrentado.

RECURSO: CÍRCULO DE PAPEL VERDE

11h20 Pausa Justa

11h40

Que Desenvolvimento queremos? Novos

paradigmas do Desenvolvimento

Isabel Cruz – Instituto de Sociologia, Universidade do Porto

QUE DESENVOLVIMENTO QUER PARA O FUTURO?

Expresse a sua ideia de forma artística.

RECURSO: FOLHA DE PAPEL

BRANCA

12h20 Quem governa o

mundo? O poder da Sociedade Civil

João Joanaz de Melo – Diretor Técnico da Plataforma Salvar o Tua e Presidente da Assembleia Geral

do GEOTA

Concorda que a Sociedade Civil tem poder? Enquanto Cidadão

qual o seu compromisso pessoal para tornar o mundo melhor? Escreva o seu compromisso.

RECURSO: ESTRELA

13h00 – 14h30

Almoço livre

14h30

Iniciativas de Transição (Cidades em Transição

/Aldeia das Amoreiras/upcycling,

etc)

Plataforma Transição Portugal CANCELADA

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15h1014h45

O papel da Educação na Mudança Social

Patrícia Santos – Centro de Investigação de Estudos em

Sociologia – ISCTE-IUL

“A Educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”

Nelson Mandela

Em grupos de três, sugiram caminhos alternativos para uma Educação mais transformadora e proponham uma forma prática

de promover esse caminho.

RECURSO: CAMINHO

15h30

A Educação para Cidadania Global em

Portugal e na Europa – Apresentação Estudo &

Apresentação Curso “Educar para a

Cidadania Global”

Susana Damasceno – AIDGLOBAL

Leitura do mural com as reflexões do dia e identificação

dos aspetos mais importantes/relevantes

16h45 Conclusões & Encerramento

IMVF/AIDGLOBAL Partilha em grupo das conclusões

A sessão “Iniciativas de Transição” foi cancelada pela impossibilidade de ter presente um

representante da Plataforma Transição Portugal.

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Abertura

A sessão de abertura esteve a cargo do Vice-Presidente do Camões - Instituto da

Cooperação e da Língua, Gonçalo Marques e de Ana Isabel Castanheira, coordenadora de

projetos do IMVF. Gonçalo Marques destacou os 3 aspetos mais importantes do projeto

“Despertar para a Educação Global”:

1. O caráter inovador - um curso de educação global é um desafio;

2. As parcerias – o projeto envolve 3 países europeus (Alemanha, Portugal e

Roménia) e 6 parceiros (AIDGLOBAL e IMVF em Portugal, DEAB, finep e E-PiZ na

Alemanha, APSD-Agenda 21 na Roménia), o que se traduz numa maior troca de

experiências e boas práticas;

3. O modelo de financiamento – financiado pela Comissão Europeia e pelo Camões

- Instituto da Cooperação e da Língua.

Destacou, ainda, os desafios de 2015, nomeadamente o Ano Europeu do

Desenvolvimento, no qual a sociedade civil terá, uma vez mais, um papel fundamental.

Ana Isabel Castanheira

apresentou o projeto no âmbito

do qual foi realizado o

Seminário: “Despertar para a

Educação Global” que tem como

objetivo:

* Contribuir para uma

melhoria na qualidade da

Educação Global através

do seu reforço de

competências,

conhecimentos e

compreensão acerca da teoria e prática;

* Contribuir para o aumento do número de multiplicadores de Educação Global na

europa.

O projeto é promovido pela Organização alemã DEAB, implementado em três países

(Alemanha, Portugal e Roménia) e tem como destinatários técnicos e voluntários das

Organizações da Sociedade Civil. Uma das principais atividades é criar um referencial de

Educação Global para ser utilizado no campo da Educação Não Formal.

Ana Isabel Castanheira apresentou a equipa do projeto e explicou o programa do dia.

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Cada vez mais ricos ou mais pobres? – Desigualdades sociais no mundo

Seguiu-se o Padre António Leite, superior

provincial dos Missionários do Verbo Divino

em Portugal, que integrou o painel “Cada vez

mais ricos ou mais pobres? - Desigualdades

sociais no Mundo”. Este sacerdote destacou

alguns dos contrastes no desenvolvimento, a

partir da sua experiência na Argentina e

referiu a necessidade de formar consciências

e de se envolver as pessoas na criação e

dinamização de comunidades, dando grande

importância à capacitação.

Após o debate, pediu-se aos

participantes para

escreverem, num papel em

forma de “balão de

pensamento” uma palavra

ou frase sobre o que

consideram ter sido mais

marcante ou importante na

comunicação. As respostas

foram:

- O nosso caminho depende

do chão que pisamos;

- Simplicidade, Partilha;

- Chão;

- Respeito;

- Sobreviver cá e lá;

- O chão que pisamos

molda-nos;

- Encontrar caminhos

alternativos;

- Partir do chão que

pisamos;

- A utilização da experiência

como discurso;

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- Participação;

- Espaços/Momentos para Formação/Partilha;

- Omissão;

- Realidades diferentes;

- Chão;

- “ É importante o chão que pisamos”, P. António Leite;

- É uma questão de Aceitação;

- O-Missão;

- Envolver pessoas como sujeitos ativos;

- Sombra;

- Ser sujeito activo/Aceitação;

- Aceitação;

- Dignidade.

Desafios da Globalização

Luís Francisco Carvalho, professor e investigador do ISCTE, apresentou 4 respostas

possíveis aos “Desafios da Globalização”:

1 – a não resposta;

2 – a adoção de uma estratégia

reformista: avançar nas lógicas de

governação global;

3 - a alterglobalização: procura de uma

globalização alternativa onde a

cidadania global se sobrepõe à cidadania

nacional;

4: a desmundialização: repensar os

temas de participação e representação

política e revalorizar o espaço nacional.

O Professor referiu alguns dos desafios

específicos da globalização, como as migrações

e os Direitos Humanos.

Após as perguntas e respostas pediu-se aos

participantes para identificarem, em pares, um

dos maiores desafios da globalização e como é

que esse desafio podia ser enfrentado. As

respostas, escritas em papéis verdes em forma

de círculo, foram as seguintes:

- DESAFIO: como garantir a Democracia em termos de igualdade e justiça;

- Axiologia

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Linguística.

Definição comum onde todo o presente e ação se vão desenvolver;

- Desafio: assimetrias // Estrutura reformista e globalização alternativa;

- Autonomia da dimensão política

face à económica // ultrapassar a

crise da legitimidade da

democracia;

- Crise de legitimidade de

representação política //

Desglobalização - autonomia do

político em relação ao enonómico;

- Como agir “localmente” num

processo de globalização

(governação global) // Maior

governaça local através duma

maior intercomunicação;

- Como garantir a democracia em

termos de igualdade e justiça?

Através de um poder individual e

coletivo/REAL EFETIVO.

- Interculturalidade -

Aceitação mútua

Cidadania

Amor

- Crise da legitimidade e da democracia // Risco:

- Liberalização;

- Privatização;

- Gestão do risco – Estratégia global alternativa + Gestão local recursos imateriais

GLOCAL

Gestão global, recursos (i)materiais;

- Priorizar o ser humano em qualquer medida política, económica e em qualquer situação

// cumprimento dos direitos humanos;

- Desglobalização - autonomia do político em relação ao económico + Crise de

legitimidade da representação política.

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Que Desenvolvimento queremos? Novos paradigmas do Desenvolvimento

A professora Isabel Cruz do Instituto de

Sociologia da Universidade do Porto

apresentou uma questão abrangente

que se impõe: “Que desenvolvimento

queremos? Novos paradigmas do

desenvolvimento” (ver Anexo II). Neste

painel, a oradora fez uma reflexão sobre

crescimento/industrialização/desenvolvimento, tendo afirmado que estas abordagens

não são iguais em todos os países nem têm uma ligação linear. Concluiu, ainda, que o

desenvolvimento de uma macroeconomia não deve assentar num crescimento implacável

do consumo. A professora falou de decrescimento, um conceito que visa a

sustentabilidade ambiental e a preservação dos recursos, entre outros aspetos, e

apresentou o Índice da Felicidade Interna Bruta, criado pelo Butão, como exemplo de que

o crescimento não pode ter apenas em conta critérios económicos.

Após o debate, solicitou-se aos participantes que,

expressassem de forma artística, o desenvolvimento

que queriam para o futuro. Algumas das ideias

foram expressas em origami, outras desenhadas e

outras escritas. As ideias presentes foram:

- Um Homem educa-se através de outros Homens

(ditado Africano);

- O poder/força da palavra “crescer”;

- Como medir e comparar “outros crescimentos” para além do PIB?;

- Como crescer e redistribuir?;

- Como avaliar “crescimento subjetivo”, “pobreza subjetiva” ou “felicidade subjetiva”?;

- Como incluir a cultura, valores, “Espiritualidade” e “Religião à Natureza” nos “Outros

Crescimentos”?;

- Descrescimento: de ricos em PIB a ricos em recursos;

- Inclusão;

- Economia verde;

- Resiliência às alterações climáticas;

- Educação;

- Redução de emissões CO2;

- Cooperação;

- Independência energética.

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Quem governa o mundo? O poder da Sociedade Civil

João Joanaz de Melo, diretor

técnico da Plataforma Salvar

o Tua, falou à audiência

sobre o poder que a

sociedade civil pode ter na

governação do mundo.

Salientou, também, que a

nossa esfera de cidadania

não tem limites, ao

contrário da esfera de ação

profissional, deixando umas

dicas de como intervir e sobre o que funciona e o que não funciona. Deu o seu

testemunho enquanto ativista da Plataforma Salvar o Tua e do GEOTA e enquanto

voluntário a título individual, tendo referido a importância da participação (individual e

em grupo) na sociedade civil, pois só assim pode haver transformação social. (ver Anexo

III).

Após o debate, perguntou-se aos

participantes “Concordam que a

Sociedade Civil tem poder? Enquanto

Cidadão qual o seu compromisso

pessoal para tornar o mundo

melhor?”, pedindo para escrever o

compromisso num papel em forma de

estrela. As respostas foram as

seguintes:

- Estou disposto a reduzir o meu

consumo, mudar para um consumo

local, responsável, eficiente e menor;

- Aumentar o tempo de intervenção como:

Voluntária em Organizações Sociais

Ativista em Organizações Políticas;

- Educar em casa, implementar projetos educativos;

- Trabalhar mais para o desenvolvimento, interesse comum, e menos para o

desevolvimento individual;

- Aplicar os 8 “R`s”:

Em casa;

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No meu bairro;

No meu trabalho;

- Continuar a melhorar as minhas competências para desempenhar melhor as minhas

funções;

- Participação. Envolvimento;

- Serei mais participativa na sociedade civil para, em conjunto, lutar por um mundo

melhor;

- Estou disposta a reduzir o lixo em minha casa. Gostaria de ver os hipermercados

reduzirem as embalagens;

- Desloco-me quase sempre em bicicleta;

- Dou apoio jurídico a imigrantes em situação irregular;

- Estou em vias de eliminar o consumo de carne;

- Mudar o paradigma monetário-financeiro para:

* Mobilizar recursos novos projetos;

* Valorizar trabalho e o ambiente;

- Inscrever-me e informar-me sobre a Plataforma “Salvar o Tua”;

- Investigação e apoio a/em comunidades vulneráveis às alterações climáticas;

- Juntos fazemos a diferença!

Participação;

Voluntariado;

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Intervenção;

- Mudar os meus hábitos de consumo. Colaborar com uma associação local;

- Capacitação das comunidades locais;

- Informação para a mobilização;

- Compromisso pessoal: aumentar o envolvimento em formas de ação coletiva;

- Matar a fome a quem precisa. Oferecer 1 sopa quente...;

- Envolvimento cívico!;

- Considero que, diariamente, já contribuo para um mundo mais sustentável ao nível

pessoal, mas também ao nível profissional. Sinto necessidade de “ir mais longe”, de uma

maior mobilização e envolvimento em questões relacionadas com a “qualidade de vida”

das pessoas.

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O papel da Educação na Mudança Social

A investigadora Patrícia Santos do Centro de Investigação de Estudos em Sociologia

analisou “O papel da Educação na Mudança Social”, levando os participantes numa

viagem entre conceitos, práticas e pedagogias (ver Anexo IV). Referindo o Relatório de

Desenvolvimento Humano

(2010), mostrou que a aposta

na Educação leva a um

aumento de alguns fatores,

como: criatividade, liberdade

para alcançar os objetivos,

consciência de como evitar riscos

para a saúde e a resistência à

exploração. Apresentou ainda

algumas frases de Paulo Freire

(“Educação como prática da

liberdade”, 1983), como: “Em

lugar de aulas exclusivamente passivas, o diálogo”. “Em lugar do professor orador, o

coordenador de debates e animador cultural”. “Em lugar de treinar pessoas para

simplesmente se adaptarem, formar agentes sociais de mudança”.

Após o debate, os participantes foram convidados a sugerir caminhos alternativos para

uma Educação mais

transformadora e a proporem

uma forma prática de

promover esses caminhos.

Para tal, usaram post-its.

As respostas foram:

- Mudança de paradigma:

Saber fazer;

Professor/Facili

tador;

- Criar o gosto por aprender:

“ensinar a questionar e a refletir”;

- Respeito pela diferença (ritmos, características, processos...);

- Promoção da reflexibilidade e poder crítico;

- Aprendizagem baseada na experiência e autonomia;

- Maior investimento na formação académica dos professores/valorização do papel do

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professor;

- Menos formalidade; promoção de competências sociais e pessoais; metodologias

dinâmicas ativas; promover grupos de reflexão e partilha de experiências;

- Afirmação de valor de forma natural tão cedo quanto possível;

- Aplicabilidade prática dos conteúdos;

- Criação de uma educação mais transversal, adaptada aos interesses e necessidades do

grupo;

- Na educação dos adultos - Relançar o modelo RVCC melhorado;

- Método Paulo Freire;

- Partir da realidade vivida pelas pessoas; basear-se na experiência; elaborar projetos

específicos baseados nos conhecimentos das pessoas.

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A Educação para Cidadania Global em Portugal e na Europa – Apresentação

de estudo.

Apresentação Curso “Educar para a Cidadania Global”.

Para fechar o cartaz de oradores, Susana Damasceno,

presidente da direção da AIDGLOBAL, apresentou os

resultados do estudo “Global What?” realizado, no âmbito

deste projeto, sobre factos e necessidades de Educação para

a Cidadania Global nos três países parceiros: Alemanha,

Portugal e Roménia (ver Anexo V). Apresentou ainda o curso

sobre Educação para a Cidadania Global que terá lugar entre

janeiro e maio de 2015, tendo para tal convidado todos a

participar.

Partilha de conclusões

No final da sessão, os participantes

refletiram sobre o que aprenderam e o

que poderão fazer nas suas vidas para

tentar mudar o mundo. Pediu-se para

escreverem em post-its o que “levam na

bagagem para casa”. As respostas foram:

- Ainda temos muito que fazer para sermos

cidadãos do mundo!;

- As minhas ações locais e a sua importância

para o mundo global;

- (Transform)Ação;

- Educar em novos contextos (museus,

associações, integração entre escolas,

espaços públicos);

- Crescimento responsável;

- Sustentabilidade do desenvolvimento:

Sociedade/Economia/Ambiente;

- Poder individual - Garante da democracia;

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- Mudar o meu comportamento para intervir ainda mais na sociedade civil para ajudar a fazer a

mudança global acontecer (grão a grão...);

- Partir da realidade (do chão que pisas). As grandes possibilidades de adaptação às necessidades;

- Alternativa e mudança;

- “Permacultura mental” através do respeito pela diferença, a equidade e a partilha de recursos

de mudança;

- Desenvolver através dos outros. A importância do pensamento crítico.

- partiCipação Governança Local dIgnidade Liberdade munDo AmOr Aceitação sustentaBilidade

realidaDes cidadAnia educacaçÃo equiLíbrio respeitO - DESENVOLVIMENTO implica “envolvimento”:

- Pessoal, colectivo, prático, direto

Aceitação: respeito, refletivo, etc...

- “Cidadania Global” é um novo conceito que descobri! Seria interessante perceber o que a Educação Intercultural tem a ver com isso!

Divulgação

O seminário foi sendo partilhado na página de facebook do IMVF “Atores do

Desenvolvimento” . Pode-se ainda consultar a notícia no site da AIDGLOBAL.

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OBRIGADA A TODOS PELA VOSSA PRESENÇA E PARTICIPAÇÃO!


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