ISSN 1679-2688
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Ano
91
- Nº 2
4.17
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1,4
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Página 4
Os primeiros 40corpos de vítimas
do aviãoderrubado na
Ucrânia chegaramà Holanda, tomada
pelo choque epela dor (193 dos
298 mortos sãoholandeses).
Pág. 8
Angustiantefila de mortosdo voo MH17
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Em Taiwan, 47morrem naqueda de aviãoda Transasia.Na Ucrânia,s e p a rat i s t a sder rubamdois caçasmilitares. P á g. 8
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Esta é a foto mais triste que já tireiO astronautaAlexander Gerstavistou o infernoem Gaza e Israelda EstaçãoEspacial. Mísseis eex p l o s õ e scompõem a fotoque tuitou. Pág. 9
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O escritor ed ra m at u rg o
Ariano Suassunamorreu aos 87anos, devido acomplic ações
após AVC. Pág. 12
A últimapedra doreino de
Suassuna
AC Va r e j o :novo índicemonitora oc o m é r c i o.
Associação Comercial de São Paulocria novo índice de desempenho
do varejo paulista, com análise decada segmento. Pág. 13
A lição dosprimatas. No cinema.
Estreia Planeta dos Macacos: OCo n f ro n to . Show de efeitos especiais
e mensagens pacifistas. Em cartaz,ainda (com disputa acirrada de
ingressos), a peça A Velha: no palco,Dafoe e Baryshnikov. Pág. 11
Divulgação
Par lamentar ista,candidato do PV à
Presidência prometecorte geral emBrasília. Pág. 7
EduardoJ o r g e,
candidatoa premiê.
Comitê incluicoordenação para os
evangélicos, comK assab. Pág. 5
CandidataDilma, à
eva n g é l i c a .
BRASIL SEM A N I F E S TA :TIRA SEUE M BA I X A D O RDE ISRAEL.
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014
A ARGENTINA EM E ST A G F L A Ç Ã O
Anibal Greco/The New York Times
O governo argentino, ao pretender inovar em matéria de política econômica, é o principal causador das mazelas do país.Roberto Fendt
A inflação argentina foi maquiada pelo governo para parecer mais baixa do que era.
OC o n g re s s o
Nacional aprovou
o projeto de lei
que entrará em
vigor a partir de janeiro do
próximo ano, que modifica
e amplia a Lei Geral da Micro
e Pequena Empresa. A
principal medida contida
nessa nova lei é a inclusão
de muitos outros segmentos
nos mecanismos do Simples,
baseada no princípio de
que o que caracteriza a
micro ou a pequena empresa
é o valor de seu faturamento
e não o setor no qual atua.
Foi a vitória de um trabalho
persistente, que contou com
a liderança do ministro da
Micro e Pequena Empresa e
com a participação da Frente
Parlamentar Mista da MPE,
do Sebrae e das entidades de
classe empresariais, dentre
as quais as associações
comerciais de todo o País.
Além da inclusão de
outros setores, a nova
lei, que vem sendo
chamada de Super Simples,
contém diversos dispositivos
destinados a simplificar
a abertura e o fechamento
de empresas, com o
cadastro único, e reduzir
a burocracia para os
empreendimentos de menor
porte em relação à obtenção
do alvará e de licenças.
Ela subordina a exigência
de novas obrigações
tributárias e acessórias ao
Comitê Gestor do Simples
Nacional; propõe incentivos e
facilidades para a exportação
de bens e serviços e
estabelece a fiscalização
orientadora para as MPEs,
com o critério da "dupla
visita", entre outras medidas.
Merece destaque
a limitação
estabelecida para
a substituição tributária,
que será aplicável a apenas
49 produtos, nos termos da
lei aprovada em abril deste
ano. Isso representa um
importante avanço, pois
esse sistema neutralizava
muitos dos benefícios do
Simples, uma vez que as
empresas não podiam
se creditar dos impostos
pagos nas fases anteriores.
A aprovação da nova
Lei Geral, no entanto, não
encerra a luta de todos os que
se empenharam até agora
Ainda falta muito a ser
feito, mas um passo foi
dado na caminhada
para facilitar
a atividade empresarial,
gerando empregos, renda
e contribuindo para o
crescimento do País.
ROBERTO FENDT
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
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Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.
FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
pela sua aprovação. Isso
porque existem pontos que
precisam ser modificados
no texto atual e outros que
precisam ser acrescidos.
Muitos setores incluídos
agora no Simples estão
sujeitos a diferentes faixas de
tributação, sendo que, para
alguns deles, os percentuais
fixados nas seis tabelas
limite. Atualmente, ao
ultrapassar o limite, mesmo
por um valor mínimo, as
empresas saem do Simples
para o complexo – embora
não tenham ainda a
musculatura necessária para
enfrentar o manicômio fiscal
e burocrático. Isso acaba
desestimulando as empresas
de crescer ou a buscar
caminhos alternativos,
com o desmembramento,
que sempre implica perda
de eficiência.
Talvez o estabelecimento
de degraus para o aumento
da tributação e das
exigências burocráticas
fosse uma alternativa, ou
a de se dar um prazo para as
empresas que ultrapassarem
o limite continuarem no
SIMPLES, dando tempo para
que elas se capitalizem
e criem condições para
cumprir todas as exigências
da legislação comum.
Independentemente da
inclusão dos novos setores e
da ampliação dos benefícios
da Lei Geral, não se pode
ignorar a necessidade de
continuar trabalhando para a
redução da burocracia e a
racionalização da tributação,
pois é elevado o custo
enfrentado pelas empresas
e pelo próprio setor público,
resultante da situação atual.
O mais grave é que se
trata de um desperdício de
recursos, tanto humanos
como financeiros, dos quais
o País tanto carece, sem
produzir qualquer benefício.
AFACESP e a ACSP,
com apoio de diversas
entidades, elaborou
estudo sobre a burocracia,
entregue à presidente Dilma
Rousseff, no qual se constata
a superposição de exigências
entre os três poderes,
ou mesmo entre órgãos de
um mesmo poder, com
sugestões detalhadas das
medidas necessárias para
eliminá-las – desde os
textos de projetos de lei,
de decretos e de atos
normativos para esse fim.
Ainda falta muito a ser
feito, mas um passo foi dado
na caminhada para facilitar
a atividade empresarial, para
que as empresas possam
continuar a gerar riquezas,
oferecer emprego e renda
e contribuir para o aumento
do bem estar da população.
constantes da Lei
representam aumento
da tributação, que reduzem
ou anulam os demais
benefícios da legislação.
Mas o principal ponto
a ser equacionado
é o estabelecimento
de um mecanismo gradativo
de saída das empresas, na
medida em que atinjam o
Na última terça-feira
discuti aqui mesmo,
nesse espaço,
se estaríamos entrando no
Brasil em um processo de
estagflação – aquela
situação em que convivem
uma recessão econômica
com inflação em alta.
Concluí então que não
era esse o caso, mas que o
risco aumentaria se a
política fiscal continuasse
expansionista e a
política monetária não se
tornasse conservadora o
suficiente para impedir a
aceleração da inflação.
Infelizmente não é
essa a situação no nossa
vizinha Argentina. Lá,
o PIB despencou, e a
inflação medida de forma
correta já beira os 40%.
Se alguém acha que
não é tão alta assim,
recorde-se que não há
mecanismos de correção
automática para a
perda do poder de compra
da moeda. Seus efeitos
são destrutivos para a
renda do trabalhador e o
planejamento empresarial.
Se não bastassem
uma economia parada
e uma inflação galopante
– o que caracteriza a
estagflação clássica – o u t ro s
problemas se somam a
esses. Recentemente, o ex-
ministro Roberto Lavagna,
homem sério e respeitado,
conhecido por nós
como negociador do acordo
de complementação
econômica da década de
1980, que deu origem mais
tarde ao Mercosul, apontou
que a Argentina pagou a
tempo e hora o acordado na
reestruturação de sua dívida
externa com os credores do
país. Não importa se 93%
dos credores aceitaram
renegociar a dívida
Argentina recebendo um
percentual pequeno do que
foi originalmente pactuado.
Acordo é acordo e não
cabem
re c l a m a ç õ e s
a
posteriori.
O c o rre ,
contudo,
que 7%
dos
c re d o re s
não
aceitaram
as
condições
impostas
pela
A rg e n t i n a
e foram à
justiça – no
caso, ao
foro de
Nova York,
onde se
dirimiu o
conflito
entre as
partes. Esses 7%
dos credores obtiveram
ganho de causa e o
direito de receber o valor
integral dos títulos que
possuem. E, a menos
que o pagamento seja
efetuado, não será possível
à Argentina continuar
pagando o acertado na
reestruturação da dívida
aos 93% credores restantes.
Anotícia é péssima para a
Argentina, já que veda
completamente o acesso do
país ao mercado
internacional de capitais. A
rigor, fecha de vez o pouco
acesso que lhe restava,
depois de haver imposto à
maioria dos credores uma
reestruturação em condições
draconianas –um corte de
70% do valor devido.
No interregno, o casal
Kirchner praticou uma
política econômica
totalmente danosa aos reais
interesses do país. Para citar
apenas algumas dessas
políticas, a segurança
jurídica foi rompida com
seguidas quebras de
contratos; investimentos
estrangeiros foram
desapropriados; a renda do
Essa "nova matriz
econômica" não está
somente arruinando aquele
país. O que está em risco
agora é o sistema de
transferência de recursos,
através de investimentos,
para os países emergentes.
Está em risco também
o próprio financiamento de
balanços pagamentos
desses países em
momentos
de crise.
Alguns
a f i rm a m
que os
fundos que
adquiriram
os títulos
no mercado
secundário
de dívidas
atuaram
como
" a b u t re s " ,
comprando
por preços
d e s p re z í v e i s
os ativos
a rg e n t i n o s ,
para agora
exigir o
pagamento
integral dos
papéis. O
a rg u m e n t o ,
obviamente, não se
sustenta. Quem
desvalorizou os títulos foi
o próprio governo
argentino, com suas
políticas econômicas
heterodoxas e falidas. Além
disso, nada impedia que o
próprio emissor dos títulos
os comprasse, por assim
dizer, na bacia das almas,
beneficiando-se dos efeitos
de suas políticas deletérias.
Esse evento coloca em
questão a necessidade de
encontrar um arcabouço
legal que permita que países
que involuntariamente
experimentem crises
em seus balanços de
pagamentos possam
refinanciar suas dívidas e
continuar crescendo – e
criando assim, portanto, as
condições para voltar a ser
solventes e bons pagadores.
Não estou seguro que
seja o caso da Argentina
atual. Esse governo,
ao pretender inovar em
matéria de política
econômica, é o principal
causador das mazelas
por que passa o país.
Resta torcer para
que se encontre
rapidamente uma solução
para o impasse criado pela
decisão da corte de
Nova York. O prazo é curto,
termina no final de julho.
A falta de solução implicará
maiores dificuldades
entre credores e devedores
de terceiros países,
que nada têm a ver com
os problemas argentinos.
RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA
A tudo isso se soma
o fato de que, em 2001, a
Argentina suspendeu
unilateralmente o
pagamento de uma dívida
de US$ 100 bilhões, ficando
quatro anos sem pagar
nada – caso típico de um
calote – e somente voltou a
falar com os credores para
propor uma renegociação
da dívida em 2005.
campo expropriada com
impostos vis, incidentes
sobre a exportação de
grãos e carne; índices
de preços foram
grosseiramente falsificados
para esconder da
população a real inflação;
a independência legal
do Banco Central da
República Argentina foi
amesquinhada.
NOSSA POSIÇÃO
quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
Refor mai m p o s s í ve l
O BRASIL E OS ESPORTES
E X P L O S Ã O D A D E S P E S A P Ú B L I C A P R O V O C A U M C Í R C U L O V I C I O S O .
Não é possívelfazer a
apregoadareforma para
aliviar a car gatributária no
Paísse o tamanho doEstado é cada
vez maior.
É necessário que
não apenas o governo,
mas também o povo
volte os olhos
para as demais
modalidades esportivas.
O futebol não deve ser
nossa única referência.
SAMIR KEEDI
KIYOSHI HARADA
Abandeira da reforma
tributária vem sendo
agitada frequente-
mente por políticos
oportunistas que não têm von-
tade política, nem o menor in-
teresse em fazê-la. Há mais de
15 anos escrevi um artigo ("O
mito da reforma tributária")
demonstrando a sua falácia, o
que revela que esse discurso é
bem velho. Mas seus astutos
veiculadores apresentam co-
mo algo novo e criativo a ideia
de simplificar o sistema tribu-
tário vigente e baixar o nível
de tributação.
Falar em simplificar o siste-
ma tributário e em tornar nos-
sos produtos competitivos,
enquanto se despeja diaria-
mente instrumentos normati-
vos truculentos para aumen-
tar a eficiência da arrecada-
ção a qualquer custo, revela
cinismo ou desfaçatez. Cente-
nas de normas subalternas à
Constituição são editadas
com incrível frequência e com
crescente sadismo burocráti-
co, fazendo com que empre-
sariado perca 2.600 horas
anuais só para cumprir as obri-
gações tributárias.
Disso resultou o rebaixa-
mento do Brasil no ran-
king mundial de com-
petitividade, perdendo no âm-
bito do Brics para a África do
Sul e na esfera da América La-
tina para o México.
Toda vez que se elabora um
projeto de reforma tributária,
isso acaba resultando em um
miniprojeto criando ou au-
mentando tributos. Assim sur-
giram a extinta CPMF, a CIDE,
o PIS-PASEP/COFINS sobre im-
portados; intensificaram-se
as remexidas imotivadas por
decreto nas alíquotas do IOF
nas suas quatro modalidades
de tributação; multiplicaram-
se as hipóteses de retenção do
tributo na fonte que, muitas
vezes, representam imposto
novo e inventou-se a mais obs-
cura, complexa e confusa tri-
butação não cumulativa do
PIS-COFINS, que logo no pri-
meiro mês de vigência bateu
recorde de arrecadação.
Foi assim que a carga tribu-
tária, que no início da década
de 90 estava em torno de
21,5% do PIB, cresceu até che-
gar aos 37,5% de hoje.
Nenhuma proposta de
reforma tributária po-
deria prosperar, por-
que ninguém a quer. A última
proposta de reforma tributá-
ria, a representada pela PEC
n° 233/08 , assim que logrou o
objetivo real de prorrogar a
DRU por mais de 4 anos foi logo
engavetada.
É que não há como fazer a
apregoada reforma para ali-
viar a carga tributária se o ta-
manho do Estado cresce cada
vez mais. Antes eram 16 mi-
nistérios; hoje são 39 e outras
tantas secretarias, muitas
com status ministerial, fazen-
do com que o Estado não mais
caiba dentro do PIB.
Esses órgãos superpostos e
muitas vezes inúteis, acomo-
dam milhares de servidores
comissionados que ultrapas-
sam o número de concursa-
dos. Esses servidores de con-
fiança que se renovam a cada
governo causam duplo dano:
de um lado, seu despreparo
técnico emperra a administra-
ção pública; de outro, sua in-
submissão ao princípio do
controle hierárquico, devendo
obediência apenas à pessoa
responsável pela sua nomea-
ção, faz com que em sua atua-
ção se distanciem dos princí-
pios da legalidade, da morali-
dade, da impessoalidade, da
publicidade e da eficiência
que regem a administração
públ ica direta e indireta.
E ainda provocam um terceiro
efeito negativo, desestimu-
lando os servidores efetivos,
relegados para abrigar os no-
meados.
Um país com R$ 2,5 tri-
lhões de dívida pública
representando 60% do
PIB não tem como diminuir a
carga tributária. Por isso, em
matéria de juros o Brasil só
perde para a Grécia. E o pior é
que o crescimento da dívida,
por conta da bomba de efeito
retardado armada nos idos de
2008, quando se zerou a nossa
dívida externa, vem superan-
do duas vezes e meia o cresci-
mento do PIB, o que fará com
que em poucos anos o endivi-
damento chegue a 100%.
Nesse cenário, como falar
em baixar o nível da imposição
tributária?
Sem conter os fantásticos
gastos públicos, não há como
diminuir os tributos, que só
tendem a aumentar, até mes-
mo nas hipóteses de supostas
desonerações fiscais. Qual o
efetivo benefício que essa po-
lítica fiscal trouxe ao empresa-
riado em geral, cuja produção
está encolhendo?
Para manter ou aumentar a
carga tributária, instrumen-
tos normativos dúbios e nebu-
losos são diariamente despe-
jados com o objetivo de, por
meio de coação indireta, au-
mentar a receita compulsória,
onde as multas tributárias, às
vezes, rendem mais que o
principal. Não é por outra ra-
zão que a Suprema Corte está
tentando construir um critério
uniforme de mensuração des-
sas multas, fundado no princí-
SXC
pio da razoabilidade e da pro-
p o rc i o n a l i d a d e .
Esse mesmo Congresso
que aprova uma legisla-
ção truculenta impondo
sanções políticas para induzir
a satisfação de tributos impa-
gáveis à luz do princípio de ca-
pacidade contributiva é o que
vem aprovando a cada 4 anos
a prorrogação da DRU, que re-
tira 20% de toda a arrecada-
ção tributária da União do âm-
bito da fiscalização e controle
que incumbe ao Parlamento
exercer com o auxílio do TCU.
O Executivo, em lugar de
gastar conforme prescrição
legal expressa na LOA, passa a
gastar à sua discrição esses
20% da receita tributária que
h o j e c o r r e s p o n d e a R $
232.826.417.094,40 bilhões.
É muito dinheiro fora de con-
t ro l e !
Por tudo isso não comungo
com a opinião de alguns estu-
diosos que imputam às despe-
sas com os serviços da dívida a
responsabilidade pelo atual
nível de imposição tributária.
Adívida pública surge co-
mo efeito dos gastos
desmesurados, não fis-
calizados e controlados pelos
órgãos competentes. É certo
que para pagar os encargos da
dívida é preciso aumentar a
arrecadação. Enfim, a explo-
são da despesa pública provo-
ca um círculo vicioso de cau-
sas e efeitos.
A amortização e o paga-
mento de juros da dívida públi-
ca consomem mais de 40% do
orçamento. Se examinarmos
o orçamento da União de
2 0 1 4 , d o t o t a l d e R $
2.488.853.320.708,00 tri-
lhões verifica-se a título de
despesas com juros o valor de
R$ 405.302.135.089,00 bi-
l h õ e s , c e rc a d e 1 6 , 2 8 %
q u e s o m a d a s a o s R $
654.746.947.069,00 bilhões
para amortização, cerca de
26,30% do orçamento, perfaz
em total de 42,58% da receita
pública global. Como a folha
consome o equivalente a gas-
tos com o serviço da dívida
(amortização e pagamento de
juros) pouco resta para o Esta-
do cumprir os seus fins.
E há um dado interessante
que revela preferência dos go-
vernantes quanto ao paga-
mento de juros da dívida públi-
ca, passando por cima de ou-
tras prioridades reclamadas
pela sociedade. As dotações
concernentes ao pagamento
dos serviços da dívida são
exauridas até o último centa-
vo, quando não suplementa-
das, a exemplo das concer-
nentes às despesas de pes-
soal. Em contrapartida, as do-
tações referentes à saúde,
educação etc. são executadas
somente parcialmente, mes-
mo havendo vinculação cons-
titucional expressa.
Suas verbas são remane-
jadas para outras dota-
ções cujas despesas
dão mais visibilidade à ação
governamental; outras vezes,
são direcionadas para fins não
previstos na LOA. As verbas
concernentes a dotações de
investimentos são as mais sa-
crificadas. Até parecem mais
verbas de contingenciamento
do que aquelas destinadas à
execução de obras de duração
continuada. Resulta disso tu-
do que o País não dispõe de in-
fraestrutura suficiente para
suportar o desenvolvimento
econômico: faltam energia
elétrica, água, rodovias, es-
tradas vicinais e instalações
aereoportuárias adequadas.
* A versão integral do texto podeser vista na versão web do jornal:
w w w. d c o m e r c i o . c o m . b r
KI YO S H I HA R A DA É J U R I S TA ,COM 28 OBRAS P U B L I C A DA S ,
SÓCIO F U N DA D O R DO ESCRITÓRIO
HA R A DA ADVO G A D O S ASSOCIADOS
E EX-PRO C U R A D O R CHEFE DA
CO N S U LTO R I A JURÍDICA DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAU L O.K I YO S H I @H A R A DA A DVO G A D O S .
COM.BR
Já virou passado a mais
vexaminosa derrota do
escrete canarinho em
todos os tempos. Isso se
algum dia se tornar passado.
Sabemos que a derrota de
1950 sempre está presente
e o seria pelos séculos e
séculos não fosse a Copa
de 2014. Perto desta, a Copa
de 1950 passou a ser uma
brincadeirinha que poderá
ser esquecida. Primeiro
porque naquela perdemos
de 2 x 1. Segundo, porque
disputamos a final e fomos
vice-campeões.
Nesta, fizemos um
papel ruim nas fases
anteriores, jogando contra
seleções sem tradição.
Quando fizemos o primeiro
jogo com uma seleção
tradicional e campeã do
mundo, participamos do
jogo dos sete erros, em que
acertamos apenas um.
Mostramos que não
tínhamos planejamento.
Contamos apenas com a
velha teoria de que somos o
país do futebol. "Melhores
do mundo" já é passado
distante: ficou nas décadas
de 1950, 1960, 1970 e 1980.
As copas de 1994 e 2002
foram vencidas, segundo
nossa opinião, já sem
sermos os melhores.
Talvez esta derrota,
se bem aproveitada,
possa ser a melhor coisa
acontecida ao País.
Não ao "país do futebol",
mas ao da gente, daquele
em que vivemos,
independentemente do
futebol. Será bom a todos
ver que nunca tivemos uma
única conta paga pelo
futebol, mas sim pelo nosso
esforço e muito trabalho. É
isso que temos que pensar.
Futebol é apenas um
esporte, uma diversão, e
não é o único que existe. O
brasileiro precisa descobrir
isso e nossas autoridades
devem dar atenção aos
demais esportes que aqui
se praticam e que nunca
foram considerados.
É flagrante, e está
toda hora nos jornais e
televisões, a penúria em que
vivem as demais atividades
esportivas no País e seus
atletas. Nem nossas
grandes estrelas são
contempladas. Muito deles
têm de ir para o exterior
para se aperfeiçoar e obter
patrocínio. As Olimpíadas
estão batendo à nossa porta
e esperamos para ver que
papel o País fará nela.
O vôlei , por exemplo,
é um esporte que tem nos
dado imensas alegrias.
Também o basquete já deu,
e poderia dar muito mais.
A ginástica já nos rendeu
medalhas. A natação idem,
e muitas. Também o judô.
Outro esporte que obteve
muitas medalhas é o
iatismo. O atletismo em
geral tem dado alegrias,
assim como outras
modalidades esportivas.
Claro que é preciso
que esse imenso
acampamento chamado
Brasil comece a se
conscientizar também de
suas necessidades
econômicas e políticas, para
que algum dia possamos
dizer que somos realmente
um país, uma nação.
Mas sobre economia e
política falamos sempre.
Vamos voltar ao esporte.
É necessário que não só o
governo, mas o povo, volte
os olhos às demais práticas
esportivas. O futebol
não precisa ser nossa única
referência. Os demais
esportes não devem
ser quase solenemente
ignorados, despertando
interesse apenas durante
as olimpíadas ou os
grandes eventos.
É preciso que todas
as crianças e a juventude
tenham, continuamente,
por exemplo, aulas de
natação. Não só para
competição, como para a
saúde. É um esporte dito
completo, ou quase. As
crianças e juventude seriam
muito mais saudáveis e
isso, claro, resvalaria para
o futuro. Assim como outros.
Qual a razão de a
população brasileira
não ter olhos para os demais
esportes? Culpa dela?
Possivelmente não. Culpa,
em especial, das nossas
autoridades , que tratam o
esporte em geral da mesma
maneira que a educação,
como um produto
desnecessário e de segunda
linha. A televisão e rádios
fazem o mesmo.Somente
em grandes eventos se
aventuram a mostrá-los.
Lembramos bem quando
nosso Gustavo Kuerten
foi tricampeão de tênis em
Roland Garros e líder
do ranking mundial. Então
havia olhos, atenção,
transmissão, etc.
Por que só gostamos
de ver o "campeão"? E que
normalmente dependa dele
próprio, sem a ajuda de
terceiros? Lembramos-nos
muito bem dos tempos de
nosso boxeador maior,
Eder Jofre. E de outros que
poderiam ser mencionados.
Precisamos parar para
pensar se não é justamente
por falta de atenção, de
patrocínio, financiamento
etc., que não temos muito
mais campeões e ídolos.
Povo brasileiro, talvez
esta seja a hora. Já
não somos há muito tempo
os reis da cocada preta no
futebol. Temos sido de
segunda linha. E assim
tem sido não só com nossa
seleção canarinho, bem
como com os times. Com
exceção do que ocorreu em
2012, em que tivemos um
time campeão mundial.
Em compensação, em 2011,
fomos humilhados pelos
espanhóis do Barcelona.
Portanto, Brasil varonil,
cor de anil, está hora de
diversificar. De olhar
para os outros esportes.
De pensar numa "nação"
mais sadia. Numa "nação"
mais pluriesportiva.
SAMIR KEEDIBAC H A R E L EM
ECONOMIA, P RO F E S S O R DE MBA EDA AD UA N E I R A S , C O L U N I S TA E
AU TO R DE VÁRIOS L I V RO S EM
COMÉRCIO EXTERIOR.SAMIR@M U T I E D I TO R A S .COM.BR
4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014
quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5
DILMA NOTA 5,4A nota média dada pelo eleitor brasileiro àadministração atual, segundo a pesquisaIbope/Estado/TV Globo, é de 5,4. Em junho de 2010,Lula recebeu nota 7,8 dos entrevistados pelo instituto.
Conselho políticode Dilma terá
núcleo evangélicoAliados expõem preocupações e pedem mais espaço nas decisões de campanha
Acampanha da presi-
dente Dilma Rous-
seff deverá ter uma
coordenação especí-
fica para os evangélicos. Em
reunião realizada na terça-fei-
ra, no Palácio do Alvorada,
com os comandantes dos par-
tidos que formam a coligação
pela reeleição de Dilma, ficou
acertado que os presidentes
do PSD, Gilberto Kassab, do
PROS, Eurípides Júnior, e do
PRB, Marcos Pereira, ajudarão
a montar uma agenda de en-
contros da presidente com li-
deranças evangélicas.
No encontro, que teve tam-
bém a participação do vice-
presidente da República, Mi-
chel Temer (PMDB), e dos mi-
nistros da Casa Civil, Aloizio
Mercadante, e das Relações
Institucionais, Ricardo Berzoi-
ni, presidentes das siglas alia-
das expuseram a Dilma a ne-
cessidade de se montar desde
o início uma estrutura voltada
para esse público, que soma
mais de 40 milhões de pes-
soas, segundo o Instituto Bra-
sileiro de Geografia e Estatísti-
ca (IBGE). Justificaram ainda
que esse eleitorado demons-
tra resistência ao PT e tem se
identificado com o candidato
Pastor Everaldo (PSC), da As-
sembleia de Deus, que em sua
estreia como presidenciável
já aparece com 3% nas pesqui-
sas de intenção de votos.
"O eleitorado evangélico re-
clama muito de uma parte do
PT favorável ao casamento de
homossexuais e (à descrimi-
nalização do) aborto", afirmou
Marcos Pereira.
Com isso, o núcleo da cam-
panha pretende argumentar
junto que o governo Dilma
cumpriu a promessa assumi-
da com lideranças evangéli-
cas em 2010, de não propor al-
terações na legislação do
aborto nem à união gay.
Ed Ferreira/EC
É uma vivadicesua, Kassab,bem colocado.É verdade, Lupinho[Carlos Lupi],tristeza nãopaga dívida.DILMA ROUSSEFF
Presidente Dilma e Gilberto Kassab (PSD): articulação para se aproximar dos 40 milhões de evangélicos.
Renato Silvestre/EC
Na estreia como presidenciável, Pastor Everaldo já aparece nas pesquisas com 3% das intenções de voto.
DECISÕES DE CAMPANHAOs presidentes dos partidos
reclamaram de estarem alija-
dos das decisões da campa-
nha. "Somos tratados como os
primos pobres", disse o presi-
dente do PDT, Carlos Lupi.
A partir das reclamações,
foram definidas algumas for-
mas de participação dos alia-
dos na campanha. Dilma pro-
pôs reuniões semanais até o
começo da propaganda elei-
toral no rádio, que se inicia dia
19 de agosto. Depois desta da-
ta, elas passarão a ser quinze-
nais. Na próxima terça-feira, o
grupo se reunirá com o mar-
queteiro dela, João Santana,
para saberem as linhas gerais
da publicidade e opinarem.
Cada partido terá um repre-
sentante em cada área da
campanha, como logística e
mobilização. Também desig-
narão partidários para, com o
PT, fazer ampliações no pro-
grama de governo.
BATALHA DA MÍDIAAntes de ouvir os dirigen-
tes, Dilma abriu a reunião fa-
lando que seu governo "está
perdendo a batalha da mídia",
mas que apesar de todas as
críticas, afirmou que sua ges-
tão está boa.
O presidente do PP, Ciro No-
gueira, criticou a falta de diálo-
go com os empresários e com
a sociedade: "Temos que bus-
car mais interlocutores na so-
ciedade, não só entre os em-
presários. Tem gente no agro-
negócio, por exemplo, que de-
f e n d e a p r e s i d e n t e . A
presidente não tem a mesma
disponibilidade que os candi-
datos de oposição, mas o con-
selho político da campanha,
nós, os presidentes de parti-
dos aliados, temos que nos
desdobrar".
Dirigente do PR, o deputado
Luciano Castro (RR) ponderou
que o governo não se comuni-
ca bem e que a estratégia de-
veria ser mudada.
Dilma concordou com as re-
clamações. "Sinto essa dificul-
dade", afirmou ela, ponderan-
do que durante a campanha
terá condições de reverter o
quadro com a melhor divulga-
ção das ações do governo.
SORRIA, PRESIDENTANa reunião, os aliados recla-
maram que Dilma passa a
imagem de ser candidata do
PT, e não de uma coligação. O
presidente do PSD, Gilberto
Kassab, sugeriu que Dilma
melhore a imagem: "A senho-
ra tem que ser menos presi-
denta e mais candidata. Não
pode parecer cansada, com
olheiras. A senhora está com o
aspecto muito cansado". Lupi
emendou: "Tem que sorrir,
presidenta. Tristeza não paga
dívida". Dilma reagiu com
bom humor: "É uma vivadice
sua, Kassab, bem colocado. É
verdade, Lupinho, tristeza
não paga dívida".
INFLAÇÃOA inflação alta e o baixo cres-
cimento econômico e o em-
prego fraco também foram
discutidos ontem em reunião
de Dilma com aliados. Para o
vice-presidente Michel Temer
(PMDB), a inflação é a maior
preocupação da campanha
para reeleger a presidente,
apesar de repetidas declara-
ções do governo de que os pre-
ços estão sob controle.
"O que vai acontecer agora,
é que não se deixe ultrapassar
o teto (da meta de inflação).
Estamos já em agosto e temos
que segurar um pouco, (usar)
políticas econômicas que im-
peçam a inflação", disse. "Nós
temos adversários e eles pre-
gam que está tudo errado",
disse. "Quem lê, assiste os no-
ticiários na TV, vê as redes so-
cais fica naturalmente preo-
cupado. Quem tem emprego
pensa: 'Será que vou perder
meu emprego?' Isto gera uma
certa preocupação".
Ciro Nogueira (PP), Luciano
Castro (PR) e Renato Rabelo
(PCdoB) também participaram
da reunião . (Agências)
6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014
PT exige investigação de aeroportoPartido quer que MP faça novas investigações em aeroporto utilizado por Aécio
CASO PA S A D E N A
TCU bloqueia bens de Gabriellie de ex-diretores da PetrobrasCompra de Pasadena causou prejuízo de US$ 792 milhões à Petrobras
OPT pediu ontem ao
Ministério Público
Estadual de Minas
Gerais e à Procuradoria da
República no Estado que abra
inquéritos civil público e
criminal para investigar se
houve irregularidades
cometidas na construção de
um aeroporto no município
de Cláudio durante a gestão
de Aécio Neves à frente do
governo mineiro. É mais
uma frente de apuração
apresentada pelo PT, que
ontem propôs à Procuradoria-
Geral da República (PGR)
a abertura de inquéritos
sobre o caso.
A obra, iniciada no final da
segunda gestão de Aécio
como governador, está sendo
construída num terreno que
pertenceu a um tio-avô,
Múcio Tolentino. O PT vem
usando o caso para tentar
desgastar o principal
adversário de Dilma Rousseff
na disputa
ao Palácio do Planalto.
Ontem, o ex-presidente
Lula também defendeu a
apuração do episódio.
O partido quer apurar se o
aeródromo está operando
sem autorização da Agência
Nacional de Aviação Civil
(Anac). Para o PT, a
construção e a administração
irregular do aeroporto
configurariam atos de
improbidade administrativa.
O caso, que veio a público
após reportagem publicada
no domingo pelo jornal Fo l h ade S. Paulo, já está sendo alvo
de investigações da Anac.
Em sua defesa, Aécio
Neves alega que o MP de
Minas, o mesmo para o qual o
PT pediu a investigação
ontem, já arquivou
investigações sobre o
aeroporto. Os tucanos
também mostraram
pareceres dos ex-presidentes
do Supremo Tribunal Federal
Carlos Ayres Britto e Carlos
Velloso favoráveis à
t r a n s a ç ã o. (Estadão Conteúdo)
Oplenário do Tribunal
de Contas da União
(TCU) aprovou ontem,
por unanimidade, relatório do
ministro José Jorge que
aponta prejuízo de US$ 792,3
milhões à Petrobras pela
compra da refinaria de
Pasadena, nos EUA, em 2006.
O acórdão cita como
possíveis responsáveis pelo
prejuízo, ex-membros da
diretoria da Petrobras, entre
eles o ex-presidente da
estatal José Sérgio Gabrielli.
Eles têm 15 dias para
apresentar defesa e, a partir
disso, um novo relatório será
produzido pelo tribunal, que
poderá alterar valores,
excluir ou incluir nomes dos
responsáveis pelo prejuízo.
Entre as medidas
aprovadas também está o
bloqueio dos bens em nome
dos citados – além de
Gabrielli, são apontados
como suspeitos de
responsabilidade pelo
prejuízo o ex-diretor da área
internacional da Petrobras
Nestor Cerveró e o ex-diretor
de Abastecimento e Refino
Paulo Roberto Costa, preso
em uma operação da Polícia
Federal suspeito de
envolvimento em um
esquema de lavagem de
dinheiro e evasão de divisas.
O bloqueio será por um ano e
terá validade a partir da
citação dessas pessoas.
O acórdão não aponta
entre os possíveis
responsáveis a presidente
Dilma Rousseff, presidente
do conselho de
administração da Petrobras
na época da compra de
Pasadena. Isso significa que,
para o TCU, ela não teve
re s p o n s a b i l i d a d e .
Além do TCU, o negócio é
alvo de investigações da
Polícia Federal (PF) e do
Ministério Público Federal
(MPF), por suspeita de
superfaturamento. O caso
também é investigado por
duas CPIs no Congresso. A
aquisição de 50% da
refinaria, por US$ 360
milhões, foi aprovada pelo
conselho da estatal em
fevereiro de 2006. O valor é
muito superior ao pago um
ano antes pela belga Astra Oil
pela refinaria inteira:
US$ 42,5 milhões. Depois, a
Petrobras foi obrigada a
comprar 100% da unidade,
antes compartilhada com a
empresa belga. Ao final,
aponta o TCU, o negócio
custou US$ 1,2 bilhão.
A decisão judicial é
considerada preliminar. Ela
determina a conversão do
processo em Tomada de
Contas Especial (TCE). Nessa
fase, serão quantificados
débitos e identificados
os responsáveis pelo
prejuízo. (Agências)
Para Serra, campanhade 2014 será mais dura.
PT não vai querer perder o poder suavemente e deve esquentar o clima com denúncias eleitorais, diz Serra.
Ocandidato do PSDB
ao Senado por São
Paulo, José Serra,
afirmou ontem es-
perar para este ano uma
campanha presidencial mais
dura do que a de 2010 com re-
lação a trocas de denúncias
entre os postulantes ao Palá-
cio do Planalto.
"Os petistas não vão que-
rer perder o poder suave-
mente", disse, após almoço
fechado com empresários na
sede da Federação das Indús-
trias do Estado do Rio de Ja-
neiro (Firjan), no centro da
capital fluminense. " O PT é
especialista nisso (em de-
núncias eleitorais)."
Serra fez os comentários ao
falar de reportagem do jornal
Folha de S. Paulo que revelou a
construção de um aeroporto
em Cláudio (MG), em terreno
que pertenceu à fazenda de
um tio do presidenciável pelo
PSDB, Aécio Neves. A obra foi
feita quando Aécio era gover-
nador de Minas Gerais.
Para o tucano paulista, a
questão está justificada. "Está
totalmente esclarecida", de-
clarou. "Está tudo explicadi-
nho. Houve uma desapropria-
ção da área, que até foi con-
testada na Justiça. Não há na-
da que to rne o fa to mais
i n s u s p e i t o. "
O postulante ao Senado por
São Paulo reconheceu, porém,
que campanhas eleitorais
sempre serão marcadas por
denúncias entre adversários.
"Sempre vai haver troca de
tiros", afirmou. "Da parte do
PT, não tenho dúvida (de que
haverá ataques). A gente não
sabe fazer. O PSDB não tem
know how para isso. Eu mes-
mo não tive."
Para Serra, a peculiaridade
da disputa de 2014 torna
maior a possibilidade de ata-
ques. "Porque o risco (do PT)
de perder é maior".
De acordo com Serra, as
pesquisas mais recentes mos-
tram que a tendência na corri-
da eleitoral é de estreitamen-
to das diferenças.
"Realmente, isso parece,
até agora, isso tem sido inexo-
rável. Nesse sentido, tenho
otimismo quanto ao resultado
da eleição", declarou.
O ex-governador de São
Paulo afirmou ainda que o
principal ponto contra a pre-
sidente e candidata a reelei-
ção pelo PT "é a inépcia de
ponta a ponta".
Outro tucano que refutou
ontem denúncias de que o go-
verno mineiro tenha benefi-
ciado a família de Aécio na
construção de um aeroporto
em Cláudio (MG) foi o senador
e candidato a vice-presidente
da República Aloysio Nunes
(PSDB-SP).
"O terreno não é da família
do Aécio, porque ele foi desa-
propriado pelo governo minei-
ro, todas as explicações foram
dadas sobre o assunto e são
satisfatórias para mim."
Indagado sobre o impacto
na campanha de Aécio da
abertura de investigação fe-
deral para apurar o caso e ain-
da sobre o questionamento ju-
dicial do PT, ele considerou
que a candidatura do senador
não será afetada: "O PT é usei-
ro e vezeiro nessa matéria.
Trabalha na base da calúnia,
da denúncia vazia. Claro que
defendo que seja investigado,
mas esse assunto já foi falado
suficientemente e não vou
mais falar nisso".
Aloysio disse ainda que a
pesquisa Ibope divulgada an-
teontem – Aécio com 21% das
intenções de voto, atrás de
Dilma, com 38% – anima mui-
to a campanha, principalmen-
te pela rejeição da presidente
da República apontada no le-
vantamento. "Mais importan-
te que a intenção de votos, on-
de, aliás, a posição do Aécio é
muito boa, é a questão do índi-
ce de rejeição e da avaliação
negativa do governo dela, que
hoje suplanta avaliação posi-
tiva". (Estadão Conteúdo)
Daniel Amaral/Futura Press/Estadão Conteúdo
Serra: "Sempre vai haver troca de tiros. Do PT, não tenho dúvida."
O PT é useiro e vezeiro nessa matéria. Trabalha na base da calúnia, da denúncia vazia.Aloysio Nunes Pereira (PSDB-SP), senador e candidato a vice-presidente da Re p ú b l i ca .
Do total de 513 deputadosfederais, 399 (77,78%)
concorrerão à reeleição emoutubro. Outros 37 (7,21%) nãodisputarão nenhum cargo. Osdemais 77 deputados (15,01%)concorrem a outros cargos. Osdados são do DepartamentoIntersindical de AssessoriaParlamentar (Diap).
A estimativa do Diap é deque a renovação da Câmara em2014 supere a marca de 50% dacomposição da Casa. Dos 77deputados que disputam outroscargos, 21 buscam uma vagade vice-governador, 21concorrem ao Senado, 19almejam vaga a deputadoestadual, dez tentam o cargode governador e seis desejamser suplente de senador.
REELEIÇÃO
Apresidente Dilma Rousseffsancionou na terça-feira a
Lei 13.015/2014, que impedeque recursos meramenteprotelatórios cheguem aoTribunal Superior do Trabalho(TST). A medida obriga osTribunais Regionais do Trabalho(TRT) a padronizar decisõessobre um mesmo assunto antesde encaminhá-las à terceirainstância (TST).
"A lei vem proteger, no bomsentido, o próprio TST de umaenxurrada de processos.E manda um recado aosTribunais Regionais,de 2ª instância, parauniformizarem a sua juris-prudência", explica LuizGuilherme Migliora,professor da FGV Direito Rio.
LEI TRABALHISTA
.Ó..R B I TA
LAVAGEM DE DINHEIRO
Oprocurador-geral daRepública, Rodrigo Janot, e
o ministro da Justiça, JoséEduardo Cardozo, assinaramontem um acordo para instalarmais uma unidade da RedeNacional de Laboratórios contraa lavagem de dinheiro (Rede-Lab). A unidade, que teráequipamentos e capacitação doMinistério da Justiça, funcionarána Procuradoria-Geral daRepública (PGR), que vai ceder opessoal responsável por operá-la. Mas a previsão é que olaboratório comece a funcionarefetivamente apenas em marçodo ano que vem.
A Rede-Lab tem atualmente25 laboratórios funcionando eoutros 18 (incluindo o da PGR)
em processo de instalação.Segundo o ministério, esseslaboratórios já investigaramuma movimentação de R$ 20bilhões, que resultou nobloqueio de US$ 200 milhões noexterior e a recuperação deR$ 38 milhões. Mesmo após aidentificação dasirregularidades há dificuldadesem recuperar os recursos.
Cada laboratório analisainformações, usando soluçõestecnológicas e softwares decruzamento de dados, commetodologia própria eprofissionais especializadospara identificar atividadesilícitas. Os dados analisadostambém incluem osfamiliares dos investigados.
quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
Bradesco Leasing S.A. - ArrendamentoMercantil
CNPJ no 47.509.120/0001-82 - NIRE 35.300.151.381Companhia Aberta
Ata Sumária da Assembleia Geral Ordinária realizada em 30.4.2014Data, Hora, Local: Em 30.4.2014, às 8h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 2o andar,Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Mesa: Presidente: Lázaro de Mello Brandão; Secretário:Antônio Bornia. Quórum de Instalação: Totalidade do capital social votante.Presença Legal:Administrador da Sociedade e representante da KPMG Auditores Independentes. Edital deConvocação: Dispensada a publicação, de conformidade com o disposto no § 4o do Art. 124 daLei no 6.404/76. Publicações Prévias: os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404/76, quais sejam os Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes, e asDemonstrações Contábeis, relativas ao exercício social findo em 31.12.2013, foram publicadosem 20.2.2014, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 3 a 7, e “Diário doComércio”, páginas 9 a 12. Disponibilização de Documentos: os documentos citados no item“Publicações Prévias”, as Propostas do Conselho de Administração e do Banco Bradesco S.A.,Sociedade Controladora, bem como as demais informações exigidas pela regulamentaçãovigente, foram colocados sobre a mesa para apreciação do acionista. Deliberações: 1) tendotomado conhecimento dos Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes o únicoacionista da Sociedade, representado por seus Diretores infra-assinados, aprovou asDemonstrações Contábeis relativas ao exercício social findo em 31.12.2013; 2) aprovada aproposta do Conselho de Administração, registrada na Reunião Extraordinária no 75 daqueleÓrgão, de 28.3.2014, para destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2013, novalor de R$451.830.708,56, conforme segue: R$22.591.535,43 para a conta “Reservas de Lucros- Reserva Legal”; R$219.239.173,13 para a conta “Reservas de Lucros - Estatutária”; eR$210.000.000,00 para pagamento de dividendos, os quais foram pagos na forma de juros sobreo capital próprio em 7.3.2014, bem como a ratificação da distribuição dos R$210.000.000,00 atítulo de juros sobre o capital próprio pagos, considerando que não foi proposta à Assembleianova distribuição de dividendos relativos ao ano de 2013; 3) reeleição dos atuais membros doConselho de Administração, senhores: Lázaro de Mello Brandão, brasileiro, casado, bancário,RG 1.110.377-2/SSP-SP, CPF 004.637.528/72; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, viúvo,bancário, RG 5.284.352-X/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Antônio Bornia, brasileiro, viúvo,bancário, RG 11.323.129-5/SSP-SP, CPF 003.052.609/44; Mário da Silveira Teixeira Júnior,brasileiro, casado, bancário, RG 3.076.007-0/SSP-SP, CPF 113.119.598/15; Carlos AlbertoRodrigues Guilherme, brasileiro, casado, bancário, RG 6.448.545/SSP-SP, CPF 021.698.868/34;e Milton Matsumoto, brasileiro, casado, bancário, RG 29.516.917-5/SSP-SP, CPF 081.225.550/04; e eleição do senhor José Alcides Munhoz, brasileiro, casado, bancário, RG 50.172.182-4/SSP-SP, CPF 064.350.330/72, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP,CEP 06029-900. Os membros reeleitos e o eleito: 1) terão seus nomes levados à aprovação doBanco Central do Brasil; 2) terão mandato de 1 (um) ano, estendendo-se até a posse dos novosConselheiros que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no ano de 2015; 3)declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração desociedade mercantil em virtude de condenação criminal. 4) aprovada a proposta daAdministração, registrada na Reunião Extraordinária no 75 do Conselho de Administração, de28.3.2014, para que não seja fixada remuneração aos administradores da Companhia, eleitospor indicação do Banco Bradesco S.A. (Bradesco), tendo em vista que todos já recebemremuneração naquela instituição financeira (Bradesco). Disse o senhor Presidente que, nostermos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstas em leiserão efetuadas, doravante, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “ValorEconômico”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que asmatérias ora aprovadas somente entrarão em vigor e se tornarão efetivas depois dehomologadas pelo Banco Central do Brasil e de estarem atendidas todas as exigências legais dearquivamento na Junta Comercial e publicação, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presenteAta no livro próprio, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário, pelo acionistae pelo representante legal da empresa KPMG Auditores Independentes, inscrição CRC2SP028567/1-F-SP, senhor Cláudio Rogélio Sertório, Contador, CRC 1SP212059/O-0, de acordocom o disposto no Parágrafo 1o do Artigo 134 da Lei no 6.404/76. aa) Presidente: Lázaro de MelloBrandão; Secretário: Antônio Bornia; Administrador: Domingos Figueiredo de Abreu; Acionista:Banco Bradesco S.A., representado por seus Diretores, senhores Domingos Figueiredo de Abreue Luiz Carlos Angelotti; Auditor: Cláudio Rogélio Sertório. Declaração: Declaramos para osdevidos fins que a Ata da referida Assembleia encontra-se lavrada no livro próprio, homologadapelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme segue: “Certidão - Secretaria deDesenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação - JUCESP - Certifico o registro sobno 249.993/14-4, em 2.7.2014. a) Flávia Regina Britto - Secretária Geral em exercício.”. BradescoLeasing S.A. - Arrendamento Mercantil. aa) Aurélio Conrado Boni e Domingos Figueiredo deAbreu.
Bradesco Leasing S.A. - ArrendamentoMercantil
CNPJ no 47.509.120/0001-82 - NIRE 35.300.151.381Ata da Reunião Extraordinária no 76, do Conselho de Administração,
realizada em 30.4.2014Aos 30 dias do mês de abril de 2014, às 9h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 2o
andar, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, reuniram-se os membros reeleitos para integrareste Conselho na Assembleia Geral Ordinária hoje realizada, cuja posse se dará após ahomologação de seus nomes pelo Banco Central do Brasil, os quais tomaram as seguintesdeliberações: 1) de conformidade com as disposições do “caput” do Artigo 8o do Estatuto Social,procederam à eleição, entre si, do Presidente e do Vice-Presidente deste Órgão, tendo a escolharecaído nos nomes dos senhores: Presidente: Lázaro de Mello Brandão; Vice-Presidente: LuizCarlos Trabuco Cappi; 2) atendendo ao disposto no Artigo 12 do Estatuto Social, procederam àeleição dos Diretores da Sociedade, com mandato até a 1a Reunião deste Órgão que se realizarapós a Assembleia Geral Ordinária de 2015, tendo sido reeleitos os senhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, viúvo, bancário, RG 5.284.352-X/SSP-SP,CPF 250.319.028/68; Diretores Vice-Presidentes: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo,brasileiro, casado, bancário, RG 55.567.472-1-SSP/SP, CPF 425.327.017/49; DomingosFigueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP, CPF 942.909.898/53; Aurélio Conrado Boni, brasileiro, casado, bancário, RG 4.661.428-X/SSP-SP, CPF191.617.008/00; Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, brasileiro, casado, bancário, RG55.799.633-8/SSP-SP, CPF 373.766.326/20; Marco Antonio Rossi, brasileiro, casado, bancário,RG 12.529.752-X/SSP-SP, CPF 015.309.538/55; e Diretor Gerente: Luiz Carlos Angelotti,brasileiro, casado, bancário, RG 10.473.334-2/SSP-SP, CPF 058.042.738/25; e eleitos ossenhores: Diretores Vice-Presidentes: Alexandre da Silva Glüher, brasileiro, casado, bancário,RG 57.793.933-6/SSP-SP, CPF 282.548.640/04; Josué Augusto Pancini, brasileiro, casado,bancário, RG 10.389.168-7/SSP-SP, CPF 966.136.968/20; e Maurício Machado de Minas,brasileiro, casado, bancário, RG 7.975.904-X/SSP-SP, CPF 044.470.098/62, todos com domicíliona Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Os Diretores reeleitos e eleitos: 1)declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração desociedade mercantil em virtude de condenação criminal; 2) terão: a) seus nomes levados àaprovação do Banco Central do Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos; b) mandato de1 (um) ano, estendendo-se até a posse dos novos Diretores que serão eleitos na 1a Reunião doConselho de Administração que se realizar após a Assembleia Geral Ordinária de 2015. Nadamais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Conselheiros presentesassinam. aa) Lázaro de Mello Brandão, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Antônio Bornia, Mário daSilveira Teixeira Júnior, Carlos Alberto Rodrigues Guilherme e Milton Matsumoto. Declaração:Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida reunião encontra-se lavrada no livropróprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme segue: “Certidão –Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – JUCESP – Certificoo Registro sob no 249.994/14-8, em 2.7.2014. a) Flávia Regina Britto – Secretária Geral emexercício.”. Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil. aa) Aurélio Conrado Boni eDomingos Figueiredo de Abreu.
O parlamentarismo é a forma mais evoluída de uma democracia.Eduardo Jorge, candidato à Presidência da República pelo Partido Verde.
Victória Brotto
Ésob a sombra de 20
milhões de votos de
Marina Silva que o
atual candidato à Pre-
sidência da República do Parti-
do Verde (PV) começa a cami-
nhar nesta primeira fase de
campanha eleitoral. O médico
sanitarista Eduardo Jorge, de
64 anos, visitou ontem o Diáriodo Comércio e, em entrevista,
falou sobre os erros do PV com
Marina Silva em 2010, mos-
trou-se contrário à vice de
Eduardo Campos (PSB) quan-
do "critica Dilma, sendo que,
por ter se abstido do 2º turno,
ajudou a elegê-la" e acenou
ainda, pela primeira vez depois
do rompimento, para o que
chamou de unificação. "Se de-
pender de mim, reabriremos o
diálogo de unificação lá na
frente com Marina."
Jorge, que foi, pelo PT, depu-
tado estadual (1983-1986) e
deputado federal (1987-
2003), e, em São Paulo, foi se-
cretário da Saúde e do Meio
Ambiente de Kassab (na épo-
ca DEM), Serra (PSDB) e Erun-
dina (PT) , além de empunhar a
bandeira da sustentabilidade,
apresenta, em seu programa
de governo, propostas como a
de extinção do Senado, redu-
ção do número de ministérios
para 14 e das bancadas dos
estados na Câmara em 25% e
continuidade do Programa
Mais Médicos, com salário in-
tegral aos cubanos. Eduardo
Jorge defende também o Par-
lamentarismo porque "não
quer tirar a rainhazinha de
Brasília para colocar um rei
verde no lugar". "O parlamen-
tarismo é a forma mais evoluí-
da de uma democracia", diz.
CORRIDA PRESIDENCIALSobre a incumbência de es-
tar num posto que, em 2010,
teve Marina com 20 milhões
de votos, Eduardo Jorge afir-
ma que não quis o car-
go porque a melhor
opção era Fernando
Gabeira, mas este
preferiu o jornalismo:
"Eu não queria esse
cargo, porque o nosso
candidato era o Ga-
beira, o sujeito com
quadro político e am-
bientalista mais pre-
parado do Brasil. Mas,
diante da recusa, pro-
curaram alguém que
tivesse experiência
legislativa e adminis-
trativa e me convida-
ram", afirma o candi-
dato que diz que a sua
pretensão é "manter
o PV vivo" ganhando
autoridade para in-
fluenciar num 2º tur-
no, no Congresso Nacional e
nos Estados.
"Uma votação importante no
1º turno, vai dar uma autoridade
maior para o PV debater ques-
tões no 2º turno. E vai dar tam-
bém uma força para gente de-
bater nos Parlamentos".
MARINA E O PVDepois de sair do Partido
dos Trabalhadores e do gover-
no de Luiz Inácio Lula da Silva,
a ex-ministra do Meio Ambien-
te, Marina Silva procurou o PV
e, "por ser uma instituição e
uma figura importantíssima
na defesa do meio ambiente e
da sustentabilidade" o PV a
acolheu. É o que diz o Eduardo
Jorge. Mas erros como não
apoiar José Serra ou Dilma
Rousseff no 2º turno de 2010 e
a disputa por "um pequeno po-
der de liderar o PV" faz com
que ele aumente o tom de voz
contrário à sua antecessora.
"Tivemos uma exposição
grande do PV. Foi uma aliança
importante, vitoriosa e corre-
ta com Marina em 2010", disse
o candidato. "O que não foi
correto depois da campanha
foi não interferir no 2º turno. A
gente praticamente decidiria
a eleição com 20 milhões de
votos para A ou para B se decli-
nasse para A ou para B e eu
chego e digo ‘povo, vamos
embora pra casa, já que vocês
não me colocaram na final não
Sobre o futuro com Marina,
Eduardo Jorge disse que "con-
tinua defendendo, pessoal-
mente, uma reunificação de
todo o campo ambientalista
brasileiro". "Nessa campanha
não tem mais jeito, agora é o
PV procurar se fortalecer e, se
depender de mim, reabrir o
diálogo de unificação lá na
frente com Marina e com todos
os outros dispersos".
MAIS MÉDICOSO presidenciável do PV fez
críticas ao plano de carreira
dos médicos no Brasil e ao Mi-
nistério da Educação e ao da
Saúde que não souberam, em
12 anos, investir na saúde da
família. "Esse governo não fez
nada para a Saúde em 12
anos. Não mudou a formação
dos médicos no Brasil para
oferecer 50% de especialistas
em saúde da família e clínica
médica", afirmou. "Você tem
que mudar o currículo dos mé-
dicos. Tem que colocar para os
médicos e para as enfermei-
ras uma carreira nacional e
não pra um município", afirma
Jorge, que disse ainda que o
Ministério da Saúde virou uma
pasta "secundária" e hoje "es-
tá tão perdido quanto biruta
de aeroporto".
Mais especificamente so-
bre o Programa Mais Médicos,
Eduardo Jorge afirmou que
apesar de ser "um recibo do
fracasso do PT na área da Saú-
de", ele o manterá, mas pa-
gando salário integral aos mé-
dicos cubanos.
"O Programa foi um recibo
de fracasso do governo, como
não fizeram em 12 anos, qui-
seram fazer em dois. Importar
médicos é normal, Canadá e
Inglaterra fazem isso, mas im-
portaram de forma atabalhoa-
da. Sem fazer os cuidados de
avaliação dos médicos e com-
pactuando com a escravidão
dos cubanos", disse. "Quanto
aos médicos importados,
agradeceremos sua ajuda e,
Paulo Pampolin / Hype
Eduardo Jorge: "Se depender de mim, vamos reabrir o diálogo de unificação lá na frente com Marina".
sência da ex-senadora dentro
do PV. "O segundo erro, tão
grave quanto, foi os dois se se-
pararem. É o noivo e a noiva se
separarem e dizerem: 'não
queremos casar'", afirmou
ele, que diz que faltou "amor,
tolerância e entendimento"
dos dois lados para fortalecer
um projeto de sustentabilida-
de importante para o Brasil.
"O que aconteceu não foi
um desentendimento progra-
mático, mas uma disputa de
poder, por um pequeno poder
de um pequeno partido", defi-
ne o candidato.
sobre os médicos cubanos, va-
mos tratá-los com o mesmo
respeito do que os outros pa-
gando, é claro, os mesmos sa-
lários. O que farão com o di-
nheiro é decisão deles, mas
não podemos ser coniventes
com um tipo moderno de es-
c r a v i d ã o. "
CORTE DE GASTOSA primeira ação de Jorge, se
eleito presidente, será "um
corte geral em Brasília", co-
meçando por ministérios, Se-
nado e Câmara. Das pastas do
Executivo, o candidato do PV
ficará só com 14: Seguridade
Social; Educação, Cultura e
Esportes; Trabalho, Desenvol-
vimento Social e Superação
da Miséria, Direito Humanos;
Meio Ambiente; Justiça; Auto-
defesa; Agricultura; Fazenda,
Planejamento e Gestão; In-
fraestrutura; Relações Exte-
riores; Ciência e Tec-
nologia; Amazônia e
Nordeste. Da Câma-
ra, ficariam 411 depu-
tados federais, redu-
zindo as bancadas
dos Estados em 25%,
e o Senado simples-
mente não existiria.
"A Câmara já ga-
rante o caráter fede-
rativo do processo le-
gislativo quando dis-
tribui o número de va-
gas com um número
mínimo de deputados
para os Estados me-
nos populosos e um
teto para os Estados
de maior população".
Depois do corte de
gastos, Jorge diz que
dará mais poderes e dinheiro
aos municípios, "que é quem
está mais próximo do povo",
para pensar políticas para a
Saúde pública.
"Saúde não se faz só como o
PT pensa, mandando nas pre-
feituras. Hoje, o secretário de
saúde é um pedinte, um esfar-
rapado porque os municípios
só ficam com 11% dos recur-
sos. E, quando o secretário vai
a Brasília, Brasília diz: 'faça is-
so, faça aquilo'. Isso é um ab-
surdo, esse jeito do PT de go-
vernar matou a criatividade
de cada município de tratar
suas questões."
Vocês decidiramisso, quem decidiu aeleição passada eelegeu a Dilmafoi a abstençãoda Marina e do PV.ED UA R D O JOR GE
quero mais saber do jogo e vo-
cês danem-se'."
E, por isso, para Eduardo Jor-
ge, Marina não pode criticar o
governo Dilma, pois ela ajudou
a elegê-lo. "Quando eu vejo a
própria Marina criticando o go-
verno da presidenta Dilma eu
penso com meus botões: mas
vocês decidiram isso, quem
decidiu a eleição passada e
elegeu a Dilma foi a abstenção
da Marina e do PV. Qual é a le-
gitimidade agora que a Marina
e alguns dirigentes do PV têm
para criticar a presidenta Dil-
ma, se sua participação no 2º
turno decidiria a eleição?".
Mesmo sob as cr í t icas ,
Eduardo Jorge lamenta a au-
Diretrizes Programáticas do PV: extinção do Senado e redução de 25% da Câmara.
Política é para servir
Política é para servir. Assim
define a Carta de Diretrizes
Programáticas do PV, que ao
defender a democracia, se
compromete com a defesa do voto
distrital misto facultativo, entre
outras questões.
Metade dos representantes seriam
eleitos na lista partidária e a outra
metade nos distritos eleitorais por
voto majoritário.
A reforma política que o PV defende
inclui ainda a realização de um
plebiscito sobre o parlamentarismo.
"O parlamentarismo é a forma mais
evoluída de uma democracia, o atual
modelo de presidencialismo imperial
e centralizador estimula o
messianismo despolitizador e
regressivo. É flertar com o
autoritarismo. Hoje o parlamento vive
à sombra do Executivo. Vive das
sobras que caem na mesa, que
alimentam ainda mais o apetite
clientelístico e corporativo", diz o
presidenciável Eduardo Jorge.
Sobre o decreto 8.243 de Dilma
Rousseff que institui a Política
Nacional de Participação Social
(PNPS), Eduardo Jorge não vê
inovação prática, mas ressalta que
"nada pode ser feito para enfraquecer
as democracias participativas".
É dele, Eduardo Jorge, candidato à Presidência da República pelo PV, a tarefa de manter viva a força de um partido que em 2010 conquistou 20 milhões de votos.
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014
• MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM
• ADMINISTRAÇÃO DO RH
• CONTABILIDADE
• LEGALIZAÇÃO
• GESTÃO FISCAL
CONTABILIDADE E ASSESSORIA
www.agenda-empresario.com.br ANO XXVIII APOIO: CENOFISCOQUINTA-FEIRA, 24 DE JULHO DE 2014
RETENÇÃO DO INSS DO SÍNDICOSíndico de condomínio deve ter a retenção do INSS sobre os seushonorários? Qual a base legal? Saiba mais acessando a íntegra doconteúdo no site: [www.empresario.com.br/legislacao].
EMPRESAS SÃO OBRIGADAS A CONCEDER O CRÉDITO CONSIGNADOA SEUS FUNCIONÁRIOS?
Informamos que sendo o crédito/empréstimo realizado diretamentecom a empresa esta não está obrigada a conceder. Contudo, se oempregado irá diretamente na instituição financeira requerer ocrédito/empréstimo estará a empresa obrigada a aceitar o descontoque será feito em folha de pagamento.
FALECIMENTO DO FUNCIONÁRIOFuncionário faleceu,como a família consegue receber o FGTS? Saiba maisacessando a íntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].
INSTALAR AMBULATÓRIO NA EMPRESAEmpresa pretende instalar um ambulatório, pode contratar só umaenfermeira? Quais as regras que devemos seguir? Saiba mais acessandoa íntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].
O RECOLHIMENTO DE FGTS FICA SUSPENSO AO FUNCIONÁRIO DELICENÇA MÉDICA?
Considerando que o afastamento é por auxílio doença a partir dodécimo sexto dia de afastamento o contrato de trabalho fica suspensoe o empregado não deverá recolher o INSS e FGTS. Em se tratando deafastamento decorrente de acidente do trabalho o empregador deverárecolher o FGTS durante todo o período de afastamento.
CONTRATAR POR PRAZO DETERMINADOEmpresa pretende abrir uma vaga esporádica,pois,a mesma conseguiuum serviço que irá precisar de um profissional qualificado para exercera função,porém será por tempo determinado,como contratar por prazodeterminado? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].
TOLERÂNCIA PARA ATRASOSA tolerância de atraso diário de acordo com a CLT é de 10 minutos.Essatolerância deve ser considerada apenas no início e término da jor-nada,ou também é válida para os atrasos de intervalo para almoço?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].
AGENDA FISCAL® JULHO/ 14Acesse a íntegra no site: [www.agenda-fiscal.com.br].
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ARGENTINA 1V ice-presidentedepõe na Justiçapor suposta comprailegal de carro
ARGENTINA 2Amado Boudou éacusado de terusado documentosfalsos na transação
Dia de luto,aplausose sinos
na Holanda.Primeiros corpos das vítimasdo voo MH17 chegam ao país
Os corpos das primei-
ras vítimas do avião
da Malaysia Airlines
derrubado sobre a
Ucrânia na semana passada
chegaram ontem à Holanda,
uma nação tomada pelo cho-
que e pela dor.
Sinos badalaram e bandei-
ras foram hasteadas a meio
mastro em homenagem às
298 pessoas mortas quando o
avião que operava o voo MH17
caiu em uma área do leste
ucraniano controlada por se-
paratistas apoiados pela Rús-
sia, no primeiro dia nacional
de luto desde que a rainha Wi-
lhelmina morreu em 1962.
Como 193 dos mortos são
holandeses, o chanceler Frans
Timmermans disse que quase
todas as famílias do país de 15
milhões de pessoas conhe-
ciam alguém que morreu ou
um parente seu.
O rei Willem-Alexander e o
primeiro-ministro Mark Rutte
uniram-se a dignitários na pis-
ta, enquanto dois aviões milita-
res com 40 caixões pousaram
em Eindhoven, no sul do país.
Depois de um minuto de si-
lêncio, observado em esta-
ções, fábricas, escritórios e
ruas por toda a nação ainda
atordoada, militares levaram
os caixões a 40 carros funerá-
rios enfileirados na pista.
Milhares de pessoas se reu-
niram ao longo do trajeto de
100 quilômetros, observando
o cortejo de Eindhoven à base
militar de Hilversum, onde os
corpos permanecerão até po-
derem ser identificados, uma
tarefa que pode levar meses.
O processo será repetido
muitas vezes nos próximos
dias à medida que os corpos
forem voltando para casa.
A Holanda lidera a investiga-
ção, com a ajuda de outros paí-
ses. As caixas-pretas do avião,
entregues pelo líder dos rebel-
des, foram levadas à Grã-Breta-
nha, onde especialistas exami-
naram os gravadores ontem,
não encontrando sinais de que
foram violados.
Em meio às acusações dos
Estados Unidos de que os rebel-
des ucranianos abateram o
avião por engano com um mís-
sil russo, uma pesquisa de opi-
nião mostrou que a maioria es-
magadora dos holandeses de-
seja a imposição de sanções a
Moscou, mesmo que prejudi-
que sua própria economia.
Novo ataque - Os separatis-
tas pró-Rússia assumiram o
ataque que derrubou dois ca-
ças militares da Ucrânia on-
tem, mas o governo de Kiev dis-
se que continua acreditando
que as aeronaves foram atingi-
das por mísseis disparados do
território russo. Os aviões fo-
ram derrubados em local domi-
nado por rebeldes, próximo à
fronteira com a Rússia e à re-
gião onde caiu o avião da Ma-
laysia Airlines. (Agências)
Francois Lenoir/Reuters
Líder rebelde admiteuso de sistema antiaéreo
Um poderoso líder rebel-
de ucraniano confir-
mou que os separatis-
tas pró-Rússia têm mísseis an-
tiaéreos do tipo que os Estados
Unidos dizem terem sido usa-
dos para derrubar o avião da
Malaysia Airlines.
Em entrevista à Reuters, o co-
mandante do Batalhão Vostok,
Alexander Khodakovsky reco-
nheceu, pela primeira vez des-
de que o avião foi abatido no
leste da Ucrânia na quinta-fei-
ra, que os rebeldes possuem o
sistema de mísseis BUK.
Ele ainda insinuou que o BUK
pode ser originário da Rússia e
que pode ter sido enviado de
volta para eliminar provas da
sua presença na região.
Antes da derrubada do avião
malaio, os rebeldes haviam se
vangloriado de obter os mísseis
BUK, que podem abater aviões
de passageiros em altitude de
cruzeiro. Mas desde o desastre,
o principal grupo de separatis-
tas, a autoproclamada Repúbli-
ca Popular de Donetsk, tem ne-
gado já ter tido tais armas.
Desde a queda da aeronave,
que matou todas as 298 pes-
soas a bordo, a grande polêmi-
ca é quem disparou o míssil que
abateu o avião em uma área on-
de as forças do governo comba-
tem os rebeldes pró-Moscou.
Khodakovsky culpou o go-
verno ucraniano por provoca-
rem o que pode ter sido o ata-
que de míssil que derrubou o
avião, dizendo que Kiev lançou
ataques aéreos deliberados na
área sabendo da presença dos
mísseis no local.
"Na ocasião me disseram
que um BUK vindo de Luhansk
estava chegando sob a bandei-
ra da LNR”, afirmou, referindo-
se à República Popular de
Luhansk (LNR, na sigla em in-
glês), principal grupo rebelde
naquela cidade. “Acho que o
mandaram de volta, porque
soube dele no exato momento
em que soube da tragédia. Eles
provavelmente o enviaram de
volta para eliminar provas de
sua presença”, disse Khoda-
kovsky na terça-feira.
"A questão é esta: a Ucrânia
obteve a tempo provas de que
os voluntários têm essa tecno-
logia, por culpa da Rússia, e não
só não tomou nenhuma medi-
da de segurança, mas provo-
cou o uso desse tipo de arma
contra um avião com civis ino-
centes”, afirmou. (Reuters)
Avião cai durantetempestade em
Taiwan e mata 47
Um voo doméstico daTransasia Airways so-freu um acidente em
sua segunda tentativa de pou-sar durante uma tempestadeem uma ilha perto de Taiwan,ontem, matando 47 pessoas eferindo outras 11, disseram au-toridades locais.
Duas pessoas que estavamno avião eram francesas e as de-mais, taiwanesas, revelou o mi-nistro dos Transpor tes deTaiwan, Yeh Kuang-shih, acres-centando que o ATR-72 fazia asegunda tentativa de pousoquando caiu.
A queda do turboélice foi oprimeiro acidente aéreo fatalem 12 anos em Taiwan e aconte-ceu pouco depois da passagemdo tufão Matmo.Cerca de 200voos haviam sido canceladosmais cedo por causa das chuvase ventos fortes.
Cobrindo uma rota domésti-ca, o voo GE222 tinha saído doaeroporto de Kaohsiung Siao-gang, ao sudoeste de Taiwan,com mais de uma hora de atrasodevido às más condições atmos-
féricas e estava previsto queaterrissasse cerca de meia horadepois em Penghu.
Ao chegar à zona, no entan-to, o piloto pediu à torre decontrole permissão para voarem círculos antes de aterrissar,momento no qual perdeu ocontato com terra, explicouJean Shen, diretor-geral da Ad-ministração Civil Aeronáuticade Taiwan, em entrevista cole-tiva recolhida pela agência ofi-cial chinesa Xi n h u a .
Uma das caixas-pretas foi en-contrada pelas autoridades.
Equipes de resgate procura-vam ontem uma pessoa que po-deria estar numa casa que foiatingida por destroços da aero-nave, disse o porta-voz do Cen-tro de Resposta a Desastre dePenghu, Wen Chia-hung. Umcarro foi esmagado por um mu-ro, mas segundo Wen ninguémestava no interior do veículo.
Penghu, uma cadeia de 64ilhotas, é um famoso destino tu-rístico localizado cerca de 150quilômetros a sudoeste da capi-tal Taipé. (Ag ê n c i a s )
Carros funerários deixam aeroporto de Eindhoven, onde tremulavam a meio mastro as bandeiras das nacionalidades das vítimas.Michael Kooren/Reuters
Holandeses acompanharam cortejo com aplausos
Wong Yao-wen/Reuters
Bombeiros observam destroços de aeronave em Penghu
quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
Benoit Tessier/Reuters
A decisão do Conselho é uma farsa que deve ser rejeitada por todas as pessoas de ce nte s.Benjamin Netanyahu, premiê israelense.
Israel na mira do Hamas. E da ONU.Ofensiva em Gaza será investigada pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Brasil apoia iniciativa e retira embaixador do país.
Isolado pela comunidade
internacional e por em-
presas aéreas, Israel se
viu, ontem, acusado de
crimes de guerra enquanto li-
dava com mais um dia de can-
celamentos em massa de voos
de companhias estrangeiras ao
país. Após a apresentação de
uma resolução pelos palesti-
nos, o Conselho de Direitos Hu-
manos da Organização das Na-
ções Unidas (UNHRC, na sigla
em inglês) decidiu pela criação
de uma comissão de inquérito
para investigar os supostos cri-
mes de guerra de Israel durante
o atual conflito entre o país e o
grupo islâmico Hamas, na Faixa
de Gaza, no qual morreram 655
palestinos e 33 israelenses em
16 dias. O único dos 46 mem-
bros a votar contra foram os Es-
tados Unidos. O Brasil votou a
favor, enquanto os países euro-
peus se abstiveram.
A decisão causou perplexi-
dade em Israel. O primeiro-mi-
nistro israelense, Benjamin
Netanyahu, a chamou de "far-
sa" e disse que "deveria ser re-
jeitada por pessoas decentes
em todo o mundo".
O n t e m , a
Alta Comissá-
ria para Direi-
tos Humanos
da ONU, Navi
P i l l ay , a f i r-
mou que Is-
rael pode es-
tar cometen-
do crimes de
g u e r r a e m
G a z a , a l e-
gando que o
país não está
fazendo o su-
ficiente para
p r o t e g e r a
população ci-
vil. E citou ca-
sos de ataques aéreos e de ar-
tilharia contra casas e hospi-
tais no território palestino.
"Esses são apenas alguns ca-
sos nos quais parece que há
uma forte possibilidade de que
a lei humanitária internacional
foi violada de uma maneira que
pode significar crimes de guer-
ra", disse. "No total, 147 crian-
ças foram mortas em Gaza nos
últimos 16 dias. Eles tinham di-
reito à vida como crianças em
qualquer outro país."
Pillay também condenou os
ataques indiscriminados do
Hamas a Israel com mísseis,
mas não acusou o grupo pales-
tino de crimes de guerra. A co-
missária disse que "as crianças
de Israel deveriam ser capazes
de viver sem medo de ataques
com foguetes de Gaza".
Brasil - Em comunicado, o
Itamaraty condenou ontem a
ofensiva de Israel em Gaza,
reiterou sua chamada a um
cessar-fogo e chamou para
consultas o embaixador do
país em Tel-Aviv.
O governo brasileiro consi-
derou "inaceitável a escalada
de violência entre Israel e Pa-
lestina" e condenou "energica-
mente o uso desproporcional
da força por Israel em Gaza". O
Itamaraty ainda condenou,
"igualmente, o lançamento de
foguetes e morteiros de Gaza
contra Israel".
Aviões - Os israelenses lutam
ainda contra outro isolamento
internacional: o turístico. A As-
sociação Federal de Aviação
(FAA, na sigla em inglês) esten-
deu por mais 24 horas a proibi-
ção de voos de empresas aé-
reas dos EUA para Israel. A de-
cisão foi tomada na terça-feira,
depois que um míssil lançado
pelo Hamas danificou uma casa
em Yehud, a 2 km do Aeroporto
de Ben Gurion, em Tel-Aviv. A
decisão foi seguidapor compa-
nhias como Lufthansa, Air Fran-
ce, KLM e Air Canada.
Numa tentativa de retomar
suas conexões aéreas com o
mundo, Israel abriu um aero-
porto já existente no sul do país
para voos internacionais. O Ov-
da, que fica 60 quilômetros de
Eilat, é usado principalmente
no inverno por voos fretados
com turistas. Nenhuma empre-
sa havia ainda aceitado a oferta
de voar para o aeroporto, infor-
mou a Autoridade Aeroportuá-
ria de Israel. (Agências)
Amir Cohen/Reuters
Raios de luz iluminam a noite palestina durante o lançamento de foguetes na Faixa de Gaza contra território israelenseMohammed Al Baba/Oxfam
Ativistas em Paris pedem boicote a Israel em protesto contra a ofensiva em Gaza
Palestinospedem tréguahumanitária
Olíder do Hamas, Khaled
Meshaal, pediu ontem
uma trégua temporária para
permitir a entrada de ajuda hu-
manitária na Faixa de Gaza,
mas disse que seu grupo conti-
nuará lutando contra a ofensiva
israelense e não concordará
com um cessar-fogo mais dura-
douro sem negociar os termos.
"Estamos muito interessa-
dos em ter uma trégua huma-
nitária, como fizemos na últi-
ma quinta-feira. Precisamos
de calma por algumas horas
para retirar os feridos e aju-
dar... Isto significa uma trégua
verdadeira apoiada por um
programa verdadeiro de ajuda
oferecido ao povo de Gaza",
disse ele em uma entrevista
coletiva no Catar.
O líder do grupo islâmico, que
controla o território palestino,
pediu à comunidade interna-
cional que ajude a abastecer
Gaza com remédios, combustí-
vel e outros produtos.
Porém, afirmou que qual-
quer cessar-fogo permanente
poderá apenas acontecer de-
pois de Israel encerrar o seu
cerco, e que só poderá ser im-
plementado depois de ser
completamente negociado.
"Todo mundo quer que acei-
temos um cessar-fogo e, em
seguida, negociemos nossos
direitos, nós rejeitamos isso e
nós rejeitamos isso de novo
hoje", disse Meshaal.
Ele acrescentou que, apesar
dos esforços para mediar um
cessar-fogo mais duradouro,
não houve avanço. (Reuters)
Bombas matam82 na Nigéria
Duas explosões de
bomba na cidade de
Kaduna, no norte da
Nigéria, mataram pelo
menos 82 pessoas ontem.
O primeiro atentado tinha
como alvo um clérigo
muçulmano, enquanto o
segundo atingiu um
mercado (foto). Nenhum
grupo assumiu a autoria
dos ataques, que têm a
marca do grupo islamita
Boko Haram. (Agências)
López vai ajulgamento
Começou ontem o
julgamento do líder
opositor venezuelano
Leopoldo López, preso
desde fevereiro por atos
violentos durante um
protesto contra o governo.
Acusado de instigação
pública, formação de
quadrilha, danos à
propriedade e incêndios, ele
pode ser condenado a dez
anos de prisão. (Agências)
EFE
Santi Donaire/EFE
Khan Yunis tem sido um dos principais alvos do fogo israelense
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014
24 horas depois, Santa Casa reabre PS.Secretaria estadual de Saúde oferece ajuda de R$ 3 milhões e Santa Casa anuncia a volta do serviço de emergência no pronto-socorro, fechado na terça-feira.
ASanta Casa de Mise-
ricórdia de São Paulo
anunciou, na tarde
de ontem, a reaber-
tura do seu pronto-socorro –
fechado por cerca de 24 horas
por falta de recursos para a
compra de material e de medi-
camentos.
A reabertura do serviço no
hospital Central ocorreu pouco
antes das 22 horas. A decisão
de reativar o pronto-socorro foi
tomada depois da Secretaria
Estadual de Saúde liberar um
repasse emergencial de R$ 3
milhões para que a entidade re-
tomasse o atendimento de ur-
gência e emergência.
A verba extra veio acompa-
nhada de uma exigência do
governo do Estado: a realiza-
ção de uma auditoria nas con-
tas da Santa Casa. Este é o
mais antigo hospital da cidade
de São Paulo (inaugurado em
1884) e o maior hospital filan-
trópico da América Latina,
com 1,5 mil atendimentos por
dia somente na emergência.
Alegando falta de dinheiro
para a compra de remédios e
materiais, a Santa Casa sus-
pendeu o atendimento na noi-
te de terça-feira. As dívidas da
instituição chegam a R$ 350
milhões, sendo R$ 50 milhões
somente com fornecedores
de materiais, como seringas,
e medicamentos.
Em 2013, a Santa Casa re-
cebeu R$ 414 milhões em ver-
ba dos governos federal e es-
tadual e teria comprovado
gastos de R$ 155 milhões.
Neste ano, serão repassados
R$ 168 milhões extras para a
Santa Casa, segundo a secre-
taria, além do que a institui-
ção recebe do Sistema Único
de Saúde (SUS).
G e s tã o – O secretário esta-
dual de Saúde, David Uip,
acredita que possa haver al-
gum problema de gestão.
"Ninguém está suspeitando
de nada aqui. Não é fácil ser
gestor de um grande hospital,
eu já fui e conheço a dificulda-
de. Esta auditoria tem tom e
objetivo colaborativo", afir-
mou Uip.
Ontem, pacientes procura-
ram atendimento na unidade,
que fica no Centro da Capital.
Até o meio-dia, apenas quem
tinha consultas e exames
agendados tinha a entrada
permitida pelos seguranças.
Alguns médicos foram até o
pátio e explicaram que esta-
vam dispostos a atender, mas
que faltavam material. Os re-
sidentes aderiram ao ato.
Pr o m o t o r e s – O provedor da
Santa Casa de Misericórdia,
Kalil Rocha Abdalla, poderá
responder por improbidade,
por causa do fechamento
abrupto do pronto-socorro da
entidade, uma vez que sus-
pendeu a prestação de um ser-
viço público estadual. É o que
avaliam, preliminarmente, as
promotoras de Justiça Paula de
Figueiredo Silva e Paula Villa-
nacci Alves Camasmie.
As promotoras instauraram
um inquérito civil, no começo
da manhã de ontem, depois
de se inteirarem do fecha-
mento do pronto-socorro. E
convocaram Abdalla para ou-
vir explicações "com a absolu-
ta urgência". Ele compareceu
ao Ministério Público Estadual
(MPE) para depor. "Ele foi cien-
tificado de que o fechamento
abrupto é ilegal", disse Paula
Figueiredo. (Agências)
Werther Santana/Estadão Conteúdo
Decepção: nenhum paciente foi atendido na manhã e tarde de ontem no pronto-socorro do hospital Central da Santa Casa de Misericórdia.
Médicos e residentes fazem protesto e se dizem dispostos a trabalhar Faixa no portão principal cobra transparência com o dinheiro público
Os motoristas paulistanospoderão usar até o dia 31 de
dezembro deste ano as folhas deZona Azul compradas por R$ 3 ahora, segundo informou ontem aCompanhia de Engenharia deTráfego (CET).
A partir do dia 1.º de agosto, apermissão para estacionar na ruaem São Paulo subirá para R$ 5 – umaumento de 67%.
O preço do talão com 10 folhaspassará de R$ 28 para R$ 45. Desdeo anúncio do aumento, omovimento nos postos oficiais devenda chegou a triplicar.
A alta também teve impacto nomercado informal: um flanelinhano Largo do Arouche, na regiãocentral da capital paulista, já cogitacobrar R$ 7 por cada folha de ZonaAzul. (Estadão Conteúdo)
ZONA AZUL
Odesembargador Siro Darlan,da 7ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ),concedeu na tarde de ontemhabeas-corpus para suspender aordem de prisão de 23 ativistasdenunciados por formação dequadrilha, segundo o TJ-RJ. Desses23, 18 estavam foragidos e cinco,presos. Dos detidos, dois vãopermanecer na cadeia porquerespondem por homicídio eexplosão no caso da morte docinegrafista Santiago Andrade, daTV Bandeirantes. Os outrospoderão aguardar o julgamentoem liberdade.
Os 23 tiveram a prisãopreventiva decretada na últimasexta-feira pelo juiz FlávioItabaiana, da 27ºª Vara Criminal,após denúncia feita pelo promotorLuís Otávio Figueira Lopes. Horasantes da decretação da prisão, opróprio desembargador SiroDarlan havia concedido habeas-corpus para libertar os ativistas,mas a medida se referia a outraordem de prisão e por isso nãosurtiu efeito. (EC)
HABEAS- CORPUS
.Ó..R B I TA
CHACINA DA CANDELÁRIA – O Movimento Candelária Nunca Mais lembrou ontem os 21 anos daChacina da Candelária, em que oito crianças e adolescentes que dormiam na praça da igreja, nocentro do Rio, foram mortos a tiros por cinco homens. No local houve uma celebração com 21 cruzes.
Alê Silva/Estadão C
onteúdo
AJustiça de São Paulo aceitou adenúncia do Ministério Público
contra o professor RafaelLusvarghi, de 29 anos, e o técnicolaboratorial Fábio Hideki Harano,de 27 anos, presos no dia 23 dejunho pelo Departamento Estadualde Investigações Criminais (Deic) eacusados de fazer parte da táticablack-bloc. Eles foram detidos apóso encerramento de um ato pacíficocontra a Copa do Mundo.
Também foi aceita a denúnciacontra o motorista de lotação JoãoAntônio Alves Roza, de 46 anos,filmado no dia 19 de junho, poruma emissora, depredando umaloja da Mercedes-Benz emPinheiros, na zona oeste, após oencerramento de um atoconvocado pelo Movimento PasseLivre (MPL).
Em conjunto, os ativistas vãoresponder por incitação ao crime,associação criminosa, resistência,desobediência e porte de arma defogo. Segundo Renato Pincovai,advogado de Hideki Harano, adefesa ainda não foi notificada dadecisão. (EC)
DENÚNCIA ACEITA
Sem-teto fecha o Centroe exige terreno no Morumbi
Carla Carniel/Estadão Conteúdo
Manifestantes sem-teto interrompem o tráfego na Paulista: compromissos não foram cumpridos.
No 31º protesto em
São Paulo neste ano –
média de um por se-
mana –, o Movimento dos
Trabalhadores Sem-Teto
(MTST) paralisou ontem as
principais vias da região
central para pedir, ao gover-
no municipal, a desapropria-
ção do terreno particular on-
de está a mais recente ocu-
pação da entidade, o Portal
do Povo, no Morumbi (zona
sul). Cerca de 5 mil pessoas,
segundo o movimento, per-
correram à tarde três quilô-
metros entre a Avenida Pau-
lista e a Rua Líbero Badaró,
no Centro.
A manifestação compli-
cou o trânsito em toda a re-
gião da Consolação, da Pra-
ça da Sé e na Rua Boa Vista.
Só no Centro o índice de len-
tidão chegou a 13 quilôme-
tros às 15 horas - motoristas
chegaram a ficar parados,
com carros desligados.
A reintegração de posse
foi solicitada à Justiça pela
Construtora Even, dona do
terreno onde está a ocupa-
ção do Morumbi. Como ocor-
reu há dois meses com a
Ocupação Copa do Povo, em
Itaquera, na zona leste, o
MTST quer que o governo de-
saproprie a área e viabilize
no local moradias populares
para os invasores, por meio
do Programa Minha Casa Mi-
nha Vida. "Não é só pela ocu-
pação Copa do Povo. Exis-
tem outros compromissos
assumidos pela administra-
ção com a gente, em relação
a outros acampamentos,
que até agora não foram
cumpridos", afirmou Gui-
lherme Boulos, de 32 anos,
coordenador do MTST.
Cornetas – Ontem a mobi-
lização do MTST lembrou os
protestos realizados em ju-
nho, quando um acampa-
mento chegou a ser feito
diante da Câmara. Com cor-
netas, buzinaço e carro de
som, os manifestantes se
postaram na frente do pré-
dio da Secretaria Municipal
de Habitação. À tarde, uma
comissão com 13 líderes da
organização se reuniu com
técnicos da Cohab. Ao fim, o
governo disse que o terreno
da ocupação Portal do Povo
não será desapropriado.
Mas o MTST apresentou
outras seis áreas próximas
do Morumbi que serão ava-
liadas. Os sem-teto come-
moraram a decisão e prome-
tem fazer protestos para
pressionar pelo atendimen-
to das famílias que estão na
ocupação do Morumbi.
A presença em manifesta-
ções rende pontuação e é
decisiva na hora que a enti-
dade indica quem serão os
beneficiários de programas
como o Minha Casa Minha Vi-
da/Entidades. (EC)
André Lucas Almeida/EC Gero/Estadão Conteúdo
quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
cervos em disparada, bandos de
símios pelas copas das árvores,
e, claro, encenações impressio-
nantes de batalha. Soma-se o
bom uso do 3D, que se mostra es-
pecialmente eficaz nas tomadas
de grandes alturas.
A trama não escapa a alguns cli-
chês, como o do personagem Cal-
ver, o elemento mais radical e me-
nos racional, que põe em risco as
difíceis negociações entre as par-
tes. Detalhes que se perdem dian-
te da tensa dinâmica estabelecida
entre Cesar, Malcolm e Koba.
Lançado nos Estados Unidos no
segundo fim de semana de julho, o
filme liderou as bilheterias nas pri-
meiras duas semanas, e recupe-
rou apenas no período US$ 110
milhões dos US$ 170 milhões gas-
tos no orçamento.
Dafoe, em Platoon(1986). Oscar demelhor coadjuvante.
ESPECIAL DCINEMA: PLANETA DOS MACACOS: O CONFRONT0. MAIS DETALHES, TRAILER E GALERIA DE FOTOS EM W W W. D C O M E RC I O. C O M . B R.
T E
AT R
O
TERRA DE
Lucie Jansch
Sérgio Roveri
Há algumas semanas, o
bailarino e ator Mikhail
Baryshnikov, 66 anos,
declarou, em um vídeo de
divulgação da peça The OldWoman (A Velha), em que
contracena com o a tor Willem
Dafoe sob a direção de Bob
Wilson, se que viu obrigado a
fazer nesse espetáculo uma série
de coisas estranhas e até então
inimagináveis. Ao ser
questionado, na tarde da última
terça-feira, durante entrevista
concedida para promover a
temporada paulistana da peça,
sobre quais coisas seriam essas,
Baryshnikov nem precisou
pensar muito. “Cantar ”, ele
respondeu em meio a uma
careta. “Eu canto por 30
segundos em cena, o que já é
suficientemente assustador para
mim, para a plateia e ainda mais
para um cantor de verdade”.
Depois da estreia em Londres e
de temporadas em Paris e Nova
York, The Old Woman chegou a
São Paulo para apenas onze
apresentações a partir desta
quinta (24) no Teatro do Sesc
Pinheiros. Este é o quinto
espetáculo com a grife Bob
Wilson a ser mostrado na cidade
em apenas dois anos. As sessões
da peça no Brasil terão legendas
em português.
The Old Woman é inspirada no
romance homônimo do escritor e
poeta russo Daniil Kharms (1905-
1942), que passou boa parte da
vida perseguido pelo regime
“Trabalhar com Bob Wilson era
um desejo de pelo menos dez
anos”, disse o bailarino, que
recebeu das mãos do diretor o
livro que acabou dando origem à
peça. “Eu já conhecia a obra de
Daniil Kharms, mas este livro
especificamente eu não havia
lido. Ou, se li, infelizmente
esqueci”.
O figurino usado por
Baryshnikov e Dafoe remete à
ideia de palhaços não
necessariamente felizes. Seus
personagens – e cada um dos
atores representa vários -
parecem flutuar em um mundo
que está de ponta cabeça,
sensação ampliada pelo efeito de
móveis pendurados no teto. Isso,
em parte, tem a ver com a
genialidade de Bob Wilson no
comando da iluminação e do
cenário. Mas tem a ver,
acima de tudo, com a realidade
proposta pelo livro de Kharms,
um autor que viveu
e morreu vítima de um mundo
de cabeça para baixo.
The Old Woman (A Velha).Teatro Paulo Autran do Sesc
Pinheiros. Rua Paes Leme, 195.
Tel.: 3095-9400. De hoje a
domingo e de quarta a domingo
da semana que vem. Quarta a
sexta, 21h, sábado, 16h e 21h e
domingo, 18h. R$ 60. (O Sesc
colocou lugares extras na platéia,
porque o número regular de
ingressos se esgotou já
na quarta 23.)
TE
LEV
ISÃ
O
É argentino. E bom.
Divulgação
Jorge Drexler e Valeria Bertuccelli, como Uriel e Gloria.
Ana Barella
CINEMA
A MENSAGEM DOS PRIMATASLuiz Octavio de Lima
Três anos depois do lança-
mento de Planeta dos Maca-cos: A Origem, chega aos ci-
nemas Planeta dos Macacos: O Con-fronto, nova etapa de uma saga
com inesgotável capacidade de
manter o interesse do público. A
sátira social e política imaginada
em livro por Pierre Boule virou fil-
me de enorme sucesso em 1968,
desencadeou diversas sequên-
cias, uma série de TV, uma releitu-
ra de Tim Burton em 2001 e até
inspirou o humorístico O Planetados Homens, na TV brasileira. Nes-
ta retomada do filão, muitas alte-
rações foram introduzidas, mas a
tônica ainda é a mensagem paci-
fista, a discussão sobre a difícil
coexistência entre os povos e, na
metáfora aqui colocada, entre as
espécies. Um estágio em que hu-
manos e macacos alternam pa-
péis de ameaçadores e ameaça-
dos.
Desenro lada uma década
após a disseminação do vírus
que ALZ 113, que dotou primatas
de grandes habilidades cogniti-
vas e dizimou a maior parte da
população da Terra, este capítu-
lo é ambientado nos dois lados
da baía de São Francisco, nos Es-
tados Unidos. Em um deles, sub-
siste um agrupamento humano
que passou incólume pela epide-
mia. No outro, uma cada vez
mais organizada comunidade de
chimpanzés, gorilas e orango-
tangos, divididos entre a lideran-
ça ponderada de César (Andy
Serkis, o Gollum de O Senhor dosAnéis), o protagonista do primei-
ro filme, e a de Koba (o britânico
Toby Kebbell), de espírito belico-
so e intransigente.
O elenco de agora não traz
grandes estrelas. O maior nome
nos créditos é o de Gary Oldman,
mas mesmo ele não tem um tem-
po em cena dos mais longos. O
protagonista Malcolm é vivido
pelo australiano Jason Clarke (de
A Hora Mais Escura e O GrandeGatsby). Mas o show fica por con-
ta dos personagens não-huma-
nos, desenvolvidos em técnicas
variadas de efeitos especiais
que vão da CGI (Imagem Gerada
por Computador) à manipulação
de bonecos e à captura de movi-
mentos e expressões por meio
de trajes colantes com pontos
magnéticos. A magia tecnológi-
ca confere fascínio a sequências
como a da luta com um urso, de
Ur iel não tem muitas
conquistas para orgu-
lhar-se. Mentiroso, di-
vorciado, e pai de duas crian-
ças, trabalha na antiga finan-
ceira da família. Passa grande
parte de seus dias jogando po-
quer e flertando com interes-
ses românticos, que nunca
chegam a serem rômanticos,
pois ele está em uma fase
avessa a compromisso. A neu-
ra é tanta, que
reso lve fazer
uma vasecto-
mia para evitar a
vida de casado
que tinha antes.
U r i e l p o d e
não ter perfill de
galã de comédia
romantica, mas
é este o seu pa-
pel em A Sorteem suas Mãos ( LaSuerte En Tus Manos, 2012, 110
min), do cineasta argentino
Daniel Burman (Ninho Vazio),
que estreou na semana passa-
da no Telecine Cult –e será exi-
bido amanhã, às 15h55, e na
sexta (1), às 19h55.
Daniel Burman, chamado
de Woody Allen argentino,
volta mais uma vez com uma
crônica familiar divertida e in-
teligente.
Seu protagonista é inter-
pretado pelo ótimo cantor, e
novato ator, Jorge Drexler
(que levou o Oscar de melhor
música pelo filme Diários deMotocicleta, em 2005). O "par
romântico' de Uriel é Gloria,
uma ex-namorada que volta
para sua vida e traz rumo, e
sorte, no meio da inércia, vivi-
da por Valeria
B e r t u c c e l l i
(XXY).
P ro m e t e m
boas risadas as
cenas que evi-
denciam a falta
de noção (e ca-
ráter) de Uriel,
e suas longas
conversas com
seu médico e
conselheiro, in-
terpretado por Luis Barndoni.
A Sorte em suas Mãos é uma
animada e, em alguns mo-
mentos, sensível comédia ro-
mântica que evidencia a qua-
lidade do cinema argentino.
Em algumas cenas chega a
escorregar em clichês, po-
rém, prova que existe, sim, vi-
da inteligente neste gênero.
GIGANTES
C
stalinista até ser preso em 1936 e
mais tarde abandonado para
morrer de fome na cela de um
presídio em São Petersburgo. A
obra, nas quais os especialistas
costumam localizar
traços que o ligariam à
literatura de Ionesco e
Samuel Beckett, traz
como protagonista um
homem infeliz que
passa seus dias
atormentado pela
figura de uma velha
mulher. O livro, um dos
mais famosos e
extensos de Kharms, que
costumava escrever textos
curtíssimos, foi adaptado para o
palco pelo dramaturgo e ensaísta
americano Darryl Pinckney. “A
história combina um pouco de
riso e um pouco de dor”, disse
Willem Dafoe, que
completava 59 anos no dia da
entrevista. “Mas Bob Wilson
nunca se limita ao
material original, ele
não ilustra um texto
único. Neste
espetáculo, como nos
outros, ele faz paralelos
com outras histórias”.
A peça, que depois de
São Paulo faz uma
rápida passagem pela
Fundação Cidade
das Artes, no Rio,
antes de seguir para Buenos
Aires, é resultado
de um processo colaborativo
entre o diretor e os dois atores.
Divulgação
A históriacombina umpouco de risoe um pouco
de dor.Willem Dafoe
Baryshnikov e GregoryHines: Sol da Meia-Noite (1985).
12 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014
.P..OLÍTICA
Página 'DilmaBolada' sai do ar
A página da
personagem fictícia
Dilma Bolada, que tem
mais de dois milhões de
seguidores no Facebook
e é inspirada na
presidente Dilma
Rousseff, foi tirada do ar.
O criador da página,
Jeferson Monteiro,
informou que tomou a
decisão para evitar
hostilidades durante o
período eleitoral. Ao
tentar acessar a página,
o internauta é
direcionado à página
principal do Facebook
.T..RAJETÓRIA
Um artista entre opopular e o erudito
.A..NIMAIS
Cães ciumentosCientistas da
Universidade da Califórnia,
nos EUA, testaram 36 cães
e seus donos em um
estudo no qual os humanos
precisavam brincar com
três objetos diferentes,
entre eles, um cão de
brinquedo, na frente de
seu pet. Segundo os
cientistas, os cães se
mostraram mais sensíveis,
mordendo, latindo e
puxando os donos quando
estes brincavam como cão
de mentira. O estudo
sugere que cães não só
sentiram ciúmes como
tentaram quebrar o
vínculo entre o dono e um
aparente rival.
.C..OLÔMBIA
Moda praiaModelo desfila criação da
grife Leonisa durante o
evento Colombiamoda, em
Medellín.
.E..SPOR TES
COB quer 27medalhas em 2016
O Comitê Olímpico
Brasileiro estabeleceu a
meta ambiciosa para o
Brasil nos Jogos Olímpicos
de 2016 de conquistar ao
menos 27 medalhas para
ficar entre os dez primeiros
colocados no total de
pódios, segundo plano
apresentado ontem pelo
diretor-executivo de
Esportes do COB, Marcus
Vinícius Freire. O Brasil
conquistou o recorde de
17 medalhas nos Jogos
de Londres em 2012.
.C..RÍTICA
Kamasurra,a polícia em ação.A violência policial nas
manifestações de rua
desde 2013 já deixou
feridos entre
manifestantes e até
profissionais da
imprensa. Como forma
de chamar a atenção
para isso, os artistas
Gabriel Morais, Renato
Botelho and Bruno
Pereira criaram uma
série de pôsteres
inspirados no Kama
Sutra que mostram
policiais batendo em
manifestantes. As
imagens do Kama
Surra podem ser
impressas e
espalhados por aí,
como forma de crítica
à repressão violenta.
w w w. k a m a s u r r a . c o m . b r
.L..OTERIAS
Concurso 1471 da LOTOMANIA
02 04 10 13 23
Concurso 1619 da MEGA-SENA
05 08 17 42 46 47
27 39 41 47 49
54 57 60 63 64
65 66 71 83 87
Concurso 3542 da QUINA
16 33 41 61 71
.L..I T E R AT U R A
O Brasil compadecidoO
escritor e dramaturgo
paraibano Ariano Suas-
suna morreu ontem, às
17h15, em Recife, aos 87 anos,
em decorrência de complica-
ções que se seguiram a um aci-
dente vascular cerebral (AVC)
h e m o rr á g i c o.
O intelectual, que em agosto
do ano passado já havia sofrido
um infarto seguido de aneuris-
ma cerebral, estava internado
no Real Hospital Português, na
capital pernambucana, desde a
segunda-feira à noite, quando
foi submetido a uma cirurgia de
emergência após o AVC. Na noite
de terça, o quadro dele se agra-
vou. Na tardede ontem, ohospi-
tal divulgou, em comunicado,
que o "paciente teve uma parada
cardíaca provocada pela hiper-
tensão intracraniana".
O velório do escritor Ariano
Suassuna acontece no Palácio
doCampo dasPrincesas, emRe-
cife,até as15h destaquinta-fei-
ra. O enterro está previsto para
as 16h, no cemitério Morada da
Paz, onde está enterrado um de
seus seis filhos, Joaquim.
Acadêmico –Ariano Suassuna
foieleitopara aAcademiaBrasi-
leiradeLetras em1989eocupa-
va a cadeira número 32. Outros
doismembros da ABL morreram
nestemês: Ivan Junqueira e João
Ubaldo Ribeiro. A literatura bra-
sileira também perdeu neste
mês o escritor Rubem Alves, que
não era membro da ABL.
Com a vida intimamente liga-
da às artes cênicas e dotado de
umcarisma singularjunto aopú-
blico, Suassuna manteve-se ati-
vo mesmodiante dosproblemas
de saúde que começaram no ano
passado. Ele apresentou recen-
tementeumasériede aulas-es-
petáculo, nas quais discorria so-
bre a própria biografia e temas
da cultura nordestina.
Suassuna subiu ao palco pela
últimavez nasexta-feira, 18,pa-
ra uma palestra sobre o composi-
tor Capiba, mestre do frevo per-
nambucano,em Garanhuns,du-
rante o Festival de Inverno.
Nocarnaval dopróximo ano,o
autor paraibano deve ser home-
nageado pela escola de samba
Unidos de Padre Miguel, do Rio de
J a n e i ro.
Seu embate para afirmar uma
arte genuinamente brasileira o
empurrou paraembatecom ad-
versários intelectuais de todos
os quadrantes, que o classifica-
vam como nacionalista e retró-
grado. Nesse duelo cunhou fra-
ses, boutades, aforismos e pia-
das de todo tipo.
Popularidade – Ontem, após a
divulgação da notícia de sua
morte, o escritor foi homenagea-
do porleitores efãs nasredes so-
ciais. As manifestações de admi-
ração e pesar chegaram a produ-
zir mais de cem novos tuítes por
minuto, muitos deles contendo
citações de algumasde suas fra-
ses mais populares, poéticas e
bem-humoradas, entre elas:
Dizemque todasas pessoas têmum lado bonito. Então acho que souum círculo.
Tenho duas armas para lutar con-tra o desespero, a tristeza e até amorte: o riso acavalo eo galopedosonho.
O otimistaé umtolo. Opessimis-ta,um chato.Bommesmoé serumrealista esperançoso.
Felicidade é torcer pelo Sport. (Oescritor era fanático pelo Sport
Clube de Recife, queno anopas-
sado adotou um uniforme em
sua homenagem.)
Quem gosta de ler não morresó.
O sonho é que leva a gente para afrente.Se agente forseguir a razão,fica aquietado, acomodado.
O homem nasceu para a imortali-dade. A morte foi um acidente depercurso.
Não tenho medo da morte. Só te-nho medo de morrer sem terminarum livro que eu esteja escrevendo;e não ter uma morte limpa. Eu queropelo menos uma morte limpa.
Ahumanidade sedivide emdoisgrupos, os que concordam comigoe os equivocados.
Terceira idade é para fruta: verde,madura e podre.
Tapete voadorO pianista alemão StefanAaron se apresenta sobreum "tapete voador", umaplataforma suspensa por
um helicóptero noaeroporto de Munique.
Vaso enganchadoO vaso Hookie foi pensado
como um módulo que você
pode pendurar um no outro
ou em ganchos individuais
para criar as composições
de plantas que desejar.
Criação do jovem designer
industrial finlandês Niko
L a u k ka r i n e n .
http://goo.gl/PhfOp0
Concurso 1085 da LOTOFÁCIL
03 06 07 08 09
10 14 16 18 19
21 22 23 24 25
Compadecida (1955),
peça adaptada para TV e
cinema. Suassuna foi
professor de Estética na
Universidade Federal de
Pernambuco e
idealizador, em 1970, do
Movimento Armorial,
uma forma de expressão
erudita nordestina
baseada no estudo das
expressões populares
tradicionais. Em 1971,
Suassuna publicou ORomance d'A Pedra doReino e o Príncipe doSangue do Vai-e-Volta,
inspirado na tradição
popular sebastianista de
Pe rn a m b u c o.
Ariano Vilar Suassuna
nasceu em João Pessoa
em 3 de agosto de 1927,
quando a cidade ainda
se chamava Nossa
Senhora das Neves e o
Estado era governado
por seu pai, João
Suassuna. Mudou-se em
1942 para Recife, onde
se formou em Direito e
iniciou sua carreira com
a peça Uma MulherVestida de Sol (1947).
Entre suas obras estão
as comédias O Santo e aPo r c a , A Farsa da BoaPr e g u i ç a e Auto da
Fred
y Bu
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quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
FECHAMENTO DE EMPRESASO ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena
Empresa, Guilherme Afif Domingos, disse ontem que emsetembro entrará em vigor a regra que permitirá o
imediato fechamento de empresas, com o fim da exigênciado débito de regularidade fiscal pela Receita Federal.
Raio-X do varejo paulistaO ACVarejo, novo indicador da ACSP elaborado com dados da Sefaz-SP, passa a mapear o interior ao lado da Capital.
Paula CunhaPaulo Pampolin/Hype
O segmento de eletroeletrônicos obteve o melhor desempenho em maio, pelo ACVarejo. As vendas de televisores ajudaram.
No país todo,um semestreequilibrado.
Omovimento do
comércio em todo o
Brasil registrou aumento
de 5,4% do primeiro
semestre de 2014 ante o
mesmo período do ano
passado, de acordo com a
Boa Vista SCPC (Serviço
Central de Proteção ao
Crédito). O resultado é
positivo, mas considerado
modesto pelos
economistas da empresa.
Apenas em junho houve
ligeira queda, de 0,1% ante
maio, já descontados os
efeitos sazonais. No
acumulado dos últimos 12
meses houve alta de 3,8%,
resultado 0,1 ponto
percentual inferior ao
acumulado até maio. Com
isso, a expectativa é de
que o varejo tenha neste
ano desempenho
semelhante ao observado
em 2013.
Na análise por setores, o
estudo apontou que o setor
de Móveis e
Eletrodomésticos registrou
alta de 4,2% em junho
sobre maio, com dados já
dessazonalizados. No
acumulado dos últimos 12
meses, o crescimento foi
de 5,9%, enquanto ante
junho do ano passado foi
observada queda de 6,3%.
No segmento de
Supermercados, Alimentos
e Bebidas houve queda de
1,2% em junho ante maio,
descontados os fatores
sazonais. No acumulado
dos últimos 12 meses, a alta
foi de 2,3% e elevação de
2,7% sobre junho de 2013.
No grupo dos
Combustíveis e
Lubrificantes foi observada
queda mensal ajustada
sazonalmente de 1,6%. No
acumulado dos últimos 12
meses, houve avanço de
4,9% e de 8,4% frente a
junho do ano passado.
Para a categoria de
Tecidos, Vestuários e
Calçados, o recuo foi de 1%
em junho ante maio ao
mesmo tempo em que
ocorreu elevação de 1,4%
no acumulado dos últimos
12 meses.
O indicador é elaborado
a partir do total de
consultas realizadas junto
à base de dados da Boa
Vista por parte de
empresas do varejo em
todo o Brasil. As séries têm
como ano base a média de
2011=100 e passam por
ajuste sazonal para
avaliação da variação
mensal. A partir de janeiro
deste ano houve
atualização dos fatores
sazonais e reelaboração
das séries
dessazonalizada, com a
utilização do filtro sazonal
X-12 ARIMA, que é
disponibilizado pelo US
Census Bureau.
(Paula Cunha)
Sem medo do cenário pós-copaA Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio, obteve lucro de 26,5% no segundo trimestre. E projeta um quadro ainda melhor daqui para frente.
Paulo Pampolin/Hype
Arede de lojas de mó-
veis e eletroeletrô-
nicos Via Varejo vê
com otimismo o ce-
nário de vendas após a Copa
do Mundo, que catapultou
vendas de televisores no se-
gundo trimestre, afirmaram
ontem executivos da compa-
nhia. A empresa controlada
pelo Grupo Pão de Açúcar es-
pera manter o nível de mar-
gem bruta no segundo se-
mestre, após 31,1% de janei-
ro a junho, disse o diretor-pre-
sidente da Via Varejo, Líbano
Barroso, em teleconferência
com analistas.
A dona das bandeiras Ca-
sas Bahia e Ponto Frio divul-
gou no final da terça-feira alta
de 26,5% no lucro líquido
ajustado do segundo trimes-
tre ate mesmo período de
2013, apoiado em parte pelo
calendário mais favorável.
O executivo afirmou ainda
que a Via Varejo "vê vendas
pós-Copa claramente supe-
riores às do mesmo período
do ano passado. É uma ten-
dência de poucos dias, mas
nos deixa animados e con-
fiantes", disse Barroso.
Corroborando com a con-
fiança de Barroso, o vice-pre-
sidente financeiro da com-
panhia, Vítor Fagá, afirmou
na teleconferência que a ina-
dimplência dos consumido-
res no segundo trimestre e
no início do terceiro está den-
tro do esperado para os pe-
ríodos. "Não vemos deterio-
ração de carteiras (de finan-
ciamento) recentes que não
esteja relacionada à sazona-
lidade", disse Fagá. Mas ele
fez uma ressalva, diante das
incertezas da economia.
"Tem que prestar atenção ao
cenário macro, para mudar
estratégia caso seja neces-
sário", disse ele.
Sem ver motivos para uma
mudança nos planos, a com-
panhia manteve a meta de
abrir 70 lojas no Brasil este
ano. No primeiro semestre, a
Via Varejo abriu 14 lojas da
bandeira Casas Bahia.
Ao mesmo tempo, a com-
panhia fechou 32 lojas no se-
gundo trimestre, dentro de
acordo com o Conselho Admi-
nistrativo de Defesa Econô-
mica (Cade), e mais 3 em vir-
tude performance fraca. "Es-
tamos confortáveis com a
abertura de 70 lojas este ano.
As aberturas têm concentra-
ção maior no último trimestre
do ano", afirmou Fagá.
Entre os novos projetos da
empresa, Fagá afirmou que
a empresa espera manter a
cobrança de frete de merca-
dorias a clientes ao longo do
ano e que a empresa está
testando a viabilidade de co-
brança de taxa para monta-
gem de móveis. O executivo
não deu mais detalhes.
(Reuters)
Os resultadosrefletem osefeitos da Copa,do Dia das Mãese das novidadeseletrônicas,como celularese tablets.ROGÉRIO AM ATO,PRESIDENTE DA AC S P
Um novo índice para
acompanhar o de-
sempenho do vare-
jo começou a ser di-
vulgado ontem pela Associa-
ção Comercial de São Paulo
(ACSP). Trata-se do ACVarejo,
que analisa cada segmento
do comércio varejista a partir
de dados de faturamento for-
necidos pela Secretaria da Fa-
zenda do Estado de São Paulo
(Sefaz-SP). As informações
englobam a capital paulista e
o interior do Estado.
O primeiro levantamento
indicou que o volume geral de
vendas registrou alta de 4,5%
no Estado em maio, na compa-
ração com abril. Na capital, o
aumento foi mais expressivo,
de 5,2% em igual período. No
interior o avanço foi de 4,3%.
Porém, no acumulado do
ano (de janeiro a maio) houve
recuo nas medições das ven-
das. No Estado, a queda foi de
6,5%; na Capital, de 10,4% e
no interior, de 4,7%, sempre
tendo como parâmetro igual
período do ano passado.
Em relação ao faturamento,
o resultado mensal (maio so-
bre abril) registrou altas de 5%
no Estado, 5,7% na Capital e
4,7% no interior. No acumula-
do do ano, apenas o interior re-
gistrou alta, de 1%, enquanto
o Estado teve perda de 0,9% e
a Capital recuo de 5%.
Para Rogério Amato, presi-
dente da ACSP, da Federação
das Associações Comerciais
do Estado de São Paulo (Fa-
cesp) e presidente-interino da
Confederação das Associa-
ções Comerciais e Empresa-
riais do Brasil (CACB), "os resul-
tados provavelmente refletem
os efeitos da Copa do Mundo,
do Dia das Mães e das novida-
des eloetrônicas, principal-
mente celulares e tablets".
TECNOLOGIA NA PONTA
De acordo com o primeiro
boletim, o segmento de ele-
troeletrônicos foi o que regis-
trou melhor desempenho no
varejo paulista em maio deste
ano. Houve alta de 18,8% nas
vendas físicas ante abril e ele-
vação de 36% de janeiro a maio
em relação aos cinco primeiros
meses de 2013. Com estes re-
sultados, o faturamento do se-
tor avançou 19,3% na compa-
ração entre meses e 44% no
acumulado do ano.
O setor de supermercados,
entretanto, foi o que registrou
as maiores quedas na compa-
ração entre maio e abril. Hou-
ve retrações de 2,3% nas ven-
das físicas e de 1,9% no fatu-
ramento em razão da ausên-
cia de datas importantes em
maio, já que a Páscoa foi cele-
brada em abril e é considera-
da a melhor data para o seg-
mento. No acumulado do ano,
os supermercados observa-
ram as vendas recuarem
1,6%, mas o faturamento
crescer 4,3%.
Para Emílio Alfieri, econo-
mista do Instituto de Econo-
mia Gastão Vidigal (IEGV), da
ACSP, os supermercados fo-
ram afetado pela alta da infla-
ção de alimentos. Ele explica
que quando os preços destes
itens sobem as camadas da
população mais afetadas são
as classes C, D e E, sendo que
a reação mais imediata é pro-
curar trocar os produtos que
mais consomem por itens
mais baratos – a já conhecida
substituição de marcas – e
também reduzir os gastos do
que considera supérfluo, co-
mo as sobremesas. "Isso re-
duz o faturamento do setor,
embora o volume de vendas
observado se mantenha nos
mesmos níveis. Este novo ín-
dice capta a percepção dos
varejistas que participam de
nossas reuniões de conjuntu-
ra", explica.
As lojas de móveis e decora-
ção houve também acumula-
ram resultados negativos, tan-
to na receita nominal quanto
no volume de vendas. na com-
paração entre maio deste ano
e igual mês do ano passado, o
recuo no faturamento foi ex-
pressivo, de 12,3%. na mesma
comparação, as vendas caí-
ram 17,5%.
M E TO D O LO G I A
O ACVarejo é o novo indica-
dor elaborado pelo IEGV, da
ACSP, a partir de um convênio
firmado pela entidade com o
Sefaz-Sp. O Instituto passou a
receber mensalmente os da-
dos de faturamento do vare-
jo, que são coletados a partir
do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviço
(ICMS) de todo o Estado de
São Paulo, organizados de
acordo com a localização de
cada Delegacia Regional Tri-
butária (DRT). Estas informa-
ções são coletadas nos se-
guintes segmentos do comér-
cio: autopeças e acessórios;
concessionárias de veículos,
farmácias e perfumarias, lo-
jas de departamento, maga-
zines de eletrodomésticos e
eletroeletrônicos, lojas de
material de construção, mó-
veis e decoração; lojas de
vestuário, tecidos e calçados,
outros tipos de comércio va-
rejista e supermercados.
14 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014
quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15
O sindicalismo é resistente ao part time pela experiência mal sucedida ocorr idaem alguns países da Europa, diz Ricardo Patah, do sindicato dos comerciários.
Em análise, trabalho part time.O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) propõe ao Sindicato dos Comerciários de São Paulo discutir o regime de trabalho de até 25 horas semanais.
Sílvia Pimentel
Empregados e p atrõ es
do setor do comércio
sentam à mesa no pró-
ximo mês para discu-
tir um modelo de contrato de
trabalho pouco utilizado no
Brasil, apesar de estar previsto
na legislação trabalhista brasi-
leira desde 2001. Comum em
outros países, a contratação de
trabalhadores por menores pe-
ríodos, sistema chamado part
time, foi proposta pelo Instituto
para o Desenvolvimento do Va-
rejo (IDV) ao Sindicato dos Co-
merciários de São Paulo, que
aceita discutir o tema, mas
com ressalvas. A principal ca-
racterística do trabalho em re-
gime de tempo parcial é que a
sua duração não exceda a 25
horas semanais. Por esta ra-
zão, o salário a ser pago deve
ser proporcional à jornada em
relação aos empregados que
cumprem, nas mesmas fun-
ções, tempo integral. Eis o pri-
meiro impasse.
“Uma das condições para a
aceitação desse regime é o au-
mento do valor por hora de tra-
balho. Ou seja, o valor da hora
deve ser maior que o valor do
piso da categoria ou do salário
m í n i m o”, adiantou o presiden-
te do Sindicato dos Comerciá-
rios de São Paulo, Ricardo Pa-
tah. De acordo com o dirigen-
te, o sindicalismo é resistente
ao part time pela experiência
“mal sucedida” ocorrida em
alguns países da Europa. “Na
Bélgica, houve precarização e
redução do salário e, atual-
mente, 77% dos trabalhado-
res são part time”, disse.
Outras condições que de-
vem ser levadas à mesa pelos
trabalhadores é a definição de
um limite de horas trabalhadas
por dia, de um percentual má-
ximo de trabalhadores subme-
tidos a esse regime por empre-
sas, além de restringir quais
empregados poderão traba-
lhar com jornada reduzida. A
proposta é que sejam jovens
que ingressam no mercado de
trabalho e aposentados.
Procurado, o IDV não quis
pronunciar sobre o assunto. O
instituto está elaborando um
estudo sobre a questão para
mostrar as vantagens desse
tipo de contrato, capaz de in-
cluir pessoas que hoje não têm
condições ou interesse de ter
uma jornada de trabalho com-
pleta, oferecendo a possibili-
dade a jovens estudantes,
mulheres que dedicam boa
parte do tempo aos filhos,
aposentados ou outros grupos
de, por exemplo, trabalhar por
um período menor.
Na opinião do professor do
Núcleo de Capacitação Profis-
sional da Fadisp, Gabriel Cou-
tinho, que também é juiz titu-
lar de vara trabalhista, são
poucos os contratos firmados
no País e uma das explicações
para isso é a falta de cultura.
“No Brasil, é tradição o traba-
lho de oito horas diárias ou 44
horas semanais”, explica. De
acordo com ele, a jornada por
tempo parcial pode ser uma
opção interessante para al-
guns empregadores, desde
que responda a uma necessi-
dade da empresa e não seja
vista como uma “poção mági-
ca ” para resolver uma ques-
tão financeira momentânea e
reduzir custos. A migração de
um contrato tradicional de 8
horas diárias para um part ti-
me terá o aval do Judiciário nos
casos em que a modificação
tenha sido discutida com o sin-
dicato da categoria.
Outro cuidado é que traba-
lhadores submetidos à jorna-
da por tempo parcial não po-
dem fazer horas extras de for-
ma habitual sob o risco de o Ju-
diciário entender que houve
um desvirtuamento do con-
trato. “As horas extras devem
ser (realmente) extraordiná-
rias, nunca uma regra”, expli-
ca o juiz. Além da falta de tra-
dição, na opinião de Couti-
nho, os baixos salários pagos
no Brasil também impedem o
maior uso da jornada parcial,
o que desestimula o interesse
por parte dos empregados.
Apesar de pouco utilizado, o
juiz entende que esse tipo de
contrato pode trazer vanta-
gens para pequenos empre-
gadores do comércio, entre-
gas de pizzas ou remédios em
finais de semana.
A advogada trabalhista
Aparecida Tokumi Hashimoto,
do escritório Granadeiro Gui-
marães, vê com bons olhos o
trabalho por tempo parcial. “É
uma alternativa interessante,
por exemplo, para mulheres
com filhos pequenos, cujo ma-
rido é responsável pelo sus-
tento da casa”, afirma. Para
uma família com essa configu-
ração, seria uma forma de
complementar a renda, já que
o salário também é menor. De
acordo com ela, o salário de
um trabalhador part time de-
ve ser proporcional ao de um
empregado com jornada tra-
dicional de oito horas. Ela diz
que a resistência dos sindica-
tos tem impedido o maior uso
desse tipo de contrato, sob o
argumento que se deve pagar
o piso salarial da categoria, in-
dependentemente da jornada
contratada. Apesar de inco-
mum, no escritório, há consul-
Tina Cezaretti/Hype
tas de empregadores sobre o
assunto e alguns contratos fe-
chados. “Existem empresas,
sobretudo as maiores, que
consideraram essa opção,
atendendo pedido do empre-
g a d o”, resume. Entre os casos
concretos, há de uma funcio-
nária que teve a jornada redu-
zida, em comum acordo com a
empresa, para sobrar tempo
para cuidar do filho pequeno.
Nos contratos por tempo
parcial estão assegurados to-
dos os direitos trabalhistas de
um contrato tradicional: re-
gras sobre segurança, higie-
ne, previdência social, adicio-
nais legais, FGTS, 13º salário
etc. Sobre o período de férias,
após um ano de trabalho, o
empregado part time terá, no
máximo, 25 dias de férias.
Divulgação
Uma das condiçõespara a aceitaçãodesse regime é oaumento do valorpor hora detrabalho.
RIC ARDO PATA H , SINDIC ATO DOS
COMER CIÁRIOS DE SÃO PAU LO
As horas extrasdevem serrealmenteextraordinárias,não uma regra.
GABRIEL CO U T I N H O,JUIZ TR ABALHISTA
Em 2015, um bolão de R$ 424 bi para aposentados.
Rafa
el N
edde
rmey
er
Pagamento dos benefícios previdenciários urbanos subirá 11,9%
Ogoverno estima
gastar R$ 424,5
bilhões em 2015
com o pagamento
de aposentadorias, pensões
e auxílios do Instituto Nacio-
nal do Seguro Social (INSS),
valor que representa uma al-
ta de 12,55% em relação à
projeção de desembolsos
para 2014 (R$ 377 ,2 b i-
lhões). Trata-se do maior
gasto da União.
O dado consta da prévia da
proposta orçamentária do Mi-
nistério da Previdência So-
cial, aprovada ontem, pelo
Conselho Nacional de Previ-
dência Social (CNPS). O docu-
mento serve de subsídio para
o projeto de Lei Orçamentária
Anual (LOA) 2015. Outros ór-
gãos também fazem a esti-
mativa de seus gastos.
A LOA autoriza as despesas
da União de acordo com a pre-
visão de arrecadação. O pro-
jeto da lei deve ser enviado ao
Congresso Nacional até o dia
31 de agosto e devolvido para
sanção presidencial até o en-
cerramento da sessão legis-
lativa. O Ministério da Previ-
dência Social não faz mais es-
timativas sobre a arrecada-
ção, apenas das despesas.
No ano passado, os gastos
obrigatórios do INSS com es-
ses pagamentos alcançaram
R$ 349 bilhões, ante previsão
inicial de R$ 343,7 bilhões no
O rç a m e n t o.
Para calcular os gastos do
INSS, o Ministério utiliza ba-
sicamente três fatores: in-
flação; regra do salário míni-
mo; e crescimento natural
do estoque. O governo já di-
vulgou a proposta de au-
mentar o salário mínimo dos
a t u a i s R $ 7 2 4 p a r a R $
779,79 a partir de janeiro do
ano que vem, uma alta de
7,71%. Pelas regras atuais,
o ano de 2015 será o último
no qual será adotada a atual
fórmula de correção do salá-
rio mínimo, ou seja, varia-
ção da inflação do ano ante-
rior e do PIB de dois anos an-
tes. Isso foi definido pelo
Congresso Nacional no iní-
cio de 2011.
De acordo com as proje-
ções do Ministério, o paga-
mento dos benefícios previ-
denciários urbanos aumen-
tará 11,9% enquanto os de-
sembolsos dos benefícios
rurais vão ter incremento de
14,7%. Isso se dá porque há
mais benefícios rurais que
são de um salário mínimo.
Segundo o Ministério, dois
terços dos 31 milhões de be-
nefícios pagos todo mês pelo
INSS são de um salário míni-
mo. Em relação aos valores
desembolsados, esses paga-
mentos representam 43%
dos R$ 29 bilhões gastos
mensalmente.
O Ministério da Previdên-
cia Social ainda projeta em
R$ 12,97 bilhões o total das
despesas da pasta em 2015,
praticamente o mesmo va-
lor estimado para este ano
(R$ 12,92 bilhões). Esses
gastos incluem os paga-
mentos aos servidores, in-
vestimentos e outras despe-
sas do Ministério, do INSS e
da Previc, o órgão regulador
dos fundos de pensão. (E s t a-dão Conteúdo)
Reajuste real é dado para 95% dos segmentos, diz Dieese.
Cerca de 95% das 685
unidades de
negociação analisadas
pelo Sistema de
Acompanhamento de
Salários do Departamento
Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos
(SAS-Dieese) conquistaram,
para os pisos salariais em
2013, reajustes acima da
inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), calculado
pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística
(IBGE). O aumento real médio
foi de 2,8% – menos do que o
registrado em 2012, de
5,68% acima do INPC.
O SAS-Dieese informa que,
no ano passado, os valores
acordados variaram entre R$
678,00, (equivalente ao valor
do salário mínimo vigente em
2013) e R$ 3.600,00. O valor
médio dos pisos foi de R$
879,04, cerca de 9% maior,
em termos nominais, que o
valor médio observado em
2012 (R$ 802,89).
Em relação aos valores
estabelecidos para os pisos,
aproximadamente 6%
correspondiam ao salário
mínimo vigente; cerca de um
terço até R$ 750 e quase
metade de até R$ 800. Pisos
acima de R$ 1 mil foram
observados em 16% das
negociações analisadas e
superiores a R$ 2 mil, em
apenas 1,5%.
Na desagregação por setor
econômico, a pesquisa
mostra que em todas as áreas
o percentual de unidades de
negociação com aumento
real nos pisos salariais foi
superior a 90%.
A maior incidência de pisos
com reajustes foi no
Comércio (97,4%) e na
Indústria (96,8%), seguido
pelo setor Rural (92,6%) e de
Serviços (91,7%).
Já aos reajustes abaixo da
inflação, observados em
quase 3% das categorias,
foram mais frequentes no
setor Rural (7,4% das
unidades de negociação) e
nos Serviços (5,2%). Nos
setores de Indústria e
Comércio, esse percentual foi
de 1,7% e 0,9%,
re s p e c t i v a m e n t e .
O levantamento revela
também que o Salário Mínimo
Necessário calculado pelo
Dieese para 2013 variou
entre R$ 2.621,70 (valor
aferido em setembro) e R$
2.892,47 (em abril), o que
resultou em um valor médio
anual de R$ 2.765,33, o
equivalente a 4,08 salários
mínimos oficiais.
No relatório do estudo, o
Dieese comenta que o
resultado de 2013 por si é
"expressivo", embora seja
ligeiramente inferior ao
registrado em 2012, quando
o percentual de unidades de
negociação
com aumentos reais atingiu
98% das 696 unidades
pesquisadas. De acordo com
o órgão, essa diferença pode
ser decorrente, "em parte",
da valorização do salário
mínimo, "cuja influência
sobre as negociações dos
pisos salariais
vem sendo observada pelo
Dieese nos últimos anos". "A
correlação positiva entre a
política de valorização do
salário mínimo e a
valorização dos pisos
salariais é um dado
importante para o debate
sobre a continuidade da
referida política, a partir de
2016", destaca a
entidade no relatório.
(Estadão Conteúdo)
16 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014
quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17
Odebrecht Agroindustrial S.A.CNPJ/MF nº 08.636.745/0001-53 – NIRE 35.300.350.391
Edital de Convocação de Assembleia Geral OrdináriaFicam convocados os acionistas da Odebrecht Agroindustrial S.A. (a “Companhia”) para compareceremà Assembleia Geral Ordinária que será realizada em 31 de julho de 2014, às 15hs, na sede daCompanhia localizada em São Paulo/SP, na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 13° andar, Parte 2, Butantã,CEP 05501-050, a fim de deliberarem sobre as seguintes matérias: (i) aprovação do Relatório daAdministração, do Balanço Patrimonial e das demais Demonstrações Financeiras da Companhia,referentes ao exercício social encerrado em 31 de março de 2014; (ii) destinação do resultado doexercício social encerrado em 31 de março de 2014; (iii) fixação do limite global da remuneração anualdos Administradores da Companhia para o corrente exercício; e (iv) substituição e eleição ou reeleição,conforme o caso, dos membros do Conselho de Administração.
São Paulo, 24 de julho de 2014.ODEBRECHT AGROINDUSTRIAL S.A.
Marcelo Bahia Odebrecht – Presidente do Conselho de Administração
Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A.CNPJ/MF nº 17.261.661/0001-73 - NIRE 35.300.463.412Assembleia Geral Ordinária - Edital de Convocação
São convidados os acionistas da Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A. (“Companhia”), na forma prevista nos Arti-gos 124 da Lei nº 6.404/76, para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 22 de agosto de 2014, às10:00 horas, na sede da Companhia, localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Dr. Chucri Zaidan,80, 8º andar, conj. 8, CEP 04583-110, Vila Cordeiro, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) apreciação das con-tas dos administradores, o balanço patrimonial e demais demonstrações financeiras da Companhia relativas ao exercício socialencerrado em 31/12/2013; (ii) destinação do lucro líquido do referido exercício; e (iii) qualquer outro assunto de interesse daCompanhia. Instruções Gerais: 1. Os documentos pertinentes às matérias a serem debatidas na Assembleia encontram-se àdisposição dos acionistas, a partir desta data, na sede da Companhia, nos termos do Artigo 133 da Lei nº 6.404/76. 2.O acionistaque desejar ser representado por procurador, constituído na forma do Artigo 126, §1º, da Lei nº 6.404/76, deverá depositar orespectivo mandato na sede da Companhia, até 24 (vinte e quatro) horas antes da realização da Assembleia Geral. 3. O acionistaque desejar receber cópia dos documentos pertinentes às matérias a serem debatidas na Assembleia deve solicitar por escritoà administração da Companhia, observado o disposto no Artigo 124, §3º da Lei nº 6.404/76. São Paulo, 22 de julho de 2014.Silvio Jose Bandini - Diretor. (22-23-24)
RB Capital Securitizadora S.A.Companhia Aberta - CNPJ/MF – 03.559.006/0001-91 - NIRE 35.300.322.924
pEdital de Convocação Assembleia Geral de Titulares dos Certificados de Recebíveis Imobiliários
das 85ª, 86ª e 87ª Séries da 1ª Emissão da RB Capital Securitizadora S.A.RB Capital Securitizadora S.A. (“Emissora”) e Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, na qualidade,respectivamente, de emissora e agente fiduciário das 85ª, 86ª e 87ª séries de Certificados de Recebíveis Imobiliários(“CRI”) da 1ª emissão da Emissora, pelo presente edital de convocação, nos termos da Cláusula Nona do Termo deSecuritização dos créditos imobiliários que lastreiam os CRI, firmado em 21 de dezembro de 2011, convocam todos ostitulares dos CRI (“Titulares de CRI”) a se reunirem emAssembleia Geral de Titulares de CRI, a ser realizada, em primeiraconvocação no dia 14 de agosto de 2014, às 09:00 horas ou, em segunda convocação, às 9:30 horas do mesmo dia, nasede da Emissora, localizada na RuaAmauri, 255, 5º andar, na Cidade e Estado de São Paulo, para, em atenção à Cláusula9.01 do Contrato de Locação de Laboratório de Fluidos Sob Encomenda e à Cláusula 9.01 do Contrato de Locação de SedeAdministrativa Sob Encomenda, conforme aditados, ambos celebrados em 21 de dezembro de 2011, entre PetróleoBrasileiro S.A. – Petrobras (“Petrobras”) e Rio Bravo Investimentos DTVM Ltda. - na qualidade de administradora doFundo de Investimento Imobiliário RB Logística, conforme aditados (“Contratos de Locação”), deliberarem sobre aoutorga de autorização, à Petrobras, para que esta celebre os respectivos contratos de cessão de uso (onerosa ougratuita), comodato e/ou sublocação de áreas da Sede Administrativa e do Laboratório (conforme definidos nosrespectivos Contratos de Locação) a terceiros, exclusivamente para fins de desenvolvimento de atividades relacionadas aofuncionamento da Sede Administrativa e do Laboratório e que agreguem comodidade ao público usuário da SedeAdministrativa e do Laboratório, tais como, mas não se limitando, serviços de restaurantes, instalação de postos deatendimento bancário, lojas de conveniência, farmácias, entre outros, sob a condição de que a Petrobras continue integrale diretamente responsável por todas as obrigações que lhe são imputadas pelos Contratos de Locação, inclusive naqualidade de devedora principal pelo tempestivo pagamento do Valor Locatício, bem como pelas demais obrigações nostermos dos Contratos de Locação, incluindo, sem limitação, os respectivos tributos, encargos, danos, prejuízos, custos,multas, penalidades, valores devidos a título de seguro, prêmios, indenizações, obtenção de autorizações, registros,licenças, permissões, operação e/ou reparo. Poderão tomar parte na Assembleia: a) os Titulares de CRI, mediante exibiçãode documento hábil de sua identidade e comprovação de que são titulares dos CRI; e b) os procuradores dos Titulares deCRI, com poderes específicos para representação na Assembleia, e demais representantes legais, mediante comprovaçãoda legitimidade da representação exercida. Os documentos referentes à ordem do dia encontram-se à disposição dosTitulares de CRI no endereço eletrônico da RB Capital – www.rbcapital.com.br, cujo link direto encontra-se abaixo:http://www.rbcapital.com/Arquivos/2014/Assembleias/RB_Capital_CRI_85_86_87_201407.zip.SãoPaulo,22de julhode2014.
RB Capital Securitizadora S.A. Marcelo Michaluá - Diretor de Relações com Investidores
PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP
PREGÃO Nº 230/14A Prefeitura Municipal de Taubaté comunica que o Pregão Presencial nº 230/14 que cuida do Registro de Preços para eventual aquisição de pneus, foi solicitado esclarecimentos o qual encontra-se disponível em nosso site: www.taubate.sp.gov.br. Comunica ainda que a data para abertura das propostas foi alterada para o dia 11.08.2014, às 08h30 e novo edital será disponibilizado a partir do dia 30.07.2014, sob nº 230-A/14.
Taubaté, 18 de julho de 2014.Jose Bernardo Ortiz Monteiro Junior - Prefeito Municipal
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00500/14/05. OBJETO: AQUISIÇÃO DE BALCÃO TÉRMICO FIXO – BT-02. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Aquisição de Balcão Térmico Fixo – BT-02. As empresas interessadas poderão obter informações e verifi car o Edital a partir de 24/07/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verifi car o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 06/08/2014, às 10:00 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 24/07/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente.
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00738/14/05. OBJETO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS GRÁFICOS DE PUBLICAÇÕES LOMBADA GRAMPEADA - LOTE 01. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Prestação de Serviços Gráfi cos de Publicações Lombada Grampeada - LOTE 01. As empresas interessadas poderão obter informações e verifi car o Edital a partir de 24/07/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verifi car o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 06/08/2014, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 24/07/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente.
SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
FDE AVISA: COMUNICADOComunicamos que a sessão de processamento do Pregão Eletrônico de Registro de Preços nº 36/00686/14/05 - Objeto: ATA DE REGISTRO DE PREÇO PARA AQUISIÇÃO DE KITS DE EQUIPAMENTO/MATERIAL PARA LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS – Oferta de Compra BEC 081101080462014OC00196, que aconteceria às 10:00h do dia 25/07/2014, foi SUSPENSA, para alteração do Edital.
PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA
EDITAL RESUMIDOPREGÃO (REGISTRO DE PREÇOS) Nº 032/2014
A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PPRP nº 32/14, referente à “Contratação de empresa especializada em manutenção de 2º e/ou 3º níveis de extintores contra incêndio de utilização predial, portáteis e sobre rodas, com eventual reposição e substituição de peças defeituosas necessárias”, com encerramento dia 08/08/2014, às 8h e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 23 de julho de 2014.
PREGÃO Nº 040/2014A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 40/14, referente à “Aquisição de vidros automotivos, tipo parabrisa, a serem aplicados nos veículos pertencentes à frota municipal”, com encerramento dia 08/08/2014, às 15h e abertura às 15h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 23 de julho de 2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DEALUMÍNIO/SP
PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº 09/2014 - PROCESSO Nº 11/2014Objeto: Registro de Preços, com o maior percentual de desconto sobre a tabela divulgada pela ABCFARMA VIGEN-TE DO MÊS, para fornecimento parcelado diário de medicamentos não padronizados, para atendimento específi co de enfermidades dos pacientes atendidos na rede pública de saúde, bem como os provenientes de processo judiciais e administrativos. Encerramento: 05/08/2014, às 9h30. O edital encontra-se disponível no site: www.aluminio.sp.gov.br ou no Paço Municipal à Av. Antônio de Castro Figueirôa, 100, Alumínio/SP sob custas de R$ 26,40. Informações (11) 4715-5500 - ramal 5314. Kátia Alves Leal - Pregoeira.
PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS N° 15/2014- PROCESSO N° 20/2014OBJETO: Registro de Preços para fornecimento de medicamentos para atendimento ao Depto. de Saúde e material de enfermagem para atender o Depto. Municipal de Saúde, processos judiciais e administrativos. Tipo: menor preço por item. Encerramento: 06/08/2014, às 9h30. O edital encontra-se disponível no site: www.aluminio.sp.gov.br ou no Paço Municipal à Av. Antônio de Castro Figueirôa, 100, Alumínio/SP sob custas de R$ 22,40. Informações (11) 4715-5500 - ramal 5314. Kátia Alves Leal - Pregoeira.
COTIDIANO PARTICIPAÇÕES S.A.CNPJ/MF 19.712.980/0001-83 - NIRE 35.300.462.599ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
1. Data, Hora e Local: 20/03/14, às 10h, na sede social da COTIDIANO PARTICIPAÇÕES S.A. 2. Presença: Totalidadedo capital social total da Cia. 3. Convocação e Publicações: dispensada a convocação, de acordo com o Art. 124,§ 4º, da Lei nº 6.404/76. 4. Ata da Assembleia: em forma de extrato sumário, nos termos do Art. 130, § 1°, da Lein° 6.404/76, e conforme aprovado pelos acionistas. 5. Mesa: Presidente - Sra. Mara Larios Santalla, Secretária -Sra. Ana Maria Leis. 6. Ordem do Dia: (i) o aumento do capital social da Cia., no valor de R$ R$ 13.000.000,00,mediante a emissão de 337.732 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal; (ii) a alteração da administraçãoda Cia. com a criação de um Cons. de Administração; (iii) a eleição dos membros do Cons. de Administração daCia.; (iv) a alteração da denominação social da Cia.; (v) a alteração do endereço da sede da Cia.; e (vi) a reformado Estatuto Social da Cia. 7. Deliberações: 7.1. Aumento do Capital Social da Cia. 7.1.1. Os acionistas titularesde ações representando a totalidade do capital social total e votante da Cia. deliberaram, por unanimidade e semquaisquer ressalvas, aprovar o aumento do capital social da Cia., de seu valor atual, qual seja 605.743,00, representadopor 605.743 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, para o valor total de R$ 7.105.743,00, mediante aemissão, por parte da Cia., de 337.732 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, ao preço de emissão deaproximadamente R$ 38,49 cada, totalizando um preço total de emissão das ações que representam o aumento decapital ora aprovado de R$ 13.000.000,00, dos quais R$ 6.500.000,00 são alocados para a conta de capital social daCia., e os restantes R$ 6.500.000,00 são contabilizados em conta de reserva de ágio na subscrição de ações. 7.1.2. Atotalidade das ações emitidas em virtude do aumento de capital social deliberado acima é neste ato totalmentesubscrita e integralizada, conforme os termos do boletim de subscrição nº 01/2014 constante do Anexo I a esta Ata,que fica arquivado na sede social da Cia., com a expressa renúncia, por parte dos acionistas da Cia., aos seus direitosde preferência para a subscrição das ações ora emitidas pela Cia., bem como ao prazo previsto para o exercício de taldireito. 7.2. Alteração da administração da Cia. Os acionistas da Cia. aprovaram, por unanimidade, alterar a formade administração da Cia., com a criação de um Cons. de Administração, o qual deverá ser composto por 03 membros,todos com mandato unificado de 1 ano e que terão as atribuições que lhes forem atribuídas na legislação aplicável e noEstatuto Social da Cia. 7.3. Eleição dos Membros do Cons. de Administração 7.3.1. Os acionistas titulares de açõesrepresentando a totalidade das ações da Cia. elegeram, por unanimidade e sem quaisquer ressalvas, para ocupar oscargos de membros do Cons. de Administração da Cia., com mandato unificado de 1 ano: a) Jair Coser, que ocupará ocargo de Presidente do Cons. de Administração da Cia.; b)Mara Larios Santalla, que ocupará o cargo de membra doCons. de Administração da Cia.; e c) Ângelo Coser Neto, que ocupará o cargo de membro do Cons. de Administraçãoda Cia. 7.3.2. Os membros do Cons. de Administração ora eleitos tomarão posse de seus cargos mediante a assinaturados respectivos Termos de Posse, lavrados no correspondente Livro de Registro de Atas do Cons. de Administração daCia., no prazo de 30 dias seguintes a esta nomeação, em conformidade com o disposto no § 1º do Art. 149 da Lei nº6.404/76. 7.3.3. Cada um dos membros do Cons. de Administração da Cia. eleitos neste ato declara nos respectivostermos de posse, sob as penas da lei, que não está impedido de exercer a administração da Cia., por lei especial, ou emvirtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente,o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contraa economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relaçõesde consumo, fé pública, ou a propriedade. 7.3.4. Cada um dos membros do Cons. de Administração da Cia. fará jusao recebimento de uma remuneração mensal, a título de pró-labore. 7.4. Alteração da Denominação Social daCia. Os acionistas da Cia. aprovaram, por unanimidade, alterar a denominação social da Cia., que passará a girar sobo nome “348 PARTICIPAÇÕES S.A.”. 7.5. Alteração da sede social da Cia. Os acionistas da Cia. aprovaram, porunanimidade, alterar o endereço da sede social da Cia., passando esta de na Rua Comendador Miguel Calfat, nº 332,sala 1, Vila Nova Conceição, CEP 04.537-081, para Rua Antonio de Oliveira, nº 906, conj. 1814, Chácara SantoAntonio, CEP 04718-050, São Paulo/SP. 7.6. Reforma do Estatuto Social da Cia. Em razão das deliberações acima,bem como de outras alterações que os acionistas entenderam pertinentes, foi aprovada por unanimidade de votos e semquaisquer ressalvas, a reforma do Estatuto da Cia., que passará a vigorar com a redação constante do Anexo II a estaAta. 8. Encerramento: Finalmente, o Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém semanifestou, foram encerrados os trabalhos. Foi, então, suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta ata,que depois de transcrita, lida em voz alta e achada conforme, foi assinada pelos acionistas presentes, conforme Livro dePresença de Acionistas da Cia. São Paulo, 20 de março de 2014. A presente é cópia fiel da ata lavrada no Livro de Atasde Assembleias Gerais da Cia.Mara Larios Santalla - Presidente da mesa; Ana Maria Leis - Secretária. JUCESP sob onº 155.453/14-2 em 24/04/2014. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.
SECRETARIA DO MEIO AMBIENTEGABINETE DO SECRETÁRIO
ComunicadoAcha-se aberta na Coordenadoria Parques Urbanos da Secretaria do Meio Ambiente, a licitaçãona modalidade Pregão Eletrônico nº 07/2014/CPU, Processo nº 8.059/2013, destinada à execuçãode serviços simples de adequação do Parque Ecológico Guarapiranga para ampliar a segurança eacessibilidade das instalações. A abertura das propostas dar-se-á no dia 07/08/2014 às 09:00 horas,no site www.bec.sp.gov.br, através da Oferta de Compra 260121000012014OC00007. As propostasserão recebidas no site a partir do dia 24/07/2014. Os interessados poderão consultar o Editalcompleto nos sites http://www.e-negociospublicos.com.br; www.bec.sp.gov.br ou www.ambiente.sp.gov.br. Maiores esclarecimentos: (11) 3133-3979 ou email: [email protected].
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DO MEIO AMBIENTEGABINETE DO SECRETÁRIO
Acha-se aberta no Gabinete do Secretário da Secretaria do Meio Ambiente, licitação na modalidade PregãoEletrônico nº 19/2014/FPBRN, Processo nº 5.155/2013, destinada à contratação de serviços de planejamento,desenvolvimento e implantação de sistemas de informação e sustentação de legado, demandados pelosórgãos que compõe a Secretaria do MeioAmbiente do Estado de São Paulo (SMA) e entidades subordinadas,vinculadas e outros órgãos públicos, relacionados a assuntos da pasta do Meio Ambiente. A abertura daspropostas dar-se-á no dia 06/08/2014 às 09h00, no site www.bec.sp.gov.br, através da Oferta de Compra260030000012014OC00025.As propostas serão recebidas no site a partir do dia 24/07/2014. Os interessadospoderão consultar o edital completo nos sites http://www.e-negociospublicos.com.br; www.bec.sp.gov.br ouwww.ambiente.sp.gov.br. Maiores esclarecimentos: (11) 3133-3979 ou e-mail: [email protected]
PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 118/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 95/2014
OBJETO:- Registro de Preços para contratação deempresa especializada em prestação de serviçosde exames laboratoriais diversos, destinados àSecretaria de Saúde, pelo prazo de 12 (doze) meses.Data daRealização- 11/08/2014 às 08h30min.Melhoresinformações poderão ser obtidos junto aSala de Licitaçõesda Secretaria de Saúde, Praça Gumercindo de PaivaCastro s/nº – Centro – Birigui/SP, pelo telefone (018)3643. 6234, ou pelo e-mail [email protected]. O Edital poderá ser lido naquela Sala e retiradogratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br., Pedro FelícioEstrada Bernabé, Prefeito Municipal, Birigui, 23/07/2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 120/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 100/2014
OBJETO:- Registro de Preços para aquisição deequipamentos médicos e de enfermagem, destinadosà Secretaria de Saúde, pelo prazo de 12 (doze) meses.Data daRealização- 13/08/2014 às 08h30min. Melhoresinformações poderão ser obtidos junto aSala de Licitaçõesda Secretaria de Saúde, Praça Gumercindo de CastroPaiva s/nº – Centro – Birigui/SP, pelo telefone (018)3643. 6234, ou pelo e-mail [email protected]. O Edital poderá ser lido naquela Sala e retiradogratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br., Pedro FelícioEstrada Bernabé, Prefeito Municipal, Birigui 23/07/2014.
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que a licitante ProesplanEngenharia S/S Ltda - EPP foi classificada e considerada vencedora da Tomada de Preços nº03/2014 - Processo nº 2.590/2014-SAAE, destinada à contratação de empresa de engenhariapara execução de serviços de montagem hidromecânica e obras gerais da estação elevatóriade esgoto do parque São Bento, neste município, pelo tipo menor preço global. Comunicaainda, que o prazo para interposição de recurso é de 05 (cinco) dias úteis, contados a partir dapresente data. Comissão Especial de Licitações - Jovelina Rodrigues Bueno (Presidente).
MARQUESA S.A.CNPJ/MF nº 46.886.040/0001-83 - NIRE 35.300.036.093
Edital de Convocação para Assembleia Geral ExtraordináriaFicam os Srs. Diretores e Acionistas convocados a comparecerem na sede social da Cia, sito aRua Quinto Cavani, 101 B, Setor Industrial, Itapeva/SP, no dia 29 de Julho de 2014 às 08:00. Ordemdo dia: i) Aprovação da alienação das ações detidas na Duquesa S.A., mediante a celebração doContrato de Compra e Venda de Ações; ii) outros assuntos de interesse. Itapeva/SP, 23.07.2014.Jorge Francisco Henriques - Diretor Presidente (24, 25 e 26.07.14)
Alaof Brasil Infra Holdings S.A.CNPJ/MF 14.287.110/0001-90 - NIRE 35.300.412.435
Ata de Assembleia Geral Extraordinária realizada em 3/6/2014Data, Hora e Local: 3/6/14, às 16hs, na sede. Mesa: Emiliano Bochnia Machado-Pres. e Secr.. Convocação e Presença:Dispensadas, face à presença da totalidade.Ordem do Dia: I- da alienação fiduciária de 570.060 ações de emissão da BSMEngenharia S.A., sociedade por ações sem registro de Cia. aberta perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), comsede na Av.Coronel Phídias Távora, 700, Pavuna, no RJ/RJ, CNPJ/MF nº 34.078.154/0001-18 (“BSM”), de titularidade da Cia.,a ser constituída no âmbito da realização da primeira emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espéciequirografária, com garantia adicional real, em série única, no valor de R$ 100.000.000,00 para distribuição pública, com esfor-ços restritos de colocação, em conformidade com os procedimentos estabelecidos na Instrução da CVM nº 476, de 16/1/09,conforme alterada (“Instrução CVM 476”) (“Debêntures”, “Emissão” e “Oferta Restrita”, respectivamente); e II- da autorização àprática, pela Diretoria da Cia., de todo e qualquer ato necessário à efetivação da alienação fiduciária.Deliberações: I- aprovara alienação fiduciária de 570.060 ações de emissão da BSM Engenharia S.A., a ser constituída de acordo com o Contrato deAlienação Fiduciária de Ações a ser celebrado nos termos do “Instrumento Particular de Escritura da 1ª Emissão deDebênturesSimples, nãoConversíveis emAções, da EspécieQuirografária, comGarantia Adicional Real, emSérie Única, para DistribuiçãoPública, com Esforços Restritos de Colocação, da BSM Engenharia S.A.”, a qual trata da realização da Emissão pela BSM. II- aautorização, à Diretoria da Cia., para tomar todas e quaisquer providências necessárias à efetivação da alienação fiduciária deações, conforme consignada no item (i) acima, incluindo,mas não se limitando, a assinatura doContrato de Alienação Fiduciáriade Ações, ratificando-se ainda, todos os atos até então praticados em conformidade com a presente deliberação. Lavratura,Leitura e Assinatura da Ata: Nada mais, foi lavratura da presente ata que, lida e achada conforme, aprovada.Assinaturas:Mesa:Emiliano BochniaMachado - Pres.e Secr..Acionistas:Alaof do Brasil Administradora deValoresMobiliários eConsultioriaLtda.e Alaof Brasil Infra Holdings Fundo de Investimento emParticipações.SãoPaulo, 3/6/14.Emiliano BochniaMachado-Secr..Jucesp nº 269.274/14-5 em 10/07/2014. Flávia Regina Britto-Secr. Geral em Exercício.
Blau Farmacêutica S.A.CNPJ nº 58.430.828/0001-60 - NIRE 35.300.416.406
Comunicamos que se encontram à disposição dos senhores acionistas desta Companhia, em sua sede social, localizada no Município deCotia,Estado de São Paulo,na Rodovia RaposoTavares,Km 30,5,nº 2.833,Unidade I,Prédio 100,Bairro Barro Branco,CEP 06705-030,os documentos a que se refere o art. 133 da Lei 6.404/76, quais sejam: a) relatório da administração sobre os negócios sociais e os principaisfatos administrativos do exercício findo; b) cópia das demonstrações financeiras; e c) proposta da Diretoria sobre a destinação do lucro líquidorelativo ao exercício social encerrado em 31/12/2013.
Cotia, 24 de julho de 2014. A Diretoria
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de São PauloEdital de Convocação - Assembleia Geral Ordinária
Pelo presente Edital ficam convocados todos os Associados deste sindicato, quites e em pleno gozo de seusdireitos sindicais, para participarem daAssembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 11 de Agostode2014, às 14:00horas, emprimeira convocação, naAv. Paulista, 1313, 10º andar, conj.1030, nestacidade, para 1º) Alteração do Estatuto Social; 2º) Outros Assuntos de interesse geral dos associados.Não havendo na hora acima indicada número legal de Associados para a instalação dos trabalhos emprimeira convocação, a Assembleia será realizada duas horas após, nomesmo dia e local, em segundaconvocação com qualquer número de associados presentes.
São Paulo, 23 de Julho de 2014Algemir Tonello - Presidente
Odebrecht Ambiental S.A.CNPJ/MF nº 09.437.097/0001-79 - NIRE 3530035877-5
Ata da Assembleia Geral ExtraordináriaData, Horário e Local: 28/5/2014, às 14:30hs, na sede, R. Lemos Monteiro, 120, 11º – parte, Butantã/SP. Convocação:Dispensada a publicação de Editais de Convocação, na forma do art. 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76. Presenças: Acionistasrepresentando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistas.Mesa:Marcelo Bahia Odebrecht, Pres.; eMaurício Dantas Bezerra, Secr..OrdemdoDia:Deliberar sobre a distribuição de dividendosintermediarios aos acionistas, no valor total de R$ 50.000.000,00.Deliberações: 1) por proposta do Presidente, os acionistasdeliberaram, por unanimidade, a lavratura da presente ata na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o art.130, §1º da Lei nº 6.404/76; e 2) Os acionistas decidem aprovar, mediante recomendação do Conselho de Administraçãoda Companhia, realizada em 08/5/2014 às 15:00, a distribuição de dividendos da conta de reserva de lucros no valor totalde R$ 50.000.000,00, que será distribuído aos acionistas na proporção das suas respectivas participações.Encerramento:Após lida e aprovada por unanimidade, a presente ata foi assinada por todos os presentes. São Paulo/SP, 28/5/2014.Mesa:Marcelo Bahia Odebrecht, Pres.; e Maurício Dantas Bezerra, Secr.. Acionistas: Odebrecht Engenharia Ambiental S.A.,Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço- FI-FGTS e BES Investimento do Brasil S.A.- Banco deInvestimento. Certifico e dou fé que esta ata é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. Maurício Dantas Bezerra-Secretário.Jucesp nº 276.535/14-5 em 21/7/2014. Flávia Regina Britto-Secretária Geral em Exercício.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 23 de julho de 2014, na Comarca da Capital, os
seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:
Requerente: Gerdau Aços Longos S/A - Requerido: TLMIX Construções Industrializadas Ltda. - Rua Brasilio Luz, 388 - Santo Amaro - 2ª Vara de Falências
Bélgica Empreendimentos Imobiliários Ltda.CNPJ/MF Nº 08.933.358/0001-89 - NIRE 35.221.434.169
Extrato da Ata de Reunião de Sócios realizada no dia 02.07.2014Data, Hora e Local. 02.07.2014. às 10hs, na sede social, Av. Eng. Roberto Zuccolo, nº 555, 1º and., sl. 1.001,parte, SP/SP. Convocação. Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa. Presidente: RafaelNovellino, Secretário: Claudio Carvalho de Lima. Deliberações. 1. Redução do capital social em R$10.000.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de 10.000.000 de quotas,com valor nominal de R$ 1,00 cada uma, todas de propriedade da sócia Living EmpreendimentosImobiliários Ltda., a qual receberá, com a anuência da sócia Cybra de Investimento Imobiliário Ltda.,o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valor das quotas canceladas, passandoo capital social de R$ 18.655.123,00 para R$ 8.655.123,00. 2. Autorizar os administradores a assinar e firmartodos os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da redução de capital, após oquê, os sócios arquivarão a alteração do contrato social consignando o novo valor do capital social.Encerramento.Nadamais lavrou-se a ata. SP, 02.07.2014.Sócios: Living Empreendimentos ImobiliáriosLtda., Sandra Esthy Attié Petzenbaum, Claudio Carvalho de Lima, Cybra de InvestimentoImobiliário Ltda., Sandra Esthy Attié Petzenbaum, Claudio Carvalho de Lima.
Devido à queda na
produção industrial,
baixa expansão da
venda de bens e ser-
viços e renúncia tributária, a ar-
recadação de tributos federais
cresceu pouco em junho:
0,13% em relação a igual mês
do ano passado, para R$ 91,4
bilhões. Foi o pior desempenho
do ano após a queda de 5,95%
em maio, informou a Receita
Federal. Com esse resultado, o
governo encerrou o primeiro
semestre do ano com arrecada-
ção de R$ 578,6 bilhões, alta
real de 0,28% sobre o mesmo
período de 2013.
Na avaliação do secretário-
adjunto da Receita, Luiz Fer-
nando Teixeira Nunes, além da
economia fraca e da baixa lu-
cratividade das empresas,
também as desonerações aju-
daram a travar o desempenho.
A renúncia fiscal bateu nos R$
50,7 bilhões, ante R$ 35,5 bi-
lhões do primeiro semestre de
2013. O governo baixou diver-
sas medidas de estímulo à eco-
nomia via redução de impos-
tos, como o IPI sobre veículos.
Nesse cenário marcado por
indicadores fracos, quando a
presidente Dilma Rousseff
tenta a reeleição, o governo
tem sofrido para tentar cum-
prir a meta de superávit pri-
mário, de R$ 99 bilhões neste
ano, ou 1,9% do PIB. Em 12
meses até maio, último dado
disponível, essa economia es-
tava em 1,52%.
Mesmo com a expectativa
de forte entrada de receitas
extraordinárias em breve – R$
18 bilhões do Refis, programa
de parcelamento de débitos
tributários o governo –a Recei-
ta não vê a arrecadação cres-
cendo mais do que o esperado
neste ano, marcado pela fraca
atividade econômica. A proje-
ção de crescimento real está
mantida em 2%.
"Houve redução (das ex-
pectativas) do PIB para o ano e
aumento para R$ 18 bilhões
na arrecadação do Refis... Ti-
vemos ajustes para mais e pa-
ra menos", comenta Nunes.
Anteontem, os ministérios
da Fazenda e do Planejamento
reduziram para de 2,5% para
1,8% a previsão de expansão
do Produto Interno Bruto (PIB)
para este ano. Até então, o go-
verno achava que conseguiria
levantar R$ 15 bilhões com o
Refis em 2014.
A estimativa do governo pa-
ra o desempenho da ativida-
de, mesmo com a redução,
continua muito acima ddos
0,97% previstos por econo-
mistas de instituições finan-
ceiras que opinam na pesqui-
sa Focus do Banco Central.
Nunes afirma que o governo
espera que entrem no caixa já
em agosto de R$ 13 bilhões a
R$ 14 bilhões do Refis – paga-
mento da primeira parcela
que as empresas devem fazer
para aderir ao programa. O vo-
lume deve ajudar o governo a
melhorar seu resultado primá-
rio, que é a economia feita pa-
ra pagamento de juros da dívi-
da. (Reuters)
Arrecadação no ritmo da economiaAtividade morna, mais desonerações, se refletem na cobrança de tributos federais: crescimento foi de 0,13% em junho em relação a igual mês do ano passado.
18 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014
Para o PIB da Europa,vício é
Liz AldermanThe New York Times
Porta-voz da Associa-
ção Nacional de Clu-
bes de Sexo da Espa-
nha, José Roca já ou-
viu todo tipo de pergunta es-
tranha, mas raramente ficou
tão desconcertado como
quando uma agência de esta-
tísticas do governo ligou no fi-
nal do ano passado. Um esta-
tístico queria saber os preços
de um programa com uma
prostituta e de um quarto num
bordel espanhol.
"Ele fez até perguntas idio-
tas como quanta energia é
consumida por uma boate",
conta Roca, cujo grupo com
sede em Valência representa
centenas de clubes alternati-
vos. "Pensei que fosse piada.
Estava tão incrédulo que até
solicitei confirmação das per-
guntas por e-mail".
Não era trote, mas parte da
nova tentativa do governo es-
panhol de mensurar o tama-
nho da economia. Em setem-
bro, todos os países da União
Europeia serão obrigados a fa-
zer a contabilização completa
do comércio com sexo, drogas
e empreendimentos clandes-
tinos correlatos como parte de
uma reforma dos indicadores
econômicos da Eurostat, o ór-
gão de estatísticas da UE.
A ideia de contabilizar tudo,
incluindo os valores do peca-
do, é a de ter uma leitura mais
precisa do Produto Interno
Bruto de cada país. Como o PIB
é um número muito importan-
te –a ponto de influenciar a po-
lítica nacional ou significar o
sucesso ou o fracasso de polí-
ticos – a União Europeia quer
números que "reflitam melhor
o ambiente econômico", afir-
mou Vincent Bourgeais, por-
ta-voz da Eurostat.
Com os governos da UE obri-
gados a manter a dívida públi-
ca a determinadas porcenta-
gens do PIB, as mudanças
também devem melhorar a
aparência da taxa de cresci-
mento da Espanha à Suécia,
possivelmente também tor-
nando menos fúnebre o coefi-
ciente de endividamento.
Além dos indicadores liga-
dos ao vício, outros serão reca-
librados, como pesquisa e de-
senvolvimento e contribui-
ções para instituições de cari-
dade, valores que certamente
elevarão muito o tamanho do
PIB do que qualquer ganho re-
gistrado com a prostituição ou
a produção de drogas.
Ainda assim, contabilizar
prostitutas e heroína pode
acrescentar bilhões à econo-
mia. E quando alguns países
da zona do euro tentam esca-
par da recessão de quase cin-
co anos, até centavo conta.
CONTABILIDADE CRIATIVARoca arrisca fazer contas na
Espanha. "Segundo meus cál-
culos, a prostituição gera per-
to de 20 bilhões de euros"
anualmente. Os espanhóis
costumam frequentar boates
e existe muito turismo", diz,
dando como exemplo os clien-
tes franceses logo ali do outro
lado da fronteira. A cifra fica
perto da estimativa de 18 bi-
lhões de euros do governo que
seriam gerados pelo comércio
legal de sexo na nação. Para
Roca, se a quantia for acresci-
da ao PIB, "logicamente a Es-
panha vai se
beneficiar".
Te c n i c a-
m e n t e , a
União Euro-
peia exige há
muito tempo
i n f o rm a ç õ e s
sobre a ativi-
dade econô-
mica nesses
m e r c a d o s .
Medir a eco-
nomia clan-
destina, con-
tudo, não che-
ga a ser uma
ciência exata.
Somente al-
guns países,
como Holan-
da, Itália e Ale-
manha, ten-
taram fazer
um levanta-
m e n t o.
Pe l a s n o-
vas regras da
União Euro-
peia todos os 28 países do blo-
co devem redobrar esforços
para levantar aqueles dados,
mesmo que isso signifique
questionar proprietários de
bordéis ou registrar toneladas
de cocaína apreendidas de
traficantes de drogas.
"As agências são capazes
de coletar informação, mas
essa não tem sido particular-
mente precisa porque esta-
mos falando de atividades que
todos tentam esconder", diz
Gian Paolo Oneto, diretor de
contabilidade nacional da Is-
tat, agência nacional de esta-
tísticas da Itália. Tais regras
afirmam que o PIB deveria in-
cluir tudo, até mesmo os to-
mates plantados na sua horta.
Às vezes, porém, só podemos
estimar. Não dá para sair por aí
contando tomates".
Como a matemática pode
ser inexata, economistas cos-
tumam ser cautelosos em re-
lação a tais mensurações. A
Itália detém um lugar nos
anais da contabilidade criati-
va pelo il sorpasso (a ultrapas-
sagem), de 1987, quando o
governo recalculou o PIB para
incluir a economia do merca-
do negro. As cifras eram tão
elevadas, incluindo estimati-
vas de evasão fiscal e traba-
lhadores ilegais, que pratica-
mente da noite para o dia o
país superou a Grã-Bretanha
como a quinta maior econo-
mia do mundo.
Agora, enquanto luta para
fugir da recessão e opera sob
uma das maiores dívidas pú-
blicas do mundo desenvolvi-
do, a Itália passará a contabili-
zar álcool e tabaco contraban-
deados. Oneto não faz previ-
sões , mas observa que o
mercado negro total italiano já
respondia por 15% da econo-
mia de 1,5 trilhão de euros do
país. Ele garante, contudo,
disse a agência que dirige não
chegaria ao ponto de incluir
um dos maiores possíveis re-
forçadores da economia, os
negócios conduzidos pela má-
fia italiana, estimados em per-
to de 180 bilhões de euros
anuais, o equivalente a 7% do
PIB. "É muito difícil definir cla-
ramente a máfia", afirma.
ALÉM DOS NÚMEROSPara a maioria dos gover-
nos, a atividade ilegal pode
responder por pouco mais do
que um erro de arredonda-
mento. Na Holanda, conheci-
da pelos distritos destinados à
prostituição – à frente o lendá-
rio Red Light District, de Ams-
terdam –e cafeterias de maco-
nha, essa atividade responde
por 0,4% do PIB.
O maior impulso às cifras do
PIB virá de algo que não gera
prazer: uma revisão da Euros-
tat permitindo aos governos
contabilizar pesquisa e desen-
volvimento como investimen-
tos e não como custos. Vivei-
ros do capitalismo da tecnolo-
gia de ponta, Finlândia e Sué-
cia poderiam aumentar o
tamanho de suas economias
em até 5%, segundo o órgão.
Pelas estimativas da Euros-
tat, no caso de Itália, Irlanda,
Portugal e Espanha, que lutam
para superar a recessão, o PIB
poderia subir até 2%; Alema-
nha e França até 3% e Grã-Bre-
tanha de 3% a 4%.
A Agência Nacional de Esta-
tísticas do Reino Unido anun-
ciou recentemente que come-
çaria a contabilizar o vício pela
primeira vez na economia do
país, que está saindo da reces-
são. A agência começou retro-
cedendo cinco anos na recon-
tagem. Em 2009, único ano
cujos registros foram contabi-
lizados, prostituição e drogas,
como cocaína, heroína, maco-
nha, ecstasy e anfetaminas,
Bjarki Sigursveisson/Wikimedia Commons
acrescentaram quase dez bi-
lhões de libras ao PIB britâni-
co, correspondendo a 0,7%.
Em outros países, a questão
transcende os números.
A agência de estatísticas
francesa se recusa a incluir
drogas e serviços sexuais. Ale-
ga que a prostituição, por
exemplo, geralmente provem
da escravidão sexual e não de-
veria receber um verniz de le-
gitimidade econômica.
SEM IMPOSTOSPara algumas pessoas, tais
argumentos morais terminam
por questionar o próprio con-
ceito de PIB, estatística cujo
valor tem sido filosoficamente
criticado desde pelo menos a
década de 1960. Robert F. Ken-
nedy, falando em 1968, quan-
do disputava a presidência
dos Estados Unidos, avaliou a
maneira pela qual o país me-
dia sucesso e lamentou que se
contabilizasse "tudo, menos o
que faz a vida valer a pena".
Até economistas que valori-
zam o PIB como forma de me-
dir o padrão de vida contes-
tam a sensatez de tentar men-
surar a decadência.
"Se você pensa que drogas
e prostituição não melhoram
necessariamente a qualidade
de vida de um país, então sua
inclusão enfraquece o PIB co-
mo maneira de mensurar o
bem-estar", afirmou Simon
Tilford, subdiretor do Centro
para a Reforma Europeia, se-
diado em Londres.
Em Valência, Roca suspeita
que a Espanha poderia usar os
novos dados para dourar o PIB
com propósito político, ainda
que a nação rasteje lentamen-
te para sair de uma recessão
há três anos.
Já as agências de estatísti-
cas afirmam que, indepen-
dentemente da melhora dos
coeficientes, não será fácil pa-
gar o serviço da dívida pública
porque os governos não po-
dem cobrar impostos de ativi-
dade ilegal. Nesse caso, Roca
diz não entender o propósito.
"Essa coisa toda é uma burrice
e n o rm e " .
O Red LightDistrict, emAmsterdam:na Holanda,conhecidapelas áreasdestinados àprostituição ecafeterias demaconha, asatividadessemi-legais (ouilegais)respondem por0,4% do PIB.
virt ude.Por determinação da União Europeia, todos os 28países do bloco deverão incluir o comércio com
sexo, drogas e outros empreendimentosclandestinos em suas contas nacionais.
Segundo meuscálculos, aprostituição geraperto de 20 bilhõesde euros naEspanhaanualmente.JOSÉ ROC A
180bilhões de euros
anuais, oequivalente a 7% do
PIB, é quantosomam os negócios
da máfia italiana(que não entrariam
nas contas).
Antony Stanley/Wikimedia Commons
Samuel Aranda/The New York Times
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