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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Engenharia de Produção

CLAYTON COELHO DE LUNA

DIFICULDADES DE ADAPTAÇÃO DAS EMPRESAS AO ÍNDICE DE NACIONALIZAÇÃO DO FINAME

Campinas 2014

CLAYTON COELHO DE LUNA – R.A. 004201100952

DIFICULDADE DES ADAPTAÇÃO DAS EMPRESAS AO

ÍNDICE DE NACIONALIZAÇÃO DO FINAME

Trabalho de conclusão de curso de Engenharia de Produção apresentado à Universidade São Francisco, como requisito para conclusão de curso. Orientador: Prof. Ms. Emílio Gruneberg Boog

Campinas 2014

Luna, Clayton C.

Dificuldade de adaptação ao índice de nacionalização do FINAME/Clayton Coelho de Luna. – Campinas, 2014. 23p.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Programa de Graduação Bacharelado em Engenharia da Universidade São Francisco. Orientador: Emílio GrunebergBoog.

1.Índice. 2. FINAME. 3. Financiamento. 4. Tecnologia. I. Luna, Clayton Coelho.

45.657 C567d

RESUMO

Índice de nacionalização é um índice que determina uma quantidade de peças,

fabricadas no Brasil, que são exigidas pelo BNDES para que as empresas se habilitem para

solicitar suas linhas de financiamento disponíveis. É um índice que avalia o conteúdo de um

produto produzido no País. As linhas de financiamento são variadas, mas todas exigem um

mínimo de 60% de peças nacionais, avaliadas por peso e valor do equipamento. Algumas

empresas apresentam diversas dificuldades para atingir esse índice, que tem várias regras

determinadas pelo BNDES para o seu cumprimento. Dentre muitas dificuldades, as

principais encontradas pelas empresas são: a necessidade de fortalecimento de pesquisas e

desenvolvimento no país; custos altos para produzir seus produtos com peças nacionais,

principalmente com impostos e mão de obra; não atingirem a qualidade que atingem com

peças importadas e falta de diversidade de peças nacionais. O objetivo foi identificar as

dificuldades de adaptação ao índice de nacionalização no dia-a-dia das empresas; apontar

aspectos específicos que diferenciam as peças nacionais das peças importadas e verificar

dificuldades que aspectos legais e tributários podem trazer para a utilização de peças

nacionais. O resultado será apresentado como formas de ajudar as empresas a atingir o

índice de nacionalização e conseguir o financiamento desejado.

Palavras-chave: índice; financiamento; investimento; dificuldade.

ABSTRACT

Nationalization index is an index that determines a number of parts manufactured in Brazil, which are required by BNDES to enable businesses to ask for their credit lines available. It is an index that evaluates the contents of a product produced in the country 's financing lines are varied , but all require a minimum of 60 % of domestic parts . Companies have many difficulties to reach this level, which has several rules determined by BNDES for its fulfillment. Among many difficulties encountered by the major companies are high costs to produce its products with domestic parts , do not reach the quality that reach with imported parts, lack of diversity of national and low parts investment in technology and innovation in the country. The objective was to identify the difficulties in adapting to the nationalization index in day-to-day business, point specific aspects that differentiate the imported and domestic parts verify potential legal and tax impediments that prevent the use of domestic parts. The result will be presented as ways to help companies achieve the nationalization index and achieve the desired funding. Keywords: index; financing; investment; difficulty.

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Os 50 produtos com a maior carga tributária do País……………………………25

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – Custo da hora x Produtividade do trabalho........................................................21 FIGURA 2 – Custo unitário do trabalho real...........................................................................21 FIGURA 3 – Crescimento do CUT no mundo.........................................................................22 FIGURA 4 – Custo Unitário do Trabalho Real em 2011/2012................................................23 FIGURA 5 – Consórcio Modular.............................................................................................28

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social CIF – Cost, Insuranceand Freight Cofins – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CUT – Custo Unitário do Trabalho F – Finamizável FCC – Finamizável Caso a Caso FINAME – Financiamento de Máquinas e Equipamentos ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços INSS – Instituto Nacional do Seguro Social IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados IRPJ – Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica Mercosul – Mercado Comum do Sul P&D – Pesquisa e Desenvolvimento PD&I – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação PIS/Pasep – Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 10

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................................. 10

1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA ................................................................................................ 10

1.3 OBJETIVOS ................................................................................................................... 11

1.4 JUSTIFICATIVAS .......................................................................................................... 11

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 12

2.1 BNDES FINAME ............................................................................................................ 12

2.1.1 Linhas de Financiamento ............................................................................................ 12

2.1.2 Micro, Pequenas e Médias Empresas Aquisição de Bens de Capital .......................... 13

2.1.3 Micro, Pequenas e Médias Empresas – Aquisição de Ônibus e Caminhões ............... 14

2.1.4 Bens de Capital – Comercialização – Aquisição de Bens de Capital ........................... 15

2.1.5 Bens de Capital – Comercialização – Aquisição de Ônibus e Caminhões................... 15

2.1.6 Bens de Capital – Produção de Bens de Capital ......................................................... 16

2.1.7 Bens de Capital – Concorrência Internacional ............................................................ 17

2.2 ÍNDICE DE NACIONALIZAÇÃO .................................................................................... 17

2.2.1 Definição e cálculo do índice de nacionalização ......................................................... 17

2.2.2 Critérios para apuração do índice de nacionalização .................................................. 18

2.3 DIFICULDADES DE ADAPTAÇÃO AO ÍNDICE DE NACIONALIZAÇÃO ....................... 20

2.3.1 Desenvolvimento de Produtos no Brasil ...................................................................... 20

2.3.1.1Inovação ................................................................................................................... 20

2.3.1.2 Tecnologia ............................................................................................................... 21

2.3.2 Legislação e tributação ............................................................................................... 22

2.3.2.1 Legislação ................................................................................................................ 22

2.3.2.2 Tributação ................................................................................................................ 26

2.3.2.2.1 Principais impostos pagos pelas empresas ........................................................... 26

2.3.2.2.2Impostos que podem incidir sobre as empresas .................................................... 28

2.3.2.2.3 Produtos com maior percentual de tributação ....................................................... 30

2.4 COMPARAÇÃO ENTRE OS PRINCIPAIS CUSTOS – MÃO DE OBRA E MATÉRIA

PRIMA ................................................................................................................................. 31

2.4.1 Mão de obra ................................................................................................................ 31

2.4.2 Matéria Prima ............................................................................................................. 33

3 METODOLOGIA ............................................................................................................... 35

4 RESULTADOS OBTIDOS ................................................................................................ 37

4.1 EMPRESAS QUE SOLICITAM O FINAME .................................................................... 37

4.2 EMPRESAS QUE FABRICAM O EQUIPAMENTO ........................................................ 39

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 42

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 44

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

O BNDES, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, é uma empresa

pública federal, principal concessor de empréstimos em longo prazo no Brasil, para

realização de investimentos em todos os setores da economia, nas esferas social, regional e

ambiental. O apoio do BNDES se dá por meio de financiamentos a projetos de investimento,

aquisição de máquinas e equipamentos e exportação de bens e serviços.

Na parte de financiamentos a investimentos e aquisição de máquinas e

equipamentos, o BNDES concede o financiamento chamado FINAME (Financiamento de

Máquinas e Equipamentos), que é uma operação de financiamento destinada a empresas

localizadas em qualquer região do país, para aquisição de máquinas e equipamentos

nacionais novos, com índice de nacionalização igual ou superior a 60%, em peso e valor, e

credenciados como fabricantes no cadastro do BNDES. Apresenta condições diferenciadas

de financiamento em longo prazo, com bom percentual de financiamento dos equipamentos

e taxas imbatíveis no mercado.

1.2 Situação problema

Quais as dificuldades que as empresas têm em fabricar seus produtos com peças de

origem brasileira?

O financiamento do FINAME é uma linha de crédito que apresenta condições

especiais, com taxas baixas e valores atrativos para as empresas expandirem seus

negócios. Para consegui-lo, entretanto, as empresas devem seguir regras determinadas

pelo BNDES, e a principal delas é atingir um determinado índice de peças fabricadas no

Brasil. Esse índice, conhecido como índice de nacionalização de peças, deve corresponder

a um mínimo de 60% das peças utilizadas na fabricação do equipamento, calculadas em

9

peso e valor do equipamento. Sem o alcance desse índice, a empresa não consegue obter o

financiamento para expansão do seu negócio.

Várias empresas têm sérias dificuldades em atingir esse índice, provavelmente por

terem custos altos para produzir seus produtos com peças nacionais, por não atingirem a

qualidade que atingem com peças importadas ou por falta de diversidade de peças

nacionais.

1.3 Objetivos

O objetivo deste trabalho é pesquisar e apontar as principais causas e

conseqüências de um problema crônico. Encontrar problemas de pequenas e grandes

magnitudes que possam impactar na concorrência do mercado de peças nacional frente ao

mercado internacional. Relacionar as dificuldades de adaptação ao índice de nacionalização

de peças que impactam diretamente no uso desse tipo de financiamento. Verificar

problemas relacionados à expansão da tecnologia, investimento em desenvolvimento,

pesquisa e inovação. Analisar, em linhas gerais, o custo da mão de obra do país, tanto

qualificada, quanto massificada.

1.4 Justificativas

Com essa pesquisa, certamente, haverá uma expansão do conhecimento em novas

formas de resolução de problemas e evolução cultural. Essas possíveis soluções poderão

trazer mais inclusão social e geração de empregos. E, finalmente, ajudará no

desenvolvimento pessoal, expandindo conhecimento, desenvolvendo raciocínio lógico e

evoluindo no âmbito profissional. Portanto, o trabalho trará grande necessidade de pesquisa,

dedicação e comprometimento para identificação das reais dificuldades e proposição de

soluções relevantes para o problema em questão.

10

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 BNDES Finame

Financiamento concedido pelo BNDES, por intermédio de instituições financeiras

credenciadas, para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, credenciados

no BNDES e de fabricação nacional. O produto BNDES Finame possui várias linhas de

financiamentos, com objetivos e condições financeiras específicas, para melhor atender as

demandas dos clientes, de acordo com a empresa beneficiária e os itens financiáveis

(BNDES, 2013).

O apoio financeiro pode ser concedido pelo BNDES nas seguintes modalidades:

Financiamento à Compradora: Empresas usuárias para aquisição de máquinas e

equipamentos, empresas para aquisição de máquinas e equipamentos, que pela sua

natureza, a critério do BNDES; possam ser destinados ao uso de terceiros, mediante

contrato de comodato; empresas cujo objeto social inclua a locação de máquinas e

equipamentos, desde que não caracterizada como empresa de arrendamento mercantil e

que o bem financiado não seja destinado à sublocação (BNDES, 2013).

Financiamento à Produção de Máquinas e Equipamentos: durante o período de

fabricação, para produção de máquinas e equipamentos já negociados com as respectivas

Compradoras (BNDES, 2013).

Financiamento à Fabricante para a Comercialização: para venda de máquinas e

equipamentos já negociados com as respectivas Compradoras (BNDES, 2013).

2.1.1 Linhas de Financiamento

As linhas disponíveis para o BNDES Finame são:

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Micro, Pequenas e Médias Empresas – Aquisição de Bens de Capital -Apoio à

aquisição de maquinas e equipamentos nacionais novos, exceto ônibus e caminhões, para

micro, pequenas e médias empresas (BNDES, 2013).

Micro, Pequenas e Médias Empresas – Aquisição de Ônibus e Caminhões - Apoio à

aquisição de ônibus e caminhões, para micro, pequenas e médias empresas, e para

transportadores autônomos de cargas (BNDES, 2013).

Bens de Capital – Comercialização – Aquisição de Bens de Capital - Apoio à

aquisição de maquinas e equipamentos nacionais novos, exceto ônibus e caminhões, para

média-grandes e grandes empresas (BNDES, 2013).

Bens de Capital – Comercialização – Aquisição de Ônibus e Caminhões - Apoio à

aquisição de ônibus e caminhões, para média-grandes e grandes empresas (BNDES, 2013).

Bens de Capital – Produção de Bens de Capital - Apoio à produção de máquinas e

equipamentos fixos, para empresas de qualquer porte (BNDES, 2013).

Bens de Capital – Concorrência Internacional - Apoio à aquisição e produção de

máquinas e equipamentos, exceto ônibus e caminhões, que demandem condições de

financiamento compatíveis com as ofertadas para congêneres estrangeiros em

concorrências internacionais (BNDES, 2013).

2.1.2 Micro, Pequenas e Médias Empresas - Aquisição de Bens de

Capital

Financiamento concedido à micro, pequenas e médias empresas, para aquisição de

máquinas e equipamentos nacionais novos, exceto ônibus e caminhões, e capital de giro

associado. Esta linha de financiamento segue as diretrizes do produto BNDES Finame, com

participação do BNDES em no máximo 90% dos itens financiáveis. As operações devem

apresentar, pelo menos, 60% de índice de nacionalização, em peso e valor. Para valores

inferiores a 60%, a participação do BNDES será calculada pela multiplicação do índice de

nacionalização da máquina pelo nível de participação vigente. O financiamento ao capital de

giro associado está limitado a 50% do valor dos equipamentos, para microempresas, e a

30%, para pequenas e médias empresas e não se aplica à aquisição de máquinas e tratores

rodoviários e agrícolas, a operações de empresas locadoras de equipamentos, bem como

às operações destinadas ao setor de serviços e às realizadas nas modalidades

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Financiamento à Produção de Máquinas e Equipamentos e Financiamento à Fabricante

para a Comercialização (BNDES, 2013).

A empresa interessada no financiamento deve dirigir-se à instituição financeira

credenciada, com a especificação técnica (orçamento ou proposta técnico-comercial) do

bem a ser financiado. A instituição informará a documentação necessária, analisará a

possibilidade de concessão do crédito e negociará as garantias. Após aprovada, a operação

será encaminhada para homologação e posterior liberação dos recursos pelo BNDES. Para

as operações com valores acima de R$ 20 milhões, que necessitem de prazo superior ao

estabelecido, que apresentem índice inferior a 60% em peso e valor, a instituição financeira

credenciada deverá encaminhar consulta prévia ao BNDES (BNDES, 2013).

2.1.3 Micro, Pequenas e Médias Empresas - Aquisição de Ônibus e

Caminhões

Financiamento concedido a aquisição de ônibus, chassis e carrocerias para ônibus,

caminhões, caminhões-trator, cavalos-mecânicos, reboques, semirreboques, chassis e

carrocerias para caminhões, aí incluídos semi-reboques tipo dolly e afins, carros fortes e

equipamentos especiais adaptáveis a chassis, tais como plataformas, guindastes,

betoneiras, compactadores de lixo e tanques, nacionais novos. O público-alvo é as Micro,

pequenas, médias empresas e transportadores autônomos de cargas residentes e

domiciliados no país, para aquisição de caminhões e afins. Operações que apresentem

índices de nacionalização inferiores a 60%, em peso e valor, no caso do valor do

financiamento tomar por base o valor total do bem. O BNDES participa em até 90% dos

itens financiáveis. Nas operações que apresentem índices de nacionalização, em valor,

inferiores a 60%, a participação do BNDES Finame será calculada pela multiplicação do

índice de nacionalização da máquina ou equipamento pelo nível de participação vigente

(BNDES, 2013).

A empresa interessada no financiamento deve dirigir-se à instituição financeira

credenciada, com a especificação técnica (orçamento ou proposta técnico-comercial) do

bem a ser financiado. A instituição informará a documentação necessária, analisará a

possibilidade de concessão do crédito e negociará as garantias. Após aprovada, a operação

será encaminhada para homologação e posterior liberação dos recursos pelo BNDES. Para

13

as operações com valores acima de R$ 20 milhões, que necessitem de prazo superior ao

estabelecido, que apresentem índice inferior a 60%, em peso e valor, a instituição financeira

credenciada deverá encaminhar consulta prévia ao BNDES (BNDES, 2013).

2.1.4 Bens de Capital - Comercialização - Aquisição de Bens de

Capital

Financiamento concedido às empresas para aquisição de máquinas e equipamentos

nacionais novos, exceto ônibus e caminhões, destinado às médias-grandes e grandes

empresas. Operações de qualquer valor realizadas com empresas brasileiras sob controle

de capital estrangeiro destinadas a investimentos em atividade econômica, devem possuir

mínimo de 60% de índice de nacionalização, em peso e valor. Para operações com índice

inferior a 60%, deverá ser tomado como base o valor do bem para concessão do

financiamento. O BNDES participa com até 70% do valor dos itens financiáveis. Nas

operações de financiamento à aquisição de máquinas que apresentem índices de

nacionalização, inferiores a 60%, a participação do BNDES Finame será calculada pela

multiplicação do índice de nacionalização da máquina ou equipamento pelo nível de

participação vigente (BNDES, 2013).

A empresa interessada no financiamento deve dirigir-se à instituição financeira

credenciada, com a especificação técnica (orçamento ou proposta técnico-comercial) do

bem a ser financiado. A instituição informará a documentação necessária, analisará a

possibilidade de concessão do crédito e negociará as garantias. Após aprovada, a operação

será encaminhada para homologação e posterior liberação dos recursos pelo BNDES. Para

as operações com valores acima de R$ 20 milhões, que necessitem de prazo superior ao

estabelecido, que apresentem índice inferior a 60%, em peso e valor, a instituição financeira

credenciada deverá encaminhar consulta prévia ao BNDES (BNDES, 2013).

2.1.5 Bens de Capital - Comercialização – Aquisição de Ônibus e

Caminhões

14

Financiamento concedido às empresas para aquisição de ônibus, chassis e

carrocerias para ônibus, caminhões, caminhões-trator, cavalos-mecânicos, reboques,

semirreboques, chassis e carrocerias para caminhões, aí incluídos semi-reboques tipo dolly

e afins, carros fortes e equipamentos especiais adaptáveis a chassis, tais como plataformas,

guindastes, betoneiras, compactadores de lixo e tanques, nacionais novos. Tendo como

público-alvo as médias-grandes e grandes empresas, são operações de qualquer valor

realizadas com empresas brasileiras sob controle de capital estrangeiro destinadas a

investimentos em atividade econômica, com, no mínimo, 60% de índice de nacionalização,

em peso e valor. Nas operações de financiamento que apresentem índices de

nacionalização, em valor, inferiores a 60%, a participação do BNDES Finame será calculada

pela multiplicação do índice de nacionalização da máquina ou equipamento pelo nível de

participação vigente (BNDES, 2013).

A empresa interessada no financiamento deve dirigir-se à instituição financeira

credenciada, com a especificação técnica (orçamento ou proposta técnico-comercial) do

bem a ser financiado. A instituição informará a documentação necessária, analisará a

possibilidade de concessão do crédito e negociará as garantias. Após aprovada, a operação

será encaminhada para homologação e posterior liberação dos recursos pelo BNDES. Para

as operações com valores acima de R$ 20 milhões, que necessitem de prazo superior ao

estabelecido, que apresentem índice inferior a 60%, a instituição financeira credenciada

deverá encaminhar consulta prévia ao BNDES (BNDES, 2013).

2.1.6 Bens de Capital - Produção de Bens de Capital

Financiamento a fabricantes, independentemente do porte, para a produção de

máquinas e equipamentos fixos, já negociados com as respectivas compradoras. Devem

apresentar um mínimo de 60% de índice de nacionalização, em peso e valor. Para

operações para aquisição de máquinas e equipamentos que apresentem índices de

nacionalização, em valor e peso, inferiores a 60% no caso do valor do financiamento tomar

por base o valor total do bem. O BNDES participa em até 70% dos itens financiáveis. Nas

operações de financiamento à aquisição de máquinas e/ou equipamentos que apresentem

índices de nacionalização, em valor, inferiores a 60%, a participação do BNDES Finame

será calculada pela multiplicação do índice de nacionalização da máquina ou equipamento

pelo nível de participação vigente. Para as operações de financiamento à produção de

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máquinas e/ou equipamentos com prazo de produção igual ou superior a 3 meses e/ou com

preço de venda igual ou superior a R$ 2 milhões, a instituição financeira credenciada deverá

encaminhar consulta prévia ao BNDES (BNDES, 2013).

2.1.7 Bens de Capital - Concorrência Internacional

Financiamento para aquisição e produção de maquinas e equipamentos nacionais

novos, exceto ônibus e caminhões, que requeiram condições de financiamento compatíveis

com as ofertadas para congêneres estrangeiros em concorrências internacionais. Serão

passíveis de apoio os investimentos cujo valor do financiamento seja de, no mínimo, R$ 4

milhões. Financiamento a empresas de qualquer porte, participantes de concorrências

internacionais. Devem apresentar, no mínimo, 60% de índice de nacionalização, em peso e

valor. Operações para aquisição de máquinas e equipamentos que apresentem índices de

nacionalização, em valor e peso, inferiores a 60% no caso do valor do financiamento tomar

por base o valor total do bem. O BNDES participa em até 100% dos itens financiáveis

(BNDES, 2013).

2.2 Índice de nacionalização

2.2.1 Definição e cálculo do índice de nacionalização

Segundo Valente (2012), é um índice que avalia o conteúdo de um produto

produzido no País. A avaliação dá-se de duas formas: em valor e em peso. O índice

representa a relação entre o valor (ou peso) dos componentes importados e o preço final de

venda (ou peso total) do produto fabricado por uma empresa.

Ainda segundo Valente (2012),para obtenção do índice, devem ser aplicadas as

fórmulas abaixo:

Iv = [1-(x/y)]*100 (índice em valor)

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Ip = [1-(Pimp/Pt)].100 (índice em peso)

Onde:

x = CUSTO DOS COMPONENTES IMPORTADOS, inclusive matéria-prima,

somando-se:

a) custo total dos componentes importados (valor CIF, acrescido do respectivo

Imposto de Importação, dos componentes importados diretamente pelo fabricante ou pelo

comprador, e incorporados ao equipamento);

b) valor dos componentes importados por terceiros e adquiridos no mercado interno

pelo fabricante, excluindo-se IPI e ICMS.

y = PREÇO DE VENDA EFETIVAMENTE PRATICADO, excetuando-se IPI e ICMS.

Nos casos em que os equipamentos não sejam comercializados pelo próprio fabricante,

deve-se considerar o preço de venda para o respectivo distribuidor ou empresa que venha a

comercializá-los.

Pimp = PESO DOS COMPONENTES IMPORTADOS.

Pt = PESO LÍQUIDO DO EQUIPAMENTO, excluindo-se a embalagem.

2.2.2 Critérios para apuração do índice de nacionalização

Conforme Melchior (1997), alguns critérios devem ser levados em consideração, na

apuração do índice de nacionalização, tais quais:

a) somente pode haver consideração de serviços de engenharia, instalação e

montagem e comissionamento, se esses serviços forem faturados em conjunto com o

fornecimento, observando-se que deve ser utilizada sempre a mesma Nomenclatura

Comum do Mercosul, no caso do fornecimento ser faturado separadamente ou por meio de

várias notas fiscais;

b) não considerar obras civis, galpões, materiais sobressalentes, embalagem,

seguro, frete, materiais consumíveis, combustível, lubrificantes e afins;

c) não considerar quaisquer reajustes no preço de venda. O preço deve ser

referenciado conforme a data base do contrato de fornecimento;

d) se o produto que está tendo seu índice de nacionalização apurado, for integrado

por máquinas e equipamentos não credenciados, deverão ser apresentadas,

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separadamente, as respectivas apurações dos índices de nacionalização, em valor e em

peso. Os referidos equipamentos e máquinas poderão ser considerados como importados;

e) máquinas, equipamentos ou componentes que sejam fabricados no exterior

devem ser considerados completamente importados.

Ainda conforme Melchior (1997), quando se tratar de fornecimento de sistemas, deve

ainda ser observado, que a apuração do índice de nacionalização deve considerar apenas

componentes, máquinas e equipamentos integrantes do processo produtivo objeto do

fornecimento.

Segundo Melchior (1997), para conversão do valor dos insumos importados, da

respectiva moeda estrangeira para a moeda nacional, serão adotados os seguintes

procedimentos:

a) produtos de fabricação seriada, para os quais não sejam previstas alterações

significativas por ocasião de cada fornecimento – será utilizada a média da cotação de

venda da moeda estrangeira do último dia útil de cada mês dos últimos 12 meses, segundo

informações constantes no Banco Central do Brasil; fornecimento – será utilizada a média

da cotação de venda da moeda estrangeira do último dia útil de cada mês dos últimos 12

meses anteriores à data base do contrato de fornecimento, segundo informações constantes

no Banco Central do Brasil.

Ainda segundo Melchior (1997), sempre que o índice de nacionalização, em valor ou

em peso, for inferior a 70% (setenta por cento), ou quando houver solicitação expressa do

BNDES, deverão ser comprovados os índices de nacionalização apurados, mediante

apresentação de cópia dos seguintes documentos:

a) para máquinas, equipamentos, componentes e insumos importados diretamente:

extrato da Declaração de Importação e seus anexos; documento fiscal (fatura) do

exportador;

b) para máquinas, equipamentos, componentes e insumos, nacionais e importados,

adquiridos no mercado interno: nota fiscal emitida pelo fornecedor nacional (não será

admitida nota fiscal emitida há mais de 6 meses da apuração do índice de nacionalização);

c) para o equipamento completo: nota(s) fiscal(is) emitida(s) para o cliente final; ou,

se o equipamento nunca houver sido fabricado, proposta técnica (ou documento

equivalente) e proposta comercial ou orçamento;

d) quando se tratar de fornecimento de sistemas: propostas técnica e comercial que

definam o escopo de fornecimento; contrato de fornecimento; nota(s) fiscal(is) referente(s)

ao total do fornecimento, emitida(s) para o cliente final.

18

A critério do BNDES, poderão ser solicitados outros documentos, para dirimir dúvidas

em relação ao índice de nacionalização apurado (BNDES, 2013).

O BNDES se reserva o direito de recusar a apuração do índice de nacionalização,

quando entender que os preços utilizados para os componentes estejam, de forma

significativa, divergentes dos valores de referência praticados nos mercados, doméstico e

internacional; nesses casos, será necessária nova apuração, com os ajustes necessários

para garantir a prática de valores adequados para esses componentes (BNDES, 2013).

2.3 Dificuldades de adaptação ao índice de nacionalização

2.3.1 Desenvolvimento de Produtos no Brasil

2.3.1.1 Inovação

Como aponta Lindegaard (2011), a capacidade de inovar é determinante para a

competitividade das empresas e das nações. Nesse sentido, questões como investimentos

em educação, a coerência e a complementaridade entre investimento público e privado em

P&D (pesquisa e desenvolvimento), com maior participação das empresas e a propriedade

intelectual como elementos importantes do ambiente de inovação de um país. Embora seja

possível identificar avanços significativos no Brasil nos últimos anos, dificuldades ainda

existem e podem distanciar o país dos demais países na busca pela competitividade. As

limitações em estimular plenamente a inovação na sociedade brasileira, nas empresas em

particular, subtraem competitividade ao país e representam obstáculo a um maior

desenvolvimento econômico.

Conforme diz Calmanovici (2011), a busca por novos modelos, instrumentos e

arranjos organizacionais é essencial para a consolidação e evolução para uma liderança

brasileira em inovação. A capacidade de inovar é determinante para a competitividade das

empresas e das nações em um mundo cada vez mais globalizado. Assim, investimentos em

ciência básica, parques tecnológicos, agências de transferência tecnológica das

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universidades públicas, institutos de ciência e tecnologia públicos e privados, agência de

propriedade intelectual, agências públicas de fomento e empresas inovadoras que, com foco

no mercado, organizem esse conjunto de investimentos sob uma visão estratégica

integradora para o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novos bens e

serviços para a sociedade.

Conforme Sarkar (2010), é necessário contar com a mobilização de diversos setores

da sociedade. O investimento, público ou privado, nacional ou internacional, em empresas

que tenham competência em desenvolver e oferecer produtos e serviços inovadores e

competitivos utilizando seu próprio conhecimento e experiência interna, e que também

saibam como buscar, recuperar e valorizar conhecimento acadêmico e científico

transformando-o em tecnologias com retorno para a sociedade, é o elemento fundamental

desse processo de construção de trajetórias sustentáveis para a inovação.

Conforme Lindegaard (2011), o Brasil consolida-se, cada vez mais, como ator

importante na geração de ciência no contexto internacional. À produção científica do Brasil,

deve-se aliar, agora, a capacidade inovadora, colocando definitivamente o país num lugar

relevante no mapa da inovação mundial. Para isso, deve haver insistência no

desenvolvimento da atratividade do Brasil a investimentos em PD&I. As empresas precisam

de leis e normas adequadas que possibilitem mecanismos de gestão modernos, ágeis e

eficazes e do bom funcionamento de organizações públicas de fomento, pesquisa e

desenvolvimento articuladas entre si e sensíveis às demandas da sociedade. Empresas

inovadoras que realizem esforço consistente de P&D e que mantenham mecanismos

permanentes de prospecção, acompanhamento e avaliação de oportunidades poderão

contribuir para a captura de ganhos com inovação de forma maximizada assegurando,

assim, a continuidade e o fortalecimento do esforço nacional no campo da ciência e da

tecnologia.

2.3.1.2 Tecnologia

Segundo Felipe (2007), o desenvolvimento tecnológico e a inovação de um país

dependem, geralmente, da formação de recursos humanos capacitados, bem como de

investimentos consistentes, de longo prazo. O Brasil apostou que a pesquisa acadêmica

geraria conhecimento que se transformaria em tecnologia, o que, na realidade, não está

acontecendo. O Brasil, ao longo do tempo, investiu de forma inconstante e em quantidade

20

insuficiente no desenvolvimento de ciência e tecnologia. O setor empresarial investe

timidamente no setor, ao contrário do que ocorre em países como a Coréia do Sul e Japão.

Tanto o setor público quanto o privado, não investem consistentemente em ciência,

tecnologia e inovação no Brasil, em longo prazo.

Ainda segundo Felipe (2007), vem ocorrendo, mesmo que timidamente, iniciativas

consistentes para construir competência científica, através do treinamento de pessoal

qualificado, seja dentro ou fora do país. Mas apesar de um bom percentual de crescimento,

os investimentos são tímidos frente ao tamanho do desafio. A produção científica não gera

imediatamente a produção tecnológica, como mostra o número reduzido de patentes

depositadas por universidades e institutos de pesquisa brasileiros no exterior. O

desenvolvimento científico não gera automaticamente o desenvolvimento tecnológico com

inovação. Como foco principal, deve-se elevar a competitividade industrial das principais

cadeias produtivas do país no mercado mundial, com ações, conjuntas da iniciativa pública

e privada, relativas à geração de emprego, ao desenvolvimento e à descentralização da

produção, ao aumento das exportações, à substituição competitiva das importações e à

capacitação tecnológica das empresas.

Como aponta Felipe (2007), todo o potencial de recursos humanos que mostrar

interesse no desenvolvimento tecnológico poderá participar efetivamente na construção de

uma nova realidade econômica, contribuindo na geração de produtos e processos com alto

valor agregado, atuando na interação com a indústria em geral. Isso trará como resultado, o

aumento da produção, das exportações e, principalmente, permitirá ampliar as fronteiras do

país para a realidade global. A tecnologia encontra outros desafios, como a formação de

pessoal qualificado com foco na inovação, gestão, propriedade intelectual e voltado para as

necessidades da indústria; buscar uma estrutura empresarial produtiva na forma de uma

pirâmide, em que existam grandes empresas líderes na área que alimentem e viabilizem a

existência de médias e pequenas empresas; identificar o potencial do mercado brasileiro

atraente para a produção interna.

2.3.2 Legislação e tributação

2.3.2.1 Legislação

21

Toda e qualquer operação que a FINAME vier a celebrar com os Agentes

Financeiros para financiamento das operações, com empresas produtoras de máquinas e

equipamentos ou empresas compradoras desses bens, será regida pelas Condições Gerais

do FINAME, tal como se as mesmas estivessem integralmente transcritas nos instrumentos

de contrato de cada uma das operações de refinanciamento, ficando entendido, entretanto,

que a FINAME não está obrigada a refinanciar ou, sob qualquer outra forma, cooperar em

toda ou em determinada operação que os Agentes pretendam realizar ou hajam realizado,

reservando-se sempre o direito de examinar cada operação isoladamente, bem como de

recusar qualquer uma ou todas elas (BNDES, 2013).

O total das “Propostas de Abertura de Crédito Fixo” submetidas pelos Agentes à

FINAME não poderá ultrapassar, alternativamente, a 7 (sete) vezes o Patrimônio Líquido de

cada AGENTE, ou 20% dos recursos a serem aplicados pela FINAME no período, de

maneira que, à época da aprovação de cada operação, o saldo devedor do AGENTE não

ultrapasse a 5 (cinco) vezes o seu Patrimônio Líquido, respeitadas as normas e

disponibilidade de recursos da FINAME. A FINAME somente poderá financiar as operações

que os Agentes tenham realizado com empresas produtoras de máquinas e equipamentos

ou empresas usuárias desses bens, nas condições estabelecidas pelo FINAME, através de

normas específicas a serem baixadas pela Administração da agência, observado o prazo

mínimo do resgate de 12 (doze) meses e as exigências legais que disciplinam as operações

financeiras.A FINAME poderá, a seu exclusivo critério, refinanciar operações que os

Agentes tenham realizado com outras pessoas jurídicas não compreendidas nessa

especificação. A FINAME se reserva o direito de, excepcionalmente, recusar quaisquer

garantias oferecidas ou títulos representativos da operação, determinando a sua

substituição, bem como o de solicitar a constituição de outras garantias consideradas

indispensáveis para segurança e liquidez da operação (BNDES, 2013).

Poderá a FINAME, quando o elevado valor da operação o justificar, a juízo da

Administração, admitir a constituição de um consórcio de Agentes Financeiros, acolhendo

Propostas de abertura de Crédito Fixo firmadas por dois ou mais Agentes Financeiros co-

participantes. A FINAME refinanciará uma parcela do valor do bem transacionado,

observados os limites percentuais e os encargos fixados pela Junta de Administração,

cabendo ao Agente Financeiro e ao mutuário comporem-se quanto à cobertura financeira da

parcela restante. Para a parcela financiada com recursos dos Agentes, prevalecerão as

taxas, prazos, condições e garantias estabelecidas na prática bancária, observadas as

normas expedidas pelo Banco Central do Brasil (BNDES, 2013).

22

Para fins de refinanciamento de cada operação, sempre que for exigido pela

FINAME, a qualquer tempo, os Agentes, como garantia do crédito, caucionarão os títulos de

crédito emitidos a seu favor, recebidos das empresas beneficiárias, bem como darão em

penhor os direitos ou créditos de que sejam titulares, relativos à operação, respeitadas as

normas legais e regulamentares atinentes.Os Agentes assumirão, expressa e

irrevogavelmente, a responsabilidade solidária como fiadores e principais pagadores,

perante a FINAME, pela liquidez das operações de que participem como garantidores,

financiadores e/ou endossantes.A FINAME se reserva o direito de fiscalizar a execução das

operações, podendo, para tal fim, exigir do AGENTE todos os elementos necessários,

inclusive o exame de suas escritas (BNDES, 2013).

Além de outras obrigações ora estabelecidas, os Agentes comprometem-se, ainda, a

exigir das empresas beneficiárias dos financiamentos:

a) a observância na contratação das operações das condições usuais de segurança

bancária, assegurando-se o direito de exigir daquelas empresas todos os elementos

jurídicos, econômico-financeiros e técnicos necessários (BNDES, 2013);

b) o compromisso de submeterem-se à fiscalização da FINAME, diretamente ou

através de seus Agentes, bem como das entidades que tiverem fornecido recursos à

FINAME (BNDES, 2013);

c) O compromisso de mencionar expressamente a cooperação da FINAME, como

entidade financiadora, sempre que fizer publicidade do bem ou de sua utilização (BNDES,

2013).

Os Agentes proporão à FINAME cada operação de financiamento em modelo

próprio, que será chamado “Proposta de Abertura de Crédito Fixo”, a qual deverá ser

encaminhada à FINAME acompanhada da documentação exigida para o tipo de operação a

ser realizada. A FINAME acolherá ou não a proposta e a sua aceitação se provará pela

aposição do “de acordo” em uma das vias da “Proposta de Abertura de Crédito Fixo”, a qual

será devolvida ao AGENTE e constituirá o instrumento de contrato de cada abertura de

crédito para o financiamento da operação específica realizada pelo AGENTE (BNDES,

2013).

Constarão obrigatoriamente de cada “Proposta de Abertura de Crédito Fixo”,

apresentada pelo Agente Financeiro à FINAME, em modelo próprio, pelo menos as

seguintes informações:

1. Objeto da transação, comprador e fabricante;

23

2. Valor do financiamento solicitado, indicando também o montante e prazos das

parcelas de responsabilidade do AGENTE, do vendedor e/ou comprador e as garantias;

3. Os encargos financeiros a serem cobrados pelo AGENTE da beneficiária do

financiamento, discriminando expressamente:

a) taxa de juros;

b) correção monetária;

c) comissão, quando houver;

d) taxa de fiscalização ou outras taxas que possam ser fixadas pela Agência.

4. A remuneração que a FINAME atribuirá ao AGENTE pela sua participação na

operação (BNDES, 2013).

Cada crédito aberto terá sua utilização contabilizada nos livros dos Agentes, em

conta especial destinada à sua movimentação, obrigando-se o AGENTE a lançar em sua

escrita, em ordem cronológica, as retiradas que fizer por conta do crédito, bem como a

contabilizar a aplicação das mesmas. Os Agentes Financeiros reconhecerão como prova do

seu débito as ordens, recibos, cheques e saques que assinar ou emitir, ficando, deste modo,

expressa e plenamente assegurada, a qualquer tempo, a certeza e liquidez de suas dívidas,

compreendendo os cálculos de juros, correção monetária, taxas, comissões e outras

despesas que, com o principal, constituirão o débito, pelo que não poderão os Agentes

exigir processo especial de verificação nem, por qualquer pretexto, retardar o pagamento ou

cobrança do saldo demonstrado pela FINAME, ressalvado, entretanto, o direito à propositura

posterior da ação de repetição, na ocorrência de erro. Por sua vez, a FINAME reconhecerá

como prova de débito os recibos e comunicações que assinar ou expedir, correspondentes a

recebimentos em dinheiro, a crédito dos Agentes Financeiros (BNDES, 2013).

No caso de não pagamento de qualquer importância devida pelos Agentes, poderá a

FINAME considerar rescindido, de pleno direito, o contrato ou contratos que tiver celebrado

e vencidas todas as obrigações, exigindo o total da dívida, inclusive quanto às parcelas

vincendas, que se considerarão antecipadamente vencidas. O montante dessas obrigações

ficará automaticamente acrescido de 10% (dez por cento). A abstenção do exercício, por

parte da FINAME, de qualquer direito ou faculdade que lhe assista, ou a concordância com

atrasos no cumprimento ou inadimplemento de obrigações dos Agentes, não afetarão

aqueles direitos ou faculdades, que poderão ser exercidos a qualquer tempo a seu exclusivo

critério, e não alterarão de nenhum modo as condições aqui estipuladas, nem obrigarão a

FINAME relativamente a inadimplementos futuros.Se a FINAME tiver que recorrer aos meios

judiciais, ainda que em processo de natureza administrativa, para haver o pagamento de

24

qualquer importância que lhe for devida, terá direito à pena convencional irredutível de 10%

(dez por cento) sobre o que lhe for devido a título de principal, juros, taxas, correção

monetária e quaisquer outros encargos, incidentes a partir da data de propositura da medida

judicial de cobrança, salvo quando o financiamento for contratado por meio de Cédula/Nota

de Crédito Industrial ou Comercial, caso em que a aludida pena convencional incidirá a partir

do primeiro despacho da autoridade competente na petição de cobrança (BNDES, 2013).

Fica entendido que toda e qualquer despesa ou encargo fiscal, se houver, de registro

ou qualquer outra, decorrente de qualquer documento, contrato ou registro por conta dos

Agentes, assim como as despesas de cobrança de títulos ou créditos e de remessas de

fundos, não podendo estes deduzi-las dos títulos ou crédito cobrados. A FINAME cobrará,

ainda, dos Agentes, toda e qualquer despesa usual que fizer para a segurança,

regularização ou realização dos seus direitos creditórios. Estas despesas serão pagas pelos

Agentes dentro de 10 (dez) dias emissão, pela FINAME, do aviso de débito. A falta de

cumprimento de qualquer obrigação dos Agentes, inclusive a inexatidão de informações

prestadas ou de declarações feitas, acarretará, observada a sua gravidade e a critério da

FINAME, a sua suspensão por prazo determinado ou a perda de sua qualidade de Agente

Financeiro da FINAME, sem prejuízo da aplicação das cominações previstas neste e em

outros instrumentos e das que forem determinadas pelo Banco Central do Brasil, ao qual

será o fato comunicado (BNDES, 2013).

2.3.2.2 Tributação

2.3.2.2.1 Principais impostos pagos pelas empresas

Os principais impostos pagos pelas empresas são:

IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - São duas as principais hipóteses de

ocorrência de cobrança do IPI. Na importação, o desembaraço aduaneiro de produtos de

procedência estrangeira e na operação interna, a saída de produto de estabelecimento

industrial. O importador, o industrial, o estabelecimento equiparado a industrial e os que

consumirem ou utilizarem em outra finalidade são obrigados ao pagamento do imposto

25

como contribuinte. As alíquotas de cobrança do IPI são várias e estão presentes na Tabela

de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Receita Federal do Brasil, 2014).

Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e PIS/Pasep

(Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor

Público) - Estas duas contribuições possuem regras bastante similares, variando conforme

seus contribuintes sejam pessoas jurídicas de direito privado, público ou contribuintes

especiais, tais como instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos,

sindicatos e templos. Ambos tributos apresentam três hipóteses de incidência distinta: o

faturamento de receitas, para pessoas jurídicas de direito privado; o pagamento da folha de

salários, para entidades de relevância social determinadas em lei; a arrecadação mensal de

receitas correntes e o recebimento mensal de recursos, para entidades de direito público.

Para a forma de tributação não cumulativa, a base de cálculo é o total das receitas da

pessoa jurídica, sem deduções em relação a custos, despesas e encargos. Nesse regime,

as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins são, respectivamente, de 0,65%

e de 3%. Para a forma de tributação cumulativa, é permitido o desconto de créditos

apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. Nesse regime, as

alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins são, respectivamente, de 1,65% e

de 7,6% (Receita Federal do Brasil, 2014).

CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) - Estão sujeitas ao pagamento da

CSLL as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas equiparadas, domiciliadas no País. A

alíquota da CSLL é de 9% (nove por cento) para as pessoas jurídicas em geral, e de 15%

(quinze por cento), no caso das pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras, de

seguros privados e de capitalização. A apuração da CSLL deve acompanhar a forma de

tributação do lucro adotada para o IRPJ. Aplicam-se à CSLL no que couberem, as

disposições da legislação do imposto sobre a renda referentes à administração, ao

lançamento, à consulta, à cobrança, às penalidades, às garantias e ao processo

administrativo, mantidas a base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação da referida

contribuição (Receita Federal do Brasil, 2014).

IRPJ (Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica) - São contribuintes e, portanto,

estão sujeitos ao pagamento do IRPJ, as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas

equiparadas, domiciliadas no País. Elas devem apurar o IRPJ com base no lucro, que pode

ser real, presumido ou arbitrado. A alíquota do IRPJ é de 15% (quinze por cento) sobre o

lucro apurado, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 /

mês. As alíquotas do imposto de renda em vigor desde o ano-calendário 1996 são as

26

seguintes: 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado apurado pelas

pessoas jurídicas em geral, seja comercial ou civil o seu objeto; 6% (seis por cento) sobre o

lucro inflacionário acumulado até 31 de dezembro de 1987, das empresas concessionárias

de serviços públicos de energia elétrica e telecomunicações, das empresas de saneamento

básico e das empresas que exploram a atividade de transporte coletivo de passageiros,

concedida ou autorizada pelo poder público e com tarifa por ele fixada, realizado no período

de apuração (trimestral ou anual) do imposto (Receita Federal do Brasil, 2014).

INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) - Abrangem diversas contribuições

cobradas de empresas ou entidades equiparadas à empresa pela legislação. Em regra, a

contribuição incide sobre a folha de pagamento, porém, alguns contribuintes estão sujeitos à

incidência da contribuição previdenciária sobre a receita, como é o caso do produtor rural

pessoa jurídica, da agroindústria, da associação desportiva que mantém equipe de futebol

profissional, além das empresas abrangidas pela Lei nº 12.546, de 2011. Empresas pagam

20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a

qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhes

prestam serviços. Tratando-se de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de

desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, de financiamento ou de

investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de

títulos ou de valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de

crédito, empresas de seguros privados ou de capitalização, agentes autônomos de seguros

privados ou de crédito e entidades de previdência privada abertas ou fechadas, é devida a

contribuição adicional de 2, 5% (dois e meio por cento) incidente sobre a remuneração dos

segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais. Para atividades

com risco declarado, haverá acréscimo de 1% (risco leve), 2% (risco médio) ou 3% (risco

grave) incidente sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer

título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhes prestam

serviços, para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência

de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Ainda há

empresas que pagam 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou

do recibo de prestação de serviços, relativamente aos serviços que lhes são prestados por

cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho, para fatos geradores ocorridos a

partir de 1° de março de 2000 (Receita Federal do Brasil, 2014).

27

2.3.2.2.2 Impostos que podem incidir sobre empresas

A seguir, segue lista de impostos que podem incidir sobre empresas, conforme

enquadramento do seu ramo de atividade:

1. AFRMM (Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante).

2. ATA (Adicional de Tarifa Aeroportuária).

3. FNDCT (Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico).

4. FNDE (Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

5. Contribuição ao Funrural.

6. INCRA (Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma

Agrária).

7. SAT (Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho).

8. Sebrae (Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa).

9. SENAC (Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial).

10. SENAT (Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes).

11. SENAI (Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial).

12. SENAR (Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural).

13. SESI (Contribuição ao Serviço Social da Indústria).

14. SESC (Contribuição ao Serviço Social do Comércio).

15. SESCOOP (Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo).

16. SEST (Contribuição ao Serviço Social dos Transportes).

17. Contribuição Confederativa Patronal.

18. CIDE (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico).

19. CRPB (Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta).

20. Contribuição Sindical Patronal.

21. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do

FGTS.

22. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA,

CRECI, CORE, etc.).

23. FAER (Fundo Aeroviário).

24. FISTEL (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações).

28

25. FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

26. FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações).

27. Fundaf (Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das

Atividades de Fiscalização).

28. Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações).

29. IE (Imposto sobre a Exportação).

30. II (Imposto sobre a Importação).

31. IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores).

32. IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).

33. ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural).

34. IOF (Imposto sobre Operações de Crédito).

35. ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza).

36. Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro.

37. Taxa de Coleta de Lixo.

38. Taxa de Combate a Incêndios.

39. Taxa de Conservação e Limpeza Pública.

40. TCFA (Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental).

41. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos.

42. Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas.

43. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária.

44. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo.

45. Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e

Radioativos e suas instalações.

46. Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal.

47. Taxa de Pesquisa Mineral.

48. TSA (Taxa de Serviços Administrativos).

49. Taxa de Serviços Metrológicos.

50. Taxa de Utilização de Selo de Controle.

51. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)

52. Taxa de Outorga e Fiscalização (Energia Elétrica).

53. Taxa de Outorga (Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários).

54. ANS (Taxas de Saúde Suplementar).

55. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais).

56. Taxas Judiciárias.

29

57. CADE (Taxas Processuais do Conselho Administrativo de Defesa Econômica)

(Portal Tributário, 2014).

2.3.2.2.3 Produtos com maior percentual de tributação

A seguir, na tabela 1, lista com os 50 produtos com maior carga tributária do País:

Tabela 1: Os 50 produtos com maior carga tributária

Fonte: ECONOMIA TERRA, 2013

2.4 Comparação entre os principais custos – mão de obra e

matéria prima

2.4.1 Mão de obra

O atual cenário da economia brasileira combina baixos níveis de crescimento e de

investimento com inflação elevada. Esses fatores estão interligados e são sinais de

30

saturação do atual modelo de crescimento suportado exclusivamente no aumento da

demanda por bens e serviços. São os elevados custos de produção e baixa produtividade

que preocupam as empresas brasileiras. Enfim, custo de mão de obra, o principal item na

estrutura de custos da maioria das empresas. Nos últimos anos, a taxa de desemprego caiu

aos níveis mais baixos da história do Brasil, os salários cresceram de forma acelerada. Caso

o crescimento dos salários tivesse sido acompanhado pelo aumento da produtividade, não

haveria elevação de custos. Mas este não foi o caso, pelo contrário. A FIGURA 1, a seguir,

mostra que o custo da hora de trabalho, em termos reais, passou a crescer de forma

acelerada depois de 2010, enquanto a produtividade passou para o campo negativo. Isso

quer dizer que o custo de produção no Brasil aumentou não só por conta do crescimento

dos salários, mas também porque passou a ser necessário mais horas de trabalho para

produzir o mesmo produto (SISTEMA FIRJAN, 2013).

Fonte: SISTEMA FIRJAN, 2013

FIGURA 1: Custo da hora x Produtividade do trabalho

Em 2011 e 2012, o CUT (Custo Unitário do Trabalho) da indústria brasileira

disparou, acumulando crescimento de 11,3%. Em 2012, o avanço foi de 7,2%. Esses

números contrastam com o recuo de 1,4% observado entre 2004 e 2007, período que

antecedeu as movimentações bruscas do indicador por conta da crise mundial. A FIGURA 2

mostra essas variações:

31

FIGURA 2: Custo unitário do trabalho real Fonte: SISTEMA FIRJAN, 2013

Na prática, o aumento do CUT significa redução da competitividade dos produtos

brasileiros frente aos concorrentes internacionais, uma vez que, com custos de produção

maiores, mais caro ficará o produto final. A comparação com outros países não deixa

dúvidas quanto a isso. Como mostra a FIGURA 3, entre as maiores economias mundiais, o

Brasil foi a única a apresentar crescimento real do CUT no período 2004/2011: 6,0%, ante

recuo de 14,6% das demais, em média:

Fonte: SISTEMA FIRJAN, 2013

FIGURA 3: Crescimento do CUT no mundo

Esses dados ratificam a importância de políticas voltadas ao aumento da

produtividade do trabalho no Brasil. Isso passa por maiores investimentos em educação,

pesquisa e desenvolvimento, tecnologia, além de maior abertura comercial. Por sua vez, a

redução do custo da hora trabalhada passa pela modernização das leis trabalhistas

brasileiras, consolidadas há 70 anos, mas que em muitos pontos não mais atendem a

32

realidade do mercado de trabalho do século XXI. É preponderante a busca pela valorização

da negociação entre empresas e trabalhadores. Uma redução do CUT é essencial para o

aumento da competitividade da economia brasileira, com implicações diretas sobre o

aumento da atividade produtiva, a geração de emprego, o crescimento econômico, a

contenção da inflação e a melhora das contas externas (SISTEMA FIRJAN, 2013).

A FIGURA 4 mostra o Custo do Unitário do Trabalho nos anos de 2011 e 2012, em

alguns setores de produção da economia brasileira:

Fonte: SISTEMA FIRJAN, 2013

FIGURA 4: Custo Unitário do Trabalho Real em 2011/2012

2.4.2 Matéria Prima

O alto custo da matéria-prima é, hoje, um dos três maiores problemas enfrentados

pelas indústrias. A principal dificuldade relatada pelas empresas é a elevada carga tributária.

33

Os preços das matérias-primas foram apontados como um dos principais problemas pelos

setores mais dependentes das cotações internacionais de commodities: refino de petróleo,

alimentos, matérias plásticas e químicas. Para o grupo das pequenas e médias empresas, o

segundo maior problema é a competição acirrada de mercado. Isso mostra o quanto esses

custos podem impactar no aumento de preços e fabricação de produtos nacionalmente

(SISTEMACNI, 2012).

34

3 METODOLOGIA

Segundo LAKATOS E MARCONI (2003), metodologia científica pode ser classificada

como um estudo dos instrumentos ou métodos necessários para a elaboração de um

trabalho acadêmico ou científico. É um conjunto de técnicas e processos empregados para

a pesquisa e a formulação de uma produção científica.

Como cita GERHARDT e SILVEIRA (2009), os tipos de pesquisas podem ser

classificados conforme:

a) Abordagem – pesquisa qualitativa: o foco não é a representatividade numérica e

sim a compreensão de um grupo social, uma organização; pesquisa quantitativa:

a tendência é focar o raciocínio dedutivo, as regras lógicas e os atributos

mensuráveis da experiência humana;

b) Natureza – pesquisa básica: visa a geração de novos conhecimentos, úteis ao

avanço da Ciência, sem aplicação prática prevista; pesquisa aplicada: tem por

objetivo gerar conhecimentos para aplicação prática, direcionados à solução de

problemas específicos;

c) Objetivos – pesquisa exploratória: objetiva proporcionar maior familiaridade com

o problema, tornando-os mais explícitos; pesquisa descritiva: objetiva descrever

os fatos e fenômenos de uma determinada realidade; pesquisa explicativa:

procura-se identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência

dos fenômenos;

d) Procedimentos – pesquisa experimental: busca a formulação exata do problema

e hipóteses que determinam as variáveis precisas que atuam no fenômeno

estudado; pesquisa bibliográfica: é realizada a partir de referências teóricas já

estudadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos; pesquisa documental:

segue a mesma linha da pesquisa bibliográfica, recorrendo a fontes mais

diversificadas como tabelas estatísticas, filmes, cartas etc.; pesquisa de campo:

caracteriza-se pelas investigações em que se realiza a coleta de dados junto a

pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa.

De acordo com as classificações, este estudo está enquadrado em:

35

e) Quanto à abordagem é um estudo quantitativo, pois pretende compreender as

dificuldades de adaptações ao índice de nacionalização de peças nas

organizações;

f) Quanto à natureza é uma pesquisa aplicada, pois visa obter conhecimentos

práticos para solução dos problemas de adaptação ao índice de nacionalização

de peças;

g) Quanto aos objetivos é uma pesquisa explicativa, pois procura identificar os

fatores que levam algumas empresas a terem dificuldades de adaptação ao

índice de nacionalização de peças;

h) Quanto aos procedimentos, o estudo está dividido em duas etapas: estudo

bibliográfico, pois foram utilizadas referências bibliográficas já estudadas, por

meios escritos e eletrônicos; estudo de campo, pois será realizada a coleta de

dados com agentes que ofertam o financiamento FINAME, com representantes

de empresas que necessitam do financiamento para a compra de máquinas e

equipamentos e empresas que fabricam as máquinas e equipamentos para

comercialização. O estudo de campo será caracterizado pelo estudo de caso,

pois é a forma mais adequada e acessível para o caso analisado, oferecendo

muitas fontes de dados para subsidiar a pesquisa, e facilidade de acesso aos

dados para uma análise mais detalhada.

36

4 RESULTADOS OBTIDOS

Esse é um estudo de caso feito sobre quatro empresas e um banco: empresa A,

empresa B, empresa C, empresa D e banco A, que por motivos de sigilo de informações,

não autorizaram a divulgação do nome fantasia ou razão social que os representam no

mercado. O estudo de caso tem por objetivo analisar as operações do FINAME sob quatro

situações: a empresa que solicita o financiamento, ou seja, consumidor final dos

equipamentos que devem possuir o índice de nacionalização em peso e valor, e que está

adquirindo equipamento “F - Finamizável”; a empresa que está adquirindo equipamento

“FCC – Finamizável Caso a Caso”; a empresa que fabrica um equipamento “F -

Finamizável”, e, portanto, já conseguiu junto ao BNDES que seu equipamento seja aprovado

automaticamente, sem necessidade de nova análise para o mesmo equipamento e a

empresa que fabrica um equipamento “Finamizável Caso a Caso”, que deve realizar todos

os procedimentos para fazer com que seu equipamento seja aprovado pelo BNDES, e assim

seja financiável aos clientes do FINAME.

4.1 Empresas que solicitam o FINAME

A empresa A, que desde 1984, atua no ramo de transportes rodoviários de cargas

para todo o território nacional, é uma empresa de médio porte, localizada em Campinas/SP,

com cerca de cem funcionários e forte atuação no mercado de transportes de carga, sendo

referência na região metropolitana de Campinas/SP. A empresa A necessitou fazer a

aquisição de um novo caminhão e dirigiu-se ao banco A para solicitar o financiamento Bens

de Capital – Comercialização – Aquisição de ônibus e Caminhões, por se tratar de linha de

financiamento do FINAME com a menor taxa do mercado para este fim e ótimas condições

de pagamento. Nesse caso, a empresa pesquisou no mercado, os caminhões desejados e

dentre as opções escolhidas, selecionou a que se enquadrava no padrão “F - Finamizável”,

mediante consulta dos equipamentos ao site do BNDES, que por meio de um código

específico, classifica todos os equipamentos em “F - Finamizável”, quando um equipamento

é produzido e vendido em larga escala e já possui um padrão de fabricação, e por isso não

37

precisa ser avaliado a cada comercialização de um equipamento; ou “FCC – Finamizável

Caso a Caso”, quando um equipamento é produzido de forma específica, ou seja, a

produção desse equipamento deve atender a necessidades específicas de uma

determinada empresa, e devido a essa sazonalidade, deve ser analisado pelo BNDES para

ser enquadrado nos itens financiáveis pelo FINAME.

Após o enquadramento do equipamento nos padrões FINAME, a empresa A

apresentou toda a documentação solicitada pelo banco A, que envolve a comprovação do

enquadramento nas regras do FINAME, nas regras de concessão de crédito do banco A,

capacidade de pagamento e avaliação da garantia (equipamento) pelo banco A. A empresa

também recebe uma visita do banco A para verificação da compatibilidade do equipamento

à atividade fim da empresa, se não houver relação direta do equipamento à atividade da

empresa e justificativas muito plausíveis à necessidade de sua aquisição, o financiamento é

negado. Com a documentação analisada e o crédito aprovado, o banco A fornece o contrato

para assinatura da operação e transfere o valor do financiamento ao agente concessor do

equipamento.

A empresa B, com dez anos de atuação no ramo alimentício, fornecendo produtos a

grandes empresas no ramo alimentício, focada em carnes brancas, vermelhas, embutidos,

empanados, etc. É uma empresa que está em evolução, de médio a grande porte, situada

em Campinas/SP e com cerca de duzentos funcionários em seu quadro funcional. A

empresa B, para expandir e otimizar sua produção necessitou de um equipamento

específico (máquina de grande porte para operações de resfriamento), produzido por uma

empresa que fabrica equipamentos “FCC – Finamizável Caso a Caso”, sob demanda

puxada, com especificações adequadas à empresa B. No caso da empresa B, o

financiamento Bens de Capital – Comercialização – Aquisição de Bens de Capital se fez

necessário, pelas ótimas condições do financiamento e pela situação da empresa, que é de

desenvolvimento e investimento, mas que pela necessidade específica, deve seguir os

padrões de produtos enquadrados na situação “FCC – Finamizável Caso a Caso”. Nesse

caso, a empresa fabricante de equipamentos “FCC – Finamizável Caso a Caso” deve

comprovar ao BNDES, o índice de nacionalização do equipamento, em peso e valor, por

meio de preenchimento de planilhas que descrevem cada componente usado em sua

fabricação, desde parafusos e colas, a chapas de grande porte. Devem ser encaminhados

ao BNDES, fotos, laudos técnicos, que comprovem as informações constantes nas

planilhas. O BNDES pode solicitar, a qualquer momento, a seu critério, documentos

complementares, para ajuda na análise do equipamento em questão.

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Se a empresa fabricante de equipamentos “FCC – Finamizável Caso a Caso” tiver

seu equipamento considerado apto pelo BNDES à utilização, este enviará uma comunicação

ao banco A autorizando a continuidade da operação. Após a autorização, a empresa B deve

seguir todos os padrões exigidos pelo banco A, já citados anteriormente, para concessão do

financiamento desejado.

4.2 Empresas que fabricam os equipamentos

A empresa D é uma grande empresa, multinacional, do ramo automobilístico, atuante

há 61 anos no Brasil, líder de mercado em fabricação de carros populares, está entre as

cinco maiores montadoras do país. No ramo de fabricação de caminhões, a montadora tem

atuação mais recente, com cerca de dez anos de participação nesse nicho de clientes. A

fábrica e o centro de desenvolvimento de caminhões e ônibus ficam em Resende/RJ e tem

cerca de 4,5 mil colaboradores, onde, além da fabricação, é um espaço de pesquisa e

criação de novos modelos para a montadora, desenvolvimento de novas tecnologias

aplicadas aos produtos.

A empresa D fabrica modelos de caminhões “F - Finamizáveis” e em um estudo

sobre o atendimento ao nível de índice de nacionalização mínimo exigido pelo BNDES,

foram encontradas as seguintes dificuldades:

A Fábrica trabalha com o conceito de gestão consórcio modular, ou seja, os

parceiros são responsáveis pela execução das operações ao longo da linha de montagem.

Desta forma cada parceiro deve também especificar os processos, ferramentas e controles

utilizados. Com essa configuração, o caminhão é montado pelos parceiros, que se tornam

muito mais que fornecedores. A FIGURA 5 ilustra o sistema de consórcio modular citado:

39

Fonte: MAN LATIN AMERICA, 2009

FIGURA 5: Consórcio Modular

Com este modo de gestão, a parceria deve estar muito solidificada, pois, para o

desenvolvimento de novos modelos, deve-se adquirir grande confiança no sigilo que esses

parceiros manterão, afinal, na maioria dos casos, essas empresas também são

fornecedoras de concorrentes da empresa D. Existem problemas com falta de peças e

peças com baixa qualidade, acarretando em veículos montados, aguardando a chegada de

componentes. Há, também, insatisfação com o sistema de remuneração adotado pela

empresa D no pagamento aos seus parceiros.

A empresa C é uma empresa de médio porte, fundada em 1989, com sede em São

José dos Campos/SP, atua no setor de fabricação de máquinas de sorvete de pequeno,

médio e grande porte. É a primeira empresa a projetar equipamentos de grande porte,

genuinamente nacionais. A grande necessidade dos clientes da empresa C, clientes muito

específicos, fez com que a empresa criasse uma nova forma de fabricação de equipamentos

de grande porte. Os produtos são feitos em parceria, por serem máquinas que envolvem

estudo específico das necessidades do cliente e fabricação sob encomenda.

A empresa C tem uma linha de equipamentos de grande porte, que busca, em seu

projeto de melhoria contínua e pesquisa, apoio de órgãos de fomento à inovação

tecnológica e parceiros da indústria que estiverem interessados. É interesse da empresa

que os equipamentos sejam aptos a serem financiados pelas linhas de financiamento do

FINAME, mas por seguir demandas muito específicas de clientes para cada produção de

equipamento, as máquinas se enquadram no caso “FCC – Financiamento Caso a Caso”.

Essa linha está em constante inovação, por isso a necessidade de investimento

pesado em inovação e tecnologia, para ter essa linha como ponto de partida para se

40

enquadrar a níveis mundiais de qualidade. A indústria mundial difere-se da indústria

brasileira no setor porque as matérias primas encontradas no Brasil exigem muito mais dos

equipamentos, pois possuem ingredientes típicos de cada região e sua composição

apresenta maior dificuldade de congelamento. Outros fatores dificultadores são o clima

brasileiro e as condições de operação que exigem do equipamento, um funcionamento

muito além das condições normais, isso não acontece com equipamentos importados, pois

são projetados para ambientes climatizados e condições industriais garantidas.

A linha produz picolés de forma completamente automatizada, que devem atender a

padrões internacionais de higiene e segurança. O equipamento é controlado por uma central

computadorizada que avisará quando será necessário abastecer cada seção. A operação é

muito simples e exige pouquíssima mão de obra. Indústrias de médio e grande porte podem

contar com uma solução avançada na produção de picolés, a custos muito inferiores aos

equipamentos similares no mercado. Portanto, seus grandes desafios na produção de cada

equipamento solicitado pelo cliente são: a busca da inovação e tecnologia, para estar

sempre com equipamentos de ponta frente ao mercado nacional e internacional; mão de

obra qualificada para ajudar na fabricação, e principalmente no âmbito da pesquisa e

desenvolvimento; peças nacionais qualificadas, tanto para enquadramento nas linhas de

financiamento do FINAME, quanto para lidar com as peculiaridades do mercado nacional de

sorvetes (clima, condições de operação, etc.) e comprovar ao BNDES, a cada solicitação de

cliente que deseja utilizar um financiamento do FINAME, o índice de nacionalização exigido,

que deve ser mostrado com descrição completa de cada componente utilizado na fabricação

do equipamento.

41

5 CONCLUSÃO

Conforme constatado no estudo de caso envolvendo as quatro empresas analisadas,

o índice de nacionalização de peças, tanto em peso, quanto em valor, traz problemas de

adaptação de grandes proporções, ou proporções diretas, e também de pequenas

proporções, ou proporções indiretas. Já era previsto que fossem encontrados problemas

que aparentemente são recorrentes para as empresas, de um modo geral, no âmbito

nacional, como forte carga de tributação e burocracia. A questão é que também foram

encontrados outros problemas, alguns que são básicos ao desenvolvimento econômico e

sustentável de uma sociedade, de empresas, enfim, de uma nação que cresce e pretende

ser uma potência econômica mundial.

Problemas graves de investimento em pesquisa, desenvolvimento, tecnologia e

inovação; treinamento e qualificação de mão de obra; que possam trazer ao país, e em

especial às empresas, vantagem competitiva sob a ótica da inovação, da tecnologia

avançada em relação a outros países, e não só as potências mundiais, mas os emergentes,

como China e Índia.Para as empresas é muito complicado conseguir alcançar o índice

mínimo de nacionalização de peças, quando o processo inicial que é pautado em inovação e

tecnologia já é falho, ou seja, evolui, mas em uma velocidade muito aquém da necessidade

que o mercado precisa para atender suas demandas, tanto nacionais, como internacionais.

Não bastando os problemas na fase inicial do processo, com inovação e tecnologia,

quando a empresa decide fabricar as peças que necessita ou se adaptar às peças

existentes no país para conseguir alcançar o índice de nacionalização de peças, se depara

com custos altos de fabricação, principalmente com mão de obra e fornecedores, ou então,

com peças com valor alto em comparação ao mercado internacional, pois além desses

problemas, que são gerais no mercado brasileiro, encontram fortes problemas com

tributação, tanto na fabricação de peças, quanto no produto acabado para comercialização.

A mão de obra no país também apresenta problemas graves, pois o cenário mostra

uma elevação crescente do custo unitário da mão de obra de produção do país em relação a

outros países do cenário mundial. O alto custo de vida do país, aliado a impostos, tanto

sobre a produção, quanto sobre o empregado, faz com que empresas optem por importar

mercadoria, mais baratas e muitas vezes de qualidade superior. Isso mostra que um

42

problema leva a outro, e a outro, e isso acaba se tornando uma redundância horrível ao

mercado brasileiro e ao desenvolvimento interno do país.

Portanto, todos os problemas citados devem ser tratados com máxima urgência, com

iniciativas que partam tanto da iniciativa pública, quanto da iniciativa privada, pois os

problemas encontrados não são problemas de simples resolução, e sim, problemas de

grande complexidade, que requerem a atenção dos setores públicos e privados. O

desenvolvimento e as pesquisas devem ser incentivados fortemente, não só em

universidades públicas, mas também maciçamente em universidades privadas e empresas,

as quais o governo federal deve apoiar, com todos os recursos necessários, para que o

mercado brasileiro não viva de lampejos, como acontece na nossa atual realidade. Uma

reforma tributária, mesmo que pareça utopia, traria muitos benefícios diretos e indiretos, pois

com uma carga tributária menor, muito se sobraria para reduzir o custo em todas as esferas

da produção, e assim, poder realizar um maior investimento em qualificação da mão de

obra, em salários que atraiam as mentes pensantes para as empresas, expandir os

horizontes da pesquisa, desenvolvimento, tecnologia e inovação, podendo fabricar peças

com a tecnologia semelhante ao mercado internacional, e principalmente, com preços

competitivos.

Esta pesquisa foi o começo de um trabalho que pode ser realizado com dedicação

exclusiva, para apontar soluções decisivas para cada problema citado. Na verdade, os

problemas encontrados e citados, são macro problemas, que se estudados a fundo, podem

remeter a muitos outros micro problemas, que provavelmente ocasionam essas dificuldades

que as empresas têm em se adaptar ao índice de nacionalização de peças do FINAME.

Uma pesquisa futura, em que possa ser empregados, mais tempo e dedicação, podem

trazer soluções específicas para os problemas citados, que são recorrentes à maioria das

empresas. Alguns problemas são de esfera federal, de governo, e demandam soluções que

não dependem apenas do pesquisador. Mas com pesquisas de campo a empresas que

sofrem para utilizar peças nacionais em seus equipamentos, provavelmente, muitas

soluções novas e úteis poderiam ser trazidas em benefício às empresas, sociedade e

governo.

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REFERÊNCIAS

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