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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Arnaldo foi procurado por sua irmã Zulmira, que lhe ofereceu R$ 1 milhão
para adquirir o apartamento que ele possui na orla da praia. Receoso, no
entanto, que João, o locatário que atualmente ocupa o imóvel e por quem
Arnaldo nutre profunda antipatia, viesse a cobrir a oferta, exercendo seu
direito de preferência, propôs a Zulmira que constasse da escritura o
valor de R$ 2 milhões, ainda que a totalidade do preço não fosse
totalmente paga. Realizado nesses termos, o negócio:
A) pode ser anulado no prazo decadencial de dois anos, em virtude de
dolo.
B) é viciado por erro, que somente pode ser alegado por João.
C) é nulo em virtude de simulação, o que pode ser suscitado por qualquer
interessado.
D) é ineficaz, em razão de fraude contra credores, inoponíveis seus
efeitos perante João.
1. Das Obrigações de dar coisa certa
2. Artigos 233 a 246 do Código Civil
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Perda do bem antes da tradição
Com culpa do devedor
Sem culpa do devedor
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Artigo 233
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os
acessórios dela embora não mencionados, salvo
se o contrário resultar do título ou das
circunstâncias do caso.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Artigo 234 do Código Civil
“Se no caso do artigo antecedente, a coisa se
perder, sem culpa do devedor, antes da
tradição, ou pendente a condição suspensiva,
fica resolvida a obrigação para ambas as
partes; se a perda resultar de culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente e mais perdas
e danos”.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Antônio, vendedor, celebrou contrato de compra e venda comJoaquim, comprador, no dia 1º de setembro de 2016, cujoobjeto era um carro da marca X no valor de R$ 20.000,00,sendo o pagamento efetuado à vista na data de assinatura docontrato. Ficou estabelecido ainda que a entrega do bem seriafeita 30 dias depois, em 1º de outubro de 2016, na cidade doRio de Janeiro, domicílio do vendedor. Contudo, no dia 25 desetembro, uma chuva torrencial inundou diversos bairros dacidade e o carro foi destruído pela enchente, com perda total.Considerando a descrição dos fatos, Joaquim:
A) não faz jus à devolução do pagamento de R$ 20.000,00.
B) terá direito à devolução de 50% do valor, tendo em vista queAntônio, vendedor, não teve culpa.
C) terá direito à devolução de 50% do valor, tendo em vista queAntônio, vendedor, teve culpa.
D) terá direito à devolução de 100% do valor, pois ainda nãohavia ocorrido a tradição no momento do perecimento do bem.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
1. Obrigação de dar coisa incerta
“A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo
gênero e pela quantidade.”
A escolha pertence ao devedor, se nada estiver
estipulado no contrato, no entanto, ele não
poderá dar coisa pior nem melhor (Cf. art. 244
do CC)
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
OBRIGAÇÃO DE ENTREGA DE COISA
INCERTA
Ato de concentração = escolha
A escolha é do devedor
Não é obrigado a dar coisa melhor nem pior
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Obrigações cumulativas ou conjuntivas
Ligados pela conjunção “e”
Exemplo: entrega do veículo e da moto
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Obrigações alternativas ou disjuntivas
Ligados pela disjuntiva “ou”
Exemplo: entrega do veículo ou da moto
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Obrigações facultativas
Existem duas obrigações, mas o devedor exonera-se de
uma obrigação, cumprindo apenas uma delas.
Exemplo: entrega do carro, MAS se entregar a moto, a
obrigação está cumprida.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
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1. No dia 2 de agosto de 2014, Teresa celebrou contrato de compra e
venda com Carla, com quem se obrigou a entregar 50
computadores ou 50 impressoras, no dia 20 de setembro de 2015.
O contrato foi silente sobre quem deveria realizar a escolha do bem
a ser entregue. Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa
correta.
A) Trata-se de obrigação facultativa, uma vez que Carla tem a
faculdade de escolher qual das prestações entregará a Teresa.
B) Como se trata de obrigação alternativa, Teresa pode se liberar da
obrigação entregando 50 computadores ou 50 impressoras, à sua
escolha, uma vez que o contrato não atribuiu a escolha ao credor.
C) Se a escolha da prestação a ser entregue cabe a Teresa, ela
poderá optar por entregar a Carla 25 computadores e 25
impressoras.
D) Se, por culpa de Teresa, não se puder cumprir nenhuma das
prestações, não competindo a Carla a escolha, ficará aquela
obrigada a pagar somente os lucros cessantes.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Art. 237 do Código Civil
Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os
seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá
exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o
devedor resolver a obrigação.
Depois de individualizada a coisa, passa a ser coisa
certa.
Antes da escolha, o devedor não poderá alegar perda ou
deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso
fortuito.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Artigos 247 a 249 do Código Civil
Conceito
Serviço ou ato positivo (material ou imaterial)
“Astreinte”
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO DE FAZER
Obrigação de fazer de natureza infungível (“facere”)
“Intuitu personae”
As qualidades da pessoa devem ser consideradas frente
à execução da obrigação.
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ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO DE FAZER
Obrigação de fazer de natureza fungível
Pode ser realizada por terceiro
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
ATENÇÃO
Aplica-se tanto na obrigação de fazer quanto na de não
fazer:
Art. 248 do Código Civil:
“Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa
do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele,
responderá por perdas e danos.”
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
2. A peça Liberdade, do famoso escultor Lúcio, foi vendida para a Galeria da Vincipela importância de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Ele se comprometeu aentregar a obra dez dias após o recebimento da quantia estabelecida, que foipaga à vista. A galeria organizou, então, uma grande exposição, na qual aprincipal atração seria a escultura Liberdade. No dia ajustado, quando dirigiaseu carro para fazer a entrega, Lúcio avançou o sinal, colidiu com outro veículo,e a obra foi completamente destruída. O anúncio pela galeria de que a peça nãoseria mais exposta fez com que diversas pessoas exercessem o direito derestituição dos valores pagos a título de ingresso. Sobre os fatos narrados,assinale a afirmativa correta.
A) Lúcio deverá entregar outra obra de seu acervo à escolha da Galeria da Vinci,em substituição à escultura Liberdade.
B) A Galeria da Vinci poderá cobrar de Lúcio o equivalente pecuniário da esculturaLiberdade mais o prejuízo decorrente da devolução do valor dos ingressosrelativos à exposição.
C) Por se tratar de obrigação de fazer infungível, a Galeria da Vinci não poderámandar executar a prestação às expensas de Lúcio, restando-lhe pleitearperdas e danos.
D) Com o pagamento do preço, transferiu-se a propriedade da escultura para aGaleria da Vinci, razão pela qual ela deve suportar o prejuízo pela perda dobem.
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OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Artigos 250 e 251 do Código Civil
Conceito
Abstenção de ato
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
Impossibilidade de abstenção do fato, sem culpa do
devedor. Art. 250 do CC
Pela inexecução culposa do devedor. Artigo 251 do
Código Civil = indenização, acrescida de perdas e
danos.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Arlindo, proprietário da vaca Malhada, vendeu-a a
seu vizinho, Lauro. Celebraram, em 10 de janeiro de 2018,
um contrato de compra e venda, pelo qual Arlindo deveria
receber do comprador a quantia de R$ 2.500,00, no
momento da entrega do animal, agendada para um mês
após a celebração do contrato. Nesse interregno, contudo,
para surpresa de Arlindo, Malhada pariu dois bezerros.
Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) Os bezerros pertencem a Arlindo.
B) Os bezerros pertencem a Lauro.
C) Um bezerro pertence a Arlindo e o outro, a Lauro.
D) Deverá ser feito um sorteio para definir a quem
pertencem os bezerros.
Obrigações alternativas (artigos 252 a 256 do
Código Civil)
As obrigações alternativas são compostas
por vários objetos e possuem duas ou mais
prestações das qual somente uma será escolhida
pelo credor, para que seja satisfeito o
pagamento.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• A Escolha cabe ao devedor (Artigo 252 do Código Civil)
• Se houver impossibilidade de se cumprir todas as
prestações sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação.
Na impossibilidade do cumprimento das prestações, por
culpa do devedor, paga-se o valor da última coisa que
impossibilitou, acrescido de perdas e danos. (Artigos 254 e
256 do CC)
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Obrigações divisíveis e indivisíveis
Artigos 257 a 263 do Código Civil
As obrigações divisíveis pode dividir o objeto entre
vários sujeitos. As indivisíveis, por sua vez, não permite a
divisão do objeto, não sendo possível executá-lo por partes.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Obrigação solidária (artigos 264 a 285 do CC)
Artigo 264 do Código Civil
“Há solidariedade, quando na mesma obrigação
concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada
um com direito, ou obrigado, à dívida toda.”
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Artigo 265 do Código Civil
“A solidariedade não se presume; resultante da lei ou
da vontade das partes.”
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
André, Mariana e Renata pegaram um automóvel emprestado com
Flávio, comprometendo-se solidariamente a devolvê-lo em quinze
dias. Ocorre que Renata, dirigindo acima do limite de velocidade,
causou um acidente que levou à destruição total do veículo.
Assinale a opção que apresenta os direitos que Flávio tem diante
dos três.
A) Pode exigir, de qualquer dos três, o equivalente pecuniário do
carro, mais perdas e danos.
B) Pode exigir, de qualquer dos três, o equivalente pecuniário do
carro, mas só pode exigir perdas e danos de Renata.
C) Pode exigir, de cada um dos três, um terço do equivalente
pecuniário do carro e das perdas e danos.
D) Pode exigir, de cada um dos três, um terço do equivalente
pecuniário do carro, mas só pode exigir perdas e danos de Renata.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Artigo 279 do Código Civil
Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos
devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar
o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o
culpado.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
DOS CONTRATOS EM GERAL
Evicção – Arts. 447 a 457 do CC
Evicção é a garantia jurídica resultante da perda, por
força de decisão judicial, da coisa alienada.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Dá-se a evicção quando o adquirente perde a
propriedade, ou posse da coisa, em virtude de sentença
judicial que reconhece a outrem direito anterior sobre ela.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Resolução = consequência do inadimplemento contratual
= voluntário, involuntário ou por onerosidade excessiva.
• Resilição = extinção contratual pela vontade de um ou de
ambos os contratantes.
• Rescisão = modo específico de extinção de certos
contratos.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Em 05 de dezembro de 2016, Sérgio, mediante contrato de compra e
venda, adquiriu de Fernando um computador seminovo (ano 2014) da
marca Massa pelo valor de R$ 5.000,00. O pagamento foi integralizado à
vista, no mesmo dia, e foi previsto no contrato que o bem seria entregue
em até um mês, devendo Fernando contatar Sérgio, por telefone, para
que este buscasse o computador em sua casa. No contrato, também foi
prevista multa de R$ 500,00 caso o bem não fosse entregue no prazo
combinado. Em 06 de janeiro de 2017, Sérgio, muito ansioso, ligou para
Fernando perguntando pelo computador, mas teve como resposta que o
atraso na entrega se deu porque a irmã de Fernando, Ana, que iria trazer
um computador novo para ele do exterior, tinha perdido o voo e só
chegaria após uma semana. Por tal razão, Fernando ainda dependia do
computador antigo para trabalhar e não poderia entregá-lo de imediato a
Sérgio.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Acerca dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) Sérgio poderá exigir de Fernando a execução específica da obrigação
(entrega do bem) ou a cláusula penal de R$ 500,00, não podendo ser
cumulada a multa com a obrigação principal.
B) Sérgio poderá exigir de Fernando a execução específica da obrigação
(entrega do bem) simultaneamente à multa de R$ 500,00, tendo em vista
ser cláusula penal moratória.
C) Sérgio somente poderá exigir de Fernando a execução específica da
obrigação (entrega do bem), não a multa, pois o atraso foi por culpa de
terceiro (Ana), e não de Fernando.
D) Sérgio somente poderá exigir de Fernando a cláusula penal de R$
500,00, não a execução específica da obrigação (entrega do bem), que
depende de terceiro (Ana).
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Retrovenda: a retrovenda é o ajuste que o vendedor se
reserva o direito de voltar a ser o dono da coisa vendida,
depois de certo prazo, mediante restituição do preço mais as
despesas feitas pelo comprador, inclusive os melhoramentos
feitos no imóvel. (Cf. art. 505 do CC). Esta cláusula só vale
para bens imóveis, não podendo seu exercício ultrapassar o
prazo de três anos.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• Vício Redibitório
• Artigos 411 a 446 do Código Civil
• Ação “quanti minoris” ou “estimatória”
• Ação redibitória
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Preempção ou preferência: a preempção ou preferência é
uma cláusula em que o comprador se compromete a dar
preferência ao vendedor, na hipótese de pretender vender a
coisa a terceiros. (Artigo 513 do Código Civil)
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Reserva de domínio: por esta cláusula, que é utilizada nos
contratos e compra e venda a crédito, o comprador só
adquire o domínio da coisa determinada no contrato depois
de pagar integralmente o preço.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de Ricardo,
profissional liberal, um carro seminovo (30.000km) da marca Y pelo
preço de R$ 24.000,00. Ficou acertado que Ricardo faria a revisão de
30.000km no veículo antes de entregá-lo para Juliana no dia 23 de
janeiro de 2017. Ricardo, porém, não realizou a revisão e omitiu tal fato
de Juliana, pois acreditava que não haveria qualquer problema, já que,
aparentemente, o carro funcionava bem. No dia 23 de fevereiro de 2017,
Juliana sofreu acidente em razão de defeito no freio do carro, com a
perda total do veículo. A perícia demonstrou que a causa do acidente foi
falha na conservação do bem, tendo em vista que as pastilhas do freio
não tinham sido trocadas na revisão de 30.000km, o que era essencial
para a manutenção do carro.
42
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Considerando os fatos, assinale a afirmativa correta.
A) Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por
Juliana (perda total do carro), tendo em vista que o carro estava
aparentemente funcionando bem no momento da tradição.
B) Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a
ver com o acidente sofrido por Juliana.
C) Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, com a
perda total do carro, tendo em vista que o perecimento do bem foi devido
a vício oculto já existente ao tempo da tradição.
D) Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro,
tendo em vista que ela não foi realizada conforme previsto no contrato.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Troca ou permuta – art. 533 do CC
Trata-se de um contrato em que as partes se
obrigam a prestar uma coisa por outra, excluindo o dinheiro.
Não se pode devolver a diferença em dinheiro.
44
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Contrato estimatório ou de consignação (arts. 534 a 537
do CC): o consignante entre ao consignatário bens móveis
para que venda a mercadoria em um prazo e preço
estipulado, salvo se preferir no prazo ajustado, restituir-lhe a
coisa consignada.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Doação – arts. 538 e seguintes do CC
A doação é o contrato pelo qual o doador, por
liberalidade, transfere do seu patrimônio, bens ou
vantagens para o patrimônio do donatário, que os aceita.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Artigo 538 do Código Civil
“Considera-se doação o contrato em que uma
pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens
ou vantagens para o de outra.”
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
• O donatário pode aceitar ou não a doação.
• A doação será feita por escritura pública ou
particular.
• A doação pura feita a absolutamente incapaz
dispensa aceitação por parte do incapaz.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Artigo 544 do Código Civil
“A doação de ascendentes a descendentes, ou de
um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes
cabe por herança.”
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
5. Locação de coisas – arts. 565 e seguintes do CC
Locação de coisas é o contrato pelo qual uma das
partes se obriga a conceder à outra o uso e gozo de uma
coisa não fungível, temporariamente, mediante
remuneração.
50
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Empréstimo – arts 579 e seguintes do CC
Empréstimo é o contrato pelo qual uma das partes
entrega à outra coisa fungível ou infungível, com a
obrigação de restituí-la.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Comodato
O comodato é o contrato de empréstimo de coisa infungível. No
comodato, dá-se a tradição da coisa das mãos do comodante para as do
comodatário. O comodato é gratuito, pois se fosse oneroso, deixaria de
ser comodato e passaria a ser locação.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Felipe e Ana, casal de namorados, celebraram contrato de compra e
venda com Armando, vendedor, cujo objeto era um carro no valor de R$
30.000,00, a ser pago em 10 parcelas de R$ 3.000,00, a partir de 1º de
agosto de 2016. Em outubro de 2016, Felipe terminou o namoro com
Ana. Em novembro, nem Felipe nem Ana realizaram o pagamento da
parcela do carro adquirido de Armando. Felipe achava que a
responsabilidade era de Ana, pois o carro tinha sido presente pelo seu
aniversário. Ana, por sua vez, acreditava que, como Felipe ficou com o
carro, não estava mais obrigada a pagar nada, já que ele terminara o
relacionamento.
Armando procura seu(sua) advogado(a), que o orienta a cobrar
A) a totalidade da dívida de Ana.
B) a integralidade do débito de Felipe.
C) metade de cada comprador.
D) a dívida de Felipe ou de Ana, pois há solidariedade passiva.
53
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Mútuo
Mútuo é o contrato de empréstimo de coisas
fungíveis, mediante transferência da propriedade, da coisa
emprestada ao mutuário, operando-se a tradição.
54
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Paulo, João e Pedro, mutuários, contraíram empréstimo com Fernando,
mutuante, tornando-se, assim, devedores solidários do valor total de R$
6.000,00 (seis mil reais). Fernando, muito amigo de Paulo, exonerou-o
da solidariedade. João, por sua vez, tornou-se insolvente. No dia do
vencimento da dívida, Pedro pagou integralmente o empréstimo.
Considerando a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Pedro não poderá regredir contra Paulo para que participe do rateio
do quinhão de João, pois Fernando o exonerou da solidariedade.
B) Apesar da exoneração da solidariedade, Pedro pode cobrar de Paulo
o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais).
C) Ao pagar integralmente a dívida, Pedro se sub-roga nos direitos de
Fernando, permitindo-se que cobre a integralidade da dívida dos demais
devedores.
D) Pedro deveria ter pago a Fernando apenas R$ 2.000,00 (dois mil
reais), pois a exoneração da solidariedade em relação a Paulo importa,
necessariamente, a exoneração da solidariedade em relação a todos os
codevedores.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Prestação de serviços – arts. 593 e seguintes do CC
É o contrato que dispõe sobre toda espécie de
serviço ou trabalho executado a favor do contratante.
56
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Depósito – Arts. 627 e seguintes do CC
O depósito é considerado um contrato real, gratuito
(em princípio), através do qual uma pessoa confia a
guarda de bem móvel a outrem, durante certo tempo.
57
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Joaquim celebrou, por instrumento particular, contrato de mútuo com
Ronaldo, pelo qual lhe emprestou R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a
serem pagos 30 dias depois. No dia do vencimento do empréstimo,
Ronaldo não adimpliu a prestação. O tempo passou, Joaquim se
manteve inerte, e a dívida prescreveu. Inconformado, Joaquim pretende
ajuizar ação de enriquecimento sem causa contra Ronaldo.
Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) A ação de enriquecimento sem causa é cabível, uma vez que Ronaldo
se enriqueceu indevidamente à custa de Joaquim.
B) Como a ação de enriquecimento sem causa é subsidiária, é cabível
seu ajuizamento por não haver, na hipótese, outro meio de recuperar o
empréstimo concedido.
C) Não cabe o ajuizamento da ação de enriquecimento sem causa, pois
há título jurídico a justificar o enriquecimento de Ronaldo.
D) A pretensão de ressarcimento do enriquecimento sem causa
prescreve simultaneamente à pretensão relativa à cobrança do valor
mutuado.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Transação (Arts. 840 e seguintes do CC)
É um negócio jurídico bilateral por meio do qual as
partes previnem ou terminam relações jurídicas
controvertidas mediante concessões mútuas.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Tiago celebrou contrato de empreitada com a sociedade Obras Já Ltda.
para a construção de piscina e duas quadras de esporte em sua casa
de campo, pelo preço total de R$ 50.000,00. No contrato ficou
estabelecido que a empreiteira seria responsável pelo fornecimento dos
materiais necessários à execução da obra. Durante a obra, ocorreu uma
enchente que alagou a região e parte do material a ser usado na obra
foi destruída. A empreiteira, em razão disso, entrou em contato com
Tiago cobrando um adicional de R$ 10.000,00 para adquirir os novos
materiais necessários para terminar a obra.
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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Diante dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
A) Tiago não terá que arcar com o adicional de R$ 10.000,00, ainda
que a destruição do material não tenha ocorrido por culpa do devedor.
B) Tiago não terá que arcar com o adicional de R$ 10.000,00, porém a
empreiteira não está mais obrigada a terminar a obra, tendo em vista a
ocorrência de um fato fortuito ou de força maior.
C) Tiago terá que arcar com o adicional de R$ 10.000,00, tendo em
vista que a destruição do material não foi causada por um fato fortuito
ou de força maior.
D) Tiago terá que arcar com o adicional de R$ 10.000,00 e a
empreiteira não está mais obrigada a terminar a obra, ante a ocorrência
de um caso fortuito ou de força maior.