8/3/2019 Direito das Sucesses - Daniele Namorato
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Direito das Sucesses
[09/08/2011]
AVD I: Sucesso em geral & Sucesso legitima (at unio estvel)
AVD II: Sucesso testamentaria & Inventario/partilha
Bibliografia
Iussef Sahid CahariGiselda Hironaka (PDF)
Substituto processual Sucessor Substituto processual: Atua em nome prprio, tutelando direito ALHEIO. Ex.:MP Sucessor: Atua em nome prprio, tutelando direito PROPRIO.
Conceito de SucessoIndica a passagem, a transferncia de um direito de uma pessoa outra. atroca de titulares de um Direito, afastando-se uma pessoa da relao jurdica eem seu lugar ingressando outra que assume todas as obrigaes e direitos deseu antecessor.
- Rever a matria de Regime de bens, com nfase na diferena entre herdeiro
e meeiro.
Terminologia usada em Direito sucessrio
1. De cujus: o autor da herana, o inventariado. Tambm chamado desucedendo, falecido, antecessor ou finado. Era quem detinha a titularidade doespolio.
2. Herdeiro ou sucessor: aquele que recebe ou adquire os bens deixados
pelo de cujus.
LegtimosNecessrios: quando a lei assegura uma cota certa do montehereditrio.Testamentrios: se a sucesso decorreu de disposio testamentaria,ato de ultima vontade.Legatrios
3. Quinho hereditrio: a parcela da herana destinada ao sucessor.P
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PodemSer:
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(1/2) F1 F2 (1/2) - quinho
4. Legitima: Parcela da herana privativa aos herdeiros necessrios.
5. Disponvel: Parcela da herana que pode ser doada qualquer pessoa (ex.:
at mesmo mais parte para os filhos).
6. Ordem de vocao hereditria: a seqncia de pessoas ligadas aofalecido por laos de parentesco ou familiares que so eleitos pela lei comoherdeiros.
Art. 1.829.A sucesso legtima defere-se na ordem seguinte:
I aos descendentes, em concorrncia com o cnjuge sobrevivente, salvo secasado este com o falecido no regime da comunho universal, ou no daseparao obrigatria de bens (art. 1.640, pargrafo nico); ou se, no regime
da comunho parcial, o autor da herana no houver deixado bensparticulares;
Arts. 1.639 a 1.688 e 1.832 a 1.835 deste Cdigo.
- Hoje em dia, possvel o cnjuge receber aqui, a depender do regime debens.
II aos ascendentes, em concorrncia com o cnjuge;
Arts. 1.836 e 1.837 deste Cdigo.
- O cnjuge recebera independente do regime.
III ao cnjuge sobrevivente;
Arts. 1.838, 1.845 e 1.961 deste Cdigo.
IV aos colaterais.At o 4 grau.
Arts. 1.592 e 1.839 a 1.843 deste Cdigo.
Art. 1.603 do CC/1916.
Av
Pai Tio
Daniel Primo Filho do primo: colateral do Daniel em 5 grau, portanto no recebeherana, indo para o municpio
S vai para o grau abaixo, se no houver grau acima.
7. Herana: Trata-se de uma universalidade de direitos e obrigaes.Integram o acervo hereditrio todos os bens deixados pelo autor da herana(de cujus), sejam bens moveis, imveis ou qualquer outra relao jurdicaestabelecida pelo de cujus.
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Questo: Voc precisa fazer um inventrio negativo?R.: Pela lei, sim. Mas quem se dar ao trabalho de fazer isso?!
Dvidas no extrapolam o limite dos herdeiros. O mximo que poder
acontecer ser o fato deles no receberem NADA.
Principio de Saisine
o mais importante do direito sucessrio.Significa dizer que logo que se abre a sucesso ( inventario aberto pelosherdeiros/juiz de oficio) com a morte, independente de qualquer formalidade,instantaneamente investe-se o herdeiro no domnio e posse dos bensconstantes do acervo hereditrio.
Ou seja, independente de qualquer coisa, com o falecimento dos pais (aberturada sucesso) os filhos tem a POSSE e a PROPRIEDADE dos bens.
Questo: Qual o prazo para a pessoa efetuar a abertura do inventrio, semmulta?R.: 60 dias a contar da morte. No importaria fazer por via judicial ouextrajudicial; ocorre que saiu uma portaria dizendo que em extrajudicial,comea a contar o prazo a partir do requerimento de entrada da guia depagamento do imposto ITB.
Efeitos do principio
1. Identificao da lei aplicvel data da sucesso e a capacidade do sucessor.Ex.: Se a pessoa abre o inventario de um de cujus falecido em 2001, deverareger-se pelo CC de 1916.
2. Identificao dos herdeiros nesse momento, salvo os j concebidos senascerem com vida.
- Se for natimorto, ser considerado que o mesmo sequer existiu.
3. O quinho hereditrio, embora ainda no individualizado, passa a integrar opatrimnio do herdeiro.
S existe herana de pessoa MORTA. No se pode usar a herana de umapessoa viva.
Espcies de herdeiros
Legtimos necessriosHerdeiros (que a lei contempla) facultativos
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Testamentrios
Necessrios: [Incisos I a III] So aqueles que no podem ser afastados daherana e que necessariamente iro receber, caso a heranca seja positiva.Essa a REGRA.- Exceo: Filhos indignos. pesquisar
Facultativos: So os que podem ser afastados da herana e no soobrigados a receber.
Legatrios: A pessoa sabe exatamente o bem que ir receber.
Ao se fazer um testamento, 50% deve ir para a legitima (necessrios) e 50%para a disponvel (facultativos).
[16/08/2011]
Abertura da sucesso Abertura do inventario
Art. 88. competente a autoridade judiciria brasileira quando:I o ru, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
c Arts. 70 a 78 do CC/2002.II no Brasil tiver de ser cumprida a obrigao;III a ao se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.
Pargrafo nico. Para o fim do disposto no n 1, reputa-se domiciliada no Brasila pessoa jurdica estrangeira que aqui tiver agncia, filial ou sucursal.
c Arts. 9 e 12, VIII, e 3, deste Cdigo.
c Art. 12 da LICC.
1. [Art. 88, III, CPC]: Se a pessoa no tem bens no Brasil, mas falece aqui, o
inventario ser feito aqui.( facultado aos herdeiros abrirem o inventario aqui)
2. [Art. 89, I, CPC]: Se a pessoa tem bens fora e falece fora, mas DOMICILIADA aqui, tambm facultado aos herdeiros abrirem o inventarioaqui.
3. [Art. 89, II, CPC]: Se a pessoa tiver bens situados aqui, o inventrio DESSESbens deve ser aqui. Mesmo que se faa outro inventario fora, sendo
estrangeiro ou no.
Questo: Qual lei ser usada?4
Legitima
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R.: Art. 5, XXXIXXXI a sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pelalei brasileira em benefcio do cnjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que nolhes seja mais favorvel a lei pessoal do de cujus;
c Art. 10, 1 e 2, da LICC.
Ex. Lei do Brasil X Lei de Portugal: Ser usada a lei mais benfica para ocnjuge.
Questo: Onde ser aberta a sucesso do de cujus?R.: Art. 1785, CC e 96, CPC. No ultimo domicilio dele.- Se a pessoa tiver mais de um domicilio, ser aberta em qualquer um deles.- Se a pessoa no tiver domicilio ou se este for incerto, ser aberta ondeestiverem localizados os bens.- Se a pessoa tiver bens em vrios lugares, ser aberta no local do bito.
A competncia do local RELATIVA. Ou seja, se no for imposta a exceode incompetncia, prorroga-se a competncia. O inventario tem a VIS ATRATIVA (para a competncia relativa): Todoprocesso que tenha a ver com o inventario, que seja de competncia relativa,vai para apensar ao inventario e tramitar junto com ele.
Cesso de Direitos hereditrios
Em sntese, se a pessoa faz jus ao quinho, pode ced-lo.
Com a abertura da sucesso, j nasce para o herdeiro a possibilidade depromover a transferncia de seus direitos terceiros atravs da cesso dedireitos hereditrios.- Essa transmisso se d por ato inter vivos, podendo ser gratuita ou onerosa,total ou parcial.- Tem que ser feita por escritura publica sob pena de nulidade.- Necessita da outorga uxria (anuncia do cnjuge), exceto se a pessoa (que
estiver cedendo) for casada por separao de bens.
Direitos dos herdeiros quando h apenas um bem para todos:Ex.: So 5 filhos.I. Se apenas um deles quiser vender uma casa herdada por eles, ele terdireito de receber dos outros 4 o dinheiro da sua parte.II. H o direito de preferncia para os outros herdeiros; salvo se houveralgum que d maior valor. Porm, se descobrir fraude mais tarde, osherdeiros podem dar o valor que foi pago no quinho para reaver o bem.
Aceitao e Renuncia da Herana
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Parte de dois pressupostos:
1) Os herdeiros no respondem alem das foras da herana pela divida do decujus.
2) Ningum obrigado a ser herdeiro contra a sua prpria vontade.Ou seja, nenhuma pessoa obrigada a aceitar a herana (ex tunc), podendofazer uma Carta de Renuncia.
Aceitao da Herana
Abertura Aceitao: Ex tunc (retroage abertura)Aceitao o ato jurdico pelo qual a pessoa chamada a suceder declara quedeseja ser herdeira e recolher a herana, retroagindo seus efeitos data da
morte.
Trata-se de um ato jurdico unilateral e necessrio pelo qual o herdeiroconfirma a sua inteno de receber o acervo que lhe transmitido, qual seja, aposse e a propriedade dos bens deixados pelo de cujus. uma confirmao e tem efeitos retroativos (ex tunc) [Art. 1804, CC]- A aceitao, assim como a renuncia, so IRREVOGAVEIS [Art. 1812, CC]
expressa
Espcies de Aceitao tcitaPresumida
1. Aceitao expressa: aquela feita por declarao escrita, seja porinstrumento publico ou particular.
2. Aceitao tcita: aquela em que o herdeiro pratica determinadas atitudesde acordo com a sua qualidade. Ele passa a praticar atos que presumem a suavontade de aceitar.Ex.: Constituir um advogado para zelar pelos seus interesses no inventario.
3. Aceitao presumida [Art. 1807, CC]: aquela em que h o silencio doherdeiro, que quando intimado para se manifestar sobre a sua aceitao,permanece calado.
diretaTitularidade da Manifestao indireta
Manifestao direta: quando o prprio herdeiro declara se aceita ou no a
herana.
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Manifestao indireta: quando outro tem legitimidade para declarar nolugar do sucessor.Ex.: P (+)
F1 F2 F3 (+ durante o inventario do pai)
N1 N2 (substituem o F3 falecido)
Caractersticas da Aceitao
1. um ato exclusivo do herdeiro.
2. Tem natureza no-recepticia: No depende de se comunicar outrem paraproduzir efeitos.Ex.: No preciso anuncia do cnjuge para aceitar, basta o prprio ato.
3. Indivisvel: No admitida aceitao parcial.
4. Incondicional: A aceitao no pode ficar submetida a uma condio outermo.
5. Irretratvel: Uma vez aceita, no ser admitida a reconsiderao.(pesquisar)
Renncia da HeranaConceito: O sucessor manifesta o seu no-interesse ao direito hereditrio.- Trata-se de um ato jurdico formal (por instrumento publico ou termo judiciallanado nos autos).- um ato jurdico solene (pois requer uma forma especial prevista em lei paraa sua validade e eficacia)- A renuncia sempre expressa; no sendo admitida como tcita oupresumida.
Caractersticas da Renuncia
1. Indivisvel2. Incondicional3. Irretratvel4. Ato unilateral e solene5. Possui efeitos retroativos
Obs.: O renunciante considera-se como se no mais existisse na condio deherdeiro, como se jamais tivesse herdado.
abdicativa
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Espcies de Renuncia translativa
Renuncia abdicativa: O herdeiro renuncia a favor do MONTE.P (+)
F1 F2 F3 F4 (renuncia abdicativa)
Renunciando, seu volta para os que sobraram como se o F4 no mais existisse,ficando 1/3 para cada F.Sendo que F1, F2 e F3 devero pagar o ITD, sendo o F4 isento.
Renuncia translativa:O herdeiro aceita a herana e renuncia a favor de algum.Sendo que essa doao acarretar o pagamento de ITD para o F4.
Poder doar para qualquer pessoa, inclusive para algum dos Fs
P (+)
F1 F2 F3 F4 (renuncia translativa)
Restries liberdade de renunciar
1. O agente tem que ser capaz.
2. Necessita da anuncia do cnjuge, salvo se o regime for o de separaototal.
3. S pode renunciar se no for sob pena de ineficcia (no sob pena denulidade).
P (+)
F1 F2 - Credor de 80.000,00: O valor de 80 mil que foi renunciado ser INEFICAZe apenas 20 mil iro para o F1
100.000,00 herdados para cada
1) Seu quinho hereditrio passa a integrar o acervo comum como se noexistisse herdeiro renunciante.
2) Na sucesso legitima, havendo co-herdeiros da mesma classe, estesseriam acrescidas a parte do renunciante.- Se todos renunciarem, sero chamados os herdeiros da classe seguinte.
3) No haver direito de representao do herdeiro renunciante para os seusdescendentes.
P (+)
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F1 F2 F3 F4 (Renuncia ser como se F4, N4 e N5 no tivessem existido.Ficando 1/3 para cada F.)
Caso o F2 renuncie, ser para cada F que sobrou: F1 e F2N1 N2 N3 N4 N5
[23/08/2011]
Herana Jacente X Herana Vacante [Arts. 1819 a 1823]
Heranajacente [Art. 1819, CC] aquela em que no h herdeiro certo e determinado ou no se sabe aexistncia dele. Representa uma fase transitria do patrimnio do falecido,onde so tomadas medidas para guardar e administrar o patrimnio.- Com o aparecimento do herdeiro, cessa a jacencia prosseguindo a sucessode forma normal.
Casos de jacencia1. Falecimento de algum que no deixa testamento nem herdeiros legtimos.
2. Quando todos os herdeiros renunciarem a herana.
3. [Controvertida] Embora divergente, parte da doutrina entende que, se ocompanheiro falecer sem deixar herdeiros legtimos, deixando bensparticulares, estes bens iro para o poder publico, conforme preconizado nocaputdo artigo 1790, CC.
carroEx. (+) A (casado com) B o carro vai para B
(+) A (em unio estvel com) B o carro vira herana jacente, pois s vai para B oque foi adquirido na constancia
Herana Vacante
Aps a fase de investigao e habilitao dos herdeiros, a herana jacente temseu fim c/ a declarao de vacncia. Logo, vacante a sentena que encerra aherana jacente e transfere a titularidade do patrimnio ao poder publico
(municpio ou DF).
Com a declarao de vacncia, transferida a titularidade do patrimnio aopoder publico. Entretanto, com o aparecimento de algum herdeiro necessrionum prazo de 5 anos a contar da abertura da sucesso, mesmo aps asentena de vacncia, devero devolver a herana aos herdeiros necessrios.Contudo, no o que ocorre com os colaterais (ex.: irm), tendo em vista quecom a sentena de vacncia, perdero o direito de pleitear o patrimnio.
Usucapio da Herana Jacente
- Questo: A herana jacente pode ser usucapida? R.: Duas correntes.
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1. [Minoritria] No pode, pois o patrimnio do falecido j esta na guarda etutela do poder publico, alem de ser um potencial bem publico.
2. [Majoritria] Apenas com a sentena declaratria de vacncia, transferidaa titularidade do patrimnio ao poder publico. Sendo certo que antes disso, nopode ser considerado bem publico.
Legitimao Sucessria [Art. 1798, CC]
Capacidade de fato capacidade de direito legitimao (para ajuizar ao)
Nascituro: Ele tem capacidade sucessria, sob a condio suspensiva denascer com vida.- Se nascer com vida depois morrer, vai para a me.- Se nascer morto, a herana volta para o monte (outros filhos herdeiros).
Prole Eventual (aquele que sequer foi concebido): Pode ser contemplado notestamento. A regra para a pessoa gerar o filho um prazo de 2 anos a contarda abertura da sucesso.
Questoda Adoo:Se a mulher no conseguir conceber um filho neste prazo e adotar umacriana, o adotivo ser beneficiado?
Duas correntes:
1) [Art. 1800, 4, CC] No, pois o testamento um ato de ultima vontade do
testador, e o seu desejo no pode ser substitudo ou desviado pela vontadearbitraria da pessoa designada. Ademais, o 4 do art. 1800 estabelece que ofilho deva ser concebido.
2) [Art. 226, CF] {Doutrinamente majoritria} Sim, pois conforme a CF, no hdiscriminao entre os filhos.
Questo da fertilizao in vitro:O filho proveniente de uma fertilizao in vitro aps a morte de seu pai, farjus herana?Ou seja, ter legitimidade sucessria?
Duas correntes:1) {Na prtica, a majoritria} No. Por 3 razes:I. Principio de saisineII. Art. 1798III. Principio da estabilidade das relaes jurdicas
2) Sim, pelo art. 1798 c/c art. 1597, III
Pessoas jurdicas podem ser contempladas em testamentos, possuindo
capacidade sucessria. Animais NO.
[30/08/2011]
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Indignidade
Pr morto
O indigno considerado pr-morto. Ex.: Se existem 3 filhos e um deles tenta
matar o pai, seu 1/3 dividido entre os netos. Ou seja, a herana ir para osnetos j que o pai se tornou pr-morto.
Procedimento para excluso por indignidade
- atravs de uma sentena declaratria- Legitimidade: herdeiros que tero vantagem com a excluso-- Prazo: decadencial de 4 anos, a contar do falecimento.
Indigno Deserdado: At a morte do pai, o indigno poder ser perdoado.
Efeitos do reconhecimento de indignidade
1) Retroativo (ex tunc): Se ele gastou a herana, ser obrigado a devolve-la.
2) So pessoais os efeitos da excluso.
3) equiparado ao morto civil.
4) O indigno considerado herdeiro aparente.
5) O indigno obrigado a restituir os frutos e rendimentos que teve com osbens da herana.
6) O indigno tem direito de receber as benfeitorias necessrias que realizouno bem.
Doao e Venda
- Ao ser declarado indigno, qualquer DOAO feita por ele ser consideradapresuno de fraude.
- No caso de venda, ela prevalecer devido a:I. boa f
[06/09/2011]
1. Legitimidade da Sucesso
A sucesso ser legitima:
1) Se no houver testamento.2) Mesmo havendo testamento, parte da herana no foi disposta nele.3) Se o testamento for ineficaz.
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Pode haver sucesso testamentaria e legitima ao mesmo tempo.
2. Modos de Suceder
2.1 Direito Prprio (pai morre depois do av)
Sucede por direito prprio quando no h nenhum herdeiro com capacidadesucessria entre ele e o autor da herana. Quando o herdeiro suceder pordireito prprio, ira dividir a heranca em partes iguais.Ex.: Se um dos filhos estiver vivo, os netos dividiro apenas a parte dosPROPRIOS pais. Mas se todos os filhos morrerem, os netos recebero em partesiguais.
2.2 Representao
Sucede por representao o herdeiro que representar aquele que seriacontemplado direto com a herana do de cujus. Se houver vrios herdeiros queiro suceder por representao, estes iro dividir o quinho que seria de seuascendente.
Obs 1: No h direito de representao entre ascendentes [Tpico 2.6adiante]
Obs2: O direito de representao entre descendentes vai at o infinito.
Av (+)
F1 F2 F3 (+) Neto (+) Bisneto (+) Tataraneto (recebe 1/3)(1/3) (1/3)
Obs 3: Na linha colateral, s h direito de representao entre os filhos dosirmos.
Av (+)
Daniel I1 I2 (+) I3 (+)
S2 S3 S1 (+)(1/4) (1/4)
Sneto (no receber nada)
OBS.: Sobrinho neto pode receber por direito prprio caso TODOS venham afalecer, por ser colateral de 4 grau.
2.3 Transmisso
o mesmo raciocnio da sucesso por representao, divergindo apenas emrelao morte do herdeiro que iria ser contemplado pela herana.
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S2 e S3 (sobrinhos) recebero cada um.
Se o S3 vier a falecer, o S3 receber 1/3 juntamente com
- Se o F3 estava morto quando o A morreu, N1 e N2 recebero por representao.(F3 morre antes de A)
- Se o F3 morreu depois da morte de A, N1 e N2 recebero (F3 morre depois de A)
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Av (+)
F1 F2 F3 (+)
N1 N2
2.4 Representao X Transmisso
A diferena est no momento da morte.
Se o filho morre depois do pai: TransmissoSe o filho morre antes do pai: Representao
cabea2.5 Modos de partilhar estirpe
Linha
A. Cabea: quem sucede por direito prprioB. Estirpe: quem sucede por representaoC. Linha: quem sucede por transmisso exclusiva de ascendentes
Sucesso de ascendentes
Obs 1: Ascendente considerado herdeiro necessrio e no pode ser afastadoda legitima.
Obs 2: No da direito de representao entre ascendentes.
Obs 3: O ascendente s receber se no houver descendentes
Ex.: Se o Daniel morre e sua esposa est grvida, os pais dele no receberonada. Se ela no estiver grvida, ela receber junto com os sogros e issoocorre, pois o descendente o primeiro na vocao hereditria.
Obs 4: Na sucesso por ascendente, o grau mais prximo afasta o maisremoto.
Obs 5: Os ascendentes sucedem por direito prprio e partilham por linha.
Recebero nada
V V V V
P M (+)(100%)
F
[13/09/2011]
Sucesso entre cnjuges
Herana Meao
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Se o Pai tambm morrer, ser 50% para cada lado e 25%para cada av.
Ocorre que pela linha divisria, se o av paterno morrer,
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1. Comunho universal 100% do B 50% ir para B comomeao.
(+) A - B 50% ser dividido entre os descendentes
F1 F2 F3
2. Separao obrigatria
Ex.: A possua 2 imveis antes do casamento e adquiriu 2 imveis depois.
(+) A B ( maior de 70 anos)
F1
Se a separao (que houver descendentes) for total convencional, ocnjuge ter direito a herana? 2 correntes:
1) Sim.Haja vista que o art. 1829, I trata especificamente da separao obrigatria enada dispe sobre a separao total convencional, motivo pelo qual nopoder dar interpretao extensiva ao artigo. Clausulas restritivas devem serinterpretadas restritivamente.
(+) A B
F1 (100%)2) [STJ] No.O cnjuge suprstite (sobrevivente) no ser meeiro nem herdeiro, haja vistaque deve ser levada em considerao a vontade dos cnjuges em vida e se elecasou sob este regime de modo espontneo, sinal de que ele (de cujus) noqueria que seus bens se comunicassem com o outro cnjuge.
(+) A B (1/2)
F1 (1/2)
Bens particulares so os bens adquiridos antes do casamento e que no secomunicam.
3. Comunho parcial se o de cujus no deixar bens particulares
Obs.: Se no houver bens particulares em uma unio estvel, o sobreviventeser meeiro e herdeiro.
Se o de cujus tiver bens particulares, o cnjuge ser herdeiro? Duascorrentes:
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50%50%
B receber F1F2 F3
B no meeiro nem herdeiro e por isso no receber nada.
Alegando a smula 377, ele pode at TENTAR receber os 2
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1) [Doutrinariamente, a majoritria] O cnjuge ser herdeiro S dos bensparticulares, haja vista que o intuito do legislador no seria beneficiar ocnjuge em toda e qualquer partilha. Pois o excluiu de 3 regimes de bens.Ou seja, o cnjuge receber dos 2 imveis (anteriores) junto com os filhos eem relao aos 2 imveis (posteriores), ele ser meeiro da metade e osherdeiros dividiro o resto.
Imveis anteriores Imveis posteriores
2) [Na prtica, a majoritria] O cnjuge ser meeiro e herdeiro. Emmomento algum, o legislador estabeleceu que o cnjuge s herdar sobre osbens particulares, mas que basta ter estes bens particulares para o cnjuge sermeeiro da totalidade.
O cnjuge no pode ter menos de quando estiver concorrendo com filhoscomuns. Ele sempre far jus a uma cota mnima de da herana.
Se houver filhos comuns e filhos somente do autor da herana, como serfeita a partilha em concorrncia com o cnjuge herdeiro?
Duas correntes.
1) Dividir tudo em partes iguais, haja vista que a prpria CF vedou a
discriminao e se houvesse a cota mnima de para o cnjuge, estariabeneficiando, ainda que de forma indireta, os filhos em comum.
2) O cnjuge faz jus cota mnima de bastando que para isso, tenhaapenas um filho em comum. E o restante ser dividido em partes iguais entreos filhos.
Sempre que o cnjuge concorrer com ascendente, ele ser herdeiro,independente do regime de bens.
[20/09/2011] Reviso e Exerccios
[27/09/2011] AVD I
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50%50%
Conj. F1 F2F3
Conj. F1 F2F3
50%50%
Conj. Filhoscomuns
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[04/10/2011] Reviso de prova
[11/10/2011]
Sucesso de Unio Estvel
[18/10/2011]
Sucesso Testamentria
Mesmo que haja herdeiros necessrios, possvel que o de cujus disponhade tudo (para os prprios herdeiros necessrios) em seu testamento.
Deve-se respeitar a legitima quando houver herdeiros necessrios. Se noexistir herdeiros necessrios, no h que se falar em legitima, onde o testadorpoder dispor da totalidade.
Quando houver herdeiros na sucesso testamentaria, rege o Principio daliberdade limitada de testar, ou seja, ele poder dispor de apenas 50% deseus bens.
Codicilo
um ato de disposio de ultima vontade, com eficcia pos-morte similar aotestamento, porm utilizado para bens de pequeno valor, objetos de usopessoal, para nomear testamenteiro, etc.
O codicilo jamais revoga um testamento, porem a recproca no verdadeira,tendo em vista que o testamento sempre revoga o codicilo.
Testamento
Tambm um ato de disposio de ultima vontade com eficcia pos-morte,que deve ser feito por escrito de forma solene com o contedo patrimonial ouextrapatrimonial.
um negocio jurdico unilateral (contrapondo-se maioria dos negcios
jurdicos), visto que se aperfeioa com a manifestao de vontade de vontadede apenas uma das partes.
Caractersticas
1) Personalssimo: Somente a prpria pessoa pode fazer o seu prpriotestamento, no podendo ser representado ou assistido.[Art. 1860, ]: Tem que ser maior de 16 anos, sem a necessidade de estaremancipado ou assistido.
2) Intuito persona: Somente a pessoa designada no casamento podersuceder. No h direito de representao na sucesso testamentria. Prova daOAB.
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Ex.: Se o de cujus deixa um bem para Maria, mas ela vem a falecer, seus filhosno recebero em seu lugar. A menos que esteja claramente disposto oseguinte: Caso Maria venha a falecer, seus filhos recebero.
3) Escrito: A lei exige que o testamento seja feito de forma escrita. Mas h aexceo do nucumpativo, que oral.
4) Solene: Todas as solenidades estabelecidas na lei tem que ser atendidassob pena de nulidade.
5) Unilateral: Somente uma vontade exigida para a realizao dotestamento, ou seja, a lei no admite o testamento feito por mais de umapessoa.Exceo: Admite-se que o pai e a me, no mesmo testamento, nomeie umtutor para o filho, na falta deles.
6) Gratuito: No tem contra-prestao. Ex.: Pode ser feito em casa.
7) Revogvel: A revogao pode ser total (ab rogao) ou parcial(derrogao), tcita ou expressa.- Mesmo que o de cujus no declare expressamente a revogao (Ex.: O carrodeixar de ir para Maria e ir para o Joo), ela poder ocorrer. Basta que notestamento seguinte ele diga que o carro ser do Joo, sendo suficiente paraque haja a revogao tcita.
Formas de Testamento
Ordinrias [Art. 1852]I. Pblico: Necessita da presena de duas testemunhas.Vantagem - no pode ser extraviado.Desvantagem todo mundo poder ter acesso.
II. Cerrado [Art. 1868]: Tambm conhecido como lacrado ou secreto. Seraberto somente pelo juiz. Se no estiver literalmente lacrado, perder o seuvalor. Tambm necessita da presena de duas testemunhas.Vantagem ningum tem acesso ao seu contedoDesvantagem poder ser extraviado
III. Particular [Art. 1876]: Pode ser feito de prprio punho. Necessita dapresena de trs testemunhas, e no apenas duas. Tem diversos requisitos,como por exemplo, no deixar linhas brancas entre as preenchidas.
Extraordinrias
I. MartimoII. AeronuticoIII. Militar
Clausulas restritivas de Direito
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InalienabilidadeImpenhorabilidadeIncomunicabilidade
Se o de cujus desejar inserir tais clausulas sobre a legitima, dever justificarde forma coerente e razovel.
Ex.: Dependncia qumica, doena, vcios em jogos, etc.
- Sobre a disponvel, no precisa justificar.
Cdigo de 1916 X Cdigo de 2002 [Art. 2042, CC]
No Cdigo Civil, nem sempre haver a retroatividade da lei (se opondo ao queocorre no direito penal).
Questo: Se houver um testamento realizado na vigncia do CC de 1916,aonde o testador veio a falecer na vigncia do CC de 2002 e houver inseridoclausulas restritivas de direito sob a legitima sem justificativa, essa clausula valida?
R.: Depende. Se o testador veio a falecer em ate um ano aps a vigncia do CCde 2002, no necessitara de justificativa, Porem, se ele veio a falcer aps oprazo de 1 ano da vigncia, o testador teria que, dentro deste prazo de 1 ano,oferecer uma justificativa, segundo o art. 2042, do CC, sob pena de talrestrio ser considerada clausula no escrita.
Legado
a disposio da coisa certa, determinada, individualizada. O sucessor saberexatamente qual bem estar recebendo. S podemos falar em legado, notestamento.
H exceo?R.: Sim, legado caracterizado pelo gnero.
possvel dispor de bem alheio?R.: Sim. Ex.: O carro do Daniel ira para o Marcelo, se o dele for para aMariana.
Podem existir:- Legado de credito, quitao de divida alheia, alimentos, etc.
- Legado alternativo: Deixo minha casa ou meu carro. Se isso ocorrer, osherdeiros faro a escolha. A menos que o testador disponha expressamenteque o legatrio pode escolher.
Inexecuo do testamento
1. RevogaoDiferenas entre revogao e rompimento
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I. Revogao: pela vontade do testador.Rompimento: se dar por deciso judicial.
II. Revogao: pode ser total ou parcial.Rompimento: somente total.
III. Revogao: pela vontade do testadorCausas de rompimento: Arts. 1973 e 1974
2. Rompimento
Ex.: Se aps o falecimento, surge um filho, 100% da herana deixara de irpara quem receberia (como uma instituio de caridade, por exemplo) e irpara o filho que NO era conhecido pelo de cujus.
3. Nulidade
Quanto ao contedo: algum deixa de receber, caso o bem discriminado noexista mais.Quanto a forma: a legislao implacvel, anula-se tudo (nulidade completa)
4. Anulabilidade
Art. 1809: 4 anos de prazo, desde a data em que o interessado tomouconhecimentoc/c Art. 1859: 5 anos, caso no tenha sido uma das causas anteriores
5. Caducidade
Caduco = ineficazAtinge o plano da eficcia do testamento. Ex.: Quando h perda do objetodescrito (carro roubado), pr-morte do beneficirio, encargo com condio nocumprida (s ganha a casa, se cuidar do co), etc.
6. Reduo de liberalidade
O excesso conhecido como doao inoficiosa.
Diferena entre revogao e reduo: Na revogao, o de cujus no sabeda existncia dos herdeiros, enquanto que na reduo ele sabe.
- Se o ascendente vender/doar um bem para descendente, dever ter aanuncia dos demais- Se a me doar ser considerado antecipao da legitima.Se o filho receber e ficar quieto, ser sonegao de bens (tpico abaixo).
Doao de disponvel cumulada com legitima: A, B e C so irms. Em vida, opai doa 300 reais para A, mas expressamente em seu testamento, diz que
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esses 300 reais sairiam da disponvel e NO da legitima. Alm disso, eledeixou 600 reais para dividir entre as filhas. Deste modo, sero 200 reais paracada uma das filhas e A ficar com 500 (300 da disponvel + 200 da legitima)reais.
A legtima calculada sobre o valor liquido ou bruto?
R.: Sobre o valor liquido. Deve-se retirar o valor para pagar as dividas, somartodos os patrimnios e diminuir das dividas.
Funo do testamenteiro
Zelar pela administrao dos bens e pela validade do testamento.Ele recebe de 1 a 5% da herana liquida, que conhecida como vintena, e oprprio testador quem nomeia o testamenteiro.
Sonegao de bens
a ocultao dolosa contra os demais herdeiros necessrios e no contra ofixo.A penalidade ser a perda do direito ao bem sonegado.Se quem sonegou foi o inventariante, o mesmo perder tal cargo.
Legitimidade: O legitimado ativo qualquer sucessor ou interessado e opassivo ser o herdeiro ou inventariante que sonegou o bem.Rito: o comum ordinrio. A ao de sonegao deve ser distribuda pordependncia.Prazo: 10 anos para o ajuizamento da ao.
feita uma sobre-partilha dos bens sonegados, sem modificar os limitessubjetivos da lide (partes).A petio de herana atinge aos limites subjetivos da lide e modifica a ordemsucessria
Os herdeiros formam uma espcie de condomnio. Sobre-partilha Petio
Caso um deles queira alienar algo, dever ser respeitado o direito depreferncia.
H o prazo de 180 dias, para aquele que alienou o bem sem dar o direito depreferncia, deposite o valor.
[25/10/2011] Semana jurdica
[01/11/2011]
Deserdao
Assim como a indignidade, a deserdao afasta o herdeiro da herana,privando-o de receber o seu quinho. Todavia, ainda que o herdeiro seja
deserdado, poder ser representado pelos seus herdeiros.
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O deserdado considerado como se pr-morto fosse.P
F1 F2 F3 (deserdado)
N1 N2 (representaro o F3 por direito de representao/estirpe)
Recebero por direito prprio/cabea
Deserdao X Indignidade
Deserdao IndignidadeO instituto est ligado parte geral desucesses.
O instituto est ligado sucessotestamentria.
As causas geradoras esto elencadasno art. 1814, englobando previso
nos arts. 1962 e 1963 tambm.
As causas geradoras esto elencadasalm do art. 1814.
S atinge os herdeiros necessrios. Atinge os herdeiros legtimos,testamentrios e legatrios.
fundamental o testamentoafastando o herdeiro necessrio,mencionando a causa da deserdao.
No necessrio testamento paraafastar o indigno.
O prazo decadencial de 4 anos ecomea a contar da abertura dotestamento [Art. 1965, p. ]
O prazo decadencial de 4 anos ecomea a contar do bito.
Direito de acrescer
Requisitos para acrescer:
I) Pluralidade de sucessoresII) Sucessores contemplados no mesmo testamentoIII) Os quinhes no devero ser determinados
Se Joo morrer, Maria ficar com a casa s para ela?R.: Sim, pois no direito de representao, mas sim direito deacrescer.
Caso estivesse disposto no testamento, que seria 50% para CADA um,os 50% de Joo voltariam para o monte (herdeiros).
Caso concreto: Aline nuproprietaria de um bem, enquanto que Yasmin eMarcelo so usufruturios (50% cada). Se um deles falecer, voltar 50% paraAline, tornando-se ao mesmo tempo proprietria e usufrutuaria.
Conjunes ou clausulas
1) Re et verbis
disposta a mesma coisa na mesma clausula.
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Deixo umacasa paraJoo e
Maria
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Ex. 1: Deixo minha casa (Re) para Joo E Maria ( necessrio ser para maisde uma pessoa).
- Se Joo ou Maria falecer, o outro ter o direito de acrescer?R.: Sim, pois quando houver o legado nessa conjuno, haver o direito deacrescer.
Ex. 2: Deixo 20% para Joo e Maria.- Se Joo ou Maria falecer, o outro ter o direito de acrescer?R.: Sim, pois no houve a determinao de quanto ser para cadaum. Sendo que tambm h o direito de acrescer quando se tratar deherana.
2) Re tantum
Nesta clausula, em se tratando de legado, h o direito de acrescer. Se ummorrer, o outro ter direito em seu lugar.
Dispe da mesma coisa, no mesmo testamento.
Em herana, no h o direito de acrescer.
3) Verbis tantum
No dispe da mesma coisa, mas est na mesmaclausula.
- Se um falece, no h o direito de acrescer.Os quinhes sero sempre determinados e por isso, nohaver o direito de acrescer nem em legado e nem emherana.
Substituio Fideicomissaria
Vulgar: Caracteriza-se por uma nica transferncia (transmisso).Diferencia-se da fide, onde h duas transmisses.
H trs figuras:
FideicomitenteFidussiarioFideicomissario
Por Daniele Namorato Jia
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Deixo 20%para Joo e
Maria
Deixo minha casa para JooDeixo minha casa para
Deixo 20% para Joo
Deixo 20% para Maria
Deixo minha casa para JooDeixo meu carro para
Maria
mailto:[email protected]:[email protected]