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DIREITO EMPRESARIAL

TTULOS DE CRDITO ......................................................................................................................... 1 1. Princpios ................................................................................................................................................... 2 1.1Cartularidade .......................................................................................................................................... 2 1.2Literalidade ............................................................................................................................................. 4 1.3Autonomia ............................................................................................................................................... 5 2. Legislao aplicvel ............................................................................................................................... 8 2.1Letra de Cmbio: LUG Dec. 57.773/66 ..................................................................................... 8 2.2.Nota Promissria: LUG Dec. 57.773/66 .................................................................................. 8 2.3.Duplicata: Lei 5.474/68..................................................................................................................... 8 2.4.Cheque: Lei 7.357/85 ......................................................................................................................... 8 3. 4. 5. 6. 7. Classificao.............................................................................................................................................. 8 Letra de Cmbio .................................................................................................................................... 16 Nota Promissria .................................................................................................................................. 30 Cheque ...................................................................................................................................................... 34 Duplicata .................................................................................................................................................. 41

DIREITO SOCIETRIO........................................................................................................................47 1.Quadro Geral das Sociedades: ............................................................................................................... 47 2. 3. 4. 5. Classificao das sociedades personificadas empresariais: ............................................... 58 Sociedades Contratuais ...................................................................................................................... 65 Sociedade Simples................................................................................................................................ 71 Sociedade Limitada.............................................................................................................................. 94

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I

6. 7.

Dissoluo das Sociedades Contratuais: .................................................................................. 127 Sociedade Annima (S/A): ............................................................................................................ 133 NOVA LEI DE FALNCIA LEI 11.101/05 ........................................................................ 166

1.

Falncia: ................................................................................................................................................ 169 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 Pressupostos: ............................................................................................................................ 169 Fundamentos de pedido de falncia: ............................................................................... 170 Processo Falimentar ............................................................................................................... 174 Juzo competente ..................................................................................................................... 180 Pedido de Falncia .................................................................................................................. 184 Hipteses do devedor aps a sua citao: ..................................................................... 185 Sentena: ..................................................................................................................................... 187 Da ineficcia e revogao de atos praticados antes da falncia ........................... 208 Arrecadao e Realizao do ativo ................................................................................... 213

RECUPERAO JUDICIAL: ............................................................................................................. 224 1. Recuperao Judicial Especial (art. 70 e seguintes da lei): .................................................. 230 2. Recuperao Extrajudicial: ..................................................................................................................... 231 CONTRATOS COMERCIAIS ............................................................................................................ 232 1 2 3 4 5 ALIENAO FIDUCIRIA ...................................................................................................... 232 CONTRATO DE LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL ................................... 235 CONTRATO DE FRANQUIA ................................................................................................... 239 CONTRATO DE FACTORING FOMENTO MERCANTIL ............................................... 241 CONTRATO DE REPRESENTAO COMERCIAL............................................................. 243

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II

Luiz Emygydio Rosa Jr, Ttulo de Crdito, Ed. Renovar Ricardo Negro, Direito Comercial, V. 2, Ed. Gladson Memebe, Ttulo de Crdito,

Ttulo de Crdito o documento necessrio para o exerccio do direito literal e autnomo nele mencionado. (famoso conceito de Vivante) Este conceito cai em prova!!

Vejamos o que diz o art. 887 do CC:

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1

Art. 887. O ttulo de crdito, documento necessrio ao exerccio do direito literal e autnomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.

TRF 3 perguntou os dois conceitos, Vivante e CC.

Crtula: pequeno papel. O crdito dever ser representado (materializado) em um ttulo (documento). Para a transferncia do crdito, necessria a transferncia do documento No h que se falar em exigibilidade do crdito sem a apresentao do documento.

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2

CESPE: Para transferncia de um cheque suficiente o endosso. Errado! Tem que endossar e entregar!

Tenho que usar o documento original para instruir a ao de execuo. Ele a prova de que o crdito no foi pago. No d para usar ao de execuo com cpia autenticada de cheque a princpio. Mas, excepcionalmente, o STJ j permitiu isso. Quando? Quando o borrachudo integra um inqurito policial ou processo penal para apurao de crime de emisso de cheque sem fundos. O detalhe que estamos diante de uma situao que vem se modificando no decorrer do tempo. J temos no CC 889, 3, autorizao para emitir ttulo de crdito eletrnico. Art. 889, 3o O ttulo poder ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio tcnico equivalente e que constem da escriturao do emitente, observados os requisitos mnimos previstos neste artigo.

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Duplicata virtual j muito comum na atividade empresarial. O ttulo de crdito, em tese, no emitido. A duplicata no encaminhada ao devedor, apenas o boleto, e as informaes da duplicata so transmitidas ao tabelionato, que protesta a duplicata, permitindo a execuo do ttulo. 1 processo de desmaterializao dos ttulos de crdito. Por isso, alguns autores esto chamando a cartularidade de incorporao. O que se busca que o crdito esteja materializado em um documento, que pode ser em papel ou em meio eletrnico. O crdito est incorporado em um documento em papel ou em um documento meio eletrnico.

O que no est no ttulo de crdito no est no mundo cambial. S tem validade para o direito cambial aquilo que est literalmente escrito no ttulo. A quitao tem que ser dada no ttulo & tem que ser devolvido ao pagador. O aval tem que ser dado no ttulo de crdito. Cuidar quando o cara for casado!

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pela literalidade que se determina a existncia, o contedo, a extenso e a modalidade do direito constante do ttulo. Se constar quitao parcial no ttulo, posso protestar apenas o restante. No posso protestar o ttulo todo.

As relaes Jurdico-cambiais so autnomas e independentes entre si. Causa subjacente / Causa debendi causa que deu origem ao ttulo de crdito. Ex.: compra e venda de celular. Celular apresenta vcios. Comprador solicita devoluo da NP e pede para devolver ao vendedor o celular. Se o credor da NP executar o devedor, o devedor pode apresentar uma defesa pessoal contra o credor. Se o ttulo for transferido a 3, ele adquire autonomia com esta 2 relao jurdica cambial. As relaes so independentes uma da outra. Por isso, na 3 relao jurdica, entre o adquirente do ttulo de crdito e o devedor desse ttulo, este no poder alegar nada sobre as relaes anteriores.

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Ex.: transferncias sucessivas 1 ocorre com assinatura falsa a incapaz (14 anos) e continuam as transferncias. Pouco importam estes fatos, as relaes no dependem uma da outra. O devedor do ttulo vai ter que pagar o ttulo, em razo da autonomia. O possuidor de um ttulo de crdito exerce um direito prprio e no um direito derivado de quem quer que seja. Pela autonomia, uma obrigao nula no afeta as demais obrigaes vlidas no ttulo. A maioria dos autores afirma que o princpio da autonomia possui 2 sub-princpios: 1 - Inoponibilidade de excees pessoais a terceiros de boa-f. um sub-princpio que tem natureza processual. O devedor somente poder formular defesa pessoal contra o legtimo possuidor se este e o devedor participaram da mesma relao causal que deu origem ao ttulo. 2 - Abstrao o que chamamos de desvinculao. Ex.: Compra e venda de celular & NP. Quando o credor transfere o ttulo de crdito, este se desvincula da compra e venda, da causa que lhe deu origem.

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Essa autonomia s vem a existir com a transferncia do ttulo a terceiro.

Negociabilidade Atributos / Qualidades dos ttulos de crdito. Executividade

A negociabilidade 1 atributo do Ttulo de crdito, pois visa maior facilitao da circulao.

Art. 585, I, CPC Ttulo de crdito ttulo executivo extra-judicial. No se precisa de uma ao de cobrana. Prope-se diretamente ao de execuo. Essa a executividade.

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7

1.1 1.2 1.3 1.4

Letra de Cmbio: LUG Dec. 57.773/66 Nota Promissria: LUG Dec. 57.773/66 Duplicata: Lei 5.474/68 Cheque: Lei 7.357/85

* CC: aplicao subsidiria Art. 903. Salvo disposio diversa em lei especial, regem-se os ttulos de crdito pelo disposto neste Cdigo.

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Ttulo cuja forma esteja definida e exigida em lei.

Forma no exigida, no definida em lei. Ex.: NP e Letra de Cmbio

aquele que precisa de uma causa especial para ser emitido. Ex.: duplicata:

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Compra e venda mercantil Prestao de servios

No precisa de uma causa especfica. Ex.: cheque. Pode ser utilizado para pagar qualquer dvida.

3 intervenientes: D a ordem Recebe a ordem

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Tomador/Beneficirio (credor do ttulo)

2 intervenientes. Promitente / Subscritor emitente Tomador/Beneficirio S promessa de pagamento a Nota Promissria. Os demais ttulos so ordem de pagamento.

aquele que no identifica o beneficirio.

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Desde a lei 8.021/90, o ttulo ao portador no mais admitido, exceto se com previso expressa em lei especial. Art. 907, CC: Art. 907. nulo o ttulo ao portador emitido sem autorizao de lei especial. Ex.: lei 9.069/95 instituiu o Plano Real. Art. 69, regra que permite cheque ao portador de cheque igual ou inferior a R$ 100,00. Acima de R$ 100,00, tem que ser nominativo. Circula por mera entrega. Transfere-se por tradio.

4.4.2 NOMINAL (ANTIGO NOMINATIVO) aquele que indica o beneficirio no ttulo. A circulao varia conforme o ttulo seja ordem ou no ordem.

4.4.2.1 ordem Circula por Endosso + tradio. Endosso - A pessoa responde por:

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Existncia Solvncia

4.4.2.2

No ordem Circula por cesso civil + tradio. Cesso Civil - A pessoa responde por: Existncia Solvncia

Art. 296. Salvo estipulao em contrrio, o cedente no responde pela solvncia do devedor.

Art. 914. Ressalvada clusula expressa em contrrio, constante do endosso, no responde o endossante pelo cumprimento da prestao constante do ttulo. De acordo com o CC, o endosso no responde nem pela existncia nem pela solvncia.

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A presuno de que os ttulos nominativos so ordem. S vou transferir por cesso civil se eu riscar a clusula ordem e inserir a clusula no ordem no ttulo de crdito.

Esta a classificao tradicional.

A CESPE est adotando outra classificao

Ao Portador

Nominal

4.4.3 Nominativo Para o Cespe, o do 921 e 922, CC.

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CAPTULO Do Ttulo Nominativo

IV

Art. 921. ttulo nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente. Art. 922. Transfere-se o ttulo nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietrio e pelo adquirente.

No ttulo nominativo, o nome do beneficirio est no registro do emitente, no no ttulo. Voc pode criar um ttulo de crdito com as caractersticas que voc escolher, desde que observe as regras do CC. Meu, est na cara que isso no vai funcionar. Para isso, vou ter que ter um livro chamado Livro de Registro do Emitente. Neste livro, colocarei o nome do credor. Se o proprietrio do ttulo quiser transferir o ttulo a 3, eles tm que fazer um termo de transferncia, tirar o nome do credor originrio do registro, colocar o do novo credor e emitir um ttulo para este novo credor.

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o ttulo de crdito decorrente de relao ou relaes de crdito, entre 2 ou mais pessoas, pela qual a designada sacador d a ordem de pagamento pura e simples, vista ou prazo, a outrem, denominado sacado, a seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficirio), no valor e nas condies dela constantes. 3 figuras: D a ordem de pagamento - Gialluca Recebe a ordem de pagamento - Renato Tomador beneficirio - LFG

Saque criao e emisso de um ttulo que ordem de pagamento.

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Sacador: quem d a ordem de pagamento

o ato de concordncia com a ordem dada. ato privativo do sacado. Quando o sacado d o aceite, ele se torna o devedor principal do ttulo. O sacador o coobrigado. O beneficirio pode ajuizar a ao contra um, alguns ou todos os co-devedores

Na Letra de Cmbio, o aceite ato obrigatrio? No, na Letra de Cmbio, o aceite facultativo. Significa que o sacado pode recusar o aceite. Efeitos da recusa do aceite: Vencimento antecipado do ttulo ( ou quando o sacado recusa o aceite ou quando o emitente tem sua falncia decretada);

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Torna o sacador o devedor principal do ttulo

CLUSULA NO ACEITVELEvita o vencimento antecipado do ttulo Para evitar o antecipado, existe a Clusula No Aceitvel, inserida nos ttulos de crdito. Significa que esse ttulo no poder ser apresentado para aceite. Somente para o pagamente. Somente posso apresentar o ttulo para pagamento na data do vencimento.

ACEITE PARCIALModalidades: Limitativo Modificativo

ACEITE PARCIAL LIMITATIVOExiste limitao de valor.

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Diretamente relacionado a valor.

ACEITE PARCIAL MODIFICATIVOModifica as condies do ttulo, como a data de pagamento.

Ricardo Negro fala que tanto o aceite limitativo quanto o aceite modificativo equivalem recusa total. Significa que haver o vencimento antecipado do ttulo.

Aula 2 25/02/2011

CONCEITO o ato cambirio formal pelo qual o beneficirio ou terceiro adquirente chamado de endossante transfere os direitos dele decorrentes a

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outra pessoa, denominada endossatrio, ficando, em regra, o endossante responsvel pelo pagamento do ttulo.

EFEITOSTransferncia da titularidade do crdito do endossante para o endossatrio Tornar o endossatrio co-devedor do ttulo.

Gialluca Sacador

Endossatrio Sacado

Tomador Beneficirio LFG Endossante

Endossatrio Rogrio Endossante

Endossatria Fernanda

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O ltimo endossatrio pode ajuizar contra 1, alguns ou todos os codevedores.

O que pagar ter direito de regresso contra todos os devedores e codevedores anteriores a ele.

No Verso -> por simples assinatura No Anverso -> assinatura + expresso identificadora Endosso a, Pague-se a, Transfiro a.

ENDOSSO EM PRETO X ENDOSSO EM BRANCOPreto: identifica o endossatrio Branco: no identifica o endossatrio

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No, endosso parcial nulo.

ENDOSSO PSTUMO o dado aps o vencimento. Efeitos: a) Vencimento do ttulo -> endosso b) Vencimento do ttulo + protesto ou expirou o prazo de protesto -> cesso civil.

ENDOSSO IMPRPRIONo h transferncia da titularidade do crdito. Objetivo: legitimar a posse.

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ENDOSSO-MANDATOPara fins de cobrana. Endossante mandante d poderes de cobrana para o endossatrio-mandatrio, para que este efetue o servio de cobrana. O endossatrio no o credor do ttulo. Clusulas: para cobrana, por procurao

ENDOSSO-CAUO / PIGNORATCIOTtulo de crdito 1 bem mvel. Se voc quer instituir penhor sobre o ttulo de crdito, voc faz 1 endosso cauo. Clusulas: em penhor, em garantia

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CONCEITO a declarao cambiria pela qual uma pessoa natural ou jurdica, estranha relao cartular, ou que nela j figura, assume obrigao cambiria autnoma e incondicional de garantir total ou parcialmente, no vencimento, o pagamento do ttulo nas condies nele estabelecidas. Garantia

Avalista (PF/PJ)

Avalizado (PF/PJ)

O avalista tem obrigao equivalente do avalisado, pois garante o avalizado. Caso seja acionado judicialmente, o avalista ser obrigado a pagar o ttulo. Todavia, ter direito de regresso contra o avalizado e todos os devedores anteriores ao avalizado.

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No Verso -> por simples assinatura O Anverso -> assinatura + expresso identificadora Endosso a, Pague-se a, Transfiro a.

No Anverso -> por simples assinatura No Verso -> assinatura + expresso identificadora Endosso a, Pague-se a, Transfiro a.

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AVAL EM BRANCO X AVAL EM PRETOAval em Preto: identifica o avalizado. Clusula por aval a Tatiana. Aval em Branco: no identifica o avalizado. Avalizado quem criou o ttulo de crdito. O avalizado ser o sacador emitente do ttulo.

1.4.1 possvel o aval parcial?

A lei especial 7.357, art. 29, admite o aval parcial. Porm, o Cdigo Civil, no seu artigo 897, pargrafo nico, no admite o aval parcial. O Decreto 57.663/66, artigo 30, admite o aval parcial expressamente. Assim, deve-se utilizar, de acordo com o critrio da especialidade, a orientao de que possvel o aval parcial.

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1.4.2 Aval dado depois do vencimento Vai ter os mesmos efeitos de aval. CC, Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.

1.4.3 Aval X Fiana

Aval

Fiana

S pode ser dado em ttulo Somente pode ser dada em de crdito. Benefcio de ordem Lembre dos bancos que sempre colam os scios como avalistas. Na execuo, vo direto nestes. Autnomo Acessria contrato. Benefcio de ordem

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Em

caso

de o

morte, Em

caso

de acaba

morte, a

incapacidade ou falncia do incapacidade ou falncia do avalizado, avalista avalizado, que afianou. - caso o avalista seja acionado ele ter direito de regresso contra o avalizado e todos os devedores anteriores a ele; - o aval dado aps o vencimento, aps o o mesmo tendo continua responsvel responsabilidade do cara

protesto, continua mesmo efeito de aval;

Segundo o artigo 1.647 do CC/02, nenhum dos cnjuges

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pode, sem a autorizao do outro (salvo quando o regime for de separao absoluta), prestar fiana ou aval Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta: III - prestar fiana ou aval;

1.5

Vencimento

1.5.1 vista o ttulo exigvel de imediato. 1.5.2 Data certa Tem data definida de pagamento 1.5.3 A certo termo da vista o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se do aceite. Schwasneger

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Hasta la vista, baby! Hasta la vista, aceite! 1.5.4 A certo termo da data o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se da emisso.

2. Nota Promissria

2.1

Conceito

o ttulo de crdito pelo qual uma pessoa (emitente) faz a outra pessoa, designada beneficirio, uma promessa pura e simples de pagamento de quantia determinada, vista ou prazo, em seu favor ou a outrem, nas condies dela constantes. S h 2 figuras: Promitente/Subscritor/Emitente Tomador/Beneficirio

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30

2.2

Aceite

uma promessa de pagamento. No uma ordem de pagamento: Aceite. - Decreto 57.663/66. Inicia no artigo 75. No artigo 77 diz que as mesmas regras que foram vistas em relao letra de cmbio aplicam-se no que for possvel nota promissria; - a Lei Uniforme de Genebra, em seu artigo 78, diz que a nota promissria pode ter os mesmos 4 tipos de vencimento, assim, o vencimento a certo termo de vista conta-se do visto do subscritor, j que a nota promissria no tem aceite;

2.3

Vencimento

2.3.1 vista o ttulo exigvel de imediato. 2.3.2 Data certa

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Tem data definida de pagamento 2.3.3 A certo termo da vista o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se do visto. Schwasneger Hasta la vista, baby! Hasta la vista, visto! 2.3.4 A certo termo da data o n de dias contados a partir de uma data inicial: conta-se da emisso.

2.4

Endosso

Idem Letra de Cmbio.

2.5

Aval

Idem Letra de Cmbio.

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32

2.6

NP vinculada a Ttulo de Crdito

- muito comum a vinculao de nota promissria a determinado contrato. Segundo o Princpio da Autonomia dos Ttulos de Crdito, caso o ttulo seja transferido a terceiro de boa f, ocorre a abstrao, onde o ttulo se desprende da causa. Agora, se na nota promissria constar que ela foi emitida em razo de determinado negcio jurdico, esse ttulo no goza de autonomia, uma vez que poder ser alegada exceo pessoal em desfavor de terceiro de boa f. Nota-se portanto, que nota promissria vinculada a contrato no goza de autonomia; - segundo a smula 258 do STJ a nota promissria vinculada a contrato de abertura de crdito no goza de autonomia em razo da iliquidez do ttulo que a originou. Isso significa que a exceo pessoal que voc apresentaria ao banco, voc tambm pode apresent-la ao terceiro de boa-f. Nessa smula, apesar da causa ser distinta, o ttulo tambm no goza de autonomia; - portanto, de extrema importncia lembrar que nota promissria vinculada a contrato no goza de autonomia;

2.7

NP Pro Soluto X NP Pro Solvendo

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33

NP Pro Soluto a nota em pagamento. Quando voc faz a tradio (entrega), a tradio faz a novao. A simples entrega provoca a novao da obrigao. Quando entrego a NP estou provocando a quitao da obrigao que a originou. Ex.: compra e venda de imvel. Se no pago a NP, a construtora vai poder fazer a resciso do contrato. Quando entrego a Np, quitei a compra e venda no possvel. A construtora s ter disposio a execuo.

NP Pro Solvendo a nota para pagamento. A entrega do ttulo no provoca a quitao da obrigao. A quitao somente se opera com o pagamento do ttulo. S vou ter a quitao da obrigao quando pagar a NP. Se eu no pagar a NP no vencimento, a construtora pode ajuizar ao de execuo, mas tambm pode optar pela resciso do contrato, porque o contrato no est quitado.

3. Cheque

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34

- a lei do cheque a lei 7.357/85;

3.1

Conceito

o ttulo cambirio pelo qual uma pessoa (Emitente/Sacador), com base em prvia e disponvel proviso de fundos, em poder do banco ou instituio financeira a ele assemelhada por lei (Sacado), d contra o banco uma ordem incondicional de pagamento vista, em seu prprio benefcio ou em favor de terceiro (Tomador/Beneficirio).

Cheque uma ordem de pagamento vista, incondicional, contra um banco, em razo de proviso que o emitente possui junto ao sacado, proveniente esta de contrato de depsito bancrio ou de abertura de crdito;

- a relao jurdica do cheque composta de: sacador + sacado (banco) + tomador;

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35

- smula 387 do STF: A cambial emitida ou aceita com omisses ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa f, antes da cobrana ou do protesto.

3.2

No h Aceite

- o cheque no admite aceite: aceite; - com relao ao vencimento, o cheque somente pode ser vista, no existindo cheque a data certa, a certo termo de vista ou a certo termo de data; - da surge o problema do cheque ps-datado (ou pr-datado, com querem alguns) construo doutrinria: segundo o artigo 32 da lei do cheque, ele pagamento vista, considerando-se no escrita qualquer meno em contrrio (portanto, o bom para considerado no escrito), podendo portanto, haver execuo, protesto, de cheque prdatado antes da data estipulada no ttulo (esse procedimento por parte do credor pode gerar dano moral para o devedor segundo a smula 370 do STJ caracteriza dano moral a apresentao antecipada de cheque pr-datado1);

1

Segundo a smula, o dano presumido, no precisar ser comprovado.

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36

STJ Smula 370:Caracteriza dano moral a apresentao antecipada de cheque pr-datado. 3.3 Endosso

- no caso de devoluo indevida do cheque (cheque perfeito, apresentado para pagamento, com fundos no banco, e devolvido): assim, o STJ editou a smula 388, no sentido de que a simples devoluo indevida de cheque caracteriza dano moral; - no que se refere ao endosso, tudo visto na letra de cmbio tambm se aplica ao cheque. Obs.: quando ainda vigorava a CPMF, existia o motivo 36 para devoluo do cheque, para o caso de cheque com mais de um endosso (a regra proibitiva de dava pelo fato do endosso fazer o cheque circular sem a incidncia de CPMF). Atualmente, no h mais limite de endosso para o cheque.

3.4

Aval

No que se refere ao aval, tudo visto na letra de cmbio se aplica ao cheque. O aval no cheque pode ser parcial ou total. O aval somente continua enquanto o ttulo ainda cambial, uma vez que, caso o ttulo deixe de ser obrigao cambial, o aval no mais vale (ex.: o ttulo

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37

prescrito faz com que o ttulo deixe de ser cambial, gerando a perda de efeito do aval). A smula 299 do STJ diz que [...] admissvel ao monitria fundada em cheque prescrito. A ao monitria contra o avalista de um cheque no pode ser proposta contra o avalista (nesse sentido a jurisprudncia do STJ, como o REsp. 200.492/MG);

3.5

Prazo de apresentao

de 30 dias se emitido na praa do sacado ou de 60 dias se for emitido em praa diferente da do sacado. Esse prazo contato partir da data de emisso do cheque. 2 finalidades principais do prazo de apresentao: - dar incio ao prazo prescricional; - s possvel executar o endossante de cheque se o cheque for apresentado dentro do prazo legal (art. 47, II, da lei de cheque). Perdido o prazo de apresentao, no se pode mais executar o endossante. Segundo a smula 600 do STF, cabe ao executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que no apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que no prescrita a ao cambiria. Portanto, somente o

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38

endossante no pode ser executado se o cheque for apresentado aps o prazo;

3.6

Sustao A sustao pode ser de dois tipos: - contra ordem/revogao (art. 35 da lei) somente pode ser realizada pelo emitente, s produzindo efeito depois do prazo de apresentao; - oposio/sustao (art. 36 da lei) pode ser realizado pelo emitente e o portador legitimado, ocorrendo esta mesmo durante o prazo de apresentao;

3.7

Pagamento - pagamento parcial: segundo o artigo 38, pargrafo nico da lei, diz que o portador no pode recusar pagamento parcial...; - se 2 ou + cheques so apresentados para pagamento simultaneamente (Detalhe, no h fundo disponvel de ambos), qual o banco deve pagar? Art. 40 tero preferncia os cheques de emisso mais antiga;

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39

se forem de mesma data, o de nmero inferior. - conta conjunta: segundo o STJ, na conta conjunta h solidariedade ativa, no sentido de que ambos podem movimentar a conta, mas no h solidariedade passiva. A responsabilidade passiva do emitente do cheque;

- Prescrio: DEVEDOR AVALISTA LETRA CMBIO NOTA PROMISSRIA DE 3 E contados CO-DEVEDOR E DIREITO DE REGRESSO meses

PRINCIPAL E AVALISTA

anos 1 ano contado do 6 do protesto;

contados do pagamento ou quando demandado; de

vencimento;

DUPLICATA

3 contados

anos 1 ano contado do 1 do protesto;

ano

contado do pagamento ou de

vencimento;

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40

quando demandado; CHEQUE 6 meses 6 meses contados 6 meses do do protesto (o do de poder pagamento do quando do ou de

contados para

fim do prazo processo apresentao; nos

ser substitudo ou termos

artigo por uma demandado; declarao banco da sacado cmara

por uma declarao compensao)2;

4. Duplicata - duplicata regida pela 5.474/68;

2

Na verdade, o grande objetivo de protestar o cheque a interrupo do prazo prescricional.

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41

- conceito 4.1 Conceito

Duplicata um ttulo de crdito causal, ordem, extrado pelo vendedor ou prestador de servios, que visa a documentar o saque fundado sobre crdito decorrente de compra e venda mercantil ou de prestao de servios, e tem como pressuposto a extrao de uma fatura; - a duplicata um ttulo causal - s pode ser emitida nos casos de compra e venda mercantil prestao de servios; - a emisso de fatura obrigatria, mas a emisso de duplicata facultativa. Do crdito (correspondente fatura), pode ser emitida uma duplicata; - na duplicata, o vendedor d uma ordem para o comprador pagar para ele (o vendedor); - no obrigatria a emisso de duplicata obrigatria a emisso da fatura o crdito da fatura representado na duplicata por isso, consta na duplicata o n da fatura;

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42

- a duplicata somente pode representar uma nica fatura (art. 2, 2 da lei 5.474/68). Porm, pode haver uma nica fatura com mais de uma duplicata (ex.: exemplo claro o comum parcelamento em prestaes, onde para cada prestao feita uma duplicata);

4.2

Aceite obrigatrio

- na letra de cmbio, se o sacado concordar com o pagamento, ele vai dar o aceite, sendo facultativo o aceite. Na duplicata, o aceite obrigatrio;

4.3

Hipteses legais que permitem a recusa do aceite - rol

taxativo art. 8 e 21: * avaria/no recebimento da mercadoria/no prestao dos servios; * vcio/defeito de quantidade ou qualidade do produto ou servio; * divergncias quanto a prazo/preo/condies de pagamento; Obs.: a recusa do aceite deve ser motivada. - aps a emisso da duplicata, o sacador ter prazo de 30 dias para sua remessa ao sacado;

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43

- o sacado, ao receber a duplicata, ter prazo de 10 dias para dar o aceite ou recus-lo de forma motivada e devolver a duplicata ao sacador;

- o endosso da duplicata segue a regra do endosso da letra de cmbio. No que se refere ao aval, tambm se aplica as disposies referentes letra de cmbio. Porm, h algumas pequenas diferenas: - a duplicata ou vista ou com data certa, no se admitindo duplicata a certo termo de vista ou a certo termo de data;

- a triplicata a segunda via da duplicata, s podendo ser emitida nas hipteses previstas na lei: - a perda ou extravio da duplicata obrigar o vendedor extrair triplicata, portanto, s pode haver a triplicata em caso de perda ou extravio; - modalidades de protesto da duplicata: - protesto pro falta de aceite surge em razo da devoluo da duplicata sem aceite e sem justificativa para recusa do aceite;

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44

- protesto por falta de devoluo caso o comprador no devolva a duplicata no prazo de 10 dias que ele tem para dar o aceite, cabe o protesto por falta de devoluo; - protesto por falta de pagamento quando a duplicata aceita, devolvida mas no honrado o pagamento, cabendo esse protesto;

PERGUNTA: possvel a execuo de duplicata sem aceite? RESPOSTA: sim possvel, desde que preenchido alguns requisitos da lei. Esses requisitos so: protesto + comprovante da entrega da mercadoria ou da prestao de servios. No precisa-se do contrato, mas precisa-se do comprovante da entrega da mercadoria.

4.4

Execuo de duplicata sem aceite?

Art. 15, II Sim, se tiver: Protesto Comprovante da entrega da mercadoria/prestao dos servios

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45

4.5

Prazos Prescricionais Devedor Principal e Co-devedor Avalista e Avalista Direito Regresso de

LC & NP

3

anos

do 1

ano

do 6 meses pagamento - de quando demandado 6 meses pagamento - de quando demandado do do

vencimento

protesto (p/ endossante tbm)

Duplicata =

=

Cheque

6 meses contados do 6 meses fim do prazo de apresentao(30/60)

6 meses - do prazo - de quando demandado

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46

Aula 3 25/03/2011

DIREITO SOCIETRIO

1. Quadro Geral das Sociedades: 1.1 Sociedade No-personificada No possui personalidade jurdica; 1.1.1 Sociedade em comum - encontrada no artigo 986 do CC/02; - se a sociedade no tem registro ela se chama de sociedade em comum, ou seja, ela uma sociedade que no foi levada a registro; Art. 990. Todos os scios respondem ***solidria*** e ilimitadamente pelas obrigaes sociais, excludo do

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47

benefcio de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. Art. 1.024. Os bens particulares dos scios no podem ser executados por dvidas da sociedade, seno depois de executados os bens sociais.

O artigo pode cair de 2 formas no concurso: Na prova objetiva Na prova discursiva.

O que ele diz? Todos tm benefcio de ordem. S no tem benefcio de ordem o scio que contratou pela sociedade: ento, o scio que contratou pela sociedade tem responsabilidade solidria com a sociedade. Entre a sociedade e os scios, a regra

responsabilidade subsidiria. Se o desejar, o credor

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48

pode executar diretamente os bens do scio que contratou pela sociedade. Os demais scios respondem somente

subsidiariamente perante o credor e entre os scios, h solidariedade. OBS: A regra geral, no direito societrio, que a responsabilidade ser sempre subsidiria. Scio Sociedade Responsabilidade subsidiria Scio Scio Responsabilidade solidria Scio contratante Sociedade Responsabilidade Solidria

- para que no se incentive esse tipo de sociedade, deve-se criar um regramento que incentive o registro, portanto, nessa sociedade, a responsabilidade do scio ser ilimitada; - a responsabilidade que o scio tem perante a sociedade sempre ser subsidiria (no importando o tipo de

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49

sociedade); assim, o scio tem o famoso benefcio de ordem (art. 1.024 do CC/02): - 1 devem ser perseguidos os bens da sociedade; - 2 insuficientes os bens da sociedade, deve-se perseguir os bens pessoais; - a responsabilidade que os scios tm perante os demais scios ser uma responsabilidade solidria; - aquele que contratou pela sociedade no pode alegar o benefcio de ordem (por exemplo, aquele que fez um contrato, um leasing, uma alienao fiduciria, etc);

OBS: Personalidade jurdica: Titularidade processual Titularidade negocial Autonomia patrimonial - o artigo 988 chama o patrimnio da sociedade comum de patrimnio especial e diz que quem vai ser o titular desse patrimnio so os scios da sociedade, portanto, os scios sero co-titulares do patrimnio especial;

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50

- no possui nome empresarial porque no possui personalidade jurdica;

- no momento em que registrada, deixa de ser sociedade em comum e passa a ser uma sociedade personificada;

1.1.2 Sociedade em conta de participao3 - encontrada no artigo 991 do CC/02;

Art. 991. Na sociedade em conta de participao, a atividade constitutiva do objeto social exercida unicamente pelo scio ostensivo, em seu nome individual e sob sua prpria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.

3

Esse disparado o tema do Direito Societrio que mais cai em prova.

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51

Pargrafo nico. Obriga-se perante terceiro tosomente o scio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o scio participante, nos termos do contrato social.

- nesse tipo de sociedade temos duas categorias de scios:

- scio ostensivo: ele quem vai exercer o objeto social (administra, explora a atividade, etc.); ele tem responsabilidade exclusiva (ele quem responde perante terceiros); age em seu nome individual (sociedade em conta de participao, como no tem personalidade jurdica, tambm no ter nome empresarial, portanto, tudo que o scio ostensivo faz, faz em favor da sociedade em nome prprio);

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52

- scio participante/oculto4: s participa dos resultados;

- no tem nome empresarial porque no tem personalidade jurdica; - legitimidade ativa/passiva em demanda judicial sobre a sociedade em conta de participao: scio ostensivo; Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurdica com a inscrio, no registro prprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). A sociedade em conta de participao vai adquirir personalidade jurdica com seu registro? - o artigo 993 exceo ao 985: [...] o contrato social produz efeito somente entre os scios, e a eventual inscrio de seu instrumento em qualquer registro no confere personalidade jurdica sociedade.5

4 5

Normalmente o contrato no registrado, ento, no se conhece o scio participante. A sociedade em conta de participao a nica que com o registro no adquire personalidade jurdica.

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53

1.2

Sociedade Personificada Possui personalidade jurdica;

1.2.1 Quanto ao objeto 1.2.1.1 Sociedade Empresria - definida no artigo 982 do CC/02; Art. 982. as EXCEES EXPRESSAS, considera-se

empresria a sociedade que tem por objeto o exerccio de atividade prpria de empresrio sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. - aquela que tem por objeto o exerccio de atividade prpria de empresrio sujeito a registro; - organizao empresarial + produo/circulao de bens/servios; 1.2.1.2 Sociedade Simples; - definida por excluso pelo artigo 982 do CC/02; - sociedade simples a sociedade tida por noempresria;

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54

- sociedade simples aquela que exerce uma atividade no classificada como de empresria; - exercendo profisso intelectual de natureza: cientfica, literria ou artstica sociedade simples; atividade comercial,porm, sem organizao

empresarial, ex. sociedade rural sem registro: Art. 971. O empresrio, cuja atividade rural constitua sua principal profisso, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus pargrafos, requerer inscrio no Registro Pblico de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficar EQUIPARADO, para todos os efeitos, ao empresrio sujeito a registro.

- alm dessas sociedades acima citadas, outras podem ser sociedades simples. Assim so sociedades simples todas aquelas que no possuem organizao empresarial;

1.2.2 Quanto forma

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55

- o artigo 983 do CC/02 diz que [...] a sociedade empresria deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos artigos 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e no o fazendo, subordina-se s normas que lhe so prprias: - o artigo 982, pargrafo nico do CC/02 diz que [...] independentemente de seu objeto (no importa a atividade da sociedade), considera-se empresria a sociedade por aes; e simples, a cooperativa; Teoria Geral das Sociedades: - Portanto, so tipos societrios: 1.2.2.1 Sociedades Empresrias devem: - Sociedade em nome coletivo; - Sociedade em comandita simples; - Sociedade em comandita por aes (sempre empresria); - Sociedade Annima (S/A) (sempre empresria); - Sociedade Limitada (LTDA);

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56

1.2.2.2

Sociedades Simples podem: - Cooperativa (sempre simples); - Sociedade em nome coletivo; - Sociedade em comandita simples; - Sociedade Limitada (LTDA); - Sociedade Simples Simples/Pura; simples quanto ao objeto e quanto forma.

As sociedades por aes so sempre empresrias. As Cooperativas so sempre simples.

- a sociedade s ganha personalidade jurdica depois do registro: - sociedade empresria junta comercial; - sociedade simples registro civil de pessoa jurdica (cartrio);

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57

Art. 1.150. O empresrio e a sociedade empresria vinculamse ao Registro Pblico de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurdicas, o qual dever obedecer s normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresria.

- excees a essa regra: - a sociedade de advogados, apesar de ser uma sociedade simples, ele deve ser feito na OAB; - cooperativa, mesmo sendo uma sociedade simples, ela deve ser registrada na junta comercial6;

2. Classificao das sociedades personificadas empresariais: 2.1 Sociedade de pessoa X Sociedade de capital: - Critrio: leva em conta o grau de dependncia da sociedade em relao s qualidades subjetivas dos scios;6

O artigo 32 da lei 8.934/94 diz que a cooperativa deve ter o registro na junta comercial;

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58

- Sociedade de Pessoas: as caractersticas subjetivas dos scios so indispensveis ao desenvolvimento da sociedade; - Sociedade de Capitais: o mais relevante o capital investido pelo scio na sociedade; Ex.: Sociedade Annima

2.2

Sociedade Contratual X Sociedade Institucional: - Critrio: regime de constituio e dissoluo do vnculo societrio; - Sociedade Contratual: o ato constitutivo da pessoa jurdica o contrato social; nessa sociedade, sobre esse contrato incidiro os princpios contratuais (prevalece a vontade dos scios); - Sociedade Institucional: o ato constitutivo um estatuto social; sobre o estatuto social, no incidiro princpios contratuais, devendo observar a lei 6.404/76 (lei de S/A) prevalece a vontade do legislador;

2.3

Responsabilidade Ilimitada X Responsabilidade Limitada VS

Responsabilidade Mista:

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59

- Critrio: responsabilidade do scio pelas obrigaes sociais; - Responsabilidade Ilimitada: o scio responder com seu patrimnio pessoal pelas dvidas da sociedade; - Responsabilidade Limitada: o patrimnio pessoal do scio no responde pelas dvidas da sociedade; - Responsabilidade Mista: quando na mesma pessoa jurdica h scios com a responsabilidade limitada e scios com a responsabilidade ilimitada (ex.: sociedade em comandita simples);

2.4

Sociedade Nacional X Sociedade Estrangeira: - Critrio: para ser nacional, deve a sociedade atender a dois requisitos do artigo 1.126 do Cdigo Civil: tem de ser organizada de acordo com a lei brasileira + a sede da administrao tem de ser no pas; - Sociedade Nacional: quando presente os dois requisitos do artigo 1.126 do CC/02;

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60

- Sociedade Estrangeira: quando faltar um dos requisitos do artigo 1.126 do CC/02; - no importa o tipo de atividade que a sociedade estrangeira exera, ela sempre precisar para se constituir no Brasil de autorizao do Poder Executivo Federal (art. 1.134 do CC/02);

- Sociedade em nome coletivo: - prevista no artigo 1.039 do CC/02; - a responsabilidade dos scios solidria e ilimitada (sendo tambm subsidiria); - pessoa fsica (no permite-se sociedade em nome coletivo de pessoa jurdica); - nome da sociedade firma social; - aplica-se a ele subsidiariamente as normas da sociedade simples (art. 1.040 do CC/02); - muito raro no Brasil sociedade em nome coletivo;

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- Sociedade em comandita simples: - prevista no artigo 1.045 do CC/02; - h duas categorias de scios: scio comanditado + scio comanditrio; - scio comanditado --> responsabilidade solidria e ilimitada; tem de ser pessoa fsica; - scio comanditrio --> responsabilidade limitada; pode ser pessoa fsica ou jurdica;

- Sociedade limitada (LTDA): - Legislao Aplicvel: - captulo prprio no Cdigo Civil (comea no art. 1.052); na omisso do captulo, aplica-se as regras da sociedade simples de forma subsidiria. Quanto regncia supletiva da lei de sociedade annima, pode-se aplicar a lei de S/A de forma supletiva desde que o contrato social permita expressamente tal aplicao; - Caractersticas: - pode ser uma sociedade empresria ou uma sociedade simples;

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62

- uma sociedade contratual o ato constitutivo um contrato social; - nome empresarial firma social ou denominao; - Constituio: - feita por meio de um contrato social, que possui alguns requisitos de validade: - agente capaz7; - objeto lcito8; - forma legal9; - requisitos especficos: a) contribuio dos scios com a formao do capital social (todos os scios devem contribuir com a formao do capital social). O ato de comprometimento de integralizar o capital

7

O RE 82.433/SP chegou ao STF para se discutir se o menor pode ser scio de uma sociedade limitada. Segundo o STF, menor pode sim ser scio, desde que preencha os seguintes requisitos: tem de estar devidamente assistido ou representado + no pode exercer a administrao + o capital social deve estar totalmente integralizado.8

Deve-se observar as peculiaridades de cada regio, uma vez que o poder pblico pode proibir determinadas atividades.9

possvel por instrumento particular ou instrumento pblico, necessitando em ambos os casos de visto do advogado, sob pena de nulidade. Micro-empresa e empresa de pequeno porte no necessitam de visto de advogado.

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63

na sociedade na proporo do contrato chama-se subscrio. Capital social o valor destinado para explorao da atividade provindo da contribuio dos scios. O ato de integrar o valor sociedade chama-se integralizao. - formas de integralizao: - com dinheiro; - com bens (carro, imvel10, computador, etc)11; - com crditos; - art. 1055, 2, CC/02 vedada a contribuio que consista em prestao de servios. - obs.: o scio que no integralizou (total/parcialmente) o capital (as quotas sociais) ser chamado de scio remisso. O scio remisso pode ser (art. 1.004, pargrafo nico do CC/02):

10

Quem integraliza com bens imveis o ITBI (art. 156, II da CRFB/88) no cobrado, portanto, sobre a operao no incide ITBI, um caso de imunidade especial (art. 156, 2, da CRFB/88).11

Quem integraliza com bens responde pela evico, ou seja, tem a mesma responsabilidade do que um vendedor. O valor no integralizado (ex.: scio deixa de integralizar; scio integraliza bem mas com valor estipulado acima do que realmente vale) far com todos os scios se responsabilizem por essa nointegralizao pelo prazo de cinco anos contados do registro da sociedade (art. 1.055, 1).

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- excludo da sociedade; - indenizao (cobrar a sociedade o que ele deve); - reduo da quota;

b) distribuio dos resultados: todos os scios devem participar dos lucros e das perdas da sociedade. O art. 1.008 diz que nula a estipulao contratual que exclua qualquer scio de participar dos lucros e das perdas.

3. Sociedades Contratuais 3.1 Requisitos Comuns 3.1.1 Agente 3.1.2 Objeto 3.1.3 Forma

3.2

Requisitos especficos 3.2.1 Pluralidade de scios

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So necessrios dois ou mais scios, portanto, na constituio da sociedade no possvel sociedade unipessoal, mas depois de constituda possvel que haja a unipessoalidade temporria. Assim, quando a sociedade tiver dois scios e um sair (exemplo: marido que separa da mulher e quer sair da sociedade limitada que tm juntos) pode haver a sociedade unipessoal no prazo de 180 dias no mximo, sob pena de desconstituio da sociedade (ver artigo 1.033, IV). Quanto possibilidade de sociedade entre cnjuges, o artigo 977 do Cdigo Civil nos responde, dizendo que [...] facultam aos cnjuges contratar sociedade entre si ou com terceiros, desde que no tenham casado no regime da comunho universal de bens ou no regime de separao obrigatria. - art. 1.639, 2 admissvel a alterao do regime de bens, mediante autorizao judicial em pedido motivado de ambos os cnjuges, apurada a procedncia das razes invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. - casamentos em comunho universal de bens em sociedades constitudas antes do CC/02 o DNRC (Departamento Nacional de Registro de Comrcio) um rgo normatizador e emitiu um parecer (parecer

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66

125/03), que causou a edio do Enunciado 204 do CJF, no sentido de que as sociedades j constitudas devem ser mantidas em razo do ato jurdico perfeito e do direito adquirido.

REsp 1.058.165/RS 977 se aplica a sociedade empresria e a sociedade simples. Art. 977. Faculta-se aos cnjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que no tenham casado no regime da comunho universal de bens, ou no da separao obrigatria.

3.2.2 Contribuio dos Scios para formar o Capital Social Subscrio (comprometimento) Integralizao (pagamento). Capital social o valor destinado para explorao da atividade provindo da contribuio dos scios

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67

3.2.3 Distribuio dos Resultados

3.2.4 Affectio Societatis a disposio dos scios em formar e manter a sociedade uns com os outros. Quando no existe ou desaparece esse nimo, a sociedade no se constitui, ou deve ser dissolvida.

Aula 4 31/03/2011

3.2.5 Contrato Social

3.2.5.1

Clusulas contratuais essenciais12: a) art. 997 do CC traz o rol das clusulas: - qualificao dos scios;

12

Clusulas essenciais no podem deixar de existir no contrato.

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68

- nome/denominao empresarial, objeto e sede da sociedade; - valor do capital social; - se o prazo determinado ou indeterminado; - cota de cada scio e modo de integralizao; - pessoas naturais que exercero a administrao; - participao de cada scio nos lucros e perdas; - tipo de responsabilidade dos scios.

SUBTTULO Da Sociedade Personificada

II

CAPTULO Da Sociedade Simples

I

Seo Do Contrato Social

I

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69

Art. 997. A sociedade constitui-se mediante CONTRATO ESCRITO, PARTICULAR ou PBLICO, que, alm de clusulas estipuladas pelas partes, mencionar: I - nome, nacionalidade, estado civil, profisso e residncia dos scios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominao, nacionalidade e sede dos scios, se jurdicas; II - denominao, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espcie de bens, suscetveis de avaliao pecuniria; IV - a quota de cada scio no capital social, e o modo de realiz-la; V - as prestaes a que se obriga o scio, cuja contribuio consista em servios; VI - as pessoas naturais incumbidas da administrao da sociedade, e seus poderes e atribuies; VII - a participao de cada scio nos lucros e nas perdas;

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70

VIII

-

se

os

scios

respondem,

ou

no,

subsidiariamente, pelas obrigaes sociais. Pargrafo nico. ineficaz em relao a terceiros qualquer pacto separado, contrrio ao disposto no instrumento do contrato.

3.2.5.2

Clusulas contratuais acidentais13: a) pro labore: existe diferena entre lucro e pro labore. Lucro decorrente do o investimento inicial. Pro labore a remunerao decorrente do trabalho em favor da sociedade. Assim, todos os scios tm direito ao lucro, mas somente os que trabalham tm direito ao pro labore.

4. Sociedade Simples 4.1 Constituio: Contrato Social (998)

13

A presena dessas clusulas so dispensveis, mas podem constar no contrato.

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71

Art.

998.

Nos

30

dias

subseqentes

sua

constituio, a sociedade dever requerer a inscrio do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurdicas do local de sua sede. - Registro dentro do prazo: efeitos ex tunc (retroagem data da constituio) - Registro depois do prazo: efeitos ex nunc (efeitos a partir da concesso do registro) 1o O pedido de inscrio ser acompanhado do instrumento autenticado do contrato, e, se algum scio nele houver sido representado por procurador, o da respectiva procurao, bem como, se for o caso, da prova de autorizao da autoridade competente. 2o Com todas as indicaes enumeradas no artigo antecedente, ser a inscrio tomada por termo no livro de registro prprio, e obedecer a nmero de ordem contnua para todas as sociedades inscritas.

4.2

Contrato Social (998)

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72

4.2.1 Clusulas essenciais Alterao UNANIMIDADE Art. 999. As modificaes do contrato social, que tenham por objeto matria indicada no art. 997, dependem do consentimento de todos os scios (UNANIMIDADE); as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato no determinar unnime. Pargrafo nico. Qualquer modificao do contrato social ser averbada, cumprindo-se as formalidades previstas no artigo antecedente. a necessidade de deliberao modificao: qurum de

4.2.2 Clusulas acidentais Alterao modificao: qurum de maioria absoluta

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73

4.3

Cotas Sociais

4.3.1 Formas de integralizao: 4.3.1.1 Dinheiro 4.3.1.2 Bens 4.3.1.3 Crditos 4.3.1.4 Prestao de Servios Quando isso ocorre, o scio que pagar sua parte prestando servio no pode empregar-se em atividade estranha sociedade. Tem que prestar servio s para aquela atividade. Art. 1.006. O scio, cuja contribuio consista em servios, no pode, conveno em contrrio, empregar-se em atividade estranha sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excludo. OBA: Neste tipo de sociedade, admite-se a contribuio em servios.

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74

4.3.2 Cesso de Quotas 4.3.2.1 Alterao do Contrato Social Art. 1.003. A cesso total ou parcial de quota, sem a correspondente modificao do contrato social com o consentimento dos demais scios, no ter eficcia quanto a estes e sociedade. Cesso de quota exigidos: - consentimento dos demais scios - modificao do contrato social Para ter eficcia quanto aos scios e sociedade 4.3.2.2 Aprovao de todos os scios Como muda uma clusula essencial, necessria concordncia da unanimidade dos scios

4.4

Responsabilidade do Scio * Definida no Contrato Social:

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75

Limitada X Ilimitada Solidria X Subsidiria

* Contrato omisso Responsabilidade: Ilimitada Subsidiria

Insolvncia: Art. 1.023. Se os bens da sociedade no lhe cobrirem as dvidas, respondem os scios pelo saldo, na proporo em que participem das perdas sociais, responsabilidade solidria. clusula de

4.5

Direitos dos Scios

4.5.1 Participao nos lucros

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Direito que todos os scios possuem. Tanto assim, que temos uma regra no CC que define que, se o contrato social de uma sociedade simples contiver uma clusula excluindo um determinado scio da participao nos lucros, essa clusula nula. Art. 1.008. NULA a estipulao contratual que exclua qualquer scio de participar dos lucros e das perdas. O CC permite que os scios distribuam os lucros

desproporcionalmente participao Social: Participao social A B 70% 30% Distribuio Lucros 75% 25% de

Art. 1.007.

estipulao em contrrio, o scio

participa dos lucros e das perdas, na proporo das respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuio

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consiste em servios, somente participa dos lucros na proporo da mdia do valor das quotas.

4.5.2 Participao nas deliberaes sociais Deciso da Maioria do Capital Social.

Vai prevalecer a deciso da maioria do capital social. Participao social A B C 51% 29% 20%

Votos

Sim No No

Seo Da Administrao

III

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78

Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos scios decidir sobre os negcios da sociedade, as deliberaes sero tomadas por MAIORIA de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um. 1o Para formao da maioria absoluta so necessrios votos correspondentes a mais de metade do capital.

Empate Desempate: 1 Critrio: deciso do maior n de scios Participao social A B C 50% 30% 20% Votos

Sim No No

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2 Critrio: deciso judicial ou arbitral 2o Prevalece a deciso sufragada por maior nmero de scios no caso de empate, e, se este persistir, decidir o juiz. Participao social A B C 50% 30% 20%

Votos

Sim No No

3o Responde por perdas e danos o scio que, tendo em alguma operao interesse contrrio ao da sociedade, participar da deliberao que a aprove graas a seu voto.

4.5.3 Direito de Retirada

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80

4.5.3.1 Sociedade de Prazo Determinado Justa causa Provada judicialmente

4.5.3.2 Sociedade de Prazo Indeterminado Justa causa Notificao aos demais scios (ant. 60 dias)

Art. 1.029. Alm dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer scio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificao aos demais scios, com antecedncia mnima de 60 dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. Pargrafo nico. Nos 30 dias subseqentes notificao, podem os demais scios optar pela dissoluo da sociedade.

* Retirada, Excluso ou Morte de Scio responde at 2 anos da averbao da resoluo da sociedade:

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81

Art. 1.032. A retirada, excluso ou morte do scio, no o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigaes sociais anteriores, at 2 anos aps averbada a resoluo da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto no se requerer a averbao. * Cesso de Quotas: Art. 1.003, Pargrafo nico. At 2 anos depois de averbada a modificao do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionrio, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigaes que tinha como scio.

4.6

Excluso de Scio

4.6.1 Falta grave Ex.: fazer concorrncia com a prpria sociedade. Ex.: scio remisso pode ser: Excludo

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82

Executado Ter sua quota reduzida Art. 1.004. Os scios so obrigados, na forma e prazo previstos, s contribuies estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de faz-lo, nos 30 dias seguintes ao da notificao pela sociedade, responder perante esta pelo dano emergente da mora. Pargrafo nico. Verificada a mora, poder a maioria dos demais scios preferir, indenizao, a excluso do scio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante j realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto no 1o do art. 1.031.

4.6.2 Incapacidade Superveniente Ex.: fazer concorrncia com a prpria sociedade.

Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu pargrafo nico, pode o scio ser excludo judicialmente,

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mediante iniciativa da maioria dos demais scios, por falta grave no cumprimento de suas obrigaes, ou, ainda, por incapacidade superveniente.

4.7

Apurao de haveres 4.7.1 Balano Especial Balano (Ativo Passivo) para verificar patrimnio e o montante que o scio receber. No receber o valor da sua quota. Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relao a um scio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-, disposio contratual em contrrio, com base na situao patrimonial da sociedade, data da resoluo, verificada em balano especialmente levantado. 1o O capital social sofrer a correspondente reduo, se os demais scios suprirem o valor da quota.

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84

2o A quota liquidada ser paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da liquidao, estipulao contratual em contrrio. acordo, ou

4.8

Administrao

No pode ser PJ. Obs.: pessoa jurdica no pode ser

administradora da sociedade LTDA, podendo ser somente a pessoa natural, conforme o artigo 997, inciso VI.

4.8.1

Somente Pessoa Fsica.

Art. 997. A sociedade constitui-se mediante CONTRATO ESCRITO, PARTICULAR ou PBLICO, que, alm de clusulas estipuladas pelas partes, mencionar:

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VI - as pessoas naturais incumbidas da administrao da sociedade, e seus poderes e atribuies;

A Administrao personalssima. No se transfere a Administrao com a cesso de quotas.

4.8.2 Scio ou No scio

Para que o no scio seja administrador, so necessrios dois requisitos cumulativos (art. 1.061 do CC/02): - previso no contrato social14; - aprovao dos scios, com o seguinte qurum: - capital social integralizado -> 2/3 da quotas sociais; - capital social no est totalmente integralizado -> unanimidade;

14

No havendo previso no contrato social, somente o scio pode ser administrador.

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Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores no scios, a designao deles depender de aprovao da unanimidade dos scios, enquanto o capital no estiver integralizado, e de 2/3, no mnimo, aps a integralizao.

4.8.3 Omisso contratual: So administradores todos os scios. Na omisso do contrato, todos os scios sero administradores. Art. 1.013. A administrao da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos scios. 1o Se a administrao competir separadamente a vrios administradores, cada um pode impugnar operao pretendida por outro, cabendo a deciso aos scios, por maioria de votos. 2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operaes, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria.

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Art. 1.014. Nos atos de competncia conjunta de vrios administradores, torna-se necessrio o concurso de todos, nos casos urgentes, em que a omisso ou retardo das providncias possa ocasionar dano irreparvel ou grave.

4.8.4 Administrador Nomeao: 4.8.4.1 No contrato Scio: Poderes Irrevogveis No scio: Poderes Revogveis

4.8.4.2 Em ato separado Scio: Poderes Revogveis No scio: Poderes Revogveis

Art.

1.012.

O

administrador,

nomeado

por

instrumento em separado, deve averb-lo margem da inscrio da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de

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requerer a averbao, responde pessoal e solidariamente com a sociedade.

Scio Contrato Poderes irrevogveis Em separado ato Poderes Revogveis

No scio Poderes Revogveis Poderes Revogveis

Art. 1.019. So irrevogveis os poderes do scio investido na administrao por clusula expressa do contrato social, justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos scios. Pargrafo nico. So revogveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a scio por ato separado, ou a quem no seja scio.

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4.8.5 Administrador Responsabilidade: Os atos praticados pelo administrador, em regra, so de responsabilidade da sociedade porque, enquanto administrador, representa os interesses da PJ. Foi escolhido pela PJ para exercer os atos de administrao. Se o administradora agir com culpa no desempenho de suas funes, ele responder solidariamente com a sociedade. Art. 1.015, p. nico muito comum em prova. Art. 1.015. No silncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes gesto da sociedade; no constituindo objeto social, a onerao ou a VENDA de bens IMVEIS depende do que a MAIORIA dos scios decidir.

Teoria Ultra Vires (Alm das Foras): Condies para oposio a terceiros do excesso de poder praticado por administradores basta 1 hiptese:

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Pargrafo

nico.

O

excesso

por

parte

dos

administradores somente pode ser oposto a terceiros [pela sociedade] se ocorrer pelo menos 1 das seguintes hipteses: I - se a limitao de poderes estiver inscrita ou averbada no registro prprio da sociedade (limitao de poderes bem definida no contrato social, dizendo o que ele pode e no pode fazer); Ex.: contrato prev que o Administrador no pode prestar fiana, aval, assinar cheque sozinho (precisa de assinatura de 2 ou + administradores). Se o locador alugar um imvel afianado pela sociedade, aquele no poder cobrar desta o valor no pago. Quem responder o prprio administrador. II - provando-se que [a limitao de poderes] era conhecida do terceiro; III - tratando-se de operao evidentemente estranha aos negcios da sociedade. Se o administrador pratica ato diverso do explorado pela atividade, o ato chamado de

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excessivo,

por

que

o

prprio

administrador

responder, e no a sociedade.

Art.

1.016.

Os

administradores

respondem

solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funes.

Teoria Ultra Vires (Alm das Foras): Ato ultra vires o praticado pelo administrador alm das foras por ele atribudas pelo Estatuto Social, ou Contrato Social, isto , com extrapolao dos limites de seus poderes estatutrios ou contratuais. Segundo esta Teoria, no imputvel Sociedade o ato excessivo (ato ultra vires).

Obs.: a teoria ultra vires uma teoria inglesa e nem mesmo na Inglaterra se usa mais essa teoria, alm dela ainda estar contra a orientao do STJ. Para

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este Tribunal Superior, deve ser aplicada a Teoria da Aparncia. Em razo da dinmica das relaes contratuais, modernidade e massificao das relaes, aliada proteo da boa-f que se impe a aplicao da Teoria da Aparncia. Aparentemente, o Administrador tem poderes para exercer diversos atos.

- Srgio Campinho traz um conceito muito interessante: segundo ele, a teoria ultra vires deve ser aplicada para os fornecedores e instituies financeiras de crdito, mas em se tratando de relao de consumo e de trabalho deve prevalecer a teoria da aparncia. Se o Administrador pratica ato excessivo, a sociedade tem culpa in eligendo e ter direito de regresso contra o Administrador. REsp 704.546/DF

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5. Sociedade Limitada Artigo 1.052 e ss do CC. Omisso do CC aplicam-se as regras de sociedade simples. Ex.: questo do ato ultra vires, porque, no captulo de ltda, o CC no fala nada sobre o assunto. Ex.: direito de retirada. Ex.: regra de clusula que exclui o scio de participar dos lucros nula.

Quanto ao objeto, pode ser: Sociedade Simples Sociedade Empresria Se o tipo Ltda, no importa se simples ou empresria, deve observar as regras da Ltda, no da Sociedade Simples. Apenas na omisso do captulo da Ltda aplicam-se as regras do captulo da Sociedade Simples.

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O contrato social da Ltda pode prever que, na omisso, a regncia ser a da SA. Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omisses deste Captulo, pelas normas da sociedade simples. Regncia Supletiva da Lei de SA: Pargrafo nico. O contrato social poder prever a regncia supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade annima. Aula 5 18/04/2011 5.1 Responsabilidade dos scios: Limitada - segundo o artigo 1.052 do CC/02, na sociedade limitada, a responsabilidade do scio est restrita ao valor de suas quotas, mas todos os scios respondem de forma solidria pelo que falta para a integralizao do capital social; - como exemplo, uma padaria em que o capital social seja R$100.000,00, onde um pontepretano tem 40%, um flamenguista tem 30%, um so-paulino tem 24% e um corinthiano tem 6%. Cada um desses scios obrigado a integralizar o valor de suas quotas, assim, integralizada a quota parte de cada um, acabou-se a

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responsabilidade dos scios. Essa a grande diferena da sociedade limitada e da sociedade em comandita simples. Na sociedade limitada o scio no responde com o seu patrimnio, respondendo apenas com o patrimnio da sociedade, sendo o seu dever apenas integralizar as quotas a que se comprometeu. No caso em que um dos scios deixe de integralizar (ex.: Flamenguista), faltar R$30.000,00 assim, todos os scios respondem por esse valor que faltou, ou seja, quem vai ter de pagar sero todos os scios, visto que eles respondem de forma solidria pelo que falta para a integralizao. - excees regra da limitao da responsabilidade (dvidas que recaem sobre o patrimnio dos scios):

5.1.1 Excees: 5.1.1.1 Ausncia de registro - sociedade em comum (CC

986); Art. 986. Enquanto no inscritos os atos constitutivos, reger-se- a sociedade, exceto por aes em organizao, pelo disposto neste Captulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatveis, as normas da sociedade simples.

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5.1.1.2 5.1.1.3 5.1.1.4 5.1.1.5

Dvidas trabalhistas; Casos de desconsiderao da personalidade jurdica; Dissoluo irregular (RESP 586.222) Quando a sociedade violar a regra do artigo 977

(sociedade entre cnjuges); - Obs1.: nesses casos acima todos os scios vo se responsabilizar com o patrimnio pessoal e de forma solidria. - Obs2.: as deliberaes infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade somente dos scios que expressamente as aprovaram (art. 1.080 do CC/02). - Obs3.: o CTN, em seu artigo 135, diz que [...] so pessoalmente correspondentes responsveis a pelos crditos tributrias obrigaes

resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infrao de lei, contrato social ou estatutos. O inciso III do mesmo artigo diz que quem responde nesse caso o administrador.

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- entendimento do STJ quando a sociedade deixa de pagar o imposto porque no possui recurso suficiente para o pagamento, isso vai se chamar inadimplncia. Na inadimplncia, o administrador no responde pela dvida tributria. Agora, caso a sociedade deixe de pagar o imposto por qualquer outro motivo, isso vai se chamar sonegao. Na sonegao o administrador responde com o seu patrimnio pessoal.

* Dbito com INSS (era um item, agora uma obs.) art. 13, Lei 8.620, foi revogado pela Lei 11.941/2009. Hoje, no se aplica mais.

5.1.1.6

Apenas o Administrador: Dvida Tributria (CTN 153, III) Art. 135. So pessoalmente responsveis* pelos crditos correspondentes a obrigaes tributrias [tributos ou multas (tributrias ou no tributrias), e

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dvidas no tributrias, de qualquer natureza Lei 6.830, art. 2, 4] resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infrao de lei, contrato social ou estatutos: III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado. Simples inadimplncia: o administrador no responde. Sonegao: o administrador responde.

5.1.1.7

Alguns scios Deliberaes infringentes da lei ou CS (CC 1080)

Art.

1.080.

As

deliberaes

infringentes

do

CONTRATO ou da LEI tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram.

5.2

Quotas sociais:

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99

5.2.1 Natureza Jurdica duplo aspecto: - segundo Rubens Requio as quotas sociais tm duplo aspecto: asseguram ao seu titular 5.2.1.1 5.2.1.2 direito patrimonial e direito pessoal.

Direito

patrimonial:

identificado

com

um

crdito

consistente em percepo dos lucros durante a existncia da sociedade e, eventualmente, na partilha de sua massa residual, decorrente de sua liquidao final. Direito pessoal: so os direitos que decorrem do status de scio (ex.: direito de participar das decises nas reunies, direito de fiscalizar os atos da administrao, direito de preferncia na subscrio de novas quotas sociais).

5.2.2 Formas de Integralizao: 5.2.2.1 5.2.2.2 Dinheiro Bens

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100

Art. 1.055, 1o Pela exata estimao de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os scios, at o prazo de 5 anos da data do registro da sociedade.

5.2.2.3 5.2.2.4

Crditos Prestao de Servios (CC 1.055, 2) Art. 1.055, 2o vedada contribuio que consista em prestao de servios.

PJ MG, PJ SP, AGU, MG SE

5.2.3 Quotas Iguais ou Desiguais (1.055): 5.2.3.1 5.2.3.2 Iguais Desiguais

Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada scio.

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101

- as quotas podem ser iguais Exemplo: R$10.000,00 divididas em 10 quotas de

R$1.000,00) o valor da quota igual; 60% CS R$ 6.000,00 40% CS R$ 4.000,00; 10.000 quotas R$ 1,00

- as quotas tambm podem ser desiguais Exemplo: R$ 10.000,00, dividido em 2 quotas: uma quota de R$ 6.000,00 e uma quota de R$ 4.000,00;

5.2.4 Cuidados com a Integralizao:

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102

Art. 1.055, 1o Pela exata estimao de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os scios, at o prazo de 5 anos da data do registro da sociedade.

5.2.5 Transferncias das quotas sociais: - o contrato social disciplina a transferncia de quotas; - porm, o contrato social pode ser omisso, seguindo o seguinte regramento (art. 1.057 do CC/02): - transferncia para outro scio: no precisa de autorizao dos demais; - transferncia para terceiro: s possvel se no houver a oposio de mais de do capital social;

Art. 1.057. Na OMISSO do contrato, o scio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja scio, independentemente de audincia dos outros, ou a estranho, se no houver oposio de titulares de mais de 1/4 do capital social.

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103

Pargrafo nico. A cesso ter eficcia quanto sociedade e terceiros, inclusive para os fins do pargrafo nico do art. 1.003, a partir da averbao do respectivo instrumento, subscrito pelos scios anuentes. Art. 1.003, Pargrafo nico. At 2 anos depois de averbada a modificao do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionrio, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigaes que tinha como scio.

5.2.6 Scio incapaz: STF RE 82.433/SP possvel menor ser scio de limitada. 3 requisitos: Assistido ou representado No pode exercer a Administrao Capital Social 100% integralizado Esse era o posicionamento jurisprudencial. Virou lei.

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104

Lei 12.399/2011 - Art. 1o Esta Lei acresce o 3o ao art. 974 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Cdigo Civil, para dispor sobre o registro de contratos e alteraes contratuais de sociedade que seja integrada por scio incapaz.

Art. 974, 3o, CC - O Registro Pblico de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais dever registrar contratos ou alteraes contratuais de sociedade que envolva scio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: (Includo pela Lei n 12.399, de 2011) I o scio incapaz no pode exercer a administrao da sociedade; (Includo pela Lei n 12.399, de 2011) II o capital social deve ser totalmente

integralizado; (Includo pela Lei n 12.399, de 2011)

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105

III o scio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. (Includo pela Lei n 12.399, de 2011)

Incapacidade superveniente: Princpio da preservao da Empresa permanece a sociedade, se houver autorizao judicial (974, 1).

1o Nos casos deste artigo, preceder autorizao judicial, aps exame das circunstncias e dos riscos da empresa, bem como da convenincia em continu-la, podendo a autorizao ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuzo dos direitos adquiridos por terceiros.

5.2.7 Penhora de quotas sociais: - a doutrina diz que a sociedade limitada pode ser uma sociedade de capital ou uma sociedade de pessoas.

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106

No caso de sociedade de capital, a quota seria penhorvel, uma vez que depois de arrematada a quota na execuo, qualquer um pode ingressar na sociedade, uma vez que ela de capital. Porm, se for sociedade de pessoas, a doutrina diz que ela impenhorvel, uma vez que, em processo de execuo, a substituio do proprietrio poderia causar a desconfigurao da sociedade, uma vez que a pessoa do proprietrio importante para a existncia da sociedade; - o STJ diz que no importa se a sociedade de pessoas ou de capital, as quotas sociais sempre so penhorveis. Segundo STJ, deve ser observado o princpio da ordem pblica, conforme o artigo 591 do CPC, onde o devedor deve responder para o cumprimento de suas obrigaes com todos os seus bens, presentes e futuros. Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigaes, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restries estabelecidas em lei. Ademais, o artigo 649 do CPC enumera os bens

absolutamente impenhorveis, e no esto nesse rol as quotas sociais, que, portanto, so passveis de penhora.

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107

Porm, segundo o STJ, no processo executivo, deve ser dada preferncia para os scios na arrematao (em analogia ao art. 1.116 a 1.119 do CPC);

H de ser observada a ordem do CPC 655: Nova ordem de penhora: Art. 655. A penhora observar, preferencialmente, a seguinte ordem: (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006). I - dinheiro, em espcie ou em depsito ou aplicao em instituio financeira; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006). II - veculos de via terrestre; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006). III - bens mveis em geral; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006). IV - bens imveis; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006).

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108

V - navios e aeronaves; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006). VI aes e quotas de sociedades

empresrias; (Redao dada pela Lei n 11.382, de 2006). ... AgRg 1.116.746/SP

No esquecer da importante regra do 1.026. O credor no quer ser scio, quer receber. Neste sentido, possvel pedir a penhora dos lucros da Sociedade:

Art. 1.026. O credor particular de scio pode, na insuficincia de outros bens do devedor, fazer recair a

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109

execuo sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidao. Pargrafo nico. Se a sociedade no estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidao da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, ser depositado em dinheiro, no juzo da execuo, at 90 dias aps aquela liquidao. Esse artigo protege a affectio societatis mantm os scios e penhora apenas os lucros da sociedade.

5.3

Administrador: 5.3.1 Nomeao: 5.3.1.1 5.3.1.2 5.3.2 Qualidade 5.3.2.1 5.3.2.2 Scio No scio 1 s requisito (1.061): Contrato Social Ato separado

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110

Previso no contrato social Aprovao dos Scios Qurum depende do Capital social: 100% integralizado 2/3 No 100% integralizado unanimidade

Nos livros antigos: 2 requisitos. A Lei 11.375, de 30 de dezembro de 2010 modificou o artigo 1.061:

Art. 1.061. A designao de administradores no scios depender de aprovao da unanimidade dos scios, enquanto o capital no estiver integralizado, e de 2/3 (dois teros), no mnimo, aps a integralizao. (Redao dada pela Lei n 12.375, de 2010) Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores no scios, a designao deles depender de aprovao da unanimidade dos scios, enquanto o capital no estiver integralizado, e de 2/3, no mnimo, aps a integralizao. Agora, no mais necessria a autorizao no contrato social.

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111

Art. 1.060. A sociedade limitada administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. Pargrafo nico. A administrao atribuda no contrato a todos os scios NO se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade.

5.4

Conselho Fiscal: 5.4.1 Facultativo (1066) Art. 1.066. Sem prejuzo dos poderes da assemblia dos scios, pode o contrato instituir conselho fiscal composto de 3 ou + membros e respectivos suplentes, scios ou no, residentes no Pas, eleitos na assemblia anual prevista no art. 1.078. 1o No podem fazer parte do conselho fiscal, alm dos inelegveis enumerados no 1o do art. 1.011, os membros dos demais rgos da sociedade ou


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