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Direito Internacional Pblico

O DIP trata das relaes entre os Estados e suas normas e compromissos (pacta sunt servanda). Tais normas so elaboradas de dentro para fora, para regular as relaes externas. Diferentemente de no seu Direito Interno, nessas relaes, as leis no so aplicadas.

O DIP precede a prpria Sociedade Internacional, o primeiro teria surgido por volta do sculo XVII (j como disciplina autnoma), com a formao dos Estados e a ltima apenas na segunda metade do sculo XX, com a criao da ONU.

preciso identificar as sociedades humanas por trs da autarquia que elas representam (ESTADO).

A Sociedade Internacional formada a partir de uma comunidade de Estados. O mundo formado por Estados e normas por eles elaboradas, nas quais o seu cenrio de produo so as relaes internacionais, antes desenvolvidas de forma autnoma, mas hoje, a partir das relaes entre as Sociedades Internacionais.

O Estado uma comunidade humana autnoma, organizada a partir de um governo. Eles se associam entre si, formando compromissos e normas de DI. Tais relaes sempre existiram, pois as comunidades humanas tambm (como a indgena), diferentemente dos Estados organizados, surgidos a partir do sculo XV. Maquiavel, nessa poca, desenvolve ideias que permitiriam a reinaugurao da estrutura poltica do ocidente. O Estado assim no existe na natureza, mas fruto de objetos culturais.

Eurocentrismo: desenvolvemos uma cultura ocidental, transplantada da Europa para as Amricas. Somos educados de acordo com essa cultura ocidental, mantendo a hegemonia da cultura europeia. A hegemonia da Europa e dos EUA no est acabando, pelo contrrio. A prpria ideia de concepo do Estado veio da Europa.

Na antiguidade j havia normas jurdicas entre comunidades autnomas, a exemplo de um compromisso firmado entre Hamss II e os povos Hititas. A noo na antiguidade que mais se aproximou do Estado Moderno foi a de imperius, a exemplo de Roma. A expanso do Imprio Romano permitiria a expanso da sua prpria cultura, numa forma de subjugar outros povos. As relaes internacionais romanas eram feitas pelo Jus Feciale, vinculado a atos religiosos. Os brbaros eram aqueles com quem no se realizavam tais relaes. Mas a maior herana do Imprio Romano foi o seu Jus Gentium (Direito das Gentes), o direito dos humanos, inclusive daqueles no romanos.

Na Idade Mdia ainda no havia Estados, dividindo-se o Direito em: Jus Commune (afeto a determinada regio) e Jus Proprium (para todos os humanos).A Guerra Justa permitiu a Igreja defender os seus prprios interesses, sob pena de excomunho (a qual era considerada extremamente grave naquela poca). As relaes entre as comunidades deveriam se desenvolver sob a paz de Deus.

Criou-se ainda o protestantismo: doutrina religiosa que se contrapunha ao catolicismo, levando a uma diviso do poder da Igreja gerando uma srie de guerras at que se chegasse a paz de Augsburg. Tal doutrina tambm permitiu o desenvolvimento do iluminismo.

Westfalia: permitiu o surgimento do mundo como o de hoje. Foram dois tratados assinados entre a Frana e o imperador austraco-germnico. Determinava que se devesse atribuir a uma potncia e a outra um grau de equivalncia (de Estados para Estados). Tratou-se de uma tentativa de se obter a paz aps a guerra dos Trinta Anos.

Utrecht: foi uma confirmao do Westfalia de manter um equilbrio entre os Estados Europeus. Napoleo era uma ameaa para os pases, chegando a gerar inmeras guerras, sucumbiram, por sua vez, todos os seus objetivos com a elaborao do Congresso de Viena, permitindo a re-elaborao das fronteiras polticas europeias aps as guerras napolenicas.

Doutrina Monroe Amrica para os americanos, forma dos EUA de manterem a sua hegemonia sob o continente, hoje atravs da OEA.

Santa Aliana: tratava-se de uma aliana de defesa mtua contra a Frana e depois contra ameaas externas aos Estados. Tratou-se de um embrio de uma entidade de colegiado de Estados (Sociedade Internacional), mas no ainda como uma comunidade internacional, que surgiriam com a Liga das Naes (sendo esta permanente e no organizada apenas no caso de ameaas).

Tratado de Versalhes: tratou-se do estopim para a segunda guerra mundial. Posteriormente a guerra surgiu a ONU e com ela formalmente o mundo de Sociedade Internacional, com a pretenso de manter uma colegialidade/interestatismo permanente a fim de garantir a segurana mundial.

Convenes de Genebra a fim de banir a utilizao de armas desumanas. Israel, criado a partir da perseguio nazista aos judeus, estratgia envolta numa rea de abundncia em petrleo.

Guerra Fria: o equilbrio do terror, guerra apenas no papel e em pases perifricos.

Fim do comunismo: queda do muro de Berlim em 1989 e fim da URSS em 1991.

Globalizao: desenvolvimento da OMC, organizao de Estados voltada para a acelerao comercial. Dcada de 70, desenvolvimento das telecomunicaes, um mundo interligado. Aqui materialmente de Sociedade Internacional, com o desenvolvimento capitalista.

Concepo do Ataque preventivo: no se espera estar em perigo para se atacar (BUSH IRAQUE). Pases fora da lei: aqueles que fossem uma ameaa aos democratas.

Reaes globalizao: ambientalismo (contra um capitalismo predatrio) e os Direitos Humanos.

O DIP comea com a denominao de Direito das Gentes, numa clara aluso ao Jus Gentium Romano (denominao latina do direito dos humanos, para os estrangeiros que estivessem mantendo relaes com os romanos, dentro ou fora da sua jurisdio). Hoje se utiliza a expresso International Law, desenvolvida por Bentham, um filesofo anglo-saxo.

Mito do Estado Nao: Estado Absoluto representado por um Rei. Os Estados j estavam consolidados quando Bentham utilizou tal denominao (da o termo internacional).

Grotius (tendo como seguidores: Victoria, Suarez e Gentili) faz uma coletnea das normas de DIP e busca um padro na sua forma de elaborao, atravs de um trabalho eminentemente racional e cientfico. Escreveu duas obras Da Guerra e da Paz e A Liberdade dos Mares. O DIP seria, segundo ele, fundado no jusnaturalismo e na vontade. Seu discpulo Puffgndorf no considera a vontade, mas as relaes de Direito Natural.

J Byndershock ressarce o direito Natural e considera que o DIP viria, na verdade, do Direito Positivo. Mar territorial: os pases costeiros teriam direito a uma faixa de mar da sua costa da medida de um tiro de canho de terra porque fora dessa faixa, prevaleceria a liberdade do mar.

Wolff considera que o DIP viria da modificao do Direito Positivo sobre o direito Natural. Ideias consolidadas por De Vattel com a noo de neutralidade.

Trippel, por sua vez, trouxe a noo de dualismo.

Von Martins adota a ideia de Wolff de que prevalece o Direito Positivo, com o lanamento do historicismo nas cincias sociais e no DIP. As normas de DIP se alteram pela ocorrncia de determinados eventos, normas como fruto de um processo histrico.

Doutrinas:

1. Voluntarista: o DIP tem impulso na vontade dos Estados

2. Objetivista: o DIP tem seu fundamento no interesse e na fora

3. Pacta sunt servanda: os Estados tm que cumprir com os compromissos assumidos

4. Negadores: o DIP nem se quer seria direito, no o veem como um ramo jurdico, o que no se sustenta diante da realidade prtica

O DIP pode ser considerado um s, com base em uma Sociedade Internacional consolidada na ONU, o qual se confronta com os direitos internos dos Estados.

O DIP efetivamente um ramo jurdico como tambm o o direito interno. Para o DUALISMO, esses direitos no se misturam, diferentemente do que pensam os MONISTAS, para os quais esses direitos formam um s, prevalecendo, evidentemente, o DIP.

Para os INTERNACIONALISTAS, o DIP prevalece ao direito interno, ou seja, os tratados prevalecem s leis, ao contrrio do que defendem os NACIONALISTAS. (1 Kelsen, 2 Hegel)

Princpio da Legalidade: ningum obrigado a fazer nada seno em virtude de lei. O Estado Liberal no representado pelo Rei, mas pela Constituio Federal.

O povo se guia pelas suas prprias normas... (problema do sculo XIX) ...ento, prevaleceriam as normas externas?

No DIP os sujeitos so os Estados, j o direito interno tem como sujeitos os seres humanos.

No direito interno a vontade de apenas um Estado (relao de subordinao), enquanto que no DIP a vontade de mais de um Estado (relao de coordenao).

O Comunismo adotava o monismo nacionalista de que a norma externa no poderia controlar a vontade dos trabalhadores. Mas a ideia de formar um mundo comunista se aproximava do internacionalismo.

Monismo Internacionalista Moderado: Conveno de Viena determina que o tratado supera a lei e a CF supera o tratado. A menos que esse tratado venha a ferir uma disposio plena do Direito do Estado.

Normas imperativas: os direitos humanos devem prevalecer CF. Costume: existe e devem ser respeitados. Ambos fragilizam a atuao do Monismo Internacionalista Moderado, o qual atualmente aplicado.

Inglaterra: smbolo do dualismo obedece lei e no aos tratados. No entanto, foi superado na prtica, pois o 1 ministro quem legisla e quem faz os tratados.

Frana e Alemanha: Monistas Moderados.

EUA: federao de formao centrpeta, grande autonomia dos entes federados. A Unio assinava tratados e os Estados tinham liberdade para adot-los ou no. Hoje est na CF que um tratado assinado e aprovado pelo SENADO vale como norma para todos.

Holanda: o DIP prevalece sobre a CF, portanto, so Monistas Plenos. Mas isso s ocorre em relao Unio Europeia, devido ao Direito Comunitrio (ramo do DIP).

O DIP se constitui por um sistema jurdico a partir de um sistema interno de normas que os Estados estabelecem entre si e por meio de compromissos nas suas relaes com a Sociedade Internacional.

Busca-se nessas normas uma estrutura, um mtodo, alm de uma padronizao, harmonizao. Tenta-se elaborar uma codificao desde o sculo XIX, como caracterstica do civil Law.

Primeiro essa ideia comeou no DI privado, mas no se conseguiu chegar a uma estruturao dorsal para ele. Em DIP, a pretenso para a codificao evoluiu at chegar-se Conveno de Viena, a qual traa normas padronizadas para a elaborao de tratados (como um roteiro).

Art.38 do Estatuto da Corte Internacional de justia (complemento do Estatuto da ONU), tratando ele das fontes do DIP.

Em direito interno, a principal fonte a norma legislativa (CF e leis), a primeira a ser aplicada pelos juzes. Mas existem outras fontes como o costume, doutrina e a jurisprudncia.

No DIP isso diferente, a pessoa no precisa ser formado em Direito para integrar as Cortes (j que o Direito de cada um dos Estados diferente). Mas como se proceder um julgamento se no h leis? Tribunal de julgadores.

1 regra: determinar quais so suas fontes

Tratados, costumes e princpios gerais do direito.

2 regra: no h hierarquia entre suas fontes

3 regra: fontes auxiliares doutrina e jurisprudncia

4 possvel a aplicao da equidade, se as partes aceitarem

Mas j existem outras formas de fontes reconhecidas pela doutrina mais recente, rompendo o formalismo do art. 38, a exemplo de atos unilaterais e decises Organizaes Internacionais.

Classificao da doutrina:

1. Fontes convencionais e no convencionais: as fontes convencionais so os tratados e as no convencionais so as demais, divididas em voluntrias, espontneas e auxiliares.

2. Fontes primrias, secundrias e tercirias: normas primrias estabelecem disposies para a elaborao de normas internacionais (como a Conveno de Viena). Normas secundrias estabelecem obrigaes e direitos nas normas internacionais e as tercirias so as normas desdobradas das secundrias.

Normas no convencionais: costumes, princpios gerais do direito, equidade, jurisprudncia, doutrina, atos unilaterais e decises de organizaes internacionais.

COSTUME: o mundo regulado por tratados comea apenas no sculo XIX, antes disso os costumes eram as normas mais disseminadas.

Trata-se de costumes praticados entre os Estados nas relaes internacionais, no sendo, por sua vez, universais. So prticas constantes de longa referncia nas relaes internacionais Direito Internacional Comum.

Opinio dos juristas o considera como necessrio, ou seja, que aplicado pelos Tribunais e aceito como norma.

Funciona pela prtica nas relaes internacionais ou quando seja reclamado num Tribunal como uma norma pr-existente. Diante de uma controvrsia, deve-se aleg-lo.

O costume pode ser extinto pelo desuso ou por um tratado, afinal, eles possuem a mesma hierarquia. Um costume pode revogar um tratado? Revogar no, ela pode prevalecer sobre um tratado. Pode ainda ser substitudo por outro costume.

PRINCPIOS GERAIS DO DIREITO: todo tipo de compromisso que venha a traduzir uma soluo justa no caso concreto. Adotava-se antes os princpios das naes civilizadas, hoje eles so investigados no caso concreto.

Exemplos: no se beneficiar com a prpria torpeza, no enriquecimento sem causa, no lesar a ningum, no exagero na legtima defesa.

EQUIDADE: a busca da soluo de justia no caso concreto e dependente da aceitao das partes em controvrsia.

JURISPRUDNCIA: nesse caso, a dos Tribunais Internacionais, algumas citadas e, analogia (meio de integrao) dentro do julgamento concreto.

DOUTRINA: so doutrinas propagadas para tentar formar um concerto de sua viabilidade justa (Doutrina BUSH: ataque preventivo). Teses e teorias desenvolvidas por grandes doutrinadores internacionais (Ex: Direitos Humanos como norma imperativa).

ATOS UNILATERAIS: o exerccio natural do indivduo de DIP em sua liberdade nas relaes internacionais. No previstos no art. 38 do Estatuto da CIJ. Age-se de acordo com a sua liberdade e seu interesse, encontra limites na licitude (no lesar ningum).

DECISES DE ORGANIZAES INTERNACIONAIS: as organizaes internacionais vm se tornando grandes protagonistas a partir do sculo XX para a soluo de controvrsias.

SOFT LAW: normas flexveis, pois genricas para atrair grande parte de consenso, podendo aplic-las ou no, so, portanto, normas em consenso.

Decises podem ser de dois tipos: resoluo (partes devem cumprir) e recomendao (as partes podem cumprir ou no).

Mdulo Dois

Tratados: esto enunciados no art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justia como fontes do DIP. importante lembrarmos que no h hierarquia entre as fontes, mas os tratados so, sem dvida, a fonte mais importante (tratados, costumes e PGD). Isso ocorre por serem a principal expresso de vontade das partes e do maior segurana jurdica, pois estamos numa civilizao escrita, tudo o que conhecemos da antiguidade decorre do acervo de conhecimentos deixados pelos antepassados por escrito.

No Direito Interno, tm-se como fontes as leis, os costumes, a doutrina e a jurisprudncia. Pode o costume, inclusive, prevalecer lei, mesmo sendo esta a principal fonte, o mesmo que ocorre com o tratado. Mas a lei provinda de um rgo superior e tem a pretenso de completude. No DIP no h generalidade e nem pretenso de completude (liberdade natural de todos), o tratado no se assemelha a lei, mas aos contratos ou negcios jurdicos.

Os tratados comearam a se desenvolver a partir do sculo XVII, mas os costumes continuaram a prevalecer, ganhando os tratados apenas no sculo XIX a predominncia como normas de DIP. Westfalia (sc. XIX) e Grotius (comea o DIP).

O principal efeito dos tratados impedir a diplomacia secreta, j que as relaes devem ser transparentes e harmnicas, alm de demonstrarem a expresso de vontade das partes e nos darem segurana jurdica.Desde o sculo XIX o DI privado queria criar uma codificao, inspirando o mbito do DIP a tambm sonhar com tal pretenso e conseguindo-a em parte. (art. 38 do estatuto do CIJ padronizao de julgamento).

No sculo XX se avanou mais ainda com a Conveno de Havana, a qual determina como os Estados devem elaborar normas e tratados. Feita em 1928, sendo o Brasil signatrio, mas sem muita importncia.

A conveno mais importante a Conveno de Viena de Direitos e Tratados entre Estados, realizada em 1969 no mbito da ONU. Comeou a ser elaborada em 1949, tendo ficado pronta em 1969, mas entrado em vigor apenas em 1980, sendo que o Brasil s aderiu a ela em 1992. Essa dificuldade decorre do fato de que uma conveno para entrar em vigor depende da adeso de um determinado nmero de signatrios, no entanto, caso eles a abandonem ela permanece em vigor.

Mas no parou por a, j se criou um adendo a essa conveno a Conveno de Viena entre Organizaes Internacionais.

A doutrina comea a especular se possvel a ocorrncia de tratados no escritos. No sculo XIX, com a tomada das terras dos indgenas na Amrica do Norte, os seus armistcios eram feitos mediante tratados orais, j que os indgenas eram civilizaes no escritas. Para eles, o papel no interessava, o que vale a confiana. A nossa civilizao to frgil quanto a deles, mesmo nos achando superiores. Tratados orais so atos tutelados pelos discursos, assim, podem as grandes potncias achar o momento certo de us-los.

Sujeitos de DIP: Estados e Organizaes Internacionais, no incorporando as expresses que esto tomando escala internacional, como as ONGs e multinacionais.

Contedo: matrias de interesse dos Estados (abrangendo questes de segurana, territrio, personalidade, sendo utilizados os tratados). J matrias de cunho comercial no so essencialmente matrias de tratados.

Terminologia: no um conjunto de expresses contida numa norma, ela se desenvolve da prtica entre Estados, podendo at ser usada com outra noo, o que ruim para a harmonia entre Estados.

Tratado X Conveno: no existe diferena ontolgica entre as expresses. As convenes so tratados usados para traar normas gerais e de pretenso multilateral. J os tratados do ttulo a uma matria dentro do DIP, geralmente usado como normas especficas bilaterais ou pequeno nmero de membros.

Pacto: geralmente usado para atribuir solenidades, compromissos honrosos (como o Pacto de So Jos de Costa Rica ou o Pacto de Varsvia).

Concordata: so tratados da Santa S.

Declarao: compromisso de princpios, usada em situaes muito importantes,como a Declarao de Direitos Humanos, a qual est dentro da Carta de So Francisco (documento da ONU).

Carta: documento fsico onde est o compromisso de princpios.

Ato: ato declaratrio, os membros concordam em si esforarem naquele objetivo.

Protocolo: tratados que se desdobram de outros tratados, no usado na ONU.

Estatuto: norma de regncia interna de uma organizao internacional.

Troca de notas: expresso diplomtica, comunicao formal entre os sujeitos de DIP referente a matrias de sua diplomacia, referidas a tratados ou no. Ato Unilateral.

Modos vivendi: compromisso temporrio entre sujeitos de DIP, referentes a sua relaes diplomticas em relao a tratados ou no.

Acordo: gentlemen agreement (acordo de cavalheiros entre chefes de Estados de assuntos do interesse dos Estados).

Sede: documento de acordo de Sede, como o Mercosul (Montevidu), a ONU (Nova York) e a OEA (Miami).

Comerciais: tambm chamados de acordos.

Executivo: tipo de tratado que no precisa ser ratificado.

Cultural: geralmente chamados de convnios.

Tratados decorrem da mesma fonte das relaes internacionais devido ao eurocentrismo, com isso, h certa harmonia/padronizao na sua elaborao.

Mesmo no sculo XVI, havia uma padronizao cultural, o que hoje ainda influencia na formao dos tratados, mesmo num ambiente de liberdade.

Conveno de Viena de Direitos e Tratados (1969) micro sistemas de codificao, padronizao de normas para elaborao de tratados sistema mais conveniente para as relaes internacionais, roteiros de elaborao dos tratados. Essas convenes no inovam, mas repetem o que j se praticava.

1. NEGOCIAO: tratado uma norma do tipo contrato e no lei. Essa fase, quando terminada, j estabelece o compromisso por si mesmo, a assinatura um aspecto meramente formal. Seria uma desonra que se voltasse atrs do que j foi negociado. Geralmente, feita com equipes, delegaes, chancelaria (ministros das relaes exteriores).

2. ASSINATURA: pode ser imediata, diferida ou ad referendum.

3. TREATY POWER: poder de assinar tratados. Quem elabora tratados so os Estados, logo, quem os negocia e os assina so os chefes de Estado.

Problema na determinao de quem o chefe de Estado, a exemplo da Inglaterra que possui sua rainha, mas a negociao de tratados realizada pelo 1 ministro.

Arbia Saudita: uma monarquia absolutista de dinastia islmica, o rei no legitimado politicamente, mas o prprio chefe de Estado.

Chefe do partido comunista.

Ir: trata-se de uma repblica islmica, o Treaty Power de quem tem o poder de comandar as mquinas internas.

4. RATIFICAO (X referendo parlamentar): a ratificao o ato de comunicao de um Estado signatrio de um tratado ao mundo de que o seu parlamento aceitou o mesmo.

Ratificao: contexto externo, internacional.

Referendo parlamentar: contexto interno. Processo de interiorizao do tratado no Direito Interno pela aprovao dos parlamentares. A estrutura poltica aprova a validade do tratado no mbito interno.

Na Inglaterra, o 1 ministro quem assina, mas ele j tem a maioria no Parlamento.

Nos EUA, o tratado que o presidente assinar e o parlamento aprovar vale para todos os estados membros.

5. NOTIFICAO: comunica-se aos demais signatrios que o Estado faz parte do tratado ATO UNILATERAL. Na ONU chamado de depsito.

6. PUBLICAO: boletim da ONU que indica quais Estados assinaram o tratado.

VALIDADE

Conveno de Viena obriga aqueles que o assinaram, ou seja, devem ser criados tratados nos seus padres, MAS os tratados que estiverem fora desse padro so vlidos, dependem da vontade das partes. Consequncia de que se houver uma lide, o rbitro pode deixar de aplic-la, no sendo assim a Conveno de Viena dotada de imperatividade e coercibilidade.

*capacidade: vinculada ao Treaty Power e aos Estados signatrios (ou seus agentes delegados).

*objeto lcito e possvel

*classificao:

1. bilaterais/plurilaterais

2. abertos (quando permitem a adeso de terceiros, como a Conveno de Viena)

Fechados (como o Mercosul, no sendo sempre fechados para toda a vida, se os entes concordarem, pode haver a adeso de terceiros)

3. lei (tem impacto na legislao do pas signatrio)

Contrato (tratado de Itaipu). Embora um mesmo tratado possa ter normas dos dois tipos.

EFEITOS

Os tratados produzem efeitos para as partes que o celebraram, geram normas entre eles, no entanto, podem gerar efeitos para terceiros.

*obrigao: mas depende da concordncia de terceiro

*direitos: clusula da nao mais favorecida

Inexecuo: se as partes no cumprem o tratado, esto frustrando a pretenso do direito.

*omisso do prejudicado

*retaliao do prejudicado

*estabelece uma lide, uma causa internacional

Se no h omisso, o descumpridor pode estar passvel a sanes (que devem estar previstas no tratado, mas se nele no houver podem aplicar sanes espontneas). Caso as sanes previstas no tratado no sejam utilizadas, mas substitudas por outras, configurar-se- ato ilcito.

Rebus sic stantibus (exceo do tratado no cumprido): se um no cumprir o tratado, os outros tambm no precisam cumprir.

EXTINO:

*prazo: feito para durar determinado perodo

*finalidade: depois de atingi-la, como em Itaipu (sua construo)

*condio: suspensiva ou resolutiva

*vontade das partes

*caducidade (EUA-RSSIA: controle de armas nucleares no se renovou, pois as armas j estavam obsoletas)

*novo tratado

TRATADOS NO DIREITO INTERNO BRASILEIRO

Trata-se de um tema no integrante de DIP, mas de grande importncia para os juristas em geral. Ele refere-se, na verdade, a uma matria de Direito Interno do Estado, sendo, na maioria das vezes, abordado de forma superficial nos manuais de DIP.

Quem assina tratados no Estado Brasileiro o Presidente da Repblica, que o prprio chefe de estado, tem, assim, o Treaty Power (poder para assinar tratados).

Art. 84 da CF. Compete privativamente ao Presidente da Repblica:

VII - manter relaes com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomticos;

VIII - celebrar tratados, convenes e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

Art. 49 da CF. da competncia exclusiva do Congresso Nacional:

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimnio nacional;

O Congresso Nacional (portanto, com a aprovao tanto do Senado Federal, quanto da Cmara de Deputados) decide em definitivo sobre tratados (e outros). O parlamento assim aprova os tratados e o presidente pode, posteriormente, ratific-los.

Esse um problema interno dos Estados. Os tratados devem ser aprovados pela Cmara e pelo Senado (trata-se de um ato interno de validao). No entanto, para alguns pases, como Ir ou Arbia Saudita, o que o parlamento assina pouco quer dizer.

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

V - autorizar operaes externas de natureza financeira, de interesse da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios;

VI - fixar, por proposta do Presidente da Repblica, limites globais para o montante da dvida consolidada da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;

VII - dispor sobre limites globais e condies para as operaes de crdito externo e interno da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Pblico federal;

VIII - dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia da Unio em operaes de crdito externo e interno;

Compete ao Senado tratar sobre o financiamento externo, determinando os limites de endividamento interno e externo.

Acordo executivo: tratado que no precisa ser ratificado para ser validado, surgiu a partir da prtica norte-americana. O prprio tratado no prev ratificao. previsto na Conveno de Viena, pois j era uma prtica existente entre Estados (sendo do intuito da Conveno a harmonizao ou padronizao dessas prticas). Um exemplo de tratado executivo o tratado da OMC, pois uma evoluo do GATT (acordo geral de tarifas e comrcio).

No Brasil, o acordo executivo no vivel devido ao art. 49 da CF determinar a necessidade de aprovao dos tratados pelo CN e posterior ratificao pelo Presidente da Repblica.

Mas, em consonncia com o dispositivo, aqueles acordos, tratados e atos que no fossem gravosos ao patrimnio nacional precisariam tambm ser ratificados? O Supremo determina que sim, o patrimnio a deve ser entendido em sua acepo lata.

Acordo executivo, aqui no Brasil, s aceito pela Doutrina e em apenas duas hipteses: desdobramento de um tratado anterior j ratificado ou interpretativo de um tratado anterior tambm j ratificado.

Como no h um prazo para que o Congresso aceite ou no o tratado, pode-se gerar uma ratificao imperfeita, na medida em que o tratado colocado em prtica ser ter sido aprovado.

O CN no pode fazer emendas aos tratados (ou seja, no pode alter-los ou complemente-los), mas pode ressalvar algumas clusulas atravs de RESERVAS, na medida em que os tratados contem clusulas obrigatrias e facultativas. O Presidente da Repblica ratifica assim o tratado com reservas.

PROCEDIMENTO

O Presidente assina o tratado, traz para o Brasil e edita no Dirio Oficial um decreto executivo para anunciar que um tratado foi assinado, contendo neste decreto o teor de tal tratado.

Depois o tratado vai para o CN, o qual ir apreci-lo, aprovando-o ou no. Se o CN aprovar, dever emitir um decreto legislativo, informando acerca da aprovao.

Com isso, o Presidente faz a ratificao, notificao e o depsito na ONU.

Pode acontecer do tratado, embora no aprovado, ser colocado em prtica. Nesse caso, estar sujeito a uma apreciao de constitucionalidade (mas como ficam as relaes j praticadas, caso seja declarada a inconstitucionalidade?):

*intrnseca: acontece quando o contedo do tratado divergente da CF

*extrnseca: tratado que no esteja aprovado, mas seja aplicado

Ex: tratado firmado entre EUA e Rssia para tratar das armas nucleares. Esse tratado no foi aprovado pelo Senado norte-americano, mas era aplicado. Pode, assim, argir inconstitucionalidade extrnseca.

TRATADOS EM GERAL

Eles entram no Brasil como leis ordinrias, esto sujeitos CF.

J que so do nvel das leis, podem revog-las. Quando uma lei posterior vem, por sua vez, ela prevalece ao tratado, caso ela deixe de existir, o tratado volta a vigorar.

Tratado-lei: nova lei posterior prevalece

Tratao-contrato: no tem impacto na legislao, se uma lei posterior vier, ela no prevalece

Tratados no Direito Tributrio

Art. 98 do CTN. Os tratados e as convenes internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna, e sero observados pela que lhes sobrevenha.

Os tratados internacionais em matria tributria revogam leis ordinrias e devem ser respeitados pelas que a ela sobrevierem.

Isenes heternomas: a Unio no pode d iseno de tributas da competncia de outros membros federativos.

Art. 151 da CF. vedado Unio:

III - instituir isenes de tributos da competncia dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios.Mas se a iseno decorrer de um tratado, afetar sim os tributos dos Estado e dos Municpios, pois, nesse caso, a Unio assina o tratado como Repblica Federativa, representado a todos.

Tratados no Direito Consumerista

Seriam as normas de Direito das Relaes de Consumos, normas de nvel constitucional? Para Mario Jorge, no, isso seria por demais arrojado.

Tratados de Direitos Humanos

Art. 5, 2, 3 e 4 da CF: 2 Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte.

3 Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais.(Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)(Atos aprovados na forma deste pargrafo) 4 O Brasil se submete jurisdio de Tribunal Penal Internacional a cuja criao tenha manifestado adeso.

Os tratados de direitos humanos teriam assim nvel constitucional, seriam normas imperativas, mas, para isso, deveriam ser aprovados por um quorum especial. Com relao aos tratados antigos, ainda no havia tal exigncia de quorum especializado, mas o STF determinou que, mesmo assim, eles no so constitucionais, mas supra-legais.

Tribunal Penal Internacional (Tratado de Roma aderido pelo Brasil). Um brasileiro nato pode ser entregue para julgamento por este Tribunal, j que compe a jurisdio brasileira.Mdulo Trs

Organizaes Internacionais

Trata-se de uma matria nova no DIP, a qual de desenvolveu de forma autnoma, instalando a noo de multilateralismo. Enquanto o DIP construiu-se a partir do sculo XVII, com a WESTFALIA e nos trouxe uma forte carga de Eurocentrismo, em decorrncia da hegemonia cultural do continente europeu, as Organizaes Internacionais s vieram a surgir no sculo XX, como efeito dos acontecimentos na Europa, recm sada da segunda Guerra Mundial.

Aps a segunda guerra, foi criada a ONU a fim de garantir a segurana e a paz depois de duas grandes guerras (embora, segundo o professor a primeira guerra no deva ser considerada mundial, mas europeia), ensejando o surgimento de inmeras normas multilaterais para evitar a intermitncia das guerras.

As OI tratam-se de Associaes de Estados com a finalidade de uma ao multilateral permanente a respeito de problemas comuns. O seu suporte jurdico so os tratados, sendo tambm consideradas sujeitos de DIP e cada vez mais preponderantes. No Direito Interno o incio e o fim das relaes so os humanos e as pessoas jurdicas (os seres humanos formam grupos para se relacionarem com outros humanos ou outros grupos) espontaneidade de fenmenos sociais. J no DIP, em substituio s pessoas fsicas, existem os Estados, os quais tambm constituem entidades coletivas autnomas.

A fundao das OI se deu com a ONU em 1945, no entanto, a sua primeira expresso foi anterior, com a Liga das Naes (OIT 1919), a qual objetivava manter a paz aps a primeira Guerra Mundial. Porm, a Liga sucumbiu com a segunda guerra, mas serviu de inspirao para a posterior criao da ONU, a qual tem como principal objetivo que as controvrsias sejam resolvidas pacificamente, atravs das Cortes de Justia (imparcialidade e Justia). Corte Permanente de justia, depois substituda pela Corte Internacional de Haia.

A ONU se tornou o principal foro de controvrsias entre pases no sculo XX, passando a ser utilizada permanentemente.

Ratificao da Conveno de Viena em 1986 (Direitos dos Tratados entre Organizaes e Estados). Emancipao plena das organizaes internacionais. Uma organizao internacional pode estar dentro de outra: a Unio Europia aceitou ingressar na OMC em bloco, como uma entidade autnoma nica, mas com votos correspondentes a seus integrantes.

Caractersticas:

Personalidade: no sculo XX, as organizaes internacionais se tornam na realidade como sujeitos de DIP. Fenmeno de fato e no de direito, a conveno apenas lhes d emancipao formal.

rgos: materialidade estrutural para funcionar.

Representantes: representantes dos membros que compem a organizao (Estados).

Estatuto: estruturao orgnica e procedimentos de funcionamento.

Estrutura:

Depois da ONU, surgem vrias OI, como a OMC (Organizao Mundial de Comrcio), FAO (Organizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao), OIT (Organizao Internacional do Trabalho), vinculadas ou inspiradas nela.

1. Assemblia dos Membros Componentes: rgo mximo poltico definitivo, mas, na ONU, no definitivo (Conselho de Segurana).

2. Comisso executiva (SECRETARIA-GERNCIA-DIRETORIA): rgo superior que supervisiona a gesto (formado por gestantes dos membros).

3. Acordo de sede: estabelece onde ser a secretaria MERCOSUL (Montevidu), ONU (Nova York) e OEA (Miami).

4. Subcomisses: organizaes especiais para atender os verdadeiros objetivos da organizao.

5. Maioria decisria: Unio Europia voto de pas mais populoso vale mais que o voto de pas menos populoso, diferentemente das leis brasileiras. MERCOSUL decises determinadas pelo Consenso.

Associao:

*Adequao: a ONU uma organizao internacional universalista, ou seja, permite a adeso de todos os pases.

A OEA (Organizao dos Estados Americanos): o Japo, por exemplo, no adequado h aderir.

OTAN: organizao de segurana para manter a paz no Atlntico Norte. O Brasil no integra a OTAN, mas, geograficamente, tambm faz parte do Atlntico Norte, j a Austrlia, que no faz parte, integra.

Ou seja, essa adequao, na verdade, trata-se de uma questo poltica.

*Adeso/aceitao: um novo membro deve aceitar todas as regras da conveno.

*Admisso: normalmente, demanda a unanimidade. Regra funcional.

Tipos:

Universais: abertas a todos os pases que se interessem;

Regionais: tem vinculao geogrfica (MERCOSUL, OEA).

Intergovernamentais: composio de Estados, funcionam com um colegiado de representao dos governos; (OBS: As organizaes inter-governamentais so associaes voluntrias de Estados que podem ser definidas sociedade entre Estados, constituda atravs de um Tratado, com a finalidade de buscar interesses comuns atravs de uma permanente cooperao entre seus membros.)Supranacionais: surgem na dcada de 90 com a Unio Europia, possuem normas que predominam sob o DIP.

Polticas: dedicadas segurana e paz;

Tcnicas: interesses cientficos, tcnicos e comerciais.

Representantes:

*Norma na ONU que atribui imunidade diplomtica entre seus membros

*DIP parlamentar: Estados interagem colegiadamente

*No emitem passaporte, mas salvo-condutoONU instituio que inspira as demais (realidade, emancipao e inspirao) elas se desdobram e se inspiram na ONU. Trata-se da organizao me, fundadora das organizaes internacionais, mas no a pioneira. uma organizao integrao de formao recente, com o escopo da incorporao de todos os pases.

AOrganizao das Naes Unidas (ONU), ou simplesmenteNaes Unidas (NU), umaorganizao internacionalcujo objetivo declarado facilitar a cooperao em matria dedireito internacional,segurana internacional,desenvolvimento econmico,progresso social,direitos humanose a realizao dapaz mundial. A ONU foi fundada em1945aps aSegunda Guerra Mundialpara substituir aLiga das Naes, com o objetivo de deterguerrasentrepasese para fornecer uma plataforma para o dilogo. Ela contm vrias organizaes subsidirias para realizar suas misses.

Existem atualmente193 estados-membros, incluindo quase todos osestados soberanosdo mundo. De seus escritrios em todo o mundo, a ONU e suas agncias especializadas decidem sobre questes dessubstantivas e administrativas em reunies regulares ao longo do ano. A organizao est dividida em instncias administrativas, principalmente: aAssemblia Geral(assembliaprincipal); oConselho de Segurana(para decidir determinadas resolues de paz e segurana); oConselho Econmico e Social(para auxiliar na promoo da cooperao econmica e social internacional e desenvolvimento); oSecretariado(para fornecimento de estudos, informaes e facilidades necessrias para a ONU), oTribunal Internacional de Justia(o rgo judicial principal). Alm de rgos complementares de todas as outras agncias doSistema das Naes Unidas, como aOrganizao Mundial de Sade(OMS), oPrograma Alimentar Mundial(PAM) e oFundo das Naes Unidas para a Infncia(UNICEF). A figura mais publicamente visvel da ONU o Secretrio-Geral, cargo ocupado desde2007porBan Ki-moon, daCoria do Sul. A organizao financiada por contribuies voluntrias dos seus Estados membros, e tem seisidiomas oficiais:rabe,Chins,Ingls,Francs,RussoeEspanhol. Em25 de abrilde1945, a Conferncia das Naes Unidas sobre Organizao Internacionalcomeou emSo Francisco,Estados Unidos, reunindo 51 governos e um nmero deorganizaes no governamentaisenvolvidas na elaborao daCarta das Naes Unidas. A ONU entrou oficialmente em existncia em24 de outubrode1945aps a ratificao da Carta pelos cinco membros permanentes doConselho de Segurana(Frana,Repblica da China,Unio Sovitica,Reino Unidoe osEstados Unidos) e pela maioria dos outros 46 pases signatrios. As primeiras reunies daAssemblia Geral, com 51 naes representadas, e do Conselho de Segurana, tiveram lugar emWestminster Central Hall, emLondresem janeiro de1946A ONU surgiu no contexto europeu de conflitos, em substituio fracassada Liga das Naes (1 guerra mundial), a fim de manter a paz no continente, mas como instituio universal, s quem em mbito europeu.

J aps a 2 guerra mundial surgiu a ONU, provinda de um fenmeno universal, a fim de garantir a paz universal. Segurana como garantia pacfica de controvrsias Declarao de Direitos Humanos (promoo e garantia).

Instituio poltica: ideia de ilicitude da guerra, no pode resolver conflitos de forma blica, sem autorizao da ONU.

Aberta e ambiciosa.

Assemblia geral: composta por todos os Estados-membros das Naes Unidas, para a aprovao precisa de maioria de 2/3.

Para a aprovao da Assemblia Geral sobre questes importantes, necessria a maioria de dois teros dos presentes e votantes. Exemplos de questes importantes incluem: recomendaes sobre a paz e segurana, eleio de membros de rgos, admisso, suspenso e expulso de membros e questes oramentais. Todas as outras questes so decididas por maioria de votos. Cada pas membro tem um voto. Alm da aprovao da matria oramental, as resolues no so vinculativas para os membros. A Assembleia pode fazer recomendaes sobre quaisquer matrias no mbito da ONU, excetuando as questes de paz e segurana que esto sob considerao doConselho de Segurana.Conselho de segurana: decises mais importantes, formada de 15 membros (5 permanentes e 10 temporrios). Para aprovao precisa de voto de maioria de 9, desde que no haja veto dos 5 permanentes.

OConselho de Segurana o responsvel por manter a paz e a segurana entre os pases do mundo. Enquanto outros rgos das Naes Unidas s podem fazer "recomendaes" para os governos membros, o Conselho de Segurana tem o poder de tomar decises vinculativas que os governos-membros acordaram em realizar, nos termos do artigo 25 daCarta.[9]As decises do Conselho so conhecidas comoResolues do Conselho de Segurana das Naes Unidas.

O Conselho de Segurana composto por 15 Estados-membros, sendo 5 membros permanentes -China,Frana,Rssia,Reino UnidoeEstados Unidos- e por 10 membros temporrios, atualmente austria,Bsnia e Herzegovina,Brasil,Gabo,Japo,Lbano,Mxico,Nigria,TurquiaeUganda. Os cinco membros permanentes tm o poder de veto sobre as resolues do Conselho, mas no processual, permitindo que um membro permanente para impea a adopo, mas no bloqueie o debate de uma resoluo inaceitvel por ele. Os dez membros temporrios so mantidos em mandatos de dois anos conforme votado na Assemblia Geralsobre uma base regional. A Presidncia do Conselho de Segurana girada em ordem alfabtica de cada ms[10]e foi realizada pelaustriano ms de novembro de2009.

Conselho Econmico social (ECOSOC), Corte Internacional de Justia, FMI, OIT, OMS, FAO, UNESCO, BIRD, GATT.

o que a humanidade tem de melhor, trata-se de um colegiado complexo. Representa um equilbrio assimtrico, pois os Estados so diferentes, no h entre eles uma igualdade, seria uma utopia acreditar nisso, h o predomnio de alguns.

Definio absoluta d a ela um exrcito, mas assim se negaria seus princpios, deve-se vencer no pela fora, mas pela persuaso.

OEA inspirada na ONU, construda baseada na liderana americana pan-americanismo regional. J est perdendo espao para um sul americanismo.

*CEPAL: organizao inspirada na ONU Pacto de So Jos.

Integrao: surge na dcada de 80 por impulso da globalizao com as comunicaes, o planeta funcionava como uma aldeia global.

Neoliberalismo: retomou as ideias clssicas liberais do sculo XVIII, em contraponto ao Estado de bem estar social. Aumenta a circulao de capital, aumenta a concentrao de capita e traz crises econmicas mundiais.Comunicao por meio de satlites.

Fenmeno regionalista: formao de blocos econmicos (Unio Europeia, que uma unio monetria; MERCOSUL, que unio aduaneira limitada; NAFTA, que uma zona de livre comrcio; ASEAN, que uma zona de livre comrcio; APEC, que uma zona de livre comrcio).

Fenmenos universalistas:

*OMC (variante direta)

*Humanismo: alimenta a nova verso do direito normas imperativas. Os estados so obrigados cogentemente (variante reativa) Direitos Humanos.

Ambientalismo

Vindos em reao a violncia da globalizao.

A criao desses blocos: UA ZLC MC UM UE UP

Unio aduaneira: os pases membros comercializam entre si com mesma tarifa ou sem tarifas e, externamente, com as mesmas tarifas.

Zona livre comercial: livre circulao de bens, servios e capitais.

Mercado Comum: livre circulao de fatores de produo.

Unio monetria: moeda comum.

Unio econmica: um oramento, uma organizao econmica s, o que a Europa ainda no conseguiu.

Unio poltica: formao do Estado propriamente dito.

Unio Europeia pretende ser uma comunidade econmica e poltica, com rgos supranacionais, suas normas prevalecem ao direito interno dos pases.

Direito de integrao da UE direito comunitrio particular da UE, diferentemente de DIP tradicional. Holanda absorve as normas devido a isso.

Princpios:

Supremacia ou primazia: normas de aplicao imediata, prevalentes.

Subsidiariedade: lide apreciada 1 local, 2 regional, 3 comunitrio (se no tiver confronto).

Progressividade: deve-se seguir adiante.

Flexibilidade: adaptao do Direito comunitrio flexvel as caractersticas de cada pas.

MERCOSUL inspirao na ALALC, surgida do GATT, no funcionou bem, criou a ALADE.

Aumento dos objetivos. Brasil e Argentina queriam materializar a ALADE que no ia bem.

*declararam fazer o MERCOSUL em Iguau com Sarney, em 1985.

*Buenos Aires (1990) Fernando Collor

*tratado de Assuno (1991) Itamar Franco

Estrutura de mercado comum e sede em Montevidu.

*Protocolo Braslia: soluo de controvrsias comerciais

*Protocolo Ouro Preto (1994): implanta a estrutura*Protocolo Olivas (2002): implanta a soluo de controvrsias

Objetivos mais polticos e menos mercadolgicos (PALASUL), mas o MERCOSUL ainda no atingiu tais objetivos.

UNASUL: nova organizao com objetivos econmicos e aspectos polticos

Ratificado em maro de 2011 reunio da MERCOSUL e Comunidade Andina (diferente da ALBA des. Econmica e socialismo) panamericanismo.

Proposta de defesa mtua (apenas proposta).

OEA TIAR: tratado de defesa da OEA.

OMC se desenvolveu a partir do GATT (fracasso do BRETTOWOODS): aproximar os pases economicamente, no discriminao e reduo de tarifas.As recomendaes do GATT no eram obrigatrias.

A rodada do Uruguai transformou o GATT na OMC.

Aproximar economicamente os pases, padronizar aspectos comerciais e soluo de controvrsias.

*propriedade intelectual (rgo internacional de registro de patente)

*sistema de soluo de controvrsias: painis com resultados obrigatrios. Brasil ganhou dos EUA na questo do algodo, no pode este evitar retaliaes.Mdulo 4

Relaes Diplomticas e Relaes Consulares

Relaes Diplomticas: saber quem somos e onde estamos.O DIP se inicia como cincia com as obras de Grotius Da Guerra e da Paz (a qual trata do relacionamento amistoso ou belicoso entre comunidades humanas autnomas, ou seja, entre Estados) e A Liberdade dos Mares (que trata da ocupao dos mares).

As relaes diplomticas se constituem a partir do sculo XVII, com a Westfalia (de Estado para Estado equilbrio entre Estados Europeus), mas sempre existiram como fenmeno humano (relao entre comunidades autnomas desde a antiguidade, mesmo sem Estados).

Posteriormente, com o desenvolvimento dos Estados modernos, surgem as relaes INTERNACIONAIS, relaes, estas, que se constituem entre naes (concepo cultural mito do Estado Nao Europeu, que se formaliza com o Westfalia). Mas na antiguidade j existiam relaes entre comunidades, que no podem ser chamadas internacionais.

Ritos religiosos romanos (formalizam a guerra, lanando flechas aos ps do inimigo), que diziam respeito s relaes diplomticas do Jus Feciale Romano.

Na Idade Mdia (sec. XIII ao XVIII) existiam dois protagonistas: a Igreja romana (atuava nas relaes amistosas e belicosas entre comunidades) e as classes aristocrticas (relaes familiares dos nobres).

Nos sculos XV e XVI, com a Westfalia e o surgimento dos Estados-Naes comearam a se desenvolver as relaes diplomticas entre naes (com concepo poltica).

Do sculo XVII ao XX, essas relaes se espalharam pelo continente europeu. J no sculo XX, com a hegemonia da ONU (objetivando a segurana, a paz e o desenvolvimento dos direitos humanos) e seu protagonismo na produo de normas acerca das relaes internacionais (Conveno de Viena sobre Relaes Diplomticas -1965 e Conveno de Viena sobre Relaes Consulares - 1967) a fim de padronizar normas de relaes diplomticas que j existiam (formalizao).

Relaes Diplomticas: trata-se da representao formal de um Estado no outro. Relaes Consulares: so escritrios oficiais a fim de facilitar interesses privados de um Estado no outro.

Se h relaes diplomticas entre Estados no significa, necessariamente, que h relaes consulares e vice e versa. Da mesma forma, as relaes diplomticas no esto vinculadas com a formao de tratados.

Enquanto uma embaixada pode exercer funes consulares, os consulados no podem realizar funes diplomticas.

RELAO DIPLOMTICA

Representao de Estado: o embaixador (ou chefe de misso diplomtica) a personificao do Estado que representa. Personificao do presidente da repblica e do ministro das relaes exteriores. Trata-se de um cargo de confiana, sendo ele indicado pelo presidente e sabatinado pelo Senado.

Os Estados assumem o rtulo de ACREDITANTE (aquele que estabelece o embaixador) e ACREDITADO (aquele que recebe o embaixador). O acreditante d as credenciais (documento formal delegando a funo de embaixador), so elas pessoais entre Estados.

Agrment ou agreement: concordncia de receber o embaixador, em caso de mudana do corpo diplomtico.

Recusa: trata-se de uma recusa sem justificativa, ato de soberania, mas poucas vezes acontece.

Non grata: um embaixador que j est atuando no pas acreditado e ele decide expus-lo, declara a pessoa como indesejvel em seu pas. Situao essa mais comum.

Listas: no pas acreditante geralmente funcionrio do pas, no necessariamente pblicos. Mas devem ser nacionais do acreditante. Podem ser nacionais de terceiro ou de acreditado se o pas acreditado aceitar.

Familiares

Funcionrios locais (vigilncia, limpeza, burocracia no oficial).

RELAES CONSULARES

So escritrios formais de Estados para facilitar interesses privados.

No usam a denominao pas acreditante ou acreditado, mas pas que envia e pas receptor.

Possuem uma competncia mais estrita que as embaixadas e no so representativas de Estado, atendem a interesses privados ou negociais (registrar filho, conseguir documentos e votar).

O cnsul recebe do Estado que o envia uma carta patente e do Estado receptor, o exequatur.

Cnsul missi aquele enviado de seu pas de origem

Cnsul electi trata-se de uma pessoa j residente no pas receptor e ali atuar como cnsul, dependendo da aceitao do receptor.

Familiares em regra no costumam ter status consular.

Inviolabilidade: representa uma relao de propriedade as pessoas que atuam l determinam a inviolabilidade do prdio, no uma questo de soberania.

As comunicaes de embaixador e suas malas so sigilosas.

As pessoas possuem uma imunidade de jurisdio

IMUNIDADES

Penal: geralmente funciona de modo absoluto. A consequncia da prtica de um crime por um embaixador a declarao de pessoa non grata. Cabe priso em flagrante, mas ele ser solto devido a sua imunidade penal.

A imunidade dada pelo Estado acreditado. A prpria pessoa no pode renunciar imunidade, o Estado que deve renunciar tanto para iniciar o processo, quanto para que a sentena seja executada. Pode pedir para o pas acreditante levantar a imunidade para poder process-lo.

Administrativa: como um diplomata abre casa de prostituio? Trata-se de uma questo de ordem pblica. Ningum pode descumprir a ordem em outro pas (multa de trnsito - deciso recente de Nova Iorque devido s irregularidades no trnsito, embaixador e cnsul sujeito a multas).

Civil: tambm no absoluta. O sujeito no pode, por exemplo, comprar um carro e no pagar.

Fiscal: se o cnsul que tem casas particulares deve pagar imposto, mas no desconta do salrio. Impostos diretos so imunes, mas indiretos, como ICMS e IPI, no.

Trabalhistas: funcionrios contratados devem obedecer legislao trabalhista brasileira, so imunes s aes trabalhistas.

Renncia: proteo diplomtica causa de interesse particular contra um Estado, mas o Estado do particular decide encampar ENDOSSO. Ex: menino americano que a me morreu aqui e o pai queria que ele voltasse, os EUA endossaram.

RECONHECIMENTO DE ESTADO E DE GOVERNO

Parecem matrias obsoletas, devido a percepo esttica que temos do mundo (para ns, os Estados so aqueles que existem e pronto e os governos aqueles que vo sendo substitudos). No entanto, o mundo poltico est em movimento e a cada dia novos fatos levam a constituio de novos Estados (como o Sudo do Sul, aps atuao da ONU na frica) e novos governos (como na Lbia, sem Khadafi).

Processo mecnico de formao dos Estados:

*formao primria: o Estado surge por emancipao de um povo, onde no havia outro. Hoje a nica poro no habitada do planeta a Antrtida e algumas ilhotas prximas, por isso, a formao primria se constitui como um sistema de criao de Estados muito remoto. um processo que difere, inclusive, da emancipao dos ndios de uma terra, pois l j existiria outro Estado.

*formao secundria: formao de Estados a partir de outros, seja por unio entres eles ou separao.

Requisitos polticos para que um Estado seja reconhecido:

*organizao legtima: uma organizao estvel e com liderana pacificada para com os seus comandados. A legitimidade no vem com a formao de uma repblica ou uma democracia, no est ligada, necessariamente, organizao poltica, mas a aspectos culturais.

*territrio: trata-se do principal requisito de um Estado. Mobilidade territorial real formao dos Estados.

*independncia: o Estado que se forma no pode ser autnomo por ingerncia externa.

*cumprir normas de DIP: o Estado que se forma deve obedecer s normas j estabelecidas no plano internacional, mesmo que apenas o pacta sunt servanda e os costumes internacionais. A ONU e a CJ so as entidades fundamentais de reconhecimento dos Estados elementos de formalizao.

Critrios de legitimidade e efetividade

A efetividade decorre da falta dos requisitos anteriores, quando, por interesse e convenincia, os Estados passam a tratar uma determinada organizao como se um Estado fosse, reconhecendo-o como tal.

Ex: era o que acontecia com o governo de Khadafi na Lbia, que, embora no fosse um governo legtimo, era protegido pela Unio Sovitica.

No reconhecimento: quando realiza um ilcito notrio, mesmo que este no esteja vinculado a uma violncia, mas geralmente no ser pacfico.

Emancipao por interveno externa, como o caso do Sudo do Sul e do Timor Leste que se formaram com o respaldo da ONU. No entanto, quando essa interveno ocorre por um nico pas, ela no ser legtima.

No existe DEVER de reconhecer, trata-se de um ato poltico e soberano, reconhece-se por questo de efetividade.

No se deve fazer um reconhecimento prematuro, deve-se reconhecer o Estado quando a sua situao j estivesse bem definida para que no fosse compelido a reconhecer posteriormente, mesmo sem querer.

TIPOS DE RECONHECIMENTO

1. Individual: ato unilateral, depende de um pas.

2. Coletivo: grupo de pases reconhece o Estado ao mesmo tempo, atravs, por exemplo, da ONU.

3. De fato: no se reconhece formalmente, mas o trata como Estado (devido ao critrio da efetividade).

4. De direito: reconhecimento formal.

5. Poltico: se d de um Estado para o outro, unilateral e jurdico, feito na ONU.

TEORIAS

1. Constitutiva: a partir do seu reconhecimento se torna um ESTADO.

2. Declaratria: no ato de reconhecimento no constitui Estado, deve-se declarar que ele existe (quando ele se emancipa como tal).

GOVERNO

Princpio da continuidade em situaes normais no h porque no reconhece os governos que se sucedem normalmente.

Quebra de direito: exemplo de um governo que no tem direito a re-eleio.

Interveno externa: poderia ser alegada na Lbia.

Democracia: depende dos padres culturais locais.

DOUTRINAS a respeito dos requisitos para reconhecimento do governo

1. Um governo deve ser reconhecido se houver apoio popular

2. Deve ser reconhecido desde que no haja rompimento constitucional (Argentina)

3. O governo se organiza de forma que lhe prouvir, o que estvel deve ser Estvel, sem interveno

4. Interveno coletiva: aspectos humanistas, como no Sudo do Sul e no Timor Leste com a ajuda da ONU.

Reconhecimentos precrios:

*nao: palestinos, curdos, pases baixos

*exlio: Honduras, governo retirado do poder e decretar o governo no exlio

Dalai Lama quer fazer um Estado.

*insurgncia: revolta dentro de um Estado para formar novo governo

*beligerncia: pretende uma separao, requer a formao de um Estado

Mar Territorial

Conceito que se funda num dos livros de Grotius Da Liberdade dos Mares, o qual tratava do uso dos mares pelas potncias e Estados da poca.

A cultura ocidental decorre dos livros gregos Ilada e Odissia, os quais tratam de eventos martimos.

Os Estados (comunidades polticas autnomas) fundam-se em territrios terrestres, no existem Estados apenas aquticos, no mximo, compostos por ilhas (arquiplagos).

Limites naturais e artificiais

Ambos so estabelecidos pela cultura humana, decorrem das convenes polticas. Enquanto os limites naturais no provenientes de acidentes naturais, os artificiais so tomados com base em derivados e meridianos.

Com isso, percebe-se que tal denominao imprpria, j que todos os limites so, em verdade, artificiais, pois criados pelos homens.

O DIP trouxe a proposta de delimitao do mar territorial, inicialmente desenvolvida por Byndershock, no sculo XVII, o qual prolatava que os pases costeiros teriam direito a uma faixa de mar da sua costa da medida de um tiro de canho de terra, pois fora dela prevaleceria a liberdade do mar.

Por sua vez, na atualidade h at msseis intercontinentais, tornando a ideia de Byndershock completamente obsoleta.

Desenvolvimento da CONVENMAR, da qual os EUA no so signatrios, mesmo aps a proposta de ocupar um lugar de liderana, j o Brasil aderiu na dcada de 90. Foi criada no Brasil ainda a lei 8617/93 que trata das pores de guas reguladas pela conveno (lei interna).

Extra-limites (alto mar): espao martimo fora dos limites determinados pela conveno para delimitar Estados. Trata-se de uma rea de uso comum (portanto, RES COMMUNIS e no res nullius, coisa de ningum). Todos tm livre acesso e direito de perseguio na rea, inclusive blico, desde que no lese ningum.

rea: fundos marinhos de grande profundidade, no podem ser de domnio de ningum para fins de explorao, s para questes cientficas. considerada patrimnio comum da humanidade.

Mar territorial (Resek): Estado costeiro tem soberania plena, a diferena para a terrestre que para entrar nele s pelos locais de fronteira habilitada (aeroportos e tal), seno clandestino. Tem 12 mm a partir da linha base, de baixa mar. No mar territorial, h o direito de passagem inocente, sem precisar de licena.

Passagem de trnsito: locais estratgicos (como canais e estreitos) dentro do mar territorial. Necessita de autorizao do pas de domnio local para ter acesso. Exemplos: canal do Panam, canal da Mancha e Utrecht.

Acidentes Naturais

Reentrncias

Ilhas

Baixios

Zona contgua: est a 24 mm a partir da linha base. O pas costeiro tem o poder de fiscalizao preventiva, como policiamento fiscal, contra drogas, imigrao ilegal e defesa. No possui soberania total sobre a rea.

Zona econmica exclusiva: est a 200 mm a partir da linha base. uma rea econmica exclusiva de solo, subsolo e leito do Estado costeiro. No meio aqutico, o Estado costeiro no tem soberania, mas pode regulamentar a pesca, sendo que no pode impedi-la. No pode impedir ainda a passagem de cabos submarinos.

Plataforma continental: rea que fica adjacente ao Estado costeiro, mas que submersa, zona de explorao exclusiva ale, das 200 mm at 350 mm.

Espao areo: faixa de ar acima do territrio terrestre e mar territorial. No possui passagem inocente, ser um representativo de ameaa.

As convenes regulam que os Estados tm interesse de manter protocolos sobre vos em outros, como a OACI (organizao de aviao civil). So acordos entre os pases para usar o espao areo dos demais.

Espao extra-atmosfrico: no pode ser usado para questes blicas. A lua no territrio de ningum.

Polo Norte: regio de mar aberto ou alto mar (grande massa de gelo), no mximo, possui ilhas prximas ao territrio dos Estados. Adota a teoria da continncia, pases mais prximos reivindicam a rea.

Polo Sul: Antrtida uma massa territorial, portanto, nenhum pas pode estabelecer soberania sobre aquela rea. Teoria dos setores: quem tem projeo tem domnio sobre a rea, mas apenas para fins de pesquisa cientfica.