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Preconceito e Discriminao

Alunos: Sean Tierry Alves e Ana Caroline Heck.Escola: E.E.B. Prof. Giardini Luiz Lenzi.Srie: 3 ano 04.Data de entrega: 06/08/2015.Matria: Sociologia.Preconceito um juzo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatria (aqui se faz importante a diferenciao entre discriminao e preconceito: discriminao sendo um conceito mais amplo e dinmico do que o preconceito. Ambos tm agentes diversos: a discriminao pode ser provocada por indivduos e por instituies e o preconceito, s pelo indivduo. A discriminao possibilita que o enfoque seja do agente discriminador para o objeto da discriminao. Enquanto o preconceito avaliado sob o ponto de vista do portador, a discriminao pode ser analisada sob a ptica do receptor) perante pessoas, culturas, lugares outradiesconsiderados diferentes ou estranhos. Ao ser usado no sentido pejorativo costuma ser simplista, grosseiro emaniquesta (viso do mundo que o divide em poderes opostos e incompatveis). As formas mais comuns de preconceito so:social, racial (racismo), cultural e sexual (homofobia).De modo geral, o ponto de partida do preconceito uma generalizao superficial, chamada esteretipo. Ainda assim, observar caractersticas comuns a grupos so consideradas preconceituosas somente quando entrarem para o campo da agressividade ou dadiscriminao,caso contrrio reparar em caractersticas sociais, culturais ou mesmo de ordem fsica por si s no representam preconceito, elas podem estar e/ou no - denotando apenas costumes, modos de determinados grupos ou mesmo a aparncia de povos de determinadas regies, pura e simplesmente como forma ilustrativa ou educativa, por vezes questionada pelaCinciae aPsicologia. Alguns ainda buscam utilizar a cincia, especialmente agentica, para justificar o preconceito (vide holocausto, todo um sistema comunista baseado numa falsa biologia, extremamente similar com o comunismo de Lnin, que era por sua vez baseado em uma falsa sociologia). Tal afirmao se torna absurda, uma vez levada em conta que os fundamentos evolutivos para o surgimento daespcie humanae os aspectos genticos a respeito da expresso degenesfornecem respaldo mais do que suficiente para a afirmao de que no hraas humanas. Com base em critrios biolgicos de raa ou subespcies, estabelece-se a existncia de duas ou mais raas em uma dada espcie quando suas caractersticas genticas so suficientemente capazes de diferenci-las, o que no ocorre na espcie humana. Embora a cor de pele e a inteligncia sejam inerentes s discusses sobre a existncia de raas humanas, a gentica revela que essas caractersticas so determinadas separadamente, por herana quantitativa de genes. E, se o muito que se sabe sobre o efeito quantitativo de genes, que determinam uma nica caracterstica como a cor de pele ou a inteligncia, ainda pouco, correlacionar esses genes e inferir que os fentipos (caractersticas observveis de umorganismooupopulao) determinados, separadamente, possam estar ligados, como falar sem fundamento, principalmente, quando se deseja que esse fundamento seja gentico. Visto isso, no se pode classificar a espcie humana em raas (de acordo com o conceito geral de raa), mas sim, em grupos que apresentam adaptaes s suas necessidades e etnias (grupos sociais, pessoas que compartilham a mesma cultura, origem e histria).Ainda assim, a ideologia do "tudo gentico", segundo a qual os genes determinam diretamente qualidades e comportamentos dos indivduos e sociedades humanas, continua muito disseminada na sociedade em geral. Agora vale lembrar que o conceito de discriminao fazer uma distino, ato vital para a sobrevivncia de todas as espcies, importante saber discriminar um leo de um gato, ou uma faca de um graveto. Esteretipos so necessrios at certo ponto como ferramentas de conservao da espcie, porm a linha (provavelmente a mais cruzada da histria) que separa a discriminao boa da m muito tnue, e pode muitas vezes ser passada despercebidamente. Milnios de continuidade desses fatores contriburam para a formao e consolidao de toda uma sociedade xenofbica, que clama Democracia Racial! No h mais racismo no Brasil! ao mesmo tempo que culpa haitianos pelo desemprego no pas. E nesse contexto sim, possvel, correlacionar a xenofobia com o racismo disfarado que ainda espreita a nao. Contudo, tambm preciso colocar que essa questo no Brasil hoje ainda polmica. Veem-se setores da sociedade tentando por todos os meios colocar a questo racial no Brasil como um problema gravssimo, enfatizando a tese de que a "democracia racial" seria um "mito". Pode-se dizer que no h "democracia racial" no Brasil; contudo, no pelo fato de haver desentendimento entre as raas, mas sim pelo fato de no haver uma democracia efetivamente slida de modo geral entre a populao, seja ela branca, negra ou mestia. Muda-se o fator causal da desigualdade, tentando colocar a desigualdade social, que em grande parte coincide, pela prpria conjuntura histria, com a estratificao tnica, como proveniente de um "racismo encoberto". Um negro no Brasil no deixa de entrar em uma universidade porque negro, visto que ningum lhe pede a especificao de sua "raa" no formulrio, como acontece em vrias partes dos EUA. Um "negro", em comparao com um "branco", tem menos ingresso em universidades pblicas porque no consegue atingir a nota exigida; e isso se d porque os "negros", em sua maioria, que estudaram em escolas pblicas, com ensino de baixa qualidade, no geral. O negro excludo porque pobre, e no porque negro. E pobre porque seus pais foram pobres, remetendo a uma cadeia que chega at a poca da escravido no Brasil. Por estes fatores possvel derrubar virtualmente qualquer teoria eugnica que prega o controle social e racial em busca de uma pureza e perfeio racial.Essa averso e profunda antipatia por estrangeiros no-europeus acaba por segregar (distanciando-se socialmente e criando um ambiente inspito) pessoas como os haitianos (que devido a catstrofes naturais se sentiram obrigados a buscar vida nova em outro pas) que ocupam cargos na indstria por um salrio muito mais baixo que o usual, combinado com um perodo de crise esse aspecto da vinda dos haitianos, de fato, acarreta na falta de emprego ou at demies no setor secundrio, ao mesmo tempo que diminui os gastos das indstrias. Porm de modo algum coerente segregar um povo por isso, apesar de um mnimo de empatia ser necessrio para se perceber.