"Dispositivos de humanização e logicas de conetividade"
Prof. Massimo Di Felice
Pensar a mídia
Mídia: um conceito histórico e plural
1. A mídia como um canal
Instrumento
Ferramenta
Separação do conteúdo
2. A mídia como extensão
“The medium is the message”(Marshall McLuhan)
A mídia como extensão dos sentidos humanos
Não separação entre forma e conteúdo
3. A mídia como Psicotecnologia
“Inventei o termo psicotecnologia baseado no modelo da biotecnologia, para definir qualquer tecnologia que emula, estende ou amplifica o poder das nossas mentes...(...)“Com a televisão e os computadores mudamos a localização do processamento da informação de dentro dos nossos cérebros para telas à frente dos nossos olhos, em vez de por detrás”
De Kerckhove D. A Pele da Cultura
4. A mídia como dispositivoEm Faucault um dispositivo é um conjunto heterogêneo linguístico e não linguístico, que inclui virtualmente qualquer coisa no mesmo titulo: discursos, instituições, edifícios , leis etc. O dispositivo em se mesmo é a rede que se estabelece entre esses elementos . O dispositivo tem sempre uma função estratégica e se escreve sempre numa relação de poder. Com tal resulta do cruzamento de relações de poder e de relações de saber.Agambem G. chama de dispositivo “qualquer coisa que tenha de qualquer modo a capacidade de capturar , orientar, determinar, interceptar, modelar, controlar, e assegurar os gestos e as condutas, os discursos e as opiniões dos seres viventes” Agamben G. “o que é um dispostivo”
5. A media como interface
A palavra media tem uma origem latinaMedium , a sua tradução remete a dois significados:“meio”, mas também “lugar de acesso”Este segundo significado a lega ao acesso e á possibilidades de contato transformador
Tabuas de barro PapirusPaginas de livroFotoTela da TVTela do computadorTouch Screen
“A interface indica de um lado os periféricos de um computador e telas dos monitores; de outro indica a atividade humana conectada aos dados através da tela. A interface é uma membrana, uma pele que junta dois corpos e que sobrepõe dois circuitos.” Heim (1993)
A interface é o que junta elemento humano e não humano .Toda a tecnologia ( e toda a mídia) é uma interface uma rede de relações entre humano e tecnologiaInovar significa criar novas interfaces A. Scolari
“ As pontes conduzem de varias formas (...) Assim a ponte não se põe num lugar que já existe, mas é o lugar que passa a existir a partir da ponte. A ponte é uma coisa que reúne a quadratura , mas a reúne no sentido que a ela confere um lugar (...) as coisa de tal forma são lugares , são as coisa s que determinam os espaços” Heidegger M.
5. A mídia como Tecnologia da Inteligência
“O desenvolvimento da comunicação assistida e das redes digitais nos levam a definir a inteligência coletiva como uma inteligência distribuída em todas as partes, sinergizada em tempo real. Esse novo conceito poderia substituir o da inteligência artificial e ocasionar uma orientação das ciências cognitivas e da ecologia.”
Pierre Levy. O que é o virtual?
6. A mídia como agenciamento
“Agente é aquele que “faz um evento acontecer” em sua vizinhança.O “outro” imediato em uma relação social não precisa necessariamente ser outro “ser humano”. Todo meu argumento depende de não ser mesmo o caso. Agência social pode ser exercida em relação a “coisas” e agência social pode ser exercida por ‘coisas’ e também animais”. A. GellArt and Agency: An anthropological theory
Dispositivos de humanização
Indeterminação:o humano não possui essência não é da esfera da ontologia assim como a mediaComo lembrado por M.Maffesoli a raiz do termo humano é “humus” feritlidadeA relação entre o humano ,a técnica e o meio-ambiente não é uma relação dialética nem de externalidade Principio o do epimeletica (R. Marchesini )E´ o processo de agenciamento e a s interações ecológicas que tornam o humano tal , isto é, fértil...
Logicas de conectividade
E. Morin: O pensamento complexo
“A ciência ocidental produziu uma nova ignorância....Milhões de seres sofrem o resultado dos efeitos do pensamento fragmentado e unidimensional. “
• Dialógica• Recursividade • Principio Holeogramatico
M. Serres Contrato natural
“Esqueçamos pois a palavra ambiente... Elas pressupões que nos , homens estamos no centro de um sistema de coisas que gravitam à nossa volta, umbigo do universo, donos e possuidores da natureza. Isso lembra uma época passada em que a terra colocada no centro do mundo refletia o nosso narcisismo, esse humanismo que nos promove no meio das coisas ou no seu excelente acabamento”. O Contrato Natural
M. Maffesoli : o formismo
Posmodernidade como ruptura epistêmica que põe a questão da linguagem
• Ecosofia
• Geosociologia
• Invaginaçao do progresso para o ingresso
Cosmopolitica Isabelle Stengher
• Estranhamento da razão politicaQuem representa quem ?Quem se pode fazer porta voz de quem ?• O termo cosmo não significa unificação
destino comum mas incongruência , convivências das diferencias , mundos múltiplos sem síntese possível.
• A cosmopolitica não produz um programa mas descreve o agir num mund0 incerto.
A cosmopolitica é a politica possivel num mundo complexo• A cosmopolitica não fundam-se na ideia
biológica do corpo nem numa concepção sistêmica mas na ideia da quimica di sec. XVIII.
B. Latour teoria- ator rede
Crise da representação sociológica do mundo:
• Passagem da sociologia par a as ciências das associações
• Teoria do ator-rede
• Social complexo feito de coletivos humanos e não
Arquitetura informativa
Marco Polo descreve uma ponte, pedra por pedra. “mas qual é a pedra que sustenta a ponte ?” – pergunta Kublai Khan.“ a ponte não é sustentada por esta ou aquela pedra – responde Marco – mas pela curva do arco que estas formam”.Kublai Khan permanece em silencio, refletindo. Depois acrescenta: “porque falar das pedras ? Só o arco me interessa”. Polo responde: “sem pedra o arco não existe”.
Calvino I. As cidade invisíveis
• A arquitetura informativa não funda-se sobre o conceito de estrutura, ( diversas partes que compõe um tudo) nem no conceito tradicional de media,
mas mais no conceito de ecossistema (Tansley 1935) e no conceito de redes de rede (M. Serres, F. Capra, B. Latour)
• Uma arquitetura informativa é uma rede de redes que cria uma ecossistema interdipendente e uma eco-logia (eko-logos) conetiva.
• A logica não é da estrutura mas da hipercomplexidade emergente.
• A Arquitetura informativa é a reunião de dispositivo, interfaces, formas de agenciamento , despositivos de humanização e de “ecologiazaçao”.
• O mundo deixa de ser o que pensamos e se torna o que podemos experienciar:
Atopia.