ii
Adriana Micheli
Variabilidade intraespecífica, inimigos naturais e avaliação da mistura de
fungos entomopatogênicos e inseticidas para o controle de Diabrotica
speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae).
Dissertação apresentada à Coordenação do Curso
de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Área
de Concentração em Entomologia, da
Universidade Federal do Paraná como requisito
parcial para obtenção do título de Mestre em
Ciências Biológicas.
Orientador: Dr. Daniel R. Sosa-Gómez
Curitiba, PR
2005
Variabilidade intraespecífica, inimigos naturais e avaliação da mistura de fungos entomopatogênicos e inseticidas para o controle de Diabrotica
speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae).
Por
Adriana Micheli
Tese aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em
Ciências Biológicas, no Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Área de
Concentração em Entomologia da Universidade Federal do Paraná, pela banca
examinadora:
__________________________________
Dr. Daniel R. Sosa-Gómez
(Orientador - Embrapa Soja)
___________________________________
Dr. Ítalo Delalibera Jr.
(Esalq - USP)
___________________________________
Dra. Sônia M. N. Lazzari
(UPPR)
A Deus
Ofereço
À minha mãe Sueli
Dedico
Agradecimentos
Ao Dr. Daniel R. Sosa-Gómez, pela orientação, amizade e apoio irrestritos.
À Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Entomologia da UFPR e aos
professores, pela oportunidade de freqüentar o curso.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela
bolsa de estudo concedida.
Ao Centro Nacional de Pesquisa de Soja, da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa Soja), pelo fornecimento da estrutura necessária à
realização deste trabalho.
Aos funcionários do Laboratório de Patologia de Insetos Ivanilda Soldorio, Fábio
Paro e José Jairo da Silva, pela inestimável colaboração na condução dos
trabalhos de laboratório, por serem profissionais tão competentes nos momentos
necessários e amigos de todas as horas.
Ao funcionário do Laboratório de Bioecologia de Percevejos, Jovenil José da Silva,
pelo constante auxílio na realização deste trabalho.
Ao funcionário do Laboratório de Criação de Lagartas, Adair Carneiro, pelo valioso
trabalho fotográfico.
Aos funcionários de campo Elias, Eupídio, Oriverto, Pavão, Valter e Wilson, pela
valiosa colaboração na coleta dos insetos.
Aos funcionários do Laboratório de Biotecnologia Vegetal, César, Silvana e Vera,
pelo apoio técnico (e psicológico) nos trabalhos moleculares.
v
Aos funcionários do Laboratório de Tecnologia e Patologia de Sementes, pela
convivência sempre tão agradável.
À Dra. Beatriz Corrêa-Ferreira, Rose e Joacir, pela colaboração na realização dos
experimentos em casa de vegetação.
Aos amigos Edson Hirose, Ednéia Borges, Frederico Henning e Marliton Barreto,
pelos ensinamentos, pelo companheirismo e amizade.
Aos amigos e colegas do Curso de Mestrado do ano 2003, em especial Adelita,
Ana Paula, Anamaria, Céuli, Fernanda, Elis, Gil Felipe, Mari e Venício. O tempo de
convivência foi curto, mas o carinho é enorme. Aos colegas do doutorado Leandro
e Geane.
Ao Dr. Rui Scaramella Furiatti (UEPG), Dr. Luís Alves (UNOESTE), Francisco
Lozano Leonel Júnior (Bayer CropScience) pelo envio de insetos.
Ao Dr. Ronaldo Toma, pela identificação das moscas parasitóides.
Ao MSc. Luciano Moura, da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, pelo
auxílio na identificação das espécies de Cerotoma e pelo apoio constante nos
estudos com Diabrotica.
À Professora Valéria Langendick, pela revisão da gramática e ortografia.
Ao Dr. Flávio Moscardi, pelo eterno bom humor.
À Dra. Ivana Barbola, por ter sido a primeira a me ensinar Entomologia.
Ao Rangel, por estar sempre ao meu lado para absolutamente tudo!
vi
À minhas amigas... Milena Raimam, Silvia Beatriz e Vilmarise Bobato. “O
verdadeiro amigo é aquele que nos faz melhor do que somos”.
Em especial a minha mãe e meu pai, pelo exemplo distinto de honestidade e
perseverança, que contribuíram de forma relevante no meu desenvolvimento
pessoal. Aos meus irmãos Juliano e Luciana, por plantarem em meu coração a
amizade sincera. Obrigada pelo apoio, incentivo e patrocínio!
A todos que, de alguma forma, contribuíram na realização deste trabalho.
“O homem que venceu na vida é aquele que viveu bem, riu muitas vezes e amou
muito; que conquistou o respeito dos homens inteligentes e o amor das crianças,
que preencheu um lugar e cumpriu uma missão; que deixa o mundo melhor do
que encontrou, seja com uma flor, um poema perfeito ou o salvamento de uma
alma; que procurou o melhor nos outros e deu o melhor de si”.
R. L. Stevenson
Sumário
Agradecimentos.................................................................................. v
Resumo............................................................................................... xii
Abstract............................................................................................... xiv
Lista de Tabelas.................................................................................. xv
Lista de Figuras.................................................................................. xviii
Capítulo 1. Introdução e Revisão Bibliográfica
1.1. Introdução........................................................................................... 1
1.2. Revisão Bibliográfica.......................................................................... 2
1.2.1. Importância econômica de Diabrotica speciosa................................. 2
1.2.2. Uso de marcadores moleculares RAPD em estudos de
variabilidade genética.........................................................................
4
1.2.3. Estudos moleculares realizados com espécies do gênero
Diabrotica............................................................................................ 6
1.2.4. Ocorrência de inimigos naturais em D. speciosa................................ 8
1.2.5. Utilização de fungos entomopatogênicos em programas de controle
de insetos............................................................................................
9
1.3. Literatura citada.................................................................................. 14
Capítulo 2. RAPD para estudo de populações de Diabrotica
speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)
2.1. Introdução........................................................................................... 26
2.2. Material e Métodos............................................................................. 27
2.2.1. Extração de DNA................................................................................ 28
ix
2.2.2. Quantificação de DNA........................................................................ 29
2.2.3. Análise molecular do DNA através da técnica de RAPD.................... 29
2.2.4. Análise de dados................................................................................ 30
2.3. Resultados e Discussão..................................................................... 31
2.4. Conclusões......................................................................................... 35
2.5. Literatura citada.................................................................................. 36
Capítulo 3. Ocorrência de Protozoários, Parasitóides e Fungos em Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)
3.1. Introdução........................................................................................... 41
3.2. Material e Métodos............................................................................. 44
3.2.1. Avaliação de inimigos naturais em populações de campo de D.
speciosa.............................................................................................. 44
3.2.2. Densidade do inóculo de fungos entomopatogênicos relacionada à
área foliar............................................................................................ 44
3.3. Resultados e Discussão..................................................................... 45
3.4. Conclusões......................................................................................... 52
3.5. Literatura citada.................................................................................. 53
Capítulo 4. Eficiência de isolados de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae em mistura com inseticidas no controle de Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)
4.1. Introdução........................................................................................... 60
x
4.2. Material e Métodos............................................................................. 61
4.2.1. Seleção de isolados de Beauveria bassiana e Metarhizium
anisopliae em Diabrotica speciosa..................................................... 61
4.2.2. Determinação da DL50 dos isolados de Beauveria bassiana em
Diabrotica speciosa.
64
4.2.3. Determinação da DL5 dos inseticidas em D. speciosa....................... 65
4.2.4. Efeito de Beauveria bassiana em mistura com inseticidas na
infecção de Diabrotica speciosa......................................................... 66
4.2.4.1. Infecção de Diabrotica speciosa após aplicação de Beauveria
bassiana em mistura com inseticidas em laboratório......................... 66
4.2.4.2 Infecção de Diabrotica speciosa após aplicação de Beauveria
bassiana em mistura com inseticidas em casa de vegetação............ 68
4.2.5. Consumo foliar de Diabrotica speciosa em trifólios de soja tratados
com fungos e inseticidas..................................................................... 69
4.3. Resultados e Discussão..................................................................... 69
4.4. Conclusões......................................................................................... 108
4.5. Literatura citada.................................................................................. 109
Considerações finais........................................................................ 115
xi
Resumo Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae: Galerucinae) é
um inseto polífago considerado praga importante na cultura de milho (Zea mays
L.). Na soja [Glycine max (L.) Merril], os adultos podem causar danos ao
desenvolvimento das plantas quando o ataque é intenso. Este trabalho foi
realizado com o objetivo de caracterizar populações geográficas de D. speciosa
mediante a utilização de marcadores moleculares à base de RAPD, bem como
estabelecer a ocorrência dos inimigos naturais em populações de campo e
determinar o potencial de controle de isolados de fungos entomopatogênicos à
este inseto através da utilização conjunta com inseticidas químicos em baixas
dosagens. Utilizando marcadores moleculares pela técnica de RAPD contatou-se
que houve a formação de grupos diferentes dentro de cada população geográfica,
embora a presença de indivíduos de outras regiões nos agrupamentos indique a
freqüência elevada de migração desses insetos entre locais distantes. Os insetos
das populações de Florestópolis (PR), Primavera do Leste (MT), Paulínia (SP) e
Ponta Grossa (PR) formaram agrupamentos com índices de similaridade de Dice
próximos a 37 %, indicando elevado polimorfismo entre os indivíduos. Os
indivíduos da população da Warta (PR) mostraram baixo índice de similaridade (8
%). Entre os inimigos naturais encontrados sobre D. speciosa, a maior ocorrência
foi do protozoário Gregarina (97 %) seguida por moscas parasitóides do gênero
Celatoria sp. (Diptera: Tachinidae) (26 %). Os maiores índices de parasitismo
ocorreram durante os meses de fevereiro e março/2004. Durante a safra de soja
2003/04 a maior ocorrência de fungos entomopatogênicos nos folíolos de soja, foi
do fungo Beauveria sp. Este resultado está relacionado com a ocorrência natural
do fungo sobre D. speciosa (10 %). Para avaliar o potencial de controle de fungos
entomopatogênicos à vaquinha patriota, isolados de Beauveria bassiana e de
Metarhizium anisopliae foram utilizados para os testes de patogenicidade. Os
isolados de B. bassiana com maior virulência foram utilizados em bioensaios com
os inseticidas fipronil e imidacloprid. Os bioensaios foram realizados em
laboratório e em casa de vegetação. Apesar da germinação dos fungos não ter
sido afetada pelos inseticidas, os tratamentos de fungos em mistura com os
xii
inseticidas não apresentaram efeito sinérgico no controle de D. speciosa. Foi
observado que os insetos apresentaram um maior consumo de plantas
pulverizadas com fipronil do que daquelas com imidacloprid.
xiii
Abstract Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae: Galerucinae) is a
poliphagous insect and important pest on corn (Zea mays L.). In soybean [Glycine
max (L.) Merril], the adults cause yield reduction when high population density
occurs. The aim of this work was to characterize geographically populations of D.
speciosa using RAPD molecular markers, as well to determine the occurrence of
natural enemies on field populations and determine the control potential of
entomopathogenic fungi to this insect, using combination fungi with low dosages of
insecticides. The analyses with RAPD markers showed that the individuals were
clustered separately inside each geographic population, although some specimens
clustered with individuals from other regions. This fact suggests a high level of
migration between distant regions. The insects from Florestopolis (PR), Primavera
do Leste (MT), Paulínia (SP) e Ponta Grossa (PR) clustered with Dice’s similarity
near 37 %, indicating high polymorphism between this individuals. The individuals
from Warta (PR) showed low similarity (8 %). Among the natural enemies of D.
speciosa, the most important were the Gregarina protozoa (97%) and Celatoria sp.
(Diptera: Tachinidae) (26%). The highest parasitism and infection rates occurred
on February and March of 2004. The number of B. bassiana colony forming units
on the leaves were high during the period that the infection on D. speciosa reach a
maximum of 10 % prevalence. To evaluate the entomopatogenic fungi potencial to
control D. speciosa, Beauveria bassiana and Metarhizium anisopliae isolates were
used in the pathogenicity tests. The most virulent B. bassiana isolates were used in
bioassays with fipronil and imidacloprid insecticides. The bioassays were done in
laboratory and greenhouse. Insecticides do not affect the fungus germination, but
the combination of insecticides and fungi did not show synergistic effect on D.
speciosa control. It was observed that the feeding activity was enhanced by fipronil
applications compared with those plants treated with imidacloprid.
xiv
Lista de Tabelas
Capítulo 2
Tabela 1. Origem, data de coleta e plantas hospedeiras das populações
de D. speciosa analisadas com marcadores moleculares para
avaliação de variabilidade intraespecífica.....................................28
Tabela 2. Número de bandas geradas cada iniciador utilizado no estudo
de variabilidade genética entre populações de D.
speciosa........................................................................................31
Tabela 3. Distância (km) entre as localidades onde foram coletadas as
populações de D. speciosa........................................................... 35
Capítulo 3
Tabela 1. Lista de inimigos naturais de Diabrotica speciosa registrados
para a América do Sul...................................................................
43
Capítulo 4
Tabela 1. Lista de isolados de fungos entomopatogênicos utilizados nos
ensaios..........................................................................................
64
Tabela 2. Mortalidade total e confirmada (% média ± EP) de adultos de
Diabrotica speciosa durante 15 dias após inoculação com
isolados de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae...........72
Tabela 3. Mortalidade (% média ± EP) de adultos de Cerotoma arcuata
durante 15 dias após inoculação com isolados de Beauveria
bassiana........................................................................................80
Tabela 4. DL50 de Beauveria bassiana sobre adultos de Diabrotica
speciosa expostos a diferentes doses de conídios, com base na
xv
mortalidade total (com e sem sinais do patógeno) 7 dias após
inoculação.....................................................................................
83
Tabela 5. DL50 de Beauveria bassiana sobre adultos de Diabrotica
speciosa expostos a diferentes doses de conídios, com base na
mortalidade confirmada (com sinais do patógeno) 7 dias após
inoculação.....................................................................................83
Tabela 6. Doses (ng i.a./inseto) de fipronil em adultos de Diabrotica
speciosa 96 horas após inoculação.............................................. 84
Tabela 7. Doses (ng i.a./inseto) imidacloprid sobre adultos de Diabrotica
speciosa 96 horas após inoculação.............................................. 84
Tabela 8. Germinação dos conídios de Beauveria bassiana após 24
horas. Os conídios foram nebulizados sobre lâminas com meio
de cultura BDA e sulfato de streptomicina após 4 horas de
contato com o inseticida fipronil....................................................88
Tabela 9. Germinação dos conídios de Beauveria bassiana após 24
horas. Os conídios foram nebulizados sobre lâminas com meio
de cultura BDA e sulfato de streptomicina após 4 horas de
contato com o inseticida imidacloprid............................................89
Tabela 10. Peso micelial (g) de isolados de Beauveria bassiana em meio
de cultura líquido batata-dextrose e sulfato de streptomicina,
após 10 dias de agitação contínua................................................89
Tabela 11. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de
Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb59 e sua compatibilidade com fipronil
durante 10 dias de avaliação em laboratório.................................90
Tabela 12. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de
Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb61 em compatibilidade com fipronil durante
xvi
10 dias de avaliação em laboratório.............................................. 91
Tabela 13. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de
Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb467 em compatibilidade com fipronil
durante 10 dias de avaliação em laboratório.................................92
Tabela 14. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de
Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb59 em compatibilidade com imidacloprid
durante 10 dias de avaliação em laboratório.................................94
Tabela 15. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de
Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb61 em compatibilidade com imidacloprid
durante 10 dias de avaliação em laboratório.................................95
Tabela 16. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de
Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb467 em compatibilidade com imidacloprid
durante 10 dias de avaliação em laboratório.................................96
Tabela 17. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de
Cerotoma arcuata em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb61 em compatibilidade com imidacloprid
durante 10 dias de avaliação em laboratório.................................99
Tabela 18. Mortalidade total (com e sem sinais do patógeno) (média % ±
DP) de Diabrotica speciosa em tratamentos com isolados de
Beauveria bassiana em mistura com inseticidas durante 10 dias
de avaliação em casa de vegetação.............................................102
Tabela 19. Mortalidade confirmada (com sinais do patógeno) (média % ±
DP) de Diabrotica speciosa em tratamentos com isolados de
Beauveria bassiana em mistura com inseticidas durante 10 dias
xvii
de avaliação em casa de vegetação............................................ 103
Tabela 20. Área foliar de soja consumida por 5 adultos de Diabrotica
speciosa após períodos de 24 e 48 horas, sob condições
controladas de 26 ± 1oC, 60 % UR e fotofase de 14 horas...........106
Tabela 21. Mortalidade média (%) de D. speciosa alimentada com trifólios
de soja pulverizados com inseticidas e fungos, sob condições
controladas de 26 ± 1oC, 60 % UR e fotofase de 14 horas...........106
xviii
Lista de Figuras
Capítulo 2
Figura 1. Amostras de DNA de D. speciosa da região de Warta, Londrina
(PR) amplificadas com o iniciador OPC-04 através da técnica de
RAPD. λ DNA foi utilizado como marcador molecular (M).
Controle negativo (N)....................................................................32
Figura 2. Amostras de DNA de D. speciosa da região de Paulínia (SP)
amplificadas com o iniciador OPC-04 através da técnica de
RAPD. λ DNA foi utilizado como marcador molecular (M).
Controle negativo (N).................................................................... 32
Figura 3. Índice de Similaridade de Dice. Dendrograma de populações de
Diabrotica speciosa PG = Ponta Grossa (PR), Flo =
Florestópolis (PR), W = Warta, Londrina (PR), Pau = Paulínia,
(SP) e PL = Primavera do Leste (MT)........................................... 33
Capítulo 3
Figura 1. Mosca parasitóide Celatoria sp. (Diptera: Tachinidae).................. 46
Figura 2. Prevalência (%) de Celatoria sp. sobre populações de
Diabrotica speciosa durante a safra de soja (2003/04) em
Londrina, PR.................................................................................. 46
Figura 3. Mosca parasitóide Strongygaster sp. (Diptera: Tachinidae)
registrada em adulto de Cerotoma arcuata, em Londrina, PR......47
Figura 4. Trofozoítos do protozoário Gregarina sp. encontrados na
hemolinfa de Diabrotica speciosa (aumento 100X)....................... 49
Figura 5. Prevalência (%) de Gregarina sp. em populações de Diabrotica
speciosa durante a safra de soja (2003/04), em Londrina. PR..... 50
xix
Figura 6. Oocisto de Gregarina encontrado na hemolinfa de Diabrotica
speciosa (aumento 400X).............................................................. 50
Figura 7. Densidade do inóculo dos fungos entomopatogênicos Beauveria
sp. e Metarhizium anisopliae (UFC) em folíolos de soja ao longo
da safra de soja 2003/04 em Londrina, PR................................... 52
Capítulo 4
Figura 1. Adulto de Diabrotica speciosa com conidiogênese de (a)
Beauveria bassiana e (b) Metarhizium anisopliae......................... 71
Figura 2. Mortalidade média (%) de Diabrotica speciosa nos tratamentos
com Beauveria bassiana em mistura com fipronil, 7 dias após
inoculação. Médias seguidas de mesma letra nas barras de
mesma cor, não diferem significativamente entre si pelo teste de
Tukey (p < 0,05)....................................................... 93
Figura 3. Mortalidade média (%) de Diabrotica speciosa em tratamentos
de Beauveria bassiana em compatibilidade com imidacloprid 7
dias de avaliação. Médias seguidas de mesma letra nas barras
de mesma cor, não diferem significativamente entre si pelo teste
de Tukey (p < 0,05)....................................................................... 97
Figura 4. Mortalidade média (%) de Cerotoma arcuata nos tratamentos
com o isolado de Beauveria bassiana CNPSo-Bb61,
imidacloprid, CNPSo-Bb61 + imidacloprid, e testemunha aos 7
dias de avaliação em laboratório. Médias seguidas de mesma
letra nas barras de mesma cor, não diferem significativamente
entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05).......................................... 98
Figura 5. Consumo foliar de Diabrotica speciosa em plantas de soja
(cultivar Paraná) pulverizadas com: (a) fungos em mistura com
o inseticida fipronil comparadas com plantas sem tratamento;
xx
(b) fungos em mistura com o inseticida imidacloprid comparadas
com plantas sem tratamento; (c) inseticidas comparadas com
plantas sem tratamento; (d) fungos comparadas com plantas
sem tratamento.............................................................................. 105
Capítulo 1. Introdução e Revisão Bibliográfica 1.1. Introdução
O gênero Diabrotica (Chevrolat, 1844) (Coleoptera: Chrysomelidae:
Galerucinae) é composto por 338 espécies, sendo a maior diversidade de
espécies encontrada na região Neotropical, e apenas sete espécies são
encontradas na região Neártica. O gênero é separado em três grupos: signifera,
fucata e virgifera (Wilcox 1972). Nos dois últimos, encontram-se insetos pragas de
importância econômica e por esse motivo são os mais estudados.
Uma das espécies do grupo fucata mais conhecidas, e com ocorrência em
todos os estados brasileiros, é Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Krysan, 1986),
um crisomelídeo polífago conhecido popularmente como vaquinha patriota. Esse
inseto é considerado praga importante do milho (Zea mays L.), causando durante
sua fase larval danos consideráveis ao sistema radicular. Na soja [Glycine max
(L.) Merril], os adultos podem causar danos ao desenvolvimento das plantas
quando o ataque é intenso (Gallo et al. 2002). Segundo Hofmann-Campo et al.
(2000), esse inseto vem causando preocupação a sojicultores da região oeste e
sudoeste do Paraná.
Os insetos, em geral, têm suas populações controladas naturalmente por
predadores, parasitóides e doenças, se condições adequadas forem oferecidas.
Afortunadamente, a conscientização do impacto ambiental causado pelos
produtos químicos vem aumentando entre a população, e novas formas de
controle de pragas baseadas em procedimentos biológicos vêm sendo utilizadas
(Charnley 1997).
Um dos métodos de controle biológico mais utilizados é o uso de fungos
entomopatogênicos, sendo os mais estudados Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. e
Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. Os fungos não precisam ser ingeridos
para causar doenças aos insetos, eles podem invadir seus hospedeiros através
das membranas segmentares do exoesqueleto, todavia a umidade relativa e a
2
temperatura podem ser fatores limitantes ao seu desenvolvimento. Dessa forma,
algumas estratégias vêm sendo desenvolvidas para aumentar a eficiência dos
fungos, entre as quais a combinação de fungos com baixas dosagens de
inseticidas (Charnley 1997). O uso adequado de produtos químicos e a
associação desses com inimigos naturais fazem parte de programas de manejo de
controle.
Considerando a ampla distribuição desse inseto nos estados brasileiros e
sua importância econômica foi realizado o estudo da variabilidade genética entre
indivíduos geograficamente distintos mediante a utilização de marcadores
moleculares à base de RAPD, de maneira a fornecer informações básicas para
implementar os programas de controle, com dados de dispersão, diferenciação de
espécies crípticas e caracterização de raças. Outro objetivo foi estabelecer a
ocorrência de seus inimigos naturais e avaliar o potencial de controle de fungos
entomopatogênicos em misturas com inseticidas sobre esse inseto. Devido ao
elevado custo da produção de fungos entomopatogênicos e sua eficiência
dependente das condições ambientais, a utilização conjunta do inseticida químico
em baixas dosagens com o agente de controle biológico poderiam compensar
essas deficiências com um menor impacto ambiental.
1.2. Revisão bibliográfica
1.2.1. Importância econômica de Diabrotica speciosa
O adulto desse inseto, com aproximadamente 4,5 mm de comprimento, é
popularmente conhecido como vaquinha patriota pela sua cor verde, com três
manchas amarelas sobre os élitros, sendo a basal mais longa e avermelhada,
principalmente na região do calo humeral. Possui antenas escuras, sendo os três
segmentos basais mais claros principalmente o escapo; cabeça variando do pardo
avermelhado ao negro; labro, escutelo, metatórax, tíbias e tarsos negros (Marques
1941). A postura é realizada no solo, com cerca de 30 ovos/massa. O período de
3
incubação dos ovos é de 3 a 4 dias, e após esse período as larvas se
desenvolvem passando por três instares para pupa e adulto (Milanez 1995). As
larvas são brancas, tendo o tórax, a cabeça e as pernas torácicas pretas. Segundo
Ávila & Parra (2002), a duração da fase larval dos insetos e seu tamanho variam
de acordo com a planta hospedeira em que o inseto se encontra, de forma que a
duração do período larval em soja é de aproximadamente 27 dias.
D. speciosa é um inseto polífago, sendo que os adultos têm preferência
alimentar por folhas de leguminosas (folhas largas), como feijão (Phaseolus
vulgaris L.) e soja [Glycine max (L.) Merrill] em relação às gramíneas (folhas
estreitas) (Marques 1999) e, ainda, pode ser encontrado em lentilha (Lens
esculenta N.), batatinha (Solanum tuberosum L.), curcubitáceas como melancia
(Citrullus lanatus Thumb. Mansf.), melão (Cucumis melo L.), pepino (Cucumis
sativus L.) e abóbora (Curcubita spp.), tomate (Lycopersicon esculentum Mill.),
berinjela (Solanum melongena L.), pimentão (Capsicum annuum L.) (Gallo et al.
2002) girassol (Helianthus annus L.), banana (Musa spp.), algodão (Gossypium
hirsutum L.) (Zucchi et al. 1993) uva (Vitis vinifera L.) (Roberto et al. 2001), trigo
(Triticum aestivum L.) (Cividanes et al. 1987) e fumo (Nicotiana tabacum L.)
(Bertels 1962).
Segundo Milanez (1995b), alguns fatores como sistemas de produção de
milho, novos híbridos, manejo do solo, rotação com outras culturas e baixo índice
de parasitismo foram determinantes para o desenvolvimento e adaptação dessa
praga à cultura do milho, causando danos consideráveis ao sistema radicular
dessa gramínea à semelhança de outras espécies do mesmo gênero nos EUA
(Marques et al. 1999). Nos EUA, Metcalf (1986) estimou em um bilhão de dólares
os custos com inseticidas e as perdas na produção devido ao ataque de espécies
do gênero Diabrotica. O dano mais severo causado pelas larvas de D. speciosa à
raiz do milho, é tornar as plantas mais suscetíveis ao tombamento (pescoço de
ganso), aumentando as perdas na colheita mecânica, bem como facilitar a entrada
de fitopatógenos através dos orifícios que fazem ao se alimentar das raízes,
reduzindo a produtividade da planta (Silva 1995).
4
1.2.2. Uso de marcadores moleculares RAPD em estudos de variabilidade genética
A reação em cadeia da polimerase (Polymerase Chain Reaction - PCR),
desenvolvida por Kary Mullis na década de 80, foi um dos passos revolucionários
na genética molecular, pois se tornou possível a produção de múltiplas cópias de
seqüências específicas de DNA sem a necessidade de clonar esses segmentos
(Alberts et al. 1994). A PCR explora as características da duplicação do DNA e
consiste em desnaturar o DNA genômico, submetendo-o a uma alta temperatura
e, desse modo, permitindo que as duas fitas simples originadas sejam duplicadas.
Nesse ponto reside um dos trunfos dessa técnica, que é a utilização de uma
enzima extraída da bactéria Thermus aquaticus, a Taq polimerase. Essa bactéria
habita locais quentes e sua enzima suporta temperaturas de até 94 ºC, sendo que
sua temperatura ótima é de 72 ºC. Essa peculiaridade permite que o processo
seja realizado em aparelho termociclador com programas pré-estabelecidos com
alterações de temperatura. Além da Taq polimerase, são necessários dois
iniciadores de seqüência conhecida, que irão anelar-se às fitas simples do DNA
em suas extremidades 3’, que obviamente tenham seqüências complementares, e
direcionar a polimerase na síntese da seqüência desejada. Ambas as fitas servem
como moldes e o resultado de “n” ciclos de PCR é a formação de 2n duplas fitas
de DNA, que são cópias da seqüência flanqueada pelos iniciadores (Alberts et al.
1994).
As vantagens dessa técnica são muitas, entre elas a quantidade de DNA
necessária para a reação, na ordem de dezenas de nanogramas. Entre as
principais utilidades da reação em cadeia da polimerase estão os estudos de
evolução molecular, diferenciação de grupos taxonômicos, identificação de genes
específicos, entre outras.
As limitações da PCR residem no fato de que a contaminação com DNA
alheio pode prejudicar a análise dos resultados e da necessidade de se conhecer
a seqüência que flanqueia determinado segmento a ser amplificado para que os
oligonucleotídeos possam ser construídos. Para resolver esse problema
5
desenvolveu-se uma técnica denominada RAPD (Random Amplified Polymorphic
DNA) “Polimorfismo de DNA Amplificado ao Acaso” que utiliza oligonucleotídeos
(iniciadores) curtos (10 nucleotídeos) de seqüência arbitrária para dirigir a reação
de amplificação (Ferreira & Grattapaglia 1998).
Essa técnica foi desenvolvida independentemente por dois grupos nos
Estados Unidos. Williams et al. (1990) denominaram a tecnologia como RAPD,
enquanto Welsh & McClelland (1990) propuseram a denominação AP-PCR
(Arbitrary Primed-Polymerase Chain Reaction), “Reação em Cadeia da Polimerase
com Oligonucleotídeos Arbitrários”, já que os oligonucleotídeos possuem
seqüência arbitrária, mas a amplificação não ocorre ao acaso e sim em lugares
específicos do genoma. Nessa técnica, a PCR utiliza apenas um oligonucleotídeo
arbitrário por reação e a amplificação ocorrerá quando esta mesma seqüência
reconhecer um sítio de homologia em uma das fitas e também o mesmo sítio, com
orientação invertida, na outra fita da molécula de DNA. Os produtos da
amplificação são submetidos à eletroforese em gel de agarose, de maneira que os
fragmentos de tamanhos distintos resultem em bandas no gel. Cada banda é
resultante da interação entre o oligonucleotídeo e o DNA molde. Se entre os sítios
para o oligonucleotídeo ocorrer a inserção de alguma base, o fragmento gerado
será mais longo e a banda produzida por sua amplificação terá maior peso
molecular, por outro lado, se houver uma deficiência, o fragmento será menor e a
banda terá também menor peso molecular. Os polimorfismos são reconhecidos
pela presença de um fragmento amplificado em um dos genótipos em relação à
ausência deste mesmo fragmento em outro genótipo (Dalzoto 1999).
As aplicações dos marcadores moleculares RAPD incluem: obtenção de
“impressões digitais” (fingerprintings) genômicas de indivíduos, variedades e
populações; análise de estrutura e diversidade genética em populações naturais;
definição das relações filogenéticas entre diferentes espécies; construção de
mapas genéticos de alta cobertura genética e a localização de genes (Ferreira &
Grattapaglia 1998).
6
1.2.3. Estudos moleculares realizados com espécies do gênero Diabrotica
O gênero Diabrotica (Chevrolat, 1844) é composto por 338 espécies (Wilcox
1972) caracterizadas pela similaridade morfológica entre os indivíduos, comum em
outros gêneros da subfamília Galerucinae (Coleoptera: Chrysomelidae) (Wilcox
1965). Por esse motivo, há grande dificuldade na identificação das espécies, de
modo que esse gênero nunca foi revisado sistematicamente (Krysan 1986). Frente
à dificuldade na identificação das espécies, estudos de ecologia, evolução e
relação filogenética entre os indivíduos limitam-se àquelas espécies reconhecidas
como pragas de importância agrícola, geralmente as mais estudadas.
Um dos complexos de pragas mais importantes economicamente para a
cultura de milho dos Estados Unidos é composto por espécies desse gênero. Por
esse motivo, o uso de marcadores moleculares vem sendo a ferramenta utilizada
por pesquisadores para solucionar problemas como identificação de espécies,
bem como estudar relações filogenéticas entre os indivíduos, diversidade genética
entre populações, entre outros (Francisco 2002, Silvestre 2002).
A maioria dos estudos realizados com indivíduos do gênero Diabrotica
limita-se ao estudo das relações filogenéticas das espécies que ocorrem na
América do Norte, bem como a identificação dessas espécies. Como exemplo,
Szalanski & Powers (1996) utilizaram a técnica de PCR-RFLP para diferenciação
de larvas de D. undecimpunctata howardi, D. barberi e D. virgifera virgifera, visto
que a identificação de larvas desse gênero pode ser difícil e até mesmo impossível
(Krysan 1986). A identificação de espécimes parcialmente destruídos também
pode ser facilitada através desse método, pois uma pequena quantidade de tecido
do inseto (perna, cabeça, antena) pode ser suficiente para realizar a análise
molecular mediante a utilização da técnica de PCR.
Uma das vantagens do método é a rapidez e baixo custo para identificação
das espécies (Taylor et al. 1996). Como exemplo, Roehrdanz (2003) comparou
seqüências de nucleotídeos dos genes da enzima citocromo oxidase I (COI) e
citocromo oxidase II (COII) para diferenciar larvas de D. virgifera virgifera e D.
barberi, as quais podem ser encontradas nas mesmas áreas. Também testou
7
iniciadores específicos para cada espécie, permitindo maior rapidez para
identificação de estágios imaturos. Essas seqüências do genoma do DNA
mitocondrial são indicadas para estudos taxonômicos porque parecem evoluir
mais rapidamente do que o genoma nuclear, podendo assim detectar diferenças
mesmo entre espécies próximas (Francisco 2002).
Clark et al. (2001), baseados na seqüência da subunidade I da enzima
citocromo oxidase e região intergênicas de genes ribossomais ITS 2, estudaram a
filogenia de nove das dez espécies conhecidas que ocorrem nos EUA, e algumas
espécies que ocorrem na Américas Central e do Sul. A análise dos resultados
desse estudo colocou as espécies nos seus grupos morfológicos tradicionais e, ao
contrário de Krysan et al. (1989), afirmam que as espécies da região Neártica não
podem ser consideradas um grupo monofilético, pois verificaram que as espécies
não podem ser separadas de acordo com a região geográfica em que se
encontram. Szalanski et al. (2000) baseados em seqüências de rDNA e mtDNA
confirmam a separação das espécies em grupos (fucata e virgifera), mostrando
que D. undecimpunctata howardi e D. balteata formam um clado (grupo fucata) e
D. barberi, D. virgifera virgifera e D. virgifera zeae formam outro clado (grupo
virgifera).
Poucos são os estudos sobre a variabilidade genética entre indivíduos
geograficamente distintos. Szalanski et al. (1999), através da análise das regiões
ITS 1 e de genes das subunidades ribossômicas do genoma mitocondrial,
observaram maior variabilidade entre indivíduos de D. virgifera zeae Krysan &
Smith do que entre indivíduos geograficamente distintos de D. virgifera. virgifera.
Baixos níveis de diversidade genética das regiões ITS1 e mtDNA entre indivíduos
de populações amplamente dispersas têm sido relatadas para espécies de insetos
que possuem grande mobilidade (migração). O fluxo gênico é aumentado pela
migração em algumas espécies de insetos. A expansão geográfica das espécies
de insetos pode ser favorecida pela introdução em novos habitats. Esses fatores
podem contribuir para a falta de variação genética entre populações, como o caso
de populações de D. virgifera virgifera. O baixo nível de diferenciação genética
observado entre indivíduos de D. virgifera virgifera e D. virgifera zeae Krysan &
8
Smith indica uma história evolucionária recente entre os indivíduos (Szalanski et
al. 1999).
1.2.4. Ocorrência de inimigos naturais em D. speciosa
O uso de produtos químicos tem sido a principal forma de controle de
insetos nos últimos 50 anos. Porém, com o surgimento da resistência aos
inseticidas, ressurgência de pragas e conscientização do impacto ambiental
causado pelos produtos agrícolas, a atenção às formas alternativas de controle de
pragas baseado em procedimentos biológicos vem aumentando (Charnley 1997).
Devido à importância econômica das espécies do gênero Diabrotica e ao
alto custo com produtos químicos utilizados para seu controle, a observação de
seus principais inimigos naturais fornece informações para o aprimoramento de
programas de controle biológico. A conservação e a utilização de agentes de
controle biológico dentro dos agroecossistemas é uma das principais estratégias
adotadas no manejo integrado de pragas (Batista Filho et al. 2003).
As espécies do gênero Diabrotica têm sido encontradas parasitadas por
taquinídeos, nematóides, protozoários, fungos entomopatogênicos e um
braconídeo (Kuhlmann & van der Burgt 1998).
Os taquinídeos parasitóides encontrados sobre Diabrotica são: na América
do Sul, Celatoria bosqi Blanchard com parasitismo de 0,1 a 30,2% sobre D.
speciosa (Heineck-Leonel & Salles 1997); no México, Celatoria compressa Wulp,
com parasitismo de 10,2 % sobre D. balteata LeConte e D. scutellata Baly e 10,1
% sobre D. tibialis Baly (Eben & Barbercheck 1996), e na América do Norte, mais
precisamente Carolina do Sul e do Norte, Celatoria diabroticae (Shimer) com
índices de 3 a 15 % de parasitismo sobre Diabrotica undecimpunctata howardi
Barber (Meinke & Gould 1987 citados por Krysan 1999).
Entre os fungos entomopatogênicos encontrados em D. speciosa, a espécie
Beauveria bassiana foi observada em maior proporção em comparação com
9
Metarhizium anisopliae, sendo que B. bassiana pode causar mortalidade entre 5 e
10% (Hohmann & Carvalho 1989).
As espécies de protozoários do gênero Gregarina têm sido descritas e
listadas como parasitas de besouros crisomelídeos, porém a taxonomia do grupo
é bastante precária, pela falta de descrições e de taxonomistas desse grupo no
Brasil. Segundo Clopton et al. (1992), existem mais de 1.400 nomes de espécies
na literatura, porém o que geralmente ocorre é o uso do gênero como um nome
coletivo do grupo para qualquer tipo de gregarina, sem se importar com suas
características taxonômicas. Clopton et al. (1992) descreveram uma nova espécie
de gregarina, Gregarina coronata, infectando D. undecimpunctata howardi. Este
trabalho possui informações como estrutura do oocisto e os tamanhos
morfométricos das fases de desenvolvimento endógeno, permitindo a identificação
desse protozoário. Os protozoários do gênero Gregarina são comumente
encontrados em criações de laboratório, tornando-se um problema, pois diminuem
a fecundidade e aumentam a mortalidade dos insetos (Singh & Moore 1985).
Poucos são os inimigos naturais de Diabrotica spp. Segundo Metcalf
(1994), esse fato é resultado, em grande parte, pela adaptação entre Galerucinae
e Curcubitaceae. Os insetos adultos alimentam-se de plantas dessa família e
armazenam substâncias tóxicas (curcubitacinas) em seus corpos gordurosos, as
quais possuem propriedades deterrentes aos predadores, parasitóides e
patógenos. Confirmando a teoria de Metcalf (1994), Tallamy et al. (1998)
encontraram patogenicidade reduzida de M. anisopliae em ovos e larvas de D.
undecimpunctata howardi que possuíam cucurbitacina armazenada.
1.2.5. Utilização de fungos entomopatogênicos em programas de controle de insetos
Os fungos entomopatogênicos B. bassiana e M. anisopliae são
deuteromicetos da família Moniliacea. Os deuteromicetos são considerados
fungos imperfeitos por não apresentarem ciclo sexual. A reprodução desses
10
fungos ocorre por simples divisão mitótica, e os conídios são formados a partir de
estruturas hifais diferenciadas, os conidióforos. Entretanto, foi descoberta uma
forma alternativa de divisão celular em B. bassiana, permitindo que ocorra
recombinação genética, o ciclo parassexual e sua variação, a parameiose
(Paccola-Meirelles & Azevedo 1991, Dalzoto 1999). B. bassiana foi descrito pela
primeira vez por Bassi, em 1835, como causador da “muscardina”, uma doença
que atingia as lagartas do bicho-da-seda (Lepidoptera: Bombicidae).
Em 1879, Metschnikoff descreveu pela primeira vez o fungo M. anisopliae
parasitando larvas do besouro Anisoplia austriaca Herbst, 1783 (Coleoptera:
Scarabaeidae) denominado-o então, Entomophthora anisopliae. Após uma série
de proposições de diversas denominações, Sorokin, em 1883, descreveu-o como
Metarhizium anisopliae (Ribeiro, 2002).
Os fungos não precisam ser ingeridos para causar infecções aos insetos,
sendo assim podem infectar estágios de insetos que não se alimentam, como
ovos e pupas. O sítio de invasão é geralmente entre as peças bucais ou através
dos espiráculos, onde a pouca esclerotinização facilita a penetração dos conídios.
Os fungos B. bassiana e M. anisopliae possuem conídios hidrofóbicos que se
aderem à cutícula dos insetos através de interações não-específicas. A falha na
adesão do conídio à cutícula do inseto pode ser um dos fatores de especificidade
do fungo ao hospedeiro, dessa forma a cutícula do inseto também pode ser não
somente a primeira, mas a maior barreira para invasão no hospedeiro (Charnley
1997). Além dos requisitos químicos, a topografia da cutícula também tem sido
fator determinante na formação do apressório de adesão (St. Leger et al. 1991
citado por Sosa-Gómez 1997).
O ciclo da relação fungo-hospedeiro está completo quando ocorre a
esporulação no cadáver do inseto infectado, permitindo a transmissão horizontal
do entomopatógeno na população do inseto (Charnley 1997). Mas, para que a
doença causada pelo fungo no inseto alcance a fase de esporulação, vários
fatores estão relacionados, entre os quais as condições ambientais, nutricionais e
bióticas (Alves & Lecuona 1998). Fernandes et al. (1989) avaliaram o efeito da
temperatura, umidade relativa e concentração do inóculo de B. bassiana para o
11
controle de Cerotoma arcuata, outro crisomelídeo, e relataram que o
desenvolvimento da infecção e morte do inseto independente da umidade relativa
é devido à existência, na superfície do inseto, de uma camada de ar com umidade
alta, pouco influenciada pela umidade relativa atmosférica. Segundo Fargues et al.
(1997), a média de crescimento em laboratório de isolados de fungos de diferentes
regiões foi significativamente afetada pela temperatura e isolado do fungo. Em
contrapartida, Luz et al. (1998) encontraram diferença na virulência de B. bassiana
e M. anisopliae a Triatoma infestans (Klug, 1834) (Hemiptera: Reduviidae) quando
submetidos à baixa umidade relativa (50%). Os isolados de B. bassiana
mostraram-se mais virulentos quando submetidos a temperaturas de 25 e 30 ºC
do que a 15 e 20 ºC. Sosa-Gómez & Alves (2000) concluíram que o número de
conídios de B. bassiana formados foi função da umidade relativa, temperatura,
isolado de fungo, espécie hospedeira, fase do hospedeiro e tempo de infecção.
O impacto nas populações de insetos causado por epizootias naturais,
especialmente por fungos e vírus, demonstra o potencial desses microrganismos
para o controle de pragas e, em meados de 1960, vários produtos à base dos
fungos B. bassiana e M. anisopliae foram desenvolvidos e registrados (Lacey &
Goettel 1995). Os exemplos mais importantes de programas que utilizam fungos
entomopatogênicos se desenvolvem na China, África e Colômbia. No Brasil, a
empresa BIOTECH produz o fungo M. anisopliae, recomendado para o controle de
cigarrinhas das pastagens e cana-de-açúcar (Sosa-Gómez 1999).
Devido aos inúmeros fatores que podem interferir no processo infectivo dos
fungos entomopatogênicos, algumas estratégias vêm sendo desenvolvidas para
aumentar a eficiência dos mesmos e dessa forma aumentar a mortalidade dos
insetos, como, por exemplo, a combinação de fungos com baixas dosagens de
inseticidas. Em 1982, Dr. Walter M. Zeck, membro do Grupo de Pesquisas da
Bayer, descobriu que doses subletais de inseticidas com componentes de
nitroguadinina, incluindo imidacloprid, aumentavam a suscetibilidade de cupins
subterrâneos a vários fungos oportunistas, incluindo B. bassiana e M. anisopliae
(Quintela & McCoy 1998). Essa abordagem está baseada na suposição de que o
inseto se torna mais vulnerável ao ataque do entomopatógeno quando submetido
12
a outro agente estressor. A etapa inicial para realizar estudos de sinergismo é a
determinação da compatibilidade do inseticida com o organismo
entomopatogênico. Gardner & Kinard (1998) não encontraram diferenças
significativas na resposta dos fungos B. bassiana e M. anisopliae em estudos de
compatibilidade com imidacloprid, utilizando diferentes métodos de avaliação,
germinação e crescimento. Quintela & McCoy (1998a) encontraram efeito
sinérgico entre B. bassiana e imidacloprid na mortalidade de Diaprepes
abbreviatus (Linnaeus) (Coleoptera: Curculionidae) quando incorporados no solo.
O tempo letal causado pelo fungo M. anisopliae a D. abbreviatus foi menor quando
associado a imidacloprid em baixas dosagens (Quintela & McCoy 1997). O
conhecimento da compatibilidade de fungos e inseticidas pode facilitar os modos
de aplicação dos fungos, visto que estes podem ser aplicados da mesma maneira
que os pesticidas químicos, através de pulverizadores (Wilson, 1970). Todavia,
alguns estudos revelam que fungicidas, herbicidas e inseticidas podem evitar a
germinação e/ou crescimento micelial do fungo in vitro (Hirose et al. 2001, Oliveira
et al. 2003) enquanto outros (Boucias et al. 1996, Moino Jr. & Alves 1998, Furlong
& Groden 2001) revelaram o efeito sinérgico entre fungos e inseticidas.
Alves et al. (1998) sugerem uma padronização dos estudos de
compatibilidade para melhor comparação entre os resultados obtidos. Esse
sistema baseia-se em valores médios de porcentagem de conidiogênese e
crescimento vegetativo das colônias dos fungos, para testes in vitro, realizados em
meio de cultura sólido. O índice leva em conta a produção de conídios como fator
mais importante, quando comparado com o crescimento vegetativo, já que são os
propágulos do fungo que vão atuar no desenvolvimento da doença. Porém, existe
a possibilidade de o inseticida precipitar no meio de cultura, não permitindo total
contato do fungo inoculado no meio com o produto químico (Sosa-Gómez,
comunicação pessoal). Portanto, existem outros métodos para avaliação da
compatibilidade de fungos e inseticidas como o crescimento do patógeno em meio
líquido contendo o produto a ser avaliado, a implantação de pedaços de papel
impregnados com os produtos no meio de cultura, entre outros (Alves et al. 1998).
13
Os fungos M. anisopliae e B. bassiana são habitantes naturais da fauna do
solo (Yaginuma et al. 1994), portanto o incremento de propágulos dos fungos ao
solo vem sendo utilizado como alternativa para aumentar a eficiência dos fungos
entomopatogênicos no controle de insetos. Krueger & Roberts (1997)
demonstraram que, através da incorporação de micélio seco ao solo, M. anisopliae
foi eficiente no controle de larvas de D. undecimpunctata Mannerheim em cultura
de milho, protegendo as raízes dos danos causados por esses insetos. Bruck &
Lewis (2001), utilizando o mesmo método, avaliaram B. bassiana para o controle
de D. virgifera virgifera LeConte e D. barberi Smith & Lawrence e encontraram
baixa infectividade do fungo ao inseto, em condições de semeadura direta e
convencional, revelando que a porcentagem de infecções não foi afetada pela
prática cultural adotada. Entretanto Sosa-Gómez et al. (2001) observaram que a
maior incidência dos fungos entomopatogênicos B. bassiana e M. anisopliae no
solo ocorreu sob condições de semeadura direta em cultura de soja, mas a
ocorrência dos fungos sobre os folíolos não foi afetada pelas condições de
semeadura direta ou modo convencional. Bidochka et al. (1998) examinaram
amostras de solo da região de Ontario, Canadá, e registraram a maior ocorrência
de B. bassiana em solos de ambientes naturais, enquanto M. anisopliae ocorreu
mais freqüentemente em solos de áreas cultivadas. Com base nesses resultados,
os autores inferem que o fungo B. bassiana ocorreu com maior freqüência em
solos que não sofreram os distúrbios ocasionados pelas práticas culturais.
14
1.3. Literatura citada
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Capítulo 2. RAPD para estudo de populações de Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae) Resumo Regiões do DNA de indivíduos de D. speciosa, praga agrícola encontrada em
todos os estados brasileiros, foram amplificadas através da técnica RAPD
(Random Amplified Polymorphic DNA - Polimorfismo de DNA amplificado ao
acaso) a fim de avaliar a diversidade genética de populações de diferentes locais.
As populações foram coletadas em Primavera do Leste (MT), Paulínia (SP),
Florestópolis, Ponta Grossa e Warta, Distrito de Londrina (PR). O DNA de 27
indivíduos de cada população foi obtido dos tecidos da cabeça e protórax dos
insetos através do método de extração com sais de CTAB. O DNA dos indivíduos
foi amplificado através de 11 iniciadores. Todos os iniciadores selecionados
possibilitaram a amplificação do DNA de D. speciosa, gerando bandas com pesos
moleculares variáveis. Os indivíduos formaram grupos diferentes dentro de cada
população geográfica, embora tenha sido registrada a presença de indivíduos de
outras regiões nos agrupamentos. As populações que apresentaram
agrupamentos com maior homogeneidade foram as de Ponta Grossa e Paulínia.
Os indivíduos das populações de Florestópolis, Primavera do Leste, Paulínia e
Ponta Grossa formaram agrupamentos com índices de similaridade de Dice
próximos a 37 %. A população da Warta apresentou maior heterogeneidade de
genótipos, tendo indivíduos com índice de similaridade de 8 %. A ocorrência de
indivíduos de outras regiões nos agrupamentos, indica uma freqüência elevada de
migração desses insetos mesmo entre locais distantes, como em Primavera do
Leste (MT) e Paulínia (SP).
25
Abstract DNA region of individuals of D. speciosa, an important agricultural pest with
distribution in all the country, were amplified by RAPD (Random Amplified
Polymorphic DNA) to evaluat the genetic diversity among populations from
Primavera do Leste (MT), Paulínia (SP), Florestópolis, Ponta Grossa and Warta,
(PR). The DNA of twenty-seven insects from each population was obtained from
head and prothorax tissues following the CTAB extraction method. The DNA was
amplified with eleven primers. The primers produced variable molecular bands with
different weight. The D. speciosa individuals clustered separately inside each
geographical population. Individuals from Florestopolis, Primavera do Leste,
Paulinia and Ponta Grossa clustered with Dice’s similarity near 37 %. Ponta
Grossa and Paulinia clusters had high homogeneity, and Warta had the highest
genotipic heterogeneity (8 %). Some specimens clustered with individuals from
other regions, suggesting migration between distant regions, like the case of
Primavera do Leste (MT) and Paulinia (SP).
26
2.1. Introdução
Um dos complexos de pragas do milho mais importantes dos EUA é
composto por insetos do gênero Diabrotica (Chevrolat, 1844) (Coleoptera:
Chrysomelidae). Os indivíduos desse gênero possuem grande semelhança
morfológica, o que dificulta a identificação das espécies (Krysan 1986). Essas
espécies que ocorrem na América do Norte estão distribuídas em regiões
geograficamente distintas e, por esse motivo, são conhecidas de acordo com a
região onde ocorrem. Como, por exemplo, Diabrotica virgifera virgifera LeConte é
conhecida vulgarmente como larva do milho da região oeste. Entretanto essas
espécies estão se sobrepondo e a identificação através de caracteres
morfológicos de espécies simpátricas não está sendo possível. Por esse motivo,
as técnicas da genética molecular vêm sendo utilizadas para facilitar a
identificação das espécies desse gênero (Szalanski & Powers 1996, Clark et al.
2001, Roehrdanz 2003). Dessa maneira, a variabilidade genética entre indivíduos
de diferentes regiões também vem sendo realizada através da análise de
sequências do DNA nuclear e mitocondrial com a técnica de PCR-RFLP
(Szalanski et al. 2000, Szalanski & Powers 1996).
Diabrotica speciosa (Germar, 1824) é uma das espécies desse gênero mais
conhecidas na América do Sul e com ocorrência em todos os estados brasileiros
(Krysan 1896). Segundo Szalanski et al. (1999), a expansão geográfica das
espécies de insetos pode favorecer a variabilidade genética. Porém não existem
estudos sobre a variabilidade genética dessas espécies no Brasil. A maioria dos
estudos realizados com indivíduos geograficamente distintos de Diabrotica spp.
limitam-se ao estudo das espécies que ocorrem na América do Norte.
Como exemplo, Szalanski et al. (1999), através da análise das seqüências
dos genes das regiões ITS 1 e de genes das subunidades ribossômicas do
genoma mitocondrial, observaram variação substancialmente maior entre
indivíduos geograficamente distintos de Diabrotica virgifera zeae Krysan & Smith
do que entre indivíduos de D. v. virgifera LeConte. O baixo nível de diferenciação
27
genética observado entre indivíduos de D. v. virgifera e D. v. zeae indica uma
história evolucionária recente entre os mesmos.
Para avaliar a variabilidade genética entre indivíduos geograficamente
distintos de uma espécie ou de espécies diferentes, alguns estudos têm utilizado a
técnica de marcadores moleculares RAPD. Essa técnica vem sendo utilizada com
sucesso para avaliar a variabilidade genética entre e dentro de populações
geográficas, para determinar a estrutura genética das populações (Apostol et al.
1996, Stott et al. 1997, Brown et al. 1997, Sidorenko & Berezovskaya 2001, Sosa-
Gómez et al. 2004, Sosa-Gómez 2004). As aplicações dos marcadores RAPD
incluem ainda obtenção de impressões digitais (fingerprintings) genômicas de
indivíduos, variedades e populações; estabelecimento de relacionamentos
filogenéticos entre diferentes espécies; construção de mapas genéticos de alta
cobertura genética e a localização de genes de interesse econômico, além de ser
uma técnica rápida e simples (Williams et al. citados por Sidorenko &
Berezovskaya 2001).
O objetivo deste estudo foi gerar informações sobre a variabilidade genética
de D. speciosa através de marcadores RAPD, visto que, além de ser uma das
espécies do gênero Diabrotica mais conhecidas na América do Sul, é considerada
praga de várias culturas, em especial leguminosas, curcubitáceas, solanáceas e
gramíneas (Zucchi et al. 1993).
2.2. Material e Métodos A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Biotecnologia Vegetal, da
Embrapa Soja, em Londrina, Paraná.
As populações analisadas foram coletadas em áreas de soja de Primavera
do Leste (MT), Florestópolis, Ponta Grossa e Warta, Distrito de Londrina (PR) e
em áreas de feijão na região de Paulínia (SP) (Tabela 1). Todos os indivíduos de
uma mesma população foram coletados em uma única data. Os insetos coletados
foram mantidos em sílica gel a -20 oC até extração do DNA.
28
Tabela 1. Origem, data de coleta e plantas hospedeiras das populações de D.
speciosa analisadas com marcadores moleculares para avaliação de variabilidade
intraespecífica.
Local de coleta Data de coleta Planta hospedeira
Warta, Londrina
(PR) 14 de junho, 2004 soja
Florestópolis
(PR) 18 de agosto, 2004 soja
Ponta Grossa, Fazenda Escola
da Univ. Est. de Ponta Grossa
(PR)
04 de maio, 2004 soja
Paulínia, Estação Agrícola Exp.
Bayer Cropscience
(SP)
28 de junho, 2004 feijão
Primavera do Leste
(MG) 20 de julho, 2004 soja
2.2.1. Extração do DNA O DNA de 27 indivíduos de cada população foi extraído dos tecidos da
cabeça e protórax dos insetos, a fim de diminuir a possibilidade de ocorrência de
microorganismos naturalmente presentes na hemolinfa (Capítulo 3). A extração foi
realizada de acordo com o protocolo de Rogers & Bendich (1988) com poucas
modificações, relatadas a seguir.
Para cada cabeça e protórax de D. speciosa foram utilizados 480 µL de
tampão de extração, com concentração final de 200 mM Tris-HCl (pH 8,0), 70 mM
EDTA, 2 M NaCl e 1 % de β-mercaptoetanol, maceradas em microtubos com
auxílio de pistilo. Na seqüência, adicionou-se 120 µL de CTAB (10 %), e após ser
homogeneizado, foi levado em banho-maria (65 oC) por 5 minutos. Ao decorrer
esse tempo, adicionou-se 6 µL de proteinase K (10 mg/mL), e novamente incubou-
se em banho-maria (65 oC) por 60 minutos. Após esse período, as amostras foram
mantidas à temperatura ambiente, e centrifugadas a 14.000 rpm durante 15
29
minutos. A fase aquosa foi recuperada e transferida para outro microtubo,
adicionando o mesmo volume de clorofórmio: álcool isoamílico (24:1). Após a leve
homogeneização, as amostras foram centrifugadas a 14.000 rpm por 15 minutos,
e em seguida recuperou-se a fase aquosa a qual foi transferida para outro
microtubo, onde os ácidos nucléicos foram precipitados com 2 volumes de
isopropanol 100 % gelado e 45 % do volume de NH4OAc 10M. Esse material
permaneceu duas horas a -20oC. As amostras foram centrifugadas após esse
período, a 14.000 rpm por 15 minutos, descartando o sobrenadante e lavando o
pellet com etanol 70 %. Após a centrifugação a 14.000 rpm por 5 minutos o etanol
foi descartado e os pellets secos em estufa a 37 oC. Os pellets foram
ressuspendidos com tampão TE com RNAse adicionada na concentração final de
40 µg/mL e mantidos a 37 oC por 30 minutos. As amostras foram mantidas a -20 oC até serem utilizadas para amplificação (Sosa-Gomez et al. 2004).
2.2.2. Quantificação de DNA O DNA foi quantificado através de gel de agarose (0,8%) corado com
10mg/mL de brometo de etídio. A eletroforese foi conduzida em tampão TBE 1X
(216 g de Tris; 110 g ácido bórico; 80 mL de EDTA 0,5M e água destilada para
completar 2L) a 120V por 1 hora. A visualização do gel foi feita em transluminador
THX-35M (Life Technologies) de luz ultravioleta (UV) e a aquisição das imagens
em sistema Kodak Digital DC 290. No mesmo gel foram colocadas amostras de λ
DNA com concentrações de 5, 10, 15 e 20 ng/µL, para que fosse possível estimar
a concentração das amostras de D. speciosa.
2.2.3. Análise molecular do DNA através da técnica de RAPD A amplificação foi realizada em um volume final de 25 µL contendo 9 ng de
DNA, previamente diluído, 14,6 µL de água Mili Q (bidestilada), 2,5 µL de tampão
30
10X, 1,0 µL de dNTP’s (2,5 mM), 2,5 µL de iniciador (4 µM), 1,2 µL de MgCl2 (50
mM) e 0,2 µL de enzima Taq polimerase (Gibco BRE) (5 unidades/µL) por
microtubo de amplificação de PCR. Como controle negativo foi utilizada uma
amostra que continha todos os reagentes, exceto DNA do inseto. As reações PCR
foram realizadas em termociclador GeneAmp-9600 (Perkin Elmer) com o seguinte
programa: 45 ciclos a 94 oC por 15 segundos, 35 oC por 30 segundos e 72 oC por
1 minuto; e uma extensão final a 72 oC por 7 minutos.
Entre quatorze iniciadores (Operon Technologies. Alameda, CA, USA)
previamente testados, 11 foram selecionados para o estudo das populações de D.
speciosa.
O resultado da amplificação de cada amostra (25 µL) foi aplicado em gel de
agarose 1,3 % com 3,0 µL de brometo de etídio e submetida a eletroforese em
tampão TBE 1X a 120V por 2,5 horas. A visualização do gel foi feita em
transluminador THX-35M (Life Technologies) de luz ultravioleta (UV) e a aquisição
das imagens em sistema Kodak Digital DC 290.
2.2.4. Análise dos Dados Baseando-se nas fotografias dos géis apenas as bandas mais visíveis e
reproduzíveis foram usadas como marcadores (Roderick 1996), sendo que bandas
com mobilidade similar àquelas registradas no controle negativo não foram
registradas (Thormann et al. 1994). Para esse experimento foi gerada uma matriz
binária (1 – presença de banda e 0 – ausência de banda) e, utilizando o programa
NTSYS-pc versão 2.02 i (Rholf 1993), foram construídas matrizes de similaridade
utilizando-se o índice de similaridade de Dice (1945).
31
2.3. Resultados e Discussão As amplificações foram visíveis com a concentração de 9 ng de DNA de D.
speciosa. Todos os 11 iniciadores selecionados possibilitaram a amplificação do
DNA de D. speciosa, gerando bandas que variaram de 493 a 2409 pares de
bases. O número de bandas produzidas variou de acordo com o iniciador utilizado
na reação (Fig. 1 e 2). Dentre os iniciadores testados, os que produziram maiores
números de bandas foram OPC-04 (20), OPE-11 (20) e OPH-02 (20), e o que
produziu menor número de bandas foi o OPG-07 (13) (Tabela 2).
Tabela 2. Número de bandas geradas por cada iniciador utilizado no estudo de
variabilidade entre populações de D. speciosa.
Iniciador1 Sequência Número de bandas
OPA-11 5’-CAATCGCCGT-3’ 19
OPC-04 5’-CCGCATCTAC-3’ 20
OPC-06 5’-GAACGGACTC-3’ 19
OPC-18 5’-TGAGTGGGTG-3’ 17
OPE-11 5’-GAGTCTCAGG-3’ 20
OPF-03 5’-CCTGATCACC-3’ 20
OPG-07 5’-GAACCTGCGG-3’ 13
OPH-02 5’-TCGGACGTGA-3’ 20
OPJ-06 5’-TCGTTCCGCA-3’ 17
OPJ-14 5’-CACCCGGATG-3’ 19
OPN-07 5’-CAGCCCAGAG-3’ 18 1- denominação usada pela empresa Operon Technologies
Pode ser observado na Figura 3 que a maioria dos indivíduos agrupam-se
de acordo com a região geográfica onde foram coletados. As populações que
apresentaram agrupamentos com maior homogeneidade foram as de Ponta
Grossa e Paulínia, sendo a população da Warta que apresentou maior
heterogeneidade de genótipos, com indivíduos apresentando índice de
similaridade de 8 %. Os indivíduos que apresentaram maior semelhança
genotípica foram os de Ponta Grossa (PG25 e PG27) e de Paulínia (Pau155 e
32
Pau161). Os indivíduos das populações de Florestópolis (PR), Primavera do Leste
(MT), Paulínia (SP) e Ponta Grossa (PR) formaram agrupamentos com índices de
similaridade próximos a 37 %.
M 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 91 N M
s
1120
784
1584
2027
493
Figura 1. Amostras de DNA de D. speciosa da região de Warta,
amplificadas com o iniciador OPC-04 através da técnica de RAP
utilizado como marcador molecular (M). Controle negativo (N).
M 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 169 170 171 172 173 174
493
1120
784
1584
2027
Figura 2. Amostras de DNA de D. speciosa da região de
amplificadas com o iniciador OPC-04 através da técnica de RAP
utilizado como marcador molecular (M). Controle negativo (N).
Florestópoli
Londrina (PR)
D. λ DNA foi
175 176 177 179 N M
Paulínia (SP)
D. λ DNA foi
33
34
Nos agrupamentos pode ser observada a ocorrência de indivíduos de
outras regiões, indicando a seqüência elevada de migração desses insetos
nt r a do L P
distantes entre si 1.099 km (Tabela 3).
igração ocorre porque Diabrotica possui elevada capacidade de vôo.
ry 9), dispersão esses inse s através d vôo está
elacionada com alimentação e oviposição e difere entre espécies. Desta maneira,
nsiderado como “relocação”, visto que o objetivo ecológico é colocar a
u difere este o ou d ante.
Os adu iabro p. po m dois tip vôos: s “triviais”
enos que 20 ou 30 minutos, e “sustentados” com duração maior a 20
u 30 minutos. Vôos “sustentados” ocorrem em ¼ de fêmeas mais jovens, e sua
cidência diminui de acordo com a idade dos insetos. Estes vôos podem ser
s da síndrome da oogênese”, visto que é comum entre fêmeas
rávidas”. Podem durar de 30 a 230 minutos, atingindo um distância de até 35
1 m
gera
fracos, com picos pela manhã e sob temperaturas amenas (20 - 35º C). A
e
199
mesmo entre locais dista es, como P imaver este (MT) e aulínia (SP),
Esta m
Segundo K san (199 a d to o
r
deve ser co
progênie em m lugar nte, seja próxim ist
ltos de D tica sp ssue os de vôo
que duram m
o
in
chamados de “vôo
“g
Km por dia em D. v. virgifera. A maioria dos vôos é do tipo “trivial” com duração de
inuto ou menos, com 10 a 20 cm de distância, sendo que as paradas
lmente ocorrem para reorientação. A maioria dos vôos ocorre com ventos
dif rença do vôo entre os sexos está relacionada com a duração e idade (Krysan
9).
35
Tabela 3. Distância (km) entre as localidades onde foram coletadas as populações
e D. speciosa. d
Localidades Primavera do Leste, MT
Paulínia, SP Warta, Londrina, PR
Florestópolis, PR
Ponta Grossa, PR
PrimLes
avera do te, MT
0 - - - -
Paulínia, SP 1098,7 km 0 - - -
WaLon
FlorPR
onta Grossa, R
402 km 225 282 km 0
rta, drina, PR
932 km 411 km 0 - -
estópolis, 875 km 431 km 57 km 0 -
1156 kmPP
. Conclusões 2.4
, embora a presença de indivíduos de outras regiões nos
agrupamentos indique a freqüência elevada de migração entre locais
-
sa e Paulínia, sendo a população da Warta que
apresentou maior heterogeneidade de genótipos;
- ilaridade (8 %) foram os
indivíduos da Warta, Distrito de Londrina (PR).
- Os indivíduos de D. speciosa formam grupos diferentes dentro de cada
população geográfica
distantes;
As populações que apresentaram agrupamentos com maior homogeneidade
foram as de Ponta Gros
- Os indivíduos que apresentaram maior semelhança genotípica foram os de
Ponta Grossa (PR) (PG25 e PG27) e de Paulínia (Pau155 e Pau161);
Os indivíduos que apresentaram menor índice de sim
36
2.5. Literatura citada
ostol, B.L., W.C. Black, P. Reiter & B.R. Miller. 1996. Population gene
Ap tics with
RAPD-PCR markers: the breeding structure of Aedes aegypti in Puerto Rico.
Bro
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Zucchi, R.A., S. Silveira Neto & O. Nakano. 1993. (eds.) Guia de identificação de
pragas agrícolas. Piracicaba, FEALQ, 139p.
Capítulo 3. Ocorrência de Protozoários, Parasitóides e Fungos em Diabrotica
seriadas de lavagens de folíolos de
Unidades Formadoras de Colônias (UFC)
mediante a contagem das colônias. A superfície
edida em um integrador de área foliar,
da relação UFC por mm2 de área foliar. A maior incidência
D. speciosa foi durante os meses de fevereiro e março/2003,
Gregarina ocorreu em 97% dos indivíduos e adultos da
Celatoria sp. (Diptera: Tachinidae) ocorreram em 26 % de indivíduos
ia de uma mosca parasitóide do gênero
sobre Cerotoma arcuata. Durante a safra de soja 2003/04 a maior
líolos de soja foi do fungo Beauveria sp, resultado
D. speciosa.
speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)
“A melhor maneira de evitar que os insetos tomem conta de todo o
mundo é não impedir a guerra que eles travam entre si”.
Metcalf
Resumo Foi avaliada a incidência de parasitóides, protozoários e fungos em populações de
Diabrotica speciosa, em Londrina, PR e região. Para avaliação de moscas
parasitóides e fungos, 25-30 indivíduos foram coletados e avaliados
semanalmente durante o período da safra de soja (2003/04). A incidência de
protozoários foi observada através de preparados microscópicos com alíquotas de
hemolinfa e tubo digestivo durante um ano (agosto/2003 a agosto/2004). A
flutuação da densidade do inóculo de fungos entomopatogênicos relacionada à
área foliar foi avaliada através de diluições
soja plaqueadas em meio seletivo. As
dos fungos foram quantificadas
de cada folíolo amostrado teve sua área m
para o estabelecimento
de parasitismo sobre
sendo que o protozoário
mosca
observados. Foi registrada a ocorrênc
Strongygaster
ocorrência de fungos nos fo
este, relacionado com a ocorrência desse fungo sobre adultos de
40
Abstract The occurrence of parasitoids, protozoa and entomopathogenic fungi was
evalua
re analized. The
entom
ted on D. speciosa populations in Londrina, PR in the North of Parana State.
Samples of 25-30 insects were weekly collected in soybean fields (2003/04). The
protozoa incidence was observed during one year (August/2003 - August/04).
Fresh microscope preparations with mesenteron of each insect we
opathogenic fungi density variation related to the leaflet area (Colony
Forming Units/mm2) was evaluated through seried dilutions of washed leaflets
plated on selective medium. The soybean leaflets area was measured to establish
the CFU by mm2. The major incidence of parasitism on D. speciosa was in
February and March/2003. The protozoa Gregarina occurred on 97% of the insects
and the adults of parasitoid Celatoria sp. (Diptera: Tachinidae) occurred on 26 % of
the insects. During the soybean season, the fungus Beauveria sp. was prevalent
that can be related to major occurrence of this fungus on adults of D. speciosa.
41
3.1. Introdução
O gênero Diabrotica possui 15 espécies e subespécies identificadas como
pragas de 61 tipos de plantas cultivadas. A espécie mais conhecida desse gênero
e com ampla distribuição na América do Sul é Diabrotica speciosa (Germar, 1824)
(Krysan 1986), conhecida popularmente como vaquinha patriota.
No Brasil, D. speciosa encontra-se distribuída em todo o território nacional
(Magalhães e Carvalho 1988), sendo considerada praga principal de várias
cultura
tas, fazendo um
grande
batatinha (Solanum tuberosum L.), abrindo buracos e
epreciando-os comercialmente. Quando as larvas atacam as raízes adventícias
o milho (Zea mays L.) causam um crescimento irregular das plantas, que se
rnam recurvadas. Esse sintoma é conhecido como “pescoço de ganso” ou “milho
joelhado” (Gallo et al. 2002).
Não existe uma estimativa dos danos causados por esse inseto no Brasil,
as Metcalf (1986) estimou em um bilhão de dólares os gastos com inseticidas e
s perdas na produção devido ao ataque de Diabrotica sp. nos EUA.
Por esse motivo, conhecer os inimigos naturais dessa espécie praga, pode
rnecer informações para o aprimoramento de técnicas de controle. O uso de
gentes biológicos em programas de controle de pragas é uma das estratégias do
anejo integrado de pragas (Batista Filho et al. 2003).
Para que os inimigos naturais sejam capazes de reduzir ou prevenir o
umento populacional das pragas, deve-se estimular a ocorrência natural desses
gentes de controle biológico, não só preservando o potencial já existente, mas
inda propiciando condições para sua efetivação. Portanto, o uso de inseticidas
eve ser restringido às condições de ocorrência de pragas apenas quando há
níveis de danos econômicos, utilizando doses mínimas e, se possível, produtos
s, em especial leguminosas, curcubitáceas, solanáceas e gramíneas
(Zucchi et al. 1993). Os adultos atacam as folhas novas das plan
número de pequenas perfurações, que afetam o desenvolvimento da
planta. As larvas atacam as raízes, provocando redução do sistema radicular e,
portanto, atraso no desenvolvimento e secamento da planta. Também danificam
os tubérculos de
d
d
to
a
m
a
fo
a
m
a
a
a
d
42
seletivos, evitando o controle preventivo de pragas. Boetel et al. (2003)
observaram que aplicações apropriadas de inseticidas propiciaram maior proteção
s de milho ao at e D. virgifera. Além disso, o uso
restrito de inseticidas e a utilização de agentes biológicos no manejo integrado de
pragas é ação efetiva no retardamento do desenvolvimento da resistência dos
inseticidas ). Os agroecossist
manejados de forma inteligente, através dos mais variados métodos de controle
an
á diversas a ência de inimi is de D.
tado na Tabela
e b formações sobre a ocorrência e
e inimigo e em cultura de soja na região de
o de
nos folíolos de soja.
de raíze Zea mays (L.) aque d
insetos a (Huang et al. 1994 emas precisam ser
(Metcalf & Luckm 1982).
H referências sobre ocorr gos natura
speciosa na América do Sul, conforme apresen 1.
O objetivo d ste trabalho foi o ter in
flutuação d s naturais de D. sp ciosa
Londrina, PR, enfatizando a flutuaçã inóculos de fungos entomopatogênicos
43
Tabela 1. Lista de inimigos naturais de Diabrotica speciosa registrados para a
mérica do Sul. A
Espécie Ordem: Família Local Referência
Chrysopa sp. Neuroptera: Chrysopidae Bercellini & Malacalza
1994
Eriopis s
Celatoria
als.) Vuill.
Hyphomycetes:
Moniliaceae
Brasil Hohmann & Carvalho
1989, Heineck-Leonel &
Salles 1997
. Moniliaceae 1997
aecilomyces
mosor
Brasil Tigano-Milani et al. 1995
p. Coleoptera: Coccinelidae Bercellini & Malacalza
1994
Lebia concinna Brullé Coleoptera: Carabidae Brasil Milanez 1984
Nabis sp. Heteroptera: Nabidae Brasil Milanez 1984
Cycloneda sanguinea (L.) Coleoptera: Coccinelidae Brasil Hohmann 1989
Doru lineare (Eschsholtz) Dermaptera: Forficulidae Brasil Milanez 1984
Scymnus sp. Coleoptera: Coccinelidae Brasil Hohmann 1989
bosqi Blanchard Diptera: Tachinidae Argentina, Uruguai, Brasil Magalhães & Quintela
1987, Heineck-Leonel &
Salles 1997
Centistes gasseni Shaw Hymenoptera: Braconidae Brasil Heineck-Leonel & Salles
1997, Walsh et al. 2003
Beauveria bassiana
(B
Metarhizium anisopliae
(Metsch.) Sorok
Hyphomycetes: Brasil Heineck-Leonel & Salles
P
fu oseus
Paecilomyces lilacinus Brasil Tigano-Milani et al. 1995
Hexamermis sp. Nematoda: Mermithidae Peru, Brasil Nickle et al. 1984,
Heineck-Leonel & Salles
1997
Micoletzkya vidalae
Stock, 1993
Nematoda:
Diplogasteridae
Argentina Stock 1993
44
3.2. Material e Métodos 3.2.1. Avaliação de inimigos naturais em populações de campo de D.
peciosa
cas parasitóides e fungos, amostras de 25 - 30
divíduos foram observados periodicamente durante o período da safra de soja
acional de Pesquisa de Soja – CNPSo, localizado no Distrito de Warta,
ondrina (PR), foram mantidos dentro de gaiolas teladas (15 cm X 15 cm X 15 cm)
durant
xperimental da Embrapa Soja
foram
0,2 mL/placa de Petri) em meio
seletivo à base do fungicida dodine: água de fervura com 20g de aveia, 20g de
ágar, 0,46g de dodine, 0,01g de cristal violeta e 0,25mg de benlate (Chase et al.
1986). As UFC (Unidades Formadoras de Colônia) dos fungos entomopatogênicos
foram quantificadas mediante contagem das colônias que se desenvolveram sobre
s
Para avaliação das mos
in
(2003/04). Os insetos coletados em cultura de soja do campo experimental do
Centro N
L
e 15 dias em condições controladas de temperatura 26 ± 1°C, 80 %UR e
fotofase de 14 horas. A avaliação de mortalidade foi realizada diariamente.
Para observação da prevalência de protozoários, amostras de 25 - 30
indivíduos coletados em cultura de soja do campo e
observadas semanalmente ou quinzenalmente durante um ano
(agosto/2003 a agosto/2004), imediatamente dissecados para preparados
microscópicos de alíquotas de hemolinfa e tubo digestivo de cada indivíduo. 3.2.2. Densidade do inóculo de fungos entomopatogênicos relacionada à área foliar
Foram realizadas amostras semanais de 15 folíolos de soja no campo
experimental da Embrapa Soja. Os folíolos foram armazenados a -18 oC até o
momento da retirada do inóculo mediante lavagens em água destilada estéril com
Tween 80 (15 µL/L). As suspensões resultantes dessa lavagem foram diluídas
seriadamente (10-1, 10-2, 10-3) e plaqueadas (
45
o meio seletivo após 12 a 20 dias a 26 ± 1,5o C. Foi determinada a superfície de
cada folíolo amostrado, em um integrador de área foliar (modelo Stationary LI
3100), para o estabelecimento da relação U.F.C. por mm2 de área foliar.
3.3. Resultados e Discussão
3.3.1. Avaliação de inimigos naturais de D. speciosa em populações de campo
Os inimigos naturais encontrados em D. speciosa foram moscas
parasitóides do gênero Celatoria Coquillett, 1890 (Diptera: Tachinidae),
protozoários do gênero Gregarina (Dufour, 1828) (Apicomplexa: Eugregarinida) e
o fungo entomopatogênico Beauveria sp. Vuillemin
A maior ocorrência natural do parasitóide Celatoria sp. (Fig. 1) foi de 26 %
observados (Fig. 2). Foi constatada a ocorrência de apenas um indivíduo do
gênero Strongygaster Macquart, 1834 (Diptera: Tachinidae) (Fig. 3) sobre um
adulto de Cerotoma arcuata (Olivier, 1791), em 25 de março de 2004, embora não
tenha sido realizada a avaliação constante de inimigos naturais sobre este inseto.
Esse indivíduo de C. arcuata foi coletado em cultura de soja, no campo
experimental da Embrapa Soja.
O protozoário Gregarina sp. (Fig. 4) ocorreu em 97 % dos indivíduos
avaliados em março/2004 (Fig. 5), concordando com os resultados de Kuhlmann &
van der Burgt (1998), onde as amostragens ocasionais em campo indicaram
variação da incidência de Gregarina sp. entre 5 a 100 %. Durante agosto/2003 a
agosto/2004, 792 indivíduos foram observados.
durante o mês de março/2004. Durante a safra de soja, 691 indivíduos foram
46
Figura 1. Mosca parasitóide Celatoria sp. (Diptera: Tachinidae).
30,0
sp.
(%) 26,3%
0,0
15,0
11/1
1/03
20/
11/0
3
29/1
2/03
8/1
/04
12/
1/04
20/
1/04
22/
1/04
27/
1/04
2/2
/04
9/2
/04
16/
2/04
17/
2/04
01/
3/04
15/
3/04
25/
3/04
25/
3/04
Datas de coleta
Prev
alên
cia
de C
elat
oria
Celatoria sp.
Celatoria sp. sobre populações de D. speciosa
durante a safra de soja (2003/04) em Londrina, PR.
Figura 2. Prevalência (%) de
47
Figura 3. Mosca parasitóide Strongygaster sp. (Diptera: Tachinidae) registrada em
adulto de Cerotoma arcuata, em Londrina, PR.
O fungo Beauveria sp. teve maior ocorrência sobre D. speciosa durante o
mês de fevereiro/2004 (10 %) (Fig. 2). O fungo Metarhizium. anisopliae (Metsch.)
Sorok. não foi observado em alguns meses do ano, e sua maior ocorrência sobre
os insetos foi de apenas 3,3 % durante o mês de fevereiro. Essa maior prevalência
de Beauveria sp. durante o mês de fevereiro pode ser devido aos maiores níveis
de inóculo, dados já constatados por Sosa-Gómez et al. (2001) na mesma região.
Ao contrário dos índices de parasitismo (26,3 %) de Celatoria sp. em D.
encontrados neste trabalho, Heineck-Leonel e Salles (1997) encontraram
60% de parasitismo de Celatoria bosqi Blanchard em D.
speciosa na região de Pelotas (RS), coletados em diferentes plantas olerícolas,
entre os meses de maio a setembro, diminuindo entre os meses de outubro e
fevereiro, e o maior percentual encontrado foi 84,5 % durante o mês de abril.
speciosa
índices próximos a
48
Esse parasitóide abandona o hospedeiro na forma de larva, empupando
logo a seguir no solo ou, por vezes, dentro do corpo do inseto, que fica oco. O
inseto permanece vivo até momentos antes da saída do parasitóide.
Não foram encontrados na literatura, dados sobre a ocorrência de moscas
parasitóides do gênero Strongygaster em Cerotoma arcuata. Nalepa & Kidd (2002)
registraram a ocorrência de Strongygaster triangulifer (Loew) sobre adultos de
Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) na Carolina do Norte (EUA)
com 14,2 % de parasitismo. A primeira ocorrência de S. triangulifer em H. axyridis
foi relatada por Katsoyannos & Aliniazee na América do Norte (1998). Esses
autores afirmam que a espécie S. triangulifer está amplamente distribuída na
América do Norte e parasita insetos das Ordens Coleoptera, Lepidoptera,
Dermaptera e Hemiptera.
As espécies de Celatoria têm sido freqüentemente descritas parasitando
Cerotoma sp. Danielson et al. (2000) encontraram adultos de Cerotoma trifurcata
(Forster) parasitados por moscas Celatoria sp. em Nebrasca (América do Norte)
(Shimer). No Brasil, Magalhães e Quintela
(1987) relataram a ocorrência de C. bosqi como parasitóide de C. arcuata.
Com relação às infecções causadas por protozoários, Brooks & Jackson
(1990) afirmam que infecções por Gregarina sp. aumentam a mortalidade de
adultos de D. speciosa e inibem o desenvolvimento normal dos ovários. Entre os
insetos avaliados nesta pesquisa, não foi verificada mudança aparente de
comportamento daqueles indivíduos em que foi confirmada a infecção por
protozoários.
O ciclo de vida dos protozoários do gênero Gregarina é comum para todas
as espécies que parasitam Diabrotica, mas o desenvolvimento pode variar de
acordo com a espécie, alimentação e intensidade da infecção. Os insetos ingerem
oocistos (Fig. 6) quando se alimentam das folhas, depois de quatro dias já
24 a 48 horas, liberam seus
ocistos caso a temperatura esteja próxima de 25 - 26 ºC e 70 % U.R. Os adultos
.
Herzog (1977) e Marrone et al. (1983) encontraram adultos de C. trifurcata
parasitados por Celatoria diabroticae
apresentam gametocistos livres na hemolinfa. Os gametocistos são liberados
juntamente com as fezes dos insetos e, dentro de
o
49
podem livrar-se da infecção dentro de duas semanas, a menos que oocistos
istam relatos superficiais do efeito nocivo desses protozoários
sobre
adicionais sejam ingeridos.
Embora ex
a fecundidade e longevidade de Diabrotica sp. (Brooks & Jackson 1990),
não existem referências sobre o impacto na biologia, fisiologia ou comportamento
desses protozoários. Considerando os elevados índices de prevalência desses
protozoários, estudos adicionais sobre sua importância como reguladores das
populações naturais de D. speciosa são necessários.
Figura 4. Trofozoítos do protozoário Gregarina sp. encontrados na hemolinfa de
Diabrotica speciosa (aumento 100X).
50
0
50
100
12/8
/200
3
18/9
/200
3
9/12
/200
3
22/1
2/20
03
5/1/
2004
22/1
/200
4
9/2/
2004
26/2
/200
4
24/3
/200
4
28/4
/200
4
13/5
/200
4
21/6
/200
4
12/7
/200
4
10/8
/200
4
Pre
valê
ncia
(%)
96,7%
Figura 5. Prevalência (%) de Gregarina sp. em populações de Diabrotica speciosa
durante a safra de soja (2003/04), em Londrina, PR.
Figura
(aume
6. Oocisto de Gregarina encontrado na hemolinfa de Diabrotica speciosa
nto 400X).
51
A ocorrência natural de Beauveria sp. sobre adultos de D. speciosa chegou
a 10 % no mês de fevereiro/2004, enquanto que a ocorrência de M. anisopliae foi
e apenas 3,3 %. Os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Bals.) Vuill,
Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. possuem distribuição global e têm sido
Diabrotica sp. (Daoust & Pereira
1994, Sosa-Gómez et al. 2001). Heineck-Leonel e Salles
média do mês e à umidade relativamente alta durante maior parte do ano nessa
3.3.2. Flutuação da densidade do i
plantas de soja, foi do fungo
relacionado com a ocorrência natural de
sp. sobre as folhas de soja aumentaram entre os
reduzida freqüência sobre as folhas de
Apesar da pouca incidência de M.
sobre D. speciosa, essa pequena porcentagem de indivíduos infectados
durante o mês de fevereiro. A maior prevalência de Beauveria sp. sobre as
D. speciosa pode ser explicada pela elevada pressão de inóculo
bilidade a essa espécie e a senescência
d
e
relatados como causa de mortalidade natural de
1986, Shimazu et al.
(1997) encontraram a ocorrência do fungo B. bassiana de até 77,9% durante o
mês de dezembro na região de Pelotas (RS), devido ao aumento da temperatura
região.
nóculo de fungos entomopatogênicos relacionada á área foliar
Durante a safra de soja 2003/04, a maior ocorrência no fitoplano das
Beauveria sp. (Fig. 7). Esse resultado está
Beauveria sp. sobre D. speciosa. A
Beauveria ocorrência do fungo
meses de fevereiro e março/2004, correspondendo às maiores porcentagens de
insetos com sinais do patógeno. O fungo M. anisopliae foi observado com
soja, correspondendo à baixa porcentagem
de indivíduos com sinais desse patógeno.
anisopliae
foi exatamente no mês de maior ocorrência desse fungo sobre folhas de soja,
populações de
que ocorre nesse período, a maior susceti
das populações desse inseto.
52
10,0M anisopliae
Beauveria sp.
Beauveria sp./D. speciosa
UFC
/mm
² fol
ha
5,0
0,011 16 23 30 7 14 21 27 4 12 20 26 4 11 18
Dez/03 Jan/04 Fev/04 Mar/04
Figura 7. Densidade do inóculo dos fungos entomopatogênicos Beauveria sp. e
200
.4. Conclusões
- As maiores densidades de Beauveria sp. sobre as folhas de soja foram
- Foi constatada, pela primeira vez, a ocorrência de um taquinídeo do gênero
Strongygaster parasitando C. arcuata.
Metarhizium anisopliae (UFC) em folíolos de soja ao longo da safra de soja
3/04 em Londrina, PR.
3
- Os protozoários do gênero Gregarina e as moscas parasitóides do gênero
Celatoria foram os inimigos naturais de maior prevalência sobre D.
speciosa;
constatadas durante os meses de fevereiro e março, correspondendo às
maiores porcentagens de adultos de D. speciosa com sinais de infecção
causada por esse patógeno;
53
3.5. Literatura citada
Ba
67.
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Capítulo 4. Eficiência de isolados de Beauveria bassiana e Metarhizium
os foram realizados em laboratório e em casa de vegetação.
pesar de a germinação dos fungos não ter sido afetada pelos inseticidas, os
atamentos fungo + inseticida não apresentaram efeito sinérgico no controle de D.
peciosa. Foi observado em casa de vegetação que os insetos alimentaram-se
ais das plantas que receberam tratamento com o inseticida fipronil do que
aquelas com imidacloprid. Em laboratório, após 48 horas de contato, as maiores
reas consumidas por D. speciosa ocorreram em trifólios de soja pulverizadas
om fungos, com o inseticida fipronil em mistura com CNPSo-Bb61 e na
stemunha. Bioensaios realizados com C. arcuata revelam baixa virulência de
olados de B. bassiana e M. anisopliae a esse inseto, porém foi observado efeito
inérgico entre o isolado de B. bassiana CNPSo-Bb61 e imidacloprid.
anisopliae em mistura com inseticidas no controle de Diabrotica
speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae) Resumo O impacto nas populações de insetos causado por epizootias naturais,
especialmente por fungos e vírus, demonstrou o potencial dos organismos
microbiológicos para o controle de pragas. Todavia, considerando o elevado custo
da produção de fungos entomopatogênicos e sua eficiência dependente das
condições ambientais, a utilização conjunta do inseticida químico em baixas
dosagens e o agente de controle biológico poderia compensar essas deficiências
com um menor impacto ambiental. Esse trabalho foi realizado com o objetivo de
determinar o potencial de controle de isolados de fungos entomopatogênicos em
mistura com baixas dosagens de inseticidas sobre a vaquinha patriota.
Suspensões de conídios (32.010 ± 6.632 conídios/inseto) de nove isolados de
Beauveria bassiana e quatro isolados de Metarhizium anisopliae foram utilizados
nos testes de patogenicidade. Os isolados que apresentaram maior virulência
foram utilizados nos ensaios de compatibilidade com os inseticidas fipronil e
imidacloprid. Os ensai
A
tr
s
m
d
á
c
te
is
s
59
Abstract The impact on insect populations caused by natural epizootics, specially by fungi
and v
ns (32.010 ± 6.632 conidia per insect) of
nine i
was greater on leaflets pulverizes with fungi,
insecti
iruses, shows the microorganism potential on pest control. However,
considering the entomopathogenic fungi high cost production and its efficiency
depending on environmental conditions, the use of low dosages of chemical
insecticide with the microbial agent, could compensate these deficiencies with a
minimum of environmental impact. The aim of this work was to evaluate the
potential of entomopathogenic fungi associated with low dosages of insecticides to
control D. speciosa. Conidia suspensio
solates of Beauveria bassiana and four of Metarhizium anisopliae were
tested. The most virulent isolates were tested with fipronil and imidacloprid
insecticides. The biossays were carried out in controlled environments (laboratory
and greenhouse). Insecticides did not affect the germination of the fungi. The
mixture of fungi and insecticide treatments did no show synergistic effect to control
D. speciosa. The feeding activity was enhanced by fipronil applications carried out
in greenhouse. Leaves consumption
cide with the isolate of B. bassiana CNPSo-Bb61 and leaflets not pulverized.
Biossays with C. arcuata showed low virulence of the fungi to this insect, but when
the isolate of B. bassiana CNPSo-Bb61 was applied with imidacloprid synergistic
effect was observed.
60
4.1. Introdução
Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae) é um
inseto altamente polífago conhecido popularmente como vaquinha patriota. A fase
larval deste inseto causa danos consideráveis ao sistema radicular de milho (Zea
mays L.) e vem sendo causa de preocupação a agricultores de soja da região
Oeste e Sudoeste do Paraná (Hoffmann-Campo et al. 2000). Por não serem
geralmente alarmantes, não existem trabalhos referentes aos danos causados por
este inseto em áreas de soja no Brasil.
Os insetos em geral, têm suas populações controladas naturalmente por
predadores, parasitóides e doenças, quando o uso restrito de inseticidas
possibilita a ocorrência desses inimigos naturais no sistema agrícola. Em especial,
os fungos e vírus têm demonstrado potencial de controle de populações de insetos
praga. A vantagem do uso de fungos em programas de controle biológico, é que
esses podem invadir seus hospedeiros diretamente através de áreas
tersegmentares do exoesqueleto.
Com o objetivo de controlar larvas de Diabrotica undecimpunctata
nte praga do milho nos EUA, Krueger & Roberts (1997)
corporaram propágulos dos fungos M. anisopliae e B. bassiana no solo e
demon
am a patogenicidade de B.
assiana e M. anisopliae a larvas de D. speciosa e observaram que os isolados de
No Brasil, Silva-Werneck et al. (1995) avaliaram isolados de B. bassiana e
M. ani
in
Mannerheim, uma importa
in
straram que através de baixas concentrações dos fungos no solo foi
possível proteger as raízes de milho do ataque das larvas desse inseto.
Na Argentina, Consolo et al. (2003) avaliar
b
B. bassiana foram mais virulentos ao inseto em comparação com os isolados de
M. anisopliae.
sopliae para o controle de larvas de D. speciosa em laboratório e obteve-se
baixos índices de infecção dos fungos sobre o inseto. Pianoski et al. (1990)
avaliaram a eficiência de B. bassiana sobre D. speciosa na cultura de feijão com
diferentes adubações e concluíram que B. bassiana foi mais eficiente no controle
do inseto quando aplicado em áreas sem adubação. Os autores inferiram que a
61
planta subnutrida pode ter alterado alguma característica do inseto, facilitando a
ação do patógeno.
Entretanto, sabe-se que os fungos possuem fatores limitantes à sua eficiência de
controle, como umidade relativa, temperatura, concentração do inóculo e fatores
químicos e físicos que impedem a adesão dos conídios à cutícula do inseto. Por
esse motivo, algumas estratégias vêm sendo desenvolvidas para aumentar a
eficiência dos fungos no controle de insetos, entre as quais a utilização de fungos
em mistura com baixas dosagens de inseticidas (Quintela & McCoy 1998, Moino
Jr. & Alves 1998, Furlong & Groden 2001).
O objetivo deste trabalho foi avaliar a patogenicidade de isolados de B. bassiana e
M. anisopliae e sua compatibilidade com inseticidas para o controle de adultos de
D. speciosa em laboratório e casa de vegetação, de maneira a reduzir o uso de
pesticidas químicos e proporcionar o controle natural desse inseto através de
inimigos naturais. O consumo de plantas de soja tratadas com fungos e inseticidas
por D. speciosa também foi avaliado.
4.2. Material e Métodos
A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Patologia de Insetos da
Embrapa Soja, em Londrina, Paraná; seguindo os protocolos adotados por esse
laboratório para os testes realizados neste trabalho.
4.2.1. Seleção de isolados de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae em Diabrotica speciosa
Foram obtidas culturas puras de isolados de B. bassiana e M. anisopliae do
Banco de Fungos da Embrapa Soja (Tabela 1). Para tanto, os isolados estocados
a -20oC em sílica gel foram multiplicados em placas de Petri com meio de cultura
batata-dextrose-ágar (BDA) e sulfato de streptomicina. As placas foram incubadas
em condições controladas a 26 ± 1 oC, escotofase 24 horas, durante o período de
62
12 a 14 dias. Após esporulação, os conídios foram coletados por raspagem da
superfície do meio de cultura com auxílio de uma espátula e transferidos para
tubos de ensaio contendo água destilada estéril com espalhante adesivo -
Tween® 80 (15 µL/L). As suspensões foram filtradas para eliminação do micélio e
homogeneizadas em agitador de tubos para contagem de conídios em
hemocitômetro (Câmara de Neubauer). Para avaliação da viabilidade dos
con
e
isola
ento
0 cm) onde
ermaneciam até a inoculação. As concentrações das suspensões foram
alibradas para aproximadamente 1 X 107/mL. Com auxílio de uma seringa
coplada a um micropipetador automático (modelo Arnold LV6 da Burkard
anufacturing Co. Ltda), 2 µL de suspensão foram inoculados no metaesterno
egião ventral), sendo que cada inseto recebeu aproximadamente 32.010 ± 6.632
onídios. Os insetos inoculados eram acondicionados em caixas Gerbox (cada
ma com 10 insetos) forradas com papel filtro estéril, mantidas em BOD a 26 ± 1
e 60 %U.R. e fotofase de 14 horas. Em cada Gerbox foram colocados pedaços
e cenoura e algodão umedecido com água destilada estéril para manter a
limentação dos insetos, os quais eram trocados diariamente ou assim que
ouvesse necessidade. O grupo testemunha recebeu 2 µL de água destilada
stéril com espalhante adesivo - Tween® 80 (15 µL/L) e foram acondicionados
ídios, as suspensões foram nebulizadas durante um minuto, com auxílio de um
nebulizador (ST SUPER-NS) sobre lâminas contendo meio de cultura BDA e
sulfato de streptomicina. As lâminas foram colocadas em caixas Gerbox (3 cm X 3
cm X 11 cm) e acondicionadas em condições controladas a 26 ± 1 oC, escotofase
24 horas e condições de umidade dentro da caixa Gerbox próxima à saturação.
Após 24 horas, os conídios germinados foram contados. Foram avaliados nov
dos de B. bassiana e quatro isolados de M. anisopliae (Tabela 1) nos
bioensaios de patogenicidade com D. speciosa. Foram realizadas três repetições
de 30 insetos para cada isolado.
Os insetos adultos utilizados nos bioensaios foram coletados com rede
mológica em áreas cultivadas com soja, feijão e curcubitáceas, localizadas no
campo experimental da Embrapa Soja, em Londrina, Paraná. Após a coleta, os
insetos foram transferidos para gaiolas teladas (50 cm X 50 cm X 7
p
c
a
M
(r
c
u
ºC
d
a
h
e
63
nas mesmas condições dos grupos que receberam tratamento com fungos. A
mo de fo da d te cul . O
mortos foram acondicionados em câmara úmida (placa de Petri plástica contendo
estéril), mantida sob condições
controladas a 26 ºC e e as para confirmação dos insetos
mortos por fungo.
lh lad real s t l m dia (DL50)
sinais do patógeno), vis um s erados na u e
fungos em controle biológico é a bo ação do fungo em cadáveres de
ra sa re inó mbiente e aumentando
Dois isolados de Beauveria bass o-Bb61 e CNPSo-Bb467) (Tabela
C. arcuata
d os a om isol dos foram
e úm to vei po os b aios.
Os resultados dos bioensaios for tidos aos testes de normalidade e
liz oftw ísti stat al. 1
rtalida i avalia iariamen até 15 dias após ino ação s insetos
papel filtro umedecido com água destilada
escotofas de 24 hor
A esco a dos iso os para ização do
rtalidade confirmada (insetos com
estes de dose leta é
foi realizada considerando os dados de mo
to que dos fatore consid tilização d
a exterioriz
insetos, ga ntindo des forma a p sença do culo no a
a capacidade de transmissão horizontal do patógeno (Mulock & Chandler 2001).
iana (CNPS
1) foram avaliados quanto à patogenicidade em . Foram realizadas duas
repetições e 30 inset para cad isolado. S ente esses dois a
avaliados d vido ao n ero de inse s disponí
am subme
s em cam para ioens
heterocedasticidade e analisados mediante teste de comparação de médias de
Student uti ando o s are estat co Sigma (Kuo et 992).
64
Tabela 1. Lista dos isolados de fungos entomopatogênicos utilizados nos ensaios.
Acesso Espécie Hospedeiro Ordem: Família Local de
Nome Científico coleções
Coleta País Acesso outras
CNPSo-Ma12 M. anisopliae solo Londrina, PR Brasil
CNPSo-Ma468 M. anisopliae Timbraca
limbativentris
Hemíptera:
Pentatomidae
Goiânia, GO Brasil CG-1681
CNPSo-Ma469 M. anisopliae Ancogna
scarabae
1 tha
ides
Coleoptera:
Scarabaeidae
Madri,
Cundinamarca
Colombia CG-293
ARSEF-797
CNPSo-M
speciosa Chrysomelidae Tucumán ARSEF-25153
NPSo-Bb21 Beauveria sp. Diabrotica sp. Coleoptera:
Chrysomelidae
Londrina, PR Brasil
NPSo-Bb25 Beauveria sp. Diabrotica sp. Coleoptera: Londrina, PR Brasil
Chrysomelidae
CNPSo-B
-501
a473 M. anisopliae Diabrotica
speciosa
Coleoptera:
Chrysomelidae
Santa Maria, RS Brasil
CNPSo-Bb13 B. bassiana Diabrotica Coleoptera: Blanco Pozo, Argentina ESALQ-4992
C
C
Chrysomelidae
CNPSo-Bb59 Beauveria sp. Diabrotica sp. Coleoptera: Londrina, PR Brasil
b61 Beauveria sp. Diabrotica sp. Coleoptera:
Chrysomelidae
Mangueirinha,
PR
Brasil
CNPSo-Bb71 Beauveria sp. Diabrotica sp. Coleoptera:
Chrysomelidae
Mariópolis, PR Brasil
CNPSo-Bb357 B. bassiana Diabrotica sp. Coleoptera:
Chrysomelidae
Brasília-DF Brasil CG-611
CNPSo-Bb467 B. bassiana Diabrotica
speciosa
Coleoptera:
Chrysomelidae
Warta, Londrina,
PR
Brasil
CNPSo-Bb470 B. bassiana Maecolaspis
monrosi
Coleoptera:
Chrysomelidae
La Virginia Argentina CG-791
ESALQ 2
1 - Coleção de Fungos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), SAIN - Parque Rural - Caixa Postal
02372, 70
50
Dentre os fungos avaliados, três isolados de Beauveria bassiana CNPSo-
849-970, Brasília, DF - Brasil 2 - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), Departamento de Entomologia. Caixa Postal 9, 13418-900,
Piracicaba, SP - Brasil 3 - ARSEF - USDA Collection of Entomopathogenic Fungal Cultures Plant Protection Research Unit - US Plant, Soil &
Nutrition Laboratory. Tower Road, Ithaca NY 14853-2901 USA
4.2.2. Determinação da DL dos isolados de Beauveria bassiana em Diabrotica speciosa
Bb 59, CNPSo-Bb 61 e CNPSo-Bb 467, foram selecionados para determinação da
65
DL50. Os métodos de multiplicação, acondicionamento e avaliação de viabilidade
dos conídios foram os mesmos utilizados no item 4.2.1.
Os insetos foram inoculados através de aplicação tópica com doses que
Foram realizadas três
petições para cada isolado.
10 insetos em cada repetição. Os insetos inoculados eram
acond
variaram entre 4.050 a 4.050.000 conídios por inseto. Os insetos inoculados foram
acondicionados conforme descrição no item 4.2.1.
re
Os resultados de mortalidade total acumulada (insetos com e sem sinais do
patógeno) foram analisados para estimativa da DL50 pelo programa Polo-PC
(LeOra Software, 1987).
4.2.3. Determinação da DL5 dos inseticidas em Diabrotica speciosa
Foram utilizados dois produtos comerciais: fipronil (Regent 800 WG) e
imidacloprid (Provado 200 SC). Para determinação da DL5 de fipronil foram
utilizadas doses que variaram entre 1,5 ng a 2000,0 ng de i.a. por inseto. Foram
realizadas três repetições para cada dose, utilizando 30 insetos por repetição. Os
insetos inoculados eram acondicionados conforme item 4.2.1. A mortalidade foi
avaliada diariamente até 96h após a inoculação. Os resultados de mortalidade
total foram analisados pelo programa Polo-PC (LeOra Software, 1987).
Nos ensaios com imidacloprid, foram utilizadas doses que variaram entre
0,000061 ng a 2 ng de i.a. por inseto. Foram realizadas duas repetições para cada
dose, com
icionados conforme descrição no item 4.2.1. A mortalidade foi avaliada
diariamente até 96h após a inoculação. Os resultados foram analisados através do
método 50% endpoint (Reed & Muench 1937) por não se adequarem ao modelo
de Probit.
66
4.2.4. Efeito de Beauveria bassiana em mistura com inseticidas na infecção de Diabrotica speciosa
otofase de 14 horas. Em cada
Gerbo
troladas a 26 ºC, escotofase de
24 hor
Baseando-se nos resultados dos bioensaios realizados com D. speciosa,
ois isolados foram escolhidos para realização do experimento em casa de
egetação. Esses dois isolados foram avaliados novamente para verificar a
4.2.4.1. Infecção de Diabrotica speciosa após aplicação de Beauveria
bassiana em mistura com inseticidas em laboratório
Foram realizados quatro tratamentos em laboratório (fungo, fungo +
inseticida, inseticida e testemunha). O efeito dos inseticidas fipronil e imidacloprid
em mistura com os três isolados de B. bassiana (CNPSo-Bb59, CNPSo-Bb61 e
CNPSo-Bb467) foram avaliados sobre D. speciosa. Foi utilizada a DL50 de cada
isolado e a DL5 de cada inseticida. A DL50 utilizada foi calculada com os resultados
de mortalidade total (com e sem sinais do patógeno) (Tabela 4). Para cada
tratamento foram feitas três repetições, utilizando 30 insetos adultos em cada
repetição, com 10 indivíduos em cada caixa Gerbox. A inoculação dos insetos foi
realizada conforme descrição no item 4.2.1. Os insetos inoculados foram mantidos
em condições controladas a 26 ± 1 ºC, 60 %U.R. e f
x foram colocados pedaços de cenoura como fonte de alimento e algodão
umedecido com água destilada, trocados diariamente. A mortalidade foi avaliada
diariamente até 15 dias após inoculação. Os insetos mortos foram acondicionados
em câmara úmida (placa de Petri plástica contendo papel filtro umedecido com
água destilada estéril) mantida sob condições con
as e umidade próxima da saturação, para confirmação dos insetos mortos
por fungo.
A viabilidade dos conídios no tratamento com os inseticidas foi avaliada
conforme descrição do item 4.2.1. Antes da nebulização sobre as lâminas, as
suspensões permaneceram em agitação durante 4 horas em misturas com os
inseticidas (Sosa-Gómez et al. 2003).
d
v
67
compatibilidade com os inseticidas, através de um método mais agressivo,
discutido a seguir.
Os isolados foram inoculados em placas de Petri com meio BDA e sulfato
de stre
ncia de Kruskal-Wallis
para d dos n
ptomicina. As placas foram mantidas em condições controladas a 26 ºC e
60 %U.R. por um período de 12 a 14 dias. Após esse período, porções das
colônias (4 mm X 4 mm) foram recortadas das placas e colocadas em
Erlenmeyers contendo 50 mL de meio líquido batata-dextrose e sulfato de
streptomicina. Em cada Erlenmeyer foram colocadas três porções das colônias. As
concentrações utilizadas dos produtos comercias foram as mesmas utilizadas no
experimento em casa de vegetação (item 4.2.4.2.). Foram realizadas quatro
repetições de cada inseticida mais a testemunha. Os tratamentos permaneceram
em agitação durante dez dias, a 100 rpm por minuto, em sala climatizada a 25 ± 2
ºC. Após esse período, alíquotas de meio de cultura de cada tratamento foram
avaliadas sob microscópio óptico para verificação da ocorrência de contaminação.
Os micélios foram então filtrados a vácuo, utilizando papel de filtração rápida, e
pesados para determinação do peso úmido e seco.
Somente um isolado de B. bassiana (CNPSo-Bb61) e o inseticida
imidacloprid foram avaliados em bioensaios com Cerotoma arcuata. Foi utilizada a
dose 1 X 107 conídios por indivíduo de CNPSo-Bb61 e a DL5 de Provado 200 SC
avaliada em D. speciosa. Para cada tratamento foram utilizados 15 insetos adultos
acondicionados em caixas Gerbox e 3 repetições.
Os resultados que apresentaram normalidade e heterocedasticidade foram
submetidos à análise de variância (ANVA) e as médias foram comparadas pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados que não apresentaram os
requisitos para ANVA foram analisados pela análise de variâ
a ão paramétricos. Os testes estatísticos foram realizados através do
software Sigmastat (Kuo et al. 1992).
68
4.2.4.2. Infecção de Diabrotica speciosa após aplicação de Beauveria
bassiana em mistura com inseticidas em casa de vegetação
erizador foi 260 mL/min, com um bico
ônico (Conejet TX-4) e pressão de 40 psi. Para cada repetição foi utilizado um
aso com quatro plantas de soja em estádio vegetativo V3-V4. Após pulverização,
dentro de uma gaiola telada (50 cm X 50 cm X 70
m) onde foram liberados 30 insetos adultos de D. speciosa. O experimento foi
ados dentro da casa de vegetação um termohigrógrafo e um
sicrômetro. A mortalidade foi avaliada diariamente até 15 dias após pulverização.
Em casa de vegetação, foram realizados nove tratamentos (CNPSo-Bb59,
CNPSo-Bb61, imidacloprid, fipronil, CNPSo-Bb59 + imidacloprid, CNPSo-Bb59 +
fipronil, CNPSo-Bb61 + imidacloprid, CNPSo-Bb61 + fipronil e testemunha). Foram
realizadas quatro repetições para cada tratamento. Nos tratamentos com
inseticidas, a concentração utilizada foi 1/5 da dose recomendada para campo em
150 L de água. A concentração de fipronil utilizada foi 20 g PC/ha. Como não há
recomendação de Provado 200 SC para o controle de D. speciosa, a
concentração utilizada (105 mL PC/ha) foi equivalente à recomendada para
Confidor 700 GRDa, que possui o mesmo ingrediente ativo (imidacloprid). As
suspensões de fungos foram preparadas com a concentração correspondente a 1
X 1012 conídios/mL para 1 ha, adicionando-se Tween® 80 (15 µL/L) como
espalhante adesivo. Os tratamentos foram pulverizados sobre vasos com plantas
de soja (cultivar Paraná). A vazão do pulv
c
v
cada vaso de soja foi colocado
c
realizado em casa de vegetação telada. Para registro da temperatura e umidade
foram coloc
p
Os insetos mortos foram acondicionados em câmara úmida, conforme descrito no
item 4.2.1, para confirmação dos insetos mortos por fungo.
Os resultados que apresentaram normalidade e heterocedasticidade
foram analisados pela análise de variância (ANVA) e as médias foram
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados que não
apresentaram os requisitos para ANVA foram analisados pela análise de variância
de Kruskal-Wallis. O software estatístico utilizado foi Sigmastat (Kuo et al. 1992).
69
4.2.5. Consumo foliar de Diabrotica speciosa em trifólios de soja tratados com fungos e inseticidas O consumo foliar foi avaliado da seguinte maneira: foram oferecidos a D.
speciosa trifólios de soja com os mesmos tratamentos realizados em casa de
vegetação (item 4.2.4.2). A área foliar dos trifólios foi medida antes do consumo
em um integrador de área foliar (modelo Stationary LI 3100), e após 24 e 48 horas
de consumo. Os insetos foram acondicionados em caixas Gerbox (cada uma com
cinco insetos) conforme item 4.2.1. Após 48 horas, os trifólios de soja tratados
com fu
ciosa e
a. O isolado
NPSo-Bb59 apresenta valores de mortalidade total com diferença estatística dos
alores da testemunha a partir do 11o dia após inoculação com o fungo, enquanto
isolado CNPSo-Bb61 apresentou essa diferença 13 dias após inoculação. Esses
isolados causaram valores elevados (%) de mortalidade confirmada (com sinais do
patógeno), em relação a maioria dos isolados (Tabela 2). Os valores de
ngos e inseticidas foram trocados por trifólios de soja sem tratamento, os
quais eram trocados diariamente ou assim que houvesse necessidade. A
mortalidade foi avaliada diariamente até 15 dias após aplicação. Os insetos mortos
foram acondicionados em câmara úmida (placa de Petri plástica contendo papel
filtro umedecido com água destilada estéril), mantida sob condições controladas
de BOD a 26 ºC, escotofase 24 horas e umidade próxima à saturação, para
confirmação dos insetos mortos por fungo.
4.3. Resultados e Discussão
4.3.1. Seleção de isolados de B. bassiana e M. anisopliae sobre D. spe
C. arcuata Os isolados de B. bassiana CNPSo-Bb59, CNPSo-Bb61 (Tabela 2) foram
os que causaram mortalidade total (com e sem sinais do patógeno) com diferença
estatística (p < 0,05) da mortalidade total observada na testemunh
C
v
o
70
mortalidade confirmada foram 60 % para o isolado CNPSo-Bb59 e 54 % para o
isolado CNPSo-Bb61. Entretanto, o isolado que causou maior porcentagem de
mortalidade confirmada foi CNPSo-Bb467 (66,4 %), porém, os valores de
mortalidade total não diferem estatisticamente da testemunha, embora o valor de
mortalidade confirmada corrigida (55,3 %) seja maior que o valor de mortalidade
confirmada corrigida do isolado CNPSo-Bb61. Esses resultados revelam que o
isolado de CNPSo-Bb61 não esporula bem nos cadáveres dos insetos. O isolado
CNPSo-Bb71 causou mortalidade total elevada (95 % ), porém esse valor não
difere estatisticamente (p < 0,05) da testemunha (63 %).
s da análise dos resultados, observa-se que os isolados de B.
assiana são mais virulentos a D. speciosa em comparação com os isolados de
ae
Ao contrário, am maiores porcentagens de
ortalidade com isolados de M. anisopliae onde o isolado CG293 de M. anisopliae
causou maior porcentagem de mortalidade confirmada (30 %). Esse mesmo
isolado foi utilizado para os ensaios de patogenicidade (CNPSo-Ma469) e causou
mortalidade confirmada de 18,9 %. Não é possível comparar os resultados obtidos
devido à diferente metodologia utilizada, visto que Silva-Werneck et al. (1995)
usaram a técnica de imersão de larvas em suspensão de 108conídios/mL.
A mortalidade causada pelos fungos utilizados ocorreu predominantemente
entre os dias 5 - 13. Poucos indivíduos ( < 5 %) morreram após o 13o dia.
A vantagem de trabalhar com dose letal é que os resultados podem ser
facilmente comparados entre experimentos. Nos trabalhos realizados com
concentração letal média (CL50), não é possível estabelecer precisamente o
número de conídios que entraram em contato com cada inseto, dificultando a
comparação entre experimentos realizados com diferentes métodos.
Atravé
b
M. anisopli , concordando com os resultados obtidos por Consolo et al. (2003).
Silva-Werneck et al. (1995) encontrar
m
Figura 1.
71
Ad
ulto de Diabrotica speciosa com i g ese d
s na e (b) Meta
ba sia rhizium anisopliae
a
con dio ên
.
e (a
b
B u eria ) ea v
72
Tabela 2. Mortalidade total e confirmada (% média ± EP) de adultos de Diabrotica speciosa durante 15 dias após inoculação com isolados de
Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae. Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb13 3,6±3,a
6 3 6a
4,8±4,8 a
4,8±4,8 a
7,0±5,6 ns
1a
5,2±8,8 18a
,7±9,5 29,a
3±14,7 40,a
5±14,0 43,a
8±14,0 48,a
4±12,5 56,a
4±11,6 58,a
7±12,0 6a
,2±11,1 5,4±10,9 67,6±8,9 a
Testemunha ±1,1 ±2,2 1,9 ,4 a a
6,6a a a a a a a a
±3,0
este t 0,7 0,5 0,3 0,9 1,2 1,5 1,9 1,8 2,3 2,3 2,2 2,2 1,8 1,8
1,1a
2,2a
3,3±a
6,7±3ns
6,6±3,4 6,6±3,4 ±3,4 13,3±3,9 16,7±5,1 20,0±1,9 28,9±4,0 31,1±3,0 37,8±3,0 45,6±3,0 51,1a
T
Mortalidade confirmada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb13 0n
0,0 ns
1,2±1,ns
4,7±2a
5,9±a
14,0a a a
19a
24a
2a
20,0 ns
,0 s
2 ,4 3,2 ±7,1 15,1±6,0 19,8±7,5 ,8±7,5 ,1±4,7 5,3±4,8 6,4±3,8 a
28,6±3,9 a
29,7±3,1 a
Testemunha ns
0,0 ns
1,1±1,1 ns
1,1±1,1 a
1,1±1,1 a
1,1±1,1 a a a a a a
±6,7
este t 1,4 1,4 1,8 2,0 2,0 1,9 1,8 1,8 2,1 2,4 2,2
0,0 0,0 ns
2,2±2,2 3,3±3,4 4,4±3,0 8,9±7,4 10,0±7,0 11,1±7,0 a
11,1±6,2 a
13,4a
T
Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb21 1n
1a
2a
4a
4a a
1a
7n
,2±1,2 s
7a
,9±6,2
1,6±4,8
2,0±9,7
22,0±9,7a
26,9±10,0a
35,5±8,9 a
4,2±12,1 7,9±9,5 50,4±10,1 7 ,1±11,9 7a
9,0±11,9
9,0±11,9s
82,7±9,7 a
82,7±9,7 a
Testemunha 1 ,1 a a a a a b
±9,0 ±8,9
este t 0,9 1,4 1,2 1,0 1,5 1,6 1,7 2,2 2,1 3,4 3,2 2,3 2,0
,1ns
±1 2,2±1,1 4,5±2,3 10,0±3,4a
11,1±4,2a
11,1±4,2 a
16,8±8,1 a
22,2±4,6 24,4±5,4 26,6±5,8 36,5±6,6 37,6±5,7 b
41,9±3,7 ns
52,0a
56,4a
T
Mortalidade confirmada
10 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 12 13 14 15
CNPSo-Bb21 0n
7±
6, 6,7±6,7 ns
6,7 a
14,1a
15,3±a
31,1±1a
9,0±22a
9,0±22,4 ,2±22,3 2±22,3 ,0 s
6,7±6,7 ns
6,s
6,7 n
6,7± 7 ns
6,7±ns
9,1±5,9 a
14,1±7,1 ±7,1 7,9 7,5 3 ,4 3a
40 a
40,a
Testemunha 0 0,0 ns
1, 1,1±1,1 ns
1,1±1,1 ns a a
3,2±3,3 a
7,5±7,6a
7,5±7,6 a
7,5±7,6 a
7,5±7,6 a
8,6±8,7 a
este t 0,8 0,8 0,8 1,4 1,6 1,4 1,4 1,2 1,3 1,3 1,4 1,3
,ns
0 0,0 ns
1ns
,1± 1 1,1±1,1 a
2,2±2,2 3,2±3,3
Tcontinua...
73
Tabela 2. Continuação... Mortalidade total
1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 2 2 1 13 14 15
CNPSo-Bb25
1,1±1,2 a
1,1±1,2 a
12,9±7,5a
14,0±8,7a
28,0±12a
,3 31,4±15,a
7 54,6±15a
,3 66,6±11,a
1 66,6±11a
,1 78,8±10,a
5 84,7±8,3a
85,8±7,2a
89,3±4,0 a
90,4±5,1 a
90,4±5,1 a
Testemunha 7,0±3,2a
,7
11,4±7,7 a
16,1±10a
,5 25,3±1a
6 8 8 8 5, 2 7
t ,6 ,3 ,2 4 ,7 ,7 ,1 ,4 3
,2 37,5±2a
,4 37,5±2a
,4 41,2±2a
,2 46,3±2a
5 46,3±25a
,5 50,2±23,a
6 52,8±2a
,2 58±19,a
60±18,3a
62±17,7 a
63±17,2 a
Teste -1 -1,7 -0,2 -0 -0 -0 0, 0 0 1 1 1, 1,5 1,6 1,5
Mortalidade confirmada
1 2 5 6 7 8 9 0 1 3 4 1 1 12 13 14 15
CNPSo-Bb25 0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
2,3±2ns
,3 3,4±3,ns
5 15,7±8ns
,0 22,9±5,ns
0 26,3±2,ns
2 33,9±8,2a
38,6±7,9a
39,8±7,7 a
43,2±8,1 a
44,4±6,9 a
44,4±6,9 a
Testemunha 0
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
,0 7
0,0ns
0,sn
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
1,3±1,3b
1,3±1,3b
1,3±1,3 b
1,3±1,3 b
1,3±1,3 b
1,3±1,3 b
teste t 4 4, 5,0 5,2 6,2 6,2
Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb59 0 1 , 6 ,8 2 0,0 ns
4,4±4,5a
7,0±3,9a
7,0±3,9 a
7,0±3,9 a
20,3±13,3 a
33,2±17,3a
50,8±19,a
53,0±21,a
67,2±13a
9 76,4±8,a
78,6±10a
84,4±8,a
84,4±8,2a
85,5±7,9a
Testemunha ,9 9 1 8
1,1±0ns
1,1±0,a
5,5±2,2a
9,9±4,2 a
9,9±4,2 a
19,9±7,1 a
23,5±5,7 a
26,1±4,3 a
31,2±5,0a
33,4±4,4a
35,5±3,b
36,6±2,7b
38,8±2,b
39,8±3,3b
40,9±4,0b
teste t 0,7 0,3 -0,4 -0,4 0,0 0,5 1,1 0,9 2,1 3,6 3,3 4,6 4,5 4,6
Mortalidade confirmada
1 3 8 9 11 12 13 14 2 4 5 6 7 10 15
CNPSo-Bb59 0,n
0,0 ns
0n
12,2ns
1n
0,0ns
0 s
0,0s n
,0 s
±10,7 7,2±8,3 s
29,9±8,5 ns
34,3±9,ns
6 43,9±ns
4,8 52,0ns
±3,1 54,ns
3±4,2 58ns
,9±4,9 5n
8,9±4,9 s
60,0±5,8 ns
Testemunha 0,n
0,0 ns
0n
0,0 ns
0n
0 0,0 ns
0 0n
este t
0,0ns
0 s
0,0s n
,0 s
,0 s
0,0 ns
0,ns
0,0ns
0,ns
0,ns
0 ,0 s
0,0 ns
t
continua...
74
Tabela 2. Continuação ... Mortalidade total
1 2 3 4 5 10 11 12 13 14 15 6 7 8 9
CNPSBb61
0,0 ns
1,1±1,1 a
1,1±1,1 a a a
44,8±19,3 a
50,4±20,2 a
59,8±14,2 a
62,0±15,0 a
63,2±14,1 68,7±13,9 71,0±14,5 77,9±10,9 84,8±8,6 a
o- 17,8±14,7 32,2±23,2 a a a a a
88,3±6,8
Testemunha , 2
- -
1,1±1,1 ns
3a
,3±1,9
3a
,3±1,9 5a
,5±4,0
5,5±4,0 a
16,7±5,1
18,9±5,6a a
24,4±8,1a
30,0±10,a
1 31,1±11a
2 36,7±8,5a
37,8±8,1a
41,1±6,b
51,1±3,0b
54,5±2,2 b
teste t 1,0 1,0 0,8 1,1 1,4 1,5 2,2 1,8 1,8 2,0 2,0 2,0 3,8 4,8
Mortalidade confirmada
1 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13 14 15 7 8
CNPSo-Bb61
1,1±1,ns
1,1±1,1 ns ns
9±7,9 18,9±14 ns
27,9±12,5 ns
32,4±14 a
37,0±12,a
39,2±13,a
9,2±13,5 3,7±14,9 ,9±16,0 3±15,9 52,8±14,2 a
1 1,1±1,1 7,ns
,3 ,4 5 5 3a
4a
45a
49,a a
53,9±14,6
Testemunha 0,0ns
0n
,0ns
0,0 ns
1,1a
,4a
4± ±2 5, 6 6, ,5
2,6 2,5 2,5 2,2 2,0 2,3 ,4 3
,0 s
0,0 ns
0,0sn
0 ±1,1 4 ±3,0 4,a
3,0 5,5a
,2 8,9±a
6 11,1±a
,2 11,1±a
2 13,3±8a
14,4±9,6 a
teste t 2,2 2 2,
Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13 14 15 7 8
CNPSo b71 2 ±1,1 a a
8±3,0 a
14±5,9 5±10,8 1±11,3 1±10,9 ±8,4 ±8,4 6,3 89±2,7 a a a a
-B 2 ±1,1 a
2a
4a
6a
76a
76a
84±a a
93±2,0 94±3,1 94±3,1 95±2,9
Testemunha 7±3,2 11±a
7,7 10,5 , 2
7 a
16± 25±16a a
2 37±2a
8,4 37±28a
,4 41±28a
,2 46±25,a
5 46±25,a
5 50±23,6a
53±22,a
58±19,7a
60±18,3a
62±17,7 a
63±17,2 a
teste t -1,4 -1,2 -0, -0,7 -0,4 0,1 0,6 1,1 1,1 1,4 1,6 1,8 1,8 1,8 1,9
Mortalidade confirmada
1 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13 14 15 7 8
CNPSo-Bb71 0,0 ,0 ns
0,0 ns
1,3±1,3 ns
7,6±4,ns
22,8±4,6ns
35,1±9,3 ns
5,1±9,3 1±12,5 42,8±14,8 45,5±17,2 a a a ns
0,0 ns
0 2 3ns
39,a a a
45,5±17,2 46,7±16,2 48,0±17,5
Testemunha 0,0
,0 ns
0,n
0n
0ns
3 a
ns
0,0sn
0 0 s
0,0 ns
,0 s
0, 0,0 ns
0,0 ns
1,3±1,b
1,3±1,3b
1,3±1,3 1,3±1,3 a
1,3±1,3 b
1,3±1,3 a
teste t 3,0 2,8 2,6 2,6 2,8 2,7 continua...
75
Tabela 2. Continuação ...
Mortalidade total
7 1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb357
1,1±1,1 ns
3,5±0,1 n
9,3a
6 4 9 3± 2 , 5 6a s
±1,3 10,a
±2,3 18,a
±5,9 26,a
±8,3 29,a
10,0 41,ns
±13,2 49,a
3±13,5 55a
0±14,0 5a
,0±14,0 5a
,1±14,4 61,0±15,9 61,0±15,9a
63,4±15,8a
Testemunha 4,6a
7,1±a
9,3±a
11,9a
11,9±a
15,7ns a a a a a
36,4±3,6
ste t 1,5 1,2 1,3 1,7 1,7 2,3 2,6 2,5 2,5 2,0 1,6 1,7
0,ns
0 0,0 ns
±2,9 1,8 3,8 ±2,7 2,7 ±2,4 16,8±2,8 18,0±1,6 19,2±0,43 20,5±1,3 28,0±4,1 34,1±4,5 a a
te
Mortalidade confirmada
3 4 5 2 11 2 6 7 8 9 10 11 1 3 14 15
CNPSo-Bb357 0,0 ns
,0 ns
3,7ns ns n
6,5 ±4,6 ,0±5,
9,0±5ns
23,8ns
3,ns
2n
0,0s n
0,0 ns
0 0,0 ns
±3,7 6,2±6,2 12,0±7,0 s
14,3±ns
17,7 ns
19ns
7 1 ,7 ±9,0 2 8±9,0 3,8±9,0 s
Testemunha 0 ns
0,0 ns
0,0 ns ns
0,0ns
0,ns ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,ns
teste t
0, 0,0 ns
0,0 0 0,0 ns
0ns
,0 0,0 0
Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb467 0n
4a
,8 ,2 ,3 ,6 8a
8a
0,0 ns
0,0 ns
,0 s
,9±5,0 7,a
1±3,9 16a
±10,2 33,0a
±11,5 47a
±17,3 58a
±11,9 61a
±10,1 67a
,2±8,2 7a
2,7±4,5 4,2±5,8 6,6±5,7 87,7±4,8 a
Testemunha 0a a a
16,9a a a a a a a a
ste t -0,4 -0,6 1,0 -1,3 -1,3 -1,4 -1,4 -1,3 -1,2 -1,2 -1,2 -1,2
0,0ns
0,0 ns
,0 ns
2,5±2,5 4,7±1,4 6,9±0,2 ±4,9 23,7±6,4 34,8±12,1 39,4±12,4 46,2±14,5 51,7±16,8 64,4±16,2 65,6±16,5 67,9±15,7 a
te
Mortalidade confirmada
4 1 1 2 3 5 6 7 8 9 10 1 12 13 14 15
CNPSo-Bb467 0n
0,0 ns
0,0 ns
1,1 6±1,6 3,8±7, 43,8±3a
47,2±a
52,7ns a a a
0,0 ns
0,0 ns
,0 s
4,6±ns
19, 3a a
2 ,6 0,5 ±5,4 58,3±5,5 63,0±4,2 65,3±4,2 66,4±5,3 a
Testemunha ns ns
0,0 ns
0,0 ns ns
1,1±1,1 b
3,3±3,4 b
3,3±3,4 b
3,3±3,4 b
6,7±6,7 ns b b b
11,1±11,2
ste t 9,5 3,9 8,3 13,0 5,3 6,3 5,1 4,5
0,0 0,0 0,0 ns
0,0 7,8±7,9 7,8±7,9 10,0±10,1 b
tecontinua...
76
Tabela 2. Continuação Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb470 1,2±1,2 ns
1,2±1,2 ns
1,2±1,2 a
2,4±2,4 a
5,9±3,2 a
7,1±3,6 a
8,3±4,3 a
17,9±2,1 ns
27,4±5,2 a
32,2±5,5 a
35,7±4,2 a
39,3±3,6a
50,0±4,2 a
51,2±3,2a
57,1±7,2a
Testemunha
0,0 ns
0,0 ns
4,4±3,0 a
4,4±3,0 a
6,7±5,1 a
6,7±5,1 a
9,2±4,0 a
12,9±3,2 ns
19,2±7,0 a
22,5±4,3 a
24,7±3,2 a
26,9±3,5 a
28,0±4,1 b
32,5±4,0 b
35,8±5,5 a
teste t -1,0 0,5 -0,7 0,1 -0,1 1,3 0,9 1,4 2,1 2,5 3,8 3,7
Mortalidade confirmada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb470 1,2±1,2ns
1,2±1,2 ns
1,2±1,2 ns
1,2±1,2 ns
2,4±1,2 ns
3,6±2,1 ns
3,6±2,1 ns
9,5±2,4 ns
15,5±4,3 ns
17,9±3,6 ns
17,9±3,6 ns
21,4± ns
28,6±8,3 a
28,6±8,3 a
33,3±12,7 a
Testemunha
0,0ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
1,1±1,1 b
1,1±1,1 b
2,2±2,2 a
teste t 3,3 3,3 2,4
Mortalidade total
1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 2 3 2 1 1 14 15
CNPSo-Ma12 1 1 1 1 1 9 , , , 5 2,1±1,1a
4,4±1,2 a
8,5±3,7
15,9±9,a a
3 17,0±a
0,4 25,6±a
1,8 28,8±a
3,6 34,3±a
5,4 39,8±a
1,5 50,7±a
,2 52,9±8a
1 58,2±11a
6 62,7±10a
2 64,9±8,a
67,1±8,1 a
Testemunha 1,1 1,1 , 1 1 8 8 9
1 0,0 -0,1 0,2 0,5 1,2 ,0 2 6 0
1,1± 2,2±a ,7
a ,3
7,8±1,1
14,5±1a a
1 15,6±a
,4 25,6±a
0,7 31,3±a
,9 31,3±a
,9 32,4±9a
,0 35,8±a
,0 41,4±7,a
9 42,4±6,8a
44,6±4,6a
52,6±8,9a
54,8±9,2 a
teste t 0 1 0,2 0,1 0, 1 1, 1, 1, 1,0
Mortalidade confirmada
1 2 3 4 5 11 12 3 4 6 7 8 9 10 1 1 15
CNPSo-Ma12 0,ns
, ,ns
2,ns
3,ns
6,n
7 ,0 5 ± ±2 2, ,7 70 1,1±1 1 1ns
1±1,1 2±1,1 3±0,1 5±1,9 s
8,ns
±2,9 13ns
±5,0 18,ns
±2,4 26,2ns
2,4 26,2ns
,4 26,2±ns
4 27,3±2ns
27,3±2,ns
28,4±3,4 ns
Testemunha 0,ns
,ns
0,ns
0,ns
0,n
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0
ste t
0 0,0 ns
0 0 0 0 0 s
0,ns
0,0sn
te
continua...
77
Tabela 2. Continuação ... Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 10 11 2 3 7 8 9 1 1 14 15
CNPSo-Ma468 6±4, 1 ± 7 4 2 a 8±3,1 a 22±4,0 a 31±7,9 a 46±7,8 a 5 ±7,5 a 57a
6,6 59±a
,6 59±7,a
6 66±7,a
74±6,3a
76±6,2 a
79±5,2 a
80±4,2 a
81±5,1 a
Testemunha 7±3, 11± ±a
37a
1± 2 2 3 , 7
0,6 0,9 ,9 0
2 a 7,7 a 16a
10,5 25a
±16,2 37±28,4 ±28,4 4a
28,2 46±a
5,5 32±a
5,5 50±2a
,6 53±22a
2 58±19,a
60±18,3a
62±17,7 a
63±17,2 a
teste t -0,3 -0,4 0,6 0,3 0,3 0,5 0,6 0,5 0,5 0 1, 1,0 1,0
Mortalidade confirmada
1 3 7 8 9 1 12 13 14 15 2 4 5 6 10 1
CNPSo-Ma468 1,1ns
3 1, 6,ns
,9±ns
,5± ±5 5,4 4 28a
8,2± ±7, 9 ±1,2 1,1±1,2 ns
2,ns
±1,1 3,4± 9 ns
8±2,0 7 3,1 12ns
6,2 17,0ns
,4 17,0±ns
23,7±7,a
24,8±7,2 a
,2±6,7 2a
6,7 29,4a
9 29,4±7,a
Testemunha 0,0ns
0 0,ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
3±1,3 1,3 b
1,3±1b
1,3±1,3 b
3±1,3
3,0 4,0 3,6 3,6
0,0 ns
0,ns
0,0 ns
0 1,b
1,3±b ,2
1,3±1,3 ,3 1,b
teste t 3 4,0
Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-a469
0,9±0,9 ns
2,1±1,0 ns
2,1±1,0 a
3,2±1,93a
7,9±5,0a
14,6±4,0 a
19,7±4,9 a
28,3±5,9 a
32,5±6,8 a
40,1±6,9 a
42,4±9,0 a
47,8±6,2 a
56,0±5,3 a
58,2±5,9 a
63,0±5,0 a M
Testemunha 0,0 ns
0,0 ns
4,6±2,9 a
6,8±5,0 a
6,8±5,0a
19,4±14,0a
20,6±13,2a
23,2±12,6a
23,2±12,6 a
24,3±13,6a
24,3±13,6a
25,6±13,5a
28,1±13,5a
32,0±14,4a
32,0±14,4a
ste t -0,8 -0,7 0,1 -0,3 -0,9 0,4 0,6 1,0 1,1 1,5 1,9 1,7 2,0 te
Mortalidade confirmada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Ma469 0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
1,1±1,1 ns
5,9±4,3 ns
9,2±3,2 ns
11,3±3,1 ns
15,7±1,2 ns
16,7±1,9 ns
18,9±2,9 ns
23,3±1,9 ns
25,2±1,0 ns
31,7±2,5 ns
35,1±4,3 ns
36,2±5,41 ns
Testemunha 0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
teste t
continua...
78
Tabela 2. Continuação ... Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Ma473 0,0 ns
3,3±0,0 ns
6,7±1,92 a
6,7±1,9a
8,9±1,1a
24,4±11,1a
33,3±13,5a
38,9±14,5a
41,1±18,2 a
44,4±20a
,0 46,7±22,2a
50,0±20,4a
54,5±21,5a
55,6±21,1a
55,6±21,1a
Testemunha 0,0 ns
0,0 ns
1,3±1,3 a
3,7±1,3a
3,7±2,1a
6,3±3,4 a
7,5±2,3 a
11,3±4,5 a
11,3±4,5 a
12,5±4,a
teste t 2,3 1,0 2,1 1,6 1,9 1,5 1,6 1,5
7 13,8±5,1 a
15,1±5,9 a
22,6±9,5 a
26,4±17,7a
27,6±12,1a
1,4 1,6 1,4 1,2 1,1
Mortalidade confirmada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Ma473 0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
3,3±1,9 ns
4,4±2,9 ns
4,4±2,9 ns
5,5±2,2 ns
10,0±ns
6,7 11,1±6,2 ns
14,4±7,8 ns
16,7±8,4 ns
16,7±8,4 ns
Testemunha 0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
teste t
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
0,0 ns
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Student
ns: não significativo
79
Os isolados avaliados em adultos de C. arcuata, CNPSo-Bb61 e CNPSo-
causaram mortalidade total e confi da reduzid , revelando
C. arcuata menos susce o que desses iso os B. bassiana em
. tar, ainda, r valor de
foi 27 %,
uanto e em D. speciosa
firm tre todos o valiados ecessidade
C. arcuata. egundo Fernandes et
(198 v lên a B. bassiana a C. arcuata fo elo isolado
izado e concentração do inó
Bb467,
que
comparação com
mortalidade total foi 29 % 15 dias após
O valor de mortalidade confirmada desse isolado em
enq
con
de avaliar um número maior de isolados para
al.
util
rma a (Tabela 3)
é
D. speciosa
tível a
Cabe
ata
ress
lad
que
de
o mal aio
a inoculação com o isolado CNPSo-Bb467.
C. arcuata
qu
(66
esse isolado causou o maior valor de mortalidade
ada ,4 %) en s isolados a . É evidente a n
S
nfluen9), a iru ci i i ciada p
culo.
80
Tabela 3. Mortalidade (% média ± EP) de adultos de Cerotoma arcuata durante 15 dias após inoculação com isolados de Beauveria bassiana.
2 3 5 10 11 12 14 5
Mortalidade total
1 4 6 7 8 9 13 1
CNPSo-Bb61 1,
a
1 , ,0
a
a
8
n
,3
ns
±1
ns
3,5
ns ns
15
ns
,0±3
ns
5
ns
7±1,2 1,7
a
±1,2 1,7±
a
,2 3,3±0
a
0 3,3±0 6,7±0,0 8,3±1,2
ns
,3±1,2 8
s
±1,2 8,3 ,2 11,7± 13,3±4,7 ,0±3,5 15 ,5 18,3±3,
Testemunha 0,
a
, 4±0,1
a
4±0,1
a
1,1
n
5,1
ns
5,1±1
ns
5,1±1,1
ns
±1,1
ns ns
5,1±1,
ns
5,1±1,1
ns
1, 1,0 7,0 6,5
0 0,0
a
0,0
a
1,7±1
a
2 3, 3, 5,1±
ns
5,1±1,1
s
±1,1 ,1 5,1 5,1±1,1 1
teste t 0 1,0 1,0 1,0 - 2 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5
Mortalidade confirmada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb61 0,0
a
0,0
a
0,0
a
0,0
a
0,0
a
0,0
a
1,7±1,2
ns
1,7±1,2
ns
1,7±1,2
ns
1,7±1,2
ns
1,7±1,2
ns
1,7±1,2
ns
1,7±1,2
ns
1,7±1,2
ns
3,3±0,0
a
Testemunha 1,8±1,3
a
1,8±1,3
a
1,8±1,3
a
1,8±1,3
a
1,8±1,3
a
1,8±1,3
a
1,8±1,3
ns
1,8±1,3
ns
1,8±1,3
ns
1,8±1,3
ns
1,8±1,3
ns
1,8±1,3
ns
1,8±1,3
ns
1,8±1,3
ns
1,8±1,3
a
teste t -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 0,87
Mortalidade total
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CNPSo-Bb467 0,0
ns
2,5±1,8
a
2,5±1,8
a
2,5±1,8
a
2,5±1,8
a
5,0±3,5
a
7,5±5,3
ns
15,0±10,6
ns
15,0±10,6
ns
15,0±10,6
ns
17,5±12,4
ns
24,2±14,7
ns
26,7±16,5
ns
29,2±18,3
ns
29,2±18,3
ns
Testemunha 0,0
ns
0,0
a
0,0
a
0,0
a
0,0
a
0,0
a
2,8±2,0
ns
2,8±2,0
ns
4,5±0,7
ns
4,5±0,7
ns
4,5±0,7
ns
4,5±0,7
ns
4,5±0,7
ns
4,5±0,7
ns
4,5±0,7
ns
teste t 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 5,5 5,5 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
81
Tabela 3. C
15
ontinuação ...
Mortalidade confirmada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
CNPSo-Bb467 ±19,4 0,0
ns
0,0
ns
0,0
ns
0,0
ns
0,0
ns
0,0
ns
2,5±1,8
a
10,0±7,1
a
10,0±7,1
a
10,0±7,1
a
10,0±7
a
,1 12,5±8,8
a
22,5±15,9
a
25,0±17,7
a
27,5
a
testemunha
Teste t
0,0
ns
0,0
ns
0,0
ns
0,0
ns
0,0
ns
0,0
ns
0,0
a
0,0
a
0,0
a
0,0
a
0,0
a
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
0,0
a
0,0
a
0,0
a
0,0
a
1,0 1,0 1,0 1,0
Médias seguidas de mesma letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Student
82
4.3.2. Determinação da DL50 dos isolados de B. bassiana sobre D. speciosa
O isolado CNPSo-Bb59 foi o isolado que apresentou menor número de
conídios necessários para matar 50% dos 7.300 nídios), co ase
nos resultados de mortalidade confirmada (c
para matar 50 % dos insetos testados confirma a baixa suscetibilidade de D.
fu B. bassia mparada L50 de izium flavoviride
(8.900 conídios) para adultos do gafanhoto Schistocerca gregaria Forskål
c ae) 1993) e com a DL50 solado CNP -Ma
ios) para adultos de Alphitobius diaperinus
anzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) (Chernaki-Leffer 2004).
Não foi possível comparar a suscetibilidade de D. speciosa com outros
os B. bassiana e M. anisopliae.
Por motivo semelhante, não foi possível os res ados obtid com
estudos que avaliaram a suscetibilidade de eciosa a outros isolados de
o al. 2003, Silva-Werneck e 5). Ca altar que uns
trabalhos utilizam erro inação de dose letal (DL50) para valores
realizado por Lawrence &
Khan (2002), no qual obs ue 1,05 X 107 conídios/mL são necessários
0 % e ad ruch
insetos foram mergulhados em suspensões de fungos, e 6 conídios/mL são necessárias para matar 50 %
entes e oferecidas aos insetos. Da
a denominação
90 para concentrações patogênicas de M. anisopliae (3,5 x 10 conídios/mL) a
insetos (69
om sinais do patógeno) referentes ao
co m b
sétimo dia de avaliação (Tabela 5). O elevado número de conídios necessários
speciosa ao ngo na, co com a D Metarh
(Orthoptera: A ridid (Bateman et al. do i So
356 de M. anisopliae (129.794 coníd
(P
insetos, pelo fato que os artigos consultados (Magalhães 1988, Fernandes et al.
1989, Luz et al. 1998, Tamai 2002) utilizam o cálculo da CL50 (concentração letal)
para avaliar a suscetibilidade dos insetos aos fung
comparar
D. sp
ult os
fungos (Cons lo et t al. 199 be ress alg
neamente a denom
de concentração letal (CL50). Como exemplo, o estudo
ervaram q
para matar 5 d ultos de Callosob us maculatus (Fabricius) (Coleoptera:
Bruchidae) quando os
que concentrações de 7,31 X 10
dos insetos quando foram aplicadas sobre sem
mesma maneira, Monteiro et al. (1998) utilizaram erroneamente 5 DL
larvas de Rhipicephalus sanguineus Latreille (Acari: Ixodidae).
83
Tabela 4. DL50 de Beauveria bassiana sobre adultos de Diabrotica speciosa
expostos a diferentes doses de conídios, com base na mortalidade total (com e
(± DP)
sem sinais do patógeno) 7 dias após inoculação.
Isolado n DL50 (IC95%) Coef. Ang. χ2 g.l.
CNPSo-Bb59 586 67.635
(32.2180,8 ± 0,5 21,1
– 122.090) n.s. 15
CNPSo-Bb61 673 89.492
( 360 – 166.2 0,5 n.s. 1
39. 20) 0,7 ± 28,4 2
CNPSo-Bb467 585 110.470 1,1 ± 0,6 10,5 n.s. 15 (80.711 – 147.160)
n.: número de insetos/tratamento; n.s.: não significativo
de Beauveria bassiana sobre adultos de Diabrotica speciosa
xpostos a diferentes doses de conídios, com base na mortalidade confirmada
om sinais do patógeno) 7 dias após inoculação.
(± DP)
Tabela 5. DL50
e
(c
Isolado n DL50 (IC95%) Coef. Ang. χ2 g.l.
CNPSo-Bb59 559 0
(454.497 – 1.210.700) ± 0,4 n.s.697.30 0,5 16,9 17
CNPSo-Bb61 467 569.510
(380.910 - 938.770) 0,7 ± 0,4 17,4 n.s. 14
CNPSo-Bb467 501 1.143.300
(620.960 - 302.210) 0,6 ± 0,5 16,5 n.s. 15
n.: número de insetos/tratamento
n.s.: não significativo
4.3.3. Determinação da DL
a o ins ida fipro l o valor da 5 foi ajustado de 1,426 ng para 1,5 ng
i.a./inseto (Tabela 6). Segundo Scharf & Siegfried (1999), fipronil foi tóxico em
5 dos inseticidas sobre D. speciosa
Par etic ni DL
84
baixas dosagens (DL50 = 0,6 ng i.a./inseto) para adultos de D. v. virgifera, em
tratamento tópico.
O valor da DL5 do inseticida imidacloprid é a dose em aplicação tópica que
ausou 4,5 % de mortalidade dos insetos (0,000061 ng i.a./inseto) (Tabela 7).
ão.
Doses N ng i.a./inseto Coef. Ang. χ2
c
Tabela 6. Doses (ng i.a./inseto) de fipronil sobre adultos de Diabrotica speciosa
após 96 horas de avaliaç
(± DP)
DL5 90 1,426 5,5 ± 1,3 2,4 n.s.
DL 90 8,341 5,5 ± 1,3 2,4 n.s.50
DL 90 33,024 5,5 ± 1,3 2,4 90n.s.
n.: número de insetos testados
n.s.: não significativo
Tabela 7. Doses (ng i.a./inseto) de imidacloprid sobre adultos de Diabrotica
speciosa após 96 horas de avaliação.
total
Doses n vivos (a) Mortos (b)
vivos (c)
mortos (d)
% mortalidade
(e)
0,000061 20 14 6 123 6 4,6
0,00018 20 12 8 109 14 11,3
0,00054 19 18 1 97 15 13,4
0,0016 20 18 2 79 17 17,7
0,0049 21 13 8 61 25 29,1
0,0148 21 15 6 48 31 39,2
0,0156 10 6 4 33 35 51,5
0,0312 21 10 11 27 46 63,0
0,044 19 8 11 17 57 77,0
0,062 21 9 12 9 69 88,5
0,125 21 0 21 0 90 100,0
85
Com base nesses resultados, observa-se que imidacloprid é mais tóxico a
D. speciosa comparado com fipronil, visto que uma quantidade menor de produto
é necessária para matar o mesmo número de insetos inoculados com fipronil.
4.3.4.1
os fungos. Porém, essa
diferen
de Heterotermes
tenuis
4.3.4. Efeito de B. bassiana em mistura com inseticidas na infecção de D.
speciosa e C. arcuata
. Infecção de D. speciosa e C. arcuata após aplicação de B. bassiana
em mistura com inseticidas em laboratório
A mortalidade total (com e sem sinais de patógeno) de adultos de D.
speciosa que receberam o tratamento de fipronil em mistura com os fungos não
difere (p < 0,05) dos valores de mortalidade total daqueles insetos que receberam
aplicação somente com o tratamento de inseticida fipronil (Fig. 3). Em
contrapartida, a mortalidade total dos insetos que receberam aplicação com
imidacloprid em mistura com os fungos foi maior comparada com a mortalidade
total dos insetos que receberam aplicação somente com
ça não foi significativa (p < 0,05). Através desses resultados, observamos
que os fungos em mistura com os inseticidas não apresentaram efeito aditivo, nem
mesmo sinérgico no controle de D. speciosa. Nota-se que o inseticida fipronil
provocou mortalidade elevada em comparação com o inseticida imidacloprid,
concordando com os resultados obtidos por Moino Jr. & Alves (1998), os quais
observaram que o inseticida fipronil causou mortalidade precoce
(Hagen).
Quintela & McCoy (1997), no entanto, observaram efeito sinérgico entre M.
anisopliae e imidacloprid para o controle de Diaprepes abbreviatus (Linnaeus)
(Coleoptera: Curculionidae) quando aplicados via oral ou através de contato.
Porém, quando doses maiores de imidacloprid foram utilizadas, a conidiogênese
sobre o inseto diminuiu. Quintela & McCoy (1998a) obtiveram aumento sinérgico
da mortalidade de larvas de D. abbreviatus (L.) quando incorporaram ao solo
86
misturas de imidacloprid com os fungos B. bassiana e M. anisopliae, comparando
com os valores de mortalidade obtidos quando aplicaram somente os fungos ou o
inseticida.
Os baixos índices de mortalidade de D. speciosa tratadas com fungos em
mistura com os inseticidas deve-se, em parte, à baixa suscetibilidade desses
insetos aos fungos utilizados, como foi verificado nos testes de patogenicidade do
item 4.3.1., ou pela falta de efeito aditivo ou sinérgico entre esses agentes de
controle.
Moino Jr. & Alves (1998) verificaram que imidacloprid provoca alteração no
comportamento de limpeza de Heterotermes tenuis (Hagen) (Isoptera:
Rhinotermitidae), permitindo que um maior número de conídios fique aderido ao
tegumento dos insetos. Esse comportamento não foi observado para o inseticida
fipronil. Essa diferença pode estar relacionada com o modo de ação dos dois
produt
peso molecular, interferem na
adesã
tagem de insetos com sinais do
os. Imidacloprid é um inseticida sistêmico do grupo das nitroguanidinas,
com ação de contato e ingestão, o qual atua como uma neurotoxina, ligando-se ao
receptor nicotínico da acetilcolina. Fipronil é um inseticida do grupo fenilpirazol,
que também atua sobre o sistema nervoso central, porém, como um inibidor
reversível do receptor GABA (ácido gama-aminobutírico).
Além da alteração no comportamento dos insetos causada pelos produtos
químicos, alguns estudos sugerem que os componentes inertes dos inseticidas,
como detergentes, solventes e proteínas com alto
o do conídio ao tegumento do inseto, neutralizando as interações
hidrofóbicas e dessa forma reduzem a adesão do conídio quando em suspensão
com inseticidas (Boucias et al. 1991, Quintela & McCoy 1998b).
Não foi observada inibição na germinação dos isolados de B. bassiana em
contato com o inseticida fipronil (Tabela 8) porém, foi observada uma pequena
inibição na germinação do isolado CNPSo-Bb61 quando colocado em contato com
o inseticida imidacloprid (Tabela 9), porém esse efeito não foi observado no peso
micelial desse isolado utilizando um método mais agressivo de contato (Tabela
10). Podemos afirmar que o inseticida imidacloprid não afetou a viabilidade do
isolado CNPSo-Bb61, visto que a maior porcen
87
patóge
de compatibilidade do fungo com o
seticida.
A metodologia proposta por Alves et al. (1998a) foi utilizada por Duarte et
) encontraram diferença na compatibilidade entre diferentes formulações
do inseticida betacyflutrin e B. bassiana. Porém, essa técnica não permite total
contato do fungo com o inseticida, uma vez que o produ ode precipitar
no meio de cultura (Sosa-Gómez, comun. pess.).
Portanto, existem outros métodos para avaliação da compatibilidade de
fungos e inseticidas, entre os quais a avaliação do crescimento do patógeno em
meio líquido contendo o produto a ser avaliado e a implantação de pedaços de
ssaltar que estudos in vitro expõem ao máximo o microrganismo à ação do
roduto, fato que não ocorre em condições de campo. Assim constatada a
ocuidade de um produto em laboratório, espera-se que o mesmo seja seletivo no
ampo. Por outro lado, a alta toxicidade de um produto in vitro nem sempre indica
sua elevada toxicidade em campo, mas sim a possibilidade da ocorrência de
anos dessa natureza (Moino Jr. & Alves 1998).
no, foi quando esse isolado foi aplicado em mistura com imidacloprid sobre
D. speciosa (Tabela 15), comparando com os valores de mortalidade confirmada
(com sinais do patógeno) dos isolados CNPSo-Bb59 e CNPSo-Bb467 em mistura
com imidacloprid. De modo geral, imidacloprid não teve efeito fungitóxico sobre o
fungo B. bassiana, concordando com os resultados obtidos por Neves et al. 2001,
Cavalcanti et al. 2002, Loureiro et al. 2002, Tamai et al. 2002. A maior parte
desses estudos utiliza a metodologia sugerida por Alves et al. (1998a) para
padronização dos testes de compatibilidade entre fungos e inseticidas. Esse
sistema baseia-se na adição do produto químico ao meio de cultura ainda não
solidificado e posterior inoculação do fungo ao meio de cultura sólido. Os valores
médios de porcentagem de conidiogênese e crescimento vegetativo das colônias
dos fungos são utilizados para calcular o índice
in
al. (1992) para avaliar a compatibilidade de M. anisopliae com inseticidas, de
modo que esses autores sugerem que a formulação do produto pode afetar a
compatibilidade entre fungos e inseticidas. Utilizando o mesmo método, Tamai et
al. (2002
to utilizado p
papel impregnados com os produtos no meio de cultura (Alves et al. 1998a). Cabe
re
p
in
c
a
d
88
Para evitar que problemas de interpretação ocorram, mais de um método
pode ser utilizado para avaliar a compatibilidade entre fungos e produtos químicos,
como por exemplo o trabalho de Gardner & Kinard (1998), onde os autores
avaliaram a compatibilidade dos fungos B. bassiana e M. anisopliae com o
inseticida imidacloprid utilizando metodologias diferentes. No primeiro método,
adicionaram doses de imidacloprid ao meio de cultura (SDA) e após a solidificação
do meio inocularam suspensões dos isolados de fungos. A viabilidade dos
conídios germinados e não germinados foi avaliada após 24 horas. No segundo
método, os autores avaliaram o crescimento micelial inoculando suspensões de
conídios em meio líquido,
ºC. Os autores concluíram que não houve diferença na resposta dos fungos ao
seticida imidacloprid em ambos os métodos.
ram nebulizados sobre lâminas com meio de cultura batata-dextrose-
ágar (BDA) e sulfato de streptomicina após 4 horas de contato com o inseticida
fipronil.
co germinados (
deixando em agitação contínua durante sete dias a 27
in
Tabela 8. Germinação dos conídios de Beauveria bassiana após 24 horas. Os
conídios fo
Tratamentos nídios %) ± DP
CNPSo-Bb59 ± 4,13 a 96,9
CNPSo-Bb61 97,7 ± 2,25 a
CNPSo-Bb467 90,5 ± 5,46 a
CNPSo-Bb59 + fipronil 94,9 ± 4,04 a
CNPSo-Bb61 + fipronil 90,6 ± 3,70 a
CNPSo-Bb467 + fipronil 87,1 ± 5,92 a Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05)
89
Beauveria bassiana após 24 horas. Os
ídios foram o b â inas com meio de cultura batata-dextrose-
eptomicina após 4 horas de contato com o inseticida
Tratamentos conídios germinados (%) ± DP
Tabela 9. Germinação dos conídios de
con
ágar (BDA) e sulfato de str
imidacloprid.
nebulizad s so re l m
CNPSo-Bb59 98,2 ± 0,45 c
CNPSo-Bb61 98,4 ± 0,55 c
CNPSo-Bb467 88,8 ± 2,77 abc
CNPSo-Bb59 + imidacloprid 96,4 ± 1,95 bc
CNPSo-Bb61 + imidacloprid 83,7 ± 12,93 a
CNPSo-Bb467 + imidacloprid 87,6 ± 3,56 ab
Médias seguidas de mesma letra na coluna
Tabela 10. Peso micelial (g) de isolados de
cultura líquido batata-dextros
contínua.
não diferem significativamente entre si pelo teste de Kruskal-Wallis (p < 0,05)
B uv b sia em meio de
ap 10 as de agitação
CN -B NP -Bb
ea eria
a,
as
ós
na
die e sulfato de streptomicin
PSo b59 C So 61
Tra entos Média (g) ± DP Tratamentos Média (g) ± DP tamFungo 0, 0, a b u
Fungo + fipronil 0, 0, a F fipronil 0,15 ± 0,021 a
imidacloprid 0,21 ± 0,006 b Fungo + imidacloprid 0,16 ± 0,027 a
21 ±
22 ±
006
004
F
ungo +
ngo 0,14 ± 0,029 a
Fungo +Médias seguidas de mesma letra na coluna não dife
rem entre si pelo Teste de Tukey (p<0,05)
90
Tabela 11. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb59 e sua compatibilidade com fipronil durante 10 dias de avaliação em laboratório.
Mortalidade total
Dias Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CNPSo-Bb59
1,1 ± 1,91
a
5,5 ± 3,88
a
7,7 ± 7,73
a
9,9 ± 8,86
a
14,3 ± 7,79
a
22,1 ± 8,62
a
37,4 ± 4,47
ab
41,9 ± 10,66
ab
50,6 ± 9,05
ab
59,5 ± 10,81
ab
Fipronil 16,2 ± 19,54
a
22,2 ± 13,65
a
29,2 ± 16,63
a
45,8 ± 9,74
b
51,7 ± 8,05
b
62,2 ± 13,87
a
64,6 ± 13,24 c
68,1 ± 11,08
ab
71,6 ± 9,80
ab
72,8 ± 9,31
ab
CNPSo-Bb59 + Fipronil 19,2 ± 12,39
a
25,9 ± 21,18
a
31,5 ± 22,37
a
36,1 ± 20,99
ab
40,7 ± 7,07
ab
47,6 ± 11,29
a
61,2 ± 11,04
bc
70,3 ± 14,19
b
74,8 ± 17,84
b
80,6 ± 16,03
b
Testemunha 2,3 ± 3,98
a
7,0 ± 6,89
a
8,2 ± 7,24
a
11,8 ± 5,00
a
18,9 ± 0,69
a
24,9 ± 10,47
a
33,2 ± 10,38
a
40,4 ± 6,60
a
44,0 ± 5,17
a
45,3 ± 4,36
a
Mortalidade confirmada
Dias Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CNPSo-Bb59
0,00
ns
5
a
5
a
88
a a
0
a
1,1 ± 1,8
1,1 ± 1,8
2,2 ± 1,
4,3 ± 4,9
3 9,9 ± 3,3
20,9 ± 3,62
a
24,2 ± 2,19
b
28,6 ± 2,42
b
36,3 ± 6,35
b
Fipronil 0,00
ns
8
a
8
a
16
a
54
a
2
a
2,4 ± 2,0
4,7 ± 2,0
5,9 ± 4,
8,3 ± 5,
9,4 ± 4,2
9,4 ± 4,22
a
10,6 ± 6,29
a
10,6 ± 6,29
a
11,8 ± 5,59
a
CNPSo-Bb59 + Fipronil 3,40
ns
5
a
5
a
98
a
5
a
7
a
3,4 ± 3,4
3,4 ± 3,4
4,6 ± 3,
6,9 ± 5,9
9,2 ± 7,9
19,4 ± 8,14
a
25,1 ± 1,47
b
27,3 ± 3,86
b
33,1 ± 9,13
b
Testemunha 0,00
ns
5
a
5
a
45
a
91
a
6
a
3,5 ± 3,4
3,5 ± 3,4
3,5 ± 3,
5,9 ± 1,
8,3 ± 2,0
10,7 ± 0,40
a
13,1 ± 2,14
ab
14,3 ± 3,93
a
14,3 ± 3,93
a Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05)
ns: não significativo
91
Tabela 12. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb61 em compatibilidade com fipronil durante 10 dias de avaliação em laboratório.
Mortalidade total
Dias Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CNPSo-Bb61
2,2 ± 3,85
ns
6
n a
1 3
a
4
a
6 6 7,6 ± 11,55 s
7,8 ± 10,72
1,2 ± 10,66
a
19,1 ± 15,68
a
9,2 ± 11,23 b
8,2 ± 12,86 b
2,7 ± 15,59
a
7,2 ± 13,56
a
0,7 ± 10,45
bc
Fipronil 1 2
n
3
a b
6,0 ± 19,66
ns
1,8 ± 13,93 s
0,0 ± 13,93
46,1 ± 9,28
51,8 ± 7,80
b
62,3 ± 13,73
b
64,6 ± 13,24
b
68,0 ± 11,30
a
71,3 ± 10,19
a
72,5 ± 9,80 c
CNPSo-Bb61 + Fipronil 2,3 ± 1,96
ns
8,1 ± 7,96
n a
4
s
10,3 ± 7,24
13,7 ± 8,94
a
21,7 ± 6,54
a
26,2 ± 10,39
a
33,2 ± 10,43
a
40,0 ± 13,01
a
43,4 ± 16,15
a
8,1 ± 10,75
ab
Testemunha 2,3 ± 3,98
ns
7,0 ± 6,90
n a a
4
s
8,2 ± 7,24
11,8 ± 4,99
18,9 ± 10,71
a
24,9 ± 10,47
a
33,2 ± 10,38
a
40,4 ± 6,61
a
4,0 ± 5,18
a
45,3 ± 4,37
a
Mortalidade confirmada
Dias Tratamentos 1 2 3 4 8 5 6 7 9 10CNPSo-Bb59
1,1 ± 1,92
ns
4,4 ± 7,68
a
5,5 ± 6,93
a
6,7 ± 8,84
a
7,8 ± 10,71
ns
15,6 ±10,10
a
21,2 ± 13,77
a
27,9 ±13,65
a
31,4 ± 13,61
a
32,5 ±12,37
b
Fipronil 1,1 ± 1,92
ns
2
a
,3 ± 2,00
4,6 ± 1,85
a
5,7 ± 3,75
a
8,0 ± 4,99
ns
9,1 ± 3,64
a
9,1 ± 3,64
a
10,2 ± 5,60
a
10,2 ± 5,60
a
11,4 ± 4,94
a
CNPSo-Bb59 + Fipronil 1,1 ± 1,99
ns
4,6 ± 5,23
a
4,6 ± 5,23
a
6,9 ± 3,35
a
10,3 ± 0,36
ns
14,9 ±3,62
a
17,2 ± 3,23
a
19,5 ± 4,92
a
21,7 ± 6,79
a
26,4 ± 1,32
ab
Testemunha 1,1 ± 1,99
ns
3
a
,5 ± 3,45
3,5 ± 3,45
a
3,5 ± 3,45
a
5,9 ± 1,92
ns
8,3 ± 2,06
a
10,7 ± 0,40
a
13,1 ± 2,14
a
14,3 ± 3,93
a
14,3 ± 3,93
ab Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05)
ns - não significativo
92
Tabela 13. lidade confirmada (% média ± DP) de Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb467 em compatibilidade com fipronil durante 10 dias de avaliação em laboratório.
Mortalidade total
Dias
Mortalidade total e morta
Tratam 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 entos
CNPSo-Bb467 0 ± 0,00
ns
6,5 ± 6,05
a
10,0 ± 6,00
a
17,6 ± 13,31
ab
21,2 ± 10,10
ab
31,0 ± 9,54
ab
43,3 ± 11,7
a
51,5 ± 4,66
ab
59,0 ± 7,91
ab
67,1 ± 6,83
b
0,
Fipronil 0 ± 19,66
ns
21,8 ± 13,92
a
29,8 ± 16,22
a
46,1 ± 9,25
b
51,8 ± 7,80
b
62,3 ± 13,72
b
64,6 ± 13,24
a
68,0 ± 11,30
b
71,3 ± 10,19
b
72,5 ± 9,80
b
16,
CNPSo-Bb467 + ± 11,55
ns
13,8 ± 14,25
a
16,0 ± 18,08
a
17,1 ± 19,97
ab
26,5 ± 17,53
ab
33,5 ± 17,12
ab
41,5 ± 19,00
a
49,8 ± 15,58
ab
55,8 ± 11,38
ab
62,0 ± 5,47
ab Fipronil
6,6
Testemunha 3 ± 3,98
ns
7,0 ± 6,90
a
8,2 ± 7,24
a
11,8 ± 4,99
a
18,9 ± 10,71
a
24,9 ± 10,47
a
33,2 ± 10,38
a
40,4 ± 6,61
a
44,0 ± 5,18
a
45,3 ± 4,37
a
2,
Mortalidade confirmada
Dias Trata 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 mentos
CNPSo-Bb467 0,0 ± 0,00
ns
5,2 ± 6,15
a
5,2 ± 6,15
a
6,5 ± 6,05
a
10,2 ± 8,70
a
17,8 ±12,92
a
23,9 ± 14,15
a
31,2 ±14,59
a
37,4 ± 16,14
a
41,9 ±13,28
ns
Fipronil 1,1 ± 1,92
ns
2,3 ± 2,00
a
4,6 ± 1,85
a
5,7 ± 3,75
a
7,9 ± 5,00
a
9,10 ± 3,64
a
9,1 ± 3,64
a
10,2 ± 5,60
a
10,2 ± 5,60
a
11,4 ± 4,94
ns
CNPSo-Bb467 + Fipron0,0 ± 0,00
ns
1,3 ± 2,31
a
1,3 ± 2,31
a
1,3 ± 2,31
a
4,7 ± 5,03
a
6,9 ±8,72
a
11,5 ± 10,46
a
18,7 ±16,86
a
23,5 ± 20,00
a
28,4 ±23,53
ns il
Testemunha 1,1 ± 1,99
ns
3,5 ± 3,45
a
3,5 ± 3,45
a
3,5 ± 3,45
a
5,9 ± 1,92
a
8,3 ± 2,06
a
10,7 ± 0,40
a
13,1 ± 2,14
a
14,3 ± 3,93
a
14,3 ± 3,93
ns Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05) ns - não significativo
93
0
50
100
CNPSo-Bb59 ip il CNPSoFipr l
Te unh
méd
ia d
e m
orta
lidad
e (%
F ron -Bb59 +oni
stem a
)
% m ortaédia m lidade total% o m
a
a a
bc
a
média m rtalidade confir ada
ab a
ba
c
0
50
100
CNPSo-Bb61 Fipronil CNP Bb6nil
tem
alid
ade
(%
So-Fipro
1 + Tes unha
méd
ia d
e m
ort
)
a
a
ab
a a
b
a
a
0
50
100
CN -Bb467 ipronil CNPSo-Bb467 +Fip
Testemunha
méd
ia d
e m
orta
lidad
e (%
PSo Fronil
)
aaa
aa a a
a
2. Mortali e éd (% e Diabrotica speciosa nos tratamentos com
em mistura com fipronil, 7 dias após inoculação. Médias
Figura
Beauveria bassiana
seguidas de mesma letra nas barras de mesma cor, não diferem
significativamente entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05).
dad m ia ) d
94
Tabela 14. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb59 em compatibilidade com imidacloprid durante 10 dias de avaliação em laboratório.
Mortalidade total
Dias Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CNPSo-Bb59
1,1 ± 1,91
a
5,
a
,7
a
,0
a
3
a
2,
a
3
ab ab
5 ± 3,90
7 ± 7,73
10 ± 8,86
14, ± 7,77
2 1 ± 8,62
7,4 ± 4,45
41,9 ± 10,62
ab
50,6 ± 9,07
59,5 ± 10,81
b
Imidacloprid 2,5 ± 2,14
a
2,
a
,7
a
3
a
8
a
,
a a a
5 ± 2,14
4 ± 2,06
7, ± 4,10
9, ± 6,10
15 5 ± 2,30
20,4 ± 3,32
23,9 ± 2,79
a
28,7 ± 2,05
28,7 ± 2,05
a
CNPSo-Bb59 + Imidacloprid 0,0 ± 0,00
a
0,
a
,2 ± 9,4
a
10,6
a
6 ± 7,
a
25,
a b
0 ± 0,00
7 7 ± 9,51
15, 52 9 ± 8,47
43,6 ± 6,08
48,3 ± 7,71
b
59,0 ± 14,14
b
60,1 ± 12,94
b
Testemunha 2,3 ± 3,98
a
7,
a
,1
a
,8
a
,9
a
,9
a
3
ab
0 ± 6,90
8 7 ± 7,24
11 ± 4,99
18 ± 10,71
24 ± 10,47
3 ,2 ± 10,41
40,4 ± 6,61
ab
44,0 ± 5,18
ab
45,3 ± 4,37
ab
Dias Mortalidade confirmada
Tratamentos 1 2 3 6 7 4 5 8 9 10CNPSo-Bb59
0,0 ± 0,
00
ns
1,1 ± 1,85
a
5
a
1,1 ± 1,8
2,2 ± 1,89
ns
4,3 ± 4,93
a
9,9 ± 3,30
a
20,9 ± 3,65
ns
24,2 ± 2,19
b
28,6 ± 2,42
b
36,3 ± 6,35
b
Imidacloprid 1,2 ± 2
,0
ns
08
a
8
a
6 1,2 ± 2,
1,2 ± 2,0
2,5 ± 2,14
ns
2,5 ± 2,14
a
5,9 ± 1,80
a
7,2 ± 0,51
ns
7,2 ± 0,50
a
9,53 ± 2,24
a
9,5 ± 2,24
a
CNPSo-Bb59 + Imidacloprid 0,0 ± 0
,0
ns
00
a
2,4 ± 2,08
a ns
0 0,0 ± 0,
2,4 ± 2,06
3,6 ± 3,55
a
11,8 ± 4,27
a
23,5 ± 1,86
ns
25,9 ± 3,90
b
31,8 ± 3,61
b
32,9 ± 3,80
b
Testemunha 1,1 ± 1
,9
ns
45
a
5
a
19 3,5 ± 3,
3,5 ± 3,4
3,5 ± 3,45
ns
5,9 ± 1,91
a
8,3 ± 2,06
a
0,7 ± 0,38
ns
13,1 ± 2,14
a
14,3 ± 3,93
a
14,3 ± 3,93
a Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05) ns - não significativo
95
Tabela 15. Mortalidade total e mortalidade confirmada (% média ± DP) de Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb61 em compatibilidade com imidacloprid durante 10 dias de avaliação em laboratório.
Mortalidade total
Dias Tratamentos 1 3 4 5 8 9 2 6 7 10CNPSo-Bb61
17,9 ± 4,69
a
31,9±11,7
9
a a
ab
72,7±5,72 c
37,5±13,3
a
3 48,8±11,2
5 61,5±5,24
b
80,7±3,36
b
88,7±5,25
b
89,9 ± 5,75
b
93,4 ± 3,17
b
Imidacloprid 0
8
a
10
a
0
ab
5
ab
624,1±19,27
a
30,9±25,0
38,8±20,1
a
46,6± 14,
47,8±12,7
50,1±10,4
58,0±6,99
a
64,8±9,61
a
6,0 ± 11,57
a
68,2 ± 12,83
ab
CNPSo-Bb61 + Imidacloprid 23,4±11,91
a
38,7±17,0
9
0
a
42
a
5
b
c
44,3±13,7
a
61,4±15,
69,3±10,6
79,8±10,91
87,5±6,36
b
92,2±8,06
b
93,4 ± 8,43
b
95,5 ± 4,90
b
Testemunha 15,0 ± 4,09
a
17,3±0,60
2 10,11
a
5
a
37,9±6,43
a
a a a
8,6± 34,4±8,4
37,9±6,43
45,8±8,79
48,1±11,57
a
49,3 ± 9,67
a
58,3 ± 17,10
a
Mortalidade confirmada
Dias T 1 2 3 8 ratamentos 4 5 6 7 9 10CNPSo-Bb61
5,8
a
,
a
16
ab
9
5
b
5
b
± 2,12
13 4 ± 3,16
,7 ± 4,59
21,3 ± 4,24
ns
32,9 ± 6,7
b
40,9 ± 9,7
b
45,4 ± 8,84
53,3 ±12,0
b
54,6 ± 14,12
58,0 ±13,91
b
Imidacloprid 3,
a
,6
a
5
a
a
1
a
4 ± 3,4
4 ± 5,25
,7 ± 4,01
6,8 ± 3,45
ns
6,8 ± 3,45
a
6,8 ± 3,45
7,9 ± 3,90
a
11,4 ± 2,1
a
11,4 ± 2,11
12,5 ± 4,07
a
CNPSo-Bb61 + Imidacloprid 9,
a
,
a
9
b
1
0
b
9
b
7 5 ± 7,9
22 5 ± 13,7
2 ,3 ± 13,28
36,1 ± 11,26
ns
45,3 ± 12,13
55,9 ±19,3
b b
63,6 ± 13,2
68,2 ± 11,
69,4 ± 13,9
b
71,6 ±13,31
b
Testemunha 2,
a
,3
a
3,
a
3 ± 2,0
2 ± 2,02
43 ± 0,15
4,6 ± 1,99
ns
5,8 ± 2,14
a
5,7 ± 2,14
a
9,1 ± 3,64
a
9,1 ± 3,64
a
9,1 ± 3,64
a
10,2 ± 5,60
a Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05) ns - não significativo
96
Tabela lidade confirmada (% média ± DP) de Diabrotica speciosa em tratamentos com o isolado de Beauveria
bassiana CNPSo-Bb467 em compatibilidade com imidacloprid durante 10 dias de avaliação em laboratório.
Mortalidade total
Dias
16. Mortalidade total e morta
Tratam 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 entos
CNPSo-Bb467 ± 0,00
ns
3,2 ± 5,48
a
13,0 ± 8,81
ns
14,7 ± 11,36
a
14,7 ± 11,36
a
23,0 ± 12,09
a
36,0 ± 10,00
a
49,1 ± 17,78
ab
62,3 ± 9,53
b
66,7 ± 7,22
b
0,00
Imidacloprid ± 4,42
ns
9,6 ± 4,55
a
15,4 ± 2,85
ns
20,3 ± 6,70
a
26,3 ± 9,05
a
32,2 ± 9,10
a
35,7 ± 11,35
a
40,2 ± 6,88
ab
44,8 ± 9,64
ab
49,5 ± 5,68
ab
6,0
CNPSo-Bb467 + Im± 3,34
ns
8,0 ± 3,73
a
17,3 ± 2,59
ns
24,5 ± 4,58
a
30,3 ± 3,35
a
36,4 ± 10,83
a
51,6 ± 13,51
a
63,2 ± 14,30
b
66,6 ± 15,02
b
74,6 ± 14,8
b idacloprid
3,4
Testemunha ± 0,00
ns
4,5 ± 1,88
a
7,9 ± 1,80
ns
11,4 ± 5,03
a
12,6 ± 5,22
a
18,2 ± 7,19
a
21,8 ± 11,13
a
24,0 ± 9,68
a
26,3 ± 8,35
a
37,8 ± 11,69
a
0,0
Mortalidade confirmada
Dias Tratam 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 entos
CNPSo-Bb467 0 ± 0,00
ns
1,6 ± 2,75
ns
4,6 ± 0,87
a
6,3 ± 3,69
a
6,3 ± 3,69
a
11,6 ± 5,97
a
20,1 ± 5,42
b
30,2 ±18,17
a
41,7 ± 17,48
b
41,9 ±17,48
ns
0,
Imidacloprid 7 ± 6,41
ns
3,7 ± 6,41
ns
6,0 ± 4,42
a
9,7 ± 6,93
a
13,3 ± 6,15
a
14,3 ± 4,42
a
15,6 ± 5,08
ab
15,6 ± 5,08
a
18,9 ± 3,07
ab
20,0 ± 1,94
ns
3,
CNPSo-Bb467 + Imidaclo2 ± 3,85
ns
2,2 ± 3,85
ns
8,0 ± 4,89
a
8,0 ± 4,89
a
11,5 ± 4,76
a
12,7 ± 3,49
a
25,6 ± 2,17
b
30,2 ±6,71
a
31,3 ± 8,73
ab
35,9 ±19,87
ns prid
2,
Testemunha 0 ± 0,00
ns
1,1 ± 1,92
ns
3,4 ± 3,35
a
5,7 ± 1,79
a
5,7 ± 1,79
a
9,0 ± 1,67
a
9,03 ± 1,67
a
10,1 ± 3,10
a
10,1 ± 3,10
a
11,3 ± 1,75
ns
0,
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05) ns - não significativo
97
0
50
100
CNPSo-Bb59 Imidacloprid CNPSo-Bb59 + Testemunha
méd
ia d
e m
orta
lidad
e (%
)
Imidacloprid
% média mortalidade total% média mortalidade confirmada
abb
ab
a
0
50
100
CNPSo-Bb61 Imidacloprid CNPSo-Bb61 +Imidacloprid
Testemunha
méd
ia d
e m
orta
lidad
e (%
) b
a
b
bb
aa
a
0CNPSo-Bb467 Imidacloprid CNPSo-Bb467 +
ImidaclopridTestemunha
50
100
méd
ia d
e m
orta
lidad
e (%
)
aa
a ab b a
ab
id 7 dias de avaliação.
édias seguidas de mesma letra nas barras de mesma cor, não diferem
ignificativamente entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05).
Figura 3. Mortalidade média (%) de Diabrotica speciosa em tratamentos de
Beauveria bassiana em compatibilidade com imidaclopr
M
s
98
Em comp çã com os esultados de ort a D. speciosa, nos
ausou efeito sinérgico na mortalidade
C. arcuata abela 7). m alidade total D pe sa
% alor que não re n tiv ente do valor
causada pela aplicação do fungo em
tura com inseticida 68 %, e o valor da morta ade nd om te o fungo foi
ara o r m alid de
tratamentos com o isolado CNPSo-Bb61
observamos que esses mesmo tratamento c
de
inoculação do tratamento foi
de mortalidade causada pela aplicação somente com o fungo (80 %) (Fig. 4).
Entretanto, a mortalidade total de
mis
aplicado, 11 % (Fig. 5).
em mistura com imidacloprid,
(T 1 A
87
ort
, v
de
dife
. s
sig
cio
ifica
, 7 dias após a
am
C. arcuata
foi lid o e s en
0
50
100
NP b61 loprid CNPSo-Bb61+Imid id
Testemunha
% m
é
C So-B Imidacaclopr
dia
de m
orta
lidad
e total
ac adaumul
aa
a
a
b
aa
a a ua no ra en com o
Beauveria bas ana CNPSo-Bb61, imidacloprid, CNPSo-Bb61 +
de avaliação em laboratório. Médias
Figura 4. Mortalidade média (%) de
isolado de
imidacloprid, e testemunha aos 7 dias
seguidas de mesma letra nas barras de mesma cor, não diferem
significativamente entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05).
si
Cerotom rc ta s t tam tos
99
Ta e mo édia do
ba mpati urant
bela 17. Mortalidade total
ssiana CNPSo-Bb61 em co
rtalidade confirmada (% m
bilidade com imidacloprid d
Mor
± DP) de Cerotoma arcuata em tratamentos com o isola
e 10 dias de avaliação em laboratório.
talidade total
Dias
de Beauveria
Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CN
3,85
s
2PSo-Bb61
2,2 ±
n
2,2 ± 3,85
a
4,4±3,8
ns
4,4±
a
3,85
6,7±0,0
ns
6,7±0,0
a
11,1±3,8
a
13,3±0,0
a
20,0±6,7
a
4,4±10,2
a
Imi3,59
s
a
3dacloprid
9,2 ±
n
15,0±10,4
a
15,0±10,4
ns
15,0±10,4 15,0±10,4
ns
17,2±8,3
a
23,8±11,2
a
23,8±11,2
a
30,5±17,7
a
2,7±18,7
a
CNs
13,4
b
7PSo-Bb61 + imidacloprid
33,8 ± 22,7
n
54,4±17,1
a
54,4±17,1
ns
59,0± 63,5±8,6
ns
65,7±8,1
b
68,1±4,7
b
68,1±4,7
b
70,5±3,43
b
0,5±3,43
b
Tes2,88
s
7,7
a temunha
1,7 ±
n
3,1±2,7
a
3,1±2,7
ns
6,4± 6,4±7,7
ns
6,4±7,7
a
6,4±7,7
a
6,4±7,7
a
6,4±7,7
a
6,4±7,7
a
dadeMortali confirmada
Dias Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 CN
± 0,0
ns
±3,8
ns
22,2±1
ns PSo-Bb61
0,0 0,0 ± 0,0
ns
2,2±3,8
ns
2,2 4,4±3,8
ns
4,4±3,8
ns
8,9±7,7
a
11,1±3,8
ab
17,8±10,2
a
3,9
Imi ± 0,0
ns
± 0,0
ns
13,3±1
ns dacloprid
0,0 0,0 ± 0,0
ns
0,0 ± 0,0
ns
0,0 0,0 ± 0,0
ns
0,0 ± 0,0
ns
4,4±7,7
a
4,4±7,7
ab
11,1±13,9
a
3,3
CN8±8,2
ns
8±7,4
ns
27,6±1
ns PSo-Bb61 + Imidacloprid
4, 9,2±4,4
ns
9,2±4,4
ns
13, 18,2±10,4
ns
20,5±13,4
ns
22,9±14,2
a
22,9±14,2
b
27,6±18,8
a
8,8
Tes ± 0,0
ns
± 0,0
ns
0,0 ±
ns temunha
0,0 0,0 ± 0,0
ns
0,0 ± 0,0
ns
0,0 0,0 ± 0,0
ns
0,0 ± 0,0
ns
0,0 ± 0,0
ns
0,0 ± 0,0
ns
0,0 ± 0,0
ns
0,0
Mé não d (p < 0
dias seguidas de mesma letra na coluna ns - não significativo
iferem entre si pelo teste de Tukey ,05)
100
4.3.4.2. Infecção de D. speciosa após aplicação de B. bassiana em mistura com inseticidas em casa de vegetação
com fipronil, causando 65 % de mortalidade
etos foram liberados
o interior das gaiolas que continham essas plantas. Dessa maneira, o contato do
seto com o fungo foi menor em casa de vegetação quando comparado com
laboratório. Assim é possível que a
Com base nos resultados de mortalidade total obtidos em casa de
vegetação (Tabela 18), pode-se observar que os maiores valores de mortalidade
de D. speciosa foram ocasionados pela aplicação do inseticida fipronil, tanto nos
ensaios onde os fungos foram aplicados em misturas com fipronil quanto nos
ensaios onde apenas o inseticida foi aplicado. Em todos os ensaios onde o
inseticida fipronil foi aplicado, a mortalidade de D. speciosa 10 dias após
aplicação, foi de 100%, e já no quarto dia após a aplicação somente com o
inseticida fipronil, a mortalidade chegou a 72 %. Esses resultados comprovam a
eficiência do inseticida fipronil no controle de D. speciosa, como já observado nos
três ensaios realizados em laboratório
10 dias após aplicação (Tabelas 11, 12 e 13). Ao contrário, pode-se observar que
os valores de mortalidade de D. speciosa em casa de vegetação, onde somente o
inseticida imidacloprid foi aplicado, foram superiores a 50 % somente 8 dias após
aplicação (Tabela 18).
A baixa mortalidade causada pelos isolados de Beauveria bassiana em
casa de vegetação, 32 % e 12 % respectivamente para os isolados CNPSo-Bb59
e CNPSo-Bb61, pode ter ocorrido devido a uma variedade de efeitos limitantes ao
desenvolvimento do fungo, entre os quais e mais provável a baixa umidade
relativa do ar. A umidade relativa dentro da casa de vegetação durante a
realização do ensaio foi de 54 %, e esta pode ter afetado a germinação dos
conídios.
O modo de aplicação também pode ter interferido nos resultados de
mortalidade causada pelos fungos. Em laboratório, os insetos receberam
aplicação tópica, enquanto que em casa de vegetação os tratamentos foram
pulverizados sobre vasos com plantas de soja e depois os ins
n
in
contato do inseto com o fungo em
101
taminação p fu e ca de ge
dade confirmada terem sido reduzidos,
laboratório, os maiores valores de
ade con ma o erv os m sa e ge ão ocorreram após
. Em laboratório,
dade confirmada nos tratamentos com
e 1 2 3 Esses resultados
co m çã do ins s m ng n tra mentos apenas com
rio a em as e ge ão. Esses resultados
ora r s s a r ados em laboratório e em casa de
ão v os alo s rta de do ins s nos tratamentos
nha, on as an n re er tr m o fu s e inseticidas.
dade na testemunha, é utilizar insetos
olvimento iol co lve et 19 b) or , o ins s utilizados em
l ra io m m as de getação foram
os em c d o ld m t sse inseto em
s io possuem hábitos subterrâneos, e a sua
de serem reproduzidas em condições
et al. 2000). Segundo Jackson (1986), o sucesso da criação de
sp. em laboratório não se deve
con
tarsal com os conídios depositados sobre a superfície das folhas.
Apesar de os valores de mortali
comparados com os resultados obtidos em
mortalid
aplicação do isolado CNPSo-Bb61 em mistura
na aplicação somente do inseticida fipronil
também observa-se índices de mortali
aplicação somente do inseticida fipronil (T
revelam
inseticidas, tanto em labor
também sugerem um possível efeito
favorecendo a infecção com o fungo.
F
vegetaç
testemu
Um dos aspectos que devem ser cons
patógenos, de modo a reduzir a mortali
sadios, criados em laboratório,
desenv
todos os ensaios, tanto em
coletad
laboratório. As larvas de
criação em laboratório é difícil porque
desenvolve nem sempre são passíveis
controladas (Ávila
Diabrotica
utilizados, mas sim à experiência de manipulação da criação.
elo ngo m sa ve tação tenha ocorrido através do contato
fir da bs ad e ca d ve taç
com o inseticida fipronil (16,5 %) e
(14,3 %) (Tabela 19)
ab
fu
las
os
1, 1
os
e 1
ta
).
nta
m o
ele
ina o s eto co
ató qu nto c
estressante causado pelo inseticida
a d ve taç
bse
ad
vado
v
no
re
ens
de
ios
mo
ealiz
lida s eto
de pl tas ão ceb am
iderados para bioensaios envolvendo
ata ent de ngo
eto
ve
de
com a mesma idade, peso e fase de
b ógi (A s al. 98 . P ém s
abo
à
tór
icu
co
de
o e
a
c
anu
a
nçãampo, evid dif a d e o
D. pec sa
as condições em que o inseto se
apenas aos equipamentos e materiais
102
Tabela 18. Mortalidade total (com e sem sinais do patógeno) (média % ± DP) de Diabrotica speciosa em tratamentos com
isolados de Beauveria bassiana em mistura com inseticidas durante 10 dias de avaliação em casa de vegetação.
Dias Após a Inoculação Tratamentos 1 2 3 4 7 8 9 10 5 6
CNPSo-Bb59 3,6 ± 7,14
ns
5,
n
8,
n
10,
a
13,
ns
9,
n
20
n
24
n
29
n
31
n
3 ± 10,71 s
9 ± 17,86 s
2 ± 17,19 b
7 ± 24,28
1 1 ± 34,96 s
,3 ± 34,37 s
,6 ± 36,53 s
,3 ± 32,91 s
,7 ± 31,30 s
CNPSo-Bb61 0,0 ± 0,00
ns
0
n
0
n
0,
a
0,
ns
0,
n
3
n
6
n
9
n
1
n
,0 ± 0,00 s
,0 ± 0,00 s
0 ± 0,00
0 ± 0,00
0 ± 0,00 s
,4 ± 3,99 s
,8 ± 7,97 s
,4 ± 6,61 s
2,0 ± 8,90 s
Imidacloprid 1,0 ± 2,08
n
2
n
8,
a
19
ns
3,
n
49
n
63
n
69
n
79
n
0,0 ± 0,00
ns s
,0 ± 2,28 s
7 ± 8,37 b
,1 ± 8,05
3 0 ± 17,91 s
,4 ± 14,55 s
,9 ± 12,18 s
,9 ± 15,59 s
,8 ± 11,88 s
Fipronil 0,0 ± 0,00
ns
1
n
4
n
71,
c
85
ns
95
n
10
n
10
n
10
n
1
n
1,2 ± 9,38
4
s
,9 ± 10,88 s
6 ± 10,78
,7 ± 9,72
,4 ± 4,27 s
0,0 ± 0,00 s
0,0 ± 0,00 s
0,0 ± 0,00 s
00,0 ± 0,00 s
CNPSo-Bb59 + imidacloprid 0,0 ± 0,00
ns
2
n
7
n
14
a
23,
ns
4,
n
41
n
55
n
62
n
69
n
,5 ± 3,19 s
,8 ± 6,61 s
,8 ± 8,90 b
0 ± 12,21
3 2 ± 16,33 s
,2 ± 19,23 s
,5 ± 17,08 s
,1 ± 14,99 s
,6 ± 11,73 s
CNPSo-Bb61 + imidacloprid 0,0 ± 0,00
ns
0
n
1
n
5,
a
13,
ns
6,
n
54
n
61
n
65
n
72
n
,0 ± 0,00 s
,2 ± 2,38 s
2 ± 1,35
7 ± 11,10
2 6 ± 14,33 s
,3 ± 12,77 s
,8 ± 14,31 s
,5 ± 12,46 s
,2 ± 14,95 s
CNPSo-Bb59 + fipronil 3,1 ± 4,11
ns
7
n
0
ns
9
bc
2
ns
7,
ns
9
n
98
n
9
n
0
n
,9 ± 9,23
2
s
,5 ± 23,71
3 ,5 ± 24,56
6 ,4 ± 21,05
8 8 ± 11,88
2,6 ± 8,58 s
,1 ± 2,14 s
9,1 ± 1,78
1
s
0,0 ± 0,00 s
CNPSo-Bb61 + fipronil 0,0 ± 0,00
ns
0
n
4
n
7
c
1
ns n
9
n
9
n
9
n n
,0 ± 0,00 s
2,6 ± 13,19
6
s
,5 ± 23,02
8 ,0 ± 12,91
94,7 ± 3,64 s
7,6 ± 2,83 s
7,6 ± 2,83 s
9,0 ± 2,00
1
s
00,0 ± 0,00 s
Testemunha 0,0 ± 0,00
ns
0,
n
2
n
3,
a
18,
ns
8,
n
19
n
20
n
23
n
27
n
00 ± 0,00 s
,8 ± 3,67 s
8 ± 4,36
1 ± 22,09
1 1 ± 22,09 s
,0 ± 21,98 s
,0 ± 22,03 s
,7 ± 21,27 s
,6 ± 17,54 s
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem Os dados foram transformados para √x+0,5
entr pelo teste Tukey (p<0,05)
s: dados não significativos pelo teste de Kruskal-Wallis
e si de
n
103
) (m cios atam
isolados de Beauveria bassiana
Tabela 19. Mortalidade confirmada (com sinais do patógeno édia % ± DP) de Diabrotica spe
em mistura com inseticidas durante 10 dias de avaliação em casa de vegetação.
Dias Após a Inoculação
a em tr entos com
Tratamentos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
CNPSo-Bb59 0,0 ± 0,00
ns
4 1,8 ± 3,57
ns
1,8 ± 3,57
ns
1,8 ± 3,57
ns
3,6 ± 7,14
ns
3,6 ± 7,14
ns
3,6 ± 7,14
ns
3,6 ±
n
7,14 s
3,6 ± 7,1
ns
3,6 ± 7,14
ns
CNPSo-Bb61 0,0 ± 0,00
ns ns
4
n
0,0 ± 0,00
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
1,5 ±
n
2,94 s
1,5 ± 2,9
ns
1,5 ± 2,94
s
Imidacloprid 0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
1 2,1 ±
n
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
1,0 ± 1,92
ns
1,0 ±
n
1,92 s
2,1 ± 2,5
ns
2,51
s
Fipronil 0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
2, 0 14,3 ±
n
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
5 ± 5,00
ns
2,5 ± 5,00
ns
2,5 ± 5,00
ns
2,5 ±
n
5,00 s
2,5 ± 5,0
ns
3,93
s
CNPSo-Bb59 + imidacloprid 0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
1, 5 4,5 ±
n
0,0 ± 0,00
ns
1,6 ± 3,33
ns
6 ± 3,33
ns
1,6 ± 3,33
ns
1,6 ± 3,33
ns
3,3 ±
n
3,85 s
4,5 ± 3,1
ns
3,15
s
CNPSo-Bb61 + imidacloprid 0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
2, 2 7,5 ±
n
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
3 ± 2,85
ns
4,0 ± 2,99
ns
6,6 ± 4,92
ns
6,6 ±
n
4,92 s
6,6 ± 4,9
ns
6,09
s
CNPSo-Bb59 + fipronil 1,8 ± 2,14
ns
1,8 ± 2,14
ns
6, 54 9,2 ±
n
6,3 ± 10,23
ns
6,3 ± 10,23
ns
3 ± 10,23
ns
9,2 ± 0,54
ns
9,2 ± 10,54
ns
9,2 ±
n
0,54 s
9,2 ± 10,
ns
0,54
s
CNPSo-Bb61 + fipronil 0,0 ± 0,00
ns
5,5 ±11,11
ns
14, 20 16,5±
n
14,7 ± 17,03
ns
14,7 ±17,03
ns
7 ± 17,03
ns
16,5±15,20
ns
16,5 ±15,20
ns
16,5±
n
15,20 s
16,5 ±15,
ns
15,20
s
Testemunha 0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
0, 0 0,0 ±
n
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ± 0,00
ns
0,0 ±
n
0,00 s
0,0 ± 0,0
ns
0,00
s ns: dados não significativos pelo teste de Kruskal-Wallis
104
4.3.5. Consumo foliar de D. speciosa em trifólios de soja tratados com fungos e inseticidas
Foi observado, durante os ensaios realizados em casa de vegetação, que
os insetos se alimentaram mais das plantas de soja pulverizadas com o inseticida
fipronil do que daquelas com o inseticida imidacloprid. (Fig. 6).
Analisando os resultados dos ensaios realizados em laboratório, o consumo
e D. speciosa após 24 horas de contato com os trifólios de soja pulverizados com
o inseticida fipronil em mistura com o fungo CNPSo-Bb61 foi maior (3,6 cm2 de
área foliar consumida) (p < 0,05) em comparação com os tratamentos com
aplicação do inseticida imidacloprid em misturas com os fungos CNPSo-Bb59 e
CNPSo-Bb61 (0,5 cm2 e 0,6 cm2 respectivamente) (Tabela 20). Após 48 horas de
contato com os trifólios, as maiores áreas consumidas ocorreram em trifólios de
soja tratados com fungos, com o inseticida fipronil em mistura com o isolado
CNPSo-Bb61 e na testemunha.
As maiores mortalidades dos insetos ocorreram quando esses se
soja pulverizados com o inseticida fipronil (100 %) e
d
alimentaram de trifólios de
com o isolado CNPSo-Bb59 em mistura com o inseticida fipronil (93 %) (Tabela
21). Nos tratamentos onde somente os isolados de fungos foram pulverizados
sobre os trifólios de soja, a mortalidade dos insetos foi 16,7 % (CNPSo-Bb59) e
6,7 % (CNPSo-Bb61).
105
a b
c d
Figura 5. Consumo foliar de adu
(cultivar Paraná) pulverizadas com
com plantas sem tra
mparadas com pla
; (d) fu
comparadas
imidacloprid co
com plantas sem tratamento
ltos de Diabrotica speciosa em plantas
: (a) fungos em mistura com o inseticid
tamento; (b) fungos em mistura com o in
ntas sem tratamento; (c) inseticidas com
ngos comparadas com plantas sem trat
de soja
a fipronil
seticida
paradas
amento.
106
Tabela 20. Área foliar de soja consumida por 5 adultos de Diabrotica speciosa
após períodos de 24 e 48 horas, sob condições controladas de 26 ± 1oC, 60 % UR
e fotofase de 14 horas.
Tratamentos Consumo após 24 horas média ± DP (cm2)
Consumo após 48 horas média ± DP (cm2)
CNPSo-Bb59 2,5 ± 1,65 ab 3,1 ± 2,22 abcd CNPSo-Bb61 3,3 ± 2,03 ab 5,2 ± 3,09 cd Regent 800 WG 1,6 ± 0,47 ab 0,3 ± 0,50 a Provado 200 SC 0,6 ± 0,36 ab 1,8 ± 0,75 abc CNPSo-Bb59 + Regent 800 WG 1,2 ± 1,11 ab 0,5 ± 0,88 ab CNPSo-Bb59 + Provado 200 SC 0,5 ± 0,55 a 1,0 ± 0,93 ab
3,6 ± 2,24 b 6,9 ± 3,85 d CNPSo-Bb61 + Provado 200 SC 0,6 ± 0,36 a 1,2 ± 1,15 abc Testemunha 3,
CNPSo-Bb61 + Regent 800 WG
2 ± 2,10 ab 4,5 ± 2,80 bcd Médias transformadas √x. Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo Teste de Tukey p<0,05.
Tabela 21. Mortalidade média (%) de D. speciosa alimentada com trifólios de soja
pulverizados com inseticidas e fungos, sob condições controladas de 26 ± 1oC, 60
% UR e fotofase de 14 horas.
Mortalidade total (média % ± DP) Tratamentos 3 D.A.P 7 D.A.P. CNPSo-Bb59 16,7 ± 15,05 a 66,7 ± 27,32 a CNPSo-Bb61 6,7 ± 10,33 a 70,0 ± 32,86 a Provado 200 SC 36,7 ± 23,38 a 76,7 ± 15,05 a Regent 800 WG 100,0 ± 0,00 b 100,0 ± 0,00 b CNPSo-Bb59 + Provado 200 SC 13,3 ± 32,66 a 64,0 ± 32,98 a CNPSo-Bb59 + Regent 800 WG 93,3 ± 16,33 b 96,7 ± 8,16 b CNPSo-Bb61 + Provado 200 SC 13,3 ± 10,33 a 83,3 ± 15,05 a CNPSo-Bb61 + Regent 800 WG 3,3 ± 8,16 a 70,0 ± 35,21 a Testemunha 13,3 ± 10,33 a 66,7 ± 20,65 a Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Kruskal-Wallis D.A.P. - dias após pulverização
Esses resultados confirmam que o inseticida fipronil possui maior eficiência
de controle a D. speciosa, como já observado nos bioensaios realizados em
laboratório e em casa de vegetação. Todavia, esse inseticida não protege a planta
do ataque dos insetos adultos, visto que, de alguma maneira, interferiu na
107
alimentação (Fig. 6a). No entanto, os resultados obtidos com o isolado CNPSo-
b59 em mistura com o inseticida fipronil revelam que esse tratamento não
inte
necessidade de que novos experimentos sejam realizados para avaliar o
consum
utilizando iscas tratadas com inseticidas em mistura com um atrativo alimentar à
base d
com o atrativo alimentar, seguida pelas iscas tratadas com o inseticida fipronil em
mis ra
somen
nos tri imidacloprid. Mesmo não tendo
cau d
Ja
Bemisia argentifolli Bellow & Perring (Homoptera: Aleyrodidae) em plantas que
fora
de con
relação àqueles onde foi aplicado o inseticida imidacloprid. Moino Jr. & Alves
(19 )
comportamento dos insetos. A alteração no comportamento de limpeza de
He o
insetic
perma
compo
que o
com os conídios do fungo, quando aplicado em tratamento foliar (Pianoski et al.
990, Hajek et al. 1987).
Moore et al. (1992) observaram que o gafanhoto Schistocerca gregaria
eixa de se alimentar 24 horas depois de ter sido inoculado com altas dosagens
e Metarhizium flavoviride. Porém, esse efeito não foi observado em D. speciosa
uando os insetos foram tratados com os fungos B. bassiana e M. anisopliae.
B
rferiu na alimentação dos insetos. Esses resultados deixam evidente a
o. Parimi et al. (2003) avaliaram o consumo de Diabrotica virgifera virgifera
e curcubitacina. A maior área consumida pelos insetos foi em iscas tratadas
tu com o atrativo químico. O autor não realizou tratamentos com aplicações
te do inseticida fipronil.
O resultado que merece ser destacado é reduzida alimentação dos insetos
fólios de soja pulverizados com o inseticida
sa o mortalidade elevada, impediu que os insetos se alimentassem.
mes & Elzen (2001) observaram que imidacloprid inibiu a alimentação de
m pulverizadas com o inseticida imidacloprid, pois observaram melhores níveis
trole do inseto em tratamentos com aplicação foliar de B. bassiana em
98 também observaram que imidacloprid pode provocar alterações no
ter termes tenuis (Hagen) (Isoptera: Rhinotermitidae), provocada pelo
ida imidacloprid permitiu que uma maior quantidade de conídios
necesse sobre a cutícula dos insetos. Se imidacloprid provoca alterações no
rtamento dos insetos, irá reduzir os níveis de infecção do patógeno, visto
inseto com baixa mobilidade e alimentação reduzida terá menos contato
1
d
d
q
108
4.4. Conclusões
- Os isolados de B. bassiana avaliados foram mais virulentos à D. speciosa
em comparação aos isolados de M. anisopliae;
- C. arcuata foi menos suscetível aos isolados de B. bassiana em
comparação com D. speciosa;
cloprid não causaram efeito fungitóxico aos
isolados de B. bassiana;
na CNPSo-Bb61 em mistura com o inseticida
imidacloprid causou efeito sinérgico na mortalidade de adultos de C.
a imidacloprid, tanto em aplicação tópica sobre
o inseto como em aplicação foliar;
é importante quando se trata de pragas de importância econômica.
Por outro lado, se imidacloprid inibiu a alimentação dos insetos, estes
- O alto valor da DL50 de B. bassiana revela a baixa suscetibilidade de D.
speciosa aos isolados avaliados;
- Os inseticidas fipronil e imida
- A aplicação de fungos e inseticidas não causou efeito sinérgico, nem aditivo
na mortalidade de adultos de D. speciosa;
- O isolado de Beauveria bassia
arcuata;
- O inseticida fipronil foi mais eficiente no controle de D. speciosa em
comparação com o inseticid
- O inseticida imidacloprid inibiu a alimentação de D. speciosa em plantas de
soja;
- A rápida mortalidade dos insetos ocasionada pela aplicação do inseticida
fipronil
deixam de causar danos à planta, e dessa maneira esse inseticida pode ser
considerado uma forma de se obter sucesso no controle de adultos de D.
speciosa.
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89-96.
Considerações finais
Através dos resultados obtidos podemos concluir que os indivíduos de
Diabrotica speciosa agrupam-se de acordo com a região geográfica onde se
encontram. Embora nos agrupamentos de uma determinada região ocorra a
presença de indivíduos de outras regiões, indicando migração deste inseto.
Os inimigos naturais com maior prevalência sobre este inseto foram os
protozoários do gênero Gregarina e as moscas parasitóides do gênero Celatoria.
Com relação à presença de fungos entomopatogênicos sobre as folhas de soja, as
maiores densidades de Beauveria sp. foram constatadas durante os meses de
fevereiro e março, correspondendo às maiores porcentagens de adultos de D.
speciosa com sinais de infecção causada por esse patógeno.
Avaliando a capacidade de controle dos fungos entomopatogênicos pode-
se concluir que os isolados de Beauveria bassiana foram mais virulentos à este
inseto em relação aos isolados de Metarhizium anisopliae avaliados.
Embora a associação de isolados de B. bassiana e os inseticidas fipronil e
imidacloprid não tenham causado efeito sinérgico nem aditivo na mortalidade do
inseto, esses inseticidas não causaram efeito fungitóxico aos isolados. Porém, o
inseticida fipronil foi mais eficiente no controle de D. speciosa em comparação
com o inseticida imidacloprid, tanto em aplicação tópica sobre o inseto como em
aplicação foliar. A rápida mortalidade dos insetos ocasionada pela aplicação do
inseticida fipronil é importante quando se trata de pragas de importância
econômica. Por outro lado, o inseticida imidacloprid provocou inibição da
alimentação dos insetos, portanto não causaram danos às plantas, dessa maneira
esse inseticida pode ser considerado de interesse na redução do dano causado
pelos adultos de D. speciosa.