UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA UTILIZAÇÃO
CONSCIENTE DOS RECURSOS HÍDRICOS VISANDO SUA
PRESERVAÇÃO
Por: Elaine Maria Francisco de Araujo
Orientador
Prof. Maria Ester
Rio de Janeiro,
2010.
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA UTILIZAÇÃO
CONSCIENTE DOS RECURSOS HÍDRICOS VISANDO SUA
PRESERVAÇÃO
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão Ambiental.
Por: Elaine Maria Francisco de Araujo.
AGRADECIMENTOS
.... Deus em primeiro lugar, pela
oportunidade de estar realizando um dos
meus sonhos, aos amigos e parentes, que
compreenderam quando estive ausente e
me apoiaram quando precisei.
DEDICATÓRIA
.....dedico a Deus, ao meu esposo, a minha
mãe e a todos os amigos que intercederam
por mim em suas orações.
RESUMO
A presente pesquisa, acerca da importância da educação ambiental
na utilização consciente dos recursos hídricos visando a sua preservação,
buscou reunir elementos conceituais relevantes para a causa ambiental,
atendendo a necessidade de se fomentar e se efetivar uma parceria entre a
educação ambiental e a gestão ambiental.
Creio que a Educação Ambiental, através da contínua orientação
sobre as diversas dificuldades de acesso e uso dos recursos hídricos, levará a
sociedade a se conscientizar e mudar suas atitudes, e então, participarem de
ações sustentáveis que irá colaborar com a preservação dos recursos hídricos.
METODOLOGIA
O material utilizado para a elaboração desta monografia vem
destacando a relevância dos estudos relacionados à importância da educação
ambiental na utilização consciente dos recursos hídricos, como ponto
determinante para facilitar a preservação da água. Ao longo da proposta,
buscarei uma base teórica de estudiosos, que abordam o tema em questão, em
livros, revistas, e internet utilizando a técnica da pesquisa bibliográfica e
também através de entrevistas aos moradores.
As inquirições foram realizadas com os pais de 30 alunos da Escola
Municipal Governador Roberto Silveira que está situada no bairro de Edson
Passos, mas que também atende os alunos que moram no bairro da Chatuba.
Almejo com esta pesquisa compreender e analisar às dificuldades
encontrada para o acesso a água e os impactos causados pela ação humana
que vem contribuindo com o aumento da escassez desse importante recurso
hídrico no cotidiano da população.
Esta pesquisa também tem como suporte uma reflexão sobre o
mérito da Educação Ambiental na orientação e conscientização humana, que
proporciona a sociedade a se preocupar e assumir a responsabilidade
ambiental quanto ao uso correto da água para evitar o desperdício e preservá-
la, através de novas atitudes e participação nos projetos ambientais que visem
à preservação dos recursos hídricos. Utilizarei os dados da investigação para
a sondagem do real aproveitamento da água, a qualidade e a ética dos
moradores quanto a sua utilização.
.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Importância da água para os seres vivos 11
CAPÍTULO II - Impactos Causados Pela Ação Humana 20
CAPÍTULO III - O Mérito da Educação Ambiental na Preservação dos
Recursos Hídricos 39
CONCLUSÃO 47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 55
ANEXOS 58
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 63
8
INTRODUÇÃO
Na busca por desenvolvimento econômico o homem vem explorando
excessivamente o meio ambiente e principalmente os recursos hídricos,
colocando em risco os mananciais e todo o ecossistema.
É através do importante papel da Educação Ambiental que se
objetiva a modificação das atitudes da população na utilização consciente dos
recursos hídricos visando sua preservação através da modificação das atitudes
responsáveis e sustentáveis da sociedade e com isso, compreender que é
parte integrante do meio ambiente.
A água é um recurso essencial para a vida. Todos os seres vivos
dependem dela para sobreviver e para garantir a permanência da espécie. É
indispensável ao prover alimentos seja na agricultura, nas indústrias ou no
comércio. É importante para a geração de energia, para os transportes, a
recreação, a saúde e para o emprego da população.
Atualmente a humanidade está enfrentando problemas sérios de
escassez de água. Aproximadamente três quartos da superfície terrestre são
coberta por água, 97,5% desse total é formada de água salgada que estão nos
oceanos e mares e 2,5% de água doce, sendo que 2,1% em estado sólido, nas
geleiras, nas regiões polares, ou em rios e lagos subterrâneo, sendo difícil o
acesso para a sua utilização pelo homem, restando apenas 0,4% de água doce
consumível pelo homem. Sendo que esta porcentagem de água não esta
distribuída igualmente no planeta. Alguns países da África e Oriente Médio já
não tem água, portanto, não se pode acreditar que a água do planeta é
suficiente e que nunca vai se esgotar. O Brasil possui o maior percentual
individual de água doce do mundo com aproximadamente 13,7% da água doce
disponível no planeta. Sendo que 73% do volume de água doce do país esta
concentrado na Bacia Amazônica. Restando 23% que se distribui
desigualmente pelo Brasil, para atender 93% da população. Logo, a população
da região nordeste é a que possui menos de 5% da reserva.
9
No Brasil é registrado elevado desperdício de água tratada para
consumo que se perde na distribuição e a poluição ambiental é um dos
principais fatores que colaboram com a degradação dos recursos hídricos no
país.
Esgotos não tratados “resultado da ação humana” são depositados
em rios, córregos e mares trazendo por “ironia ameaças à saúde pública e por
consequência águas que poderiam ser utilizadas são totalmente descartadas
por estarem contaminadas”, pois apenas 75% da população brasileira têm
coleta de esgoto, restando 25% da população sem esse benefício que
corresponde aproximadamente a 43 milhões de pessoas.
Com a demanda do consumo insustentável de água pelo homem e a
poluição de cursos de água, está causando a escassez da água potável,
podendo ocorre no futuro às disputas e conflitos entre países pelo controle das
fontes mundiais de água. Sendo assim, a população precisa receber
informações e orientações através da Educação Ambiental para que adquiram
princípios éticos que vá contribuir na preservação dos recursos hídricos e na
manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado onde se perceberá
como parte do mesmo.
Espera-se que através de “sistematizações” do trabalho junto à
comunidade e da compreensão dos problemas ambientais que afetarão
diretamente a vida dos cidadãos, seja uma grande possibilidade na tentativa de
se buscar e aventurar resultados atenuantes à problemática que se instaurou
no meio ambiente no planeta.
Este estudo foi proposto pelo fato de se desenvolver no município de
Mesquita, com a participação e apoio da comunidade, ações que procuram
provocar sensíveis mudanças de comportamento nas pessoas em relação à
preservação da água, já que se trata de uma região que sofre com a falta
desse recurso, levando-os a conviver com o seu difícil acesso.
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CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA OS SERESVIVOS
Há uma cantiga popular que costuma ser interpretada pela Elba
Ramalho, que diz “Mentira de água é de matar a sede”.
Ela tem razão, quando bebemos um copo de água, não matamos a
sede, apenas a aiamos, pois ela a sede, vai ressurgir, sempre, ao longo de
toda a vida, pois sem água, não há vida no Planeta, ou seja, a água garante a
sustentação da vida na Terra e a preservação dos organismos vivos.
O corpo humano é constituído de 75% de água que tem a função de
regular a temperatura interna e permitir o funcionamento adequado de todas as
funções orgânicas, para tanto, é preciso que um homem adulto consuma em
média quatro litros de água por dia.
Todos os tipos de atividade humana necessitam da água, para o
desempenho de suas funções e serviços. É utilizada na plantação, no
comércio, na indústria, no preparo do alimento, na higiene pessoal, na lavagem
de utensílios, roupas e entre outros.
1.1- O difícil acesso aos recursos hídricos
A humanidade está enfrentando um problema sério de escassez de
água. De toda água disponível no planeta 97,5% está nos oceanos, águas
salgada, imprópria para o consumo, podendo passar por um tratamento de
dessalinização que tem um custo elevado, tornando inviável para países
pobres; e 2,5% de água doce, sendo que 2,1% em estado sólido, nas geleiras,
nas regiões polares, ou em rios e lagos subterrâneo, sendo difícil o acesso
para a sua utilização pelo homem, restando apenas 0,4% de água doce
consumível pela população, que não está distribuída igualmente, pois nem
sempre está onde o ser humano precisa, e estando, nem sempre tem a
qualidade necessária para matar a sua sede, daí a preocupação quanto à
avaliação e controle dos recursos hídricos.
11
De acordo com o Artigo 2°, capítulo II, da Lei nº 9433, de 08 de
janeiro de 1997, a Política Nacional de Recursos Hídricos tem como objetivos:
Assegurar á atual e as futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
A utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
A prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
O problema de abastecimento de água potável no planeta para as
atividades humanas e animais pode se tornar uma cruel e dura realidade para
a humanidade, devido à poluição crescente do meio ambiente pelo homem, é
preocupante, uma vez que a quantidade disponível é relativamente pequena,
devido ao contínuo crescimento da população humana na terra e a crescente
necessidade de alimentos, levem a um aumento crescente de necessidade de
água doce, que se ficasse restrito á quantidade estanque de 14.000 km³, a
vida na terra já teria se extinguindo ou estaria caminhando para a extinção.
1.2- Recursos hídricos mundial
A água não está distribuída igualmente no mundo, onde grande
parte do planeta está localizada em regiões com carência de água. Os países
que controlam a água fresca no mundo são o Brasil, Rússia, China e Canadá,
enquanto 29 países já têm problemas com a falta de água, entre eles, pode-se
citar o Oriente Médio; China, Índia e o Norte da África.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a falta de
acesso a água limpa atinge mais de um bilhão de pessoas e alerta que esse
número pode dobrar até 2025, quando a escassez de água limpa atingirá dois
terços da população mundial.
Atualmente, metade da população dos países em
desenvolvimento vive em locais sem condições básicas de saneamento. A falta
de acesso a água adequada está matando mais de 1,6 milhões de pessoas
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todos os anos, atingindo principalmente crianças menores de cinco anos de
idade, com doenças como febre tifoide, cólera, malária, dengue e febre
hemorrágica.
Com as mudanças que estão ocorrendo com o clima, irão
agravar o problema, principalmente nas regiões áridas e pobres. Aumentará os
períodos de seca, alterando os períodos de chuva e derreterá parte das
geleiras do planeta. Para Margaret Chan, diretora geral da OMS, no hemisfério
norte, a quantidade de chuva está aumentando enquanto no sul os períodos de
seca estão cada vez mais longos.
Com a era da globalização e dos avanços da revolução técno-
científica, tornou-se evidente o que muitos já sabiam que fatores como a
redução da camada de ozônio, a desertificação, a emissão de poluentes no
solo, no ar e na água também afetam, embora de maneira diferenciada, países
desenvolvidos e subdesenvolvidos (BINSWANGER, 1999).
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), todos os
países do mundo precisarão aprender a dividir a água de forma justa a fim de
evitarem conflitos em torno desse imprescindível recurso natural no momento
em que o crescimento populacional e as mudanças climáticas o tornaram ainda
mais raro.
Países banhados pelo Rio Nilo, que está localizado no
continente africano, negociam um acordo de compartilhamento de água que
servirá de modelo para outras áreas onde os escassos recursos naturais
poderão ser divididos de forma pacífica, ou seja, ampliar a cooperação além da
fronteira no uso da água.
A água desempenha um papel importante na economia mundial, já
que funciona como um solvente para uma grande variedade de substâncias
químicas além de facilitar a refrigeração industrial e o transporte. A agricultura
é responsável por usar em média, 70% da água, mas na Ásia essa proporção
cresce para mais de 90%. Num mundo com cada vez menos água disponível,
os países mais pobres vão ter que escolher se usam a água para irrigação, ou
para uso doméstico e industrial. Um dos piores efeitos da falta de água será o
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aumento do preço dos alimentos. Como resultado da falta de água, a produção
mundial de alimentos ameaça diminuírem em 10%.
Para minimizar ou talvez solucionar esse problema, os cientistas
pesquisam três saídas, visando aumentar a oferta de água: o aproveitamento
das geleiras e dos icebergs; o uso dos estoques subterrâneos, ainda não
totalmente explorados; e a dessalinização da água do mar, ou seja, o processo
de transformação da água salgada em água doce. Entretanto, nenhuma dessas
soluções é corriqueira e economicamente viável, o que as torna impraticáveis
para a maioria dos países que enfrentam o problema.
Segundo hidrólogos e demógrafos, mundialmente o consumo
humano de água doce duplica a cada 25 anos. Embora o colapso do
abastecimento seja uma realidade em diversos lugares, sobretudo em bairros
da periferia de centros urbanos densamente povoados, ainda assim vive-se a
ilusão de que a água é um recurso infinito.
1.3- Recursos hídricos brasileiro
Apesar do Brasil, segundo (REBOUÇAS, 2004) ostentar as
maiores descargas de água doce do mundo nos seus rios significando uma
taxa de 35.000 m3/hab./ano e mais de cerca de 5.000m3/hab./ano de água
subterrânea, correspondente a uma parcela das taxas de recarga anuais de
seus aquíferos, os recursos hídricos assim como os demais recursos naturais,
a população e as riquezas estão distribuídas de forma desigual sobre a
superfície de nosso país.
Essa aparente abundância induziu a uma cultura do desperdício
a ponto de, na atualidade, se colocarem pelo menos dois problemas quanto ao
uso dos recursos hídricos. Um deles é o da escassez em certas áreas e, o
outro, se manifesta através dos conflitos entre setores usuários dos recursos
hídricos que são o agrícola, o industrial e o residencial.
Boa parte das maiores reservas mundiais de água doce está
14
no Brasil que concentra cerca de 12% da água doce em estado líquido no planeta. Mas isso não significa que não devemos nos preocupar com esta questão, por dois motivos: o primeiro, de ordem estratégica, diz respeito ao fato de nossa água potável se situar na Amazônia, portanto, muito longe dos grandes centros urbanos. O outro motivo faz novamente referência ao conhecido problema do desperdício, uma vez que só, em São Paulo, 36% da água oferecida se perdem nos vazamentos de rede de distribuição (CARVALHO, Vilson Sérgio de, 2008, ps.60, 61).
Se compararmos as situações de abundância de água na Bacia
Amazônica em oposição a problemáticas de escassez no Nordeste e conflitos
de uso nas regiões Sul e Sudeste, a situação piora. A análise dessa
disparidade, em relação à disponibilidade absoluta de recursos hídricos
renováveis, àquela relativa à população que não dispõe deste recurso de forma
abundante, leva o Brasil a deixar de ser o primeiro e passa então, ao vigésimo
terceiro do mundo.
De acordo com o (IBGE- PNSB, 1989-2000), com relação a má
distribuição de água, decorre de sua concentração na Amazônia ser de 68%,
onde vivem apenas 5% da população, ficando a pequena porcentagem de 32%
restante para abastecer 95% dos brasileiros. Essa disparidade é visível nas
regiões do Brasil, onde no Sudeste o número de casas atendidas pelo
fornecimento de água chega a 70,5%, enquanto a região Norte possui um
índice de apenas 44,3%.
A irregular distribuição dos recursos hídricos no território brasileiro
só passou a ser uma das causas de conflitos entre os setores usuários a partir
da década de 1970, quando as consequências do modelo de desenvolvimento
adotado se fizeram sentir na alteração da quantidade e qualidade de alguns
cursos d'água do país, colocando restrições ou até mesmo inviabilizando seus
vários usos.
Com o agravamento dos embates tanto no tempo como no espaço,
à medida que a oferta de água diminuía e a procura passou aumentar de forma
expressiva, para fazer frente às novas necessidades de abastecimento de uma
população crescente, especialmente nas áreas urbanas e de setores
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produtivos que foram se ampliando e suas atividades diversificando, é que se
acarretou a exploração excessiva desse bem necessário a vida.
Devido à irregularidade na distribuição de água no Brasil e a
concentração da população em determinadas regiões é que vem colaborando
para tornar o acesso a água mais difícil. As regiões Norte e Centro – Oeste
concentram cerca de 90% da potencialidade das águas superficiais do Brasil
sendo que somente 14,5% da população brasileira vivem nessas regiões com
9,2% da demanda hídrica do país. Em contrapartida as regiões Nordeste, Sul e
Sudeste possui os 11% restantes do potencial hídrico onde se localizam 85,5%
da população e 90% da demanda de água do país. Ficando visível a irregular
distribuição hídrica onde se tem regiões com maior densidade populacional e
maior demanda de água, mas, que possui menor quantidade desse recurso.
No Brasil as águas subterrâneas representam um potencial em boa
parte ainda não explorado. Além disso, no país não há informações confiáveis
e nem tão pouco um bancos de dados do potencial subterrâneo de águas,
apresentando apenas estimativas ou deduções grosseiras que não atende a
atual realidade, diferentemente do que acontece em outros países.
De acordo com a ABAS (Associação Brasileira de Águas
Subterrâneas), o Brasil possui em média o surpreendente volume de 111
trilhões e 661 milhões de metros cúbicos de água, em suas reservas
subterrâneas, que abrange o Aquífero Guarani.
Para os pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA),
este aquífero deixa de ser considerado o maior do mundo, após a descoberta
da imensa reserva subterrânea de água doce do planeta que está sob os
Estados do Pará, Amazonas e Amapá, provisoriamente chamado de Aquífero
Alter do Chão. Possui uma área de 437,5 mil quilômetros quadrados e
espessura média de 545 metros. Segundo Milton Matta geólogo da UFPA, a
área do aquífero de Alter do Chão é menor em comparação com o Guarani,
porém, possui maior espessura e capacidade de produção de água, o que
aumentará consideravelmente o volume das águas subterrâneas brasileira,
sendo suficiente para abastecer toda a população do planeta por pelo menos
400 anos.
16
Diversas cidades já são abastecidas em grande parte por águas de
poços de águas profundas, como acontece na cidade de Ribeirão Preto. A
questão crucial do uso da água subterrânea reside no elevado custo de
exploração, além de exigir tecnologia avançada para uma investigação
hidrogeológica (LEONARDO SILVA, 2004).
Exclusivamente na região nordeste, que apresenta reduzidas
precipitações e elevada evapotranspiração e carência de águas superficiais, na
produção agrícola irrigada, as reservas hídricas subterrâneas consistem em
uma alternativa para o abastecimento dessa atividade.
O excesso cometido na prática da retirada de água do subsolo,
sobretudo nas áreas rurais, vem reduzindo o nível natural dos lençóis freáticos.
“A água subterrânea está sendo bombeada mais rápido do que a natureza a
está recarregando em muitas das mais importantes produtoras de comida do
mundo” pesquisadora Sandra Postel.
Na atualidade diversos aquíferos no mundo estão com o seu nível
de água excessivamente abaixo da média, tornando o custo caro para bombeá-
lá em partes de países como a Índia, Paquistão, Planície Norte da China e
Oeste dos Estados Unidos. (www.agua/oriscodaescassez)
Ao nível mundial o setor agrícola é o maior consumidor de água,
consumindo cerca de 70% de toda água originada das fontes (lagos, rios e
aquíferos subterrâneos), e outros 30% pelas indústrias e uso doméstico.
O desmatamento para a prática da agricultura também vem
colaborando com a diminuição da recarga dos aquíferos, pois diminui a
infiltração da água no solo e aumenta o escoamento superficial.
17
CAPÍTULO II
IMPACTOS CAUSADOS PELA AÇÃO HUMANA
2.1- Desmatamentos
Um dos mais lesivos impactos ambientais é a devastação das
florestas, sobre tudo as tropicais, as mais ricas em biodiversidade. Essa
devastação deve-se basicamente a fatores econômicos, tanto na Amazônia
quanto nas florestas africanas e nas do Sul e Sudeste Asiático, ou seja, em
várias partes do mundo as florestas são devastadas em nome do progresso.
Na Amazônia, a cobertura está passando por intensivo desmatamento para a
realização do cultivo da soja.
Segundo o pesquisador Douglas Morton, o desmatamento para dar
lugar aos grãos subiu de 10% no período entre 2001 e 2004. A destruição
acarretada pela soja é acelerada, devido ao uso intensivo de tecnologia e tendo
potencial de se espalhar para outras regiões da floresta.
O desmatamento ocorre, sobretudo, como resultado de:
• extração de madeira;
• construção de estradas;
• instalação de projetos agropecuários;
• implantação de projetos de mineração;
• instalação ou expansão de garimpos;
• construção de usinas hidrelétricas;
• incêndios, que colaboram para aumentar a
concentração de gás carbônico (CO2) na atmosfera;
• queimadas, técnica de cultivo rudimentar
usada sobre tudo em países pobres.
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Outra forma de desmatamento ilegal é através da queimada
descontrolada que propicia condições para incêndios florestais, diversas vezes
recebendo contribuições de práticas irresponsáveis quando se trata de
manuseio do fogo quando não se apaga restos de fogueiras, acende velas ou
joga pontas de cigarro próximo a vegetações, solta balões, entre outros.
No Brasil, o desmatamento teve início na época da colonização com
a extração predatória do pau-brasil. Mais tarde essa prática continuou e
resultou na retirada da Mata Atlântica para o cultivo da monocultura de café e
cana-de-açúcar que reduziu em 7% sua cobertura original que antes se
estendia por uma faixa de 1.300.000 km2 do Rio Grande do Sul ao Piauí,
passando por 17 Estados brasileiros, ocupando um papel importante na
manutenção dos recursos hídricos disponíveis dos estados brasileiros,
abrangendo sete das nove maiores bacias hidrográficas do país.
Essa floresta possui grande importância do ponto de vista
econômico, visto que 110 milhões de pessoas, ou 62% da população brasileira
vivem nessa região, que Infelizmente contribui também para que este seja o
conjunto de ecossistema mais devastado com cerca de 93% da Mata Atlântica
original inexistente.
O desmatamento compromete os padrões de drenagem, inibe a
recarga natural dos aquíferos, aumenta a sedimentação; diminuindo a
qualidade e a quantidade de água.
Nas regiões de nascentes, que abastecem vários estados
brasileiros, o desmatamento está acarretando diversos problemas aos rios. Por
falta de cobertura vegetal, o solo tem a sua capacidade de absorção de água
reduzida e os rios próximos ficam com a vazão comprometida. Ao contrário
desses, os rios de grande porte como o Amazonas ainda se mantém porque
têm poucos habitantes em suas bacias hidrográficas.
Na tentativa de preservar o que restou dessa riqueza, foram criadas
diversas Unidades de Conservação, totalizando 860 unidades. A maior delas
com 315 mil hectares, é o Parque Estadual da Serra do Mar. Com o mesmo
intuito, foi aprovada a Lei da Mata Atlântica (Lei Nº 285/99) em 2006, acaba
19
com as controvérsias acerca de sua extensão e características principais, além
de definir medidas de preservação.
No último levantamento realizado pelo INPE (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais) em parceria com a Ong SOS Mata Atlântica, que
abrangeu 60% do bioma, foi constatado que, mesmo com a diminuição de 71%
no ritmo de desflorestamento, as áreas degradadas somam 95.066 hectares.
Destes, 73.561 estão concentrados em Santa Catarina e Paraná trazendo
diversos problemas não só ao meio ambiente, mas também ao homem. O
desmatamento é uma das principais causas da desertificação que vem
afetando seriamente o Sul do país.
Entretanto, apesar dos dados, a história nos mostra que é possível
recuperar o que perdemos. Em 1862, ao passar uma grave crise de escassez
hídrica, o Governo Imperial iniciou a recuperação da área de Mata Atlântica
que havia sido degradada pelos cerca de 160 engenhos e lavouras de café que
existiam na região da cidade do Rio de Janeiro. Através do replantio de árvores
típicas foi recuperado o que hoje é a Floresta da Tijuca. A maior floresta urbana
do mundo com 3.300 hectares.
Mesmo assim, a Mata Atlântica sofre a pressão do crescente
aumento das cidades e da poluição que põem em risco as tentativas de
preservá-la e de aumentar o volume de água nos cursos dos rios.
2.2- Contaminações das águas
Os principais problemas encontrados no setor de abastecimento de
água nas Américas são:
• Instalação de abastecimento público ou
abastecimento individual em mau estado, com deficiências nos projetos
ou sem adequada manutenção;
• Deficiência nos sistemas de desinfecção de
água destinada ao consumo humano com especial incidência em
pequenos povoados;
20
• Contaminação crescente das águas
superficiais e subterrâneas por causa da deficiente infraestrutura de
sistema de esgotamento sanitário (PACHECO, 2004).
De maneira simples a contaminação da água pode ser definida
como a adição de substâncias estranha que deterioram sua qualidade, no qual
envolvem a sua aptidão para usos benéficos, como abastecimento, irrigação,
recreação e etc. Estes contaminantes podem ser de origem inorgânica, como
chumbo e o mercúrio ou orgânica, como substâncias provenientes de esgotos
domésticos, como coliformes, bactérias, entre outros (WALDMAN, 2008).
O Brasil é dono do maior potencial de água doce da Terra, porém
com o aumento do consumo devido ao crescimento econômico e da sociedade
que utiliza a água em suas diversas atividades, suas fontes estão sendo
contaminadas por mercúrio no garimpo, por pesticidas usados na agricultura e
por resíduos domésticos e industriais que polui rios e lagos principalmente pela
ação humana.
Os dejetos industriais são compostos por diversos produtos
químicos que não são absorvidos pela natureza. Metais pesados altamente
tóxicos e resíduos químicos de toda espécie ficam em suspensão na água ou
se depositam no fundo dos rios causando grande impacto ao meio ambiente.
Por não contar com um sistema de saneamento básico e
infraestrutura, os países subdesenvolvidos enfrentam graves problemas
ambientais e risco na saúde. Esse é um dos fatores que explica o alto índice de
poluição nos rios e o surgimento de doenças.
Segundo estatística da (UNESCO) mais de um bilhão de pessoas no
mundo não tem acesso à água potável, 25 mil pessoas morrem diariamente por
não ter água potável para beber e 4,5 milhões de crianças de até cinco anos de
idade morrem por falta de água potável e agravando-se com a fome.
No Brasil de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde
(OMS), 30% das mortes de crianças com menos de um ano de vida se devem
à diarreia também provocada pela ingestão de água não potável (Ministério da
Saúde).
21
Segundo a ONU, a cada 25 minutos morre no Brasil, uma criança
vítima de diarreia, doença proveniente do consumo de água de baixa
qualidade. Se houvesse o acréscimo de 50% ao acesso a água limpa e potável
nos países em desenvolvimento, faria com que aproximadamente 2 milhões de
crianças deixassem de morrer anualmente por causa da diarreia.
A água contaminada prejudica a saúde do homem através de
doenças de veiculação hídricas que podem ser adquiridas por ingestão ou
contatos como a hepatite infecciosa, a cólera ou transmitidas por insetos que
se desenvolvem na água como a malária, febre amarela e dengue.
De acordo com a lei nº 11.445/07, que estabelece diretrizes
nacionais para o saneamento básico, prevê princípios fundamentais, objetivos
e ações que promovam a igualdade social e territorial no acesso ao
saneamento básico.
“Segundo a pesquisa ‘Impactos Sociais de Investimentos em
Saneamento’ da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a falta de saneamento atinge
47% da população brasileira, sendo as crianças de um a seis anos as
principais vítimas. A pesquisa ressalta que apenas em 2.122 o Brasil deva ter
acesso total a esgoto”. (WWW.revistasdasaguas).
A lei existe, é bem elaborada, porém, a realidade de vários
municípios é que não possuem o serviço de saneamento básico adequado, por
faltas de recursos financeiros e de capacidades técnicas para gerir os serviços
de saneamentos básicos, como resultado impulsiona os seus moradores a
despejarem seus esgotos em rios, lagos e até mananciais de água potável
devido ao escoamento in natura, sem o devido tratamento de esgoto, trazendo
preocupação devido à velocidade com que essa degradação de recursos
hídricos ocorre. Segundo dados do IBGE, o país lança sem nenhum tratamento
aos rios e lagoas cerca de 85% dos esgotos que produz.
As consequências da contaminação e poluição das águas dos rios
provocam aumento de microorganismos decompositores causados por
compostos orgânicos lançados nas águas. Com essa poluição os vegetais que
vivem no fundo dos rios e lagos ficam impedidos de realizar a fotossíntese, não
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produzindo o oxigênio e contamina os animais aquáticos que a utiliza na
alimentação.
Calcula-se que a Baía de Guanabara recebe, diariamente, o
equivalente a um Maracanã de esgoto por dia. A porcentagem da população
que apresenta problemas de saúde devido ao consumo de água que não
apresenta padrões mínimos de potabilidade é alarmante.
A qualidade da água pode ser modificada com intervenções
essenciais de educação e uma legislação adequada. O saneamento é de
fundamental importância para a preservação dos recursos hídricos, pois cada 1
litro de esgoto inutiliza 10 litros de água limpa. Essas medidas além de salvar
vidas humanas ainda iriam proporcionar economia dos recursos públicos
(LEONARDO SILVA, 2004)
Outro fator que também colabora é o desordenamento urbano, onde
famílias de baixa renda constroem suas casas em áreas que deveriam ser
preservadas como beira de rios e as mesmas acabam apresentando problemas
de saúde diversos.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz a expansão desordenada dos
centros urbanos, onde as pessoas vivem em condições precárias, sem acesso
a sistemas adequados de fornecimento de água, tratamento e esgoto e coleta
de lixo, é um dos fatores que facilitam a entrada, permanência e disseminação
do mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue.
Isso se dá por falta de uma gestão pública de saneamento básico
eficiente que atenda a todos independente da classe social, ou seja, a
universalização do saneamento básico, em especial dos serviços de coleta e
tratamento de esgoto, oferecendo melhores condições de saúde e bem estar.
Para solucionar essa questão seria necessário a associação entre
investimento público com gestão privada ou a profissionalização dos serviços
públicos de saneamento. De acordo com a Confederação Nacional de
Municípios (CNM), os gestores são orientados para priorizar as condições de
saneamento básico de suas cidades e que elaborem o Plano Municipal de
Saneamento Básico, que incluem o tratamento de água, de esgoto, drenagem
23
e resíduos sólidos. Mas enfim, os gestores dos municípios não cumprem com o
prazo determinado por lei federal que obriga os municípios a apresentarem
planos estratégicos de saneamento, e com isso correm o risco de perderem o
acesso aos recursos da união para projetos de água e esgoto.
(www.diariopopular.com.br)
2.3- Desperdícios de água
Previsões é que a água será o recurso natural mais cobiçado e mais
caro do mundo. Nos países do Oriente Médio, por exemplo, a falta d’água já é
uma realidade, onde segundo Cesar Baima, duas empresas (True Alaska
Bottling e a S2C Global) pretende retirar nos próximos meses cerca de 320
milhões de litros de água do Blue Lake (Lago Azul), localizado próximo a
cidade de Sitka, no Alasca. No transporte será utilizado navio semelhante a um
petroleiro até a fábrica na Índia, onde será engarrafadas e depois levadas para
países como o Oriente Médio. (PLANETA TERRA, O Globo, 2010).
As cidades estão enfrentando sérios problemas de abastecimento
devido ao aumento da população e do desperdício. No Brasil, o desperdício
chega a 70% do total de água consumida, que se perde através de vazamentos
nas adutoras e na rede de distribuição; e em hábitos de não reutilizar a água,
consumindo-a excessivamente nas diversas atividades realizadas no dia-a-dia
pela humanidade.
Segundo a Agencia Nacional de Água (ANA), 40% da água retirada
no país é desperdiçada. São as águas que se perdem nos encanamentos e
que evaporam durante as irrigações e que não são tratadas depois de poluídas
é que representa a maior ameaça ao abastecimento dos brasileiros, ou seja, é
um fator que contribui com o grande desperdício de água no Brasil. Os próprios
números comprovam o tamanho do problema. De acordo com a ANA, são
retirados dos rios e do subsolo no Brasil 840 mil litros de água a cada segundo.
Ao dividir esse número pela população de 188,7 milhões de brasileiros, chega-
se à conclusão de que cada habitante consumiria, em média, 384 litros por dia.
Porém esse quantitativo de água está além do consumo necessário.
24
De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2006,
divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud),
o gasto médio diário do brasileiro cai para 185 litros. Parte da diferença (199
litros) foi utilizada na agricultura, na pecuária, na indústria, mas a maior parte,
em torno de 150 litros, foi desperdiçada.
O desperdício de água na agricultura é exorbitante devido a métodos
ineficientes. Aproximadamente 70% de toda água doce consumida no país vão
para o setor agrícola, que através da irrigação, o desperdício chega a 50%,
provocado pelos produtores rurais que utiliza a pulverização aérea, no qual boa
parte da água é carregada pelo vento ou evapora, quando seria adequado usar
o sistema de gotejamento, que despeja gotas diretamente na raiz das plantas.
Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU),
apontam que a metade da água utilizada para irrigação de lavouras acaba
sendo desperdiçado com as perdas na produção, transporte, processamento e
consumo em um volume anual equivalente a 1.380 quilômetros cúbicos. A
indústria é a segunda maior consumidora de água doce. O desperdício de
água na indústria ocorre quando a utilizam para resfriar e lavar equipamentos,
como solvente e na diluição de emissões poluentes.
Na pecuária o desperdício ocorre quando é feita a manutenção dos
animais, no processo do abate, no preparo agroindustrial dos cortes e nos
produtos derivados. É necessário cerca de 30.000 de litros de água para se
produzir um quilo de carne.
Outra fonte de desperdício está nas cidades. As redes mal
conservadas são responsáveis por perdas de 40% na distribuição de água,
pois a cada 100 litros retirados pelas companhias, somente chegam ao uso
doméstico cerca de 60 litros, quando de acordo com a ANA, os padrões aceito
internacionalmente seria a perda de 20 litros, ou seja, cerca de 20%.
Em algumas cidades brasileiras o problema é mais grave no que se
diz respeito ao desperdício, pois devido ao desrespeito as normas técnicas
pelas companhias, a falta de fiscalização e a retirada clandestina de água, a
perda chega a 80%.
25
O desperdício doméstico também contribui muito para o gasto da
água potável. Quando se faz uso demorado de chuveiros elétricos nos banhos,
ao deixar aparelhos elétricos ligados por um período desnecessário ou com
defeitos que os levam a consumir mais do que o previsto ou deixando as luzes
acesas resultará no gasto de energia elétrica, logo aumentará o consumo de
água, já que quase toda energia usada no Brasil tem origem das hidrelétricas
que é responsável por grande impacto ambiental.
O que falta no Brasil não é água, mas determinado padrão cultural
que agregue a necessidade de redução de desperdício e proteção de sua
qualidade.
Os principais objetivos no uso eficiente da água será a preservação
ambiental, a saúde pública, e os benefícios econômicos a fim de ajudar a
melhorar a qualidade da água, manter ecossistemas aquáticos e proteger as
fontes de água potável.
26
CAPÍTULO III
O MÉRITO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA
PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
3.1- Educação ambiental
A questão ambiental é um fator social e político que deve ser
discutido em várias esferas social e principalmente nas escolas com o objetivo
de se preservar o meio ambiente.
A Educação Ambiental visa um equilíbrio entre o homem e o
ambiente, com vista a um futuro pensado e vivido numa lógica de
desenvolvimento e progresso. De acordo com o Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA, a definição para a Educação Ambiental é que seja um
processo de formação e informação orientado para o desenvolvimento da
consciência crítica sobre as questões ambientais, e de atividades que levem à
participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.
Segundo o entendimento exposto no Congresso de Belgrado,
promovido pela UNESCO em 1975, a Educação Ambiental é um processo que
tem por objetivo:
“(...) formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas que lhes dizem respeito, uma formação que tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais e impedir que se repitam.”
A Agenda 21, no capítulo 36, define a Educação Ambiental como o
processo que busca:
“(...) desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com meio ambiente e com os problemas que lhes são associados. Uma população que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar, individualmente e coletivamente, na busca de
27
soluções para os problemas existentes e para a preservação dos novos (...).”
“O objetivo fundamental da Educação Ambiental é suscitar mudanças de comportamento na sociedade: os indivíduos devem construir, enquanto grupo social, valores, novos conhecimentos, atitudes e habilidades indispensáveis para a conservação do meio ambiente, patrimônio coletivo essencial para a vida saudável e para a construção de uma sociedade auto-sustentável.” (Cartilha de Educação Ambiental da ALERJ, p.2).
É relevante a importância da educação e da conscientização popular
como recurso viável para a compreensão e consolidação da prática sustentável
nas relações entre a sociedade e o meio ambiente, já que nesse encontra-se
envolvidas todas as formas de vida existente no planeta.
Ao receber a educação o homem consegue ter uma visão mais
definida dos desafios que irá enfrentar em seu convívio social. E quanto ao
desafio da sustentabilidade não é diferente.
O ser humano passa a receber orientações desde o seu nascimento
que irão formar seu conceito ético e influenciar em sua personalidade. Logo, o
conhecimento não pode ser inerente ao cotidiano humano; deve acompanhá-lo
em todos os seus momentos, reafirmando a ideia de um constante processo de
construção, fazendo-se presente no convívio familiar, permanência escolar,
formação profissional e religiosa, opção política e, entre tantos contextos
sociais, apresenta- se também a consciência ambiental. Nela encontra-se
inseridos todos os demais valores que permeiam pela imensa teia de relações
nas quais os atores sociais encontram-se inseridos.
A educação ambiental proporciona “a construção de valores e
aquisição de conhecimentos, atitudes e habilidades voltadas para a
participação responsável na gestão ambiental” (LAYRARGUES, 2002, p. 91).
Deve desenvolver iniciativas de envolvimento coletivo que conduzam a
população a praticar a cidadania de forma ativa e democrática.
28
3.2- A colaboração da educação ambiental na conscientização
humana
A educação ambiental é um processo que parte de informações ao
desenvolvimento do senso crítico, inserindo o indivíduo no seu real papel de
integrante e dependente do meio ambiente, objetivando transformações de
valores nas questões éticas, políticas econômicas, culturais, sociais e
principalmente ambientais, o que alcançaria a melhoria da qualidade de vida
que está diretamente relacionada ao tipo de convivência que mantemos com a
natureza e que traz como consequência atitudes, valores e ações. Refere-se a
uma opção de vida saudável e equilibrada com o contexto.
Os conhecimentos sistemáticos e organizados em currículos geram
as habilidades e competências, porém a busca da cidadania e do equilíbrio
ecológico é de responsabilidade de todos, com a possibilidade de construir um
índice menos alarmante de desigualdades sociais, levando a sociedade a
exercer sua cidadania adquirindo ou multiplicando conhecimentos que de
alguma forma irá contribuir no processo de mudança, influenciando no
cotidiano de sua vida individual e repercutir na coletividade, consolidando
assim a participação social.
Quando uma sociedade democrática e participativa dispõe-se a
desenvolver um planejamento baseado em ações concretas em torno de
políticas públicas, deve-se considerar como fator fundamental a cooperação.
Piaget (1998, p.153 in Baeta, p.103) sinaliza que a cooperação é uma prática
historicamente recente.
“(...) a cooperação organizou-se em correlação com a divisão do trabalho social e com a diferenciação psicológica dos indivíduos que dela resultou. (...) supõe, então, a autonomia dos indivíduos, ou seja, liberdade de pensamento, a liberdade moral e a liberdade política.”
A cooperação e a autonomia surgem quando os cidadãos
despertam sua autoestima através da consciência cidadã. Então os sujeitos
29
podem refletir, participar e assumir responsabilidades quando estão inseridos
em um processo educativo que valorize tais ações. Nos PCNs (p.95) menciona
que “o desenvolvimento da autonomia depende de suportes materiais,
intelectuais e emocionais.”
De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, estabelece no
artigo 225, parágrafo VI a implantação da educação ambiental nas escolas
“Incumbe ao Poder Público promover a educação ambiental em todos os níveis
de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”
(BRASIL, 1997)
Portanto, a escola desempenha um importante papel na construção
da autonomia intelectual, pois auxiliada pela cooperação estará desenvolvendo
uma premissa básica para a educação ambiental, que é o pleno exercício da
cidadania.
Segundo SANSOLO (2005) afirma que a educação ambiental vista
como movimento é:
“(...) uma dinâmica, um fenômeno social que engloba diversas linhas de pensamento e tem em comum um eixo temático: a crise ambiental, sobretudo no que diz respeito ao significado da natureza, que se apresenta de forma contraditória em nossa sociedade.”
Entende-se que a educação ambiental seja uma área de
conhecimento interdisciplinar, pois agrega fatores essenciais que contribuem
para diagnosticar e intervir no contexto ambiental. Apesar de seu perfil ético,
conceitual e político, é notória a necessidade de reorientações para que possa
conter possíveis confusões conceituais. Trata-se de um objeto de reflexão
possível de participação em vários segmentos sociais. Seu envolvimento
garante a realização de ações coletivas e individuais referentes a direitos
básicos de cidadania.
• Acesso ao conhecimento, a valores e habilidades relativos à realidade,
conforme os aspectos, políticos e culturais.
• Direito a formas de organizações de
pessoas, a partir da consciência de direitos e deveres, como estágio de
30
participação, de diálogo, de debate e de trocas de ideias, com
fundamento na liberdade, na igualdade e na justiça. (Castro & Beta,
2002, p.100).
• É direito de todo cidadão ter a garantia de
viver em um meio ambiente saudável, onde as alternativas de vida
estejam coerentes com um crescente e permanente padrão de
sustentabilidade.
Através do conhecimento a sociedade pode liberta-se e desenvolver
alternativas de participação no processo de sustentabilidade, compreendendo
que pertence ao meio ambiente e que deve tentar protegê-lo. Essa nova
mentalidade não acontece de uma forma rápida, requer todo um movimento,
um conjunto de normas e procedimentos que precisam ser praticados todos os
dias, com o auxilio da educação ambiental transformadora da realidade
imposta às maiorias pouco favorecidas pelo modelo econômico capitalista.
3.3- A educação ambiental na gestão ambiental pública
O mundo vem passando por mudanças constantes e com isso,
novidades em relação ao gerenciamento ambiental estão surgindo. Essas
mudanças criaram nos países, principalmente nos desenvolvidos, uma
consciência ecológica.
A Educação Ambiental pode ajudar na Gestão Ambiental, pois no
que diz respeito ao meio ambiente, muita coisa poderia ser diferente se
houvesse interesse na preservação e consciência. O meio ambiente tem sido
muito prejudicado e, como as autoridades não tomam nenhuma atitude, perece
que o país não tem lei ambiental adequada. Mas pelo contrário, as leis são
boas, o que falta é a conscientização das pessoas. A Educação Ambiental
pode ajudar nesse aspecto.
Faz-se necessário instituir um gerenciamento integrado,
estabelecendo bases sólidas no desenvolvimento das capacidades
31
institucionais adequadas, integrar sistemas federais, estaduais e municipais,
com a implantação e consolidação dos comitês de bacias hidrográficas, a fim
de proteger os mananciais, tratando e conservando a água, dar atenção aos
seus usos múltiplos e educar a população (TUNDISI, 2003).
De acordo com GRIPPI (2006 p.75):
“Hoje, as vias da gestão ambiental implementadas nas prefeituras municipais ajudam a resolver problemas do tipo: canalizar e tratar o esgoto das cidades, fazer uma coleta adequada, seletiva e apoiando a reciclagem, melhorar a captação e a qualidade de água servida à população, criar conselhos de defesa do meio ambiente. Como ditado pela maioria das leis orgânicas municipais, instituir a agenda 21 local, dentre outras providencias” (GRIPPI, 2006, p. 75).
Campanha de preservação ambiental nas sociedades é
fundamental, pois sensibiliza e conscientiza as pessoas do problema ambiental
e envolve-as na solução dos mesmos.
A falta de informação faz com que a maioria da população não
colabore com as questões ambientais. A educação é muito importante na
formação de um cidadão mais consciente com a preservação e a conservação
ambiental, pois a mesma vai mostrar que o ser humano precisa mudar suas
atitudes em relação ao meio ambiente, para que possa melhorar a sua
qualidade de vida.
As pessoas devem estar atentas e cobrar eficiências dos órgãos
públicos envolvidos com a Educação ambiental. É imprescindível que as
pessoas aprendam desde crianças a importância de preservar e o conceito de
desenvolvimento sustentável, pois só assim as futuras gerações respeitarão
mais o meio ambiente.
Segundo (GRIPPI 2006, p.77).
“(...) dentre os fatores para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, o que se pode ser entendido como sinônimo de cidadania ou simplesmente direitos humanos, está o processo da Educação Ambiental. A Educação Ambiental ensina regras claras para as relações do homem com o meio ambiente e com a natureza. Estas regras são de vital importância, pois mesmo
32
sendo o homem um elemento da própria natureza, ele é um agressor em potencial.”
A vida das pessoas depende do equilíbrio da relação do homem com
a natureza e isso só será possível com a preservação dos ecossistemas e dos
recursos naturais. Por isso recomenda- se que a educação ambiental comece
cedo nas escolas, onde as crianças irão aprender desde cedo, a preservar o
meio ambiente e a entender a importância dos recursos naturais para a vida.
3.4- Atitudes sustentáveis
Cada brasileiro gasta em média 300 litros de água por dia. Apenas
metade disso seria o suficiente para suprir todas as suas necessidades. A
educação ambiental é fundamental para o processo de tomada de consciência
e participação da sociedade com relação a problemas de falta de água. Através
de quais procedimentos possibilitará a preservação da água? Há diversas
maneiras que de forma simples podem ser praticadas pelo ser humano.
Por ser a Baixada Fluminense uma região que vem aumentando
gradativamente a demanda por água doce para os seus múltiplos usos e à
contínua poluição dos mananciais ainda disponíveis, é que podemos observar
a redução da disponibilidade de água nesta área, gerando conflitos
principalmente no verão. De acordo com a CEDAE, os consumidores são
culpados por esta falta de água, por se tratar de uma área de manobra, ou
seja, recebe o abastecimento de água alternadamente, cabendo ao usuário ter
maior controle no uso da água nestes dias. É fundamental que os moradores
economizem água, usando apenas o necessário e evitem o desperdício.
Diante do sério problema de abastecimento de água enfrentado
pelos moradores de Mesquita é que se faz necessário uma conscientização
através da educação ambiental que é o veículo que tem a função tal que o
homem possa perceber que o início de toda e qualquer manifestação ou atitude
que venha a tomar terá sempre como referência o ambiente onde a sua vida se
desenvolve.
33
Nas escolas, o tema é tratado de forma interdisciplinar, visando
maior economia, mudança de atitudes e a preservação dos recursos hídricos.
São oferecidas informações através de palestras, panfletos e campanhas
publicitárias.
Segundo DIAS (1994, p. 45), as abordagens das diferentes
estratégias utilizadas nos trabalhos de Educação Ambiental tentam criar
parcerias e meios de participação entre os diversos órgãos, entidades sociais e
empresas privadas da região, visando à integração e ao desenvolvimento da
proteção, conservação e recuperação do meio local e dos corpos hídricos.
A comunidade escolar recebe capacitações e através de
questionários colaboram com o programa de conscientização da população
sobre o que a sociedade pode fazer para amenizar os efeitos do mau uso da
água e evitar o desperdício como:
• Averiguar se existe vazamento nos canos,
registros, vasos sanitários ou torneiras. Uma torneira pingando gasta por
volta de 46 litros de água potável por dia;
• Não fazer uso de mangueira para a lavagem
de carros, pisos, calçadas, etc, se a água não for resultado de reuso. O
uso de baldes para essas atividades resulta em uma economia
significativa de água potável. Lavar o carro durante 30 minutos consome
216 a 560 litros de água potável. Um balde de 10 litros para ensaboar e
três baldes para enxaguar, consomem 40 litros;
• Conservar a torneira fechada ao escovar os
dentes, lavar louça ou fazer a barba. Se uma pessoa gasta cinco
minutos para escovar os dentes e levar mais cinco minutos para fazer a
barba com a torneira aberta, gastará ao final desse intervalo de tempo
24 litros de água;
• Reduzir o tempo de banho. Em média um
banho consome 70 litros de água em apenas 5 minutos.
34
• Dar preferência a descarga de modelos de
baixo consumo de água com caixa acoplada que limita o volume da
água da descarga.
• Economizar energia elétrica, pois a maior
parte da energia elétrica brasileira vem de redes hidrelétricas.
• Captar água da chuva. Reduzirá o consumo
da água da rede pública tratada e contribuirá para conter enchentes,
represando parte da água que teria de ser drenada para galerias
pluviais. Essa água poderá ser utilizada para regar plantas, lavar carros,
entre outros.
• Empregar torneiras econômicas em casa ou
em banheiro públicos;
• Ajuntar roupas para passar e lavar;
• Reutilizar a água que sai do enxágue da
máquina de lavar na limpeza de quintal e calçada.
De acordo com (CARVALHO, 2008, p. 38):
“[...] o homem depende diretamente do meio em que vive, bastando imaginar que se não fosse a presença de elementos naturais como a hidrosfera, que resfria o planeta, e a litosfera, que filtra os raios solares, a vida seria imaginável. O reconhecimento desta realidade, a partir da formação de uma consciência ambiental mais ampla, implica em uma nova lógica de conduta para com a natureza, que só assume um significado mais amplo, se fundamentada em uma ética ambiental com profundos reflexos no cotidiano da sociedade em geral, criando, assim, uma possibilidade de se inserir no arcabouço cultural da mesma”. (CARVALHO, 2008 p. 38)
No cotidiano se faz necessário trabalhar os valores no indivíduo,
para que se possa alcançar eficazmente o desenvolvimento de uma mudança
consciente e conduzindo-o a compreender o motivo e a importância de seu
papel para contribuir com a redução dos problemas relacionados ao acesso a
água.
35
3.4.1- Participação da comunidade nos projetos ambientais
Buscando melhoria na qualidade de vida dos moradores procurou-se
incentivar e efetivar a participação dos mesmos no processo de preservação do
meio ambiente e da economia da água através dos projetos realizados pela
prefeitura de Mesquita, favorecendo o exercício da cidadania dos atores
envolvidos através do diálogo e da solidariedade.
“[...] a humanidade começa a perceber a necessidade de um projeto de futuro, ao que parece a questão ambiental surge como um discurso altamente adequado, neste sentido, uma vez que é um discurso futurista, que tem como objetivo uma estratégia para um futuro ecologicamente equilibrado.” (SANCHEZ, p. 56)
Considerando o disposto no artigo 225, do capítulo VI da
Constituição Federal, que assegura o direito do meio ambiente ecologicamente
equilibrado, e que impõe ao Poder Público o dever de preservá-lo, para a atual
e para as futuras gerações, é que diversos projetos educacionais são
desenvolvidos no município de Mesquita, através de ações ecologicamente
corretas, que visam à construção de um novo comportamento e atitudes
sustentáveis na sociedade.
O parágrafo único do artigo 13 da Lei nº 9795/1999 determina que
o Poder Público, em seus diversos níveis, deverá incentivar:
“I- a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres, e de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente;
II- ampla participação da escola, da universidade e de organizações não governamental na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação ambiental não-formal;
III- á participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e a organizações não governamentais;
36
IV- a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação;
V- a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades de conservação;
VI- a sensibilização ambiental dos agricultores;
VII- ecoturismo.”
É oferecido gratuitamente, a comunidade e as escolas em geral
uma biblioteca (Sala Verde Tapinhoã) com títulos voltados para o meio
ambiente. Dispõe de vídeos sobre preservação dos recursos hídricos e são
realizadas palestras e oficinas para os alunos da rede municipal, estadual e
particular.
Outra ação muito importante é a implementação de agroflorestas
ciliares, que faz parte do Projeto Água Floresta, que conta com a participação
dos alunos e da comunidade na recuperação da mata ciliar, que consiste no
plantio de mudas de árvores na área do entorno dos rios, lagos, riachos,
córregos e nascentes em 20 estabelecimentos rurais de forma a recuperar e
conservar mananciais, e promover o aumento da renda familiar por meio de
colheita de produtos não-madereiros, contribuindo na proteção de nascentes
de águas e dos animais aquáticos, evitando a erosão das margens,
funcionando como um filtro contra os agentes poluidores, servindo como
refúgio das aves e animais, favorecendo a criação de corredores de
biodiversidade, com a preservação da flora e da água que é consumida.
A implantação de seis Unidades Demonstrativas de Conservação do
Solo e Água (UDCSA), em propriedades rurais que conta com a participação
de alunos de 14 escolas de ensino médio e fundamental para atuarem no
monitoramento da qualidade da água.
Para abastecer a demanda de projetos de arborização urbana,
recuperações florestais e afins, que fazem parte do projeto Mesquita Mais
Verde, a prefeitura criou um Horto Florestal, que consiste em um espaço usado
para produzir mudas florestais. Elas são produzidas em sementeiras e
37
passadas para viveiro da espera, onde serão plantadas no mundo. O horto fica
aberto à visitação.
Mesquita apresenta um cenário de vegetação, fauna, quedas
d’água e áreas resguardadas de Mata Atlântica, abrigando 2 mil 264 hectares
de Área de Proteção Ambiental ( APA), que faz divisa com os municípios de
Nilópolis, Rio de Janeiro e Nova Iguaçu, criada para manter a proteção e
preservação do conjunto natural e paisagístico e da qualidade das águas e
mananciais dos rios Dona Eugênia, Canal do Socorro e Rio da Serra do
Gericinó.
O investimento no Programa de Coleta Seletiva Solidária,
desenvolvida pela SEMUAM, foi uma ação que contribuiu muito com o meio
ambiente, além de levar a cidadania a diversos moradores, gerando renda,
uniu sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental. Foi um
investimento como uma política pública, envolvendo as unidades escolares e
as comunidades, e acima de tudo, resgatou a identidade e a cidadania dos
catadores cadastrados, com geração de renda e inclusão social. O Programa
conta com mais de seis mil residências cadastradas que separam os
recicláveis, reduzindo o número de lixo, que antes eram jogados nos rios.
A criação da Agenda Ambiental na Administração Pública- A3P que
tem como objetivo colocar em prática uma gestão ambiental saudável, das
atividades administrativas e operacionais do município, com a adoção de
critérios ambientais que reduzam impactos ao meio ambiente e contribuam
para mudança nos padrões atuais de produção e consumo de administração,
ou seja, como o Poder Público pode reduzir impactos socioambientais
negativos gerados em suas atividades, considerando que a administração
pública é a grande consumidora e usuária de recursos naturais, e tem um papel
estratégico na promoção e na indicação de novos padrões de produção de
consumo. Para efetivar essa ação é oferecida formação continuada de
gestores públicos que venham a internalizar conceitos de licitações
sustentáveis de consumos sustentáveis e de redução, reuso e reciclagem de
resíduos gerados pelas atividades públicas.
38
A humanidade precisa estar integrada ao meio ambiente,
percebendo os problemas e procurando resolvê-los.
De acordo com MACHADO (2008):
“[...] a relação integrada entre ser humano e ambiente, a
comunidade pode ser pensada como um porta voz dos
problemas e das possíveis soluções ambientais, ou ainda,
como um canal de ‘verbalizações’ da realidade ambiental,
como se conversar com os moradores de um lugar fosse
‘conversar’ com este ambiente que é também humano, social,
cultural e histórico.”
A qualidade de vida do homem depende da qualidade e estabilidade
do ambiente onde ele vive. Para se manter essa qualidade de vida sobre a
Terra, a humanidade deve mudar suas atitudes em relação ao meio ambiente.
Isso só será possível através da educação ambiental, não só de crianças, mas
também dos adultos. A educação ambiental é um processo de conscientização,
e as pessoas precisam aprender a mudar seu comportamento com o meio
ambiente.
3.5- Diagnóstico da pesquisa
Sendo a falta de água um dos males que afeta a região procurou-se
realizar um trabalho de conscientização da população através da educação
ambiental buscando levá-los a uma reflexão e questionamentos de suas ações
com relação ao uso irracional da água, fazendo-os perceber que é possível
desfrutar dos benefícios que esta tem a nos oferecer, sem necessariamente
desperdiçá-la.
As informações apresentadas a seguir são resultados da pesquisa
feita com os populares que moram nos bairros de Edson Passos e Chatuba
que teve como tema: Como a sociedade pode contribuir para amenizar os
efeitos do mau uso da água e evitar o desperdício.
Foram realizados os seguintes questionamentos:
39
1- Existe problemas frequentes de falta de água em sua casa?Em
caso afirmativo: o que faz a sua família nesses momentos?
100% dos entrevistados afirmaram sofrerem com as dificuldades que
a falta de água ocasionam.
60% dos entrevistados compram água para beber e deixam de
realizar atividades que envolvam limpeza do ambiente em que moram e para
manter a higiene do corpo se deslocam para casa de parentes.
40% dos entrevistados compram água em carro pipa junto com
vizinhos para encher a cisterna de suas residências.
2- Você paga pelo consumo de água utilizado em sua casa?Em caso
afirmativo: você percebeu um aumento ou a diminuição desse consumo nos
últimos 3 meses?
70% responderam que sim, mas que não deveriam devido ao
péssimo fornecimento da água, diminuindo assim o consumo.
30% que não pagam.
3- Existe algum tipo de vazamento de água no encanamento ou
torneira pingando em sua casa?
60% responderam que não há vazamentos no encanamento de suas
residências.
10% confirmam a presença de vazamentos em suas residências.
20% afirmam que há torneiras pingando.
4- Você deixa a torneira aberta enquanto lava louças, toma banho ou
escova os dentes?
50% afirmaram que ainda não tem esse cuidado.
50% responderam que tem a preocupação em fechar as torneiras
enquanto realiza essas atividades.
5- Quanto tempo você fica com o chuveiro aberto durante o banho?
30% responderam que demoram 10 minutos.
40
10% responderam que conseguem tomar banho em 5 minutos.
60% responderam que não se preocupam com o tempo e passam
de 15 minutos.
6- Você costuma usar a descarga do banheiro para eliminar lixos
como: cinza de cigarros, fio dental usado, restos de alimentos?
30% responderam que sim.
70% responderam que não, pois utilizam- se da lixeira para eliminar
esses resíduos.
7- Você utiliza a máquina de lavar roupa com sua capacidade
máxima?
70% afirmaram que ajuntam as roupas para lavá-las, utilizando a
capacidade máxima da máquina.
30% responderam que não, pois não conseguem conviver com o
acumulo de roupas sujas.
8- Você deixa as luzes dos cômodos de sua casa acesa quando não
está utilizando-os?
30% afirmam que deixam a luz dos cômodos acesa porque
desconheciam que com isso estaria desperdiçando água.
9- Você usa a mangueira para lavar carros ou calçadas ou utiliza a
água descartada de enxague da máquina de lavar roupa?
40% responderam que lavam carros e calçadas com a mangueira.
60% responderam que não, pois se utilizam de baldes e vassouras
para realizar as seguintes atividades e também de água descartada da
máquina.
10- Você deixa acumular roupas para depois passá-las?
80% responderam que sim.
20% responderam que não.
41
11- Você tem por hábito armazenar água da chuva para dar
descarga no banheiro ou realizar limpezas?
40% responderam que sim, e que são essas águas que ajudam a
manter a higiene da casa nos dias que faltam água.
60% responderam que não.
Ao final das inquirições, diagnostiquei que por se tratar de uma
região que sofre com constantes problemas de falta de água e por ser
realizada diversas orientações com relação ao consumo eficiente da mesma,
percebi uma sensível mudança nos hábitos dos moradores quando se trata do
uso da água com consciência para evitar o desperdício e a escassez.
Porém, é necessário continuar o trabalho de conscientização, pois
de acordo com os dados, ainda há um grande número de pessoas que
resistem a mudança de atitude.
Então, é preciso levar toda a sociedade a um comprometimento
mais profundo com a questão socioambiental, desenvolvendo, nos mesmos
uma autoética ecológica, que influirá na maneira de interagir com o meio
ambiente, e em especial com o uso correto da água.
42
CONCLUSÃO
Conforme o tema tratado neste estudo, a água é considerada um
bem essencial à vida. Porém esse bem natural está sendo explorado pelo
homem sem nenhuma preocupação com as consequências que sua atitude
predatória pode causar ao meio ambiente e as novas gerações.
No primeiro capítulo desta pesquisa, na abordagem sobre a
importância da água para os seres vivos, percebemos que mundialmente a
humanidade já enfrenta problemas com o difícil acesso a água potável. Isso se
deve a sua má distribuição no planeta, sendo perceptível quando comparamos
a sua disponibilidade entre duas regiões brasileira, onde o norte é detentor da
maior quantidade de água do país, sendo sua população uma das menores, e
em contra partida, o nordeste que possui um grande quantitativo populacional,
possui uma pequena porcentagem de água do país.
De acordo com os dados, o que vem agravando ainda mais está
situação de escassez é o crescimento populacional que para realizar suas
diversas atividades econômicas, para atender a demanda, não vem
demonstrando preocupação em preservar os recursos que a natureza lhe
oferece. Essa constatação nos remete ao que vimos no segundo capítulo desta
43
pesquisa, quando abordamos acerca dos impactos causados pela ação
humana a natureza.
Podemos perceber que o desmatamento das florestas para o cultivo
de produtos agrícolas, é uma das práticas que estão contribuindo para diminuir
a qualidade e quantidade da recarga natural de água dos aquíferos e
nascentes que abastecem vários rios dos estados brasileiro, e que compromete
sua vazão.
Outro fator observado e que colabora com a dificuldade enfrentada
em questão é a contaminação desses rios por dejetos industriais, por
pesticidas utilizados na agricultura, por mercúrio do garimpo e por resíduos
domésticos que acaba acarretando problemas de saúde a própria população,
que mesmo diante de tanta dificuldade de acesso a água limpa, ainda colabora
com o crescente aumento no desperdício doméstico.
Esse desperdício ocorre quando se faz uso da água sem controle e
demora em banhos de chuveiros elétricos, ao deixar aparelhos elétricos ligados
por um período desnecessário ou com defeitos que os levam a consumir mais
do que o previsto ou deixando as luzes acesas resultará no gasto de energia
elétrica, logo aumentará o consumo de água, já que quase toda energia usada
no Brasil tem origem das hidrelétricas que é responsável por grande impacto
ambiental. A falta de informação faz com que a maioria da população não
colabore com as questões ambientais.
Ficou constatado no final da análise que é de fundamental
importância a educação ambiental na orientação e formação do indivíduo mais
consciente e sensibilizado com a preservação dos recursos hídricos, ou seja,
com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável. A educação
ambiental proporciona “a construção de valores e aquisição de conhecimentos,
atitudes e habilidades voltadas para a participação responsável na gestão
ambiental” (LAYRARGUES, 2002, p. 91).
Portanto, enquanto a humanidade não mudar suas práticas com
relação ao uso dos recursos hídricos e continuar desmatando, poluindo e
desperdiçando água, esta será afetada com doenças por consumo de água
44
contaminada e por sua escassez. Porém, somente através da educação
ambiental é que se poderá ser desenvolvido iniciativas de envolvimento
coletivo que conduza a população a praticar a cidadania de forma ativa e
democrática através de projetos ambientais, que leve os sujeitos a refletirem
sobre a atual situação da água, e a participar e assumir responsabilidades
quando estão inseridos em um processo educativo que valorize tais ações, e
então, se alcançará a preservação da água.
Enfim, a implantação de projetos voltados para o meio ambiente e
direcionado a educação ambiental com o objetivo de proteger a humanidade
reflete em melhoramentos estratégicos, éticos e motivacionais. A parceria da
gestão ambiental e da educação pode se apresentar como umas das mais
importantes atividades que poderá proporcionar a mudança do pensamento do
ser humano e costume organizacional em relação ao meio ambiente.
45
ANEXOS
Índices de Anexos
Anexo 1- Questionário
Anexo 2- Gráficos
Anexo 3- Textos Complementares
Anexo 4- Tabelas
46
ANEXO 1
Questionário
Estamos realizando uma pesquisa com os pais de alunos da Escola
Municipal Governador Roberto Silveira, que tem como objetivo averiguar o
trabalho realizado na conscientização e orientação quanto ao uso correto da
água para evitar o desperdício e preservá-la para evitar a escassez. Sua
resposta deverá ser individual e confidencial sendo utilizada somente para esta
finalidade. Não será preciso se identificar. Mesmo que desconheça alguma
resposta do questionário é preciso que responda através da aproximação da
informação da mesma.
Quero ressalta a importância de sua participação nesta pesquisa e
de antemão agradecemos pela sua atenção e participação
QUESTIONÁRIO
1- Existem problemas frequentes de falta de água em sua casa?Em caso
afirmativo: o que faz a sua família nesses momentos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
47
2- Você paga pelo consumo de água utilizado em sua casa?Em caso
afirmativo: você percebeu um aumento ou a diminuição desse consumo nos
últimos 3 meses?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
3- Existe algum tipo de vazamento de água no encanamento ou torneira
pingando em sua casa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
4- Você deixa a torneira aberta enquanto lava louças, toma banho ou escova
os dentes?
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
5- Quanto tempo você fica com o chuveiro aberto durante o banho?
_______________________________________________________________
6- Você costuma usar a descarga do banheiro para eliminar lixos como: cinza
de cigarros, fio dental usado, restos de alimentos?
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
7- Você utiliza a máquina de lavar roupa com sua capacidade
máxima?_______________________________________________________
8- Você deixa as luzes dos cômodos de sua casa acesa quando não está
utilizando-os?___________________________________________________
9- Você usa a mangueira para lavar carros ou calçadas ou utiliza a água
descartada de enxague da máquina de lavar roupa?
48
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
10- Você deixa acumular roupas para depois passá-las?
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
11- Você tem por hábito armazenar água da chuva para dar descarga no
banheiro ou realizar limpezas?
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
ANEXO 2
Gráficos
Gráfico 1: Porcentagem de água no corpo humano
Fonte: Clube dos Amigos do Planeta www.clubedosamigosdoplaneta.com.br
49
Gráfico 2: Disponibilidade de Água no Planeta
Fonte: Universidade da Água www.vidagua.wordpress.com
Gráfico 3: Consumo da Água no Mundo, por Região e Setor
Fonte: Universidade da Água www.vidagua.wordpress.com
50
Gráfico 4: Desperdício de Água por Vazamentos em Torneiras
Fonte: Universidade da Água www.uniagua.org.br
ANEXO 3
Tabela
Tabela: Distribuição dos Recursos Hídricos, da Superfície e da População
(em % do total do país)
51
Fonte: Universidade da Água www.uniagua.wordpress.com
Anexo 4 Textos complementares
Águas Rios e Reservatórios Informações
A água é o elemento fundamental da vida. Seus múltiplos usos são indispensáveis a um largo espectro das atividades humanas, onde se destacam, entre outros, o abastecimento público e industrial, a irrigação agrícola, a produção de energia elétrica e as atividades de lazer e recreação, bem como a preservação da vida aquática. A crescente expansão demográfica e industrial observada nas últimas décadas trouxe como consequência o comprometimento das águas dos rios, lagos e reservatórios. A falta de recursos financeiros nos países em desenvolvimento tem agravado esse problema, pela impossibilidade da aplicação de medidas corretivas para reverter a situação. As disponibilidades de água doce na natureza são limitadas pelo alto custo da sua obtenção nas formas menos convencionais, como é o caso da água do mar e das águas subterrâneas. Deve ser, portanto, da maior prioridade, a preservação, o controle e a utilização racional das águas doces superficiais. A boa gestão da água deve ser objeto de um plano que contemple os múltiplos usos desse recurso, desenvolvendo e aperfeiçoando as técnicas de utilização, tratamento e recuperação de nossos mananciais. A poluição das águas é gerada por:
• efluentes domésticos (poluentes orgânicos biodegradáveis, nutrientes e bactérias); • efluentes industriais (poluentes orgânicos e inorgânicos, dependendo da atividade
industrial); • carga difusa urbana e agrícola (poluentes advindos da drenagem destas áreas:
fertilizantes, defensivos agrícolas, fezes de animais e material em suspensão).
52
Dentre os parâmetros físico-químicos e microbiológicos que caracterizam a qualidade das águas, a CETESB selecionou 35 com base na sua alta representatividade, e que são amostrados na Rede de Monitoramento. Ressalta-se que nos pontos de amostragem da Rede de Monitoramento coincidentes com captações utilizadas para o abastecimento público, são também levantados parâmetros específicos tais como: Teste de Ames (para avaliação de mutagenicidade), potencial de formação de THMs, absorbância no UV, Carbono orgânico dissolvido, Giardia / Cryptosporidium, Clostridium e Estreptococos fecais. São realizadas amostragens bimestrais, a fim de se observar as variações que ocorrem, ao longo do ano, na qualidade das águas doces, em função, não só das atividades humanas, mas também das variações climáticas.
Texto 1: Poluição das águas dos e de reservatórios Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/informacoes.asp
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA
1. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. 2. A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida e de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceder como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado no Art. 3º de Declaração Universal dos Direitos Humanos. 3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo a água deve ser manipulada com racionalidade, preocupação e parcimônia. 4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente, para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos por onde os ciclos começam. 5. A água não é somente uma herança dos nossos predecessores, ela é sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do Homem para as gerações presentes e futuras. 6. A água não é uma doação gratuita da natureza, ela tem um valor econômico: é preciso saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. 7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e diascernimento, para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração de qualidade das reservas atualmente disponíveis.
53
8. A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo Homem nem pelo Estado. 9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. 10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Texto 2: Declaração Universal dos Direitos a Água
Fonte: Universidade das águas www.uniagua.org.br
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54
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TUNDISI, José Galizia. A água no século XXI – Enfrentando a Escassez. São
Paulo: Editora Rima, 2003.
WALDMAN, Maurício. Recursos Hídricos e a Rede Urbana Mundial. Disponível
em: (www.mw.pro.br). Acesso em: 20/05/2012
WEBGRAFIA
WWW.revistasdasaguas.
www.diariopopular.com.br
www.agua/oriscodaescassez
http://www.agsolve.com.br/noticia.php?cod=4251
http://www.inma.org.br/site/desenvolvimento-e-meio-ambiente/128-novo-
projeto.html
FIGURAS DO ANEXO
http://www.uniagua.org.br/public_html/website/default.asp?tp=3&pag=dicas.htm
http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/informacoes.asp
56
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA OS SERES VIVOS
10
1.1- O difícil acesso aos recursos hídricos 10
1.2- Recursos hídrico mundial 11
1.3- Recursos hídrico brasileiro 13
57
CAPÍTULO II
IMPACTOS CAUSADOS PELA AÇÃO HUMANA 17
2.1- Desmatamento 17
2.2- Contaminações das águas 19
2.3- Desperdícios de água 23
CAPÍTULO III
O MÉRITO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRESERVAÇÃO DOS
RECURSOS HÍDRICOS 26
3.1- Educação Ambiental 26
3.2- A colaboração da Educação Ambiental na conscientização
humana 28
3.3- A educação ambiental na gestão pública 30
3.4- Atitudes Sustentáveis 32
3.4.1- Participação da comunidade nos projetos ambientais 34
3.5- Diagnóstico da pesquisa 38
CONCLUSÃO 42
ANEXOS 45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 53
ÍNDICE 56
58
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA UTILIZAÇÃO
CONSCIENTE DOS RECURSOS HÍDRICOS VISANDO SUA
PRESERVAÇÃO
Autora: Elaine Maria Francisco de Araujo
Data da entrega: _____/_____/______
Avaliado por: Prof. Maria Ester Conceito:___________