UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL – DEC
ROGÉRIO ZENHITI ARAKAKI
SEGURANÇA DO TRABALHO EM EDIFICAÇÕES PREDIAIS DE
CONCRETO ARMADO SEGUNDO A NR-18
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Engenharia Civil
do Centro de Ciências Tecnológicas da
Universidade do Estado de Santa Catarina
para obtenção do Grau de Engenheiro Civil
Orientador: Prof. Ivo Hamilton Persike
JOINVILLE
2011
ROGÉRIO ZENHITI ARAKAKI
SEGURANÇA DO TRABALHO EM EDIFICAÇÕES PREDIAIS DE
CONCRETO ARMADO SEGUNDO A NR-18
Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do
grau de Engenheiro Civil do Centro de Ciências Tecnológicas da Universidade do
Estado de Santa Catarina.
Banca Examinadora:
Orientador:..............................................................
Prof. Ivo Hamilton Persike
UDESC – Joinville
Membro:..................................................................
Prof. Roberto Busch
UDESC – Joinville
Membro:..................................................................
Prof. Marcio Luiz Gern
UDESC – Joinville
JOINVILLE, 14/06/2011
Ao meu pai Zensho Arakaki,
minha mãe Izaura
e meus irmãos,
Rafaela e Daniel.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela benção das oportunidades de aprendizado da vida.
Aos meus pais, por estarem sempre me apoiando e confiando em todos os
momentos neste período da faculdade e serem os maiores responsáveis pela minha
formação.
A minha irmã, Rafaela, por me ajudar nos momentos mais difíceis com seus
conselhos e experiência.
Ao meu irmão, Daniel que tenho, não apenas como um simples irmão, mas
como um melhor amigo.
Aos meus amigos de Sorocaba Marco, Tiago e Fernando pelo
companheirismo.
A todos os meus amigos de faculdade, que sempre me apoiaram e me
ajudaram nos estudos.
Aos meus amigos “brothers” Camila, Heloísa e Filipe pelo companheirismo,
convívio e paciência no inesquecível intercâmbio de estudos, em Portugal.
Ao meu professor orientador, Ivo Hamilton Persike, por todo auxílio na
realização deste trabalho de graduação.
A equipe da CEREST, em especial a Vânia, pelas informações cedidas que
foram de grande importância para o desenvolvimento do trabalho.
A todos os professores e a UDESC pela contribuição à minha formação, pelos
conhecimentos adquiridos e oportunidades oferecidas durantes todos esses anos.
Ao Eng. Civil Roberto Antônio de Araújo Silva e ao Sr. Rossi pela
oportunidade de estágio e confiança.
A todas as pessoas que passaram pela minha vida durante esta etapa, seja
em curta ou longa duração, mas o suficiente para aprender algo com a convivência.
“Quando fazemos a coisa certa, nos sentimos bem, não
só por termos colaborado com o nosso bem estar, mas
também com o dos outros. Segurança é uma questão de
educação.”
Lisa, Rio Grande do Sul, junho de 2006
RESUMO
O mercado da construção civil no Brasil tem crescido gradativamente em várias regiões. Com isso, a demanda de mão-de-obra tem aumentado constantemente neste meio, sendo eles, pedreiros, carpinteiros, pintores, mestres de obra, engenheiros, entre outros. Por este motivo, o número de acidentes de trabalho cresce proporcionalmente à construção. Com a criação das Normas Regulamentadoras NR-18, que tem como objetivo dar melhores condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e que estabelece diretrizes de ordem administrativas, de planejamento e organização, foi possível minimizar consideravelmente os incidentes negativos nas obras com os trabalhadores. No entanto, nem todas as empresas ligadas a construção, seguem corretamente a norma. Determinada na legislação federal, estadual e/ou municipal, os empregadores devem obrigatoriamente cumprir a norma, podendo resultar em penalidades concedidas pela fiscalização já existente em grandes cidades. Na cidade de Joinville por exemplo, existe o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador criado exclusivamente para fiscalizar as condições de ambiente e de trabalho, que engloba desde os equipamentos usados pelos empregados até as condições do canteiro de obras.
PALAVRAS CHAVE: Segurança do Trabalho, Normas Regulamentadoras.
ABSTRACT
The construction market in Brazil has grown gradually in various regions. Thus, the
demand for manpower has constantly increased in this way, such as, masons,
carpenters, painters, construction foremen, engineers, and so on. Therefore, the
number of accidents increases proportionally to the construction.
With the creation of NR-18 regulatory norms, which aims to provide a better life and
working environment in the construction industry and providing guidelines for policy,
administrative, planning and organization, it was possible to greatly minimize any
adverse incident with workers. However, not all companies related to construction,
properly follow the norm.
Determined in the federal, state and / or municipal government, employers must keep
the norm. Otherwise, it may result in penalties provided by the existing surveillance in
large cities. In Joinville, for example, there is a center of excellence in worker health
created exclusively to supervise environmental conditions and work, which includes
from equipments used by employees until the conditions of the construction site.
KEYS WORDS: Security in the Work.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Exemplo de mesa para serra circular elétrica. .......................................... 22
Figura 2: Escada de mão simples com extensão e escada tesoura dupla. ............... 24
Figura 3: ilustração de guarda-corpo dentro dos padrões normativos. ..................... 25
Figura 4: Exemplo de bandeja de proteção instalada. ............................................. 26
Figura 5: Detalhes da badeja de proteção................................................................ 26
Figura 6: Modelo de elevador de materiais, elevador de cremalheira e grua. .......... 31
Figura 7: Andaime simplesmente apoiado. ............................................................... 32
Figura 8: Andaime fachadeiro e detalhes. ................................................................. 33
Figura 9: Andaime móvel........................................................................................... 33
Figura 10: Andaime em balanço. ............................................................................... 34
Figura 11: Andaime suspenso. .................................................................................. 35
Figura 12: Andaime suspenso motorizado. ............................................................... 36
Figura 13: Equipamentos de proteção individual. ...................................................... 39
Figura 14:Placas e elementos que contêm no sistema de proteção contra incêndio 40
Figura 15: Placas e elementos de sinalização. ......................................................... 41
Figura 16: Detalhes de tapume padronizado pela norma regulamentadora. ............. 42
Figura 17: Local de carpintaria. ................................................................................. 48
Figura 18:Banheiro. ................................................................................................... 49
Figura 19:Armazenamento de materiais - barras de aço........................................... 50
Figura 20: Local de armação de aço. ........................................................................ 51
Figura 21:Guarda-corpo. ........................................................................................... 52
Figura 22:Escada. ..................................................................................................... 53
Figura 23: Concretagem. ........................................................................................... 54
Figura 24: Espera de pilares. .................................................................................... 55
LISTA DE ABREVIATURAS
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica
CEREST - Centro de Referência em Saúde do Trabalhador
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Agronomia
DOU – Diário Oficial da União
EPI - Equipamento de Proteção Individual
MTb - Ministério do Trabalho
NR - Norma Regulamentadora
OMS - Organização Mundial da Saúde
PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção
RENAST - Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 14
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 14
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 14
1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................................ 14
1.3 HISTÓRICO ........................................................................................................ 15
1.3.1 História da segurança do trabalho no mundo ................................................... 15
1.3.2 História da segurança do trabalho no Brasil ..................................................... 16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 17
2.1 NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ......................................................................................................... 17
2.1.1 Objetivo e campo de aplicação ........................................................................ 17
2.1.2 Comunicação prévia ......................................................................................... 18
2.1.3 Programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção - PCMAT ................................................................................................. 18
2.1.4 Áreas de vivência ............................................................................................. 18
2.1.5 Demolição ........................................................................................................ 19
2.1.6 Escavações, fundações e desmonte de rochas ............................................... 20
2.1.7 Carpintaria ........................................................................................................ 21
2.1.8 Armações de aço.............................................................................................. 22
2.1.9 Estruturas de concreto ..................................................................................... 23
2.1.10 Escadas, rampas e passarelas....................................................................... 23
2.1.11 Medidas de proteção contra quedas de altura ............................................... 24
2.1.12 Movimentação e transporte de materiais e pessoas ...................................... 27
2.1.13 Andaimes ....................................................................................................... 31
2.1.14 Alvenaria, revestimento e acabamento .......................................................... 36
2.1.15 Telhados e coberturas .................................................................................... 36
2.1.16 Instalações elétricas ....................................................................................... 37
2.1.17 Equipamentos de proteção individual ............................................................. 38
2.1.18 Proteção contra incêndio ................................................................................ 39
2.1.19 Sinalização de segurança .............................................................................. 40
2.1.20 Ordem e limpeza ............................................................................................ 41
2.1.21 Tapumes ou galerias ...................................................................................... 41
2.1.22 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA nas empresas da indústria da construção ............................................................................................. 42
3 ESTUDO DE CASO ............................................................................................... 44
3.1 FISCALIZAÇÃO NAS OBRAS DA CIDADE DE JOINVILLE E REGIÃO ............. 44
3.1.1 CEREST – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador .......................... 44
3.1.1.1 Vigilância dos ambientes de trabalho ............................................................ 45
3.1.1.2 Atenção à Saúde do Trabalhador .................................................................. 45
3.1.1.3 Estudos e pesquisas ..................................................................................... 45
3.1.1.4 Capacitação .................................................................................................. 46
3.1.2 Visita ao CEREST ............................................................................................ 46
3.2 CONFORMIDADES E DESCONFORMIDADES COM AS NORMAS REGULAMENTADORAS .......................................................................................... 47
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 57
ANEXOS....................................................................................................................59
ANEXO A....................................................................................................................59
ANEXO B....................................................................................................................62
13
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, a concorrência no mercado vem crescendo em todos os setores
de todas as áreas. As empresas procuram se destacar umas das outras de algum
modo e, um deles, é a qualidade do produto.
Qualidade é uma exigência com a qual as empresas convivem diariamente.
Os consumidores estão cada vez mais cientes dos seus direitos e já não selecionam
um produto ou serviço apenas pelo critério de custo. Esta exigência tornou-se fator
crucial numa decisão de compra e, constitui grande diferencial entre as empresas.
As empresas, tendo essa visão da atitude do consumidor, tiveram iniciativa de
modificar certos setores internos para buscar a preferência do mesmo. Porém,
pecam quando não fazem uma interação entre estes objetivos e um eficiente
programa de segurança.
Não pode existir qualidade onde não há segurança no trabalho. A qualidade
de uma empresa depende, primordialmente, dos seus recursos humanos e, levando
em consideração que o medo é uma das emoções mais fortes, é inconcebível
pensar que o operário possa desempenhar suas funções de maneira satisfatória em
um ambiente que não lhe garanta segurança.
A partir de dados elaborados pela UNESCO, através da análise de 13.000
profissões registradas em diversos países, constatou-se que os operários da
construção civil estão entre as doze classes mais sujeitas a acidentes de trabalho.
(GROHMANN, sd)
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a
Legislação de Segurança do Trabalho compões-se de Normas
Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis
complementares, como portarias e decretos e também as convenções
Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo
Brasil e muitas outras leis e normas, muitas vezes internacionais, mas
permitindo o seu estudo e aplicação dentro Da Segurança do Trabalho.
(ARAÚJO, 2008, p. 02).
14
1.1 JUSTIFICATIVA
Nos ambientes de trabalho da construção civil ainda encontramos muitas
dúvidas quanto às exigências das normas regulamentadoras, sendo os engenheiros,
muitas vezes surpreendidos pelos fiscais da Segurança do Trabalho e surpresos por
tais especificações de prevenção, seja de equipamentos e máquinas ou de locais de
trabalho. Dúvidas também, no modo em que o Órgão do município trabalha, sobre
as prioridades de prevenção, considerações existentes nas obras, embargos,
autuações, entre outras.
Dificilmente encontramos trabalhadores conscientes da importância do uso de
equipamentos de proteção individual. Aplicando o conhecimento mais aprofundado
ao engenheiro ou responsável pela obra, pode-se assim, ser repassado a todos os
empregados sujeitos aos acidentes.
1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral
O objetivo principal deste trabalho é apresentar com clareza a importância
das Normas Regulamentadoras aplicadas em uma edificação predial, com foco na
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção,
mostrando os principais equipamentos de proteção, sinalização e prevenção,
fazendo com que a leitura forneça um maior conhecimento da Segurança do
Trabalho, colocando em prática no dia a dia dos funcionários e, evitando assim,
punições aos empregadores e acidentes de trabalho aos empregados.
1.2.2 Objetivos específicos
- Promover maior conhecimento da NR 18;
- Conscientizar empregados e empregadores sobre o assunto;
- Usar o trabalho para consultas rápidas e tirar todas as dúvida sobre a NR 18
com praticidade.
15
1.3 HISTÓRICO
1.3.1 História da segurança do trabalho no mundo
Foi no Egito, onde encontraram a informação mais antiga sobre segurança do
trabalho, no qual o papiro Anastacius V fala sobre a preservação da saúde e da vida
do trabalhador e descreve as condições de trabalho de um pedreiro. E em 2360 a.C.,
houve uma revolta dos trabalhadores de uma mina de cobre devido às péssimas
condições de trabalho, fazendo com que o faraó tomasse providências para melhoria
das condições de vida dos escravos.
Os pioneiros do estabelecimento de medidas de prevenção de acidentes
foram Plínio e Rotário, durante o Império Romano, que para evitar que os
trabalhadores respirassem poeira metálica, foi recomendado o uso de máscaras pela
primeira vez.
Em 1760, Bernardino Ramazzini destacou-se como sistematizador de todos
os conhecimentos acumulados sobre segurança, transmitindo-os aos responsáveis
pelo bem-estar social dos trabalhadores da época na obra intitulada “De Morbis
Artificum”. Logo depois, em 1779, Pietro Verri fundou a primeira sociedade
filantrópica visando o bem-estar do trabalhador e, neste mesmo ano, na Academia
de Medicina da França, já constava em seus anais um trabalho sobre as causas e
prevenções de acidentes.
Os comitês de segurança e higiene surgiram na África, Ásia, Austrália e
América Latina, logo após a fundação da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), em 1919.
No ano de 1948, foi criada a OMS – Organização Mundial da Saúde e
também foi aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas a Declaração
Universal dos Direitos Humanos do Homem que constitui uma fonte de princípios na
aplicação das normas jurídicas, contendo limitação de horas de trabalho, direito a
férias periódicas remuneradas, condições justas e favoráveis de trabalho e a
proteção contra ao desemprego.
16
1.3.2 História da segurança do trabalho no Brasil
O Brasil foi detentor do título de campeão mundial de acidentes de trabalho
no início da década de 70. O Ministério do Trabalho e Emprego regulamenta, pelo
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, antes chamado de Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho, os artigos contidos na CLT – Consolidação das
Leis do Trabalho, por meio da Portaria nº3.214/78, na qual a publicação desta, se
estabelece a concepção de saúde ocupacional, criando vinte e oito Normas
Regulamentadoras – NRs, no ano de 1977.
Eventos organizados nos anos seguintes, como por exemplo a Semana de
Saúde do Trabalhador, promovida pela Comissão Intersindical de Saúde do
Trabalhador, enfatizaram a eliminação do risco de acidentes, da insalubridade ao
lado do movimento das campanhas salariais.
Com a Constituição de 1988 surge o marco principal da etapa de saúde do
trabalhador no nosso ordenamento jurídico, que por meio de normas de saúde,
higiene e segurança, estava garantida a redução dos riscos inerentes ao trabalho e
ratificadas as Convenções 155 e 161 da OIT, que também regulamentam ações para
a preservação da Saúde e dos Serviços de Saúde do Trabalhador.
A proteção à saúde do trabalhador fundamenta-se, constitucionalmente, na
tutela “da vida com dignidade”, e tem como objetivo primordial a redução do risco de
doença, como exemplifica o art. 7º, inciso XXII. Posteriormente, o Ministério do
Trabalho, por meio da Portaria nº 3.067, de 12.04.88, aprovou as cinco Normas
Regulamentadoras Rurais vigentes.
A Portaria SSST nº 53, de 17.12.97, aprovou a NR 29 - Norma
Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário. Agindo com
tripartição, o Ministério do Trabalho e Emprego, divulga para consulta pública a
Portaria SIT/SST nº 19 de 08.08.01, publicada no DOU de 13.08.01, para a criação
da NR nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho
Aquaviário. E, em 06.11.02 foi publicada no DOU a Portaria nº 30, de 22.10.02, da
Secretaria de Inspeção do Trabalho, do MTE, divulgando para consulta pública
proposta de texto de criação da Norma Regulamentadora Nº 31 -Segurança e Saúde
nos Trabalhos em Espaços Confinados, modificada posteriormente, para a Nº 33.
Hoje, temos como a Norma Regulamentadora Nº 31 – Segurança e Saúde no
Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura e a
17
Norma Regulamentadora Nº 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de
Saúde. E em 21 de janeiro de 2011 foi criada a Norma Regulamentadora sobre
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria Naval (NR-34) disponibilizada
em Consulta Pública pela Portaria SIT n.º 182, de 30/04/2010 para coleta de
sugestões da sociedade, em conformidade com a Portaria GM n.º 1.127, de 02 de
outubro de 2003.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
2.1.1 Objetivo e campo de aplicação
Esta norma tem o objetivo de estabelecer diretrizes de ordem administrativa,
de planejamento de organização, na qual implementam medidas de controle e
sistemas preventivos de segurança de todo ambiente de trabalho na Indústria da
Construção (ATLAS, 2008).
Em seu campo de aplicação, encontram-se as atividades da Indústria da
Construção, especificadas no Quadro I, Código da Atividade Específica, da NR 4 –
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e
as atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza, e manutenção de
edifícios em geral, independente do tamanho ou tipo de construção, incluindo
também, manutenção de obras de urbanização e paisagismo (ATLAS, 2008).
18
Os empregadores devem obrigatoriamente cumprir as disposições relativas
às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal,
estadual e/ou municipal (ATLAS, 2008).
2.1.2 Comunicação prévia
Antes do início das atividades, é obrigatório a comunicação à Delegacia
Regional do Trabalho, informando o endereço e tipo da obra, qualificação do
contratante, empregador ou condomínio, previsão das datas de início e conclusão da
obra e número máximo previsto de trabalhadores (ATLAS, 2008).
2.1.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da construção - PCMAT
Os estabelecimentos com 20 (vinte) ou mais trabalhadores devem,
obrigatoriamente, cumprir as exigências do PCMAT contidas na NR 9 – Programa de
Prevenção e Riscos Ambientais, devendo mantê-la à disposição do órgão regional
do Ministério do Trabalho (MTb) e ser elaborado e executado por um profissional
legalmente habilitado na área de segurança do trabalho. A responsabilidade da
implementação do PCMAT é do empregador ou condomínio (ATLAS, 2008).
Os documentos necessários que compões o PCMAT são: memorial sobre as
condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações considerando
riscos de acidentes e possíveis doenças, juntamente com as medidas preventivas.
Projeto de execução e especificação técnica das proteções coletivas e individuais;
cronograma de implantação das medidas preventivas; layout inicial do canteiro da
obra com previsão de dimensionamento das áreas de vivência; programa educativo
contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com
sua carga horária (ATLAS, 2008).
2.1.4 Áreas de vivência
Nos canteiros de obras, devem estar à disposição dos trabalhadores os itens:
- instalações sanitárias: manter um bom estado de conservação e higiene; ter portas
de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o
19
resguardo conveniente; ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de
madeira; ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante; não
estar em contato direto com os locais destinados às refeições; ser independente
para homens e mulheres quando necessário; ter ventilação, iluminação e instalações
elétricas adequadas; ter pé-direito mínimo de 2,50 metros ou respeitar o que
determina o Código de Obras do município da obra; estar localizadas em pontos de
fácil e seguro acesso, com uma distância máxima permitida de 150 metros do posto
de trabalho as instalações sanitárias (ATLAS, 2008).
Na instalação sanitária deve constituir um conjunto de lavatório, vaso sanitário
e mictório para cada 20 (vinte) trabalhadores, assim como de chuveiro, na proporção
de uma unidade para cada 10 (dez) trabalhadores (ATLAS, 2008).
Para cada item do conjunto das instalações sanitárias, deve obedecer aos
requisitos quanto ao tipo de material, área mínima, altura, espaçamento, instalações
de rede de esgoto e eletricidade. Estas exigências também servem para os
vestiários, além de bancos em número suficiente para atender aos usuários com
suas respectivas dimensões mínimas, camas e armários individuais, sendo proibido
cozinhar e/ou aquecer qualquer tipo de refeição no interior e a permanência de
pessoas com moléstia infecto-contagiosa nos alojamentos (ATLAS, 2008).
- Refeitório, cozinha e lavanderia: devem atender os requisitos quanto ao tipo de
material nas alvenarias e acabamento, conforto térmico, iluminação, higiene,
instalações de rede de água e esgoto e todos os equipamentos necessários para os
trabalhadores da cozinha, como avental e gorro, por exemplo (ATLAS, 2008).
- Área de lazer: deve ser previsto locais para recreação para os trabalhadores,
podendo este, ser utilizado o local das refeições (ATLAS, 2008).
2.1.5 Demolição
Para os locais onde haja demolição, as linhas de fornecimento de energia
elétrica, água, líquidos inflamáveis e gases liquefeitos, substâncias tóxicas,
canalização de esgoto e de escoamento de água devem ser desligadas, retiradas,
protegidas ou isoladas antes do início da execução (ATLAS, 2008).
Antes de qualquer demolição, as construções vizinhas devem ser examinadas
e acompanhadas durante a atividade afim de manter a estabilidade e integridade
física de terceiros. Deve também, ser programada e habilitada por profissional
20
legalmente habilitado, respeitando as normas de segurança, mantendo as escadas
livres para circulação de emergência até que sejam retirados os materiais do
pavimento superior, removendo objetos pesados e volumosos com máquinas
apropriadas, removendo entulhos por calhas com inclinação máxima de 45º e,
quando removidas por gravidade, não abandonar os elementos de construção em
posição que torne possível o seu desabamento, mantendo os materiais da
edificação umedecidos durante a demolição e remoção. As paredes podem ser
demolidas somente antes da estrutura, quando esta for metálica ou de concreto
armado (ATLAS, 2008).
2.1.6 Escavações, fundações e desmonte de rochas
Antes do início das atividades, a área de trabalho deve ser limpa, retirando ou
escorando materiais e objetos de qualquer natureza quando houver risco de
comprometimento de sua estabilidade durante a execução dos serviços, incluindo
muros e edificações vizinhas, sempre acompanhados por algum responsável técnico
legalmente habilitado. O material retirado das escavações deve ser depositado a
uma distância superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do
talude (ATLAS, 2008).
Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25 metro
e taludes com altura superior a 1,75 metro, devem ter estabilidade garantida. Nos
casos que no terreno haja algum cabo subterrâneo de energia elétrica, as
escavações poderão ser iniciadas apenas quando o cabo for desligado ou seja
tomado alguma providencia para que não danifique-o. Se houver possibilidade de
vazamento de gás ou infiltração, o local deve ser ventilado e monitorado, como
sistema de alarme sonoro e visual para segurança. Deve haver sinalização nas
escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras e nos acessos de
trabalhadores, veículos e equipamentos (ATLAS, 2008).
Para execução de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, deve haver
um blaster responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento
das minas, ordem de fogo, detonação, retirada das que não explodiram, local
apropriado para as sobras de explosivos e pelos dispositivos elétricos necessários
às detonações e alarme sonoro nas detonações (ATLAS, 2008).
21
Para execução de tubulões a céu aberto, aplicam-se as disposições
constantes no item 18.20 – Locais Confinados, da NR 18. A exigência de
escoramento fica na responsabilidade do engenheiro especializado em fundações. É
necessário o estudo geotécnico e sondagem do local para alargamento ou abertura
manual de base e execução de taludes e para profundidade superior a 3 metros.
Deve haver um sistema de segurança com travamento nas atividades com o
equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais (ATLAS, 2008).
2.1.7 Carpintaria
O manuseio das máquinas e equipamentos utilizados nas atividades de
carpintaria, somente devem ser realizadas por trabalhador qualificado nos termos
desta NR. Para maior segurança e o bom rendimento do trabalho, a serra circular
deve atender algumas disposições, como: ter mesa estável, com fechamento de
duas faces inferiores, anterior e posterior, construída em madeira resistente e de
primeira qualidade, material metálico ou de resistência equivalente, sem
irregularidades, com dimensionamento suficiente para a execução de tarefas; ter a
carcaça do motor aterrado eletricamente; manter o disco afiado e travado,
substituindo-o quando apresentar algum dano como dentes quebrados, trincas ou
empenamento; as transmissões de força mecânica devem estar protegidas
obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser retirados de
modo algum, durante a execução dos trabalhos; ser provida de coifa protetora do
disco e cutelo divisor, com identificação do fabricante e coletor de serragem; deve
haver guia de alinhamento e dispositivo empurrador (ATLAS, 2008).
No local da carpintaria é necessário ter piso resistente, nivelado e com
antiderrapante, com cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra
intempéries e quedas de materiais, além de ter proteção nas lâmpadas de
iluminação contra impactos provenientes da projeção de partículas (ATLAS, 2008).
22
Figura 1: Exemplo de mesa para serra circular elétrica. Fonte: http://www.reislocacoes.com.br, 2008.
2.1.8 Armações de aço
O serviço de dobragem e cortes de aço devem ser feitos em locais que
transmitam segurança, com bancadas ou plataformas estáveis e apropriadas,
apoiadas sobre superfície resistente, niveladas e não-escorregadias, afastada de
circulação de trabalhadores, com a mesma cobertura e proteção das lâmpadas de
iluminação do local de carpintaria (ATLAS, 2008).
É obrigatória a existência de proteção nas pontas verticais de vergalhões de
aço, o uso de pranchas de madeira firmemente apoiadas sobre as armações nas
formas para a circulação de operários e apoios e escoras para as armações de vigas,
pilares ou outras estruturas verticais com o objetivo de evitar o tombamento e
desmoronamento. É necessário também o isolamento da área no momento da
descarga de vergalhões de aço na obra (ATLAS, 2008).
23
2.1.9 Estruturas de concreto
As formas das estruturas de concreto devem ser projetadas e montadas de
modo que resistam às cargas máximas. Na desforma, a queda livre de seções das
formas e escoramento devem ser impedidas, sendo obrigatória a amarração das
peças e isolamento e sinalização ao nível do terreno. As armações dos pilares
devem ser estaiadas ou escoradas antes do cimbramento. Os vibradores de imersão
e de placas devem ter dupla isolação e os cabos elétricos serem protegidos contra
choques mecânicos e cortes pela ferragem (ATLAS, 2008).
O uso de formas deslizantes, suportes e escoras de formas, dispositivos e
equipamentos usados em protensão e peças, e máquinas do sistema transportador
do concreto, devem ser supervisionados ou inspecionados por uma pessoa
legalmente habilitada ao serviço (ATLAS, 2008).
Para evitar acidentes, deve permanecer somente a equipe de concretagem no
local durante a execução do serviço e não esquecer dos dispositivos de segurança
que impedem o descarregamento acidental nas caçambas transportadoras de
concreto (ATLAS, 2008).
2.1.10 Escadas, rampas e passarelas
Sempre deve haver corrimão e rodapé nas escadas, rampas e passarelas. A
madeira usada para a construção destas deve ser de boa qualidade. As rampas e
escadas devem ser providenciadas nos casos quando há transposição de pisos com
diferença de nível superior a 0,40 metros para a circulação de trabalhadores (ATLAS,
2008).
A dimensão das escadas provisórias depende do fluxo de trabalhadores,
devendo respeitar a largura mínima de 0,80 metros e um patamar intermediário a
cada 2,90 metros de altura, com a mesma largura da escada (ATLAS, 2008).
Nas escadas de mão, a altura máxima deve ser de 7,0 metros de extensão,
com espaçamento entre os degraus de 0,25 metros a 0,30 metros e uniforme, sendo
proibido utilizá-la nas proximidades de portas, aberturas, vãos ou áreas de
circulação. Não utilizá-la junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos e
onde houver risco de queda de objetos. Ainda devem ultrapassar em 1,00 metro o
piso superior, ser fixada nos pisos inferior e superior ou ser dotada de dispositivo
24
para que não escorregue, ter degraus antiderrapantes e ser apoiada em piso
resistente. Outros tipos de escadas (de abrir, fixa e extensível) também devem
atender as normas de segurança, quanto a dimensão, local de uso e suas limitações
(ATLAS, 2008).
As rampas provisórias devem estar fixadas nos dois pisos, ter inclinação de
no máximo 30° em relação ao piso, sendo que para inclinações superiores a 18°,
devem ser fixadas peças transversais, espaçadas em 0,40 metros para apoio dos
pés. Nas rampas de passagem de caminhões, devem ter largura mínima de 4,00
metros (ATLAS, 2008).
Figura 2: Escada de mão simples com extensão e escada tesoura dupla. Fonte: http://www.dalmoro.com.br/produtos, 2007.
2.1.11 Medidas de proteção contra quedas de altura
Em todas as situações em que o trabalhador se encontrar em risco de queda
ou situações de risco de projeção de materiais, é obrigatória a instalação de
proteção coletiva resistente, incluindo aberturas no piso que, em caso de transporte
vertical, deve fixar guarda-corpo no ponto de entrada e saída de materiais, com
sistema de fechamento do tipo cancela ou similar de 1,20 metros de altura no
mínimo e fixado à estrutura (ATLAS, 2008).
No perímetro do prédio, quando a proteção contra quedas de altura for
constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé, deve
obedecer alguns requisitos como: altura de 1,20 metros para o travessão superior e
0,70 metros para o inferior; rodapé com 0,20 metros de altura; ter os vãos entre as
25
travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento
seguro da abertura (ATLAS, 2008).
Figura 3: ilustração de guarda-corpo dentro dos padrões normativos. Fonte: http://www.teleresponde.com.br/guarda_corpo.jpg, 2009.
Nos edifícios com mais de 4 pavimentos ou altura equivalente, deve-se
instalar uma plataforma na altura do pé-direito acima do nível do terreno no mínimo,
logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada apenas quando o
revestimento externo do prédio acima desta plataforma estiver concluída. As
dimensões desta plataforma devem ser de 2,50 metros de proteção horizontal da
face externa da construção e um complemento de 0,80 metros de extensão, com
inclinação de 45° a partir da sua extremidade e acima dela, devem ser instaladas
plataformas secundárias, em balanço de no mínimo 1,40 metros de extensão e 0,80
metros de extensão em seu complemento, de 3 em 3 lajes consecutivas e com a
mesma inclinação da plataforma principal. Estas plataformas devem ser fechadas
com tela instalada entre as extremidades de 2 plataformas, podendo ser retirada
quando a vedação da periferia, até a plataforma seguinte estiver concluída. A tela
deve ser constituída de barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas
(ATLAS, 2008).
Nos edifícios com pavimentos no subsolo, deve ser instaladas plataformas
terciárias com as mesmas dimensões da principal, porém com 2,20 metros de
projeção horizontal da face externa (ATLAS, 2008).
26
Figura 4: Exemplo de bandeja de proteção instalada. Fonte: http://bandejadeprotecao.blogspot.com, 2010
Figura 5: Detalhes da badeja de proteção. Fonte: http://bandejadeprotecao.blogspot.com, 2010.
Existem as redes de segurança como alternativa para utilizar no lugar das
plataformas secundárias, confeccionadas em cor visivelmente destacada,
preferencialmente escura, em cordéis 30/45, com distância entre nós de 0,04 metros
a 0,06 metros e altura mínima de 10,0 metros. Pode ser instalado Sistema Limitador
de Quedas de Altura, composto, obrigatoriamente, pelos seguintes elementos:
cordas de sustentação ou amarração e perimétrica da rede com diâmetro mínimo de
16 milímetros e carga de ruptura de 30KN (já incluso o fator de segurança no
cálculo); conjunto de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede
27
compostos de elemento forca, grampos de fixação e ganchos de ancoragem da rede
na parte inferior (ATLAS, 2008).
O Sistema Limitador de Quedas de Altura deve ser submetido a uma
inspeção semanal e suas dimensões devem ter, pelo menos, 2,50 metros de
projeção horizontal a partir da face externa da construção. Na parte inferior, a rede
deve permanecer o mais próximo possível do plano de trabalho. Entre a parte
inferior e a superfície de trabalho deve haver uma altura máxima de 6,0 metros e na
extremidade superior, deve estar situada à 1,0 metro acima da superfície de trabalho.
Nas ocasiões que seja necessário emendas na penagem da rede, as características
do material devem ser as mesmas da original em termos de resistência a tração,
deformação e durabilidade, sendo executadas por profissional qualificado e
especialista em redes. A ancoragem da rede deve estar à uma distância de no
máximo 0,10 metros da face do edifício e na parte inferior, no máximo a cada 0,50
metros (ATLAS, 2008).
As etapas de montagem, deslocamento e desmontagem, devem ser
supervisionadas por um responsável técnico. O depósito dos elementos de
sustentação do Sistema Limitador de Quedas de Altura e seus acessórios devem ser
em ambientes adequados e protegidos contra deterioração. O projeto deve atender
as especificações de dimensão prevista na NR, integrado ao PCMAT (ATLAS, 2008).
2.1.12 Movimentação e transporte de materiais e pessoas
Os equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas, a
montagem e desmontagem, a manutenção, a vistoria dos equipamentos de guindar
e transportar (com relação a capacidade de carga, altura de elevação e estado de
conservação) e as manobras de movimentação, devem ser executados,
supervisionados ou dimensionados por profissionais legalmente habilitados ou por
trabalhador qualificado na sua respectiva função (ATLAS, 2008).
Existem vários cuidados a serem tomados para evitar quaisquer acidentes,
como: proibir a circulação de pessoas não autorizadas nas áreas de movimentação
de carga, isolando e sinalizando-as; sinalização sonora ou visual para casos em que
o local da concretagem não seja visível pelo operador ou comunicação via rádio ou
telefone; precauções contra rajadas de vento quando perfis de grande superfície são
28
içados e quanto à movimentação de máquinas próximo à rede elétrica; no
levantamento manual ou semi-mecanizado, o trabalhador não deve exceder sua
capacidade de força (NR-17 – Ergonomia); proibir o transporte de pessoas por
equipamentos de guindar apenas materiais; os guinchos de coluna devem conter
dispositivos próprios para sua fixação e o tambor deve estar nivelado para garantir o
enrolamento adequado do cabo de aço que deve dar 6 voltas no tambor, na qual, a
distância entre eixos deste para a roldana deve estar entre 2,50 metros à 3,00
metros (ATLAS, 2008).
Cuidados semelhantes devem ser tomados para as torres de elevadores,
porém: devem ser dimensionadas em função das cargas que serão carregadas; nas
torres de madeira, o material deve ser de boa qualidade e conter a Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) de projeto e execução; devem ser montadas o
mais próximo possível da edificação; a base de instalação deve ser única, de
concreto, nivelada e rígida, tanto para a torre quanto para o guincho; no caso das
caçambas, são necessários dispositivos para que ela se mantenha em equilíbrio; o
estaiamento ou fixação das torres à estrutura da edificação devem ser a cada laje ou
pavimento; a distância entre o topo da torre até a viga superior da cabina, após a
última parada, deve ser de 4,00 metros; devem ter montantes posteriores estaiados
por cabo de aço a cada 6,00 metros, exceto nos casos da estrutura for tubular ou
rígida, que podem ser dispensados; para evitar o tombamento da torre no sentido
contrário à edificação, o trecho acima da última laje deve ser mantido estaiado pelos
montantes posteriores, assim como as torres montadas exteriormente às
construções; a torre e o guincho devem ser aterrados eletricamente; deve haver uma
barreira nas entradas de acesso à torre de 1,80 metros de altura no mínimo, para
impedir que pessoas exponham alguma parte do seu corpo no interior; devem ter as
faces revestidas de tela de arame galvanizado ou material resistente no transporte
de materiais; as rampas de acesso à torre devem conter guarda-corpo e rodapé,
piso resistente, ser fixas à edificação e à torre, não ter inclinação descendente no
sentido da torre; deve conter indicação de carga máxima no interior; não é permitido
os transporte simultâneo de pessoas e materiais; sistema de frenagem automática
em situações de queda livre da cabina; sistema de trava de segurança para mantê-lo
parado em altura, além do freio motor; sistema de segurança eletromecânica no
limite superior, instalado à 2,00 metros abaixo da viga superior da torre; deve conter
29
interruptor de corrente para que só se movimente com as portas fechadas; devem
ser dotados de botão em cada pavimento para acionar lâmpada ou campainha junto
ao guincheiro com o objetivo de garantir a comunicação única; é obrigatória a
instalação de, pelo menos, um elevador de passageiros para edificações em
construção de 12 pavimentos ou altura equivalente, a partir da execução da 7ª laje,
cujo canteiro possua 30 trabalhadores, pelo menos; passageiros são prioridade
sobre cargas ou materiais; deve haver um livro para que o operador registre
qualquer tipo de dano, reparo e inspeção; cabina do elevador automático de
passageiros, é necessário ter iluminação e ventilação natural ou artificial, além de
indicação do número máximo de passageiros e peso máximo equivalente (ATLAS,
2008).
Para o uso correto e seguro das gruas, deve-se seguir as seguintes regras: o
cabo de aço de levantamento de carga e a ponta da lança devem ficar a 3 metros,
no mínimo, de qualquer obstáculo, exceto objetos de análise técnica; ter
afastamento da rede elétrica; não utilizar para transporte de pessoas; no plano de
cargas, deverá ser previsto a área de cobertura da grua e interferências com áreas
além do limite da obra; o posicionamento da primeira ancoragem, assim como o
intervalo entre ancoragens posteriores, deve seguir as especificações do fabricante,
fornecedor ou empresa responsável pela montagem; deve ser elaborado um Termo
de Entrega Técnica prevendo a verificação operacional e de segurança e também
teste de carga, sempre respeitando os parâmetros indicados pelo fabricante; a
cabine da grua deve estar acoplada na parte giratória e sempre ser operada neste
local, exceto em gruas automontantes, projetos específicos ou operação assistida; é
vetado o trabalho sob intempéries ou outras condições desfavoráveis que exponham
os trabalhadores em risco; deve dispor de detector sonoro de ventos superiores a
42Km/h, e caso tenha essa ocorrência, o trabalho deve ser interrompido, exceto para
operação assistida; é proibida a operação com gruas em ocorrências de ventos com
velocidade acima de 72Km/h; a estrutura deve estar aterrada de acordo com a NBR
5410 e procedimentos da NBR 5419; nas gruas ascensionais, o sistema hidráulico
deverá ser operado fora da torre para operações de montagem, desmontagem e
telescopagem só poderão ser usadas quando as escadas de sustentação
dispuserem de sistema de fixação ou quadro-guia que garantam seu paralelismo; é
proibido arrastar peças, içar cargas inclinadas ou em diagonal ou potencial
30
ancoradas como desforma de elementos pré-moldados, içando somente quando as
partes estiverem totalmente desprendidas de qualquer ponto da estrutura ou solo; é
vetada a utilização de travas de segurança para bloqueio de movimentação da lança
quando a grua não estiver em funcionamento; em casos especiais, deverá ser
apresentado projeto específico com sua respectiva ART; deve dispor de limitador de
momento máximo, limitador de carga máxima para bloqueio do dispositivo de
elevação, limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades,
limitador de altura que permita frenagem segura para o moitão, limitador de giro
quando a grua não dispuser de coletor elétrico, limitador de curso para o movimento
de translação de gruas instaladas sobre trilhos e de movimento da lança para gruas
de lança móvel ou retrátil, alarme sonoro para o uso do operador em situações de
risco e alerta, bem como, acionamento automático ligados aos limitadores, placas
indicativas de carga admissível ao longo da lança, luz de obstáculo , trava de
segurança no gancho do moitão, cabos-guia para fixação do cabo de segurança
para acesso à torre, lança e contra-lança, anemômetro, dispositivo nas polias com a
função de impedir o escape dos cabos, proteção contra incidência de raios solares
para a cabine do operador, escadas fixas, guarda-corpo, corrimão e rodapé nas
transposições de superfície; trava-quedas para movimentação vertical na torre; a
empresa contratada deve ser registrada no CREA – Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura e Agronomia; os dispositivos auxiliares de içamento devem
dispor de maneira clara, quanto aos dados do fabricante e do responsável e ser
inspecionado pelo sinaleiro ou amarrador de cargas antes do uso; gruas com mais
de 20 anos que não tenham identificação do fabricante, deverá possuir laudo
estrutural e operacional quanto à integridade estrutural e eletromecânica, com
emissão de ART por engenheiro legalmente habilitado, sendo atualizado a cada 2
anos; é proibido a colocação de anúncios e publicidade na máquina, deve haver o
documento “Plano de Carga” contendo a implantação e a operacionalização de
equipamentos de guindar (ATLAS, 2008).
Os elevadores de cremalheira para o transporte de pessoas e materiais
deverão seguir às especificações do fabricante para montagem, operação,
manutenção e desmonte, sob a responsabilidade de profissional legalmente
habilitado. Os manuais de orientação do fabricante deverão estar à disposição no
canteiro de obra (ATLAS, 2008).
31
Figura 6: Modelo de elevador de materiais, elevador de cremalheira e grua. Fonte: http://www.faeco.pt, 2010.
http://www.logismarket.ind.br, 2010
http://www.elevadorbrasil.com, 2011.
2.1.13 Andaimes
Os andaimes devem ser dimensionados, montados e fixados de modo a
suportar, com segurança, as cargas de trabalho que estarão sujeitas, calculado e
supervisionado por profissional legalmente habilitado, contendo sistema de guarda-
corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo o perímetro, com exceção do lado
da face de trabalho. O piso de trabalho deve ser forrado, com antiderrapante, ser
nivelado e resistente, sendo proibido o uso de escadas ou qualquer outro elemento
sobre o piso para alcançar lugares mais altos. A madeira usada para confecção deve
ser de boa qualidade, seca, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam a
sua resistência, sendo proibida a utilização de aparas. Existem vários tipos de
andaimes, todos eles com suas respectivas normas. São eles:
- Andaimes Simplesmente Apoiados: os montantes devem ser apoiados em
sapatas sobre base sólida resistente; é proibido o trabalho em andaimes apoiados
sobre cavaletes que possuam altura acima de 2,00 metros e largura abaixo de 0,90
metros; é vetado o trabalho na periferia da edificação sem que haja proteção
adequada fixada à estrutura da mesma, e também o deslocamento das estruturas
dos andaimes com trabalhadores sobre os mesmos; andaimes cujos pisos de
trabalho estejam localizados acima de 1,50 metros devem conter escadas ou
rampas; o ponto de instalação de qualquer aparelho de içar materiais deve ser
escolhido estrategicamente para não comprometer a estabilidade e segurança;
andaimes de madeira devem ser utilizados apenas em obras até 3 pavimentos ou
32
altura equivalente, podendo ter o lado interno apoiado na edificação; nas torres de
andaime, a altura não podem exceder 4 quatro vezes a menor dimensão da base de
apoio, quando não estaiadas (ATLAS, 2008).
Figura 7: Andaime simplesmente apoiado. Fonte: http://i.ytimg.com, 2009.
- Andaimes Fachadeiros: sua carga deve ser distribuída de modo uniforme,
sem obstruir a circulação de pessoas e ser limitada pela resistência da forração da
plataforma de trabalho; os acessos verticais devem ser por meios de escada
incorporada à sua própria estrutura ou por meio de torre de acesso; o deslocamento
vertical de acessórios e elementos no momento da montagem e desmontagem deve
ser feita com cordas ou por içamento; os montantes e seus painéis encaixados
destinados a suportar os pisos, devem ter seus encaixes travados com parafusos,
contrapinos, braçadeiras e similar, assim como as peças de contraventamento,
também fixadas nos montantes; devem dispor de proteção com tela de arame
galvanizado ou material resistente e com durabilidade equivalente, desde a primeira
plataforma até pelo menos 2,00 metros acima da última (ATLAS, 2008).
33
Figura 8: Andaime fachadeiro e detalhes. Fonte: http://manutencao.net, 2009.
- Andaimes Móveis: para evitar deslocamentos acidentais, os rodízios dos
andaimes devem conter travas de segurança e somente poderão ser utilizados em
superfícies planas (ATLAS, 2008).
Figura 9: Andaime móvel. Fonte: http://www.comweb.com.br, 2009.
- Andaimes em Balanço: devem ter sistema de fixação à estrutura da
edificação capaz de suportar três vezes os esforços solicitantes; a estrutura deve ser
contraventada e ancorada de tal forma a eliminar quaisquer instabilidades (ATLAS,
2008).
34
Figura 10: Andaime em balanço. Fonte: http://3.bp.blogspot.com, 2009.
- Andaimes Suspensos: os sistemas de fixação, suspensão e as estruturas de
apoio deverão ser precedidos de projeto elaborado e acompanhado por profissional
legalmente habilitado, bem como a supervisão na instalação e manutenção feitas
por trabalhador qualificado; devem ser dotados de placas de identificação, colocada
em local visível, constando a carga máxima de trabalho permitida; o trabalhador
deve usar o cinto de segurança ligado ao trava-quedas que está ligado ao cabo-guia
fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do andaime;
a sustentação somente poderá ser apoiada ou fixada em elemento estrutural e deve
ser feito por meio de vigas, afastadores e outras estruturas metálicas de resistência
equivalente, no mínimo três vezes o maior esforço solicitante; nos casos de
sustentação em platibanda ou beiral da edificação, deverá ser estudado a
verificação estrutural, por profissional legalmente habilitado e a especificação técnica
deverá permanecer no local dos serviços; é proibida a fixação de sistemas de
sustentação dos andaimes por meio de sacos com areia, pedras ou qualquer outro
meio similar; na utilização do sistema de contrapeso, como forma de fixação da
estrutura de sustentação, este deverá ser invariável (forma e peso especificados no
projeto), ser fixado à estrutura de sustentação dos andaimes, ser de algum sólido
não granulado com seu peso conhecido e marcado em cada peça e ter
contraventamento que impeçam seu deslocamento horizontal; é proibido o uso de
cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentação e na suspensão devem estar
na vertical e o estrado na horizontal; é necessária a verificação diária dos
dispositivos antes do início das atividades, sendo que os usuários e o responsável
35
deverão receber treinamento e manual de procedimento; os cabos de aço nos
guinchos tipo catraca devem ter comprimento tal que para a posição mais baixado
estrado restem pelo menos 6 voltas sobre cada tambor e devem passar livremente
na roldana, devendo o respectivo sulco ser mantido em bom estado de limpeza e
conservação; é proibido acrescentar trechos em balanço ao estrado e a interligação
de andaimes suspensos para a circulação de pessoas ou execução de tarefas;
deve-se deixar somente os materiais de uso imediato sobre o andaime; o estrado do
andaime deve estar fixado aos estribos de apoio e o guarda-corpo ao seu suporte;
os guinchos de elevação para acionamento manual devem ter dispositivo que
impeça o retrocesso do tambor para catraca, ser acionado por meio de alavancas,
manivelas ou automaticamente , na subida e na descida do andaime, deve também
possuir uma segunda trava de segurança para catraca e ser dotado da capa de
proteção da mesma; a largura máxima útil da plataforma de trabalho será de 0,90
metros, quando utilizado um guincho em cada armação e deverá resistir, em
qualquer ponto, a uma carga pontual de 200 Kgf; é obrigatório o uso de cabo de aço
de segurança adicional, ligado a dispositivo de bloqueio mecânico automático,
quando utilizado apenas um guincho de sustentação por armação, observando
sempre a sobrecarga indicada pelo fabricante do equipamento (ATLAS, 2008).
Figura 11: Andaime suspenso. Fonte: http://www.brasmetal.com , 2008.
- Andaimes Suspensos Motorizados: deverá ser observada a instalação de
cabos de alimentação de dupla isolação, aterramento elétrico, plugs e/ou tomadas
blindadas, dispositivo Diferencial Residual (DR) e fim de curso superior e batente; o
36
conjunto motor deve ser equipado com dispositivo mecânico de emergência, que
acionará automaticamente em caso de pane elétrica de forma a manter a plataforma
de trabalho parada em altura e, quando acionado, permitir a descida segura até o
ponto de apoio inferior; devem conter dispositivos que impeçam sua movimentação,
quando sua inclinação for superior a 15° (quinze graus), devendo permanecer
nivelados no ponto de trabalho; quando o equipamento estiver fora de serviço, deve
ser protegido e desligado (ATLAS, 2008).
Figura 12: Andaime suspenso motorizado. Fonte: http://www.brasmetal.com , 2008.
2.1.14 Alvenaria, revestimento e acabamento
Nas paredes de alvenarias da periferia devem ser devem ser usadas técnicas
para garantir a estabilidade e no momento que for executado o serviço de
revestimento e acabamento, os quadros fixos de tomadas sempre devem ser
protegidos. Na colocação de vidros, as áreas abaixo da execução devem ser
interditadas ou protegidas contra queda de materiais e após o serviço, deve haver
marcação nos vidros para que eles fiquem visíveis (ATLAS, 2008).
2.1.15 Telhados e coberturas
Os serviços em telhados e coberturas devem sempre ser utilizados
dispositivos de segurança dimensionados por profissional legalmente habilitado,
devido ao fato dos trabalhadores estarem sempre expostos a quedas de grandes
alturas. As exigências são: o cabo de segurança deve ter sua(s) extremidade(s)
fixada(s) à estrutura definitiva da edificação, por meio de espera(s) de ancoragem,
suporte ou grampo(s) de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência,
37
qualidade e durabilidade equivalente; é obrigatória a existência de sinalização de
advertência e de isolamento dos locais sob as áreas do serviço, capazes de evitar a
ocorrência de acidentes por eventual queda de materiais, ferramentas e/ou
equipamentos; não é permitido trabalhar sobre fornos ou qualquer equipamento do
qual possa haver liberação de gases, proveniente ou não de processos industriais,
porém, caso haja equipamento com emanações de gases, o mesmo deve ser
desligado previamente à realização dos serviços ou atividades; é vetado a
realização das atividades em caso de ocorrências de chuvas, ventos fortes ou
superfícies escorregadias; os serviços de manutenção, ampliação, execução e
reforma devem ser precedidos de inspeção e de elaboração de Ordens de Serviço
ou Permissão para Trabalho, contendo procedimentos a serem adotados (ATLAS,
2008).
2.1.16 Instalações elétricas
As medidas de prevenção que devem ser usadas nas instalações elétricas
são: realização de execução e manutenção devem ser feitas por trabalhador
qualificado e a supervisão, por profissional legalmente habilitado; os serviços só
poderão ser realizados quando o circuito elétrico não estiver energizado e, caso isso
não seja possível, poderá ser executado após terem sido adotadas as medidas de
proteção complementares com o uso obrigatório de ferramentas apropriadas e
equipamentos de proteção individual; proibida a existências de partes vivas expostas
de circuitos e equipamentos elétricos; as emendas e derivações dos condutores
devem ser executadas de modo que assegurem a resistência mecânica e contato
elétrico adequado e o isolamento deve ter característica equivalente à dos
condutores utilizados; os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos
mecânicos, umidade e agentes corrosivos; a fiação de circuito provisório, quando
inoperante, deve ser retirada pelo eletricista responsável e quando estiverem em uso,
no canteiro de obras, devem ser constituídas de chave geral do tipo blindada
localizada no quadro principal de distribuição de acordo com a aprovação da
concessionária local, também deve conter chave individual para cada circuito de
derivação, ter chave faca blindada em quadro de tomadas e chaves magnéticas e
disjuntores, para os equipamentos; as chaves blindadas devem ser
convenientemente protegidas de intempéries, instaladas em posição que impeça o
38
fechamento acidental do circuito, ser utilizadas apenas para circuito de distribuição e
quando estiverem na posição aberta, os porta-fusíveis não devem ficar sob tensão;
os fusíveis das chaves blindadas devem ter capacidade compatível com o circuito a
proteger, sendo proibido a sua substituição por dispositivos improvisados ou por
outros fusíveis de capacidade superior, sem a correspondente troca de fiação; em
todos os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos devem ser
instalados disjuntores ou chaves magnéticas, independentes, que possam ser
acionados com facilidade e segurança; as redes de alta-tensão devem ser instaladas
de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores
em circulação, podendo ser instaladas apenas pela concessionária; os
transformadores e estações abaixadoras de tensão devem ser instalados em local
isolado, sendo permitido somente acesso de profissional legalmente habilitado ou
trabalhador qualificado; o conjunto dos equipamentos elétricos devem ser aterrados;
os quadros gerias de distribuição devem ser trancados, com identificação em cada
circuito e, ao religar as chaves blindadas, todos os equipamento devem estar
desligados; máquinas ou equipamentos elétricos móveis só podem ser ligados por
conjunto plugue e tomada (ATLAS, 2008).
Na NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, contém
completas especificações sobre medidas de prevenção, em termos gerais.
2.1.17 Equipamentos de proteção individual
São vários os equipamentos usados pelos trabalhadores para cada tipo de
atividade, porém o uso de capacete, luvas e botas de borracha devem ser utilizados
a todo o momento das atividades. O protetor auricular é usado quando a atividade
transmite um som acima da capacidade que o ouvido humano suporta sem danos.
Os óculos protetores têm função de proteger os olhos de faíscas e projeção de
partículas em cortes de aço e serviços de carpintaria, por exemplo. A função das
máscaras é de evitar que o trabalhador inale partículas químicas ou de materiais
cortados ou lixados que são prejudiciais a saúde.
Existem dois diferentes tipos de cintos de segurança. São eles: abdominal,
que deve ser utilizado somente em serviços de eletricidade e em situações em que
funcione como limitador de movimentação; pára-quedista, que deve ser utilizado em
atividades a mais de 2,00 metros de altura do piso, nas quais haja risco de queda do
39
trabalhador. Esses dois tipos de cinto de segurança devem possuir argolas e
mosquetões de aço forjado, ilhoses de material não-ferroso e fivela de aço forjado
ou material de resistência e durabilidade equivalentes, além de ser dotado de
dispositivo trava-quedas e estar ligado a cabo de segurança independente da
estrutura do andaime (ATLAS, 2008).
Os equipamentos de proteção individual devem estar em perfeito estado de
conservação e funcionamento, e devem ser fornecidos gratuitamente pela empresa.
As especificações dos EPI’s são encontradas na NR 6 – Equipamentos de Proteção
Individual – EPI.
Figura 13: Equipamentos de proteção individual. Fonte: http://agromecdescalvado.com.br , 2008.
2.1.18 Proteção contra incêndio
É obrigatória a existência de medidas que atendam às necessidades de
prevenção e combate a incêndio para os diversos setores, máquinas, atividades e
equipamentos do canteiro de obras. Deve haver um sistema de alarme capaz de dar
sinais perceptíveis em todos os locais da construção e também equipes de operários
organizados especialmente treinados para o manuseio do material disponível para o
primeiro combate ao fogo (ATLAS, 2008).
Em locais confinados e onde são executadas pinturas, aplicação de
laminados, painéis de parede, pisos, com emprego de cola, assim como nos locais
de manipulação e emprego de tintas, solventes e outras substâncias combustíveis,
inflamáveis ou explosivas, é necessário atender as seguintes medidas de segurança:
manter cola e solventes em recipientes fechados e seguros; utilizar lâmpadas e
40
luminárias à prova de explosão; colocar placas nos locais de acesso com o aviso
“Risco de Incêndio” ou “Risco de Explosão”; proibir fumar e utilizar qualquer outro
material que possa produzir faísca; nas proximidades, evitar a execução de
operação com risco de centelhamento, inclusive por impacto entre peças; quaisquer
chamas, faíscas ou dispositivos de aquecimento devem ser mantidos afastados de
fôrmas, tintas, restos de madeira, vernizes ou outras substâncias combustíveis,
inflamáveis ou explosivas; instalar sistema de ventilação adequado para a retirada
de mistura de gases, vapores inflamáveis ou explosivos do ambiente; não executar
serviços de soldagem e corte a quente (ATLAS, 2008).
Na NR 23 – Proteção Contra Incêndio, contém, de uma forma mais ampla,
especificações de medidas de prevenção para todo e qualquer local de trabalho.
Figura 14:Placas e elementos que contêm no sistema de proteção contra incêndio. Fonte: http://www.dalmoro.com.br/produtos, 2007.
2.1.19 Sinalização de segurança
A sinalização no canteiro de obras tem o objetivo de identificar os locais de
apoio que compõe o canteiro de obras, acessos, circulação de veículos e
equipamentos e locais com substância tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e
radioativas. Também indicar as saídas por meio de avisos ou setas, manter
comunicação através de avisos, cartazes ou similares, advertir quanto ao risco de
quedas, contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das
máquinas e equipamentos e contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-
direito for inferior a 1,80 metros, alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI com
a devida sinalização e advertência próxima ao local de trabalho e quanto ao
isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e
guindaste (ATLAS, 2008).
O uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas é obrigatório
quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando acessos ao
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canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de
materiais. Ainda em vias públicas, a sinalização de segurança deve ser dirigida para
alertar os motoristas e pedestres em conformidade com as determinações do órgão
competente (ATLAS, 2008).
Figura 15: Placas e elementos de sinalização. Fonte: http://www.dalmoro.com.br/produtos, 2007.
2.1.20 Ordem e limpeza
É necessário que o canteiro de obras esteja sempre limpo, organizado e
desimpedido nas vias de circulação, passagem e escadaria. O entulho deve ser
regularmente coletado e removido tomando cuidados especiais com o objetivo de
evitar poeira excessiva e eventuais riscos de acidentes em situações, por exemplo,
em que há diferença de nível, devendo ser utilizado equipamentos mecânicos ou
calhas fechadas. É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais
inadequados do canteiro de obras, assim como a queima de lixo ou qualquer outro
material (ATLAS, 2008).
2.1.21 Tapumes ou galerias
Tapumes ou barreiras devem sempre ser colocados nos locais de construção
para impedir o acesso de pessoas estranhas, com altura mínima de 2,20 metros e
fixados de forma resistente. Quando a construção contem mais de dois pavimentos a
partir do nível do meio-fio, executadas no alinhamento do logradouro, deverão
construir galerias sobre o passeio, com altura interna livre de no mínimo 3,00 metros,
42
mas em caso de realização de serviços sobre o passeio, deve ser construída sobre a
via pública, sinalizando-a por toda a sua extensão por meio de sinais de alerta aos
motoristas nos dois extremos e iluminação durante a noite, respeitando-se a
legislação do código de obras municipal e de trânsito em vigor (ATLAS, 2008).
As galerias não devem ter sobrecargas atuando sobre elas para que não
prejudique a estabilidade e nas situações de borda da cobertura, devem possuir
tapumes fechados com altura mínima de 1,00 metro, com inclinação de 45º
aproximadamente. Havendo risco de queda de materiais, estas devem ser
protegidas. Quando a distância do alinhamento do terreno à demolição for inferior a
3,00 metros, deve ser feito tapume no alinhamento do terreno (ATLAS, 2008).
Figura 16: Detalhes de tapume padronizado pela norma regulamentadora. Fonte: http://www.calhaforte.com.br, 2007.
2.1.22 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA nas empresas da indústria da construção
Deve organizar CIPA centralizada, a empresa que possuir na mesma cidade
um ou mais canteiros de obra ou frente de trabalho com menos de 70 empregados e
será composta de representantes do empregador e dos empregados, devendo haver
pelo menos um suplente, por grupos de até 50 empregados em cada canteiro de
obra ou frente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5. Caso haja
70 ou mais empregados em cada estabelecimento, fica obrigada a organizar CIPA
por estabelecimento. Nas construções de até 180 dias, não é necessário constituir
CIPA nos canteiros de obra, devendo apenas ser constituída comissão provisória de
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prevenção de acidentes, com eleição partidária de um membro efetivo e um suplente,
a cada grupo de 50 trabalhadores. Deverão considerar como estabelecimento a
sede da equipe, as empresas que possuam equipes de trabalho itinerantes (ATLAS,
2008).
A demais aplicações às empresas da indústria da construção, encontram-se
dispostas na NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
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3 ESTUDO DE CASO
3.1 FISCALIZAÇÃO NAS OBRAS DA CIDADE DE JOINVILLE E REGIÃO
3.1.1 CEREST – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador
Em 1993, surge em Joinville o Serviço de Saúde do Trabalhador (SST). E
com a portaria RENAST/MS nº 1.679/2002, o SST é credenciado e habilitado como
Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Macrorregião de Joinville
(CEREST), órgão referência na vigilância, assistência, projetos e estudos em Saúde
do Trabalhador (Catálogo - Cerest, sd).
O CEREST é um serviço do Sistema Único de Saúde – SUS, criado em
convênio com a Secretaria Municipal de Saúde de Joinville, cuja missão é atuar na
área de prevenção, promoção e recuperação da saúde dos trabalhadores, rurais e
urbanos, formais e informais, de toda e qualquer classe, e desenvolver ações para
redução das doenças e agravos relacionados ao trabalho, procurando assim, tornar
o meio ambiente de trabalho mais saudável possível, com o objetivo de buscar um
tratamento com mais eqüidade, maior resolutividade aos casos relacionados à saúde
do trabalhador, independentemente do vínculo empregatício, assumindo a função de
suporte técnico e científico deste campo do conhecimento (Cerest, 2001).
Atualmente, as ações estão respaldadas na Lei Complementar Municipal Nº
07/93 e Decreto Nº7572/95 em cumprimento do Decreto ao Artigo 200, II da
Constituição Federal e Lei Federal Nº8080/90 (Lei Orgânica da Saúde), portaria
RENAST nº 2437/05/MS (Catálogo - Cerest, sd).
Segundo o catálogo, os planos de ação do CEREST são:
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3.1.1.1 Vigilância dos ambientes de trabalho
- Inspeção dos ambientes de trabalho com os fiscais e técnicos do serviço tanto
através de denúncias quanto pelos projetos criados pelo serviço conforme a
realidade do nosso parque industrial;
- Avaliação e levantamento dos riscos à saúde nos ambientes de trabalho;
- Investigação dos acidentes do trabalho com óbito;
- Recomendações de medidas de controle e de modificações nos ambientes de
trabalho;
- Elaboração de normas técnicas;
- Inspeção nas empresas para liberação de alvará (Consulta Branca).
3.1.1.2 Atenção à Saúde do Trabalhador
Atendimento multi e interdisciplinar ao trabalhador portador ou suspeito de doença
ocupacional, dando-lhe os devidos encaminhamentos assistenciais.
3.1.1.3 Estudos e pesquisas
- Estudos e pesquisas específicas em Saúde do Trabalhador das áreas urbanas e
rural;
- Sistema de informação e banco de dados dos trabalhadores expostos;
- Pesquisar, analisar, documentar e sistematizar as informações de interesse a
Saúde do Trabalhador;
- Recomendações de medidas de controle e modificações nos ambientes de
trabalho;
- Elaboração de normas técnicas;
- Educação e orientação nos diversos segmentos industriais.
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3.1.1.4 Capacitação
- Capacitação dos recursos humanos quer para avaliar a dimensão do problema
quanto para previní-lo o que requer conhecimentos técnicos dos princípios de
controle em todos os níveis, assim como a implementação de programas e
estratégias eficientes;
- Planejar e efetuar cursos para tomadores de decisão (governo, empregadores,
trabalhadores);
- Promover capacitação especializada para os profissionais de saúde
ocupacional;
- Elaborar materiais educativos para diferentes níveis de atenção à saúde.
3.1.2 Visita ao CEREST
No dia 04 de maio de 2011 foi feito, no CEREST, uma entrevista com a Vânia,
uma das responsáveis pela fiscalização das obras da cidade de Joinville, com o
objetivo obter informações sobre o andamento, prioridades, embargos e autuações
da fiscalização nos dias de hoje.
No ano de 2010 foi feito um planejamento para fiscalizar grande parte das
obras dos municípios de Florianópolis, Itajaí, Itapema, Palhoça e algumas obras em
Balneário Camboriú. Dentre elas, três foram escolhidas para ser feito um
levantamento sobre os itens de segurança dos quais encontram-se regular ou
irregular, em maior ou menor número nas obras. Foi reunido todos os fiscais da
região, sendo montadas equipes para realizar a ação (ANEXO A).
A fiscalização é feita na presença de dois fiscais, com uma lista de verificação
dos principais itens da NR 18 (ANEXO B). Os itens considerados gravíssimos, que
resultam no embargo da obra, são aqueles em que o trabalhador está exposto à
acidentes que possam resultar em óbito, como por exemplo a inexistência de
proteção coletiva e individual contra quedas de altura e aterramento dos
equipamentos elétricos. Já os itens menos graves, mas que podem ocasionar uma
autuação, estão ligados à saúde e a prevenção de acidentes dos trabalhadores,
como a falta de higiene, bebedouro ou elementos sanitários, ausência de EPIs e o
uso incorreto de máquinas ou equipamentos.
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Os prazos das autuações para a regularização, assim como o valor de cada
uma delas, dependem da gravidade e quantidade de irregularidades observadas
pelos fiscais. Na NR 28 – Fiscalização e Penalidades, encontram-se especificações
sobre as infrações e seus níveis de gravidade, pelos códigos de cada item da NR.
Independente se houver ou não serviços com empresa terceirizada, a construtora
sempre terá responsabilidade sobre o trabalhador.
Atualmente, o CEREST de Joinville fiscaliza apenas obras sob denúncias
recebidas pelos moradores no Sindicato dos Trabalhadores, Ouvidoria (disque
denúncia) ou no próprio Centro devido a carência de fiscais no município. Para este
ano de 2011 até o ano seguinte, planeja-se reunir e efetuar uma ação com cerca de
10 equipes de dois fiscais para analisar as conformidades das obras de Joinville e
região.
3.2 CONFORMIDADES E DESCONFORMIDADES COM AS NORMAS REGULAMENTADORAS
Foi feito uma visita em duas obras de uma construtora de Joinville para que
fossem tirado fotos de alguns elementos e verificado as condições de cada uma
delas. Segue abaixo, as conformidades e desconformidades com a Norma
Regulamentadora:
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Figura 17: Local de carpintaria.
Conformidade:
- Local coberto (apesar de não aparecer na foto);
- Piso resistente e nivelado.
Desconformidade:
- Mesa sem fechamento nas faces;
- Carcaça do motor não aterrada eletricamente;
- Ausência de coifa protetora, cutelo divisor, guia de alinhamento e dispositivo
empurrador;
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Figura 18:Banheiro.
Conformidades:
- Instalação sanitária completa;
- Constituído por lavatório, mictório e vaso sanitário;
- Piso resistente;
Desconformidade:
- Sem janela para ventilação;
- falta de higiene;
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Figura 19:Armazenamento de materiais - barras de aço.
Conformidades:
- não está obstruindo a passagem dos trabalhadores;
- Vergalhões separados por bitolas;
- empilhadas de maneira que não compromete a sua estabilidade.
Desconformidade: não há.
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Figura 20: Local de armação de aço.
Conformidades:
- Local coberto;
- Bancada para dobramento e armação da barras de aço.
Desconformidades:
- Piso desnivelado e não resistente;
- Localizado em área de circulação de trabalhadores;
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Figura 21:Guarda-corpo.
Conformidades:
- Presença de guarda corpo no perímetro do prédio.
Desconformidades:
- Ausência de rodapé no guarda-corpo;
- Guarda-corpo incompleto;
- Ausência de tela entre os vãos das travessas.
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Figura 22:Escada.
Conformidades:
- Presença de escada em talude superior à 1,25 metros aos trabalhadores;
- Escada com dimensões mínimas respeitadas.
Desconformidades:
- Material não resistente;
- Apoio instável nas extremidades;
- Ausência do rodapé.
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Figura 23: Concretagem.
Conformidades:
- Presença sinalização com cones.
Desconformidades:
- Ausência de corredor de pedestre com faixa sinalizadora.
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Figura 24: Espera de pilares.
Conformidades:
- Presença de proteção nas pontas dos vergalhões.
Desconformidades: não há
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É indispensável atender aos requisitos das normas regulamentadoras para a
prevenção de acidentes dos trabalhadores da indústria da construção civil.
Engenheiros civis e construtores se preocupam em planejamentos de obra,
orçamentos, cálculos, projetos e acabam se esquecendo da segurança de seus
empregados que, quando presente no ambiente de trabalho, resultam em uma maior
produtividade dos serviços. Se imaginarmos uma situação de um andaime fora das
determinações da NR ou serviço de carpintaria com condições precárias, podemos
ter a certeza de que o trabalhador terá um menor rendimento devido ao fato de ele
estar ciente dos riscos de acidente que podem ocorrer. Diferentemente de trabalhar
com tranqüilidade em um ambiente favorável, com equipamentos e máquinas
seguras.
Infelizmente, a situação que encontramos atualmente é de trabalhadores
conformados com as mínimas condições de trabalho que o empregador oferece na
empresa. Os funcionários não buscam seus direitos por vários motivos. O
analfabetismo é um dos fatores que impedem a sua busca por melhorias, assim
como o receio de perder o emprego e a falta de informações, que também
contribuem para o conformismo de trabalharem em más condições e estarem
suscetíveis a acidentes. Estes, são um dos motivos de existir os Ministérios e
Órgãos para trabalhar em favor do empregado, vistoriando as empresas que devem
estar o mais próximos possíveis das exigências das normas, porém, a falta de fiscais
é um problema no qual resulta em atenderem apenas denúncias feitas pelos
cidadãos.
Certamente que, atender a todos os itens das normas sempre terá um maior
custo e ocupará um tempo considerável da obra, mas se deixarmos de ser egoístas
em pensar apenas no nosso bem estar e no nosso lucro, estaremos evitando
possíveis transtornos futuros e principalmente respeitando os trabalhadores assim
como todos devem ser respeitados, pois além disso, muitos não estão nesse tipo de
serviço pesado por gostarem ou porque querem, e sim, pelo fato de não terem tido
oportunidade de estudo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATLAS – Manuais de Legislação – Segurança e Medicina do Trabalho. 62 ed.
São Paulo: Editora Atlas, 2008.
GROHMANN, M. Z. Segurança no Trabalho Através do Uso de EPI’s, Santa
Maria, RS. Universidade Federal de Santa Maria, sd. Disponível em
<http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/epis-construcao.pdf> Acesso em:
março, 2011.
ARAÚJO, F. A. G. Curso Técnico em Segurança do Trabalho. Centro Paula
Souza, Americana, SP. Governo do Estado de São Paulo. V. 01, 2008.
AMPUTADOS VENCEDORES. História da Segurança do Trabalho, 2009.
Disponível em
<http://www.amputadosvencedores.com.br/exibe_conteudo.asp?id=586&local=19> Acesso
em: abril, 2011.
FIESP. CISP. Legislação de Segurança e Medicina no Trabalho. São Paulo, SP,
2003. Disponível em <http://www.fiesp.com.br/download/legislacao/medicina_trabalh
o.pdf> Acesso em abril, 2011.
CEREST. Centro de Referência em Saúde do Trabalhador. Joinville, SC:
Prefeitura Municipal de Joinville. Disponível em <http://www.saudejoinville.sc.gov.br>
Acesso em: maio, 2011.