Projeto de Educação Patrimonial, Meio Ambiente e Diversidade Cultural
PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
Entende-se por Patrimônios Culturais os bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também afetivo, para a população.
Assim, é importante encontrar caminhos para que as manifestações desse patrimônio venham a ser utilizadas para o enriquecimento da vida cultural da população, como ponto de partida para as criações do presente, bem como para atividades e serviços de interesse econômico, com a possibilidade de
serem obtidos recursos mais amplos para o desenvolvimento de programas atualizados nos setores de turismo, educação, recreação e reabilitação
urbana, que podem gerar uma revitalização econômica, social e cultural no Município.
Mauá possui atualmente dezessete bens classificados como Patrimônio Cultural e que encontram-se me diferentes estágios no processo legal de tombamento, isto é, de registro no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Município de Mauá –
CONDEPHAAT-MA, para preservação. Tombamento é um instrumento, utilizado para proteger bens móveis e imóveis do desgaste causado pela ação do tempo, ou de ações inadequadas que possam de algum modo causar-lhe
danos.
Tombados
Não tombados
Localização dos bens culturais na cidadeLocalização dos bens culturais na cidadeMUSEU BARÃO DE MAUÁ
SAMBA-LENCO
PRAÇA DA FIGUEIRA
CHAMINÉ DO CURTUME
IGREJA MATRIZ
CAPELA DA SANTA CASA - JOC
PRAÇA 22 DE NOVEMBRO
PARQUE DO GUAPITUBA
GRUTA SANTA LUZIA
CRUZEIRO DE PEDRA
Casa da Cultura e Museu Barão de Mauá
Casa da Cultura e Casa da Cultura e Museu Barão de MauáMuseu Barão de Mauá
Remanescente do período inicial da ocupação territorial paulista, o Casarão, atual Casa da Cultura e Museu Barão de Mauá, foi construído
provavelmente no decorrer do século XVIII. Arquitetonicamente, é considerado importante exemplar de Casa Bandeirista ou Colonial
Paulista, tanto pelo seu esquema de planta adotado, de origem ibérica, quanto pela técnica de construção empregada, denominada taipa de pilão, isto é, a terra argilosa socada entre pranchões de madeira, que
resultou em paredes de até 60 centímetros de espessura. Com o tempo, foi sede da grande fazenda denominada Bocaina, cujo proprietário,
Tenente Francisco Barboza Ortiz foi pai do Capitão João.
Casa de Cultura e Museu Barão de MauáCasa de Cultura e Museu Barão de Mauá
Praça da Paineira
Praça da PaineiraPraça da Paineira
Local onde se estabeleceu a primeira escola pública municipal, inaugurada a 13 de agosto de 1935, denominada grupo Escolar Barão de Mauá. No pátio anexo ao grupo, foi plantada a famosa paineira, até hoje
marco histórico na cidade.
Igreja Matriz de Mauá, Imaculada ConceiçãoIgreja Matriz de Mauá, Imaculada Conceição
Igreja Matriz de Mauá, Igreja Matriz de Mauá, Imaculada ConceiçãoImaculada Conceição
Originária da capela homônima, construída em 1937, tornou-se Igreja Matriz do município em
1954, quando foi entregue a seu primeiro vigário, padre
Alexandre Venâncio Arminas.
Parque GuapitubaParque Guapituba
Parque GuapitubaParque Guapituba
O Parque Ecológico do Guapituba situa-se junto à estação de trem homônima. Sua frente de 550 metros estende-se ao longo do leito da estrada de ferro, que liga de São Paulo a Paranapiacaba. Sua área total é de 536.760 metros quadrados, composta de jardins, avenidas, estradas e caminhos, pomares, pedreiras, represas e moradias. Seu reflorestamento foi executado na década de 30,
sendo o terreno limpo, arado e adubado. As árvores são, em sua maioria, pinheiros, eucaliptos e araucárias, que medem até 20
metros de altura.
O antigo dono da área era o alemão Alfredo Klinkert que possuía outros
bens, como casas, prédios, fazendas, moinhos.
Gruta de Santa LuziaGruta de Santa Luzia
Gruta de Santa LuziaGruta de Santa Luzia
Caverna natural onde nasce o rio Tamanduateí, localizada numa das principais áreas de mananciais do estado, hoje transformada em
importante parque municipal. Antes disso, provavelmente pertencera à Fazenda dos Beneditinos e, mais tarde, tornou-se parte
de uma grande pedreira, onde os trabalhadores invocavam a proteção de Santa Luzia, protetora dos olhos, para orientá-los
durante suas tarefas diárias.
Antiga oficina de trabalho dos canteiros (escarpelinos)Antiga oficina de trabalho dos canteiros (escarpelinos) . .
Antiga oficina de trabalho dos canteiros (escarpelinos) . Antiga oficina de trabalho dos canteiros (escarpelinos) .
Curtume Mauá, início do século (localizado na área do atual Caic).
Chaminé do Curtume
Chaminé do CurtumeChaminé do Curtume
Após iniciar as atividades industriais em 1938, o Curtume Mauá intensificou o processo de produção a tal ponto que
foi necessária a construção de uma chaminé, para dar vazão à fumaça produzida pela caldeira, onde eram
tratados os couros. Até hoje resiste ao tempo e ao progresso da cidade.
Pintura referente à Santíssima Trindade.Pintura referente à Santíssima Trindade.
Pinturas de Emeric MarcierPinturas de Emeric Marcier
Localizadas no interior da Capela da Santa Casa, as pinturas e afrescos do romeno Emeric Marcier, realizadas entre 1945 e 1947, denotam importante patrimônio histórico na região, cujos temas versam sobre a sua visão crítica de algumas passagens bíblicas. Entre estas, destacam-se: A Santíssima Trindade, Adoração ao Bezerro de Ouro, Deposição, Jesus Entregue aos Soldados, A
Crucificação, O Suicídio de Judas, A Torre de Babel, A Flagelação, Abertura do Mar Vermelho, A Expulsão de Adão e Eva do Paraíso e O
Sopro da Vida..
Em 1995 iniciou-se o primeiro trabalho de preservação dos murais da capela. Essa intervenção, todavia, acabou alterando algumas de suas
características originais. De qualquer maneira, devemos acrescentar que o conjunto artístico da capela, encontra-se em processo de tombamento,
desde 2002 pelo CONDEPHAAT-MA
Emeric Marcier observa sua obra em Mauá em 1975. Acervo de Geraldo Guimarâes e deparando-se com seus valiosos painéis serpenteados de barro, atingidos pela chuva, prejudicados pela infiltração, sentenciou: “ Aqui falta Amor”
Emeric MarcierEmeric Marcier
Pintor da mais importante obra mural religiosa no Brasil, os afrescos sacros Pintor da mais importante obra mural religiosa no Brasil, os afrescos sacros na Capela da Santa Casa, Emeric Marcier nasceu em1916 em Cluj, na Capela da Santa Casa, Emeric Marcier nasceu em1916 em Cluj,
Romênia . Na década de 30, formou-se na Real Academia di Brera, em Romênia . Na década de 30, formou-se na Real Academia di Brera, em Milão, aperfeiçoando-se, mais tarde, na Escola Superior de Belas Artes de Milão, aperfeiçoando-se, mais tarde, na Escola Superior de Belas Artes de
Paris. Durante a Segunda Guerra Mundial, refugiou-se no Brasil, onde Paris. Durante a Segunda Guerra Mundial, refugiou-se no Brasil, onde naturalizou-se. De origem judia, Marcier se converteu ao cristianismo ao naturalizou-se. De origem judia, Marcier se converteu ao cristianismo ao
percorrer, em 1942, o roteiro das cidades históricas mineiras. Desde então, percorrer, em 1942, o roteiro das cidades históricas mineiras. Desde então, sua obra está fundamentada em temas religiosos com estilo próprio, sua obra está fundamentada em temas religiosos com estilo próprio,
porém, com forte influência da escola expressionista.porém, com forte influência da escola expressionista.
Figura de Deus ladeada por cenas do Juízo Final.Figura de Deus ladeada por cenas do Juízo Final.
Jesus, no teto da Capela. Jesus, no teto da Capela. Pintura com 5 metros de Pintura com 5 metros de
comprimentocomprimento
Descida da Cruz.Descida da Cruz.
Samba-LençoSamba-Lenço
Samba-Lenço: Dança de origem africana em louvor a São Benedito, única do gênero em importante expressão de resistência cultural, é praticada
por família que se fixou no Jardim Zaíra na década de 1950, vinda do interior de SP. Dona Isaura de Assis Rocha e seu marido João da Rocha, ambos já falecidos, eram as principais expressões do grupo. Tem esse nome porque lenços são um componente fundamental na dança. Vários instrumentos utilizados são feitos manualmente. Até hoje seus membros
têm feito apresentações na cidade e no Estado, e mesmo na TV. Foi tombado pelo CONDEPHAAT-MA em 19 de dezembro de 2003,
Cruzeiro de PedraCruzeiro de Pedra
Cruzeiro de Pedra Sagrado Coração de Jesus – Rua Almirante Taylos, 11,
Vila Independência
Inaugurado em 3 de maio de 1959 com a presença de personalidades
políticas e religiosas, diferentemente de outros bens culturais existentes
na cidade, tem sua história registrada. Construída por iniciativa de Geraldo Rosa da Silva e outros
moradores do bairro incluindo vários canteiros, o Cruzeiro representa a
religiosidade popular e a tradição da cantaria na cidade. Foi tombado pelo
CONDEPHAAT-MA em 5 de dezembro de 2003.
Praça 22 de NovembroPraça 22 de Novembro
Bem histórico social de interesse público, localizado entre a Av. Barão de Mauá e a área do Terminal Metropolitano Municipal. A praça sofreu
intervenção da administração municipal por conta do Projeto Centro Vivo, com isso o munícipe conquistou mais um importante espaço público de
convívio social e familiar. De outro, o poder público recuperou outra época perdida na memória de muitos cidadãos.
Historicamente, a Praça, no início do século 20 era um grande lago, em virtude do qual foi denominado Tanque dos Morelli, também em alusão a
Bernardo Morelli, industrial do ramo Ceramista. Mais tarde, ainda antes da emancipação denominava-se Praça Senador Flaquer. Na história política de
Mauá, o dia 22 de novembro é muito significativo. Nessa data, em 1953, ocorria o plebiscito por meio do qual o distrito de Mauá, integrante do
município de Santo André, tornaria-se autônomo, isto é, soberano político e administrativo.
Outros PatrimôniosOutros Patrimônios
Banda LyraBanda Lyra
Banda Lyra; a Corporação Musical Lyra de Mauá, a primeira a ser fundada na cidade, foi oficializada em 15 de junho de 1934, porém há registros de ensaios
e apresentações da banda já em 1928.
A Lyra era formada inicialmente por imigrantes de vários países da Europa, membros das famílias mais antigas da cidade. A Banda Lyra é uma entidade sem fins lucrativos e desenvolve na cidade um trabalho cultural e social em
sua comunidade e região, na formação de jovens músicos.
Durante estes 73 anos de existência, a Corporação já se apresentou em diversos estados e cidades,participando de eventos de projeção nacional, tais com Expo Flora em Holambra – SP, Festival de Inverno de Campos do Jordão – SP, Desfiles Cívicos. Foi destaque ao participar do 1º Festival Internacional
de Bandas e Fanfarras na cidade de Melipilla, no Chile.
No ano de 1997 gravou o seu primeiro Compact Disc (CD), com o patrocínio do Pólo Petroquímico de Mauá; SP. Em 2006 gravou seu
primeiro DVD intitulado Gloria in Excelsis Deo! Do Gênesis ao Apocalipse.Atualmente desenvolve projetos, com aulas gratuitas para jovens da
cidade de Mauá e região do Grande ABC, as áreas atendidas são: Banda Marcial Sênior, Banda Marcial Juvenil, Banda de Percussão. Além de aulas
gratuitas de música mantém curso de ballet, jazz, ginástica e expressão corporal para componentes da linha de frente (Corpo Coreográfico)
Porcelana Real, década de 40.
Porcelana RealPorcelana Real
Estabelecida em Mauá desde 1943, a antiga Porcelana Real Ltda., hoje denominada Schmidt, destacou-se ao longo dos anos pela
qualidade e beleza de seus artigos. Inclusive durante as décadas de 50 e 60, chegou a exportar parte de sua produção para a Europa
e Estados Unidos. Com o tempo, tornou-se a maior produtora de porcelana fina no país, devido à habilidade e criatividade de seu
quadro de funcionários.
Acima, o futuro Parque das Américas.
À direita, atual Av. Capitão João, antiga estrada de Mauá a Ribeirão Pires.
Parque das Américas (abaixo) e Vila Vitória (acima).
Forno de cozimento para louças.
Catira Az de OuroCatira Az de Ouro
A introdução da catira em Mauá, assim como em outras cidades brasileiras, é consequência do crescente fluxo migratório interno do país, ocorrido
principalmente ao longo das décadas de sessenta e setenta. De fato, essa moda de viola surgiu entre nós a partir de 1974 quando Jaci Cesário,
passou a residir na cidade, inicialmente no bairro do São João e depois no Jardim Mauá, difundindo essa arte, herança cultural deixada de pai para
filho.
O dicionário Aurélio define catira ou cateretê como: “dança rural, em fileiras opostas e cantada, cujo nome indica origem tupi, mas que
coreograficamente se mostra muito influenciada pelos processos africanos de dançar. A origem da dança é incerta.”
A Catira Az de Ouro gravou em 1978 um LP, pelo selo Continental, com músicas de Jaci Cesário, até hoje, principal compositor do grupo.
Faz parte da história do grupo Folclórico Catira Az de Ouro a inclusão da canção “Catireiro Barrigudo” na coletânea “Violeiros do Brasil”,
organizada por Almir Sater, a repercussão dessa música foi tamanha que passou a fazer parte da trilha sonora do filme “As Tranças de Maria”.
Em 2001, participou, representando o Brasil, juntamente com outros grupos do 3º Festival de Folclore Internacional de São Bernardo do Campo,
na categoria Melhor Arranjo Instrumental.
Atualmente o grupo se apresenta em SESIs, SESCs e prefeituras do Brasil todo.
Orquestra de Violeiros de MauáOrquestra de Violeiros de Mauá
Na segunda noite do mês de agosto de 1990, 30 violeiros se reuniram no Salão Paroquial da Igreja de Nossa Senhora das Vitórias, em Mauá-SP.
Apoiados pelo Padre Fábio Faria de Oliveira, que estava à frente da comunidade, o grupo resolveu adotar o nome de “Orquestra de Violeiros de
Mauá”, a qual foi idealizada e fundada pelo professor de música e ministro da Palavra na Comunidade João Aletto Filho.
Com o decorrer do tempo, outros violeiros foram sendo convidados a participar dos ensaios; passados quatro meses de sua criação, a orquestra já contava com 50 integrantes. Foi quando, em 2 de dezembro do mesmo ano,
participaram da primeira missa, tocando, cantando e animando a celebração.
Logo surgiram convites: primeiro de outras comunidades de Mauá, depois de cidades vizinhas, do Interior de São Paulo e de outros estados. Após um ano
de existência, a orquestra já tinha mais de 100 componentes, com violões, violas, sanfonas, berrantes, contra-baixo, percussão e outros instrumentos.
Os discos da orquestra contam com um repertório variado de músicas sertanejas raiz, entre as quais encontramos clássicos do gênero como: “Saudade de Minha Terra”, “Menino da Porteira”,
“O Último Julgamento”, “Chico Mineiro”, “Cabocla Tereza” e outros. Consta também repertório de músicas Latino-americanas,
MPB e músicas sacras.
É importante salientar que nos ensaios há sempre um espaço dedicado à reflexão da Palavra de Deus e à Oração, afinal nada
mais justo que louvar e agradecer Àquele que inspira essa melodia de união, fraternidade, criatividade e fé no trabalho e na
arte!!
Pinturas de Hans GrudzinskiPinturas de Hans Grudzinski
Hans Sulliman Grudzinski: trabalhou na década de 60, na Porcelana Mauá onde seu maior feito profissional foi a participação no processo de
implantação de produção de porcelana fina. Trabalhando na seção de modelação da porcelana, habilmente soube agregar à sua criação
artística individual a técnica de produção industrial.
Dessa maneira, utilizou-se de inspiração de suas gravuras para fazer o decalque e os desenhos nas porcelanas, geralmente nas bordas de
xícaras e pires.
Grudzinski decidiu deixar o seu ofício de modelador de porcelana, em 1967, devido ao reconhecimento artístico. Seus trabalhos tiveram
alcance internacional.
Faleceu em 22 de março de 1986 e em 1991, algumas de sua obras foram adquiridas pela Prefeitura do Município de Mauá e integram o acervo da
Pinacoteca de Mauá.
Tamanduateí - Local: Vila América (Tanque da Paulista)
Rio TamanduateiRio TamanduateiUm dos rios mais importantes do Estado tem suas nascentes na porção sudeste do município no Jardim Adelina, apresenta extensão de 35 km,
sendo 9 km em Mauá e deságua no rio Tietê, em frente ao Parque Anhembi.
“ Pensar o rio, suas nascentes e afluentes, como entes dialogantes na cidade e com a cidade implica tratar de nossa chance de sustentar a vida
urbana. O rio plenamente urbano civiliza vales, encostas e várzeas das cidade e dialoga com a maioria de suas pequenas águas afluentes, cujos nomes são também civilizatórios, parte integrante da cultura brasileira:
Corumbé, Taboão, Bocaína”. Temos em nossa cidade a Casa Bandeirista Museu Barão de Mauá que foi construída à beira do rio, como monumento
que resguarda a história das expedições bandeirantes em direção ao sertão.
As águas do Tamanduateí sempre foram utilizadas nos processos industriais, no passado pelas porcelanas com a Paulista que construiu o
tanque que ficou conhecido como “Tanque da Paulista” que também era o local de lazer dos moradores e visitantes, atualmente as águas do rio são
utilizadas como água de reuso no processo industrial.
“Tamanduateí, rio civilizatório, Patrimônio ambiental e cultural da nossa cidade, rio irmão que segue conosco, sujo e lacrimoso como os excluídos. Ainda
volteias como cavalo bravo e reage aos chicotes da imposição. Testemunha a história urbana e a sofre plenamente. No entanto, Santa Luzia nos garante
olhos de ver para além do esgoto. A hemorragia pode ser reversível. Basta que ouçamos tanto a negativa do inomável quanto a consciência de sua presença
próxima a nossas mão sujas, suadas e necessitadas das águas do futuro breve”,
Tanque da Paulista 1930
Tanque da Paulista - 2009
Aluna da EMEJA Clarice Lispector entrevistando munícipe sobre o rio
Tamanduateí
Trabalho premiado pelo Tesouros do Brasil “Tamanduateí, patrimônio cultural de Mauá”.
Etapa do trabalho da “EM Cora Coralina” “Tamanduateí, um outro olhar para o rio” – Análise da água.
Teatro MunicipalTeatro Municipal
Exemplar de arquitetura do século XXI, bem de interesse cultural, localizado no Parque do Paço, foi inaugurado no dia 10 de dezembro de 2001, constitui-
se um prédio moderno,com contornos arquitetônicos contemporâneos, tornando-se um dos principais espaços culturais da cidade, onde ocorre
diversos eventos artísticos como exposição de artes plásticas, concertos, apresentações de peças teatrais, apresentações artísticas dentre outras.
Patrimônio em risco de destruiçãoPatrimônio em risco de destruição
Educandário Imaculado Educandário Imaculado Coração de MariaCoração de Maria
Construído no terreno cedido pela família Pedroso, no início da década de 1960, o Educandário(instituição que tinha por finalidade
desenvolver trabalhos educacionais e sociais) começou a funcionar, de fato, somente em 1966, sob a direção das Irmãs da Imaculada, integrantes da Congregação Vicenta Maria. Ali, as freiras foram
responsáveis pelo desenvolvimento de importantes projetos sociais, tais como a manutenção de um grupo escolar primário regular, no qual estudavam anualmente cerca de duzentos alunos carentes e,
também, o atendimento e encaminhamento de menores abandonadas. Porém, contrariando as expectativas da comunidade local,
entregaram o edifício à administração municipal, que o utilizou para diversos fins até o ano de 2008 quando foi doado para o Governo do
Estado.
Patrimônio em fase de estudoPatrimônio em fase de estudo
Marco de Pedra de 1925Marco de Pedra de 1925
Erguido quando da construção de um bueiro em 1925 (Pedreira Vicente Agnello). Localiza-se na Av. Capitão João em frente ao
McDonald.
Patrimônio removidoPatrimônio removido
Afresco de Fulvio PennacchiAfresco de Fulvio Pennacchi
Um imigrante chega a São Paulo
Fulvio Pennacchi nasceu em 1905 em Villa Collemandina, cidade italiana na região de Garfagnana, um dos sítios ocupados pelos pracinhas
brasileiros durante a 2ª Guerra Mundial. Faleceu em São Paulo, no ano de 1992. Na Itália, estudou na Academia de Lucca, com o grande pintor Pio Serneghini, formando-se em 1927. Dois anos depois, chegava ao Brasil, fixando-se na cidade de São Paulo, onde desenvolveu toda sua carreira
artística.
Realizando-se na cerâmica
De 1950 em diante, certamente para tentar romper tal isolamento, Pennacchi passou a se dedicar com crescente interesse à cerâmica, executando numerosas Vias Crucis, presépios, imagens, figuras, pássaros, galos e mesmo objetos utilitários, assim explicando a gênese desse novo meio expressivo:
«A cerâmica nasceu de algumas experiências feitas por iniciativa de Paulo Rossi Osir e, apoiado pela inteligente amabilidade do industrial Cândido Cerqueira Leite, pude utilizar os fornos de sua fábrica e, nesses fornos de 1.300°C, milagrosamente realizei obras muito interessantes.
«Como agradecimento pelo seu incansável apoio, executei em 1951 um grande mural afresco na sua residência em Mauá (Vila Guarani), tendo como base a Festa de São João (O Balão), com alguma ajuda de Mário Zanini e do
Rossi. Este mural é, sem dúvida, a minhamaior e mais espontânea realização referente ao folclore brasileiro.»
Este afresco foi removido para Campos do Jordão devido a construção da igreja dos Mórmons.
Patrimônios destruídosPatrimônios destruídos
Igreja Nossa Senhora Igreja Nossa Senhora Aparecida e Aparecida e
São SebastiãoSão Sebastião
Situada a quase quatro quilômetros do centro de Mauá, no atual Sertãozinho, a Capela Nossa Senhora Aparecida e São
Sebastião era, na verdade, um oratório particular, isto é, local de oração com imagens de santos construído geralmente no interior de chácaras e fazendas. Com este intuito, os Beber, ricos proprietários locais, edificaram, em 1915, essa capela,
considerada importante referência histórico-religiosa na região.
Vista da Porcelana Mauá na década de 40, à esquerda, atual Praça 22 de Novembro.
Fachada do Prédio da antiga Fachada do Prédio da antiga Porcelana MauáPorcelana Mauá
Durante as décadas de 50 e 60, a cidade foi considerada a capital nacional da porcelana, devido à qualidade dos produtos das
indústrias locais. Entre estas, destacava-se a Porcelana Mauá, estabelecida no município desde 1937, e considerada a pioneira do
ramo em porcelana fina no Brasil
OBRA DO PINTOR MITSUNAGA
Grupo Escolar Visconde Grupo Escolar Visconde de Mauáde Mauá
Casarão todo em madeira que restara da antiga chácara dos Merloni, cedido ao Estado pela família dos Magini. Além dessa construção, havia
um espaço onde os alunos podiam brincar nos intervalos e aprender técnicas agrícolas. Inclusive a célebre paineira, hoje considerada um marco
histórico na cidade, já existia no local, herança da chácara.
O prédio funcionou como Grupo Escolar Visconde de Mauá até 1957, quando mudou de prédio e foi desmembrado nos atuais Viscondinho (EE
Visconde de Mauá) e Viscondão (Atual EE Profª. Therezinha Sartori).
CréditosCréditos
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL, MEIO AMBIENTE E DIVERSIDADE CULTURAL
Não basta apenas preservar legalmente, na prática, é necessário o reconhecimento desse bem pela população no sentido de conhecer a
história e externar a memória do que fomos e o que somos. A identidade de uma cidade, a riqueza comum que herdamos como cidadãos é o que
vai ser transmitido de geração a geração.
GT de Educação Patrimonial, Meio Ambiente e Diversidade Cultural formado por representantes das:
Secretaria da Cultura, Esportes e Lazer
Secretaria da Educação
Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Secretaria de Meio Ambiente
Secretaria de Planejamento
Membros do CONDEPHAAT-MA (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Município de Mauá.)
SAMA
ONG Naega
Sociedade Civil
Organização e pesquisa:
Nelson Tucci Vieira
Sandra Regina Chinchio
Revisão de texto: Teresinha de Jesus Ribeiro Barbante
Músicas
Orquestra de Violeiros de Mauá – Paisagem Sertaneja (Oswaldo Fávero)
Fontes de pesquisa:
ALVES, Prof. Luiz Roberto. O Olhar dialógico: As nascentes do rio e o nascimento da consciência do sustento da cidade
Caderno Ambiental Mauá
DOTTA, Historiador Renato Alencar. Patrimônios tombados de Mauá
PUNTSCHART, Prof. Dr. William. Memórias da cidade
Núcleo de História e Memória de Mauá. Cultura e cidadania: Meio século de autonomia em Mauá 1954/2004
PUNTSCHART, Prof. Dr. William. CD-ROM Patrimônio de Mauá
SALA, Dalton. DVD Casas Bandeiristas Paulista
Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais.
www.pitoresco.com.br/brasil/penacchi/penacchi.htm
www.abcdmaior.com.br
www.radiozfm.org