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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECEFACULDADE DE EDUCAÇÃO DE ITAPIPOCA – FACEDICURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIADISCIPLINA: ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

IVANA DE LIMA CAMPOSMARIA CRISTIANE RODRIGUES DA CRUZ

SHIRLEY JANE DA SILVA LAVORSHABRINA

SUIANE KELLY DOS SANTOS SALES

EDUCAÇÃO POPULAR NO BRASIL E EJA

EDUCAÇÃO POPULAR

Participação popular, a solidariedade rumo à construção de um projeto politico de sociedade mais justa, humana e fraterna. Se dá na ação de mudar padrões de conduta, modos de vida, atitudes e reações sociais. Caracteriza-se em utilizar o saber da comunidade como matéria prima. É aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores do cotidiano dele. Impulsiona reflexão e ações coletivas, realização e avaliação de atividades mobilizadoras, que se constituem espaços de convivência, ação e aprendizados coletivos.

A Educação Popular, desde o seu nascimento, não concebe o educando como “recipiente vazio” mas como um ser pensante, curioso, criativo. (freire, 1977)

RETROSPECTIVAEDUCAÇÃO POPULAR NO BRASIL

Com o fim da DITADURA DE VARGAS em 1945 e o país vivendo a efervescência política da redemocratização a educação de adultos define sua identidade tomando a forma de uma campanha nacional de massa. Quando se falava em Educação Popular, estava-se falando em ensino primário para crianças das camadas populares: classe média baixa e população pobre.

Até meados dos anos 40 falavam em educação popular para crianças. Uma educação destinada às camadas populares não poderia ficar presa somente à transmissão de conteúdo; pensava–se na formação de pessoas críticas e conscientes.

OS TRÊS MOVIMENTOS DE EDUCAÇÃO POPULAR MAIS EXPRESSIVOS NO BRASIL, NO PERÍODO DE 1961-64 FORAM: MCP, CPC E MEB

Os movimentos de educação popular sempre estiveram comprometidos com a educação das camadas populares e com a superação das diferentes formas de exclusão e discriminação existentes em nossa sociedade.

Movimento de Cultura Popular (MCP)

Teve origem em maio de 1960, criado no Recife, era um movimento ligado a prefeitura, e tinha o apoio de Miguel Arraes e de Paulo Freire. Esse movimento tinha a intensão de levar a todas as pessoas a cultura produzida pelo povo. Pretendia trabalhar com educação e cultura popular.

O MCP mas do que levar a cultura, pretendiam resgatar, nas pessoas, o seu potencial criador. Reafirmavam, na prática, que todo o ser humano produz cultura na sua relação com o outro e com o mundo. Sua atuação restringiu a Recife e ao Rio Grande do Norte. Teve sua extinção em 1964, por causa do golpe militar.

CPC Centro Popular de Cultura (1961 – 1964)

Surge em 1961, fundado pela UNE- União Nacional dos Estudantes, artistas e intelectuais da época. A proposta inicial do CPC tem fortes marcas marxistas, suas ações definem – se como instrumento de formação da consciência política do povo, apropriando – se da linguagem popular para transmitir um conteúdo novo.

A campanha De pé no chão também se aprende a ler foi implantada em Natal, Rio grande do Norte, em Fevereiro de 1961, foi brutalmente interrompida nos primeiros dias de abril de 1964, logo após o golpe militar.

MEB – Movimento de Educação de Base

Um programa governamental de alfabetização criado em 1961 pela Confederação Nacional dos Bispos (CNBB). Esse foi o marco do início da história da educação popular no país.  Por ser ligado à Igreja Católica, foi o único movimento de educação popular que sobreviveu ao golpe, sofreu apenas repressão.

Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral)

Com objetivo político de silenciar os movimentos de Educação Populares, em 1967, o governo militar, criou o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). Os militares tinham todo o controle do que seria ensinado.

Durante quase quatro séculos, observa-se o domínio da cultura branca, cristã, masculina e alfabetizada sobre a cultura dos índios, negros, mulheres e analfabetos. No final do século XIX e início do século XX, num contexto de desenvolvimento urbano industrial e sob forte influência da cultura europeia, são aprovados projetos de leis que enfatizam a obrigatoriedade da educação de adultos, objetivando aumentar o contingente eleitoral. No final da década de 50 e início da década de 60, uma nova perspectiva na educação brasileira fundamentada nas ideias e experiências desenvolvidas por Paulo Freire. Este educador idealizou e vivenciou uma pedagogia voltada para as necessidades das camadas populares, realizada com sua efetiva participação e a partir de sua história e de sua realidade, a partir de princípios da educação popular.

Educação de Jovens e Adultos (EJA)

Educação de Jovens e Adultos (EJA)

A EJA surgiu como uma alternativa à escola tradicional, escola esta que havia expulsado aqueles que haviam "perdido" a época regular de fazerem seus estudos e que focalizou muitas vezes as razões desta expulsão em traços ou características individuais das pessoas.

Entendia-se, por educação de adultos, apenas a transmissão assistemática de alguns poucos conhecimentos da cultura letrada, digo leitura e escrita, para os analfabetos. Essa visão estreita da educação estava ligada aos interesses políticos e econômicos das elites que entendiam que para os analfabetos bastava o domínio superficial da leitura e da escrita, pois assim seria possível manter a “ordem social” instituída.

A educação de jovens e adultos, de acordo com a LDB, é uma modalidade da Educação Básica, nos seus níveis fundamentais e médio, sendo reconhecida como direito público subjetivo no nível fundamental.

ReferênciasBRASIL, Cristiane Costa. História da alfabetização de adultos: de 1960 até os dias de hoje.COSTA, Antônio Cláudio Moreira. Educação de jovens e adultos no Brasil: novos programas , velhos problemas. FÁVERO, Osmar. Memória das campanhas e movimentos de educação de jovens e adultos (1947-1966). KULESZA, Wojciech Andrzej. História da educação popular no brasil : uma interpretação.OLIVEIRA, Iolanda Carvalho. ANÁLISE E CONCEITOS: a linha histórico-filosófica da Educação Popular. Universidade Federal da Paraíba – CE – PPGE.