Colhedorasfeijão
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uanto custa!Os custos da colheita de feijão variam muito de um sistema para outro, sendo um
dos principais critérios avaliados para definir o tipo de colheita, porém fatorescomo mão-de-obra e as perdas também devem ser observados
Avaliou-se o custo da colheita do
feijão, relativo ao sistema de co-lheita semimecanizado e meca-
nizado realizado em propriedade situada naregião sudoeste do Estado de São Paulo, re-gião tradicional na produção de feijão, emuma propriedade com área de 200ha e pro-dutividade de 57 sc/ha. O valor da mão-de-
obra foi o utilizado na região na última co-lheita e os preços das máquinas referem-sea janeiro de 2004. No cálculo do custo ho-rário das máquinas utilizou-se a metodolo-gia do Instituto de Economia Agrícola, com-posto dos custos variável e fixo (Tabela I).
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A colheita manual é feita em duas fases,sendo a primeira realizada através da con-tratação de mão-de-obra manual para o ar-ranquio e enleiramento e a segunda execu-
TabelaI - Custohoráriodasmáquinaseequipamentosutilizadasnacolheitadefeijão,emreais
~ IIIWilIIIICustovoriável 30,41Custofixo 20,90Custototolhorário 51,31
Tempoem 1 ha
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10,2030,5040,700,35
13,0823,2536,330,83
4,17
Fonte: Instituto de EconomioAgricolo do Agencio de Poulisto de Tecnologio dos
Agronegócios,IIWAPTAJ.
www.cultivar.inf.br
tada por máquina recolhedora e trilhadora.A colheita manual apresentou custo de R$
I 58,80/ha ou R$ 2,78/sc. Sendo que a opera-ção de arranquio e enleiramento manual teveum custo de R$ 125,00/ha ou R$ 2,20/sc e aoperação recolhimento e trilha apresentoucusto de R$ 33,68/ha ou R$ 0,59/sc.
A colheita realizada totalmente de for-ma mecanizada utilizando um ceifador/ar-
rancador mecânico para arranquio e a reco-lhedora/trilhadora, apresentou custo de R$109,88/ha ou R$ 1,93/sc. O custo da opera-ção realizada com o ceifador foi de R$ 76,20/ha ou R$ I ,34/sc, sendo o custo de opera-
Março2004
"Outro fator importante da colheita mecânica é o monitoramentodas perdas, que são muito maiores nesse tipo de operação"-
ção da recolhedora o mesmo da operaçãomanual (R$ 33,68 lha ou R$ 0,59/sc).
Nas condições apresentadas, a colheitamecânica apresenta-se como melhor opçãoem relação aos custos de operação. Mas umadecisão de troca do sistema de colheita ma-
nual para o totalmente mecanizado devebasear-se em análise econômica que leve emconta também o valor do investimento em
equipamentos apropriados (ou valor do alu-guel desses equipamentos), sendo que adecisão final vai depender principalmente,da escala do empreendimento e que os gan-hos adicionais líquidos adquiridos com anova modalidade seja maior que os ganhoslíquidos da modalidade em uso.
Além disso, deve-se avaliar outras con-dições necessárias para o uso, por exemplo,do ceifador que requer uma sistematizaçãodo solo, que pode levar o produtor a incor-rer em custos adicionais.
A adoção da colheita mecânica podeser uma solução para os problemas traba-lhistas ocorridos com contratação de mão-de-obra, mas pode se tornar um transtor-no se não possuir mão-de-obra especi-alizada e não execu tar a otimização doconjunto mecanizado principalmente emrelação ao número de horas de utilizaçãono ano. Outro fator importante da colhei-ta mecânica é o monitoramento das per-das, que são muito maiores nesse tipo deoperação.
Os custos de produção podem ser utili-zados como indicadores na opção de siste-mas de colheita, mas um estudo de viabili-dade econômica detalhado deve ser utiliza-do na tomada de decisão. rn
Marli Dias Mascarenhas Oliveira,Instituto Econômico Agrícola
CustodacolheitadefeiiãoteneirizadaUma alternativaparacolheitado fei-
jão é a terceirizaçãode colhedoras.Esteserviçofoi avaliado.em umafazendalo-calizadanoestadodo MatoGrosso.comáreade. aproximadamente.400 ha e produtivida-demédiade30 a35 sacosdefeijãopor ha.Aoperaçãofoi realizadacomacolhedoraalemã.Class. pois segundo o produtor. apesardepossuir uma colhedorade grãosconvencio-nal em sua propriedadeesta não conseguiuatingiro rendimentonecessário.fazendocomque eleoptassepor terceirizaro serviço.
O custo total paraa colheita por ha foide R$ 168.27 ou R$4.81/Sc.O custo daco-
Iheitaficou distribuídoda seguintemaneira:
Aluguel da máquina/ha R$ 140.00Óleo diesel!ha R$ 28.00Alimentaçãodo operadore!haR$ O27CUSTO/ HA R$ 168.27
Ao custo total da colheita pode aindaser acrescentado o valor do frete para otransporte da máquina. que dependemui-to da localizaçãoda propriedadeedaquan-tidade de hectaresa ser colhida e ainda o
custo do dessecanteque. se aplicado. fa-cilita o processode colheita.
Nascondiçõesapresentadasa colheitamecânicamostrou-semaisviáveleconômicamente,porémantesda opçãopor outrosistema,diversosfatoresdevemserobservados
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Barra emborrachadado cilindro
de trilha da colhedoraMF34
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(olhedorosfeijão
As colhedoras de grãos devem ali-ar duas características antagôni-cas que são a versatilidade e a alta
qualidade na colheita, pois o agricultor bra-sileiro espera que a sua colhedora trabalheem qualquer cultura que ele vier a cultivar,e com certeza ele não irá tolerar um traba-
lho de baixa qualidade. Essa é a necessida-de da nossa agricultura, pois precisamos re-duzir custos e aumentar qualidade, que le-vam ao domínio das máquinas com trilhado tipo tangencial no mercado.
Para cultivos de características tão es~
pecíficas como o feijão, muitas dessas ma-quinas apresentam "kits", os quais devemser instalados para um melhor trabalho.Esses equipamentos extras da máquina de-
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vem ser de fácil colocação e remoção, poisserão usados apenas em alguns trabalhos,além disso os dispositivos terão de ter b.aixocusto. Dessa forma, os produtores serão es-timulados a incorporá-Ios à colhedora, per-mitindo otimizar o processo de colheita dofeijão e aumentar sua rentabilidade.
MASSEYFERGUSON
A Massey Ferguson disponibiliza de umkit para ser adaptado nas colhedoras con-vencionais, permitindo que ela possa colhertambém feijão.
O kit para a colheita do feijão necessitamelhorar basicamente três pontos da colhei-tadeira: o recolhimento das plantas que na
Mor~o2004
"Para cultivos de características tão específicas como o feijão, muitas dessas maquinas
apresentam "kits", os quais devem ser instalados para um melhor trabalho"-
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maioria estão deitadas e acamadas no solo;a trilha deve possuir uma velocidade de girobaixa, inferior a 300 rpm muitas vezes; e oscanais condutores do material devem pos-suir recursos extras para retirar impurezasque estão junto aos grãos, principalmenteterra.
As duas linhas de colheitadeiras MasseyFerguson possuem a opção de um kit paracolheita de grãos sensíveis como o feijão.
A MF 5650 e a MF3640 têm o kit com
a seguinte composição básica: fundo do ca-nal alimentador perfurado, bandeja alimen-tadora com seção perfurada, tampas dos ele-vadores perfuradas, corrente do elevador degrãos com canecas, polia da embreagem,polia variadora do cilindro de trilha, correia
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Morço2004
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variadora das rotações do cilindro e exten-sões das hélices do caracol.
A MF 34 e a MF 38 também podem serconfiguradas de fábrica com um redutormecânico epicicloidal, para o cilindro de tri-lha, barras do cilindro emborrachadas, o queseriam as principais diferenças da configu-ração usada na linha 30. No restante, é si-milar com o fundo do canal alimentador
perfurado, bandeja alimentadora com seçãoperfurada, tampas dos elevadores perfura-das, corrente do elevador de grãos com ca-necas. Sempre buscando preservar a quali-dade do grão.
Os preços das colhedoras da Massey Fer-guson variam en tre R$ 310 mil e R$ 450mil.Os modelos MF 5650 e MF 3640 custam
entre R$ 310 mil e R$ 320 mil, mas o pro-dutor deve acrescentar mais o kit de feijãono valor de R$ 15 mil. O modelso MF 34 eMF 38 custam aproximadamente R$ 450mil e também necessitam do kit de adapta-ção no valor de R$ 15 mil reais. Os custospodem variar tanto para as colhedoras comopara o kit de acordo com cadaregião,já queos impostos e fretes que incidem sobre ovalor também são diferentes dependendo dalocalização.
JOHNDEERE
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AJohn Deere dispõe de pelo menos qua-tro opções que também podem ser usadaspara colher feijão. Com as colhedoras 9650STS e 9750 STS, o operador leva menos demeia hora para fazer os ajustes necessáriospara sair de uma lavoura de soja e passarpara uma lavoura de feijão.
Produzidas no Brasil desde 2002, as co-lhedoras John Deere STS (Single Tine Se-
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Kitque permite adaptar acolhedoraconvencional para a colheita do feijão
paration) possuem sistema de trilha e se-paração longitudinal. O sistema de limpezaDyna-Flo realiza o processo em três etapas,o que proporciona grãos mais limpos e índi-ce de perdas menor.
Além de colhedoras de grande portecomo as STS, a John Deere oferece tam-bém opções para outros tamanhos de la-voura. Os modelos 1450 e 1550, por exem-plo, têm demonstrado bons resultados emlavouras de feijão, que podem ser adapta-das para esta cultura com a instalação deum kit. De porte menor, os modelos JohnDeere 1165 e 1175, também oferecem asmesmas facilidades e excelentes resultados
para quem procura máquinas de bom ren-dimento e que proporcionem um produtofinal de qualidade.
No caso da John Deere, as colhedo-ras já com adaptação dos kits para feijãoe frete incluído, na região de Cruz Alta(RS), podem custar entre R$ 620 mil eR$ 702 mil nos modelos 9650 e 9750 dalinha STS e R$ 390 mil no modelo 1450,com possibilidade de financiamento peloFiname especial. rn
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Os kit' s permitem que em pouco mais de meia hora,
o produtor passe da colheita de soja para a de feijão
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'Colhedorasfeijão
Fotos Colombo/Miac
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Aceiflex pode ser acoplada a di-versos modelos e marcas decolhedoras automotrizes exis-
tentes no mercado. Possui sistema hidrá-
ulico independente da automotriz, com-posto por reservatório hidráulico de 160litros com trocador de calor ar/óleo, fil-
tro de linha e bomba para acionamentodos motores hidráulicos.
A barra de corte é flexível com op-ções de tipos de dedos para melhor adap-tação às diversas condições de colheita.O curso das facas de 85 mm permite ocorte nos dois sentidos de trabalho. O
rolo recolhedor possui dedos flexíveissoldados em base de borracha para levan-tamento e recolhimento das plantas.Dessa forma, evita-se o corte de vagensrentes ao solo diminuindo as perdas.Uma válvula reguladora de velocidade dorolo recolhedor permite sua adaptação àvelocidade de operação da colhedora.
A caixa de navalha é da Schumacher
de comprovada qualidade e lubrificadacom graxa, evitando danos por falta delubrificação que normalmente ocorremnas caixas lubrificadas a banho de óleo.
As esteiras transportadoras concen-tram as plantas de feijão na parte cen-tral da máquina descarregando as plan-tas em leiras abaixo da automotriz. Todo
esse trabalho é realizado sem causar qual-quer dano às plantas evitando debulhasprecoces, e as consequentes perdas.
Ao cortar e enleirar o feijão logo após
--. l'1aqulnas
o término da maturação a CEIFLEX per-mite uma s~cagem mais rápida e unifor-me deixando a cultura no ponto idealpara ser recolhida e trilhada. Não há ne-cessidade de uso de dessecantes que en-caresse o processo de colheita. O resul-tado é um feijão sem escurecimento poração do sol, sem barreamento pelo con-tato com a terra durante a trilha e sem
bandinha. Nosso objetivo final é a qua-lidade sem perda do valor comercial dofeijão.
RECOLHEDORAETRILHADORADE FEIJÃO
Utilizando apenas um trato ris ta, aDouble Master 11,recolhe e beneficia até30 toneladas de feijão por dia. Recolheas leiras de feijão através dos dedos fle-xíveis que conduzem o material para orolo intermediário que tem a função deelevar o material recolhido até o cilindro
direcionador. Esse cilindro que possui he-licóides direcionadas dos extremos parao centro, conduz as plantas de feijão atéa entrada do sistema de trilha. A unida-de recolhedora é sustentada por um sis-tema de molas e rodas guias que permi-tem uma perfeita regulagem da altura detrabalho dos dedos flexíveis (eles traba-lham rentes ao solo) além de copiar asirregularidades do terreno resultandonum recolhimento sem perdas e sem pre-sença de terra.
O cilindro trilhador com seus dedos
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batedores e o côncavo com orifícios de
20 mm compõem o exclusivo sistema detrilha e separação de fluxo axial de baixoimpacto - Fabi. Esse sistema possui re-gulagens da intensidade e do tempo detrilha permitindo a colheita do feijão emqualquer condição de umidade, desde omais verde até o mais seco, sem prejudi-car a qualidade dos grãos. A disposiçãohelicoidal dos pinos batedores no siste-ma Fabi também evita que a tela perfu-rada fique obstruida pelas impurezas, fa-cilitando a pasagem dos grãos para a pe-neira vibratória. O sistema Fabi, por serde baixo impacto, não ocasiona quebrasou danos aos grãos que podem ser desti-nados para uso como sementes.
Na extremidade final do cilindro tri-
lhador existe um rotor de aletas que lan-ça toda a palhada para fora da máquina.Grãos de feijão, vagens verdes e peque-nas impurezas que atravessaram o côn-cavo caem na peneira vibratória que ostransporta para a parte traseira da má-quina onde um duto de sucção eliminatodas as pequenas impurezas. As vagensverdes caem no depósito de vagens e osgrãos, perfeitamente limpos, são direci-onados para o elevador de grãos. Atravésde canecas de polietileno esses grãos sãotransportados para a caçamba granelei-ra.
O sistema de descarga de acionamen-to hidráulico é basculante, evitando ros-cas sem fim que prejudicam a qualidadedos grãos ou sementes. Com a DoubleMaster 11 o seu feijão recebe um trata-mento especial, durante o recolhimentoe trilha. Você pode colher o feijão a qual-quer hora, a qualquer tempo, e com mui-to mais qualidade. Na hora da venda seulucro é certo.
O preço da Ceiflex pode variar entre R$58 mil e R$ 62,3 mil e a Double Master 11varia entre R$ 44,5 mil e R$ 47,8 mil, de-pendendo do estado brasileiro. rn
Na extremidadedo cilindrotrilhadorhá um rotor
de aletas que lan§aa palhapara fora da máquina
Março2004