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ABNT/ONS-58 1º PROJETO 58:000.13-001/1

DEZ 2010

NÃO TEM VALOR NORMATIVO

Ensaios não destrutivos — Terminologia — Parte 1: Descontinuidades em juntas soldadas

APRESENTAÇÃO

1) Este 1º Projeto de Norma foi elaborado pela Comissão de Estudo de Terminologia (CE-58:000.13) do ABNT/ONS-58 – Ensaios Não Destrutivos, nas reuniões de:

25.11.2008 22.07.2008 19.08.2008

21.10.2008 - -

2) Não tem valor normativo;

3) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus comentários, com documentação comprobatória;

4) Este Projeto de Norma será diagramado conforme as regras de editoração da ABNT quando de sua publicação como Norma Brasileira.

5) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

Participante Representante

ABENDI Ana Paula M. Giolo

ABS Daniel Almeida

Brasitest Antônio Carlos A. Miranda

Cosipa Reinaldo Costa

END-Check Luis Sérgio Imada

Engemasa Miguel E. de Avellar

FBTS Wiltom S. da Silva

JBS Marcelo Neris de Santana

Metal-Chek Antonio Marcos Venanzi

Petrobras Celso Hiroshi Kawasaki

Petrobras José Carlos Lobato da Cunha

Petrobras Mauro dos Santos Alcatrão

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Ensaios não destrutivos — Terminologia — Parte 1: Descontinuidades em juntas soldadas

Non-destructive testing – Terminology – Discontinuities in welded joints

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A ABNT NBR 00000, sob o título geral “Ensaios não destrutivos — Terminologia”, tem previsão de conter as seguintes partes:

Parte 1: Descontinuidades em juntas soldadas;

Parte 2: Descontinuidades em fundidos;

Parte 3: Descontinuidades em forjados e/ou laminados.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope

This Standard defines the terms used in the description of discontinuities in metallic materials, coming from manufacturing processes, assembly or operation, detectable by nondestructive testing.

1 Escopo

Esta Norma define os termos empregados na denominação de descontinuidades em materiais metálicos, oriundos de processos de fabricação, montagem ou operação, detectáveis por meio de ensaios não destrutivos.

2 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

2.1 descontinuidade interrupção das estruturas típicas de uma peça, no que se refere à homogeneidade de características físicas, mecânicas ou metalúrgicas

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2.2 abertura de arco imperfeição local na superfície do metal de base ou do cordão, resultante da abertura do arco elétrico

2.3 ângulo excessivo de reforço ângulo excessivo entre o plano da superfície do metal de base e o plano tangente ao reforço de solda, traçado a partir da margem da solda (ver Figura 1)

Figura 1 — Ângulo excessivo de reforço

2.4 cavidade alongada vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo da solda podendo estar localizado:

a) na solda (ver Figura 2 a);

b) na raiz da solda (ver Figura 2 b).

Figura 2 — Cavidade alongada

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2.5 concavidade reentrância na raiz da solda, podendo ser:

a) central, situada ao longo do centro do cordão (ver Figura 3 a);

b) lateral, situada nas laterais do cordão (ver Figura 3 b).

Figura 3 — Concavidade

2.6 concavidade excessiva solda em ângulo com a face excessivamente côncava (ver Figura 4)

Figura 4 — Concavidade excessiva

2.7 convexidade excessiva solda em ângulo com a face excessivamente convexa (ver Figura 5)

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Figura 5 — Convexidade excessiva

2.8 deformação angular distorção angular da junta soldada em relação à configuração de projeto (ver Figura 6), exceto para junta soldada de topo (ver embicamento)

Figura 6 — Deformação angular

2.9 deposição insuficiente insuficiência de metal na face da solda (ver Figura 7)

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Figura 7 — Deposição insuficiente

2.10 desalinhamento junta soldada de topo, cujas superfícies das peças, embora paralelas, apresentam-se desalinhadas, excedendo a configuração de projeto (ver Figura 8)

Figura 8 — Desalinhamento

2.11 embicamento deformação angular de junta soldada de topo (ver Figura 9)

Figura 9 — Embicamento

2.12 falta de fusão fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base ou entre passes da zona fundida, podendo estar localizada:

a) na zona de ligação (ver Figura 10 a);

b) entre os passes (ver Figura 10 b);

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c) na raiz da solda (ver Figura 10 c e d).

Figura 10 — Falta de fusão

2.13 falta de penetração insuficiência de metal na raiz da solda (ver Figura 11)

Figura 11 — Falta de penetração

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2.14 inclusão de escória material não metálico retido na zona fundida, podendo ser:

a) alinhada (ver Figura 12 a e b);

b) isolada (Figura 12 c);

c) agrupada (Figura 12 d).

Figura 12 — Inclusão de escória

2.15 inclusão metálica metal estranho retido na zona fundida

EXEMPLO Inclusão metálica de tungstênio em solda TIG (GTAW).

2.16 microtrinca trinca com dimensões microscópicas

2.17 mordedura depressão sob a forma de entalhe, no metal de base acompanhando a margem da solda (ver Figura 13)

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Figura 13 — Mordedura

2.18 mordedura na raiz mordedura localizada na margem da raiz da solda (ver Figura 14)

Figura 14 — Mordedura na raiz

2.19 penetração excessiva metal da zona fundida em excesso na raiz da solda (ver Figura 15)

Figura 15 — Penetração excessiva

2.20 perfuração furo na solda (ver Figura 16 a) ou penetração excessiva localizada (ver Figura 16 b), resultante da perfuração do banho de fusão durante a soldagem

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Figura 16 — Perfuração

2.21 poro vazio arredondado, isolado e interno à solda

2.22 poro superficial poro que emerge à superfície da solda

2.23 porosidade conjunto de poros distribuídos de maneira uniforme, entretanto não alinhada (ver Figura 17)

Figura 17 — Porosidade

2.24 porosidade agrupada conjunto de poros agrupados (ver Figura18)

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Figura 18 — Porosidade agrupada

2.25 porosidade alinhada conjunto de poros dispostos em linha, segundo uma direção paralela ao eixo longitudinal da solda (ver Figura 19)

Figura 19 — Porosidade alinhada

2.26 porosidade vermiforme conjunto de poros alongados ou em forma de espinha de peixe, situados na zona fundida (ver Figura 20)

Figura 20 — Porosidade vermiforme

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2.27 rechupe de cratera falta de metal resultante da contração da zona fundida, localizada na cratera do cordão de solda (ver Figura 21)

Figura 21 — Rechupe de cratera

2.28 reforço excessivo excesso de metal da zona fundida, localizado na face da solda (ver Figura 22)

Figura 22 — Reforço excessivo

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2.29 respingos glóbulos de metal de adição, transferidos durante a soldagem e aderidos à superfície do metal de base ou à zona fundida já solidificada

2.30 segregação interdendrítica rechupe interdendrítico vazio alongado situado entre dendritos da zona fundida

2.31 sobreposição excesso de metal da zona fundida sobreposto ao metal de base na margem da solda, sem estar fundido ao metal de base (ver Figura 23)

Figura 23 — Sobreposição

2.32 solda em ângulo assimétrica solda em ângulo, cujas pernas são desiguais, estando em desacordo com a configuração de projeto (ver Figura 24)

Figura 24 — Solda em ângulo assimétrica

2.33 trinca fissura descontinuidade bidimensional produzida pela ruptura local do material

2.34 trinca de cratera trinca localizada na cratera do cordão de solda, podendo ser

a) longitudinal (ver Figura 25 a);

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b) transversal (ver Figura 25 b);

c) em estrela (ver Figura 25 c).

Figura 25 — Trinca de cratera

2.35 trinca em estrela trinca irradiante de tamanho inferior à largura de um passe da solda considerada (ver 2.37)

2.36 trinca interlamelar trinca em forma de degraus, situados em planos paralelos à direção de laminação, localizada no metal de base, próxima à zona fundida (ver Figura 26)

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Figura 26 — Trinca interlamelar

2.37 trinca irradiante conjunto de trincas que partem de um mesmo ponto, podendo estar localizada:

a) na zona fundida (ver Figura 27 a);

b) na zona termicamente afetada (ZTA), também conhecida como zona afetada termicamente (ZAT) OU zona afetada pelo calor (ZAC) (ver Figura 27 b);

c) no metal de base (ver Figura 27 c).

Figura 27 — Trinca irradiante

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2.38 trinca longitudinal trinca com direção aproximadamente paralela ao eixo longitudinal do cordão de solda, podendo estar localizada:

a) na zona fundida (ver Figura 28 a);

b) na zona de ligação (ver Figura 28 b);

c) na ZTA (ver Figura 28 c);

d) no metal de base (ver Figura 28 d).

Figura 28 — Trinca longitudinal

2.39 trinca na margem trinca na superfície que se inicia na margem da solda, localizada geralmente na ZTA (ver Figura 29)

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Figura 29 — Trinca na margem

2.40 trinca na raiz trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar localizada:

a) na zona fundida (ver Figura 30 a);

b) na ZTA (ver Figura 30 b).

Figura 30 — Trinca na raiz

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2.41 trinca ramificada conjunto de trincas que partem de uma trinca, podendo estar localizado:

a) na zona fundida (ver Figura 31 a);

b) na ZTA (ver Figura 31 b);

c) no metal de base (ver Figura 31 c).

Figura 31 — Trinca ramificada

2.42 trinca sob cordão trinca provocada pelo hidrogênio que pode estar localizada tanto sob o cordão quanto na ZTA, não se estendendo à superfície da peça (ver Figura 32)

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Figura 32 — Trinca sob cordão

2.43 trinca transversal trinca com direção aproximadamente perpendicular ao eixo longitudinal do cordão de solda, podendo estar localizada:

a) na zona fundida (ver Figura 33 a);

b) na ZTA (ver Figura 33 b);

c) no metal de base (ver Figura 33 c).

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Figura 33 — Trinca transversal