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ABRIL 2011 /// 01

FiniclasseCARRODO ANO

Guarda – Av. São Miguel, Nº 7 (junto ao Pingo Doce) – Tel. 271 093 031Castelo Branco – Parque Industrial, Lote 117 – Tel. 272 326 493

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Abril 2011Director Fundador

João Ruivo

DirectorJoão Carrega

Publicação Mensal Ano XIV K No158

Distribuição Gratuita

www.ensino.euAssinatura anual: 15 euros

Mariano Gago no aniversário da UBI

C p 5

UnIversIDADe

polItécnIco

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Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico.Autorização n.º DE03052011SNC/GSCCS

António Macedo, o jornalista que acorda Portugal na Antena1, crítica o facto de se continuar a premiar os maus alunos e a prejudicar os que têm mérito. Assegura que os professores nunca recusaram ser avaliados e que no meio de toda a confusão instalada quem sofre são os estudantes.

leiria e évora investemnos recursos hídricos

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projecto trAnsFronteIrIço

AcADeMIA

semanas e Queimasentusiasmam alunos

reformas do ensino sem

avaliação

C p 2 A 4Direitos reservados H

IpcB adere a observatório Ibérico

ensIno joveM

Um Índionos trilhosda Música

Direitos Reservados H

Alberto Índio não acredita na fama fácil. Com o álbum de estreia no Top Ten nacio-nal, este jovem músico português vai par-tir para uma digressão pelo país. Enquanto isso não sucede as suas múscicas continu-am a passar nas rádios e no Youtube.

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DIA MUnDIAl

Dança com osQuorum Ballet

C p 16

pub

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pirata. como viveu este momento histórico?

Eu estava descontente com a rádio, por ser de-masiado amadora, e a TSF correspondeu a um ressus-citar do meio radiofónico, com uma cultura completa-mente nova e profissional. Tratou-se de um fenómeno

docentes e a tutela tenham ficado os alunos, os verda-deiros prejudicados com as convulsões que continuam a abalar o sector.

A 29 de Fevereiro, de 1988, lança, às 7 da ma-nhã, a notícia «paz no fisco durante três meses». era o início da tsF, ainda na era

como o país, nas mãos dos gananciosos e dos capi-talistas. O jornalista reco-nhece ainda que o ensino melhorou substancialmen-te em termos de infraes-truturas, mas lamenta que os professores continuem a ser uma classe desvalo-rizada. Macedo denuncia que esquecidos no meio da «guerra» de palavras entre

6 É uma das mais in-confundíveis vozes das manhãs da rádio, primeiro nos míticos anos de funda-ção da TSF e mais recen-temente até à actualida-de, na Antena 1. António Macedo mostra-se muito pessimista em relação ao futuro de Portugal, consi-derando que o Sporting, o seu clube do coração, está

educação penaliza quem tem méritoAntónIo MAceDo, jornAlIstA

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absolutamente extraordi-nário, que começou por ser uma rádio local pirata e depois progrediu, de forma imparável, por esse país fora. O dia 29 de Feverei-ro foi intensíssimo, após 2 meses a trabalhar con-tra a parede, como se diz na gíria, testando diversos modelos. Naquele momen-to foi meter em prática o modelo julgado ideal e co-locá-lo à consideração do ouvinte.

A equipa fundadora da tsF rádio era muito jovem na altura. Hoje, a maior parte, são jornalistas ou decisores de proa em di-versos meios de comuni-cação. Qual é a explicação?

De facto cerca de 95 por cento era gente nova, entre técnicos, animado-res e jornalistas, formada integralmente pela própria TSF, no curso ministrado pela rádio. Tirando os já veteranos de então, o di-rector Emídio Rangel, que “meteu a panela ao lume”, David Borges, Carlos Andra-de, Francisco Sena Santos, Luís Marinho, Jerónimo Pi-mentel e eu próprio, todos os outros eram miúdos de 21/22 anos formados no primeiro curso da TSF. Co-nheci-os ali. Estou a lem-brar-me do Miguel Barroso e do José Fragoso, hoje am-bos com cargos de direcção na RTP, João Almeida, hoje na direcção da Antena 2, Ana Margarida Póvoa e o José Manuel Mestre, dois repórteres de grande nível hoje na SIC.

emídio rangel foi o homem do leme de dois projectos decisivos no pa-norama audiovisual portu-guês, a tsF e a sIc. como o define?

Rangel é um visioná-rio no melhor sentido da expressão. Um verdadeiro sonhador e aventureiro, com a característica acres-cida de conseguir motivar como ninguém as equipas que liderava, independen-temente das discussões e

polémicas que foram ali-mentadas. Relativamente à TSF viu muito mais longe do que toda a gente. Foi o seu trabalho de fundador, e a forma como a equipa por si escolhida executou o que ele idealizou que per-mitiu que a rádio de infor-mação, 23 anos depois de ter sido criada, se mante-nha uma referência. Pode ter algumas oscilações, mas conserva o registo e o ADN de sempre.

A tsF marcou uma épo-ca no início dos anos 90, colocando políticos em antena às 7 da manhã, es-palhando repórteres pelo mundo onde havia a no-tícia e com slogans muito chamativos. A diferença re-sidiu aqui?

O paradigma da rádio em Portugal foi completa-mente alterado com o nas-cimento da TSF. Na altura existiam projectos de infor-mação com alguma quali-dade, mas demasiado aco-modados. Lembro-me da Renascença, da Comercial e também da Antena 1, que pecava por emitir informa-ção algo estatizada e hie-rarquizada. A TSF rompeu com isso. O noticiário tanto podia abrir com um tema de política ou de interna-cional. Recorrendo a uma imagem de fácil apreensão, uma pedra solta na calçada podia ser mais importante que uma audiência entre o primeiro-ministro e o líder da oposição. Era a materia-lização do tal slogan que saiu da cabeça do Paulo Bastos, um dos miúdos da fornada fundadora: «Por uma boa história, vamos ao fim da rua, vamos ao fim do mundo».

A cobertura do incên-dio do chiado e da guerra do Golfo são dois aconte-cimentos de referência na afirmação da rádio. como recorda esses momentos?

Na guerra do Golfo lem-bro-me que quando acordei de madrugada o conflito já tinha rebentado e fui logo

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António Macedo, a voz das manhãs da Antena1

para o estúdio fazer o horário da manhã. A redacção do 7.º andar da Torre das Amorei-ras fervilhava e fizemos uma emissão non-stop durante quase 24 horas. Mas recordo, em termos do que pode ser considerada uma emissão maratona, o buzinão na pon-te 25 de Abril, no verão de 1994. E, não me-nos importante, e recuando às origens, a 2 de Março de 1988, em pleno cavaquismo, 48 horas depois do início da TSF, cobriu-se a greve geral durante todo o dia, de uma forma muito arrojada para a altura. Quando havia noticia que se justificasse os directos mantinham-se em permanência, rompendo-se com a lógica dos noticiários de hora a hora, que se resumia à leitura de comunicados e informações à impren-sa. Obviamente que o incêndio do Chiado foi outro momento marcante. A TSF foi a primeira a dar a alarme, durante a madru-gada de 25 de Agosto de 1988, através do repórter Nuno Roby, que passa perto do local quando regressava a casa. O Rangel reuniu as tropas em pouco tempo e fez-se uma emissão memorável.

Ficou célebre a dupla que fez em ante-na com o jornalista Francisco sena santos, agora retirado do meio radiofónico. como foi trabalhar com ele na coordenação das manhãs informativas?

Costuma-se dizer que não há insubsti-tuíveis, mas o Sena Santos é insubstituível. Tem qualidades e uma maneira única de comunicar, aliado a um espírito vivíssimo e culto, sempre atento aos detalhes. Ele conseguia a partir do nada construir uma noticia com interesse e fundamento. Em termos de comunhão em antena, não te-nho dúvidas em afirmar que foi o grande companheiro que eu tive.

o advento das televisões privadas mu-dou muito o panorama mediático. As rá-dios perderam alguma da influência e das audiências que tinham. concorda que se perdeu alguma da magia do éter?

A magia e o mistério da rádio foram perdidos há muito tempo. A ideia do ar-tista da rádio e da caixinha mágica que tem lá dentro os senhores a cantarem e a falarem morreu há muito. A rádio hoje tem outra função e utilidade, tem outras exigências e responsabilidades. Se qui-ser deixou de ser um mero meio de puro entretenimento, mas foi-se refinando em termos de importância e responsabilidade social. Dou-lhe o exemplo da tragédia da Madeira, a 20 de Fevereiro de 2010, onde foi a informação útil e preciosa difundida pela rádio que salvou vidas, uniu pessoas e minorou razoavelmente o impacto dos fatais acontecimentos. A rádio ainda tem meios, alcance e uma genuinidade que outros órgãos de comunicação social não dispõem.

A rádio já não se ouve apenas no rádio de pilhas, também é possível aceder atra-

vés da internet. como vê este novidade?

A rádio não tem que temer o poder da internet, deve vê-la como uma oportunida-de. Só tem a lucrar com isso, pois é possí-vel chegar com mais facilidade às pessoas, em directo ou em diferido, mantendo as suas características essenciais e adaptan-do-se à especificidade da net. Hoje é segu-ramente mais fácil sintonizar a Antena 1 em Washington do que há seis anos atrás.

o serviço público de rádio completou recentemente 75 anos. cumpre-se na prá-tica o que está no papel?

O conceito de serviço público é mui-to vago. O que é claro é o contrato de concessão estabelecido entre o Estado e a empresa RDP, existindo nesse vínculo, direitos e deveres. Neste particular devo dizer que é escrupulosamente respeitado e, em muitos casos, largamente superado, nomeadamente em termos informativos e na vertente cultural. Dou o exemplo da obrigatoriedade de emitir música portu-guesa cumprindo as quotas mínimas es-tabelecidas.

o director da rDp, rui pêgo, chamou-

lhe recentemente uma «lenda viva» da rá-dio. Fica embaraçado ou orgulhoso?

Já cá estou há muitos anos (risos). Não quero estar com falsas hipocrisias, mas depois da morte do António Sérgio sou provavelmente o último radialista no activo e a tempo inteiro de uma geração de ouro. Para se conseguir algum nome no meio rádio são precisos muitos anos, re-petir, insistir, etc. É a repetição sistemática e sucessiva de pessoas e acontecimentos que acaba por fidelizar públicos.

o FMI aterrou em portugal e parece que veio para ficar. como vê o país neste mo-mento?

É uma crise existente, mas é uma falsa crise, porque foi provocada pela ganância e pelo capitalismo desenfreado. Admito que foram acumulados erros na gestão do país, mas o cerne do que estamos a sofrer resulta da forma como a Europa dos 27 e o mundo estão organizados. E da enorme especulação. Há um ano atrás seriam muito poucos os portugueses que sabiam o que eram as agências de rating, Fitch, Moddy’s e Standard & Poor’s. A pri-meira coisa que eu perguntei na redacção foi: «Quem é esta gente», «quem manda nisto»?

está a dizer que estamos a ser vítimas fáceis dos especuladores?

Eu recomendo vivamente que quem perdeu a exibição no cinema, veja o filme «Inside Job», onde se retratam os verda-deiros contornos dos bastidores da crise que atravessamos. 48 horas antes do co-lapso do Lehman Brothers, que foi o pri-meiro dominó a cair e que arrastou outros, o rating deste banco era A-A-A, o máximo. Então são estas agências que monitorizam a dívida pública portuguesa e aferem a cre-dibilidade das nossas contas públicas?

Mas todo o mal que nos assola resulta do exterior? Onde ficam as culpas próprias?

A crise não é de agora. Retrocedo a 1999, quando o “bondoso” engenheiro Guterres, então primeiro-ministro, numa longa entrevista à revista «Visão», disse não estar nada preocupado com o endivi-damento das famílias portuguesas. Antes pelo contrário. Cito de memória as suas declarações, em que o endividamento era um «sinal positivo» da afirmação saudável da economia. É verdade que os portugue-ses viveram este anos todos acima das suas posses, mas será só culpa deles? E o papel dos bancos que facilitaram o acesso indiscriminado ao crédito fácil? Disso nin-guém fala…

está pessimista com o futuro do país?

Eu com a minha idade não vou ver o país recuperar, nos próximos 15/20 anos. O meu objectivo principal é colocar a minha filha de 18 anos fora de Portugal. Desisti completamente do meu país. Mas acredito que há países do mundo onde o mérito é valorizado. Aqui vive-se um dia de cada vez. Por vezes, nem isso.

Um sector fulcral como a educação tem vivido sob grande turbulência. Que radio-grafia faz do actual sistema educativo?

Digam o que disserem, nomeadamen-te em termos de infraestruturas, o ensi-no melhorou muito. A minha ex-mulher é professora de ensino secundário e talvez por ter lidado de perto com a classe con-sidero que, no essencial, desempenha de forma competente a sua função. Só que até há poucos anos nunca tiveram grandes meios para trabalhar. Relembro que as es-colas eram locais absolutamente odiosos para estudar e leccionar. Um verdadeiro crime. Na «guerra» de argumentos que se tem vindo a travar estou do lado da Fen-prof, mas só lamento nunca ter ouvido as estruturas sindicais tecer uma palavra relativamente aos estudantes. Nunca. O professor é desvalorizado em Portugal, mas a acção concreta das entidades que

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cArA DA notÍcIA

6 António Macedo nasceu em Lisboa, no dia 4 de Novembro de 1950. Nas ondas do éter passou pela Rádio Universidade e Rádio Clube Português, antes de voar para Angola onde no início dos anos 70 torna-se profissional. Regressa a Portugal em 1975 para integrar a equipa da Rádio Comercial, onde fica até 1987. Após um ano de paragem, ingressa na equipa fundadora da TSF. Sai mais tarde para fundar o efémero projecto da Central FM. Regressa à TSF e volta a sair para os corredores da Sampaio e Pina para animação na Rádio Nostalgia. Em 2003, entra na Antena 1, onde ainda se mantém nas manhãs da rádio, entre as 7 e as 11. No jornalismo escrito foi fundador dos jornais «Sete» e «Jornal de Notícias da Tarde» e da revista «Mais». Foi chefe de redacção do jornal do «Sporting» e colaborou nas revistas «Flama» e no semanário «O Jornal», dirigido por Joaquim Letria. Na televisão, fica na memória de todos a locução no concurso «1,2,3», em parceria com Carlos Cruz. Em termos académicos, tem um bacharelato em jornalismo na Universidade Livre de Bruxelas. K

defendem os docentes nunca projecta a sua reivindicação para o lado do estudante e, no fundo, para a valorização dos que estão a aprender.

Há quem diga que é impossível im-plantar uma reforma em portugal. subs-creve?

Os professores nunca recusaram ser avaliados, não queriam era o modelo que lhes estava a ser imposto por uma tutela desastrosa liderada por Maria de Lurdes Rodrigues – Entretanto substituída, devi-do à proximidade de eleições. Creio que o principal problema é não se saber o que se quer reformar por não se ter avaliado ainda o que é preciso mudar no ensino. Há programas curriculares completamente desadequados às necessidades de apren-dizagem de alunos. Para além disso, não se pode continuar a premiar os maus alu-nos e a prejudicar os que têm mérito. Vou dizer algo profundamente reaccionário: no ensino secundário recuava no tempo até

meados dos anos 70 e começava tudo da estaca zero.

Foi criado um grupo no Facebook que apoiou a sua candidatura a presidente do sporting. Queria mesmo lutar pela cadeira do poder de Alvalade?

Essa iniciativa teve um misto de brin-cadeira e seriedade. O objectivo foi criar algo que levasse a prender a atenção da comunicação social e me desse a palavra para me pronunciar sobre este momen-to tão difícil do clube do meu coração. O Sporting vai continuar a afundar-se e o único problema está longe de ser os maus resultados do futebol. O clube está como o país, refém da ganância e do dinheiro

e nas mãos de uma entidade bancária. O drama é este: o Sporting endividou-se para construir um património imobiliário e hoje não é dono desse património. Ao clube pertence uma bancada e o relvado do es-tádio. Já para não falar da ruinosa política de transferências da “geração de Alcoche-te” que foi completamente desbaratada.

Apoio este presidente?

O meu voto foi em Bruno Carvalho, acho que corporizava um novo paradigma. Dependendo dos resultados da equipa de futebol acho que a direcção de Godinho Lo-pes resistirá, pelo menos, um ano. Se cor-rer mal, vamos para eleições e o projecto de ruptura acabará vitorioso nas urnas. K

nuno Dias da silva _ Direitos reservados H

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6 O Ministro da Ciência e do Ensino Superior estará presente, no próximo dia 30 de Abril, no 25º aniversário da Universidade da Bei-ra Interior (UBI). Segundo o progra-ma, as comemorações começam às 14H45 com a recepção dos convida-dos (na Faculdade de Ciências da Saúde), seguindo-se o cortejo, e a sessão solene.

O programa integra as interven-ções do reitor da UBI, e do presi-dente da Associação Académica, a outorga de cartas de agregação, imposição das insígnias doutorais, entrega das medalhas a docentes e funcionários com 20 anos de servi-ço, entrega dos prémios escolares

(entre os quais o do Ensino Ma-gazine) e a assinatura de diversos protocolos.

A sessão será encerrada pelo ministro do Ensino Superior, Maria-no Gago. K

covIlHã e étIcA

T “Aristóteles e a Ética Con-temporânea” foi o tema do colóquio que se realizou na Sala dos Conse-lhos do pólo I da Universidade da Beira Interior nos passados dias 24 e 25 de Março. O Colóquio foi or-ganizado pelo Instituto de Filosofia Prática, contou com a presença de inúmeros convidados a nível nacio-nal e internacional, e tinha como objectivo “o debate e a discussão de ideias”. Até à Covilhã vieram re-putados especialistas da área, como Ricardo Santos, Ursula Wolf, Luís Ve-ríssimo, Jesus Conill, Saulo de Ma-tos, Angela Kallhoff e Marco António Zingano. K projecto plAyer

T O projecto PLAYER - Play and Learn as Young European En-trepreneurs, liderado pelo CIEBI-BIC da Beira Interior e financiado pelo Programa CIP da União Eu-ropeia, consiste num um jogo di-dáctico de competição disponível no FACEBOOK, com o objectivo de estimular o espírito empreende-dor e criativo de jovens entre os 15 e os 30 anos de toda a Euro-pa. O jogo foi desenvolvido pela UTAD, um dos oito parceiros do projecto, que serviu de base ao concurso à escala europeia, o qual visa fomentar o espírito Empreen-dedor dos jovens. Como ponto de partida para o concurso, o PLAYER no Facebook permitiu aos utiliza-dores testar as suas ideias de ne-gócio, trocar impressões com uma comunidade activa e dinâmica, multicultural, de outros utilizado-res. Inovar e fazer uso de uma sé-rie de ferramentas tendo em vista apurar o seu sentido de negócio e desenvolver capacidades reais de planificar empresas e preparar a sua entrada no mundo dos negó-cios. K

InForMátIcA nA UBI

T O Núcleo de Informática da UBI apresentou nos dias 22, 23 e 24 as XX Jornadas Informáticas da Universidade da Beira Interior. As Jornadas tiveram como principal ob-jectivo “fomentar a aproximação de todos os interessados às novas tec-nologias, bem como a algumas no-vidades e projectos actuais na área da informática” e aproveitam para “apresentar novas empresas na área das Tecnologias de Informação e oportunidades de emprego que estas ofereçam”. Foram três dias preenchidos por palestras de vários oradores. O primeiro dia, terça-feira,

foi inteiramente dedicado à Micro-soft, com palestras diversas por par-te de três membros da empresa. K

cApItAl HUMAno nA UBI

T Após o sucesso do Plano de formação da UBI de 2010 foi preparado um Plano para 2011, onde estão contempladas acções de formação nas áreas de conta-bilidade e fiscalidade; informática na óptica do utilizador; gestão e administração; segurança e higie-ne no trabalho; enquadramento na organização/empresa; comércio desenvolvimento pessoal, terapia e reabilitação, saúde, electrónica e automação, construção civil e en-genharia, formação de formadores, línguas, entre outras. O Plano de 2011 teve início em Março com a Formação Pedagógica Inicial de For-madores e visa incentivar, motivar e qualificar PESSOAS ao mais alto nível. Para mais informações dos cursos disponíveis consulte o pla-no enviado em anexo e mais por-menorizadamente o website: www.cfiute.ubi.pt. K

novo presIDente Ucp BrAGA

T João Manuel Correia Rodri-gues Duque acaba de ser nomea-do Presidente do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa. O acto de posse, pre-sidido pelo Reitor da Universidade Católica, Manuel Braga da Cruz, e que contou também com a pre-sença do Senhor Arcebispo Primaz, teve lugar hoje, dia 4 de Abril, no Auditório das instalações da UCP, no Campus Camões. João Manuel Du-que, professor associado com agre-gação, foi até agora Director Adjunto do Núcleo de Braga da Faculdade de Teologia. K

MúsIcA à noIte no MInHo

T Abriu a 11 de Abril, o pra-zo de candidaturas para a licen-ciatura em Música da Universida-de do Minho, cujo acesso é feito por concurso local. O curso de três anos, em regime pós-laboral, tem três áreas de formação: Ci-ências Musicais, Interpretação/ Direcção Coral e Interpretação/ Instrumento (piano, violino, viola, violoncelo, viola dedilha-da, flauta transversal, clarinete, oboé, fagote, cravo, contrabaixo, trompa, trombone, tuba, saxofo-ne, trompete e, a confirmar, per-cussão). Há 40 vagas disponíveis. A primeira fase de candidaturas termina a 6 de Maio; a segunda fase é de 1 a 4 de Setembro. K

Mariano Gago na UBI25º AnIversárIo

6 A intervenção do farmacêu-tico hospitalar melhora significa-tivamente a adesão dos doentes aos medicamentos de controlo da pressão arterial, segundo um estudo realizado na Universidade da Beira Interior. Manuel Mor-gado, investigador do Centro de Investigação em Ciências da Saú-de, revela que a intervenção do farmacêutico aumenta a adesão dos doentes aos medicamen-tos anti-hipertensores, prescri-tos pelos médicos, resultando numa melhoria do controlo da pressão arterial.

Um dos principais obstáculos ao controlo eficaz da hipertensão

arterial (HTA) está relacionado com a falta de adesão do doente ao tratamento com fármacos an-ti-hipertensores. “A HTA é consi-derada uma patologia silenciosa, que não apresenta sintomas, não facilitando, assim, uma adesão do doente a um tratamento não sentido como necessário”, subli-nha o investigador.

Os resultados obtidos por Ma-nuel Morgado baseiam-se num estudo que escolheu, aleatoria-mente, 197 doentes da consulta de Hipertensão do Centro Hospi-talar da Cova da Beira acompa-nhados em ambulatório durante um ano. K

Medicação melhoradaHIpertensão reAlIzADo nA Fcs

6 Henrique Neiva, estudante de Doutoramento em Ciências do Desporto na UBI, sagrou-se Cam-peão Nacional Sénior na prova de 200m Bruços nos Campeonatos Nacionais de Juniores e Seniores, que decorreram no fim-de-sema-na, 1 a 3 de Abril, em Rio Maior. Actualmente, pratica natação pelo Clube Fluvial Vila Condense e de-dica-se ao doutoramento em Ciên-cias do Desporto na UBI, no qual encontrou um dos maiores espe-cialistas em investigação na área da natação a nível nacional, Daniel Marinho, Presidente do departa-mento de Ciências do Desporto da UBI. Segundo Henrique Neiva “o trabalho bastante promissor na área da natação que tem sido desenvolvido pelo docente Daniel Marinho, foi o principal motivo

que me trouxe até à UBI e ao qual me tenho dedicado a tempo intei-ro. Aliás, este título foi para mim uma surpresa, uma vez que ulti-mamente tenho investido muito mais ao meu trabalho académico do que no trabalho desportivo”.

Natural da Póvoa do Varzim e li-cenciado em Desporto Educação Física pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Henri-que Neiva, pratica desporto de competição há 18 anos, tendo já arrecadado 16 títulos. K

campeão de natação estUDAnte DA UBI

expresso H

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Integrar pela “desportiva”nA UBI

6 Dina Miragaia, docente da UBI, acaba por implementar em Portugal o “Fun Fit Fridays”, uma iniciativa que “implica o envolvi-mento de investigadores de dife-rentes áreas disciplinares, profis-sionais da área do deporto, alunos inseridos nos diferentes níveis de ensino do Departamento de Ciên-cias do Desporto e conta com o apoio e patrocínio de empresas. O projecto tem como finalidade utili-zar a prática de actividades despor-tivas no desenvolvimento de capi-tal social com crianças, de forma a melhorar a sua integração social”, começa por explicar. “O grupo dos Estados Unidos contempla crianças com problemas do ponto de vista social e tenta, através das activida-des desenvolvidas, promover com-ponentes tão importantes como a motivação, a liderança, a auto-estima, no fundo, valores sociais que permitam àquele grupo de

crianças uma melhor integração do ponto de vista social, melhorar as questões relacionais que têm com os outros. Na África do Sul o objec-tivo foi o mesmo e a ideia foi criar também um desafio semelhante em Portugal”, acrescenta. Foi pre-cisamente na Casa do Menino Je-sus que encontrou um conjunto de crianças com problemas familiares

e cuja integração nesta iniciativa poderiam beneficiar de motivações para uma maior socialização.

Dina Miragaia sublinha também a participação de antigos alunos nesta iniciativa, a qual acabou por ser coordenada por estudantes de mestrado e finalistas da licenciatu-ra em Ciências do Desporto. K

eduardo Alves _

responsabilidade socialUnIversIDADe De évorA

6 A responsabilidade social, a igualdade, a ética e o ambiente fo-ram os principais temas do Seminá-rio ETHIC que se realizou, no passa-do dia 22 de Março, na Universidade de Évora. A iniciativa, organizada pela Fundação Luis Molina, contou ainda com uma Feira, onde os em-presários tiveram a oportunidade de promover os seus produtos.

Na sessão de abertura do semi-nário, o reitor da Universidade de Évora, Carlos Braumann, realçou a importância do projecto para o de-

senvolvimento regional do Alentejo. Sublinhe-se que o projecto ETHIC, de âmbito comunitário, é centrado nas temáticas da ética, na respon-sabilidade social e nas relações en-tre instituições de investigação e as empresas.

O seminário contou com a pre-sença de pequenas e médias em-presas que apresentaram não só os seus produtos, mas também a ex-periência adquirida através da sua integração no referido projecto. K

noémi Marujo _

Medalha de ouroUnIversIDADe Do MInHo

6 Nuno Sousa, director do cur-so de Medicina da Escola de Ciên-cias da Saúde da Universidade do Minho acaba de ser distinguido com a Medalha de Ouro pelo Mi-nistério da Saúde. “Esta distinção significa o trabalho de uma equipa, que ajudou nomeadamente a criar na Universidade do Minho uma es-cola médica e o Instituto de Inves-tigação em Ciências da Vida e da Saúde”, referiu Nuno Sousa. O res-ponsável é director da licenciatura em Medicina da Universidade do Minho, que é considerada inova-dora no país, ao orientar-se numa

perspectiva integrada bio-psico-so-cial, na linha das recomendações internacionais.

Nuno Jorge Carvalho Sousa, de

42 anos, é também médico, vice-presidente da ECS e coordenador do domínio de investigação em Neuro-ciências no Instituto de Ciências da Vida e da Saúde da Universidade de Minho. É ainda o coordenador do Conselho das Escolas Médicas Portuguesas. Já supervisionou 11 alunos de doutoramento e publi-cou mais de 80 artigos em revis-tas internacionais, entre as quais na revista “Science”. Recebeu três prémios pela suas actividades de investigação e é membro de várias comissões de saúde e de investi-gação nacionais e internacionais. K

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combater o sedentarismoUnIversIDADe técnIcA De lIsBoA

6 A Universidade Técnica de Lisboa, a Faculdade de Motricidade Humana e a Universidade de Lisboa apresentaram o programa “Exerci-se is MedicineTM” em Portugal, um movimento norte-americano, que começa agora a dar os primeiros passos em Portugal por uma popu-lação mais activa e saudável.

Acreditando que o exercício fí-sico é um poderoso determinante da saúde física, mental e social

dos indivíduos, a UTL/FMH, a Uni-versidade de Lisboa e o Instituto de Medicina Preventiva, em parce-ria com outras entidades ligadas à área da Saúde, vão implementar em Portugal o programa ‘Exercise is MedicineTM’.

Este movimento, iniciado em 2007 nos EUA pelo Colégio Ame-ricano de Medicina Desportiva (ACSM) e pela Associação de Mé-dica Americana (AMA), tem como

objectivo incentivar a comunida-de médica a prescrever aos seus utentes o exercício físico como forma de combater o sedentaris-mo, intimamente relacionado com o desenvolvimento de doenças cardíacas, osteoporose e obesi-dade, mas também no apoio à reabilitação de doentes em recu-peração e a redução da morte pre-matura, aumentando a qualidade de vida dos indivíduos. K

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ABRIL 2011 /// 07

Dia da escolaévorA

6 O Dia da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évo-ra, que se realizou no passado dia 16 de Março, teve como prin-cipal objectivo debater o papel da Escola na referida instituição e na região Alentejo.

Na sessão de abertura, José Alberto Machado, Director da Escola de Ciências Sociais, des-tacou a importância dos depar-tamentos que integram a refe-rida escola (Sociologia, Gestão, Economia, História, Filosofia, Linguística e Literaturas, Pedago-gia e Educação, Psicologia), bem como as formações que estes oferecem.

O director sublinhou a criação do primeiro curso de pós-gradu-ação em sistema E-Learning e do

I Curso Internacional de Verão como “apostas estratégicas” da escola. Frisou também a impor-tância do 1º Ciclo de Estudos em Relações Internacionais em regime pós-laboral, dado que é “uma área com muita procura e de excelência na Universidade de Évora”.

Nas comemorações do Dia da Escola, docentes e alunos tive-ram a oportunidade de assistir às seguintes conferências: “A avaliação do trabalho do profes-sor universitário nas suas dife-rentes dimensões”; “A avaliação da investigação em Ciências So-ciais: elementos para uma dis-cussão”; “O desafio das ciências sociais”. K

noémi Marujo _

Aveiro em alta11º FestIvAl nAcIonAl De roBótIcA

6 A equipa Cambada, do De-partamento de Electrónica, Teleco-municações e Informática (DETI), sagrou-se campeã nacional de Fu-tebol Robótico da Liga dos Médios, e a equipa do Projecto ATLAS, do Departamento de Engenharia Mecâ-nica (DEM), obteve o título de Cam-peã Nacional na prova de Condução Autónoma, pela 6ª vez consecutiva, com o robô ATLAS2011.

O grupo do Projecto ATLAS apre-sentou, ainda, na nova competição «FreeBots» o veículo robotizado ATLASCAR, que obteve o primeiro lugar nessa prova na sequência de apresentações e demonstrações pú-blicas avaliadas muito positivamen-te por um júri constituído por desta-cados representantes académicos e industriais do nosso país.

A equipa de futebol robótico CAMBADA (Cooperative Autono-

mous Mobile roBots with Advanced Distributed Architecture) disputou a liga de futebol robótico dos robôs médios e venceu um total de seis jogos, assegurando o 1º lugar na competição pelo 5º ano consecuti-vo. Os robôs marcaram um total de 58 golos e não sofreram nenhum.

Miguel chaves venceUnIversIDADe novA De lIsBoA

6 O projecto de investigação Trabalho em tempos de crise: factores e estratégias de inser-ção profissional entre graduados do Ensino Superior, liderado pelo investigador Miguel Chaves, é o vencedor da 4ª edição do Prémio de Mérito Científico Santander Totta/Nova. A cerimónia na Uni-versidade Nova contou com a presença do Reitor da NOVA, An-tónio Rendas, e do Administrador do Banco Santander Totta, António Vieira Monteiro.

Este trabalho, distinguido com o Prémio de Mérito Científico, no valor de 25 mil euros, assume maior relevância no actual con-texto económico. A inserção pro-fissional dos graduados do Ensino Superior assumiu uma visibilidade social crescente nos últimos anos,

tornando-se objecto de preocupa-ção da sociedade em geral.

A equipa vencedora, liderada por Miguel Chaves, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas,

conta também com os investiga-dores Mariana Gaio Alves e Pedro Portugal, das Faculdades da NOVA, de Ciências e Tecnologia e Econo-mia. K

UtAD distinguiu jovensolIMpÍADAs DA QUÍMIcA júnIor/2011

6 A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro recebeu a 7ª edição das provas regionais das Olimpíadas de Química Júnior, organizadas sob a égide da So-ciedade Portuguesa de Química e destina-se especificamente aos estudantes dos 8º e 9º anos do ensino básico.

Em Vila Real as provas decor-reram durante a tarde nos labo-ratórios do edifício do complexo pedagógico da UTAD e consistiram na resolução de questões baseadas

em observações e manipulações de experiências adequadas aos currí-culos dos 8º e 9º anos de escola-ridade. O evento reuniu 22 escolas de vários concelhos da Região Nor-te num total de cerca de 100 alunos que se mostraram muito entusias-mados e participativos. Os dois pri-meiros lugares foram conquistados pelas equipas Os Isótopos (Joana Queirós, Jorge Gabriel e Marcelo Oli-veira, Felgueiras), e Os Radioactivos (Ana Isabel Batista, Érica Teixeira e Tiago Brito). K

No jogo da final, frente à equipa ISo-cRob do Instituto Superior Técnico, a equipa CAMBADA venceu de forma peremptória por uns expressivos 14-0. Para além dos excelentes resul-tados, os robôs mostraram alguns avanços científicos muito interes-santes. K

criar o próprio empregoenerGIAs renováveIs, tIc e BIotecnoloGIA

6 Como criar o próprio em-prego ou um novo negócio é a questão à qual responde a ini-ciativa Inovação e Empreende-dorismo Sustentado (IES), a mais recente ferramenta de apoio ao empreendedorismo que o Institu-to Empresarial do Minho está a promover. Na forma de um con-curso de ideias, o projecto tem como objectivo apoiar a constitui-

ção de novas empresas ou a con-solidação de ideias com potencial de negócio. O concurso é desti-nado a jovens entre os 18 e 35 anos, recém-licenciados, técnicos qualificados, empregados ou de-sempregados, pessoas singulares ou grupos até cinco pessoas.

Estimular o empreendedoris-mo qualificado e inovador junto da comunidade académica da re-

gião, com especial destaque para o segmento dos técnicos qualifi-cados na situação de emprego ou desemprego, é outro dos objecti-vos do IES. O concurso visa ainda contribuir para a competitividade da região, através da criação de sinergias que fomentem o apa-recimento de novos empreende-dores, projectos e empresas de carácter inovador. K

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Apicultura a duas línguasconGresso IBérIco

6 O Instituto Politécnico de Cas-telo Branco (IPCB) realizou, de 14 a 16 de Abril, o I Congresso Ibérico de Apicultura. A iniciativa decorreu na Escola Superior Agrária albicastren-se e no entender do presidente do IPCB “esta é uma forma das insti-tuições de ensino superior se as-sociarem à actividade económica”.

Carlos Maia revela que “a agri-cultura vai voltar a ter relevância no País e a Escola Superior Agrária está empenhada em apoiar projec-tos, de forma a colocar o conheci-mento ao serviço das pessoas”. No entender do presidente do IPCB “a aproximação do ensino superior às empresas é importante”.

Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco subli-nhou a importância do sector apí-cola na região. “Temos condições para fazer da apicultura uma gran-de actividade da nossa região”, disse para depois sublinhar as con-dições criadas no concelho para a prática daquela actividade. Uma das estruturas de apoio diz res-

peito à melaria construída na zona industrial de Castelo Branco, que permitirá aos apicultores extraírem o mel de forma certificada.

Para a organização, que além da Escola Superior Agrária, in-tegrou elementos da Meltagus, Melbandos e da Universidade de Salamanca, “a apicultura oferece um grande potencial para o desen-volvimento local e regional sendo defendida como uma forma de me-

lhorar o rendimento das famílias, uma fonte de alimento para as po-pulações, matéria-prima de várias indústrias e medicina”. Além disso asseguraram os responsáveis pelo Congresso, “actua como vector de melhoramento e conservação da biodiversidade, incentivo para a conservação de habitats naturais e uma actividade ideal em qualquer programa de conservação flores-tal”. K

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politécnico internacionalIpcB no oBservAtórIo IBérIco

6 O Instituto Politécnico de Cas-telo Branco (IPCB) é um dos parcei-ros de excelência do Observatório Territorial e Ambiental Alentejo, Ex-tremadura e Centro (OTALEX C). Uma plataforma, coordenada pela Junta da Extremadura espanhola, e que tem por objectivo constituir uma plataforma de intercâmbio, de infor-mação e colaboração institucional entre as administrações nacionais, regionais e locais com incidência neste território. O custo total do pro-jecto é de 2,513 milhões de euros e terá a comparticipação do FEDER no montante de 1,884 milhões de euros. Carlos Maia, presidente do IPCB, diz que “os valores envolvi-dos demonstram a capacidade do Politécnico em participar neste tipo de projectos”. O presidente do IPCB acrescenta que “têm sido desenvol-vidas diversas parcerias com insti-tuições espanholas”, sublinhando que “estão reunidas as condições para que este projecto seja um êxito”. Quem também se mostrou satisfeita com o alargamento do projecto à região centro de Portugal, foi a responsável pela Comunida-de Intermunicipal do Alentejo Cen-tral, Teresa Batista. “Este projecto é o culiminar de uma cooperação transfronteiriça que já existe desde 1997”, disse.

Fernado Ceballos, da Junta da Extremadura, adiantou que “com

este projecto foi dado o salto em termos geográficos, através da in-tegração da região centro de Portu-gal”. O projecto pretende assumir-se como uma infra-estrutura de apoio à consolidação da Euro Re-gião Alentejo, Centro, Extremadura (EUROACE). Entre os objectivos do Observatório, destacam-se ainda a “ampliação do âmbito territorial do Observatório Territorial Alentejo-Extremadura, incluindo a região Centro de Portugal, para que se transforme no Observatório Territo-rial Alentejo Extremadura e Centro; a consolidação da infra-estrutura de dados espaciais OTALEX, ampliando o seu âmbito territorial e introduzin-do novas funcionalidades de forma que se envolva a Administração Lo-cal; e a elaboração de uma cartogra-fia de riscos naturais e induzidos do âmbito de actuação”.

O projecto OTALEX-C é promo-vido pela Junta de Extremadura, e tem diversos parceiros como o Politécnico de Castelo Branco, a Co-munidade Intermunicipal do Alen-tejo Central, Diputación de Badajoz, Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, Organismo Autónomo para el Desarrollo Local - Diputación de Cáceres, Centro Nacional de Infor-mação Geográfica, Instituto Geográ-fico Português, CCDR Alentejo, EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SA, Uni-versidad de Extremadura e Univer-sidade de Évora. O Projecto OTALEX C pretende envolver as câmaras e freguesias, de forma a elaborar de uma cartografia de riscos naturais; e obter dados e indicadores de sus-tentabilidade; formação, promoção e divulgação da região envolvida pelo observatório. K

IpcB aposta na bola pArceIro DA AssocIAção De FUteBol

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) é um dos par-ceiros da Associação de Futebol de Castelo Branco na organização da Gala de Futebol Distrital que este ano se realiza na Sertã, no próximo dia 18 de Junho. Carlos Maia, presi-dente do IPCB, relembrou na Sertã que “os protocolos que têm sido celebrados apenas servem “para formalizar relações que existem e estão cada vez mais consolidadas”.

Aquele responsável lidera um organismo que movimenta 45 mi-lhões de euros e que demonstra

“total abertura” para interagir com as comunidades. Por isso, Carlos Maia congratula-se pela realização da 3ª Gala do Futebol na vila da Sertã: “que seja um bom prenúncio para colaborações futuras. O Poli-técnico revela “total disponibilidade para dinamizar na Sertã um conjun-to de actividades” da sua esfera de acção.

“Acreditamos muito na relação com o Instituto Politécnico, tanto ao nível da massa crítica que dispõe como dos recursos humanos”, su-blinhou Carlos Almeida, da AFCB. K

Dias de campoesAcB proMove

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), através da sua Escola Superior Agrária, rea-liza de 4 de Maio a 15 de Junho, diversas acções de formação para alunos do 10º ao 12º ano.

A iniciativa, denominada “Dias de Campo”, decorre todas as quar-tas-feiras, e consiste em aulas de campo com formações em temáti-cas ambientais, agrárias, veteriná-rias e protecção civil ou aulas de laboratório.

De acordo com a organização, “o objectivo das formações passa por sensibilizar os estudantes do ensino secundário para as temá-ticas consideradas prioritárias no contexto das actividades desenvol-vidas na Escola Superior Agrária”.

Além disso, assegura o IPCB, “pretende-se despertar o interesse

dos jovens pelos temas abordados, fornecendo-lhes a possibilidade de usufruírem dos espaços físicos da Quinta de Sra. de Mércules e ainda de serem formados por especialis-tas”.

A inscrição nas acções de for-mação é gratuita e no final de cada uma será emitido o respectivo cer-tificado.

As formações abordarão os se-guintes temas: Estudo da morfolo-gia e identificação de plantas (3h, 4 de Maio); Análise sensorial vs. quí-mica dos gostos básicos (2h, 11 de Maio), Descobrir os Sistemas de in-formação geográfica (3h, 11 Maio), Infusões e tisanas (3h, 18 de Maio), Percurso de orientação (3h, 25 de Maio), Medição de árvores (3h, 8 de Junho), e Conhecer a flora do iogurte (2h, 15 de Junho). K

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enove bate recordeFeIrA De eMpreGo e eMpreenDeDorIsMo

6 A 3ª edição da Enove + teve a maior afluência de sempre. O certame, em que participou o En-sino Magazine, decorreu entre os dias 23 e 24 de Março no Centro de Negócios Transfronteiriço em Elvas. Organizado pela Associa-ção de Desenvolvimento Regional do Instituto Politécnico de Porta-legre, contou com a presença de aproximadamente 30 empresas e instituições nacionais, regionais e da extremadura espanhola.

O Instituto Politécnico de Por-talegre apresentou um espaço onde os visitantes tiveram opor-tunidade, não apenas de conhe-cer a sua oferta formativa, mas de interagir com as actividades desenvolvidas pelos vários cur-sos de licenciatura, com a partici-pação dos estudantes das várias escolas integradas e das diversas estruturas que no seu todo cons-tituem o Instituto Politécnico de Portalegre.

Além das actividades e da promoção das entidades presen-

tes, o Enove + realizou um con-junto de conferências cujo tema central se ligava ao emprego ou ao empreendedorismo.

Para a organização do evento, esta edição teve a particularidade de ser a primeira a decorrer fora da capital de distrito e de ter tido

a maior afluência de sempre de visitantes estudantes do ensino secundário e profissional (cerca de 350 estudantes nos dois dias de feira).

Os responsáveis pelo Enove revelam que os inquéritos efec-tuados aos visitantes do certame

se mostraram satisfeitos com o espaço do IPP, seguindo-se a im-portância que sentem que esta feira tem para a região e por ulti-mo as empresas envolvidas nes-ta feira. Já os expositores iden-tificaram como motivos que os levaram a participar na Enove +

a apresentação de projectos actu-ais, o estabelecimento de contac-tos de negócios e a apresentação de projectos futuros.

A 4ª edição da Enove + irá decorrer na primeira quinzena de Março de 2012, desta vez na cida-de de Ponte de Sôr. K

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Guarda faz jornadas de saúdenA GUArDA

6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai promover, no dia 29 de Abril de 2011, as IV Jornadas Nacionais sobre Tecnologia e Saúde.

Divulgar os mais recentes pro-jectos na área da tecnologia aplica-da à saúde e aprofundar o diálogo entre investigadores e profissionais/estruturas de saúde (médicos, en-fermeiros, técnicos, profissionais e estudantes das áreas da saúde e da tecnologia) são os principais objec-tivos destas Jornadas, já projectadas em termos nacionais e internacio-nais. Procura-se ainda incrementar a interacção entre ensino superior e as empresas vocacionadas para as áreas subjacentes a este evento.

Os interessados podem obter a ficha de inscrição e outras informa-ções em http://www.ipg.pt/tecnolo-

santarém medicinalesAs

6 Cultivar plantas com fins medicinais ou agroambientais é um filão por explorar em Portugal, esperando os autores de um livro que reúne os saberes da agrono-mia e da farmácia que este poten-cial passe a ser mais explorado.

“A ideia era facultar aos agri-cultores que queiram enveredar pela cultura destas plantas, que têm um potencial enorme, algu-ma ferramenta”, disse à agência Lusa Natália Gaspar, docente da Escola Superior Agrária (ESAS), do Instituto Politécnico de Santa-rém), que escreveu, juntamente com António Proença da Cunha e Odete Roque, o livro “Cultura e Utilização de Plantas Medicinais”.

Editado pela Fundação Calous-te Gulbenkian, o livro descreve para cada uma das 60 espécies re-feridas aspetos botânicos, ecoló-gicos, farmacológicos e agronómi-cos, aborda aspetos relativos ao cultivo, colheita e processamento, além da distribuição geográfica e da indicação das partes da planta a utilizar.

“Isto das plantas medicinais é preciso muito cuidado, porque é preciso conhecer-se bem, já que há também plantas muito tóxicas e outras com efeitos secundários a longo prazo”, sublinhou. A ne-

cessidade de reunir informação que estava dispersa e sistemati-zar os conhecimentos existentes nesta área surgiu quando a ESAS iniciou o mestrado de produção de plantas medicinais, disse Natália Gaspar, referindo que o livro indi-ca os nomes comuns das plantas usados tanto em Portugal como no Brasil, país com muita tradição nesta área e onde António Proença da Cunha tem “grande implanta-ção”.

Além do uso na medicina hu-mana e animal, Natália Gaspar re-feriu as potencialidades de muitas plantas como biopesticidas, como conservantes pós colheita ou ain-da como condimentos ou aroma-tizantes.

“A União Europeia tem proibi-do uma série de aditivos químicos que têm que ser substituídos e as plantas medicinais são a nossa ferramenta de trabalho”, afirmou, sublinhando o seu papel na agri-cultura biológica e de produção integrada. Para a investigadora, é importante promover a cultura destas plantas para travar a práti-ca comum de colheita na nature-za, com risco de “delapidação do nosso património”. K

Este texto foi escrito ao abrigo do

novo Acordo Ortográfico _

Máquina do tempo toMAr FAz

6 O projeto Máquina do Tem-po, uma parceria entre o Agrupa-mento de Escolas D. Nuno Álvares Pereira, a Câmara Municipal, o Convento de Cristo e o Instituto Politécnico de Tomar, integrou o workshop “como construir uma estátua viva”, procurando en-volver os jovens do concelho no Festival de Estátuas Vivas que se realiza em setembro na cidade.

A ação, ministrada por Antó-nio Santos “Stactiman”, envolveu alunos do terceiro ciclo e secun-dário e aborda a história da quie-

tude expressiva e das estátuas vivas, o estudo da expressão fa-cial, expressão corporal, estudo de maquilhagem e criação do perso-nagem.

A segunda edição do Festival de Estátuas Vivas, que vai decorrer de 9 a 11 de setembro, tem este ano por tema “De Viriato ao 25 de Abril” e, ao contrário da primeira edição, em vez de figuras individu-ais, as estátuas recriarão quadros da História de Portugal.K

Este texto foi escrito ao abrigo do

novo Acordo Ortográfico _

gia-saude2011/, pelo email [email protected] ou através do telefone (351) 271 220 162. À semelhança do ano ante-rior haverá um espaço destinado a

Expositores (a ficha de expositor e a indicação da data limite de envio estão disponíveis no sítio das Jorna-das). K

Artec em tomarDesIGn no Ipt

6 Os alunos finalistas do cur-so de Design e Tecnologia das Ar-tes Gráficas do Instituto Politécnico de Tomar promoveram, de 13 a 15 deste mês, mais uma edição do Artec, evento que reúne profissio-nais, professores, alunos e curiosos desta área. Na sua 21.ª edição, o Artec, que teve este ano por tema “Simbiose”, quis ser uma mostra dos “novos paradigmas, partilhar conhecimentos e apoiar uma abor-dagem multidisciplinar do design gráfico, reunindo profissionais das mais diversas áreas”, afirmam os organizadores do evento.

Em particular referem os desa-fios que são colocados atualmente aos designers, que têm que lidar com inovadores formatos de comu-nicação e interagir diretamente com áreas como o marketing, a publici-dade, a fotografia, o multimédia.

“O Artec vive das ideias, conhe-cimentos e convicções dos seus conferencistas, do contributo de-

terminante de patrocinadores, do apoio de professores e principal-mente do trabalho, perseverança e motivação de um unido grupo de alunos que olham para o Artec como uma oportunidade de mostrar vontade, querer e ambição”, subli-nham.

Os finalistas do curso de De-sign e Tecnologia das Artes Gráficas

pretenderam alargar a iniciativa à sociedade, pelo que programaram um conjunto de ações na cidade de Tomar, como exposições de pintu-ra, fotografia e design gráfico, uma mostra de curtas metragens e deba-tes/apresentações sobre empreen-dedorismo. K

Este texto foi escrito ao abrigo do

novo Acordo Ortográfico _

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politécnico amigo dos idososestUDo está no terreno eM cAstelo BrAnco

6 O Instituto Politéc-nico de Castelo Branco (IPCB) está a desenvolver um estudo junto da popu-lação idosa do concelho al-bicastrense. Os inquéritos já começaram a ser feitos. A iniciativa surge integrada no projecto Cidades Ami-gas das Pessoas Idosas e envolve a Câmara de Cas-telo Branco.

O objectivo do trabalho de campo passa por iden-tificar aspectos positivos e os obstáculos em oito áre-as distintas, a saber: pré-dios e espaços públicos; transporte; habitação; par-ticipação social; respeito e inclusão social; participa-ção cívica e emprego; co-municação e informação; e apoio comunitário e servi-ços de saúde.

Carlos Maia, presidente do IPCB sublinha a impor-tância da iniciativa, lem-brando que o “estudo vai permitir identificar lacunas e resolver problemas que afectam os idosos do con-celho, através da interven-ção da autarquia”.

Uma posição semelhan-te tem Cristina Granada, vereadora da autarquia. “A nossa preocupação com as pessoas idosas já não é de agora. As escolhas para essa faixa etária da

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população são múltiplas e poderão passar pelos lares da terceira idade ou pelo seu próprio domicílio, des-de que com o apoio neces-sário”, disse.

O estudo está a ser realizado por 75 alunos das escolas superiores de Educação e de Saúde e vai abranger 382 pessoas, com mais de 55 anos. “Neste processo é importante que as pessoas colaborem”, adianta Abel Rodrigues, co-responsável pelo estudo.

Em Castelo Branco, o projecto, concebido pela Organização Mundial de Saúde, está a ser imple-mentado em parceria com a Câmara local e com a Associação Vida. “Castelo Branco é um dos distri-tos mais envelhecidos do país, pelo que este projec-to é bastante importante”, sublinhou Paula Sapeta, directora da Superior de Saúde.

Maria João Guardado Moreira, co-responsável pelo estudo, lembra que os resultados deverão es-tar apurados no final do verão, devendo a fase dos inquéritos terminar em Abril”.

Com início em Junho de 2010, o projecto envol-ve, em todo o país, mais

de 100 instituições a nível nacional, das quais 84 são câmaras municipais e 14 estabelecimentos de ensi-no superior.

O projecto Cidades Amigas das Pessoas Idosos decorrerá até Dezembro e é co-financiado pela Direc-ção Geral de Saúde e pela Fundação Calouste Gul-benkian. K

solicitadores recrutamna superior de Gestão

IDAnHA-A-novA

6 A solicitadora Edna Nabais, ex aluna do Curso de Licenciatura em Solici-tadoria da Escola Superior de Gestão do Instituto Po-litécnico de Castelo Branco foi eleita Delegada pelo Círculo Judicial de Caste-lo Branco da Câmara dos Solicitadores (CS). A toma-da de posse decorreu, no passado sábado, no Porto, numa cerimónia em que estiveram 90 participantes.

Edna Nabais mostrou-se bastante satisfeita com a eleição, referindo “que

este é um cargo digno, que espero desempenhar pro-activamente, dignificando e divulgando a profissão, nomeadamente através da realização junto da co-munidade de palestras, seminários entre outras acções”.

A antiga aluna da ESG acrescenta ainda que pre-tende promover “a coope-ração e convívio entre os colegas de profissão, nun-ca descurando o combate e a denúncia à procuradoria ilícita”. K

www.ensino.eu

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Alqueva e IpBeja em acordocooperAção

6 A empresa do Alqueva (EDIA) e o Instituto Politécnico de Beja (IPB) acabam de assinar um protocolo de cooperação em várias áreas, como a promoção do território aos níveis turístico, patrimonial, ambiental, agroindustrial e económico.

No âmbito do protocolo, o IPB compromete-se também a prestar assessoria técnica em várias áreas e desenvolver pacotes formativos ajustados às necessidades e com-plementar a oferta formativa das áreas que integram o “core-busi-ness” da EDIA.

Por seu lado, a EDIA comprome-te-se a apoiar iniciativas de caráter técnico, pedagógico e cultural de-senvolvidas pelo IPB e que sejam do interesse de ambas as partes e disponibilizar “know-how” científico e técnico. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

politécnico de Bragança obtém certificado

QUAlIDADe

6 O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) obteve a certifica-ção de qualidade depois de um trabalho de três anos que tornou mais eficiente o sistema organi-zativo de uma das maiores ins-tituições do Nordeste Transmon-tano. O vice-presidente do IPB, Orlando Rodrigues, explicou, em conferência de imprensa, que a instituição de ensino superior ob-teve a certificação de qualidade ISO 9001:2008, o que significa que adotou com sucesso um sistema de gestão da qualidade com um conjunto de normas técnicas mais eficientes.

Para o responsável, trata-se de “um reconhecimento externo, fruto de um trabalho que vem sendo desenvolvido há cerca de três anos, de repensar a insti-tuição, a organização no sentido de a tornar mais eficiente e mais centrada na satisfação dos nosso clientes”.

O reconhecimento foi feito pela Associação Portuguesa de Certificação, uma das várias en-tidades certificadores nacionais e internacionais, que atestam este modelo (ISO) internacional de re-conhecimento da qualidade, apli-cado a diferentes tipos de organi-zações como empresas privadas ou organismos públicos.

O vice-presidente do IPB ex-

plicou que a aplicação destas normas já implicou “ganhos de eficiência aos mais diversos ní-veis de organização, desde proce-dimentos administrativos, conta-bilidade, ou atividades de apoio a alunos”.

“Conseguimos fazer melhor com menos dinheiro, procuran-do que os nosso clientes fiquem mais satisfeitos”, disse, referin-do-se aos alunos, mas também à comunidade, nomeadamente em-presas e outras instituições com as quais coopera.

Orlando Rodrigues realçou que a certificação da qualidade poderá ser também mais uma atrativo para novos alunos. “Tudo que contribui para transmitir uma imagem de solidez e de quali-dade da instituição é mais um argumento para captar alunos”, considerou.

Nos últimos anos, o IPB tem contrariado a tendência nacional, conseguindo um aumento de no-vas matrículas, com mais de 7.500 estudantes espalhados por cinco escolas em Bragança e Mirandela.

Um estudo divulgado recente-mente coloca também esta insti-tuição entre os maiores dinamiza-dores económicos e empregadores do Nordeste Transmontano. K

Este texto foi escrito ao abrigo do

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Beja postais exóticos MUseU BotânIco

6 Selos postais exóticos e ra-ros, como alguns impressos sobre tecido, madeira e cortiça ou com aroma a chocolate, podem ser apreciados no Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja.

O primeiro selo postal (Penny Black) emitido no Reino Unido, em Maio de 1840, é um dos selos da microexposição “Exoticorum et Rariorum - Selos Postais e Flores-tas”, integrada nas atividades co-memorativas do Ano Internacio-nal das Florestas. A mostra revela outras raridades filatélicas, como selos do mais pequeno Estado Soberano da comunidade interna-cional, a Ordem Soberana Militar e Hospitalária de Malta, da única teocracia integrada na União Eu-ropeia, Monte Atos - Aghion Oros, selos comemorativos do restauro da lendária Sala de Âmbar (Rús-

sia) ou que circularam apenas durante algumas horas. K

Este texto foi escrito ao abrigo do

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http://ocentrodosul.wordpress.com H

Page 13: Ensino Magazine 158

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leiria quer excelênciaprojecto HIDrAnAtUrA

6 O Instituto Politécnico de Lei-ria (IPL) é um dos dois parceiros portugueses do projecto interna-cional Hidranatura. Trata-se de um projecto da Universidade de Extre-madura (Espanha), criado com o intuito de desenvolver um Campus de Excelência Internacional, no âm-bito dos recursos hídricos.

Além do IPL, também a Uni-versidade de Évora integra este projecto. As instituições de en-sino portuguesas são parte inte-grante desta iniciativa, que pre-tende desenvolver um campus universitário multidisciplinar, internacional e transfronteiri-ço. As acções do projecto são focalizadas na gestão eficiente dos recursos hídricos, especial-mente no estudo, investigação, ensino, transferência do conhe-cimento e desenvolvimento de um local sustentável.

Este campus pretende tornar-se num pólo de conhecimento temático que aglutine os agentes

Banco ‘Bind’ em MilãopeçA De AlUno DA esAD

6 Sean Patrick, vencedor do 1º. Prémio no Concurso Nacional de Design de Mobiliário com o banco “Bind”, a frequentar, ac-tualmente, o Mestrado de Design do Produto na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) do Insti-tuto Politécnico de Leiria (IPL), apresentou a obra vencedora na exposição “Associative Design” - evento organizado pela Aimmp que decorreu de 12 a 17 de Abril, durante a semana do móvel em

mais relevantes a nível regional e transfronteiriço, aproveitando todo o potencial de conhecimen-to, investigação e inovação.

Projecto desenvolvido com o objectivo de ser uma referência Internacional de excelência no que concerne a pesquisa, desen-volvimento, gestão e exploração dos recursos hídricos.

Desta forma, o projecto pre-tende melhorar a visibilidade

internacional dos melhores cam-pus universitários, através da promoção de estratégias agre-gadas de forma a alcançar uma massa crítica e de excelência internacional; promover a diver-sificação e especialização orien-tadas para a excelência e ainda, promover o desenvolvimento de regiões inovadoras a partir de um sistema produtivo, baseado no conhecimento. K

nova unidadede investigação

Ipl

6 A Unidade de Investigação Inclusão e Acessibilidade em Ac-ção (iACT) acaba de ser homolo-gada, após proposta de Josélia Neves, docente do Instituto Po-litécnico de Leiria (IPL), a 25 de Janeiro último.

A nova Unidade Científica é composta por um agregado de três doutorados e um elenco de seis elementos efectivos oriun-dos de áreas científicas diversifi-cadas, como equipa multidiscipli-nar. Assim, a iACT integra redes internacionais, em parecerias que já desenvolvem trabalho

científico e prestam, igualmente, serviço à comunidade dentro da sua área de formação.

A unidade tem, entre outros objectivos, promover a investiga-ção transdisciplinar e integrada; a divulgação científica; formação permanente; prestação de servi-ços em diversos domínios rela-cionados com a comunicação; e a mediação e acessibilidade.

Esta nova Unidade de Inves-tigação pretende incentivar a actividade científica no IPL, con-tribuindo para a criação de uma cultura científica forte. K

www.unex.es H

Milão.O projecto, desenvolvido no

contexto da disciplina de Projec-to de Design Industrial 3, no ano

2009, nasceu de um briefing que propunha a construção de peças de mobiliário utilizando ligações não convencionais.

Trata-se de um banco em que os elementos de madeira em for-ma de “L” são ligados por duas fitas de aperto, que normalmen-te são utilizadas para transporte de mercadorias. K

Ipl forma milharescet’s

6 Entre os meses de Janeiro e Fevereiro de 2011, o Centro de Formação para Cursos de Espe-cialização Tecnológica (For.Cet), do Instituto Politécnico de Leiria (IP), desenvolveu um estudo di-rigido a 322 empresas, que aco-lheram cerca de 550 estagiários durante o ano de 2010.

O estudo, desenvolvido com o objectivo de avaliar a formação em contexto de trabalho dos Cur-sos de Especialização Tecnológica (CET), concluiu que o For.Cet tem uma taxa de notoriedade con-siderável no seio do tecido em-presarial da região, com cerca de

60% dos inquiridos a responde-rem que detinham conhecimento prévio da sua existência e activi-dades.

O estudo revela ainda que o desempenho dos formandos dos CET, no âmbito desta componen-te de formação, foi avaliada por 95% das instituições acolhedoras como sendo muito satisfatório e a própria tipologia de formação da qual são oriundos é avaliada, por 96% dos inquiridos, como adequada a cada uma das insti-tuições.

Além disso, a análise aos da-dos refere que as áreas mais so-

licitadas por parte das empresas inquiridas são, respectivamente: Secretariado e Trabalho Adminis-trativo (22,66%), Ciências Infor-máticas (19,70%) e Electricidade e Energia (13,79%);

A concluir o estudo sublinha que “a actividade desenvolvida pelo For.Cet, do IPL, tem contri-buído em grande medida para a formação e qualificação de mui-tos estudantes. Consequente-mente estes estudantes enrique-cem, com o seu conhecimento e experiência, o potencial das em-presas e o crescimento do ensi-no superior”. K

Ideias paramudar o mundo

eMpreenDeDorIsMo

6 O Instituto Politécnico de Leiria, através da Formação de Executivos e da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, promoveu no dia 26 de Março de 2011, em Leiria, em parceria com a Delta um Workshop sobre o Ma-nual de Empreendedorismo para Crianças dos 3 aos 12 anos – ter ideias para mudar o mundo que retrata a experiência do Centro Educativo Alice Nabeiro de Cam-po Maior.

Este manual é uma resposta inovadora aos desafios da nos-sa sociedade e uma revolução escolar baseada nos sonhos, ideias e projectos das crianças. Este workshop, destinado a edu-cadores e professores do 1.º e 2.º ciclos, pretendeu desafiar a

comunidade escolar a potenciar competências empreendedoras nas crianças através do referen-cial metodológico “ter ideias para mudar o mundo”, criado pelo Centro Educativo Alice Nabeiro (CEAN) e resultado de uma aposta do Comendador Rui Nabeiro.

De referir que o IPL, com a missão de potenciar o desenvol-vimento individual de líderes ca-pazes de agir num sociedade em constantes mutação e na qual o valor é criado através do conheci-mento e da capacidade de abraçar desafios, tem preconizado várias acções no âmbito do empreende-dorismo para adultos, havendo o intuito de alargar este âmbito às crianças através deste referencial e em parceria com a Delta. K

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Page 14: Ensino Magazine 158

014 /// ABRIL 2011

Dias abertos no IpvvIseU

6 O Instituto Politécnico de Viseu realiza, de 27 de abril a 4 de Maio os dias abertos.

De acordo com a instituição são es-perados cerca de 1300 visitantes, pro-venientes de 21 Escolas Secundárias, Profissionais e Básicas com 3º Ciclo (9º ano) dos distritos de Viseu, Aveiro, Coimbra e Guarda.

A iniciativa, para além da recepção ao alunos, envolve a distribuição de material divulgativo da Instituição ela-borado para o evento e um kit lanche, a actuação da Tunadão, tuna do IPV, a apresentação do programa por parte dos Guias (alunos do IPV), visitas guiadas à Aula Magna, CAFAC, Estúdios de Televi-são, Residências de Estudantes, Com-plexo Desportivo e às Escolas Superio-res do IPV (salas de aula, laboratórios, centros de documentação e informação, centros de informática, auditórios, pa-vilhões oficinais). haverá ainda visita a exposições e serão desenvolvidas acti-vidades lúdico-pedagógicas diversas. K

pereira toma possesUperIor De sAúDe

6 O presidente do Instituto Politécnico de Viseu, Fernando Sebastião, conferiu posse ao recém-eleito presidente da Escola Superior de Saúde de Viseu (ESSV), Carlos Manuel de Figueiredo Pereira. Este ato público surge no seguimento da eleição ocorrida em 4 de feve-reiro do ano em curso no seio da Assembleia de Representantes da Escola Superior de Saú-de e do despacho de homologação de 29 de Março. O novo presidente agora empossado, professor coordenador de uma das mais pres-tigiadas escolas de saúde do país, no seu dis-curso, agradeceu ao presidente cessante, João Duarte, bem como a todos os presidentes que o antecederam, no contributo prestado para que a ESSV seja hoje uma instituição de refe-rência no panorama nacional das escolas de saúde, comprometendo-se a dar também o seu melhor para continuar esse percurso de crescimento e excelência. O presidente do IPV agradeceu à anterior direção o profícuo traba-lho realizado e a permanente colaboração ins-titucional. Para Fernando Sebastião “a Escola de Saúde é um exemplo de trabalho, de rigor e de excelência”. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

semanas académicas e queimas

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expensIve eM cAstelo BrAnco

T Quim Barreiros e Expensive Soul são duas das atrações do cartaz da Se-mana Académica de Castelo Branco, de 06 a 12 de maio. Os espetáculos vão de-correr numa tenda a instalar na zona da Talagueira, entre a Escola Superior de Saúde e a Escola Superior de Tecnologia.

A música popular de Quim Barreiros anima a noite de abertura, a 6 de maio, seguindo-se os sucessos pop de Expensive Soul e Jaguar Band no dia 7 e uma noite de tunas a 8 de Maio.

Os sons eletrónicos cruzados com gui-tarras pelos Noidz estão na agenda de dia 9 e os temas pop regressam ao palco na noite de 10 com os Fonzie e a 11 com tri-buto a Nirvana e Queen. A semana encerra a 12 de maio com o arraial académico. K xUtos nA GUArDA

T A Associação Académica da Guarda (AAG) anunciou que vai investir cerca de 180 mil euros na semana académica que vai realizar-se entre os dias 2 e 10 de maio e terá, como cabeças de cartaz, os grupos Xutos e Pontapés e Deolinda.

A semana académica começa dia 2 de maio com um baile de gala, integra o ‘enterro do caloiro” (3), espetáculos com Virgem Suta (5), Xutos e Pontapés (6), De-olinda (7) e termina com o já tradicional desfile académico (10). Os principais con-

certos do evento estudantil irão realizar-se no pavilhão de exposições do Núcleo Em-presarial da Região da Guarda (NERGA), no parque industrial da Guarda. K

QUeIMA eM coIMBrA

T A banda britânica James será o nome mais sonante do cartaz da Queima das Fitas de Coimbra, que decorre de 6 a 13 de Maio. Os britânicos atuam no último dia e espera-se casa cheia.

A edição deste ano conta ainda com a presença de muitos outros grupos como os Deolinda, David Fonseca, Quim Barreiros, Diabo na Cruz e os britânicos Editors. K

porto coM sUeDe

T Suede, MGMT e Patrice são os ca-beças de cartaz da Queima das Fitas do Porto2011, que decorrerá entre 01 e 07 de maio no Queimódromo, junto ao Parque da Cidade, anunciou hoje a Federação Académica do Porto (FAP). Além dos britâ-nicos Suede, dos norte-americanos MGMT, e do alemão Patrice, a Queima contará ainda com as atuações da banda britânica The Divine Comedy, Sean Riley & The Slo-wriders, David Fonseca, Richie Campbel e Patrice, Quim Barreiros, Xutos e Pontapés, Os Golpes, Blind Zero e Blasted Mecha-nism. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

www.ensino.eu

Page 15: Ensino Magazine 158

ABRIL 2011 /// 015

IpcB apresenta 11 equipaspréMIos De eMpreenDeDorIsMo

6 Onze equipas do In-stituto Politécnico de Caste-lo Branco estão a participar no Prémio de Empreend-edorismo, promovido pelo Conselho Empresarial do Centro / Câmara de Comér-cio e Indústria do Centro, Associação Nacional de Jo-vens Empresários e União das Associações Empresari-ais da Região Norte.

A iniciativa tem como objectivo reconhecer, prestigiar e estimular no-vas ideias de negócio bem como projectos empreend-edores instalados em Cen-tros de Incubação/Centros Empresariais.

Os projectos vão agora ser avaliados pelo Juri, es-perando-se que os resulta-dos sejam conhecidos no final deste mês.

O prémio pretende fo-mentar a elaboração de planos de negócios sólidos

e consistentes; premiar ideias inovadoras para a criação e expansão de em-presas; reconhecer e cele-brar o trabalho e dedicação das empresas; reconhecer e prestigiar iniciativas inovadoras e dar visibili-dade aos seus resultados; envolver de forma articu-lada potenciais empreend-edores, incubadoras de empresas, comunidade empresarial, investiga-dores e investidores; apre-sentação à sociedade dos resultados alcançados no apoio à criação e consoli-dação do empreendedoris-mo inovador; e estimular a comunidade empresarial e as empresas incubadas, com o empreendedorismo inovador.

De acordo com a orga-nização do Prémio, a ob-tenção destes objectivos passa necessariamente por

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um conjunto de acções-chave, entre as quais o concurso regional de Ideias de Negócio, em parceria com os Institutos Politéc-nicos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu, que premiará, em cada um deles, a melhor ideia de negócio com um prémio ilíquido de 1250 euros. K

Uma das equipas apresenta o seu projecto

portalegre com certificado de qualidade

QUAlIDADe

6 O Instituto Politécnico de Portalegre acaba de ver renovado o seu certificado de qualidade. Aquela insti-tuição foi a primeira do país a ser certificada na sua glo-balidade. “Esta renovação dá-nos maior responsabili-dade para continuarmos no caminho de consolidação e renovação do nosso siste-ma de gestão e de melhoria contínua”, asseguram os responsáveis do IPP.

A certificação EN ISO 9001:2008 concedida ao Sistema de Gestão da Qua-lidade do Instituto Politéc-

nico de Portalegre abrange os processos relacionados com a formação, a investi-gação e o desenvolvimen-to científico e tecnológico, designadamente: oferta formativa e actividade cur-ricular de todos os cursos conferentes de grau; servi-ços prestados à comunida-de (laboratórios da Escola Superior de Tecnologia e Gestão e Escola Superior Agrária); apoio à gestão de projectos; e serviços de suporte de alojamento e refeições disponibilizados pela Acção Social. K

Page 16: Ensino Magazine 158

016 /// ABRIL 2011

projectos criativos envolvem comunidadeescolA eB 2+3 Dr. josé De jesUs neves júnIor – FAro

6 Procurando prosseguir e aperfeiçoar uma intervenção cívica no tecido social pouco favorecido em que se insere, desde sempre a escola eB 2,3 Dr. josé neves júnior de Faro se tem pautado pela valo-rização da dimensão individual dos seus alunos, da sua autonomia e das suas capacidades como autores do seu próprio destino. Tentámos então, dinamizar um leque variado de projectos de desenvolvimento educativo visando a participação activa e criativa de toda a comu-nidade escolar, especialmente dos nossos alunos, intervindo em áreas tão variadas como a música, o des-porto, o património local, a cidada-nia, o conhecimento da Europa, a educação sexual em meio escolar, entre outros.

Sendo projectos de naturezas tão díspares, concorrem contudo para objectivos comuns: promover o diálogo democrático, fomentar o espírito criativo e crítico, tolerante, solidário e aberto à diferença, livre e responsável, de respeito pelos direi-tos humanos num mundo em que o saber ser cidadão responsável é indissociável da promoção destes valores.

Registando-se uma lacuna no que diz respeito à implementação de hábitos de vida saudáveis en-tre os nossos jovens, e tendo em conhecimento que, por vezes, se verificam constrangimentos na abordagem de temas relacionados com a saúde individual e colectiva, achámos por bem começar a con-struir um caminho que pudesse

ser percorrido por todos, sem hesi-tações: o projecto (Con)Viver com a Sexualidade, de fácil acesso e implementação, aberto a variadas fórmulas de relacionamento entre o conhecimento e os valores, relegan-do para segundo plano, pelo me-nos potencialmente, o professor, e dando honras de actores principais aos alunos. O papel do professor é

de mero mediador, não o limitando à transmissão mecânica do saber. O projecto encontra-se dividido em sub-temas, que de acordo com as normativas legais, poderão ser implementados em qualquer nível de ensino, dependendo do conheci-mento que o professor tem das ne-cessidades dos seus alunos. É como “um livro de receitas” que pode ser

utilizado por qualquer um desde que respeite as indicações.

Sendo que, segundo C.Déjours, “saúde é a capacidade de cada homem, mulher ou criança tem, para criar e lutar pelo seu pro-jecto de vida, pessoal e original, em direcção ao bem-estar”, o pro-jecto (Con)Viver com a Sexualidade, transversal a todos os anos de esco-laridade e a todas as disciplinas do currículo, pretendeu, numa primeira linha, sensibilizar os diversos agen-tes educativos para a necessidade da educação para a saúde ser um processo continuado e de todos, fomentando a sua adesão e o seu envolvimento neste processo, bem como estimular dinâmicas de desen-volvimento pessoal e social, numa lógica de transversalidade e de aproveitamento das áreas curricula-res não disciplinares e disciplinares. Cabe à Escola promover a formação de cidadãos informados, esclareci-dos e por isso mais responsáveis e interventivos, conhecedores dos factos e componentes que integram a vivência da sexualidade. K

clara Abegão _Coordenadora SEA UNESCO

os reis da QuímicaFAse reGIonAl DIspUtADA nA UBI

6 A Escola Secundária Serra da Gardunha, do Fundão, venceu a fase regional das Olimpíadas da Química Júnior realizada, no pas-sado dia 2 de Abril, na Universidade da Beira Interior. Na prova o de-staque foi também para o Agrupa-mento de Escolas Cidade de Castelo Branco que conquistou o segundo e o terceiro lugares numa iniciativa que reuniu 69 equipas de 21 esco-las dos distritos de Castelo Branco, Portalegre, Guarda e Viseu.

Lurdes Círiaco, responsável pela iniciativa realizada na UBI, diz que o principal objectivo continua a ser o de “tentar conseguir que exista um gosto crescente pela Química”. O evento dirigido aos alunos dos 8º e 9º anos de escolaridade, proveni-entes de escolas da região vai agora levar as duas primeiras equipas à final nacional, que este ano terá lugar a 7 de Maio, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, de onde vão sair os representantes de

Portugal nas Olimpíadas Europeias de Ciência.

A escola albicastrense confir-mou a performance dos últimos anos, onde venceu três edições. Nesta edição participou com quatro equipas, tendo as restantes duas ficado nas dez primeiras posições. Além dos dois lugares no pódio,

os docentes Dionísio Silva, Florinda Baptista e Rosa Maria destacam o facto de terem garantido o acesso à final nacional. “A fase nacional existe deste desde 2008, e nestes quatro anos nós garantimos a pre-sença em três finais e nos últimos cinco anos “a escola venceu a fase regional por três vezes. K

etepA nA exponor

T A Escola Tecnológica e Profis-sional Albicastrense esteve presente na Qualifica 2011, na EXPONOR , nos dias 31 de Março e 1, 2 e 3 de Abril. A Etepa participou a convite da direcção Regional de Educação do Centro, para apresentar como oferta de formação profissional, nível IV, o Curso Profissional de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Pub-licidade. Estiveram em permanência um professor e três alunos do Curso acima referenciado, tendo sido re-alizada uma visita de estudo, ao certame, na sexta-feira. Os alunos da ETEPA foram os responsáveis por dois momentos de Animação do Pal-co central e realizaram várias situa-

ções de interacção com o público. K escolA DIGItAl

T A Escola Digital, instituição de ensino da Rumos Educação, apresenta como oferta formativa para o próximo ano lectivo o novo curso profissional de Técnico de Vid-eo. As inscrições iniciaram-se a 1 de Abril de 2011, podendo realizar as pré-inscrições em www.escoladigi-tal.com.

O curso de Técnico de Video pre-tende preparar jovens profissionais com competências técnicas nas áreas do audiovisual, da preparação à produção e da pós-produção à exi-bição. K

Page 17: Ensino Magazine 158

ABRIL 2011 /// 017

com Quorum para dançarDIA InternAcIonAl DA DAnçA

6 O Dia Internacional da Dança assinala-se a 29 deste mês. O En-sino Magazine associou-se à inicia-tiva e foi falar com Daniel Cardoso, director artístico de uma das com-panhias de dança mais conceitua-das em Portugal. O Quorum Ballet já venceu o prémio Portugal Dance Awards e tem espalhado a sua classe por todo o mundo.

em 2009 o Quorum Ballet rece-beu o prémio de melhor compan-hia de Dança contemporânea na primeira edição dos portugal Dance Awards. o que é que isso representa para a companhia?

Foi um orgulho receber este premio após somente três anos de existência da companhia. Num tão curto espaço de tempo consegui-mos alcançar e até superar todos os objectivos aos quais nos pro-pusemos. É sempre excelente ser-se reconhecido pelo trabalho de-senvolvido. Receber este prémio foi acima de tudo uma motivação para toda a equipa continuar a lutar num Portugal cada vez mais desinteres-sado pelas artes em geral.

o Quorum Ballet tem percor-

rido o mundo. Isto demonstra que a partir de portugal se conseguem desenvolver projectos de excelência na área da dança?

Sim, com toda a certeza. A ideia é estabelecer uma companhia de dança Portuguesa de alto nível inter-nacional e que tenha a capacidade de levar dança de muita qualidade além fronteiras. Queremos assim mostrar que no nosso país se faz e produz o que de melhor há na área da dança. Um dos principais objec-tivo do Quorum Ballet é a interna-cionalização. Correntemente temos uma média de três digressões inter-nacionais por ano, com tendência a crescer consideravelmente nos próximos anos.

num momento em que portu-

gal está em clara crise económica, como é que companhias como o Quorum Ballet conseguem resistir?

Na realidade estamos a trabal-har muito para resistir a esta crise económica. Infelizmente nestas al-turas o primeiro sítio onde se vai cortar é na cultura! (já há tão poucos meios nesta área mas mesmo assim ainda conseguem cortar...) Não está a ser fácil, mas nunca será mais difícil do que o desafio que foi o ar-ranque do Quorum Ballet em 2005. Já tivemos momentos muito difíceis

e este é encarado como mais um... que com certeza vamos ultrapassar.

A exigência, o rigor e o profis-sionalismo são as chaves do suces-so de um projecto como o Quorum Ballet?

Com toda a certeza. Só assim conseguimos criar os alicerces ne-cessários para uma estrutura dura-doura que possa oferecer dança e arte de muita qualidade, não um projecto com um carácter pontual. A companhia cresceu disso mesmo, do nosso “produto”, do resultado final, e não de outras influências exteriores ao trabalho que desen-volvemos. Acredito que deste modo vamos conseguir continuar a atingir os nossos objectivos.

Hoje pode dizer-se que o povo

português está mais receptivo à arte que a vossa companhia (e out-ras semelhantes) desenvolve, ou ainda há um caminho a percorrer?

Penso que está mais recep-tivo, ao longo de cinco anos e meio conseguimos conquistar muito pu-

blico. Mas temos ainda muito tra-balho para fazer.... estamos num país que não teve cultura na área da dança durante muitos anos, e que começou a desenvolver pro-jectos muito tarde em comparação com outros países desenvolvidos. Neste momento temos que trabalho muito na formação de públicos e na educação das futuras gerações por forma a combater este problema.

Quais os projectos futuros da companhia Quorum Ballet?

No futuro a companhia pre-tende acima de tudo manter esta excelente equipa que reunimos ao longo dos anos, de forma a dar con-tinuidade ao trabalho de criação, novas produções e novos projectos numa altura em que as dificuldades financeiras são muitas. Queremos alargar os nossos horizontes a nível internacional e consolidar ainda mais a presença da companhia em palcos nacionais.

Temos para o futuro uma série de projectos que acredito poderem contribuir para o panorama da dan-ça a nível nacional e internacional.K joão vasco H

Page 18: Ensino Magazine 158

018 /// ABRIL 2011

escolas e tic no jogo da cabra cegaeDItorIAl

7 Como podem as escolas e os professores enfrentar com êxito o desafio de incorporar na escola e na sala de aula as Tic, enquanto meios auxiliares do ensino e da aprendiza-gem? Como devem reagir a resulta-dos tão opostos, quando estudados os efeitos da utilização das Tic na promoção do sucesso escolar e educativo dos nossos alunos? Como evitar este jogo da cabra cega com que, volta e não volta, nos encon-tramos cercados?

Iniciada a segunda década do século XXI, temos já a bater-nos à porta uma terceira vaga dessa rev-olução digital. E ela aí está, mais enérgica que qualquer das outras, a deixar-nos cada vez mais interde-pendentes, a mudar tudo à nossa volta, a mergulhar-nos num mundo de ficção, de perplexidade e de imaginário.

A primeira vaga foi sustentada pela popularização e democratiza-ção dos computadores pessoais e dos telemóveis; a segunda, pela massificação do acesso à Internet e da oferta low cost da banda larga; a terceira está a ser protagonizada pela redução de todas as fontes da cultura, do saber e do lazer ao formato digital, acompanhada pela vulgarização do comércio electróni-co de bens e serviços, também eles em formato digital. A tendência é apetecível, as novas gerações de consumidores já lhe deram o seu consentimento, logo, o caminho anuncia-se irreversível. Sem ilusões: nada mais vai ser como dantes…

Metaforicamente, poderíamos afirmar que, no futuro próximo, as grandes “fontes de poder” vão es-tar ancoradas nas “fontes de água” e nas “fontes de saber”. As primei-ras vão rarear, as segundas, pelo

contrário, irão proliferar. O que re-sultar desta antinomia, deste con-fronto dialéctico entre o “saber” da natureza e o “saber” do Homem, converter-se-á no futuro, futuro esse onde iremos passar o resto das nossas vidas.

Mais depressa, e de forma mais eficaz e definitiva, do que os CDs substituíram os discos de vinil, a música em formato digital fará de-saparecer, num curtíssimo espaço de tempo, o suporte musical em formato de CD. Hoje, quem entrar num quarto de um adolescente já não vê caixas de CDs, nem livros es-palhados por todo o lado. A música e os textos circulam em suportes digitais, configurados em leitores Mp3, em Pen Flash Drives, discos rígidos externos, ou em leitores tipo Kindle. E os filmes também. Não se vai à loja, à discoteca ou à livraria formais. Vai-se à Net e faz-se um download, legal ou ilegal, tanto faz, desde que cumprido o objectivo. Permutam-se discos, filmes e tex-tos à velocidade de um clic, toma lá, dá cá. Uma parte das revistas e livros em suporte de papel têm os dias contados. As bases de da-dos digitais constituirão uma fonte inesgotável de conhecimento ao alcance dos dedos de uma das mãos. Devido a isso, o crescimento do conhecimento vai evoluir de uma forma exponencial. A humani-dade poderá combater melhor as desigualdades, as doenças, a fome, a miséria, o nepotismo e todas as formas de degradação do Homem. A humanidade poderá, ainda, ser una e mais solidária, face ao desen-volvimento social e ao progresso científico proporcionado por esta revolução digital.

A Amazon divulgou que quaren-

ta e sete por cento dos livros vendi-dos o foram já em formato digital (e-books). Ao preço de um telemóvel topo de gama pode-se comprar um gadget (Kindle, Cool-Er…) armazena-dor e leitor de revistas e livros com capacidade para guardar uma bib-lioteca de cerca de quatro mil vol-umes. Estes livros e revistas podem ser adquiridos on-line, por wire-less, ou através de uma ligação 3G a preços populares, devido à óbvia diminuição de custos, em livrarias virtuais. Pouco faltará para que se possa trazer no bolso a biblioteca de Oxford, com possibilidade de aceder aos textos através de um motor de busca à base de palavras-chave. Mais de cinquenta mil filmes são alugados ou comprados no iTunes todos os dias. A publicidade na Net já alcançou mais de metade do valor investido nos meios tradicionais de comunicação social…

Aviso: não se trata do fim dos livros, jornais e revistas em suporte de papel. Como não o foi o anun-ciado fim dos discos de vinil. Mas é um novo renascer dos modelos de divulgação da cultura, da informa-ção e da ciência, só comparável ao renascimento proporcionado, nos fi-nais da época de quatrocentos, pela prensa de Gutenberg. Um novo re-nascimento que possibilitará cresci-mentos culturais e científicos em ordem geométrica, dada a possibi-lidade de divulgação da informação de forma generalizada e em poucos segundos.

E a escola? E os professores e educadores? Já o afirmámos vari-adíssimas vezes: vivemos um tempo que pretende reconfigurar a sociedade e a escola, atribuindo-lhe um novo formato, centrado em renovadas formas de receber

e transmitir a informação. Isto im-plica uma busca permanente do conhecimento disponível e das suas fontes de informação. Para alcançar tal objectivo, imputa-se à escola mais uma responsabilidade: a de contribuir significativamente para que se atinja o que se conven-cionou designar por analfabetismo digital zero.

Para tal, a educação para a utilização das novas tecnologias digitais precisa ser planeada, com base no conhecimento pedagógico, desde o jardim-de-infância. Sem preconceitos ou desnecessárias coacções, sem substituir atabalhoa-damente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a descoberta de novos horizontes. Formando os professores e equi-pando as escolas. Este movimento deve ser capaz de preparar os jo-vens para serem leitores críticos e escritores aptos a desenvolver es-sas competências em qualquer dos meios suportados pelas diferentes tecnologias.

É que nem tudo parece ser um mar de rosas… Por exemplo, as escolas que viram a sua média descer ou subir menos do que a média global nos exames do 9.º ano de escolaridade, em 2010, são tipicamente as que mais usaram a Internet”, como referiu Rodrigo Belo, co-autor do estudo “The Ef-fects of Broadband in Schools: Evi-dence from Portugal”, realizado em parceria com Pedro Ferreira e Rahul Telang. Estes investigadores do Instituto Superior Técnico, Univer-sidade Católica e Carnegie Mellon University, sublinham que o estudo não mede os eventuais impactos positivos do acesso generalizado

aos computadores e à Internet na vida futura dos alunos e apenas alerta para o facto de o acesso às novas tecnologias não garantir, por si só, uma melhoria dos desem-penhos.

Os professores da designada geração digital também já estão a chegar às escolas. E, com eles, as mudanças pedagógicas vão ser mais rápidas, porque baseadas no domínio de novas competências, na experiência e na forte motiva-ção para o uso das novas tecnolo-gias. A escola tradicional vai mudar. Desde logo necessitará de menos espaços físicos. Através da comu-nicação on-line, o contacto com o mundo exterior e com as outras es-colas da aldeia global será perma-nente. Desta “conexão” de escolas globais – as connecting classrooms - resultarão aprendizagens, tam-bém elas globais, e em simultâneo, proporcionadas pelos vários docen-tes globalizantes, porque globaliza-dores do conhecimento e da tuto-ria dos aprendentes.

O que vamos fazer do “pátio dos recreios” quando, nos inter-valos, os jovens já só se confina-rem à manipulação dos telemóveis ou das iPads? A resposta depende de acreditarmos, ou não, de que a escola nunca deixará de ser a Esco-la e de que nós nunca deixaremos

Falta qualificação aos políticosDAvID jUstIno AFIrMA

3 David Justino, ex-minis-tro da Educação, afirmou numa conferência em Leiria, realizada no passado dia 14, que “falta qualificação à classe política”. Falando sobre o tema “Mudar a escola”, numa conferência orga-nizada pela Associação para o Desenvolvimento de Leiria em parceria com a Livraria Arquivo, David Justino referiu que “falta qualidade à classe política” e “não é por falta de escolaridade” dos seus intervenientes. O ex-

ministro reconhece que a “maior parte dos políticos estão mais preocupados com a mediatiza-ção” e com a “preocupação em dar respostas para o imediato”.

O docente admitiu que come-teu o mesmo erro quando esteve no Governo de Durão Barroso, porque “não há alternativas”, pois “não há nenhum político disposto a ver o seu nome mal tratado e enxovalhado na praça pública”. David Justino lamentou também que a “maior parte dos

políticos não deem importância à educação”, embora “repitam a Profissão de Fé de defenderem que é uma prioridade”. O profes-sor considerou que sempre que assiste ao “ambiente de guerra civil na Educação” sente que a sociedade “está a perder o fu-turo”.

O ex-ministro da Educação salientou que não é “contra o conflito”, mas discorda que “muitas vezes”, o conflito se baseie entre “aqueles que que-

rem fazer e os que não querem”. David Justino criticou ainda a política do imediatismo: “O que preocupa é que o FMI chegou na terça-feira e onde vai estar na quarta-feira e não estamos preo-cupados como vai estar o país daqui a 20 anos.”

David Justino defendeu uma política que pense naquilo que o mercado de trabalho vai precisar daqui a 20 anos, para que “as políticas se pudessem manter, variando na sua forma, tendo em

conta os governos”. O especial-ista defendeu também um mod-elo de escola comunitária e con-corda com a descentralização nas escolas, o que considerou ser difícil concretizar. K

Este texto foi escrito ao abri-go do novo Acordo Ortográfico _

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ABRIL 2011 /// 019

energia positiva em tempos de criseprIMeIrA colUnA

7 Alunos, professores e funcionários do ensino supe-rior acabam de receber o desa-fio do Instituto Superior Técnico (IST) e do MIT Portugal (Insti-tuto de Tecnologia de Massa-chusetts) para encontrarem so-luções e projectos inovadores que promovam a poupança de energia em edifícios.

Os responsáveis pelo con-curso «Green Campus» esti-mam que as poupanças pos-sam atingir os 20 por cento. A redução do consumo de energia eléctrica nos estabelecimentos de ensino é um aspecto que universidades e politécnicos têm tido em conta, através da instalação de painéis solares ou fotovoltaicos (estes últimos permitem a venda de energia à Rede Eléctrica Nacional), da

instalação de vidros duplos nos edifícios, ou de outras estrutu-ras que permitem redução do consumo e, por conseguinte, da factura de electricidade a pagar. As próprias autarquias, como Castelo Branco, estão atentas aos seus consumos e já estão a adoptar medidas im-portantes como a substituição das tradicionais lâmpadas por leds ou a diminuição do tempo em que a iluminação pública está ligada.

Ao lançar este desafio à comunidade académica, o IST e o MIT Portugal colocam nas instituições de ensino superior portuguesas a responsabilida-de de, com a sua ciência, arte, engenho e sabedoria, levar as universidades e os politécnicos a atingir a meta da União Euro-

peia, que passa por reduzir o consumo energético em 20 por cento.

A oportunidade deste con-curso é reforçada pelo momen-to menos positivo que a Euro-pa vive. Portugal enfrenta uma das piores crises económicas da sua história.

Sem dinheiro para gastar e com os mercados reticentes ao financiamento do País, quais-quer que sejam os projectos que permitam diminuir a conta ao final do mês, serão sempre bem vindos. 20 por cento a menos no consumo energético de todas as instituições repre-senta um valor importante nos seus orçamentos. Por outro lado, os projectos a implemen-tar nas universidades e poli-técnicos podem ser alargados

a outras instituições públicas, de ensino, ou não, e poderão mesmo (se forem de excelên-cia) exportados.

É evidente que não é com estes 20 por cento de redução no consumo de energia que se solucionam os problemas do país. Seriam precisos 20, 30 ou 40 por centos de muitas outras rúbricas. Ainda assim, se cada uma das instituições de ensi-no superior reduzir a conta da energia eléctrica consumida em 20 por cento, certamente que ar a crise orçamental será en-carada com mais optimismo.

E este é o contributo que as universidades, politécnicos, escolas e autarquias também poderão dar ao País, para lá de todas as medidas que a comunidade internacional nos

cartas desde la ilusión

crónIcA

7 En mi carta anterior te comentaba nuestra ilusión por trabajar por el cambio como fruto de nuestro funcionamien-to como comunidad de apren-dizaje. Como consecuencia de esta propuesta de cambio, paso a comentarte algo que también esperamos “cosechar”: una más alta probabilidad de que los pro-fesores estemos bien informa-dos, renovados profesionalmen-te y motivados para motivar a los alumnos.

Somos conscientes de la difi-cultad de conseguir esto, ya que las instituciones parecen estar cada vez menos dispuestas a promocionar los aspectos for-mativos de los profesores. Hace unos años, eran muy grandes las facilidades para conseguir man-tenerse informado y realizar cur-sos de formación de una manera periódica. Hoy, desgraciadamen-te, las cosas han cambiado, y nuestros responsables políticos siguen dando más importan-cia a los aspectos de inversión económica actual (empresas, obras públicas, etc.) que a los aspectos de inversión económi-ca futura, como es la educación, y, dentro del ámbito educativo,

el cuidado de la formación y la correcta información actualizada de los profesores.

Sabemos que nuestros polí-ticos difícilmente van a retomar las prácticas de hace más de una década, cuando todo eran faci-lidades para que los profesores pudiéramos mantenernos forma-dos, y, por eso, hemos decidido, como comunidad de aprendizaje, diseñar nuestro propio sistema de formación e información, por-que somos conscientes de que, si nosotros no nos renovamos, es decir, no renovamos nuestras ideas, nuestros conocimientos, nuestras actitudes, nuestras maneras de actuar con nuestros alumnos, etc., será muy difícil que consigamos mantenernos motivados y, desde nuestra pro-pia motivación, conseguir moti-var a nuestros alumnos. Es éste, tal vez, el aspecto más impor-tante del cambio que te comen-taba en mi carta anterior.

Pero creo que también es lo que puede mantener nues-tra ilusión. Somos conscientes de que la falta de formación y de información puede consoli-dar nuestra rutina y, en conse-cuencia, sumirnos en un círculo

vicioso que va desde nuestra rutina actual hasta nuestra ru-tina futura pasando por la falta de información, la falta de for-mación, la falta de motivación y, en definitiva, la falta de ilu-sión. Estoy convencido de que, si no tenemos ilusión, es mejor que abandonemos nuestra pro-fesión.

Una vez más, creo que so-mos educadores, y no meros “trabajadores de la enseñanza”. Nuestra actuación educativa se mueve más, y sobre todo, por nuestra vocación y nuestra ca-pacidad de dedicación que por los salarios con que nos puedan remunerar, que ya sabemos que difícilmente llegarán a estar a la altura de lo que realmente su-pone dedicarse a la educación de los niños, adolescentes y jó-venes.

Nuestra capacidad de dedica-ción y, en definitiva, nuestra vo-cación son el soporte de nuestra motivación diaria y de nuestra capacidad para descubrir cosas nuevas en los aspectos más simples y aparentemente “ruti-narios” de la vida. El dinero, en mayor o menor cantidad, no nos va a aportar la capacidad nece-

saria para vivir creativamente nuestra tarea educativa y para ser capaces de descubrir gran-des cosas en los aspectos más simples de nuestra relación con nuestros alumnos. El problema radica, a mi modo de ver, en que no somos capaces de darnos cuenta, en muchas ocasiones, de que lo importante lo tenemos nosotros, y no los demás, y, por tanto, no debemos renunciar a ello, sino, al contrario, saber en-contrar el “color” más allá de los grises que impone la rutina de nuestro quehacer diario.

En este momento me viene a la memoria la historia que no sé si algún día te conté, pero, por si acaso, te la recuerdo ahora:

El dueño de una pequeña fin-ca, amigo del gran poeta Olavo Bilac, lo encontró cierto dia en la calle y le dijo:

-Sr. Bilac, estoy necesitando vender mi propiedad, que Ud. tan bien conoce. ¿Podría redac-tarme el anuncio para el perió-dico?

Olavo Bilac tomó lápiz y papel y escribió: “Se vende en-cantadora propiedad, donde los pájaros cantan al amanecer en las extensas arboledas, rodeadas

por las cristalinas aguas de un precioso riachuelo. La casa, ba-ñada por el sol naciente, ofre-ce la sombra tranquila de las tardes en la baranda. ¡Venga a verla y se la quedará!”

Algunos meses después, el poeta se encontró con el co-merciante y le preguntó si ya se había vendido la finca.

-No pensé más en eso, dijo el hombre. ¡Después de que leí el anuncio que usted me escri-bió, me dí cuenta de la maravi-lla que tenía!

Fácilmente pensarás, conmi-go, que a veces, no nos damos cuenta de las cosas buenas que poseemos, y vamos tras falsos tesoros. Debemos valorar lo que tenemos, y que nos fue dado gratuitamente: la vida, la salud, el empleo, el conocimiento que adquirimos, la sonrisa de los hijos, el cariño de los amigos, la ilusión por realizar bien nues-tra labor educativa... Éstos sí son verdaderos tesoros.

Como siempre, salud y feli-cidad. K

juan A. castro posada [email protected]

vier impor e que não serão fá-ceis de digerir. Haja coragem e ideias inovadoras...K

joão carrega [email protected]

Page 20: Ensino Magazine 158

020 /// ABRIL 2011

el plagio en la UniversidadcrónIcA sAlAMAncA

6 Hace algunas semanas los medios de comunicación hacían pública la noticia, sorprendente en un principio, de la dimisión de un brillante y prometedor ministro de la actual República Federal de Ale-mania. Tenía por delante una muy fácil carrera política, dadas sus condiciones especiales para desta-car como comunicador y como in-térprete de los problemas políticos de su país, uno de los más impor-tantes del mundo, sin duda. Pero esta trayectoria política tan desta-cada queda truncada, de repente, porque se descubre que en sus años de investigador en la univer-sidad había plagiado buena parte de su tesis doctoral. Desaparición fulminante de la escena política por plagista, mentiroso, usurpador de ideas científicas ajenas. Así se ha de actuar en democracia y en la universidad con este tipo de prácti-cas corruptas.

Hace no muchos años, y no muy lejos de nuestra universidad, algún cargo público en ejercicio también se vio envuelto en pro-cesos de plagio (algo menores, respecto al anterior, es cierto) de varios artículos científicos apare-cidos en revistas. La diferencia es que no dimitió, y sigue tan cam-pante, al parecer. Pero es evidente también que los controles científi-cos de tales revistas no fueron lo suficientemente exigentes. O que la habilidad del plagista es extraor-dinaria, buscando en mil y uno de los muchos rincones que se pue-den encontrar en Internet para

cada ocasión.Son bien señalados los casos

de capítulos enteros de tesis doc-torales que han sido apropiados por personas de notoria medio-cridad moral y científica, algunos denunciados y otros no. Varios casos de éstos han generado que a lo largo de los años, dentro de Departamentos y Facultades de la Universidad, se haya alzado el dedo acusador, y hayan apareci-do conflictos y enfrentamientos, a veces muy radicales y profundos, siempre señalando a esta clase de sinvergüenzas intelectuales, y des-de luego morales y ciudadanos de baja estatura.

La explicación añadida es que no habían funcionado con la sufi-ciente eficacia los mecanismos que hay establecidos en la vida univer-sitaria para este tipo de controles académicos. O bien los evaluado-res de la tesis no eran lo suficiente-mente especialistas en aquel tema de investigación, o actuaron con alguna desidia, por no querer pen-sar en lo peor de todo, la compo-nenda, que en términos jurídicos tiene expresiones muy fuertes, por ejemplo hasta la prevaricación.

Es evidente que la apropiación indebida de un trabajo científico ajeno por parte de un profesor o investigador está muy mal visto en las comunidades científicas, pero existe. Como también es merece-dora de repudio una cierta práctica de algunos caciques o señoritos, existente en departamentos y gru-pos de investigación, de firmar

trabajos científicos ajenos, sin consentimiento del autor, o pre-sionando de mil y una maneras, por el hecho de ser simplemente el jefe, lo que sucede con más fre-cuencia de la deseable, sobre todo en ámbitos experimentales y bios-anitarios. A eso se llama el ejercicio del mandarinato, aunque también se practique más de lo deseable en modelos norteamericanos de gru-pos de investigación, y ello no sirva de justificación. Y también deben ser denunciadas actuaciones muy próximas al plagio en diseños tec-nológicos, arquitectónicos, en los campos de aplicación científica, que igualmente conocemos en más de una ocasión en nuestros territorios de proximidad.

Podríamos dar a entender al lector que el plagio es habitual en la universidad de nuestros días, y lo cierto es que, por fortuna, nada más lejos de la realidad generaliza-da. Los casos puntuales aparecen (cuando así sucede), se persiguen, en ocasiones se disimulan, pero el clima básico de la producción cien-tífica original y honesta debe ser adoptado como forma dominante de convivencia y actuación.

Existe otro tipo de prácticas plagiarias algo más suaves, pero no menos reales y peligrosas, y no sólo visibles entre investigadores y profesores, que deben ser de-nunciadas por corruptas. También entre los estudiantes. Me refiero, por ejemplo, a las tradicionales “chuletas” y sistemas de copiar en exámenes escritos, de plagiar tra-

bajos de compañeros, de “bajarse” (download) trabajos que se comer-cializan por vía electrónica desde la red de redes (el llamado <Rin-cón del vago> es uno de los más famosos y difundidos). El estatuto del estudiante universitario, que se ha aprobado hace pocas semanas, también llama la atención sobre los deberes y responsabilidades de los estudiantes, no sólo sobre sus derechos.

Guerra abierta al plagio y a los copiones, que degradan la trans-parencia que ha de reinar en la vida académica de las universida-des, entre profesores, y entre los estudiantes. La limpieza y la salud académica benefician al final a toda la sociedad, y desde luego a la universalidad de la ciencia y a la calidad de la universidad. Desde luego a todos y cada uno de los componentes de la comunidad universitaria. K

josé Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca

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Aniversario de hermanamiento sAlAMAncA y WürzBUrG

6 Las Universidades de Sala-manca y Würzburg han conmemo-rado (4 de Abril) el trigésimo ani-versario de su hermanamiento con un acto presidido por el rector de la institución académica salmanti-na, Daniel Hernández Ruipérez, en el que estuvo acompañado por el actual rector de la Universidad de Würzburg, Alfred Forchel, el minis-tro de la Embajada de Alemania en España, Thomas Karl Neisinger, y Theodor Berchen, exrector que su-scribió el convenio por parte de la universidad alemana hace treinta años.

En la sesión también estuvi-eron presentes, entre otras auto-ridades, la concejala de Relacio-nes Externas e Institucionales del Ayuntamiento de Salamanca, Pilar Fernández Labrador, y el profesor Manuel Montesinos, del Departa-

mento de Filología Moderna de la Universidad.

En su intervención, el profesor Montesinos ha explicado cuál fue el origen del convenio que firma-ron ambas instituciones académi-cas hace treinta años, un acuerdo que en su opinión “sigue vivo y activo”. El hermanamiento en-tre las dos universidades surgió, según ha dicho, de la amistad en-tre dos filólogos y desde entonces ha supuesto un provechoso inter-cambio científico e investigador.

También para el exrector de la Universidad de Würzburg, Theodor Berchen, la relación con la insti-tución académica salmantina ha sido fructífera, pues la firma de aquel convenio con el entonces rector de la Universidad de Sala-manca, Pedro Amat, “vino a crear el marco institucional para una

larga experiencia de intercambios y contactos académicos que ya se venía produciendo en la práctica”.

El hermanamiento entre am-bas instituciones “no fue for-tuito ni azaroso, sino el fruto de la voluntad y las aspiraciones de internacionalización de las dos universidades”, según ha expli-cado Berchen, quien ha recordado que hace treinta años “esa pal-abra no estaba en boca de todos como ahora”. El exrector, que ha recibido de manos de Hernández Ruipérez una medalla conmemo-rativa, se ha referido además a la oportunidad que el trigésimo ani-versario brinda para forjar nuevos proyectos.

En este sentido el actual rec-tor de la Universidad de Würzburg ha mostrado durante el acto su compromiso para seguir trabaja-

ndo en el fortalecimiento de las relaciones con la Universidad de Salamanca, porque a su juicio, “el hermanamiento es tan importante hoy como en el momento de su fundación”. Forchel ha recordado que el número de estudiantes alemanes ha aumentado en la Universidad de Salamanca y ha hecho hincapié en la necesidad de hacer más atractiva la Universidad de Würzburg para los estudiantes españoles.

Los próximos retos, según Forchel, deben ser la ampliación de los intercambios académicos en el ámbito de las ciencias ex-perimentales y el aprovechar las posibilidades que ofrece el Espa-cio Europeo de Educación Supe-rior, entre ellas la posible oferta de titulaciones conjuntos entre las dos universidades. K

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ABRIL 2011 /// 021

lembrar elizabeth taylorBocAs Do GAlInHeIro

7 Ultimamente esta coluna está a tornar-se num obituário da sétima arte, afinal a razão porque ela apareceu foi exactamente para partilhar o nosso gosto pelo cine-ma. Uma das formas é recordar os que partem. Desta vez é a morte de Elizabeth Taylor, mais uma perda irreparável, desta feita a de uma ac-triz que marcou de forma indelével os anos de ouro de Hollywood, mas é principalmente nos anos sessen-ta que a estrela de Elizabeth Taylor, com os seus olhos violeta e um cor-po esplendoroso, brilhou de forma mais resplandecente. Na tela e fora dela.

Nascida a 27 de Fevereiro de 1932, em Londres, mas filha de pais americanos, regressou com a família aos states nos primeiros tempos da II Guerra. Estreou-se no cinema em “There’s One Born Every Minut”e, de Harold Young (1942), para no ano seguinte aparecer em “Lassie Comes Home”, de Fred M. Wilcox, num papel secundário mas que lhe abriu as portas para um fu-turo brilhante no cinema, apesar de ter ainda feito uma mão cheia de papéis de criança, em filmes como “Jane Eyre”, de Robert Stevenson (1944) e “The White Cliffs of Den-ver”, de Clarence Brwn (1944), é em “National Velvet”, de Brown, tam-bém de 1944, ao lado de Mickey Ro-oney, outra child star, que Elizabeth Taylor começa verdadeiramente a

sua ascensão e se torna uma estre-la, primeiro infantil, na MGM, depois naquela que todos conhecemos.

Porém, os seus atributos físicos depressa a empurraram para pa-péis mais condizentes com aqueles do que com o registo no bilhete de identidade. Em 1947 aparece em “Life With Father”, de Michael Cur-tiz, ao lado de William Powell e Irene Dune e em 1950 em “O pai da Noi-va” (Father of The Bride), de Vincen-te Minnelli, onde um atormentado Spencer Tracy vê o seu orçamento familiar entrar em crise por vai das despesas de casamento da filha, uma fita que tem uma publicidade extra: o primeiro dos oito casamen-tos de Liz, um é com o mesmo, já sabemos, Richard Burton, desta feita com Conrad Hilton Jr.. O casa-mento durou menos de um anos, menos certamente do que a paixão por Montgomery Clift com quem contracenou em “Um Lugar ao Sol”

(A Place in the Sun, 1951), de Ge-orge Stevens, onde fazia de Angela Vickers, a menina rica apaixonada por Clift. Uma paixão que virou uma enorme amizade até à morte do ac-tor, em 1966.

Nos anos 50 a filmografia de Elizabeth Taylor é variada parece não ter descanso: , “Love is Better Than Ever”, 1951, de Stanley Donen, “Ivanhoe”, 1952, de Richard Thorpe, “Rhapsody”, 1954, de Charles Vidor e “A Última Vez Que Vi Paris” (Tha Last Time I Saw Paris, 1954), de Ri-chard Brooks e esse incontornável “O Gigante” (The Giant, 1956), de George Stevens, onde contracena com James Dean e Rock Hudson. Apesar dos inevitáveis episódios picantes de rodagem, Dean morre durante as filmagens, ao volante do seu Porsche, e Hudson, três décadas depois vitima de Sida, facto que le-vou a actriz nestes últimos anos a dedicar-se à causa da doença atra-

vés duma fundação para o efeito. É ainda nesta década que recebe duas nomeações para os Oscar em interpretações de personagens saí-das de peças de Tenessee Williams,

“Gata em Telhado de Zinco Quente” (1958), de Richard Brooks e “Bruscamente no Verão Passado” (1959), de Joseph L. Mankiewwicz, dois papéis que definitivamente lhe dão o reconhecimento como actriz e não como a mulher fatal dos olhos violeta, e em 1960 ganha mesmo a estatueta dourada por “O Número do Amor” (Butterfield 8, 1959), de Daniel Mann, um Oscar que deu muito que falar, diz-se que o prémio lhe foi dado porque esteve à beira da morte, e, tendo em conta que ganhou para uma Shirley MacLaine irrepreensível em “O Apartamento”, tudo leva a crer que sim. Porém, em 1966 volta a ganhar o Oscar des-ta vez pelo seu desempenho em “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf” (1966), de Mike Nichols, ao lado de Richard Burton, o actor inglês que conheceu em 1963 na rodagem de “Cleópatra”, de Mankiewicz e com quem viria a casar depois de uma escandaleira tremenda na época, os dois eram casados na altura, a coisa chegou ao Vaticano que pen-sou em excomungar o casal, mas lá deram o nó, vivendo uns longos 10 anos de matrimónio. Divorciaram-se e voltaram a casar, desta vez por apenas uns meses. Deste casa

descasa ficou a célebre diamante que Burton deu a Liz, daqueles com muitos quilates, para além dos que já tinha antes e dos que recebeu depois. Para Liz eram mesmo os “girl’s best friends” e o estrondoso fracasso de Cleópatra, fita em que a actriz recebeu um milhão de dó-lares, coisa nunca vista até aí. Pelo meio tiveram tempo para fazer 11 filmes. Além dos já referidos, “The V.I.P.s” (1963), de Anthony Asquit, “Under Milk Wood (1972), “The Ta-ming of the Shrew” (1967), de Fran-co Zeffirelli, “Adeus Ilusões” (1965), de Vincente Minnelli, “Hammersmi-th is Out” (1972) de Peter Ustinov, “Doctor Faustus” (1967), de Neville Coghill, Os Comediantes (1967), de Peter Glenville e Choque (1968), de Joseph Losey.

A partir dos anos 70 a filmogra-fia da actriz diminui exponencial-mente à medida que se avoluma-ram os seus problemas de saúde, alguns na sequência de excessos com bebida e comida, com passa-gens várias por clínicas de desinto-xicação, e se dedicou mais a causas filantrópicas, entre as quais a sua fundação para a Sida.

Morreu no passado dia 23 de Março, em Los Angeles de proble-mas cardíacos. Deixou expressa a vontade de chegar atrasada ao seu funeral. Uma das últimas lendas vi-vas de Hollywood a deixar-nos. K

luís Dinis da rosa _

o mau cheiro da revolta árabecrónIcA

7 Que os povos do Magrebe e do Médio Oriente sofrem há déca-das a repressão das ditaduras que lhes foram impostas, pouca gente tem dúvidas. Mas como surgiram estas revoltas que se lhes opõem de forma tão generalizada? De gera-ção espontânea? No tempo em que nós e os coelhos nascíamos com ol-hos fechados, era possível acreditar neste milagre da multiplicação das boas vontades e do súbito alvor democrático, como se, por magia, todos acordássemos ao mesmo tempo e na mesma almofada. Hoje, tudo tem uma explicação mais ter-rena e mais objectiva; ficaram para trás a coincidência e outros fenóme-nos inexplicáveis. Cheira demasiado a petróleo para a CIA, a MOSSAD e

outras alcateias não terem tido o faro activo em toda aquela zona. Os Americanos do norte e o seu nobilizado presidente saltaram do quintal para a rua e brincam com o fogo em quintal alheio. Com ou sem Obama, os EU continuam a ser os EU. Desenganem-se aqueles que sonham que a estratégia mudou só porque o presidente americano come hamburgers no meio da rua. Nada de inédito. Afinal, fizeram o mesmo em Portugal, em Abril de 74, no lado oposto e na Europa de leste nos anos oitenta, com outro cheiro. Depois da viciação da guerra civil Líbia, como se se tratasse dum jogo de play station, colocam este lindo serviço nas mãos da Europa adul-terada que, submissa, finge não

aceitar, desejosa também de molhar a sopa, ao cheiro do petróleo.

É claro que tudo é legal, democrático e devidamente aval-izado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que significa o mesmo que ter uma maçã podre mas com o selo de garantia. Os mei-os de comunicação, especialmente as televisões, fazem-nos chegar imagens dos avanços e recuos de uns e de outros. É curioso que só os “rebeldes” e a aviação invasora matam, com precisão cirúrgica, sol-dados de Tripoli, excepto a chacina recente. Estes, em contrapartida, por mais pontaria que tenham, fa-zem diariamente autênticas chaci-nas entre a população civil, a que os repórteres acrescentam mul-

heres e crianças. Mulheres e crian-ças que fugiram e já não habitam nas grandes cidades, dizem na notí-cia seguinte. Na mouche! É neste quadro que se movimenta o polícia do mundo e como polícia actua in-discriminadamente na rua, na praça nos lugares mais humildes e já mais no conselho de administração duma empresa corrupta, cujos administra-dores levam à miséria dezenas ou centenas de trabalhadores.

E nós, atentos espectadores, bombardeados, por enquanto, ap-enas com (más) notícias, estamos tranquilos porque a guerra é longe, felizmente. Chegará o dia em que, como diz o poema de Brecht, Agora estão-me levando/ Mas já é tarde. /Como eu não me importei com nin-

guém/Ninguém se importa comigo.Depois? Depois, tudo ficará

como até aqui, as democracias emergentes voltarão a ter o aval norte-americano e Israel ficará eternamente agradecido ao seu incondicional amigo e capaz de re-forçar a sua política expansionista naquela zona do globo. A menos que, cheira-me, os povos árabes tomem verdadeiramente o destino em suas próprias mãos e promo-vam de vez a paz, o bem-estar so-cial e o progresso de tão martiriza-dos seres humanos. K

joão de sousa teixeira [email protected]

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022 /// ABRIL 2011

7 Álvaro Índio começou em força a tri-lhar o seu caminho no panorama musical português. Há apenas um mês, em Março, lançou o primeiro trabalho discográfico Sin-ceramente e o tema de apresentação com o nome do álbum já integra o Top Ten Na-cional, é um êxito de airplay nas rádios e de visualizações no Youtube. O músico que espera partir em breve para a estrada em concerto afirma ser anti-concursos musica, e não acreditar na fama fácil, mas em pro-jectos consolidados.

A primeira rampa de lançamento deste primeiro registo o tema podes ser tu esteve incluído na banda sonora de uma conheci-da novela da tvI. Foi uma excelente montra para dar a conhecer aos portugueses a sua música?

O tema Podes Ser Tu ser escolhido para integrar a banda sonora da novela Mar de Paixão é para mim um privilégio. A rádio também tem um papel fundamental na di-vulgação bem como a televisão. Não deixa de ser curioso a primeira música ter apareci-do através de uma novela e as pessoas não saberem quem é que estava a cantar aquela música, não saberem quem é o Alberto Ín-dio. Na banda sonora nem sequer referem de quem é o tema. A música está ali, entra pela casa das pessoas, um dia mais tarde elas voltam a ouvir o tema e é familiar. É uma rampa de lançamento importante.

o tema sinceramente é um dos temas mais rodados nas rádios nos últimos me-ses. é uma enorme surpresa o Airplay con-seguido com este single?

Soube há pouco tempo que a canção Sinceramente estava posicionada em séti-mo lugar do Airplay nacional . É um privi-légio uma canção do meu disco de estreia estar no Top Ten. Olho para os nomes que fazem parte desse Top Ten e são nomes que tenho sempre como as grandes estrelas da música portuguesa. Ver o meu nome lá no meio até é um bocado assustador. Não esta-va minimamente à espera da maneira como as rádios abraçaram a canção e a ter resul-tados dia após dia cada vez mais surpreen-dentes. Tenho muito orgulho nisso.

numa conhecida plataforma de vídeos da Internet está disponível o single sinceramen-te, que já ultrapassou as 114 000 visualiza-ções, com imensos comentários positivos. é gratificante reparar nestes detalhes?

Faço questão de sempre que posso res-ponder aos elogios e às mensagens que me deixam. Só não o faço mais vezes porque os dias deveriam ter mais horas. As 114 000 mil visualizações que o vídeo tem no Youtu-be é a prova de que há pessoas lá vão ouvir a música e querem conhecer quem canta aquela canção. Via rádio não tem acesso à imagem, não sabem se é loiro, se tem olhos azuis, se é gordo, é magro, se é baixo, ou é alto. No Youtube têm a possibilidade de co-nhecer um bocadinho da pessoa que canta aquela canção que elas já andam no carro a cantarolar. A Internet é um veículo de pro-moção de qualquer obra que se faça.

Apesar do actual cenário de crise há muita força e muita vontade para impor o seu projecto na estrada e sobretudo na mú-sica portuguesa?

Foi uma espera natural mas levou mui-to tempo a sair este disco. Escolhi logo o ano da crise, em que toda a gente está em casa, cheia de medo da queda do governo, da vinda do FMI e daquelas coisas todas que as nossas televisões nos encharcam. Mas se em ano de crise as pessoas que são empreendedoras se retraírem e não fizerem nada, quer na música, quer nou-tras coisas, então é que o nosso país não vai para a frente. É um bocado acertar na “Mouche”. O disco saiu no dia 23 de Mar-ço, no dia em que Sócrates se demitiu. Isto também é um prenúncio de alguma coisa. As pessoas vão procurar alegria e boas energias à música. Em todos os paí-ses do mundo onde a desgraça acontece, as pessoas também têm de se divertir. Dou o exemplo do Brasil, é todos os dias festa, todos os dias as pessoas procuram músi-ca. Até vai ser bom estar com um espectá-culo na estrada em ano de crise e passar às pessoas uma mensagem positiva. É isso que nós precisamos, boas energias e andar para frente.

A rtp quer criar um canal de música, sobretudo para promover a música em português. na sua opinião seria uma exce-lente forma de dar a conhecer os projectos nacionais?

Tudo o que seja mostrar os projectos nacionais é bom. Se a RTP esta a anunciar espero mesmo que seja verdade que isso aconteça. Desde que seja mesmo mostrar projectos e não concursos. Os concursos são sempre em busca das audiências, te-nho dito isto várias vezes mas não me can-so de o dizer. Um programa que vá até às

salas de ensaio das bandas, tantas bandas há por aí, tantos projectos com qualidade, e mostrar isso às pessoas, é espectacular. Quanto aos concursos, sou completamen-te anti-concursos. São anti-música, pois a música não é uma competição.

podemos concluir que é anti programas televisivos que procuram novos talentos na música, e da fama de forma repentina e passageira?

Exactamente. Vejo muita gente procu-rar a fama imediata. Procurar de um dia para o outro aparecer numa capa de uma revista, ou ser convocada para uma entre-vista na televisão, ou numa revista cor-de-rosa. Há gente que procura a fama ime-diata e usa a música como uma eventual possibilidade de o fazer e conseguir a suas coisas. A fama vem naturalmente se os trabalhos forem bons, ou forem maus, às vezes também há o reverso. Os concursos trazem a fama imediata, de um dia para o outro são estrelas de televisão. Quando acaba foram apenas “pastilhas elásticas”, que foram mascadas e deitadas fora. Não têm uma base sólida que lhes permita fazer uma carreira, deixam de constar no panorama musical. O importante é haver projectos sólidos, consolidados. Batalhar pelos sonhos é a verdadeira escola. K

entrevista: Hugo rafael _texto: eugénia sousa _

Batalhar pelos sonhos

é a verdadeira escola

AlBerto ÍnDIo eM entrevIstA

Page 23: Ensino Magazine 158

ABRIL 2011 /// 023

Jogos Olímpicos de Berlim em 1946 que ele correu como ninguém as longas distâncias. O seu nome é sinónimo de potência e de rapidez. Mas a relação difícil com o regime comunista, a instrumentalização do seu êxito e as perseguições políticas ditaram o fim da carreira de um dos maiores mitos do desporto.

cAsA DAs letrAs. Contagem Decrescente, de Ken Follett. Ano de 1958.Vivem-se os anos da Guerra Fria e os Soviéticos ultrapassam os Americanos nos primeiros esforços para a conquista do espaço. No centro da intriga encontra-se Luke. Ele é o único que pode garantir o lançamento do Explorer I, o primei-ro satélite americano que os russos querem sabotar. Para tal dispõe de 48 horas .

Contagem Decrescente reúne acção, espionagem e romance. K

yann MartelGente e lIvros

novidades literáriaseDIções

7 «Precisava de domá-lo. Foi nesse momento que compreen-di esta necessidade. Não era uma questão de ou ele ou eu, mas de ele e eu. Estávamos, em sentido literal e em sentido figurado, no mesmo barco. Viveríamos - ou morreríamos - juntos. Ele podia ser morto num acidente ou podia morrer em breve de causas naturais, mas seria loucu-ra contar com essa eventualidade. O mais provável era que acontecesse o pior: a simples passagem do tem-po, em que a resistência natural do animal superaria facilmente a minha fragilidade humana. Só se eu o do-masse poderia chegar a induzi-lo a morrer primeiro, se chegássemos a essa triste situação.

Mas há mais. Confesso a ver-dade. Conto-lhe um segredo: uma parte de mim estava contente com Richard Parker. Uma parte de mim não queria que Richard Parker mor-resse, porque se ele morresse eu ficaria sozinho com o desepero, um adversário ainda mais temível que um tigre. Se eu ainda tinha vontade de viver, era graças a Richard Pa-rker.(...).»

In A Vida de Pi

Yann Martel nasceu a 25 de Ju-nho de 1963, em Salamanca, Espa-nha, e neutralizou-se canadiano. Filho de um diplomata, cresceu en-tre vários países como Costa Rica, França, México e Canadá. Tirou o curso de Filosofia na Universidade de Trent, Canadá, e antes de começar a escrever trabalhou como plantador de chá, lavador de pratos e seguran-ça. Viajou pelo Irão, Turquia e Índia. Na Índia passou 13 meses a visitar igrejas, templos e Zoos e investiu dois anos a ler textos religiosos e histórias de naufrágios para prepa-rar o romance A Vida de Pi (2001).

O romance haveria de ser um êxito internacional publicado em mais de 40 países, vencer o Man Booker Pri-ze de 2002, e bestseller do New York Times mais de um ano. Outras obras do escritor são Seven Stories (1993); Self (1996); We Ate The Children Last (2004)e Beatriz e Virgílio (2010). Em Beatriz e Virgílio o escritor retoma os animais como personagens, como já tinha feito em A Vida de Pi, com o ti-gre Richard Parker. A mula Beatriz e o macaco Virgílio são os protagonistas de uma peça que um taxidermista escreve no intervalo do seu trabalho. Henry é um escritor que tem como

desejo escrever sobre o Holocausto, mas que se encontra em plena crise criativa após ter sido rejeitado pelos editores. Beatriz e Virgílio e A Vida de Pi em Portugal têm a chancela da Editorial Presença

Yann Martel vive em Montreal com a mulher e o filho de ambos.

A vida de pi. Filho do dono de um Jardim Zoológico em Pondicher-ry, Índia, Pi Patel, é um adolescente de 16 anos que se interessa pelos animais e abraça com igual fé todas as religiões que conhece. Quando os país decidem emigrar para o Cana-dá, a família Patel segue com alguns dos habitantes do Zoo num navio de carga. Mas logo nos primeiros dias da viagem o barco afunda-se em pleno oceano pacífico. Pi será o único sobrevivente humano a bordo de um salva-vidas, onde também se-guem uma zebra ferida, uma hiena, um orangotango e um tigre de Ben-gala. Em breve só restara Pi e o tigre Richard Parker. Entre eles terá de se estabelecer uma relação que permi-ta a ambos sobreviver. K

página coordenada poreugénia sousa _

7 porto eDItorA. A Arte de Matar Dragões, de Ignacio del Val-le. Após o final da guerra civil es-panhola, os serviços secretos têm por missão recuperar o quadro A Arte de Matar Dragões, que perten-cia ao Museu do Prado. Arturo, um agente de passado obscuro, tem de encontrar aquela obra de arte, que encerra um segredo maior que a História. Mais do que um roman-ce de mistério A Arte de Matar Dra-gões é também a narrativa de um amor impossível e valeu ao autor o Premio Felipe Trigo de Novela.

presençA. Bombaim, de Thrity Umrigar. Na Bombaim dos nosso dias encontramos Sera Du-bash, uma dona de casa da classe média a viver envergonhada um casamento em que sofre abusos; e Bhima, a empregada da família

Dubash, que vive num bairro da lata uma existência de perdas. São duas mulheres separadas pelo sistema de castas indiano, que o destino junta numa história de so-brevivência, contra uma sociedade brutal e injusta.

D. QUIxote. Método Prático da Guerrilha, de Marcelo Ferroni. Deprimido pelo fracasso da expe-dição revolucionária no Congo, o comandante “Che” Guevara prepa-ra com os seus guerrilheiros uma nova revolução, desta feita na Bo-lívia. Através do relato de um bi-ógrafo anónimo são narrados os acontecimentos que conduziram ao desfecho trágico da morte do comandante e à história dos com-batentes que permaneceram com ele até ao fim.

BertrAnD. Hotel du Lac, de Anita Brookner. Edith Hope é uma escritora de romances de amor a descansar dos seus livros no luxu-oso Hotel du Lac, na Suiça. Mas em lugar do tão necessitado repouso ela cruza-se com uma série de hóspe-des, cada um com a sua história. E sua existência é ainda mais abalada quando o interesse de um homem mundano recai sobre ela. Hotel du

Lac é vencedor do Booker Prize.

eUropA-AMérIcA. A Paixão de Jane Eyre, de Charlotte Brontë. Jane parece reunir todos os requi-sitos para ser infeliz. É orfã, pobre, na infância foi obrigada a viver com a tia e os primos que a maltrata-vam e a entrar num asilo. Mas Jane consegue dar a volta ao destino ao quebrar as convenções da época e sem nunca perder a dignidade en-contrar o amor e a paz. A paixão de Jane Eyre é um clássico inglês para revisitar sempre.

esFerA Dos lIvros. Guia para Ficar a Saber ainda Menos so-bre as Mulheres, de Isabel Stilwell. Com ironia e humor a autora pro-põe um guia “pouco prático” para levar o sexo oposto a compreender as relações do ponto de vista femi-nino. Tarefa difícil? De acordo com o escritor Henry James «Se um ho-mem afirma que compreende as mulheres, é tido por presunçoso; se realmente as compreende, é consi-derado um devasso.».

cAvAlo De Ferro. Correr, de Jean Echenoz. Durante seis anos, o checo Emil Zatopek foi o homem mais veloz sobre a terra. Desde os

BIBlIoHIstórIA

T O escritor português Pedro Almeida Viera criou a primeira base de dados de obras de literatura do género histórico publicadas por es-critores portugueses e escritores de dupla nacionalidade. Através do site www.pedroalmeidavieira.com/bibliohistoria estão disponí-veis 1200 títulos de obras editadas desde o século XIX até à actuali-dade, bem como dados biográfi-cos de mais de quatro centenas de autores. Pedro Almeida Vieira é também autor dos romances histó-ricos Nove Mil Passos; O Profeta do Castigo Divino; A Mão Esquerda de Deus; e Corja Maldita. K

FeIrA Do lIvro

T A Associação Portuguesa de Escritores e Livreiros será uma vez mais a entidade organizadora das feiras do Livro de Lisboa e do Porto. A Feira do Livro de Lisboa decorre-rá entre os dias 28 de Abril e 15 de Maio, no Parque Eduardo VII; e a Feira do Livro do Porto entre os dias 26 de Maio e 12 de Junho, na Avenida dos Aliados. K

joHn le cArré

T O escritor britânico John Le Carré pediu para o seu nome ser retirado da shortlist dos nomeados para o Prémio Man Booker Interna-tional. O escritor é autor de mais de 20 obras de espionagem e tão aclamadas como O Espião que Saiu do Frio, Um Espião Perfeito, O Fiel Jardineiro, e Amigos Até ao Fim, justificou a sua decisão alegando que não competia por prémios. Contudo, o Presidente do Júri não aceitou o pedido do escritor e o seu nome vai continuar a fazer parte dos nomeados para o Man Booker International. K

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024 /// ABRIL 2011

pelas rotas do GeoparkensIno MAGAzIne e nAtUrtejo sorteArAM

3 O Ensino Magazine e a Naturtejo sortearam fins-de-se-mana no Geopark Naturtejo (ter-ritório classificado pela Unesco), entre os visitantes das principais feiras dedicadas ao ensino, for-mação e juventude que se rea-lizam no nosso país: Futurália (na Fil, Parque das Nações, em Lisboa, de 16 a 19 de Março) e Qualific@ (na Exponor, no Porto de 30 de Março a 3 de Abril).

Na Futurália a sorte sorriu a Carlos Magalhães, de Alcabide-che, enquanto que na Qualific@,

souflé Glacê, telha de nougatinee Molho de pistáchios verdes

prAzeres DA BoA MesA

3Ingredientes p/ o souflé Glacê (25 pax):12,5 Folhas de Gelatina15 ovos1 Kg de Açúcar50 cl de Infusão de Delta origens - timorQ.B. de Delta origens - timor moído1,25 Kg de natas

preparação do souflé Glacê:levar o açúcar com 20 colheres de sopa de água ao lume até atingir ponto de bola mole. Dissolver a ge-latina demolhada na infusão de Del-tA orIGens - tIMor quente. Bater as gemas e verter metade da calda de açúcar em fio batendo sempre. Bater as claras em castelo firme e juntar a restante calda em fio. Ba-ter ligeiramente as natas, juntar às gemas e depois o merengue. Deitar a preparação nas formas. levar ao congelador.

Ingredientes p/ o nougatine (25

pax):300g de Açúcar100g de Glucose

10 cl de água100g de Amêndoa la-minada250g de pistáchios verdes

preparação do nouga-tine: Fazer um cara-melo com o açúcar, a glucose e a água. Adi-cionar a amêndoa e verter sobre uma su-perfície untada com óleo, até solidificar. picar no 1,2,3. Deitar sobre um molde e deitar os pistáchios por cima. levar ao for-no 5” a 170º c.

Ingredientes - Molho de pistachio(25 pax):250g de leite

3 Gemas50g Açúcar1/2 vagem de Baunilha

Publicidade

foi Teresa Silva, de Pedrouços, a quem sorriu uma das rotas no Geopark Naturtejo.

São várias a Rotas do Geo-park a concurso, como a das Aldeias Históricas (que permite visitas a Idanha-a-Velha, Mon-santo da Beira e Penha Garcia), a dos Castelos Templários (visita aos castelos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Monsanto, Penha Garcia ou Vila Velha de Ródão), ou a Rota Aventura no ar (com a possibilidade de realizar um salto de pára-quedas – acompa-

50g de Miolo de pistáchio verde

preparação para o Molho de pis-táchio: levar o leite ao lume a ferver com a vagem cortada ao meio. à parte misturar o açúcar com as gemas. Adicionar cuida-dosamente o leite quente às ge-mas. levar ao lume a engrossar, sem deixar ferver. juntar os pis-táchios picados.

empratamento: servir o souflé

nhado -, ou de visitar o Centro de Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova).

O Geopark Naturtejo foi o pri-meiro a ser constituído em Por-tugal. Com paisagens e patrimó-nio de sonho, aquele território integra seis concelhos do inte-rior do país e da raia portuguesa (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Proença-a-Nova, Oleiros, Vila Velha de Ródão e Nisa) e é um dos destinos mais procurados da zona centro do país, sobretudo por espanhóis. K

bem gelado com o nougatine e com o molho de pistáchios verdes à parte. K

chef Mário rui ramos _(Chef Executivo Complexo

Termal de Monfortinho - Hotéis, Restau-rantes, Termas e Spa)

Cartoon: Bruno Janeca HArgumento: Dinis Gardete _

carla Maia, directora da Qualific@, tirou o bilhete vencedor

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não há só tangos em parispelA oBjectIvA De j. vAsco

3 No passado 31 de Março Cristina Branco apresentou, na sala principal do Teatro São Luiz, em Lisboa, o seu último trabalho Não há só tangos em Paris. Num CD onde “os ritmos quentes da América do Sul cruzam-se com o fado” há colaborações, entre outras, de Manuela de Freitas, Vasco Graça Moura, Carlos Tê e Mário Laginha. Sala cheia, público satisfeito. Quem não ouviu que oiça! K

press DAs coIsAs

lG HB965tz

3 O HB965TZ é o novo sistema Home Cinema Blu-Ray de 1100 W, da LG. As colunas finas possibilitam a montagem na parede e combinam com o televisor de ecrã plano. A resolução Full HD 1080 p permite desfrutar do dobro da qualidade de imagem e a reprodução de DivX HD ver filmes transferidos através da Internet em diferentes formatos. O Áudio Dolby True HD e DTS-HD propor-cionam qualidade de som HD sem perdas. O sistema DLNA (Digital Living Network Alliance) do Home Cinema faz desaparecer todos os fios e cabos de casa ao ligar todos os dispositivos AV compa-tíveis, sem fios. O HDMI SIMPLINK oferece controlo remoto para gerir todo o sistema AV. K

Dsc-Wx9

3 A DSC-WX9 faz parte da inovadora gama de câmaras compactas da Sony.A cyber-shot tira foto-grafias de grande qualidade DSLR sem esforço. O inovador sensor CMOS permite captar a imagem sem flash em condições de luz menos favoráveis, como sejam interiores pouco iluminados e o final do dia; para além de gravar vídeos de boa quali-dade o sistema IAuto permite captar de forma in-teligente qualquer cena. Com o Sweep Panorama é fácil obter fotografias extra amplas de paisagens e grupos de pessoas. Destaque para a resolução de 16,2 megapixeis; o 5* sistema óptico zoom; e uma lente grande angular de 25 mm.

Preço aproximado 240Euros. K

tHe GIFt - exploDe

3 Destaque para o regresso de uma banda Nacional, os The Gift. Nuno Gonçalves e Sónia Tava-res estão de volta aos discos com “Explode”. A primeira novidade foi a distribuição das novas canções através da internet. Os interessa-dos em receber os novos temas fi-zeram a respectiva inscrição na pá-gina oficial do grupo, pagaram uma quantia á escolha e receberam os temas ao ritmo de um por dia. Poucas semanas depois chegou às lojas a edição física de “Explode”, em vários formatos, que chegou ao pri-meiro lugar do top nacional de vendas. As gravações decorreram em Madrid e tiveram a produção de Ken Nelson, um conhecido produtor que já trabalhou com vários grupos bem conhecidos. O primeiro single “RGB”, continua a ter destaque na atmosfera radiofónica nacional. A segunda aposta do disco será provavelmente o tema “Made for your”, que já tem o vídeo disponível na internet e tem a participação de dois convidados bem especiais, trata-se dos actores Lukas Has e Isabel Lu-cas. Esta nova explosão de sons mostra uma mudança na sonoridade do grupo. As cordas ficaram em segundo plano, sendo substituídas por diferentes orquestrações com mais electrónica à mistura. Destaque para a faixa “Primavera”, o único tema em português que promete explodir nos próximos meses, quando for apresentado como single. Deste trabalho fica ainda a referência para o actual single “RGB” e os temas “Made for you” e “My sun”. K

jessIe j - WHo Are yoU

3 A Britânica Jessei J é uma das revelações deste ano de 2011.

A jovem cantora e compositora é já um valor seguro da pop interna-cional. O cartão-de-visita foi o single “Do it like a dud” que utiliza a ha-bitual fórmula mágica para conquis-tar o mainstream em grande escala. Para segundo single a escolha recaiu sobre “Price tag”, um tema soberbo com um refrão bem orelhudo e que conta com a participação especial de B.O.B. Ainda o álbum não tinha chegado às lojas, os dois singles já tinham ultrapassado as 35 milhões de visualizações no youtube, uma excelente prova de popularidade para a sua curta carreira. Jessie J tem também no currículo algumas composições que fez para Miley Cyrus, Justin Timberlake e Alicia Keys, e dois Brit Awards conquistados no cor-rente ano. Os temas apresentam uma sonoridade R&B bem agradável num universo pop suave, boas composições com Jessie J a mostrar os seus dotes vocais que têm uma excelente química com os instrumen-tais. O universo musical cada vez mais competitivo, apresenta uma enorme oferta de música nos mais variados estilos e linguagens, mas provavelmente Jessie J vai ser um dos nomes de destaque nos próxi-mos anos. Neste novo “Who are you” os temas fortes são os singles “Do it like a dud”, “Price tag” e as faixas “Abracadabra” e “Love”. K

BrItney speArs - FeMAle FAtAle

3 A Princesa da pop re-gressou aos discos com “Female fatale”, o sétimo álbum numa carreira já com 12 anos e mui-tos milhões de discos vendidos. O primeiro avanço do trabalho foi o single “Hold it agains me” que chegou às rádios no início de 2011, tendo tido bastante destaque nos tops de singles em diversos países. Poucos dias an-tes do trabalho chegar às lojas foi editado o segundo single “Till the world ends” que continua a ser o tema de trabalho deste regis-to. Este novo “Female fatale” teve a produção de Max Martin e Dr. Luke e conta com as participações especiais de Sabi e Will.i.Am dos Blacke Eyed Peas. No global este trabalho supera o seu antecessor, mas Britney Spears continua longe da magia de temas como “Baby one more time”. K

Hugo rafael _

MúsIcA

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026 /// ABRIL 2011

“empezando del cero”Motor

c Não, ainda não é desta vez que me atrevo a escrever uma crónica em castelhano, especial-mente dirigida aos muitos leito-res que o Ensino Magazine tem, para lá da fronteira. Para já temos apenas o título na língua de Cer-vantes, pois o tema de hoje foi inspirado numa recente visita a Madrid, especialmente preparada pelo meu amigo Pepe de la Parte.

O Pepe decidiu focar a visita na parte antiga, onde começámos pelo reconstruído mercado de S. Miguel. Aberto até às duas da ma-nhã nos fins-de-semana e até à meia-noite nos outros dias, é um autêntico centro de cultura culi-nária. Logo ao lado temos a Plaza Mayor onde nos pudemos deliciar com os inigualáveis “bocadilhos de calamares” na tradicional Casa Rua. Atravessámos depois a Plaza Mayor em direcção à “Puerta del Sol”. Sendo o Pepe um grande co-nhecedor da história do automó-vel, preparou para nós uma visita, relacionada com este tema, a um lugar muito especial nesta famosa praça, conhecida pelo que se lá passa na passagem de ano.

Bem em frente à porta princi-pal da sede do governo regional, ele colocou-me num determina-do local e disse-me: “Paulo, ¿sa-

substituída, no entanto, fez-me chegar uma foto da primeira lá-pide ali colocada, que aqui vos deixo.

Fiquei curioso com esta his-tória do quilómetro zero e decidi efectuar alguma pesquisa. Não sei se bem ou mal, mas parece que esta prática teve origem na antiga Roma num monumento a que cha-maram “Umbilicus Urbis Romae” e que mais tarde foi substituído pelo “Milliarium Aureum” de que ainda podemos ver a base. Seria pois a partir de um destes locais que se media toda a impressio-nante rede de estradas construída pelo império romano.

Verifiquei depois, que são mui-tos os países que têm assinalado o quilómetro zero com uma ou ou-tra referência na sua capital. Por

rali de portugalde novo no Mundial

FIA

6 O Rali de Portugal foi inte-grado, sem surpresa, no calendá-rio do mundial de ralis de 2012, um conjunto de 12 provas avança-do hoje pelo Conselho Mundial do Desporto Automóvel da Federação Internacional do Automóvel (FIA).

A prova portuguesa, que se re-alizou de 27 a 30 de março últimos, está confirmada, mas a data da realização ainda não está definida.

Para a composição do calendá-rio, a FIA experimentou algumas dificuldades para configurar o conjunto de provas por causa do terramoto que devastou parte do Japão e das revoltas populares no Médio Oriente.

O Conselho Mundial decidiu que o Rali do Japão e o Rali da Jor-dânia (programado para este fim de semana) se realizem este ano, mas as duas provas não integram o calendário de 2012.

O Mundial de 2012 terá qua-tro provas fora da Europa: Méxi-

novo FocUs

3 A Finiclasse acaba de apresentar o novo Ford Focus. O novo mode-lo encontra-se disponível na versão de 5 portas, à qual se juntarão mais tarde a de 4 portas e station wagon. Com três motorizações, que corres-pondem a 6 níveis de potência e duas caixas de velocidade, manual de 6 e a PowerShift, automática de dupla embraiagem e 6 relações.

A versão de entrada de gama, o Ford Focus 1.6TDCi Trend, de 95cv, conta com um preço de 24.110 euros, enquanto que para a mesma versão equipada com o motor de 115cv haverá um diferencial de 1.000 euros. Por sua vez, as versões First Edition contarão com os motores 1.6TDCi de 95 e 115cv e também com o bloco 1.6 EcoBoost que disponibiliza 150 ou 180cv. Estará igualmente disponível na gama Focus o motor diesel 2.0TDCi com 2 níveis de potência: 140 e 163cv, acoplados a uma caixa manual de 6 velocidade ou automática PowerShift. K

sector AUtoMóvel

bes dónde estás?, ¿no lo sabes? Entonces mira hacia abajo, estás precisamente en el kilometro cero de todas las carreteras radiales de España.”, e lá estava uma lápide indicativa deste quilómetro zero.

Contou-me depois que o qui-lómetro zero é muitas vezes usa-do pelos madrilenos como local

de encontro antes de iniciarem as suas divertidas noitadas. Es-tivemos no local uns minutos e pudemos verificar que são muitos os turistas que colocam o pé na lápide para uma foto de recorda-ção. Atento como sempre o Pepe explicou-me que de tanto pisarem a lápide original, esta teve de ser

exemplo em França está situado na praça em frente à Notre Dame, os Estados Unidos, a Argentina, o Chile, a Bolívia e até Cuba tam-bém têm a sua placa indicadora do quilómetro zero.

Por cá, não conheço qualquer quilómetro zero a partir da capital, mas recentemente o município de Coimbra colocou em frente à Câ-mara Municipal uma lápide em bronze a que chamou quilómetro zero, para uso exclusivo na geo-referenciação dos seus elementos gráficos.

Há falta de melhor, presumire-mos deste quilómetro zero situa-do nesta cidade, que em tempos já foi a capital de Portugal. K

paulo Almeida _ Direitos reservados H

co, Argentina/Brasil ou Argentina/Uruguai, Emirados Árabes Unidos e Nova Zelândia.

No continente europeu, o ca-lendário definitivo integra o rali de neve na Suécia-Noruega (dois dias em cada país), as provas de terra de Portugal, Grécia, Finlândia e Grã-Bretanha, as de asfalto da Alemannha e França e a compe-tição de piso misto de Espanha.

A definição de hoje do calen-

dário sucedeu à reunião de 8 de março, em que não se conseguiu unanimidade no Conselho Mun-dial.

Relativamente a 2012, além de Japão e Jordânia, as provas na Austrália, Bulgária, Chipre, In-donésia, Irlanda, Itália, Noruega, Polónia e Turquia não integram o calendário. K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

lápide actual

lápide original entretanto substituída

Direitos reservados H

Page 27: Ensino Magazine 158

ABRIL 2011 /// 027

entrevistas de um MagazinepolÍtIcAs e polÍtIcos DA eDUcAção

6 O livro Políticas e Políticos da Educa-ção, editado pela RVJ - Editores, foi apre-sentado no passado dia 7, na biblioteca Municipal de Castelo Branco e constitui uma óptima proposta de leitura, já que está escrito de uma forma jornalística, de fácil interpretação.

A obra coordenada por João Ruivo e João Carrega, reúne um conjunto de en-trevistas publicadas no Ensino Magazine, a personalidades como Eduardo Marçal Grilo, Júlio Pedrosa, Pedro Lynce, Augusto Santos Silva, Maria de Lurdes Rodrigues, David Justino, Bagão Félix ou Mariano Gago.

A apresentação contou com a presen-ça dos presidentes da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, e do Instituto Po-litécnico de Castelo Branco, Carlos Maia. Os dois responsáveis sublinharam a im-portância da obra, a qual reflecte a evolu-ção da educação em Portugal, nos últimos doze anos, e as ideias defendidas pelos diversos ministros da educação no nosso país.

Joaquim Morão destacou o “importan-te trabalho que o Ensino Magazine tem desenvolvido no nosso país, através da publicação de matéria informativa impor-tante, de onde se destacam as entrevistas efectuadas a diversas personalidades a vida pública portuguesa, sendo que algu-mas delas deram origem a este livro”. Já Carlos Maia sublinhou o prefácio de Lucia-no de Almeida.

O livro reúne um conjunto de entrevis-tas efectuadas por João Ruivo, João Carre-ga, Vitor Tomé, Jorge Azevedo e Nuno Dias, a governantes e a líderes de opinião, que sobre a educação se pronunciaram.

De acordo com João Ruivo “os últimos quinze anos de governação, em alternân-cia, do PSD e do PS marcaram, significa-tivamente, o presente e o futuro da edu-

cação em Portugal. Para o bem e também para o mal. Neste turbilhão de alterações, umas consentidas, outras profundamen-te contestadas, a escola e os professores estiveram, com demasiada frequência, no centro das atenções da opinião pública e determinaram os destaques da generalida-de dos órgãos de comunicação social e dos fóruns de debate, entretanto proporciona-dos pela Internet”.

“Neste livro estão expressos pontos de vista que determinaram a agenda educa-tiva e a história recente da educação em Portugal, pelo que constituem um reposi-tório empírico incontornável e indispen-sável a todos quantos se interessam pela investigação em Ciências da Educação”, revelam João Ruivo e João Carrega. K

Magazine tem novo portalWWW.ensIno.eU

6 O Ensino Magazine apresentou a sua nova página na internet, no Porto, durante a Qualific@ - a feira dedicada à educação e juventude que decorreu de 31 de Março a 3 de Abril. O novo portal mantém o mesmo endereço (www.ensino.eu) e funcionará como um diário digital dedicado à educa-ção, ensino, juventude e cultura.

O novo portal, produzido pela Netsig-ma, tem uma navegação muito fácil e per-mitirá uma interligação com os leitores e a partilha das notícias pelas redes sociais.

Como novidades surgem as edições di-gitais do Ensino Magazine, a galeria mul-timédia (que inclui vídeos e imagens), as publicações e artigos (destinados a artigos científicos, textos tutoriais e livros com download gratuito), o Ensino Jovem (onde se irão promover diversos passatempos),

os cartoons ou a secção de links (divididos por temas).

De referir que o Ensino Magazine foi das primeiras publicações, a nível nacio-nal, a ter sítio na internet. “Esta nova pá-gina de internet vem ao encontro daquilo que sempre defendemos: a educação e o ensino não têm fronteiras. Este é um portal moderno, topo de gama, que responde às exigências da sociedade do conhecimento e da informação”, explicam João Carrega e João Ruivo, director e director fundador do Ensino Magazine, respectivamente.

O Ensino Magazine é uma publicação mensal distribuída em Portugal, Espanha e nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop’s). Tem 13 anos e surgiu de uma parceria entre a RVJ - Editores e o Semanário Reconquista. K

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028 /// ABRIL 2011

como poupar energia?!DesAFIo lAnçADo A UnIversIDADes e polItécnIcos

6 Os alunos, professo-res e funcionários das uni-versidades e politécnicos portugueses são chamados a participar num concurso para encontrar projetos inovadores que reduzam os consumos de energia em edifícios, a começar nas construções do ensino superior.

“Os edifícios são dos setores em que se conso-me mais energia e para atingir um dos objetivos da União Europeia em ter-mos ambientais, que é re-duzir até 2020 o consumo energético em 20 por cento através da eficiência, [é ne-cessário] um grande esfor-ço”, disse hoje à agência Lusa Carlos Silva, do MIT Portugal.

No entender daquele responsável, a rede de en-sino universitário (15 insti-tuições) e politécnico (19 instituições), aos quais é

dirigido o desafio, “tem o ecossistema perfeito para liderar esse processo”, acrescentou.

O concurso “Green Campus – Desafio Eficiên-cia Energética no Ensino Superior”, que foi apre-sentado em Lisboa, é uma iniciativa do IN+ – Centro de Estudos em Inovação,

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Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento do Insti-tuto Superior Técnico e do MIT Portugal, com o apoio da Inteli e da Self Energy e financiamento da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos).

Carlos Silva explicou que “a ideia foi criar um concurso nas universida-

des portuguesas em que alunos, funcionários e do-centes se pudessem en-volver na conceção de um plano de racionalização e eficiência energética” em alguns edifícios de cam-pus universitários, criando um movimento de disse-minação do conhecimento de boas práticas a outros

edifícios.A fase de constituição

de equipas, que devem ser multidisciplinares, juntan-do alunos de áreas como engenharia, economia, de-sign ou sociologia, decorre até setembro, período em que as universidades es-colhem os melhores edifí-cios para servir de caso de estudo.

As equipas vão parti-cipar em sessões de tra-balho com especialistas em eficiência energética com o objetivo de terem acesso a conhecimentos sobre a área. “Os critérios de avaliação do que será o melhor plano têm uma série de indicadores, como o potencial estimado de poupança, custos asso-ciados, implementação de medidas e inovação”, avançou o responsável.

Nos primeiros três ou quatro meses do próximo

ano, as equipas seleciona-das devem apresentar um plano que deve contem-plar as vertentes técnica e comportamental e em maio será realizada a ava-liação e atribuídos cinco prémios.

Com “aplicação de tec-nologias e mudança de comportamentos, as esti-mativas apontam para a possibilidade de conseguir poupanças de cerca de 20 por cento” nos edifícios, referiu Carlos Silva.

Vários estudos de-monstram que o setor público, que tem muitos edifícios, poderia obter uma redução de consu-mos energéticos “muito significativa”, sem que afetasse o conforto dos utilizadores, refere uma informação da organização do concurso. K

Este texto foi escrito ao abri-

go do novo Acordo Ortográfico _