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JUNHO 2013 /// 01

O homem que escreveu Mandela

pub pub

entrevista

C ensinO JOveM

C P 26 e 27

C P 3 e 4

institutos Politécnicosvalem milhões

castelO brancO e viseu

C P 10 e 12

Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico.Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

junho 2013Diretor Fundador

João Ruivo

DiretorJoão Carrega

Publicação Mensal Ano XVI K No184

Distribuição Gratuita

www.ensino.euAssinatura anual: 15 euros

Dire

itos

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dos

H

Luísa sobral

Coordenação Portugal

C P 24

Página 25

Joaquim Mourato toma posse

POrtalegre

C P 16

ubi e universia com acordo para emprego

universiDaDe

C P 5

ágata rOquette, nutriciOnista eM entrevista

Fazer dieta não é nenhum 31Chama-se Ágata Roquette e é a nutricionista que explica como emagrecer sem privar-se de nada. Ou quase nada. Afinal fazer dieta pode não ser um 31.

Os novos desafios da universidade de Évora

aniversáriO

C P 8

Entre o jazz e o pop

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02 /// JUNHO 2013

Publicidade

cursos reconhecidos

Países estão satisfeitos

POrtugal – brasil

acOrDO OrtOgráFicO

6 Declaração Conjunta da XI Cimeira Portugal Bra-sil que decorreu , no dia 10 de junho, em Lisboa refere que o intercâmbio acadé-mico é um dos aspetos mais “auspiciosos” do re-lacionamento entre os dois países.

“Os dois chefes de Go-

verno salientaram a presen-ça em Portugal de cerca de sete mil estudantes brasi-leiros, ao abrigo de diversos programas de cooperação, como um dos desenvolvi-mentos mais auspiciosos do relacionamento bilateral, nos últimos anos”, refere o documento.

O primeiro-ministro, Pas-sos Coelho, “manifestou dis-ponibilidade para continuar a receber doutorandos brasilei-ros em centros de excelência portuguesa, vontade igual-mente partilhada por Dilma Rousseff”, refere a nota final da XI Cimeira entre os dois países divulgado, após o

6 Portugal e Brasil acolheram com “satis-fação” os contactos no quadro da CPLP para a ela-boração dos Vocabulários Ortográficos Nacionais e reafirmaram que o acordo ortográfico entra em vigor em 2015, nos dois países.

“Tendo em conta que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (AOLP) entrará em vigor defini-tivamente em Portugal e no Brasil em maio e em dezembro de 2015, res-petivamente, ambos os governantes reiteraram a importância da plena aplicação do AOLP em to-dos os países membros da Comunidade dos Paí-ses de Língua Portuguesa (CPLP), como forma de

no “quadro da visita da Presidente Dilma Rousseff a Portugal”.

“Abre-se um caminho institucional, orgânico, com regras para que haja um sistema mais fácil de títulos académicos onde existia um problema com engenharia e com arquite-tura, embora por caminhos diferenciados”, acrescentou Paulo Portas, que exortou as ordens profissionais dos respetivos setores a conti-nuarem o trabalho diplomá-tico que foi desenvolvido entre os dois países.

“O acordo entre as uni-versidades e o passo que nós damos aqui é muito importante e espero que o mesmo sentido construtivo venha a existir entre as or-dens profissionais dos dois países”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.

“O título académico está reconhecido, com regras. Não há razão para que os títulos não sejam reconhe-cidos e a possibilidade de exercício profissional não seja reconhecida”, subli-nhou Portas. K

contribuir para o reforço da internacionalização da língua portuguesa”, refe-re a Declaração Conjunta da XI Portugal-Brasil que decorreu hoje em Lisboa, entre o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e a chefe de Estado brasilei-ra, Dilma Rousseff.

“Os dois mandatários acolheram, com satisfa-ção, os entendimentos mantidos no âmbito da CPLP com vista à elabo-ração dos Vocabulários Ortográficos Nacionais e a ulterior elaboração a partir destes, de um Vocabulário Ortográfico Comum, que consolidará, tanto o léxico comum como as especifi-cidades de cada país”, re-fere a nota. K

encontro entre a presidente brasileira e o chefe do Exe-cutivo português, em Lisboa.

Os dois governantes congratularam-se ainda pela assinatura do acordo entre a Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior do Brasil e o Conselho de

Reitores das Universidades Portuguesas para a Equiva-lência, Reconhecimento e Revalidação de Diplomas de Graduação nas Áreas de Ar-quitetura e Engenharia.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota assi-naram hoje no Palácio das Necessidades, em Lisboa, acordos na área da educa-ção e ensino superior de que se destaca o reconhe-cimento e certificação dos cursos de arquitetura e en-genharia.

“Nós tínhamos um pro-blema, engenheiros por-tugueses muito qualifica-dos que não conseguiam exercer a sua profissão no Brasil. Qual era a razão? O reconhecimento do seu tí-tulo académico. Em vez de nos pormos com microfo-nes a protestar uns contra os outros, arregaçamos as mangas e pusemo-nos a trabalhar”, disse Paulo Por-tas que referiu que queria assinalar “este 10 de Junho com resultados práticos”,

Miguel A. Lopes/Lusa H

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6 Sugere dietas, mas o seu último ano foi gordo. Os pedidos de consultas e os livros vendidos projetaram-na para um inesperado mediatismo. Chama-se Ágata Roquette e é a nutricionista que explica como emagrecer sem privar-se de nada. Ou quase nada. O que é a Ágata tem?

Já lhe chamam a «nutricionista da moda». quais as razões que explicam o sucesso dos dois livros editados até ao momento?

Os meus livros são escritos na primei-ra pessoa e são para ser lidos como se os leitores estivessem numa consulta em frente a um nutricionista. Tanto «A dieta dos 31 dias», como as «As regras de ouro» foram editados com o objetivo de facilitar a vida de pessoas que são, por natureza, desorganizadas, nomeadamente em rela-ção à sua alimentação. Outro objetivo que procurei concretizar foi o método das con-sultas quinzenais para o livro, de forma a conferir mais realismo aos conselhos que são dados.

as pessoas procuram-na mais por moti-vos de saúde ou há uma grande obsessão pelo corpo?

Eu diria que há um grande equilíbrio nos motivos da procura. No meu caso pes-soal, penso que 50 por cento dos que re-correm aos meus serviços o fazem por ra-zões de natureza estética – como é o caso dos meus pacientes que vivem na Linha do Estoril e como adoram praia, fazem tudo por perder 2 ou 3 quilos, apenas por vai-dade. Mas a outra metade fá-lo por razões de saúde, recomendadas por médicos de clínica geral. Também há o caso das se-nhoras que aumentam de peso durante a gravidez e constato, também, que se tem notado um grande incremento do número de homens nas minhas consultas.

O seu lema é que é possível perder peso, sem violentar demasiado o dia a dia. Pensa que o termo dieta ainda está muito estigmatizado entre nós?

Basicamente eu procuro passar a men-sagem que é possível fazer dieta sem pas-sar fome. E procuro desmistificar o concei-to de rigidez associado à dieta, ao referir que é possível ingerir, por exemplo, ham-búrgers, ovo estrelado e queijo gratinado, durante a dieta dos 31 dias. Por exemplo, não acredito na dieta sem pão. Ele tem de existir ao pequeno almoço. E sem dramas institucionalizo o chamado «dia da asnei-ra», onde se pode ultrapassar o risco.

no seu mais recente livro, «as regras de ouro» descreve 50 dicas/receitas para emagrecer sem passar fome. quais as mais importantes que destacaria?

Primeiro que tudo há regras negociá-

Fazer dieta não é nenhum 31ágata rOquette, nutriciOnista

veis, mas há outras inegociáveis (hidra-tos de carbono fora da alimentação, pelo menos ao jantar, por exemplo, arroz, pão, massa, feijão e grão). Depois há estraté-gias para não estragar a dieta e orientar a pessoa, nomeadamente o modo de com-pensar os eventuais erros cometidos. De qualquer forma convém não dramatizar. Se a dieta acontecer no verão não vem o mal ao mundo se for dada uma “facadinha” com um gelado ou uma bola de Berlim na ida à praia.

esta dieta exige uma elevada dose de

disciplina e querer por parte de quem a pratica?

É preciso motivação. Visto que o ob-jetivo é perder peso, isso só depende da pessoa. Eu observo os meus pacientes de quinze em quinze dias, o que faz com que eles se sintam sempre acompanha-dos e, de algum modo, pressionados. Um dado curioso que tenho constatado é que as pessoas que leram o livro conseguem perder mais peso do que os meus pacien-tes das consultas. Eu costumo dizer que é possível conseguir “fechar a boca” so-

zinho e sem ajuda, mas estou em crer que é muito mais giro fazê-lo com ajuda e um acompanhamento regular.

Dá consultas de segunda a sexta no es-toril e em lisboa. sei que tem uma média de 30 consultas diárias. O número de pa-cientes que a procuram aumentou desde o lançamento do livro?

Sem dúvida. No meu consultório no Es-toril já tenho duas nutricionistas a traba-lhar comigo, de forma a responder às inú-meras solicitações. Há dias em que dou 12 horas de consultas, outras apenas 6. Para amanhã tenho 48 consultas marcadas, mas é um número absolutamente excecional e que só aceito pela proximidade com o tem-po de praia. Outro fator que pode expli-car o grande interesse das pessoas é que adotei uma preço acessível para as minhas consultas. Como o tempo escasseia, criei uma página no Facebook intitulada «A die-ta dos 31 dias», onde com a regularidade possível, procuro responder às questões mais frequentes, quer através de posts, quer através de mensagens privadas.

teme que estas suas regras e conselhos sejam confundidos com as dietas mágicas?

Claro que não. Eu acredito piamente nesta dieta, até porque são dietas já co-nhecidas tendo por base as chamadas die-tas proteicas ou semi proteicas. Limitei-me a fazer algumas variações, adequadas à dieta portuguesa. Admito que os primeiros 3 ou 4 dias sejam de grande sofrimento e de difícil adaptação, mas passada essa fase inicial o organismo ganha inibição ao apetite. Está provado que só por via da alimentação, ao longo dos 31 dias, uma mulher pode perder entre 3 a 5 quilos, en-quanto um homem pode ficar mais magro entre 5 a 8 quilos.

a dieta para surtir efeito deve ser acompanhada por exercício físico?

Eu não obrigo os meus pacientes. Até porque no exercício físico de ginásio, ga-nha-se músculo e fica-se com muito ape-tite. Este tipo de exercício deve ser feito a posteriori, para tonificar o corpo e ajustar ao peso pretendido. Mas sou defensora de caminhadas regulares. Acho que têm efei-tos muito positivos.

um nutricionista deve ser visto tam-bém como uma espécie de psicólogo. acha que desempenha esses dois papéis clíni-cos simultaneamente?

Psicologia e nutrição têm quase tudo a ver. É preciso estar a atravessar uma fase boa. Um estado de instabilidade mental não será aconselhado para começar uma dieta desta natureza. Depende da fase da vida das pessoas, do stress do trabalho, se existe tempo para estar na cozinha, etc. ;

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Dá consultas no local de trabalho a uma empresa de consultoria, em lisboa. a mensagem que lhes transmite é diferente da que passa aos seus pacientes no con-sultório?

Eu dou consultas individualizadas to-das as sextas-feiras aos colaboradores dessa empresa que marcam consulta, só que a única diferença é que é a empresa a pagar, visto que tem um contrato de co-laboração anual comigo. Creio que é um «miminho» que os chefes dão para mo-tivar os seus colaboradores. As pessoas procuram conselhos sobre as práticas ali-mentares e também alguns padecem de problemas de costas e de coluna devido ao tempo excessivo que passam sentados à secretária.

Devia ser prática corrente nas empre-sas ter uma nutricionista como se tem um gestor de recursos humanos?

Creio que sim As empresas estão a compreender que a saúde mental e física é determinante para uma boa produtividade.

Os portugueses, de uma forma geral, comem mal?

O peixe, o azeite e o bacalhau são ali-mentos saudáveis e constituem a base da dieta mediterrânica dos portugueses. Res-pondendo à sua pergunta, não há motivos culturais para isso. O que acontece é que os problemas relacionados com ansieda-des e falta de controlo levam a compor-tamentos de gula e distúrbios alimentares que têm reflexos no organismo.

como vê a recente moda da marmita no local de trabalho?

É uma boa moda e uma dieta ótima. Consegue-se iludir a tentação da sobre-mesa, estimula a socialização com colegas e sai incomparavelmente mais barato do que a ida ao restaurante. Eu escrevi re-centemente uma série de pequenos livros para uma revista com dicas para almoços no trabalho para levar em “tupperware” e que tiveram muito êxito. Numa clínica onde dou consultas, em Lisboa, é muito frequente ver os colaboradores juntos na copa a confraternizarem diante da refeição que confecionaram em casa.

a crise também já chegou às escolas. sucedem-se as notícias de crianças mal ali-mentadas fruto dos problemas financeiros das suas famílias. De que forma a saúde destas crianças pode sofrer sequelas com uma alimentação deficiente?

Sei de várias professoras que me con-tam que muitos alunos vêm para as aulas da manhã com a barriga vazia, o que ne-cessariamente afeta o rendimento escolar. Os hidratos de carbono são o alimento do cérebro e a sua ausência vai dificultar a atividade cerebral e o modo de pensar. Da mesma forma que as proteínas dão o ne-cessário músculo a um organismo que se quer resistente e forte.

as cantinas escolares ainda são um

obstáculo a uma alimentação equilibrada por parte dos mais jovens?

Eu queria distinguir entre as cantinas de escolas públicas e privadas. Nas pri-meiras há sempre sopa, não há fritos, há fruta e uma sobremesa apenas uma vez por semana. Nas privadas ainda continu-am a persistir em muitos erros. As bata-tas fritas são servidas e os refrigerantes estão à disposição das crianças. Com di-nheiro na mão, é muito difícil evitar que consumam o que é mais tentador.

Deviam ser ensinadas regras de nutri-cionismo nas escolas?

Acho que sim. As disciplinas de ali-mentação saudável deviam fazer parte dos currículos, mas de preferência com os pais presentes. Serve de pouco as crianças aprenderem o que se deve co-mer e depois à noite, ao jantar, os pais teimarem em erros crassos de alimen-tação.

a obesidade é uma praga que vai afe-tando muitos jovens, especialmente no mundo desenvolvido. que quota parte de responsabilidades é que podemos atri-buir às cadeias de “fast food”?

Pode-se comer “fast food” uma vez de 15 em 15 dias, no chamado «dia da asneira», mesmo para quem não esteja em dieta. Até porque faz bem à alma. A diversificação dos produtos apresenta-dos, nomeadamente pela “McDonald’s”, passe a publicidade, melhorou muito nos últimos anos, disponibilizando so-pas, sanduiches e saladas. Isto apesar de continuarem a figurar nos menus os produtos mais emblemáticos. Por exem-plo, ao comer um “Big Mac” estamos a ingerir, mais o refrigerante e as batatas fritas, para cima de 1000 calorias.

se pouco há a fazer quanto às tenta-ções alimentares que nos rodeiam, que medidas concretas, especialmente ao ní-vel preventivo, podem ser tomadas para combater a tendência para a obesidade nos jovens?

Combate-se com uma alimentação mais saudável e com muito desporto. Como disse, as tentações é que não são fáceis de evitar. Eu vejo com os meus olhos que os alunos do Liceu Francês, nas Amoreiras, em Lisboa, passam os al-moços enfiados numa conhecida cadeia de “fast food” mesmo em frente. É, pois, muito difícil, manter ordem nestas ca-beças, a menos que os pais consigam a tarefa quase impossível de os controlar à hora do almoço, quando estão distantes dos seus filhos. A identificação juvenil é outro problema. Qual é o jovem que pre-fere comer um peixe grelhado, quando todos os seus colegas optam pela comi-da rápida? K

nuno Dias da silva _ Direitos reservados H

cara Da nOtÍcia

6 Dos 90 aos 58 quilos

Ninguém diria, mas Ágata Roquette já pesou 90 quilos. Quando deixou a patinagem a balança indicava 58 quilos. Os distúrbios alimen-tares e muitos disparates depois, atingiu o que considerou ser o ponto de viragem. Falhou muitas tentativas de perder peso, mas o pedido de casamento do marido, em 2007, fê-la prometer que chegaria ao dia da boda em plena forma. E conseguiu.

Não entrou em medicina dentária e seguiu a via da nutrição. É licenciada em Ciências da Nutrição e Engenharia Alimentar pelo Instituto Superior das Ciências da Saúde – Sul. Hoje é autora de livros que são lidos por dezenas de milhares de portugueses e presença assídua em programas de televisão. Primeiro foi «A dieta dos 31 dias», em 2012. Já este ano editou «As regras de ouro de Ágata Roquette», ambos com a chancela da Esfera dos Livros.

Mesmo com o mercado livreiro em crise, os seus livros estão invariavelmente no top dos mais vendidos. O primeiro vendeu 40 mil exemplares, foi editado em Espanha com sucesso, e este para lá caminha. São um fenómeno de popularidade, como a jovem nutricionista, de apenas 31 anos. K

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ubi: eleições Para reitOr

T O Conselho Geral da Uni-versidade da Beira Interior (UBI) vai eleger o reitor no dia 5 de julho para um mandato de quatro anos. De acordo com o calendário eleito-ral, aprovado pelo Conselho Geral, o prazo para apresentação de can-didaturas a Reitor decorre até 18 de junho. O anúncio das candidaturas admitidas está agendado para dia 25 de junho e as audiências públi-cas deverão decorrer entre 3 e 4 de julho. K

ects Para a ubi

T O Reitor da UBI, João Quei-roz, recebeu no final de maio o ECTS Label numa cerimónia pública em Lisboa, promovida pela Agên-cia Nacional Proalv – Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida. Nos últimos sete anos, apenas 5 instituições de ensino superior portuguesas conseguiram obtê-lo. Na cerimónia estiveram presentes vários responsáveis pelos progra-mas de mobilidade europeus que enalteceram mais esta conquista da UBI, sendo a única, neste momento, com certificação até 2015. Esta certi-ficação atesta a qualidade da infor-mação sobre a oferta formativa e a gestão da mobilidade de estudan-tes no âmbito do Espaço Europeu de Ensino Superior e vem juntar-se ao Suplemento ao Diploma atribuí-do para o período 2010-2013. K

best PaPer Para a cOvilhã

T Joel Rodrigues, professor do departamento de informática da UBI, venceu o Best Paper Award en-tre todos os artigos que foram pu-blicados em revista e conferências durante o ano de 2012 na área das Communications Software da IEEE Communications Society. K

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ubi com massa

ubi e universia juntos

vitória nas POntes De esParguete

eMPregO Para FOrMaDOs

6 A equipa da Universidade das Beira Interior, formada por Pe-dro Dinis Gaspar e Marco Canário Oliveira, acaba de ser distinguida com o Prémio Inovação no World Championship in Spaghetti Bridge Building (RECCS 2013), que decor-reu a 24 de maio de 2013, na Uni-versidade de Óbuda, Bupadeste, Hungria.

A competição congregou pon-tes que suportaram cargas até 570 kg. Este valor tornou-se no novo recorde mundial para a mo-dalidade de ponte, e foi consegui-do pela equipa da Universidade anfitriã. A ponte desenvolvida pela equipa da UBI atingiu 92 kg e posicionou-se entre as 10 primei-ras classificadas. A participação na prova deste ano envolveu uma

6 A Universidade da Beira In-terior vai ser uma das primeiras academias em Portugal a promo-ver uma plataforma conjunta de ofertas de emprego, com o portal Universia. O acordo tem como ob-jetivo divulgar um maior conjunto de ofertas e promover ações de procura de trabalho.

O protocolo de colaboração foi assinado pelo reitor da UBI e pelo responsável do projeto, re-presentante do portal Universia, na passada semana. Para João Queiroz, “trata-se de mais um instrumento de cooperação e de trabalho que vai permitir ajudar a integração e o acompanhamento dos nossos alunos no seu futuro profissional”. Este último ponto é de extrema importância para os responsáveis do gabinete de estágios e também para a reito-ria. Até porque, a academia tem implementado nos últimos anos uma política de seguimento dos seus diplomados, as suas saídas profissionais, as taxas de empre-gabilidade dos seus cursos em vários períodos e a real integra-ção no mercado dos seus antigos alunos.

Segundo os membros do portal Universia, esta nova pla-taforma que será divulgada por estes gabinetes e por outro tipo de ações, junto da comunidade estudantil, visa também, fazer

situação muito peculiar, pois a ponte de esparguete ficou intacta com a carga, tendo-se partido a base de madeira que segurava o parafuso anexo à máquina de tra-ção. A equipa da UBI participou neste concurso pela segunda vez, a convite da organização, face aos resultados de carga máxima suportada no Concurso “Humber-to Santos” de Pontes de Espar-guete, que decorre anualmente na Faculdade de Engenharia da Uni-versidade da Beira Interior (UBI). O organizador local do evento, Pedro Dinis Gaspar, docente do Departamento de Engenharia Ele-tromecânica, foi acompanhado pelo vencedor da edição de 2012 do Concurso “Humberto Santos”, Marco Canário Oliveira, Mestre em

Engenharia Eletromecânica. Com a experiência ganha pela

participação no RECCS 2012 e face às características do regulamento da prova internacional (ponte ou suporte com um vão de 1000 mm e com um peso máximo de 1 kg), foi desenvolvida uma nova estru-tura da ponte que alia as quali-dades e características das pontes desenvolvidas para o concurso nacional com as requeridas por uma ponte com tamanha dimen-são. Pela impossibilidade de levar a ponte de Portugal, a equipa da UBI adquiriu em Budapeste os materiais necessários e desenvol-veu toda a estrutura no local num verdadeiro contrarrelógio para terminar a ponte dentro do prazo requerido. K

esta monitorização. Uma forma de acompanhar os alunos no seu percurso profissional e ajustar as formações para as necessidades do mercado.

Até hoje existem diversos ga-binetes, espalhados pelas insti-tuições de ensino superior, que se dedicam ajudar os alunos dessas mesmas universidades a ingressarem no mercado de tra-balho. Contudo, uma das faltas assinaladas, nesta área, pelos responsáveis deste portal, passa precisamente pela existência de um local onde se reúnam todas as informações sobre as mais variadas propostas de emprego

e que estas possam estar dispo-níveis, para consulta, de todos os estudantes interessados. Esta nova ferramenta, que agrega in-formação proveniente de 14 uni-versidades lusas, vai agora come-çar a funcionar.

Para além das propostas de estágios ou oportunidades de emprego visíveis em várias áreas científicas vão também ficar dis-poníveis formações, workshops, informações sobre projetos cien-tíficos e outro tipo de atividades que possam ajudar a integrar os recém-licenciados no mercado de trabalho. K

eduardo alves _

www.ensino.eu

nOvO livrO na ubi

T “Pensamentos X” é o tí-tulo do livro do docente do De-partamento de Engenharia Civil e Arquitetura, Miguel Santiago, apresentado a 30 maio, no an-fiteatro 8.1 da Faculdade de En-genharia. Esta publicação está dividida em três grupos – cidade, arquitetura e pedagogia. K

ubi scientia 2013

T O Instituto Coordenador da Investigação da Universidade da Beira Interior realiza, a 6 de junho, o UBI Scientia, Workshop de Ciên-cia, Tecnologia e Inovação da Beira Interior, edição 2013. Sob o tema “Avaliação e Financiamento da Investigação”, o evento terá lugar no Anfiteatro da Parada, Pólo I da UBI, e decorrerá entre as 10 e as 17 horas. O evento pretende, em primeiro lugar, divulgar a investi-gação desenvolvida na Universi-dade da Beira Interior, centrando-se este ano a temática em volta da Avaliação e Financiamento da Investigação, percorrendo ainda temas como os Rankings acadé-micos como ferramentas de ben-chmarking e o quadro de financia-mento europeu para a ciência e inovação (Horizonte 2020). K

ciências Da cultura na ubi

T A Universidade da Beira Interior contará com o novo cur-so de Ciências da Cultura na sua oferta formativa já no próximo ano letivo. O curso foi acreditado pela A3ES (Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior) pelo período de cinco anos, o pe-ríodo máximo concedido por esta entidade. O novo curso, que irá funcionar na faculdade de Artes e Letras, tem como objetivo dar competências interdisciplinares, nas áreas científicas de Filosofia, Arte e Design, Ciências da comu-nicação, Linguística, Cinema, Ciên-cia política, Literatura, Arquitetura e Gestão. K

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06 /// JUNHO 2013

Parlamento mais agressivoinvestigaçãO nO MinhO analisa DiscursO

6 Os debates da Assembleia da República (AR) são alvo de uma es-piral de agressividade verbal, quer no tipo quer na frequência, o que é transversal a todas as bancadas. O alerta é de Aldina Marques, profes-sora do Departamento de Estudos Portugueses e Lusófonos da Uni-versidade do Minho, que analisa os discursos no Palácio de São Bento há duas décadas.

Alguns deputados chegam a cultivar essa agressividade com insultos ad hominem, acusando o adversário de “mentiroso”, por exemplo. Assunção Esteves, tal como os seus antecessores na pre-sidência da AR, “permite bastante tolerância” aos deputados para construírem o discurso. “As con-sequências são intervenções mais agressivas, embora não transgres-soras dos códigos parlamentares”.

O Regimento prevê a defesa da honra, que é usada raramen-te nestes casos. Aldina Marques considera que alguns líderes da oposição têm adotado esta prática mais “musculada”, de confrontar o adversário, a que não será alheia a tensão política criada pelo contexto de crise. “É também por aqui que se constrói a anti-imagem dos polí-ticos, a descredibilização da classe política tem origem, também (mas não só), nos discursos que eles próprios constroem”, refere a do-cente da Universidade do Minho.

O tom agressivo é particular-mente visível nos apartes, em que há mais liberdade de linguagem e não são considerados interrup-ções, elucida Aldina Marques. De forma sistemática surgem aí a iro-

nia, o sarcasmo, as provocações, para além dos típicos coros de suporte ao orador - “muito bem, apoiado” - de colegas de bancada. “Falar é poder, é um exercício de influência”, anui a linguista, “daí que os deputados parlamentares e os membros do Governo tentem subterfúgios para prolongar por mais uns segundos que seja o uso da palavra”.

A disponibilização recente dos debates da AR em suporte audio-visual permite-lhe avaliar agora pa-

râmetros como gestualidade, mí-mica ou a expressão do olhar, para encontrar sentidos implícitos e explícitos. “Claramente, o discurso parlamentar é um género específi-co, muito diferente, por exemplo, dos que têm lugar nos congressos partidários ou em contexto eleito-ral”, diz Aldina Marques, que de-dicou a tese de doutoramento ao tema “Funcionamento do Discurso Político Parlamentar - organização enunciativa no Debate da Interpe-lação ao Governo” (2000). K

alunos da ubi com arteexPanD yOur MinD

6 Moda, Cinema, Fotografia, Ilustração e Artes Plásticas marca-ram os trabalhos que estiveram em exposição no Expand your mind, evento que decorreu de 23 a 25 de maio e que já se realiza desde 2010, com o objetivo de mostrar os traba-lhos desenvolvidos nos laboratórios e confeções têxteis da Universidade da Beira Interior, pelos criadores emergentes.

O projeto sempre foi da auto-nomia dos próprios alunos que, na edição deste ano, sentiram neces-sidade de o projetar para um novo nível e abrir portas a todo o tipo de expressão artística. Nesse sentido juntou trabalhos dos alunos de De-sign de Moda, mas também os cur-sos de Cinema, Design Multimédia e Arquitetura.

Durante os quatro meses ante-riores à realização do evento, a or-ganização requalificou todo um es-paço abandonado. A antiga fábrica têxtil Rosa & Companhia, perto do pólo IV da UBI, foi o palco escolhido para as exposições, performances e música. Os alunos aproveitaram to-dos os materiais que encontraram na fábrica antiga, os quais fizeram parte das exposições.

O principal acontecimento foi o desfile realizado na noite do dia 24. As criações originais dos alunos de Design de Moda percorreram a pas-serelle, onde cada jovem designer personalizou os seus modelos de acordo com a sua visão da Moda. Anabela Gomes, aluna do 3º ano do curso afirma que “na minha coleção não há propriamente uma mensa-

gem a passar, apenas quero mostrar às pessoas aquilo que gosto de fa-zer, conjugando as tendências com meu género de roupa”. A crítica à sociedade também não faltou neste evento, onde até a Aldeia da Roupa Branca foi reconstruída.

Maria João Malakias, relações públicas do “Expand your mind”, valorizou o trabalho árduo dos or-ganizadores do evento na recons-trução da fábrica, afirmando que “o lixo de uns é o tesouro de ou-tros”, palavras que são lema deste projeto. O evento “satisfez todos os artistas, organizadores e voluntários que fizeram parte desta manifes-tação de arte e que se esforçaram para que nenhum pormenor fosse esquecido”. K

ana catarina veiga _

ubi em 7º no shell

Desporto (in)dependente

99,22 kM PercOrriDOs

Debate na ubi

6 A equipa da Universida-de da Beira Interior conseguiu o sétimo lugar, categoria de carros UrbanConcept (gasolina), no Shell Eco-Marathon 2013. Composta por alunos e docentes de eletro-mecânica, aeronáutica e design industrial, a equipa Ubicar13 per-correu uma distância de 99,22 km com um litro de gasolina.

Para Fernando Santos, docen-te responsável pela equipa da UBI “a participação nesta competição foi bastante positiva e excedeu as expectivas no interesse que provocou pelos vários órgãos de comunicação presentes e público

6 Desporto e Poder Local: a necessidade de uma intervenção sustentável foi o tema do debate realizado a 22 de maio na Univer-sidade da Beira Interior, com o objetivo de apontar soluções para a gestão sustentável de associa-ções desportivas, independente-mente do financiamento das câ-maras municipais.

De acordo com Dina Miragaia, representante do Departamento de Desporto da UBI, a “altura crítica do país” é definitivamente uma “boa altura” para desfazer o mito que “se devem gerir organizações em dependência de outras”, sa-lientando no entanto que “o poder local tem sido determinante no su-porte de muitas associações des-portivas” em Portugal.

Mário Teixeira, docente da Uni-versidade de Évora, garantiu aos estudantes presentes que “há oportunidades no mercado de trabalho, inclusivamente em Por-tugal”, particularmente na Gestão Desportiva, todavia estas “já não são para todos, apenas para os melhores”. De caminho afirmou que a implementação das políti-cas desportivas regionais tem sido

em geral”. A Shell Eco-marathon europeia realizou-se num circui-to urbano, nas ruas de Roter-dão, o que dificulta muito mais a condução e baixa os recordes que tinham sido estabelecidos anteriormente quando a prova se realizava em circuitos de Fór-mula 1, como o de Paul Ricard e Nogaro, em França, ou o Spe-edway, de Lausitz, na Alemanha. A equipa francesa Microjoule La Joliverie, de Nantes, foi a grande vencedora, com 2.980,27 km, o equivalente a uma viagem desde esta cidade holandesa a Atenas, na Grécia. K

afetada pela “ausência de uma estratégia claramente definida”, pelos “condicionalismos políticos” e pela “falta de entusiasmo dos cidadãos”. A este facto acresce “a ausência de uma avaliação” da execução das políticas de desporto por parte das autarquias, que não se centre apenas nas “questões jurídicas e económicas”. Sendo, de acordo com o investigador, ur-gente que as políticas desportivas considerem “o contexto socioeco-nómico” do meio envolvente, re-forcem “o capital humano diretivo” e apliquem “um modelo de finan-ciamento sustentável”.

Maria José Carvalho, docente da Universidade do Porto, salien-tou que o desporto é uma “matéria de interesse público” e por isso as autarquias têm “a obrigação cons-titucional” de lhe dar valor e con-sequentemente promovê-lo. Mas considerou que as empresas muni-cipais de desporto chegaram ao fim, uma vez que desempenhavam um papel que de antemão era “realiza-do pelo próprio pelouro” e muitas delas “centravam-se apenas numa atividade desportiva”. K

tânia de Jesus _

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JUNHO 2013 /// 07

Mais emprego para alunos

alunos vão a Paris

encontro na Madeira

universiDaDe De cOiMbra na reDe trabalhanDO

MinhO vence cOMPetiçãO internaciOnal

cineMa e antrOPOlOgia

6 A Universidade de Coimbra lançou a 29 de Maio um novo Por-tal de Emprego para toda a Univer-sidade, passando a estar integrada na rede internacional Trabalhando, uma rede presente em 11 países ibero-americanos e que oferece cer-ca de 200 mil oportunidades men-sais de emprego.

Para a Vice-reitora responsável pelas áreas de Licenciaturas, Mes-trados, Doutoramentos e Cursos Não Conferentes de Grau, Madalena Alarcão, a abertura deste Portal “é uma janela de informação que se abre para os atuais e antigos estu-dantes da UC, permitindo que possí-veis empregadores conheçam a sua formação e o seu currículo, e que potenciais diplomados e estudantes conheçam ofertas de trabalho e de estágio não curricular”.

Por seu lado, Ana Serzedelo, diretora da Unidade de Negócio Trabalhando, afirma que “este é um passo muito importante no cumprimento da nossa mis-são de dinamizar o mercado de

6 Três alunos do mestrado em Finanças da Universidade do Mi-nho venceram o concurso L’Oréal Brandstorm Wildcard 2013 (a nível nacional e internacional) e vão a Paris no dia 20 de junho represen-tar Portugal. O objetivo da compe-tição é criar um vídeo com a me-lhor estratégia de marketing para um novo produto de hairstyle no mercado do sudeste asiático.

A equipa portuguesa, desig-nada Neat Plus e formada por Miguel Carvalho, Raquel Alves e Tiago Vieira, é também uma das principais candidatas ao People’s Choice Award, que distingue a

6 A Universidade da Madeira irá acolher, entre 19 e 22 de ju-nho, no Edifício da Reitoria, ao Colégio dos Jesuítas, o primeiro encontro em Cinema e Antropo-logia intitulado, Cinema e Terri-tório: um Olhar distanciado.

O evento surge no âmbito das atividades culturais e cien-tíficas promovidas pelo Clube Universitário de Cinema do Conselho de Cultura da Univer-sidade e resulta de uma cola-boração entre esta instituição

A este portal apenas podem aceder estudantes e diplomados pela Universidade de Coimbra e as ofertas de emprego ali colocadas correspondem, desde logo, a soli-citações de empresas interessadas em quem estudou ou estuda nesta universidade, embora também fi-quem visíveis ofertas colocadas em toda a Rede Trabalhando. K

foto de equipa mais votada no Facebook.

“Estamos muito orgulhosos em representar Portugal e a UMi-nho. Temos muitas esperanças, depois de ultrapassarmos duas fases intensas. Na primeira delas ambicionávamos de facto ven-cer, pois vimos algumas lacunas nos outros projetos. Na fase in-ternacional, havia equipas de 45 países, como Reino Unido, EUA e Brasil. Melhorámos o nosso tra-balho e as expectativas consoli-daram-se. A partir daqui, vamos ver…!”, resume Miguel Carvalho, com otimismo. K

o debate em torno dos novos desafios que se colocam a ci-ências como a Antropologia na exploração plena e sistemática de ferramentas como o filme através do olhar do realizador mas também a sua potencia-lização em ambiente web e o que isso pode significar. Visa ainda reunir um grupo de in-vestigadores que possam vir a integrar a Rede de Investigação ICCI – Imagens da Cultura / Cul-tura das imagens. K

a estrela que deu nome à serra

experiências de turismo partilhadas na utaD

antigO alunO De aveirO DesvenDa

antigOs alunOs

6 Através do estudo da posição dos dólmens, edificados há seis mil anos em redor da Serra da Estrela, o arque astrónomo Fábio Silva, anti-go aluno da Universidade de Aveiro, constatou que a entrada de todos eles está virada para o lugar onde, no horizonte, a estrela Aldebaran, a mais brilhante da constelação de Touro, nasce todos os anos em abril. Desvendou assim a origem do nome da Serra da Estrela, o ponto mais alto de Portugal Continental

No artigo publicado em feve-reiro no “Papers from the Institute of Archaeology”, Fábio Silva revela as ligações do batismo milenar, o porquê da importância da Aldeba-ran para os povos pré-históricos e de que forma as histórias atuais do folclore da Serra corroboram a sua tese.

Licenciado em Física pela Uni-versidade de Aveiro, curso que ter-

6 Um grupo de antigos alunos do Curso de Turismo da Universida-de de Trás-os-Montes e Alto Douro regressou à Academia para parti-lhar experiências, num evento que decorreu em Chaves, onde aquela formação funciona há 15 anos.

Os convidados referiram que o curso de turismo da UTAD permi-te uma formação de banda larga e transversal, ensina os alunos a refletir, a serem críticos, a fa-zer investigação e a desenvolver competências, neste caso para o mercado turístico, onde é preciso trabalhar de forma individual e em equipa. Sublinharam ainda que o

minou em 2006, mudou-se depois para Inglaterra onde fez um dou-toramento em Astrofísica na Uni-versidade de Portsmouth. Seguiu-se um mestrado em Astronomia Cultural na Universidade de Wales que o catapultou para as estrelas, mais concretamente, em direção a Aldebaran. Em Londres, onde está a fazer um segundo doutoramen-to em Arqueologia na University College London, também leciona Arqueoastronomia, a nível de pós-graduação, na University of Wales Trinity Saint David. K

curriculum não se preenche ape-nas com notas obtidas, mas tam-bém com trabalho voluntário, o que é importante, pois a progres-são na carreira depende da atitu-de ativa e do capital relacional.

Os antigos estudantes traba-lham agora em áreas tão diversas como a produção e programação de teatro e espectáculos musicais, planeamento e promoção do tu-rismo a nível autárquico e regio-nal, ensino de e investigação em turismo, hotelaria, restauração, animação turística e gestão de complexos de piscinas ao ar livre e cobertas. K

recém-licenciados em Portugal. Temos muito orgulho em contar com a Universidade de Coim-bra, não só pelo seu prestígio e dimensão, mas também pelo exemplo que dá em lançar um portal de emprego para toda a Universidade, centralizando os serviços de empregabilidade de todas as faculdades”.

de ensino superior, o grupo de investigação em Antropologia Visual do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais da Universidade Aberta e o Centro de Investiga-ção em Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (Pólo Madeira).

O encontro, validado pela Direcção Regional de Educa-ção para docentes de todos os grupos de recrutamento, tem como objetivo não só promover

Valdemar RuaADVOGADO

Av. Gen. Humberto Delgado, 70 - 1ºTelefone: 272321782 - 6000 CASTELO BRANCO

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Page 8: Ensino Magazine Edição nº184

08 /// JUNHO 2013

40 anos de ensinouniversiDaDe De ÉvOra

literati netwOrk awarD FOr excellence

6 “Que seria hoje de Évora e da região Alentejo sem ensino superior, sem a sua Universidade, o ensino superior de qualidade que ela proporciona e os quadros qualificados que forma, a investi-gação e a transferência de conhe-cimento que sustenta o desen-volvimento económico e social, a atividade cultural que desenvolve e partilha com a comunidade, a revitalização da sua população e do tecido produtivo que induz”, disse Carlos Braumann, Reitor da Universidade de Évora, na sessão de abertura da conferência “1973-2013: 40 anos de vida universitá-ria e os novos desafios”, que teve lugar no passado dia 29 de maio, na Universidade de Évora.

A Universidade de Évora, res-taurada como universidade pú-blica em 1973, orienta desde aí a sua atividade para responder às novas exigências da sociedade. Para o atual dirigente, a insti-tuição está especialmente voca-cionada para a formação de re-cursos humanos que pretendem conquistar uma posição de relevo pelo mérito e pelo anseio de ser-vir melhor a comunidade. O pa-pel da referida instituição no de-senvolvimento da região é “hoje insubstituível”. Para o reitor, a Universidade de Évora assumiu-se desde o início como “Universi-dade de Desenvolvimento”.

Segundo Carlos Braumann, a Universidade de Évora “vem-se afirmando pela alta qualidade da sua formação, associada a valo-res perenes como o respeito mú-tuo, o desejo de saber, a honesti-dade intelectual e a liberdade de pensamento”.

O atual reitor considera que a sua instituição é “atualmen-te uma universidade moderna, com centros de investigação de qualidade, avaliados por painéis internacionais da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, dis-pondo de um corpo docente al-tamente qualificado, integrando

6 Helena Nobre, professora da Escola de Economia e Gestão (EEG) da Universidade do Minho, foi re-centemente distinguida com o Lite-rati Network Award for Excellence, da Emerald, uma conhecida base de dados que destaca anualmente as melhores publicações. O artigo pre-miado intitula-se “Impact of culture on online management education”

redes internacionais e progra-mas de mobilidade que facultam aos seus estudantes e docentes oportunidades de contacto com as realidades de outros países”. Por outro lado, “temos uma forte ligação às empresas procurando que o saber produzido não fique confinado às nossas paredes, ain-da que históricas, mas seja posto ao serviço do desenvolvimento económico e social nos diferentes campos em que desdobramos a nossa atividade. E nesse perma-nente processo de transferência de conhecimento e de tecnologia propiciamos aos nossos alunos contactos ricos com o tecido pro-dutivo e com a cultura, preparan-do-os para os exigentes desafios de uma sociedade em acelerado processo de transformação estru-tural”.

Para Carlos Braumann, “os progressos realizados desde a criação até hoje, são extraordi-nários, crescemos no volume e diversidade do que fazemos, crescemos na qualidade das mis-sões que exercemos em prol da comunidade”. Esta situação está evidente no facto da instituição no seu “Sistema Interno de Ga-rantia de Qualidade estar acredi-tada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES)”.

A Universidade de Évora lecio-na atualmente cerca de 40 cur-sos de licenciatura, 80 cursos de mestrado (quatro dos quais Eras-

e foi publicado em 2012 no presti-giado “Cross Cultural Management: An International Journal”. Helena Nobre é doutorada em Ciências Ad-ministrativas pelas universidades do Porto e de Boston (EUA), onde é docente convidada de Marketing Strategies. Faz parte do Núcleo de Investigação em Marketing e Estra-tégia da UMinho. K

mus Mundus) e 32 programas de doutoramento em diversas áreas do saber. A diversificada oferta de ações de formação ao longo da vida, creditáveis para seguimen-to de outros ciclos de estudos, “garante a atualização de conhe-cimentos num mundo em cons-tante mudança”. Por outro lado, a Universidade de Évora é inter-nacionalmente reconhecida, sen-do regularmente avaliada pela European University Association.

De acordo com as estatísticas da instituição, a Universidade de Évora consegue captar alunos de todo o país. Segundo Carlos Braumann, “na Universidade de Évora, os estudantes encontram a rara e preciosa combinação de um ensino de elevada qualidade ligado à investigação de vanguar-da e ao contexto empresarial com um bom ambiente na dimensão humana e afetiva, onde é fácil fazer amigos e fruir de uma in-tensa vida cultural, onde se alia o estudo ao divertimento salutar, onde é fácil o acesso aos docen-tes para ajudar a esclarecer as dúvidas e apoiar a orientação dos percursos formativos”.

De facto, e segundo alguns testemunhos de estudantes ao Ensino Magazine, a instituição oferece “qualidade no seu ensino e a região Alentejo é um excelen-te laboratório experimental” para os alunos “desenvolverem os seus trabalhos práticos”. K

noémi Marujo _

túlio espanca abre ao público

universiDaDe De ÉvOra

6 A sala 284 do Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora acaba de ser aberta ao pú-blico, sendo possível consultar e requisitar ali obras do espólio de Túlio Espanca. Esta é uma iniciati-va organizada pela Biblioteca Ge-ral desta instituição de ensino e enquadra-se numa série de even-tos que aí têm vindo a ter lugar sob o lema A Biblioteca ConVida.

Para além dos livros, o visi-tante daquele espaço poderá ali encontrar a secretária de Túlio Espanca, a sua máquina de es-crever, bem como uma série de fotografias antigas alusivas à ci-dade de Évora.

Na antecâmara que antecede

a sala Túlio Espanca pode ainda apreciar-se todo o espólio que foi cedido à Universidade de Évora pelo Governo Civil de Évora. Na sala Túlio Espanca convivem tam-bém outras obras de bibliotecas mais pequenas, que foram trans-feridas para aquele espaço, na tentativa de se juntar ali o livro antigo que, em breve, será objeto de particular tratamento, confor-me explicou Sara Marques Perei-ra, diretora da Biblioteca Geral da Universidade de Évora.

A abertura ao público da sala Túlio Espanca na Universidade de Évora enquadra-se no programa comemorativo do centenário do nascimento do historiador. K

Prémio para o Minho

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JUNHO 2013 /// 09

crato elogia politécnicosMinistrO inaugura centrO De ZOOnOses e visita nOva esart

6 O Ministro da Educação e da Ciência, Nuno Crato, afirmou em Castelo Branco a importância do ensino superior politécnico. “Os institutos politécnicos são uma força fundamental para o desen-volvimento do país. E nós sem-pre valorizámos os politécnicos, os quais têm funções importan-tes no ensino superior”. No caso concreto de Castelo Branco, disse que o “Instituto Politécnico é um orgulho da cidade e do país”.

O ministro falava durante a inauguração do Centro de Inves-tigação em Zoonoses do Institu-to Politécnico de Castelo Branco (IPCB). Nuno Crato lembrou ainda que já foi entregue ao Conselho

Coordenador dos Institutos Supe-riores Politécnicos uma proposta de trabalho, com vista a transfor-mar os Cursos de Especialização Tecnológica em cursos de curta duração de técnicos especializa-dos (2 anos de formação). “Serão outra via de acesso ao ensino su-perior”, disse.

Apesar da elevada taxa de desemprego que afeta os jovens diplomados, Nuno Crato voltou a falar da importância da qua-lificação: “os jovens ao enrique-cerem a sua formação podem enfrentar o futuro de uma forma mais confiante. Há muitos jo-vens que saem dos politécnicos e das universidades e que têm

emprego imediato. É importante dizer aos jovens quais as portas que existem no país. Nós temos um desajuste entre a oferta de emprego e a procura, pois há procura em áreas que não têm formandos”.

As palavras de Nuno Crato surgiram em resposta aos discur-sos de Carlos Maia, presidente do IPCB, e Joaquim Morão, presiden-te da Câmara de Castelo Branco.

Carlos Maia foi claro no seu discurso, criticando aqueles que defendem que há instituições de ensino em excesso: “há umas vozes que dizem que há ensino superior a mais, quando os indi-cadores europeus referem o con-

trário. Portugal não tem ensino superior a mais, tem é emprego a menos. Dizem ainda que há ins-tituições de ensino superior no interior do país a mais, quando isso não é verdade. Os politécni-cos ocuparam 108% das suas va-gas e no caso concreto de Castelo Branco foram preenchidas mais de 99% das vagas disponíveis”.

O presidente do IPCB reafir-mou a importância do politécnico a que preside, lembrando que a instituição “é um parceiro ativo no desenvolvimento da região”.

Também Joaquim Morão des-tacou a importância do IPCB. “O Politécnico é fulcral para a região. Se querem ordenar o país têm

que contar com regiões como Castelo Branco, onde se investi-gue, se crie emprego e se pro-mova o desenvolvimento. Tudo faremos para que o IPCB não se desvalorize. Vamos lutar com to-das as nossas forças para sermos mais competitivos e contamos com o senhor ministro para esta estratégia”.

O autarca lembrou ainda que o “centro zoonoses faz parte de uma candidatura mais ampla, em que a Câmara de Castelo Branco entrou com a construção de um centro tecnológico de apoio ao setor agro alimentar e de uma in-cubadora de empresas (esta em fase de conclusão”. K

escola superior de artes em bom ritmo MinistrO visita Obras

6 A construção do novo bloco pedagógico da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco já está em curso, sendo provável que o segundo semestre do pró-ximo ano já se inicie nas novas instalações. As obras foram visi-tadas pelo Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, no último mês.

O custo da nova Esart é de cerca de cinco milhões de euros e tem o financiamento comunitário de 70%, sendo o restante pago pela Câmara de Castelo Branco, o que faz com que o Orçamento de

Estado não tenha qualquer custo.De referir que o processo para

a construção de instalações defini-tivas para a Esart data de 2000, es-tando aprovado pelo Ministério da Educação e Ciência.

O presidente do IPCB destaca o papel importante da Câmara de Castelo Branco em todo este pro-cesso. “Tivemos um aliado impor-tante, a Câmara municipal, foi uma tarefa difícil. Conseguimos chegar a bom porto e a determinação conti-nua a ser a mesma”, disse.

A Esart foi criada em 1997 e ocu-pa instalações provisórias na Escola

Superior Agrária de Castelo Branco, tendo neste momento 744 alunos em sete cursos de licenciatura e cin-co de mestrado.

Para Carlos Maia, “a constru-ção da escola é uma obra emble-mática para a cidade e para a re-gião. O novo bloco pedagógico vai garantir melhores condições de ensino e mais prestação de ser-viços à comunidade a uma escola que apesar da sua idade tem um grande prestígio a nível nacional e internacional e que tem ganho diversos prémios não só em Portu-gal como no estrangeiro”. K nuno crato com os presidentes do Politécnico e da câmara

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Politécnico vale 45 milhões estuDO universitáriO revela iMPactO na regiãO

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) tem um impacto na região de cerca de 45 milhões de euros. Os dados re-sultam de um estudo conduzido por dois investigadores universi-tários (do Minho e de Coimbra) e são apresentados, em primeira mão, ao Reconquista, pelo presi-dente do politécnico. “O impacto direto do funcionamento IPCB na economia local é da ordem dos 45 milhões de euros anuais”, diz Carlos Maia.

O presidente do IPCB adian-ta que tem um peso médio no PIB de 4,98% nos concelhos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova. “Além disso, o estudo que irá ser publicado brevemente, reve-la que “por cada euro de finan-ciamento do orçamento de Esta-do no IPCB há um retorno para a região de 2,64 euros”.

Os dados, diz Carlos Maia, são claros e revelam que “não há nenhum investimento públi-co, neste momento, que tenha igual retorno para a região”.

O peso que o IPCB tem na re-gião é também demonstrado por outros parâmetros: “somos res-ponsáveis por 12% da população ativa. A sua comunidade acadé-

mica representa 18% da popula-ção albicastrense. São indicadores muito fortes que devem merecer todo carinho da população e da região pelo instituto. Temos um peso muito forte e sabemos aqui-lo que representamos e estamos a assumir as nossas responsabili-dades para a sociedade”.

Carlos Maia diz que é “incon-cebível, neste momento, poder-

mos pensar a região sem uma instituição como o Politécnico de Castelo Branco”. O presidente do IPCB aborda a questão sobre várias perspetivas como a “em-pregabilidade, os impostos e a riqueza que as pessoas forma-das no IPCB criam a nível local, ou da ligação às empresas. Sem o IPCB a região seria muito mais frágil”. K

agrária no bom caminhosecretáriO De estaDO valOriZa ensinO suPeriOr POlitÉcnicO

6 O Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, Nuno Vieira e Brito, considerou que a Escola Superior Agrária de Castelo Branco é um bom exemplo daquilo que deve ser o ensino superior politécni-co. O governante falava ao Re-conquista no final de uma visita ao centro Zoonoses e aos labora-tórios da escola.

No entender daquele mem-bro do Governo, “o Instituto Po-litécnico de Castelo Branco está a fazer um caminho de proximi-dade com as empresas e com o tecido empresarial. E isso verifi-ca-se na Escola Superior Agrária, através da análise dos recursos genéticos ou da valorização dos produtos alimentares. É um ca-minho que o politécnico está a percorrer e que me agrada”.

Nuno Vieira e Brito lembrou ainda que “o ensino politécnico foi criado para que se desenvol-va uma investigação mais apli-cada, de proximidade e de dar respostas às necessidades de uma região. O caminho de pro-

ximidade com as empresas, com os produtores e com o tecido empresarial, permite aos politéc-nicos diferenciarem-se e, assim, garantirem o seu futuro”, disse Nuno Vieira e Brito.

O Centro de Investigação em Zoonoses do IPCB é uma infra-estrutura do Sistema Científico e Tecnológico, que vai permitir de-senvolver estudos epidemiológi-cos e clínicos ao nível das zoo-noses, através da colaboração multidisciplinar de investigado-res e técnicos, e de instituições de natureza diversa, ligadas à

Saúde Pública e à Veterinária, entre outras.

Esta infraestrutura, cuja cons-trução teve início em outubro de 2011, representou um investi-mento de 600 mil euros, compar-ticipado em 85% pelo Programa Operacional Regional do Centro (MaisCentro). A sua localização em Castelo Branco favorece a proximidade às populações de animais domésticos e selvagens, assim como vai favorecer em grande medida o setor agropecu-ário, nomeadamente as popula-ções rurais. K

cursos de produtosfitofarmacêuticos

sFlag assina com Politécnico

na escOla agrária

PrOtOcOlO

6 A Escola Superior Agrária (ESA) realiza, de 16 a 25 de se-tembro, o Curso de Formação “Aplicação de Produtos Fitofarma-cêuticos”. Esta formação tem por objetivos capacitar os participan-tes para a aplicação segura dos produtos fitofarmacêuticos.

O curso tem como principais destinatários agricultores, traba-lhadores agrícolas e rurais, tra-

6 O Instituto Politécnico de Cas-telo Branco e a empresa albicastren-se SFLAG – Sistemas de Informática, Lda., que desenvolve soluções de hardware e software para o merca-do industrial, comercial e de servi-ços, assinaram, dia 6 de junho, um protocolo de cooperação.

O acordo foi assinado pelo pre-sidente do IPCB, Carlos Maia, e pelo gerente da SFLAG, Mário Rui Sousa, tem como principal finalidade o en-quadramento de alunos da Escola Superior de Tecnologia em contexto de trabalho por parte da SFLAG, e

balhadores por conta de outrem, mão-de-obra agrícola familiar, que aplique ou venha a aplicar produ-tos fitofarmacêuticos, com idade igual ou superior a 18 anos e com escolaridade mínima obrigatória.

A formação terá 35 horas de formação e decorrerá das 9 às 18H00. O preço por formando é de 120 euros e a data limite para ins-crições é o dia 15 de julho. K

a implementação de outras ações que se adequem com as atividades que desenvolve, nomeadamente projetos para melhoria do processo produtivo ou modernização tecnoló-gica. Poderão, também, ser desen-volvidos projetos de investigação aplicada e modernização tecnológi-ca, bem como a troca de serviços e outros tipos de intercâmbio de inte-resse mútuo.

As duas organizações acorda-ram ainda que, no futuro, poderão ser definidas outras formas de coo-peração. K

Desfile de Modano quartel da Devesa

esart

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) realizou, no passado dia 14 de junho, a 10ª edição do desfile de moda. O evento foi apresentado, em con-ferência de imprensa pelo vice-presidente do IPCB, José Carlos Gonçalves, e pelo subdiretor da Escola Superior de Artes Aplica-das (ESART), João Neves (na foto).

A iniciativa, promovida pela Escola Superior de Artes Aplica-das do IPCB, apresentou traba-lhos de 49 alunos finalistas dos cursos de licenciatura e mestrado da área do design têxtil. “Durante

todo o ano os alunos trabalharam para este evento cumprindo to-das as etapas necessárias à rea-lização de um projeto de design de moda”, explicou João Neves.

José Carlos Gonçalves subli-nhou a importância do evento, “por permitir aos alunos mos-trarem os seus trabalhos. Trata-se de uma iniciativa com larga história na cidade, desenvolvida por uma escola que se tem des-tacado no panorama nacional e internacional. De uma escola que se tem pautado pela qualidade e excelência”. K

Arquivo H

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JUNHO 2013 /// 011

leiria com ceteMares

iPl cria centro

PriMeira PeDra lançaDa

na Marinha granDe

6 O IPLeiria lançou, no pas-sado dia 2 de junho, a primeira pedra da infraestrutura científica e tecnológica CETEMARES, situada no Porto de Pesca de Peniche.

A cerimónia inseriu-se nas co-memorações do Dia Nacional do Pescador, e foi antecedida do se-minário “A excelência do mar de Peniche nos recursos humanos e na investigação”, que terá lugar no edifício cultural da Câmara Mu-nicipal de Peniche.

O CETEMARES será a sede do Grupo de Investigação em Recur-sos Marinhos (GIRM), atualmen-te localizado na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM). Trata-se de um centro de investigação e desenvolvimento, formação e divulgação do conheci-mento marítimo social, destinado ao desenvolvimento das ativida-des de investigação em recursos marinhos e de formação e divul-gação no âmbito da aquacultura, biotecnologia marinha, pescas, tecnologia alimentar, turismo da natureza, e biologia e ecologia marinhas.

«O CETEMARES assumirá um carácter inovador e singular, no contexto das zonas portuárias nacionais», defende Nuno Man-gas. «A importância estratégica do Porto de Pesca de Peniche, que é um dos mais importantes a nível nacional, em termos de valor de pescado descarregado em lota, que detém as melhores estrutu-ras portuárias da costa Oeste e alberga uma das maiores comuni-

6 O novo edifício do Cen-tro para o Desenvolvimento Rá-pido e Sustentado do Produto (CDRsp), do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria), no parque in-dustrial da Marinha Grande, vai permitir aumentar a área de in-vestigação.

“Ao contrário do atual edifí-cio, o novo espaço foi totalmente pensado para ser um centro de investigação”, começou por ex-plicar à Lusa o diretor do CDRsp, Paulo Bártolo.

O CDRsp é um centro de in-vestigação de excelência - ava-liado pela Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT) - no campo da engenharia mecânica e é focado nas tecnologias emergentes, ma-teriais avançados e nas ecotec-nologias em geral.

dades piscatórias, justifica a exis-tência de uma infraestrutura de cariz científico e tecnológico e de apoio às atividades económicas da fileira da pesca», acrescenta. «Trata-se de um projeto estrutu-rante do IPLeiria, considerando a sua forte aposta na investigação científica de suporte à formação e à investigação aplicada, áreas em que a ESTM se tem vindo a im-por, destacando-se as áreas da ex-ploração sustentada dos recursos marinhos», conclui o responsável.

A infraestrutura científica será relevante para o desenvolvimento, no IPLeiria, da área das ciências do mar, e contribuirá para o au-mento da sua atratividade. Além de ser um centro de I&D e I&DT, o CETEMARES pretende ser um cen-tro de apoio à formação e divulga-ção do conhecimento marítimo, e um espaço de apoio às atividades

Além de “aumentar o espaço físico disponível”, o novo centro irá “permitir alargar as áreas de atuação”, como o domínio da biologia.

Paulo Bártolo salientou que a infraestrutura permitirá ainda ao CDRsp ser “totalmente autó-nomo”.

O CDRsp é o terceiro centro de investigação ligado ao ensino superior que mais investimento capta no setor privado - mais de 8,3 milhões de euros - e o se-gundo centro, dos classificados como excelente pela FCT, que mais investimento global conse-gue, com mais de 614 mil euros por docente doutorado.

“Sendo um dos centros de investigação do país com menos doutores, somos aquele que tem

de formação associadas da ESTM. As suas atividades privilegiarão as parcerias, desenvolvendo inves-tigação aplicada para responder a problemas concretos do tecido empresarial e industrial da região, autarquias, entre outros. O edifício representa um investimento total de 2.985.672,27 euros, suportado com fundos do QREN, no âmbito do Programa Mais Centro (edifi-cação e equipamento). O GIRM é uma unidade de investigação da IPLeiria, que está registada na FCT, e que tem os Recursos Marinhos e a Biotecnologia Marinha como linhas de investigação principais, tendo como missão a criação, o desenvolvimento e a aplicação do conhecimento associado aos recursos marinhos, de forma a promover a inovação na sua uti-lização e contribuir para o desen-volvimento de novos produtos. K

conseguido captar mais dinhei-ro”, frisou o diretor do CDRsp.

Numa altura em que as re-giões estão a discutir o seu fu-turo, Paulo Bártolo afirmou que a Marinha Grande vai passar a ser conhecida “não apenas pela indústria”, mas também “pela capacidade de produzir e gerar conhecimento e inovação”.

O responsável acredita que as novas condições permitirão “continuar a crescer de forma sustentável” e “aumentar a captação de investimento”.

Por outro lado, “será pos-sível ter mais investigadores a trabalhar”, logo ter também “mais áreas cobertas”, o que é “fundamental”.

As obras deverão estar con-cluídas no final de 2013. K

iPl na bienal de veneza

rui Matos é o novo diretor

a cOnvite DO cOMissáriO

esecs De leiria

6 Luísa Soares de Oliveira, professora da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, do Instituto Politécnico de Leiria, integrou a comitiva portuguesa à La Biennale di Venezia – 55.ª Exposição Inter-nacional de Arte, o mais impor-tante evento no universo das artes a nível mundial, a convi-te do comissário português na Bienal, Miguel Amado, e da Di-reção Geral das Artes.

Luísa Soares de Oliveira in-tegrou o programa no dia 31 de maio, participando na mesa redonda “O campo cultural por-tuguês: entre ontem e ama-nhã”, com Alda Galsterer, jo-vem portuguesa que inaugurou no ano passado uma galeria de arte em Lisboa. A docente do IPLeiria integrou a representa-ção portuguesa no evento, na conferência que se inseriu no âmbito do projeto da artista

6 Rui Manuel Neto e Matos é o novo diretor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria), tendo tomado posse a 16 de maio.

Rui Matos (1966), professor coordenador da ESECS, é dou-torado em Motricidade Humana pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, mestre em Desenvol-vimento Motor da Criança pela Faculdade de Motricidade Huma-na da Universidade Técnica de Lisboa, e licenciado em Educação

portuguesa convidada, Joana Vasconcelos, o cacilheiro Tra-faria Praia, transformado pela artista em obra de arte.

Licenciada pela Université de Paris I – Panthéon Sorbonne (1983) e doutorada pela Uni-versitat Politecnica de Valencia (2012), Luísa Soares de Oliveira é professora adjunta na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha desde 2001, onde tem leccionado discipli-nas relacionadas com a história da arte e a teoria artística. É crítica de arte e comissária de exposições desde 1990. K

Física – Ramo Formação Educa-cional pelo Instituto Superior de Educação Física (atual Faculdade de Motricidade Humana) da Uni-versidade Técnica de Lisboa.

O professor, que iniciou fun-ções na ESECS a 13 de novembro de 1989, desempenhava, até ao momento, o cargo de subdiretor desta escola. É, além disso, au-tor de inúmeros livros e artigos na área do desporto e de livros para crianças (“Coleção Rafa”), tendo, também, criado uma nova modalidade desportiva: a “tripela”. K

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012 /// JUNHO 2013

iPv traz 69 milhõesiMPactO DO POlitÉcnicO na regiãO

6 Um estudo realizado pelo Centro de Investigação e Desenvol-vimento em Educação, Tecnologias e Saúde do Instituto Politécnico de Viseu concluiu que a instituição tem um impacto financeiro na região su-perior a 69 milhões de euros anuais, o que representa, 4,46% do PIB esti-mado da região em 2012.

O impacto direto do IPV em 2012, na região de Viseu e Lamego, sob a forma de gastos diretos, as-cendeu a quase 41 milhões. A este valor foi aplicado um multiplicador de 1,7 (um valor que tem em conta o efeito de alavanca que resulta do aumento da massa monetária em circulação), determinado a partir da média e da mediana de vários mul-tiplicadores utilizados em diferentes estudos. Quando se aplica o mul-tiplicador de 1,7 aos gastos anuais obtém-se um impacto anual total do IPV na região de Viseu e Lamego, direto, indireto e induzido, no total superior aos 69 milhões.

Por outro lado, por cada euro gasto pelo Estado no financiamento do IPV, gerou-se um nível de ativi-dade económica de 4,64 euros na região. O Politécnico de Viseu é tam-bém responsável pela criação de 3.271 empregos, o correspondente a 5,59 por cento da população ativa nos locais em análise.

A investigação teve como ob-jetivo estimar o aumento do nível de atividade económica da região causado pela presença do IPV, de-monstrar o seu contributo positivo à economia local e analisar de que

forma os ganhos e gastos dos do-centes, funcionários e estudantes do Politécnico de Viseu se refletem na região.

A apresentação do estudo de-correu no dia 20 de maio, no auditó-rio da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, e contou com a presença do presidente do Instituto, Fernando Sebastião, do presidente do Conselho Geral do IPV, João Cot-ta, do vereador da Câmara Munici-pal de Viseu, Hermínio Magalhães, e da coordenadora científica do Cen-tro de Investigação e coautora do estudo, Manuela Ferreira.

O presidente do Instituto, Fer-nando Sebastião, relevou a perti-nência do estudo “particularmente no momento que atravessamos”, reafirmando o “impacto e a impor-

tância que o Instituto Politécnico de Viseu tem para a economia da região, quer no impacto financeiro que gera, quer na qualificação de milhares de quadros superiores. Por outro lado, a investigação realizada pelo Instituto é de fundamental im-portância para o desenvolvimento da região de Viseu”.

Os resultados da investigação agora apresentados têm como base os inquéritos realizados on-line a alunos, professores e funcionários do IPV, e o posterior tratamento de dados, fórmulas e tabelas de diversas variáveis e a aplicação do modelo financeiro de Fernandes. Relembre-se que o Politécnico de Vi-seu é constituído por 6.407 alunos, 438 docentes e 250 funcionários. K

Joaquim amaral _

tomar discute na turquia6 O Instituto Politécnico de

Tomar foi um dos dois represen-tantes portugueses no encontro E-Waste: Legal Regulations and Im-plementations on e-waste in EU, realizado em Maio, em Esmirna, na Turquia, que teve como objeti-vo refletir sobre o lixo eletrónico, nomeadamente, sobre a realidade em cada um dos países partici-pantes e sobre o enquadramento legislativo resultante da transposi-ção das diretivas europeias. Cada representação teve também a possibilidade de explorar aspetos específicos desta problemática e de apresentar soluções concretas.

Os representantes de Tomar fo-ram os professores Célio Gonçalo Marques e Vasco Gestosa da Silva, bem como os alunos Diogo Pirão (Gestão de Empresas), Carla Silva (Gestão de Recursos Humanos e

Comportamento Organizacional) e Tânia Costa (Gestão de Empresas).

No final da iniciativa foram apresentadas várias propostas para minimizar as consequências do lixo eletrónico e anunciada a vontade de criação de um grupo de ação com a responsabilidade de promover iniciativas de di-vulgação da problemática do lixo electrónico a nível local, nacional e internacional. K

www.ensino.eu

PrObleMática DO lixO eletrónicO

rui antunes reeleito6 Rui Antunes, professor ad-

junto da Escola Superior de Edu-cação de Coimbra, foi reeleito presidente do Instituto Politécni-co de Coimbra (IPC) e conduzirá a instituição durante os próximos quatro anos, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o IPC diz que o “desenvolvimento da investi-gação aplicada e a promoção de projetos de transferência de co-nhecimento e tecnologia são al-gumas das suas prioridades.

A criação de redes e de par-cerias com instituições da co-munidade, nomeadamente em-presas e outras instituições de

ensino superior; recrutamento de estudantes internacionais e a captação de novos públicos, e sustentabilidade e modernização da gestão e da governação do instituto são outras prioridades elencadas por Rui Antunes para o período 2013-2017.

“Além de ter exercido o car-go de presidente do IPC de 2009 a 2013, Rui Antunes, em termos institucionais, foi já vice-presi-dente e Membro da Assembleia Estatutária do Conselho de Ges-tão e do Conselho Geral do IPC, presidente da Assembleia de Aprovação dos Estatutos, pre-

sidente do Conselho Diretivo e Membro da Assembleia de Repre-sentantes e da Assembleia Esta-tutária da ESEC [Escola Superior de Educação de Coimbra] e ainda membro do Conselho Diretivo da Aripese [Associação das Escolas Superiores de Educação]”.

Candidato único, Rui Antunes recebeu 26 votos a favor e dois em brancos

Com 53 anos, Rui Antunes é natural de Lubango, em Ango-la, e é licenciado em Psicologia, Mestre em Psicologia Pedagógica e Doutorado em Psicologia Social pela Universidade de Coimbra. K

graça carvalho preside

viseu brilha no shell

6 Maria da Graça Carvalho, atual eurodeputada e anterior ministra da Ciência e do Ensino Superior, é a nova presidente do Conselho Geral da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, de-pois de eleita, a 17 de maio, por unanimidade.

Maria da Graça Carvalho é uma das sete personalidades externas de reconhecido mérito, cooptadas para o Conselho Ge-ral para o mandato 2013-2017. Carlos Fiolhais (Universidade de

6 A equipa Orion, do Departa-mento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu classificou-se em 2º lugar no âm-bito nacional e em 12º lugar no europeu (num total de 63 equipas que este ano se apresentaram à

Coimbra), Isabel Mendes (Univer-sidade de S. Paulo, Brasil), João Ribeiro (empresário), José Nunes (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), José Moya (Faculda-de de Pedagogia da Universidade de Barcelona) e Maria Augusta de Sousa (anterior bastonária da Ordem dos Enfermeiros) são as restantes figuras da vida pública e do ensino superior com conhe-cimento e experiência relevantes para a estratégia de desenvolvi-mento da escola. K

competição), na prova europeia do Shell Eco-Marathon, realizada em Roterdão, tendo obtido um resultado de 829,67 km/litro. Os resultados foram apresentados numa conferência realizada a 30 de maio, no auditório da institui-ção. K

suPeriOr De enFerMageM De cOiMbra

est

POlitÉcnicO De cOiMbra

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JUNHO 2013 /// 013

Politécnico de beja mostra titanic

setúbal ganha Portugal

exPOsiçãO

licenciaDO PelO iPs

6 O Instituto Politéc-nico de Beja tem patente, numa fase de pré-inaugu-ração, a mais recente ex-posição do Museu Botâni-co do IPBeja, “Tragédia e Glória - Uma História Botâ-nica do RMS Titanic”.

A exposição pode ser visitada entre as 9.30 e as 12.00 horas, e entre as 14.30 e as 17.00 horas.

O objetivo principal da

6 Hugo Silva, licencia-do em Engenharia Informá-tica pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTSetúbal/IPS) integra a equipa de inves-tigadores liderada por Ana Fred, do IST, e que integra igualmente André Louren-ço, do ISEL, que venceu a última edição do concurso InovPortugal.

“VitaliD: Your Heart (h)as a Key!” é o nome do projeto vencedor, criado a partir de investigação feita no Instituto de Tele-comunicações e que visa a introdução de um novo paradigma no reconheci-mento biométrico baseado no sinal eletrocardiográ-fico (ECG). A abordagem proposta permite recolher os sinais de forma não intrusiva, sendo que uma das características mais inovadoras é o facto de tentar fazer este registo e análise utilizando sinais adquiridos a partir dos dedos e de incorporar um

exposição é recordar que todos os sobreviventes da tragédia ocorrida no Oceano Atlântico, na noite de 14/15 de abril de 1912, deveram as suas vidas às plantas.

Apresenta amostras das madeiras utilizadas na construção dos barcos sal-va-vidas (pinho, carvalho, freixo, etc), uma réplica exata de um colete sal-

sistema de aquisição de dados no próprio dispositi-vo, o que permitirá aplicar a tecnologia em objetos do quotidiano, tais como vo-lantes, equipamentos de ginásio, telemóveis ou te-clados do computador.

O projeto vai ser apre-sentado no IPS no dia 27 de junho, pelas 11h00, na ESTSetúbal/IPS, numa ses-são que contará igualmen-te com a presença de Júlio Carvalho que abordará a temática do empreende-dorismo.

O Concurso InovPortu-gal é promovido pela As-sociação Acredita Portugal, com o objetivo de premiar ideias e negócios inovado-res, com potencial de in-ternacionalização, por um júri independente cons-tituído por notáveis alta-mente reconhecidos na área do empreendedoris-mo em Portugal. A cerimó-nia de entrega de prémios decorreu no passado dia 30 de maio, no Centro de Congressos de Lisboa. K

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va-vidas (feito de linho e cortiça) e cerca de 100 ou-tros objetos, incluindo fo-tos das diferentes etapas de construção do navio e do seu interior, cartazes, cópias fac-simile de do-cumentos históricos (por exemplo, o telegrama que o operador enviou a pedir auxílio urgente, assim que o navio embateu no ice-berg), um documento ori-

ginal assinado pela última sobrevivente do naufrágio (Millvina Dean), exemplos de matérias-primas exóti-cas que o navio transpor-tava no porão (sangue-de-dragão, borracha natural, etc.), ou as primeiras fotos dos sobreviventes tiradas a partir do RMS Carpathia (o primeiro navio de so-corro a chegar ao local do naufrágio). K

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guarda com brasilPrOtOcOlO assinaDO

6 Representantes do Ins-tituto Federal de Pernambuco, Brasil, reuniram, este mês, com o presidente do Instituto Politéc-nico da Guarda, Constantino Rei.

No decorrer deste encontro foi assinado um protocolo de co-operação académica, científica e cultural, entre as duas institui-ções de ensino superior.

Erick Viana da Silva, do Ins-tituto Federal de Pernambuco adiantou ao nosso jornal que no primeiro semestre do próximo ano haverá ações concretas no âmbito deste protocolo.

Para Pedro Cardão, vice-pre-sidente do IPG, e responsável pela área da mobilidade e rela-

ções internacionais, este proto-colo é mais um marco na polí-

tica de internacionalização do Politécnico da Guarda. K

húngaros elogiam iPgDOcentes na guarDa

6 O Instituto Politécnico da Guarda recebeu recentemen-te um grupo de staff docente e não docente proveniente de uma das suas parceiras ERAS-MUS, a Edutus Foiskola (Buda-peste, Hungria).

A maior parte deste grupo es-teve na Escola Superior de Turis-mo e Hotelaria, em Seia e um dos seus elementos ficou no campus da Guarda.

Vanda Papp, uma das do-centes que integrou este grupo húngaro, referiu ao nosso jornal que a comitiva foi dividida em dois grupos.

“O senhor Bela Szabo ficou no campus da Guarda para observar as questões técnicas relativas ao fornecimento de energia na insti-tuição e a sua manutenção”.

Tal como nos foi afirmado, “o que mais o impressionou, para além da visita que fez aos labo-ratórios, bem equipados, foi a quantidade de projetos no cam-po das energias renováveis assim

cetivos e curiosos, interessados e muito ativos nas aulas, mesmo tendo estas decorrido em Inglês.”

Esta docente húngara acres-centou-nos que “a visita foi fan-tástica. Recebemos muito mais do que esperávamos, até mais do que isso!”

Por outro lado, Vanda Papp adiantou que vai recomendar, na sua escola, o Politécnico da Guar-da. “Iremos recomendar, sem dúvida, aos nossos estudantes para se candidatarem em Eras-mus para o IPG. Não apenas pelo elevado nível de educação, mas também pelas pessoas que aqui vão encontrar.” K

iPg

guarDa

PrOgraMa De ráDiO

6 Na Escola Superior de Saú-de da Guarda/IPG realizou-se, no passado dia 17 de junho, uma palestra subordinada ao tema “Maus Tratos Infantis,

6 Este mês foi lançado mais um número da Revista Egitania Scien-cia, publicação científica, semestral, editada pelo Instituto Politécnico da Guarda.

“Afirmar, cada vez mais, o pres-tígio desta revista, consolidar a sua qualidade, rigor e envolvência de meios académicos e científicos são alguns dos objetivos da nova dire-ção”, como nos disse Teresa Paiva.

Por seu turno, o Presidente do Instituto Politécnico da Guar-da, Constantino Rei, considera que “esta progressiva afirmação é o re-sultado de um trabalho cuidado, de uma meticulosa planificação, de um esforço permanente da equipa res-ponsável, a par do enquadramento na estratégia seguida no plano do

6 “IPGfm” é a designação do programa de rádio produzido pelo Instituto Politécnico da Guar-da e emitido, semanalmente, na Rádio Altitude.

O programa, que vai já na tri-gésima nona edição, pretende ser “um espaço de informação e di-vulgação das atividades e proje-tos da comunidade académica”.

Por outro lado, como nos foi

perspetiva forense”.Esta palestra teve como

orador Pinto da Costa, médico legista e docente de psicologia forense. K

reforço da internacionalização do Instituto Politécnico da Guarda”.

O Presidente do IPG sublinha, aliás, “o interesse de docentes e investigadores de instituições es-trangeiras de ensino superior” em publicarem os seus artigos nesta revista científica. K

referido, quer ser “um ponto de encontro em torno de questões relativas à vivência estudantil, um canal de comunicação que funcionará como materialização de conhecimentos”.

O programa, disponibilizado em podcast, é emitido às quar-tas-feiras, pelas 19 horas, com repetição aos domingos, às 13 horas. K

Pinto da costa no Politécnico

novo número egitania sciencia

iPgfm no are na altitude

como o envolvimento ativo dos estudantes nestes projetos em que a instituição está envolvida”

Segundo Vanda Papp, esta “é ainda uma área muito recente na nossa instituição e pudemos aprender muito com a experiên-cia do Politécnico da Guarda”.

Na Escola Superior de Turis-mo e Hotelaria do IPG, em Seia, “a outra parte da comitiva pôde adquirir um maior conhecimento sobre a gestão das tarefas admi-nistrativas, como são desenvol-vidas e resolvidos os problemas que inevitavelmente surgem”.

De acordo com Vanda Papp, “os estudantes foram muito re-

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Domingos bucho agraciadoPresiDência Da rePública

6 O docente do Instituto Poli-técnico de Portalegre, Domingos Bucho, foi agraciado pelo Presiden-te da República com a insígnia de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique, durante a sessão solene comemorativa do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, que teve lugar em Elvas, no dia 10 de

PrOtOcOlO

6 O Instituto Politécnico de Portalegre acaba de assinar um protocolo com o Instituto Fed-eral de Educação, Ciência e Tec-nologia do Rio de Janeiro.

O acordo firmado pelas duas instituições de ensino superior abrangem duas áreas, a saber: Mobilidade de Estudantes, Do-centes e Pessoal Técnico; e In-vestigação, desenvolvimento e cooperação científica.

Segundo o documento a que o Ensino Magazine teve aces-so, na vertente da mobilidade prevê-se “a frequência de uni-dades curriculares dos cursos e programas de pós graduação de cada uma das instituições por estudantes de ambas”. Pre-vê-se ainda a colaboração de docentes na lecionação de uni-dades curriculares ou módulos em cursos e programas de am-bas as instituições; intercâm-

bio de docentes e investiga-dores para desenvolvimento de trabalhos de investigação.

Na área da investigação, o protocolo prevê o desenvolvi-mento conjunto de atividades nesse âmbito; colaboração de docentes e investigadores de ambas as instituições em pub-licações de caráter científico de cada uma e seu intercâm-bio; realização comum de con-gressos, seminários e reuniões científicas; participação livre de oradores ou assistentes em congressos, seminários e reuniões científicas a realizar; e a participação prioritária de ambas as instituições em con-sórcios de iniciativa de uma delas, tendo em vista a apre-sentação de candidaturas a projetos , programas ou ações junto de instituições regionais, nacionais ou internacionais. K

rio de Janeiro assina com Portalegre

www.ensino.eu

Mourato toma posseiP POrtalegre

6 Joaquim Mourato acaba de tomar posse como presidente do In-stituto Politécnico de Portalegre, por unanimidade, pelo Conselho Geral do IPP, depois de ter sido eleito.

Em declarações ao Ensino Maga-zine, aquele responsável justificou a sua decisão de se recandidatar com quatro fatores. “Nestes quatro anos recebi o apoio generalizado de toda a academia e da minha família. Foi um mandato que decorreu sem con-flitos”.

Joaquim Mourato destacou ainda a sua “experiência na gestão de in-stituições de ensino superior. Tenho mais de 12 anos de gestão no IPP, primeiro como administrador, e nos últimos quatro anos como presi-

dente. Faço parte desta casa e es-tive ligado às principais decisões que foram tomadas”.

Aquele responsável sublinha ai-nda o facto de “aliar esta experiência e saber ao cargo de presidente do Conselho Coordenador dos Institu-tos Superiores Politécnicos”. Joaquim

Mourato considerou que “será um fator de coesão institucional em tem-pos que não vão ser fáceis, e onde é necessário as instituições gozarem de paz”.

Joaquim António Belchior Moura-to, casado, 47 anos, é doutorado em Ciências Económicas e Empresariais pela Universidad de Extremadura (Espanha), pós-graduado em Gestão Estratégica de Instituições de Ensino Superior, pela Univeritat Politécnica da Cataluña (Barcelona) e licenciado em Organização e Gestão de Empre-sas, pelo Instituto Superior de Novas Profissões (Escola Ciências Empre-sariais), em Lisboa. É presidente do Instituto Politécnico de Portalegre desde 2009. K

junho de 2013.Coordenador Técnico da Candi-

datura da Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações, a Pat-rimónio Cultural da Humanidade-UNESCO, Domingos Bucho é docente do Instituto Politécnico de Portalegre e exerce funções na Escola Superior de Educação desde 1994. K

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brasil eM POrtugal

MOçaMbique

angOla

7 Quase a encerrar (dia 9 de junho), o Espaço Brasil ainda foi a tempo de trazer a Portugal um dos grandes nomes da música brasileira: Lenine, que infelizmente não é tão conhecido em Portu-gal como merecia. A sala estava completamente esgotada e o concerto começou com o tema “A

7 A presidente da Fun-dação para o Desenvolvi-mento da Comunidade (FDC), Graça Machel, tomou posse a 30 de maio, como novo membro do Conselho Uni-versitário da Universidade Eduardo Mondlane, órgão máximo da mais antiga insti-tuição do ensino superior em Moçambique.

No ato de posse, Graça Machel comprometeu-se a dedicar as suas energias e capacidades em prol do des-envolvimento desta universi-dade.

Machel faz parte de uma lista de cinco nomes em re-presentação da Sociedade Civil que devem integrar a nova composição do Conse-lho Universitário, para um mandato de três anos.

Tomaram posse ainda nesta primeira sessão do Conselho membros eleitos (efetivos) em representação dos Professores, Assistentes e outros por inerência das

7 A Secretaria de Esta-do do Ensino Superior para a Inovação (SEESI), Maria Augusta Martins, destacou, na cidade do Huambo, o plano do Executivo angolano na formação de quadros, a ser implementado de 2013 a 2020.

A responsável falava no ato de abertura do I Simpó-sio da Associação do Ensino Superior de Ciências Agrárias

ponte”. Tão belo e tão oportuno, em tempos em que Portugal necessita de fazer novas pontes com outros territórios, inclusi-ve, naturalmente, com o Brasil, “porque a ponte é até onde vai o nosso pen-samento”.

Este cantautor, nas-cido a 2 de fevereiro de 1959, no Recife carioca,

funções.Dirigindo-se aos novos

membros, o Presidente do Conselho Universitário, Or-lando Quilambo, começou por fazer uma apresentação geral da UEM, mostrando a evolução da instituição desde 1975, em termos do número dos estudantes e cursos le-cionados.

Falou ainda da qualida-de de ensino, apontando o facto desta ter evoluído de tal forma até ganhar o recon-hecimento internacional, e apresentou alguns desafios da universidade, tais como o aumento de acesso aos no-vos candidatos; a construção de novas salas; o aprofunda-mento da investigação; o en-sino a distância, entre outros.

O Conselho Universitário da UEM é composto por 27 membros, sendo dezanove (19) da instituição, três (3) designados pelo Governo e cinco (5) selecionados da So-ciedade Civil. K

dos Países de Língua Portu-guesa (ASSESCA-PLP), que de-corre na Faculdade de Ciên-cia Agrárias da província do Huambo.

Assegurou que no plano de formação de quadro supe-riores, a especialidade agrária também será privilegiada, a julgar pelo potencial agrícola do país e da sua importância no desenvolvimento da eco-nomia e das famílias. K

lenine em Portugal

graça Machel na Mondlane

huambo forma novos quadros

já tem 30 anos de carrei-ra e 10 discos lançados, para além de 5 prémios de Grammy Latino. Leni-ne já gravou com nomes como Elba Ramalho, Ma-ria Bethânia, Milton Nas-cimento, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Maria Rita, Zélia Duncan, Chico César e muitos mais. K

J. vasco _

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ubianos abençoados

ubi consegue ouro

queima junta milhares

810 Finalistas

taekwOnDO

castelO brancO

6 As pastas dos 810 finalistas dos 29 cursos da Universidade da Beira Interior foram abençoadas no dia 18 de maio numa cerimónia presidida pelo Bispo da Guarda, D. Manuel da Rocha Felício, concel-ebrada pelo Capelão da Univer-sidade, o padre Henrique Manuel Rodrigues dos Santos. Os finalistas deste ano tiveram a oportunidade de transportar a “Maior fita de fi-nalistas do mundo”, com 150 met-ros de comprimento e 1,60 de lar-gura, que será inscrita no Guiness.

D. Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda, referiu na sua homilia que é nas mãos dos final-istas que está “colocada a respon-sabilidade de encontrar novos caminhos” para superar a situa-ção de crise que Portugal atraves-sa. O Bispo da Guarda considera que o estilo de vida existente até

6 A aluna da Universidade da Beira Interior Soraia Sousa foi a vencedora da modalidade de taekwondo, na categoria técnica, classe 73 quilos, nos Campeona-tos Nacionais Universitários (CNU) Individuais Concentrados, levando para a Covilhã mais uma medalha de ouro, a décima da história da Academia.

Ao longo de sete dias, a AAUBI participou em 13 modalidades, ten-do feito a sua estreia no Kickboxing e no Floorball. Nesta edição, a Asso-ciação Académica da UBI conquistou outras quatro medalhas na modali-dade de atletismo pista de ar livre. Na prova de estafeta A, a medalha de prata foi conseguida pelos alu-nos André Borges; André Simões; Miguel Silva; André Jordão. Já outra medalha de prata foi também alca-

6 Milhares de pessoas partici-param, no passado dia 15 de jun-ho, na Queima da Fitas do Insti-tuto Politécnico de Castelo Branco.

A iniciativa decorreu na NER-CAB, num espaço pequeno para tantos participantes.

Depois da benção das pastas, alunos e familiares deslocaram-se a cada uma das escolas para realizarem a tradicional Queima das Fitas. K

2008 era de uma “utopia desor-ganizada”. Segundo o pároco os novos caminhos devem permitir “ajudar as pessoas a crescerem na sua força de esperança e para irem em frente”. A receita que os jovens devem seguir é usar “a

nça por Filipe Fraqueiro, desta vez na corrida de três quilómetros obs-táculos. A última medalha de prata foi arrecada por Alexandre Almeida,

verdade e o amor”.A Benção das Pastas dos 810

Finalistas da UBI contou com a or-ganização da Capelania e Reitoria da universidade e dos delegados dos 29 cursos. K

Jéssica barreira _

na prova de lançamento do peso. Sofia Oliveira ganhou a medalha de bronze na corrida de marcha de dez quilómetros. K

shell ecO-MarathOn

acOrDO assinaDO

Milhares De alunOs

6 A equipa BebUMlitro, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho, obteve o 8º lugar na classe de protótipos (gasolina), no Shell Eco-marathon Europa 2013, que decorreu em Roterdão (Holanda). A equipa minhota uti-lizou o veículo EconomicUM, o

6 O Instituto Politécnico de Tomar e a Associação dos Antigos Alunos do Instituto Politécnico de Tomar acabam de assinar um pro-tocolo que tem como objetivos contribuir para uma Comunidade IPT, promovendo uma solidarie-dade ativa entre as diversas gera-ções de antigos alunos bem como fomentar a formação através de

6 Alegria e orgulho foram os sentimentos dominantes na Benção das Pastas do Instituto Politécnico de Beja no passado dia 11 de Maio. Aproximada-mente quinhentos estudantes agitaram as pastas com fitas de muitas cores para a bênção presidida pelo Bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas.

qual cumpriu 1041.09 km com um litro de gasolina, sendo a melhor das seis portuguesas em prova e a primeira entre as ibéricas. A performance da Universidade do Minho “foi positiva e coloca Portugal entre os melhores da Eu-ropa”, refere o professor respon-sável, Luís Martins. K

cursos, colóquios e palestras numa ótica de aprendizagem ao longo da vida, e, ainda a criação de uma bolsa de formadores e um conselho de formação. Outro dos objetivos é a criação de uma rede profissional e de uma rede académica prevendo-se a criação de núcleos de especialidade. K

Com o Parque de Feiras e Ex-posições repleto de estudantes, familiares e amigos, o Bispo sa-lientou a importância das maté-rias aprendidas para a relação dos futuros profissionais com a sociedade. Valores como res-peito, tolerância e solidariedade foram também evidenciados pelo Prelado nesta cerimónia. K

Minho em 8º lugar

tomar com antigos alunos

beja faz bênçãoJosé Furtado H

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JUNHO 2013 /// 019

7 Crianças, professo-res e pais despediram-se do ano letivo com muita música e dança. A festa de encerramento das ativi-dades de enriquecimento curricular voltou ao relva-do do estádio municipal de Castelo Branco, depois de não se ter realizado em 2012. Desta vez os mais

Pais e alunos juntosFesta Das aec’sresiDencial estuDantil

7 A Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal, em parceria com o Município de Pedrógão Grande, vai dispor de uma residencial estudantil no centro de Pedrógão Grande. Esta unidade ficará a cinco minutos a pé da escola e oferece alojamento com-partilhado para 24 alunos (15 do sexo feminino e 9 do

etPZP ganhasexo masculino).

Segundo o diretor pe-dagógico, “esta residência de estudantes é de extrema importância para a Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal e para a re-gião. Permitirá e assegurará as condições de acesso à es-cola, à formação profissional e à educação de múltiplos jovens”. K

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novos contaram com a ajuda dos pais, que tam-bém executaram as core-ografias ensaiadas pelos professores. O espetáculo organizado pela Câmara Municipal de Castelo Bran-co terminou com dose du-pla da música “Gangnam Style”, do cantor sul core-ano Psy. K

7 A Escola Tecnológica Profissional Albicastren-se pretende abrir o curso profissional de técnico de comércio, o qual é tido pelo Ministério da Educa-

etepa aposta no comércioensinO PrOFissiOnal

ção, como oferta prioritá-ria na NUT III – Beira Inte-rior Sul.

Segundo apurámos, o curso habilita os alunos que o concluírem a de-

sempenharem diversas funções, a saber: gestor adjunto ou de ponto de venda, comerciante in-dependente, gerente de uma pequena ou média

superfície de venda, ven-dedor qualificado, diretor de pontos de venda ou adjunto de um respon-sável de estabelecimento (franchising). K

7 A 11.ª edição da marcha do coração, pro-movida pela Associação de Profissionais de Edu-cação teve pela primei-ra vez uma madrinha: a campeã olímpica Fernan-da Ribeiro (Atlanta’96). No evento, realizado em Castelo Branco, partici-param cerca de três mil pessoas. A presença da

três mil a caminharMarcha DO cOraçãO

antiga fundista foi uma das novidade introduzi-das pelo Agrupamento de Escolas João Roiz, a quem coube enquadrar a caminhada de 2013. Car-los Almeida fala de uma impressão digital com dois ou três aspetos que “enriqueceram e ajuda-ram as pessoas a vir para a rua”. K

ginástica escOlar

7 O Núcleo de Desporto Escolar do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco, garantiu no último fim-de-semana um título nacional. A dupla constituí-da por Henrique Carvalhinho e João Pires conquistou o 1.º lugar nos nacionais escola-res de ginástica acrobática, na categoria de pares mis-

campeões nacionaistos. Mas as prestações de topo dos ginastas de Castelo Branco não se ficaram por este título. Conquistaram mais duas medalhas, atra-vés do par Margarida Mar-ques/Rodrigo Gonçalves e do trio Henrique Carvalhin-ho/Miguel Silva/João Pires, respetivamente com um 2.º e um 3.º lugar. K

quÍMica

7 O Centro de Quí-mica da Madeira volta a associar-se ao Programa Ocupação Científica de Jo-vens nas férias 2013 e dá a oportunidade a 12 alunos do ensino secundário, do 10º ao 12º, de participa-rem, entre 8 e 12 de julho, em atividades de investi-

Madeira apoia jovensgação científica no CQM. Este programa é gratuito para os participantes, in-clui almoço e cobre a es-tadia no Funchal de alunos oriundos do Porto Santo ou Portugal Continental. Aos alunos participantes nestes estágios serão entregues certificados de presença. K

anP castelO brancO

7 A secção de Castelo Branco da Associação Na-cional de Professores tem patente, na sala da nora, em Castelo Branco, uma exposição de pintura. Os trabalhos são o resultado do último curso promovido por aquele organismo, cuja secção é presidida por An-tónio Trigueiros. K

Pintura na nora

gOvernO Presente

7 A Associação para a Formação Tecnológica e Profissional da Beira In-terior (Aftebi) realizou no passado dia 7 de junho, nas suas Instalações (Edi-fício do CITEVE), na Covil-hã, a cerimónia de Entrega de Diplomas, a 200 forma-

Diplomas na aftebidos. Na cerimónia esteve presente o secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque. Aquele membro do Governo sublinhou a impor-tância do ensino profissio-nal, com especial destaque para os cursos de especia-lização tecnológica.K

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Dia 22 De JunhO

7 A cantora Áurea vai ser a cabeça de cartaz da Feira Sabores de Perdição, que a Câmara de Castelo Branco promo-ve, de 21 a 23 de junho. O espetáculo está agendado para a noite de sábado e tem entrada gratuita.

O certame vai reunir mais de uma centena de produtores locais e que pre-tende promover os produtos da terra.

O evento decorrerá na Devesa numa tenda gigante, terá atividades a desen-volver em todo o centro cívico e será visitado por milhares de pessoas.

Embora a abertura oficial seja feita às 18H00 de sexta-feira, o evento co-meça a funcionar pelas 11H00 com ati-vidades lúdicas para as crianças, atra-vés dos ateliers “Cozinhar e Brincar” e “Cheirar e Provar”. Pelas 14H00 haverá uma visita orientada para a população sénior. É precisamente na sexta-feira que se realiza um dos momentos inte-ressantes do evento: o encontro de ban-das filarmónicas do concelho. Cada uma das bandas fará uma arruada a partir de

áurea na Feira dos sabores de Perdiçãozonas diferentes da cidade, terminando na Devesa, onde farão uma atuação.

Joaquim Morão adianta que “o cer-tame pretende também dar a conhecer o que existe no concelho. As bandas fi-larmónicas fazem parte do património cultural do concelho. São a memória do nosso povo”.

No sábado, pelas 10H00 haverá uma atividade no mercado municipal com os sabores da terra. A abertura da feira ocorrerá pelas 11H00, onde mais uma vez se realizarão atividades para os mais pequenos. Pelas 11H30 decorrerão provas cegas de produtos. Uma inicia-tiva que se repete pelas 17H00. À noite decorrerá um espetáculo, com a cantora Áurea.

O último dia do certame para além das atividades para crianças, integra a realização de esculturas com produtos locais e a entrega dos prémios do con-curso de montras com produtos da te-rra. Ao longo dos dias haverá também animação de rua. K no ano passado o evento teve mais de 40 mil visitantes

Arquivo H

atÉ às 22h00

7 A Associação Comercial, Industrial e Serviços de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão (ACICB) lançou um desafio às empresas para que nos dias 21 e 22 de junho tenham as portas abertas pelo menos até às 22H00.

A iniciativa “Porta Aberta”, segun-do disse Adelino Minhós, presidente da ACICB, “prevê também que nessas da-tas os comerciantes façam entregas de brindes aos seus clientes e simultanea-mente várias promoções”.

“Esta iniciativa está incluída numa estratégia maior, já em marcha, o pro-jeto Centro ComVida, que mereceu a adesão de mais de uma centena de em-presários na cidade de Castelo Branco”, adiantou Adelino Minhós.

comércio de porta aberta na cidadeOs dias escolhidos para o “Porta

Aberta” foram 21 e 22 de junho, porque, segundo justifica o presidente da ACICB, “ir-se-á participar com todo o gosto na feira ‘Sabores de Perdição’, organizada pela autarquia albicastrense, que irá promover os produtos da terra no cen-tro da cidade”.

A ACICB, até 23 de junho, tem dentro do mesmo projeto ações de vitrinismo em 11 montras, que foram trabalhadas pelos alunos da Escola Superior de Artes Aplicadas precisamente com o tema dos produtos da terra.

“Do mesmo modo, sensibilizámos 14 restaurantes para que nestes mes-mos dias apresentassem ementas com o tema ‘Sabores da Terra’” disse Adelino Minhós. K

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Fiestas y graduaciones de estudiantes

novo portal da ubi

crónica salaManca

universiDaDe

6 Estamos avanzando hacia el final del curso académico uni-versitario en ese ciclo anual que hace rotar la vida y la historia, la personal y la colectiva, también la que va sedimentando las ins-tituciones, la universidad entre ellas. Y precisamente de ritos, ci-clos , actos especiales, símbolos, honores, representación, trajes , música , estudiantes y universi-dad quisiera comentar un trocito de la historia que nos rodea año tras año por estas fechas.

En la Universidad de Sala-manca, tal vez más y mejor que en ninguna otra, y lo sabe bien Jerónimo Hernández, jefe de pro-tocolo, doctorando en avanzadi-lla , doctor en ciernes y amigo, se mantienen y celebran actos protocolarios con frecuencia. La importancia del rito , de los sím-bolos , de la imagen en la univer-sidad es algo que compartimos los dos. Por ello dedicamos parte de nuestros encuentros a hacer hermenéutica, a tratar de com-prender mejor sus significados y valía en los planos educativos, académicos, políticos, sociales.

Hay que cuidar la calidad de los actos especiales que organi-zamos en nuestro entorno, por-que la semiología y el mundo de las representaciones forman par-te de la vida de los hombres y de las instituciones que los acogen. Umberto Eco lo tiene bien estu-diado y nos invita a tomarlo en cuenta. No son algo despreciable, fútil o ridículo que hace sonreír a algunos (ignorantes casi siem-pre), o que haya que mantener por encima de todo, anclados en

6 A Universidade da Beira In-terior acaba de apresentar a nova imagem do seu portal. Algumas das novidades são a maior largura do layout, o facto de as notícias estarem separadas dos eventos da agenda e com imagem asso-ciada, bem como nova apresen-tação da agenda e a introdução de um calendário com os principais eventos a decorrer na instituição.

A criação de um novo back-office proporciona uma maior efi-ciência na gestão de conteúdos, dotando os serviços e departa-mentos de autonomia na gestão de alguns dos conteúdos.

A UBI continua assim a dar passos importantes na moderni-

el pasado más rancio, esclavos del formalismo y las tradiciones. No, claro que no. La estética es una dimensión y una representa-ción de valores que sólo un ser superior en la naturaleza como es el hombre puede apreciar, y si ha logrado acceder a un grado de cultura además logrará disfrutar. Sólo el hombre cultivado valora la estética, y los valores que esta encierra va curtiendo a la persona para hacerla más digna, profun-da, humana, especial y diferente. De ahí que cuando se logra orga-nizar en libertad un acto público de reconocimiento, distinción, o como fuere, participamos en un espacio de belleza, de bondad y de elevación sublime, como bien nos enseñó hace 25 siglos nues-tro viejo Platón.

He participado hace unos días en uno de los muchos actos pú-blicos llamados de “graduación” que organizan las facultades para despedir simbólicamente a los es-tudiantes que finalizan sus estu-dios, y para aplaudir su esfuerzo y éxito final (aunque no en todos los casos pueda afirmarse de for-ma rotunda). A lo largo de los ya muchos años de vida académica he participado en un número ele-vado de ellos, tanto por obligación como por devoción, por desempe-ñar en un momento cargos de res-ponsabilidad o por haber sido pro-puesto por los estudiantes como “padrino” de su promoción, o por-que me apetecía acompañar a an-tiguos alumnos. Siempre, en todo momento, me ha parecido un acto de la máxima importancia acadé-mica, por diferentes razones.

Sin duda, como dicen algu-nos, es un pase de modelos, de bellas señoritas y no menos ele-gantes efebos. Sería lamentable que el acto quedara en eso, pero también es bueno darse una fiesta de autoestima, de vez en cuando. Dicen que sólo es un acto social, en el que muchas familias hacen afirmación de poder social, porque gastan en trajes y comidas con sus hijos licenciados o graduados, pero también es importante que las familias se afirmen, demuestren su apoyo y valía a los hijos, y estos les respondan de forma responsable con el éxito perti-nente en sus estudios. Muchos dicen que es un acto vulgar en el que todo se reduce a comen-tarios burdos, a veces gruesos, a un anecdotario fácil y repetiti-vo, y yo he asistido a alguno de esos “discursos” de estudiantes que hacen llorar, porque son pavorosos. Pero caben también otros discursos de estudiantes en que se levanta la moral del grupo y la profesión, en que se reflexiona, y también se celebra la alegría del final de la carrera.

Las llamadas autoridades aca-démicas universitarias a veces han adoptado posturas inocuas y banales ante estos actos que gozan del protagonismo de los jóvenes, de las familias, y menos de los profesores. Sin embargo, convendría revisar tales actitudes y estilos de hacer, para implicar-se mucho más en la organización de actos cargados de simbolis-mo, para bien de sus ya antiguos alumnos, de sus familias y cono-

cidos, novios y novias, amigos y amigas. La tarea educativa de un profesor universitario no finaliza en su clase, sino que se mantie-ne viva y debe tratar de ser siem-pre fecunda.

Lo cierto es que los hombres nos movemos de forma cons-tante entre símbolos, ritos, sig-nos, y no podemos ni debemos alejarnos de ellos, porque ellos nos elevan estética y cultural-mente, gozan de un profundo significado y pertinencia social. La universidad es un espacio continuo de representación de tales símbolos y ritos, y las gra-duaciones son una de sus más contemporáneas expresiones. Es una forma de hacer universidad, facultad, profesión , la organiza-ción adecuada, digna o brillante de actos cultos de despedida de los jóvenes recién graduados, a ser posible siempre aderezados del alimento clave de la estética, como es la música. K

José Maria hernández Díaz_ Universidad de Salamanca

[email protected]

zação da sua presença na web, no seguimento da apresentação de versões em duas línguas es-trangeiras (inglês e espanhol), da re-organização da informação

referente à universidade, unida-des e sub-unidades orgânicas, cursos e unidades curriculares, da expansão da área reservada, da modernização do layout do

Balcão Virtual e do e-conteúdos. Os planos para o futuro incluem a expansão do acesso por pú-blicos, já iniciada com a secção Guia de Acesso. K

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JUNHO 2013 /// 023

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temos professores e escolas a mais?eDitOrial

7 Ser professor acarreta uma profunda carga de utopia e de imaginário. Com o lento passar do tempo e da memória colectiva, ge-rações após gerações ajudaram a elaborar a imagem social de uma profissão de dádiva absoluta e in-contestável entrega.

O poder simbólico da activida-de docente leva a que os professo-res sintam sobre os seus ombros a utópica tarefa de mudar, para me-lhor, o mundo; de traçar os novos caminhos do futuro e de preparar todos e cada um para que aí, nesse desconhecido vindouro, venham a ser cidadãos de corpo inteiro e, simultaneamente, mulheres e ho-mens felizes. É obra!

Ao mesmo tempo que a hu-manidade construiu uma socie-dade altamente dependente de tecnologias dominadoras, trans-feriu da religião para a escola a ingénua crença de que o profes-sor, por si só, pode miraculosa-mente desenvolver os eleitos, incluir os excluídos, saciar os insatisfeitos, motivar os desalen-tados e devolvê-los à sociedade, sãos e salvos, com certificação de

qualidade e garantia perpétua de actualização permanente.

O emergir da sociedade do conhecimento acentuou muitas assimetrias sociais. Cada vez é maior o fosso entre os que tudo têm e os que lutam para ter al-gum; entre os que participam e os que são marginalizados e im-pedidos de cooperar; entre os que protagonizam e os que se limitam a aplaudir; entre os literatos dos múltiplos códigos e os que nem têm acesso à informação.

E é este mundo de desigualda-des que exige à escola e ao profes-sor a tarefa alquimista de homoge-neizar as diferenças.

Os professores podem e estão habituados a fazer muito e bem. Têm sido os líderes das forças de sinergia que mantêm os sistemas sociais e económicos em equilíbrio dinâmico. São eles que, no silêncio de cada dia, e sem invocar méritos desnecessários, evitam que muitas famílias se disfuncionalizem, que as sociedades se desagreguem, que os estados se desestruturem, que as religiões se corroam.

Mas não podem fazer tudo.

Todas as escolas preparam im-preparados. Até as que formam professores. Sempre foi assim e, daí, nunca veio mal ao mundo. É a sequência e a consequência da evolução dialéctica das sociedades e das mentalidades.

Por isso, centrar a discussão no excesso de escolas e de profes-sores, como se tal fosse estigma exclusivo desta classe e justificas-se as perversas iniciativas minis-teriais, traduz uma inqualificável atitude de desprezo da tutela pela verdade e pela busca de soluções credíveis e partilhadas.

Admitir que a escola pode re-solver todos os problemas e con-tradições da sociedade, resulta em transformá-la em vítima evidente do seu próprio progresso.

Os docentes não podem solu-cionar a totalidade dos problemas com que se confrontam as socieda-des contemporâneas, sobretudo se não tiverem o incondicional apoio do Estado, das famílias e das ins-tituições sociais que envolvem a comunidade escolar.

Os professores não têm o po-der de operar milagres. São profis-

sionais, de corpo inteiro e altamen-te qualificados.

A nossa sociedade não se pode dar ao luxo de os deixar, parados, no desemprego, mesmo que enca-potado.

No estádio de desenvolvimento de Portugal, face aos seus parcei-ros europeus, é preciso que se diga e repita todos os dias que não te-mos professores e escolas a mais.

Por tudo isso, por favor não os obriguem a ser mais do que são, ou nunca serão o que o futuro lhes exige que venham a ser. K

João ruivo [email protected]

Este texto não segue o novo Acordo

Ortográfico _

táctica da vitimizaçãoPriMeira cOluna

7 A polémica em torno da greve dos professores fez com que, mais uma vez, a escola pú-blica fosse utilizada para fins par-tidários, com a corda da razoabi-lidade a ser esticada, sobretudo por quem tem responsabilidades governativas.

Não sou, nem nunca fui apolo-gista das greves e nunca participei em nenhuma. Mas respeito-as, tal como respeito a democracia, e o direito daqueles que pretendem por, neste caso, lutar pelos seus postos de trabalho. O que está em causa não são aumentos de orde-nado, nem de subsídios. É impor-

tante que se perceba isso. Como também é importante que se per-ceba que todas estas questões vieram para a mesa das negocia-ções no final do ano letivo, não restando aos professores outra alternativa que não fosse lutarem pelo seu emprego, pelo seu posto de trabalho nesta altura do cam-peonato. É que terminado este ano letivo, há muitos docentes (e como se diz na gíria futebolística) que já não calçam mais.

A táctica da vitimização não foi a mais adequada. Havia alter-nativas. Há sempre alternativas. Só a morte não tem solução. Mas

quem tem o poder de decidir, não o fez, deixando arrastar a situação ao extremo, argumentando que os docentes foram insensíveis, que estão a prejudicar os jovens portugueses na questão dos exa-mes. Bastava alterar-se a data das provas. Simples.

É triste que para se obterem dividendos políticos se tenha adoptado essa estratégia que mais não faz do que baralhar a opinião pública. A escola pública fervilha de ansiedade e de re-ceios. Uma ansiedade que conso-me toda a comunidade educativa. Receios que teimam em manter-

se relativamente ao futuro. Não só dos professores, dos funcionários, mas, e sobretudo, dos alunos.

A história da democracia por-tuguesa leva já muitas maratonas negociais entre o Ministério da Educação e os sindicatos/associa-ções de professores. Os problemas não foram sempre os mesmos. Umas vezes houve bom senso de um lado, noutras houve abertura do outro. Mas também se regista-ram situações em que não houve entendimento possível. A escola pública vive um momento crucial e decisivo. Espera-se que haja ca-pacidade para o ultrapassar, pois

Melhor diríamos: é injusto que se lhes peça que façam ainda mais.

Particularmente quando quem o solicita sabe, melhor que nin-guém, que se falseia quando se tenta culpabilizar a escola e os professores pelos mais variados incumprimentos imputáveis à sis-temática incompetência dos minis-tros, do demissionismo e laxismo das famílias, da sociedade e do próprio Estado tutelar.

É bom que se repita: os pro-fessores, por mais que se deseje, infelizmente não têm esse poder milagroso. Dizemos infelizmente porque, se por magia o tivessem, nunca tamanho domínio estaria em tão boas e competentes mãos.

E é precisamente porque nunca foram tocados por qualquer força divina que os professores, como qualquer outro profissional, tam-bém estão sujeitos à erosão das suas competências; que, como qualquer técnico altamente quali-ficado, eles também necessitam de actualização permanente. E é por isso mesmo que os docentes recla-mam uma avaliação justa do seu esforço profissional.

esta é o pilar de desenvolvimento do país e tenho dúvidas que resis-ta a muitos mais ataques… K

João Carrega [email protected]

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cartas desde la ilusión crónica

7 Querido amigo:Ya estamos cerrando el curso y

voy a cerrar el conjunto de cartas de este año con una reflexión acer-ca de algo que ya te he comentado hace tiempo: necesitamos “matar” la escuela.

Creo que hay una razón muy poderosa para hacerlo, y sé que estás al tanto de ella, pero no está mal recordarla de nuevo: seguimos educando a nuestros alumnos del siglo XXI con los presupuestos e instrumentos (tanto físicos como mentales) del siglo XIX.

Sé que es fácil aceptar esto “desde la razón”, pero es muy difí-cil aceptarlo, y, sobre todo, ponerlo en marcha, desde la práctica, desde la actuación del día a día.

Pero la realidad es así, y creo que los profesores deberíamos en-tonar el “mea culpa” porque nos hemos cerrado ante la sociedad, a la que hemos tenido miedo. Hemos tenido miedo al desarrollo científi-co-técnico, hemos tenido miedo a

la evolución ideológica, hemos te-nido miedo a la nueva mentalidad que muestra nuestros niños y ado-lescentes que han sabido asimilar perfectamente todas las consecuen-cias de la revolución tecnológica que hemos vivido… hemos tenido miedo a la propia revolución tecno-lógica, amparándonos en la razón insulsa de que “nuestros alumnos dominan mejor las nuevas tecno-logías que nosotros mismos”. En definitiva, no hemos sido valientes, sino más bien conformistas. Hemos esperado a que las cosas fueran fluyendo sin poner nada de nues-tra parte para responder de manera adecuada al devenir de cada día.

Por todo ello, hemos mantenido una escuela anodina, cansada, reti-cente ante cualquier novedad, llena de rutinas que proporcionan segu-ridad a profesores y alumnos pero que suponen un lastre educativo enorme, invadida por la desconfian-za en las personas y en la propia institución, ahogada en tareas buro-

cráticas que únicamente responden a afanes de control desde la centra-lidad del Estado…

Yo creo que, superada ya la pri-mera década de este siglo, la escue-la necesita perentoriamente respirar aires nuevos, comenzar a dar un giro en el timón buscando nuevos rumbos. Creo que esta necesidad de cambio queda justificada por la propia dinámica de la sociedad. Na-die pone en duda el cambio social que hemos sufrido en estos veinte últimos años (última década del siglo XX y primera década del siglo XXI).

Pero ¿hay quien crea que esto justifica un cambio educativo real-mente drástico?

No dudo que, desde el punto de vista racional, nadie lo pone en duda: necesitamos un cambio edu-cativo drástico. Pero desde el punto de vista emocional y práctico, en el que está implicada la acción edu-cativa, creo que todavía nos queda mucho por hacer.

Yo creo que lo que deberíamos hacer los profesores es matar la es-cuela y hacerla resurgir de sus ce-nizas (como el Ave Fénix) con una nueva dimensión. Creo oportuno que matemos esa escuela que, has-ta el momento, es una institución que únicamente se justifica como “criadora de conformismo”, y ha-gamos resurgir, desde sus cenizas, esa institución como un auténtico “semillero de emprendedores”.

Si los profesores fuésemos ca-paces de aceptar este enfoque, no cabe duda que basaríamos nuestra acción educativa en todo aquello que promueva en nuestros alumnos el sentido de la aventura, del com-promiso, de la responsabilidad, de la confianza en sí mismos, del op-timismo y la autoestima, del equili-brio emocional en el manejo de las situaciones tanto personales como sociales, del aprovechamiento total de las posibilidades que ofrecen las nuevas tecnologías tanto para el de-sarrollo personal como profesional.

Si esto se hiciese realidad, em-pezaríamos, definitivamente, a apostar por las personas frente a los conocimientos, por las relacio-nes interpersonales frente al “au-tismo” del desarrollo individual, por el aprendizaje cooperativo frente a la competitividad y al aprendizaje basado únicamente en el estudio individual, por la promoción de las competencias y la capacidad de analizar la realidad frente a la ad-quisición de conocimientos median-te la memorización de un libro de texto.

Confieso que sería mi sueño empezar a ver este cambio tan ne-cesario en nuestro sistema educa-tivo…

Hasta la próxima, como siem-pre, salud y felicidad. K

Juan a. castro Posada [email protected]

na eça De queirós De lisbOa

as escolas associadas da unesco6 A relação da Escola Secundá-

ria Eça de Queirós com as Escolas Associadas da Unesco é já longa, e é à luz da colaboração em rede que muitos projetos têm sido levados a cabo, muitas reflexões têm sido de-senvolvidas e realizadas com e para os nossos alunos, sobretudo em da-tas chave como o 10 de dezembro, em que se comemora o dia Interna-cional dos Direitos Humanos, e o Dia da Europa, em 9 de maio.

Os pilares de toda a atividade que temos vindo a empreender no âmbito das Escolas Associadas da Unesco vão muito ao encontro da construção da paz com os outros, a começar na própria escola. A assun-ção da diversidade cultural, do valor do ensino intercultural, assim como a necessidade de trabalho em rede e em comunidade tem sido o obje-tivo das atividades que temos vin-do a levar a cabo na escola, e é em grande medida, inspiradas por estas orientações, que ganham sentido e importância todas as atividades quando transpostas para o terreno onde as escolas se encontram. Estas atividades têm sido relevantes até no sentido de uma maior integra-ção de alunos provenientes de ou-tras origens e realidades culturais. Ainda podemos associar à Escola Secundária Eça de Queirós o epíteto de Escola multicultural, onde várias culturas se concentram e partilham um território comum. Tem sido essa

a nossa grande riqueza enquanto instituição. A escola tem feito dos valores mencionados uma preocu-pação permanente, não só no clima interno de escola, fomentando a diversidade e a interculturalidade, mas também nas atividades ou projetos em que tem participado, ou que tem promovido, com outras escolas, dentro ou fora do País.

Os projetos do Comenius (Plura-lia e O Desporto em Todos os Seus Estados) - projeto multinacional; e o projeto de Mediação Escolar – pro-jeto interno à Escola - são porven-tura os mais significativos com esse lastro; os projetos do Eça Voz e do Clube Europeu, complementarmen-te, também.

Importa continuar esse trabalho e essa aposta, porque ela corres-ponde à matriz fundadora das Esco-las Associadas da Unesco.

Este ano letivo (2012/13), mais precisamente no dia 10 de Dezem-bro, como habitualmente, celebrá-mos a Declaração do Direitos Huma-

nos. Este mesmo dia foi assinalado com múltiplas atividades que pro-curaram “provocar” toda a comuni-dade escolar, tendo esta provocação sido iniciada à entrada da escola convidando toda a comunidade escolar a relembrar a importância do dia. Ao longo do dia foram dina-mizadas atividades com as turmas do Ensino Básico, trabalho este que depois foi partilhado com toda a co-munidade ao fim da manhã no átrio central da escola.

Assim, as turmas do 7,º Ano foram convidados a pensar nos Di-reitos Universais do Homem com recursos a vídeos presentes no site - http://br.youthforhumanrights.org/. Na realidade, esta foi a pri-meira parte do trabalho com elas desenvolvido, na segunda parte da manhã as diferentes turmas foram convidadas, uma a encontrar “10 músicas por uma declaração”; outra turma foi convidada a construir “10 frases por uma declaração”; outra turma foi desafiada a encontrar “10

músicas por uma declaração”: e fi-nalmente, outra turma foi desafia a criar “10 desenhos por uma declara-ção”. Todas estas atividades foram levadas a cabo com o contributo fundamental dos alunos Mediado-res do Secundário, assim como a ajuda dos alunos das turmas do 10.º e 11.º Anos do professor coordena-dor do projeto Escolas Associadas da UNESCO no Agrupamento, duran-te os tempos letivos em que teriam aulas de Filosofia.

A parte da tarde foi inteiramen-te dedicada ao Secundário, primeiro com visualização do filme “O meni-no do pijama às riscas”, seguindo-se de um debate sobre a atualida-de, ou não, de um debate sobre a salvaguarda dos Direitos Humanos. Várias turmas do Secundário partici-param ativamente nesta atividade, tendo dado origem a um debate muito interessante com contribu-tos fundamentais pela parte dos alunos. Um desafio superado, e os Direitos Humanos tiveram outra vi-sibilidade neste dia especial.

Esta parceria com as Escolas As-sociadas da Unesco tem sido fun-damental para a nossa escola, uma escola com alunos provenientes de uma enorme diversidade cultural, e que aqui encontram um espaço comum de aprendizagem, mas tam-bém um espaço comum de reflexão, de interação, de partilha e sobretu-do de crescimento e de respeito

pelo único que cada um de nós é.Ao longo do ano escolar, em

dinâmicas de trabalho de parceria e colaboração o projeto “Escolas Associadas da UNESCO” tem pro-curado dar ênfase às questões que afetam a interação entre os povos e as culturas (por exemplo, colabo-rando com os projetos multilaterais do Comenius); a educação e a defe-sa dos direitos cívicos (por exemplo, colaborando com o projeto “Faça-se Justiça”); o convívio intercultural (por exemplo, apoiando todas as iniciativas de professores e alunos que tenham a Europa e as Nações Unidas como âmago dos trabalhos); e a participação política local, na-cional e internacional dos jovens e dos cidadãos, bem assim como de atitudes ativas e intervenientes so-bre o Meio Ambiente (por exemplo, colaborando com o projeto do Parla-mento dos Jovens – básico e secun-dário -, e com o projeto Euroscola.)

Finalmente, o projeto “Escolas Associadas da UNESCO” tem dado colaboração ativa à participação do Agrupamento de Escolas Eça de Queirós ao projeto piloto, interna-cional “Advanced Schools”, centra-do nas potencialidades dos recursos e ferramentas digitais no ensino in-tra e interescolas. K

gonçalo santos _(Coordenador SEA/Escola Secundária

Eça de Queirós)

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JUNHO 2013 /// 025

rvJ eDitOres aPresenta nOvO livrO

7 O livro “A Escola e as TIC na Sociedade do Conhecimento” foi apresentado esta segunda-feira em Castelo Branco. A cerimónia foi pre-sidida por Joaquim Morão.

A RVJ Editores apresentou, no início deste mês, o livro “A Escola e as TIC na Sociedade do Conheci-mento”. Coordenado por João Ruivo e João Carrega, o livro surge numa altura em que a escola se debate com um dos seus maiores desafios: o desafio digital.

Na cerimónia, presidida pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, os coorde-nadores da obra destacaram o papel que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm na escola e na sociedade. João Ruivo, lembrou que hoje os professores “são con-frontados com situações em que os alunos sabem mais que eles”, referindo-se às novas tecnologias.

Os desafios da escola são por isso muitos. “Hoje, os jovens que frequentam as nossas escolas são nativos digitais. Isto é nasceram com as novas tecnologias, pos-suem conhecimentos em determi-nadas áreas. Conseguem receber e comunicar informação, através de vários meios tecnológicos tra-dicionais, como a TV ou a rádio, e digitais, como o telemóvel, internet, mail, SMS, redes sociais, de forma síncrona e assíncrona”, disse João Carrega.

Prefaciado pelo pró-reitor da Universidade Nova, Carlos Correia, o livro procura ser uma reflexão pro-funda sobre as TIC na escola, nas mais variadas perspetivas.

Joaquim Morão destacou a im-portância da obra e sublinhou o pa-pel interventivo que os coordenado-res do livro têm tido não só na área da educação, mas também civica-mente. O autarca referiu a aposta que tem sido feita pela Câmara de Castelo Branco na área da cultura,

Os desafios digitais da escolao que tem permitido a edição de muitas obras, seja através da pró-pria autarquia, seja através de apoio e aquisição de livros aos autores e editores. De resto, este dinamismo foi também referido por João Carre-ga, que é também responsável pela RVJ – Editores, o qual classificou Cas-telo Branco como uma das capitais de distrito do interior do país que mais livros tem editado. “Só uma política proactiva como aquela que tem sido feita pela Câmara permite que isso aconteça”, disse.

O livro agora apresentado reúne um conjunto de 10 artigos científi-cos, a saber:

A escola na sociedade da infor-mação e do conhecimento (João Rui-vo e Helena Mesquita); A importân-cia da educação no acessos e usos dos media digitais em famílias por-tuguesas (Cristina Ponte); As tecno-logias de informação e comunicação em tempo de educação inclusiva (David Rodrigues); Professores, Alu-nos e Recursos Educativos Digitais: Uma investigação em análise (Ana Isabel Costa e Guilhermina Lobato Miranda); Educação para os Média: é urgente formar professores (Vítor Tomé); A utilização do telemóvel em contexto educativo: um estudo sobre as representações de alunos e de professores (João Carrega); As Tecnologias de Informação e Comu-nicação Aplicadas às Necessidades Educativas Especiais e a Formação de Professores (Rosário Quelhas e Helena Mesquita); As ofensivas tec-nológicas e os primeiros anos de es-cola (Cristina Chabert e João Ruivo); Relevância das TIC para uma aldeia global (António Trigueiros); e Seis te-ses sobre as Tic e a escola (João Rui-vo). O livro pode ser adquirido na RVJ – Editores ou através do ende-reço eletrónico http://www.ensino.eu/loja-virtual. K

JJc _José ceia e Júlio cruz H

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Junto à cela de nelson Mandela na ilha-prisão de robben

O homem que escreveu MandelaantóniO Mateus, JOrnalista e escritOr

7 António Mateus foi o primeiro chefe da delegação da Agência Lusa, na África do Sul, trabalhou com alguns dos melhores jor-nalistas do mundo e tem um conhecimento profundo sobre os assuntos Africanos. Pas-sou 16 anos destacado na África Austral e fez ao serviço da RTP, a cobertura diária dos acontecimentos que se seguiram à libertação de Nelson Mandela, ao fim do aparthaeid e a democratização da África do Sul. É o jorna-lista português que mais vezes entrevistou o Nobel da Paz Mandela e é autor do livro Mandela – a construção de um homem (Ofi-cina do Livro). António Mateus (por email) fala de 30 anos de jornalismo, de oportuni-dades perdidas em África e do livro Mandela. Acerca da motivação para escrever, afirma “A necessidade de preservar a memória directa e pessoal de um ser humano deslumbrante, que se tornou um farol de esperança para toda a humanidade.”

qual é o balanço que faz de 30 anos ao

serviço do jornalismo?Excedi, em muito, as expectativas que

tinha relativamente ao que poderia apren-der com a profissão (em termos humanos) nomeadamente nos 16 em que estive desta-cado na África Austral. Pelo lado negativo, la-mento o desinvestimento que se está a fazer no jornalismo de qualidade, a priorização do umbiguismo e o afunilamento de mundos.

que memórias guarda dos anos 90, em que fazia a cobertura diária dos aconteci-mentos que conduziram a queda do apar-theid e à libertação da áfrica do sul?

Foi um período extraordinário em que ao mesmo tempo que acompanhava no ter-reno uma transição muito intensa, não só da África do Sul como dos sistemas mono-partidários em quase toda a África Austral, aprendia o erro enorme que se configurava para Portugal de apostarmos o nosso futuro na Europa, desinvestindo em África.

Cheguei mesmo a pensar que tinha sido um erro dedicar a esmagadora maioria da minha carreira de jornalismo a África e ao desenvolvimento e transformação daquele continente.

A última década encarregou-se de mos-trar que afinal o erro não foi meu.

Preferia que o tivesse sido. Era preferível que o país e os portugueses não tivessem agora de estar a fazer o caminho das pedras, para conquistar espaço num terreno onde dispunham (e ainda dispõem) de ferramen-tas preciosas de penetração.

Foi o primeiro chefe da delegação da agência lusa na áfrica do sul. como foi o contacto inicial com o país?

Foi uma experiência notável e muito en-riquecedora em termos humanos e profissio-nais. Tive a possibilidade de trabalhar com alguns dos melhores jornalistas do mundo que naquela altura estavam destacados na-quele país.

Para lhe dar um exemplo, só no andar do Media Center em Joanesburgo, onde abri a delegação da Lusa, trabalhavam dois pré-mios Pulitzer (ambos americanos).

A África do Sul é um dos países mais des-lumbrantes do mundo em termos naturais e em infraestruturas colocadas ao serviço do eco-turismo. Apesar de ser mais conhecido pela violência criminal e pelo facto de ter sido a “pátria” do apartheid, a verdade é que essa é apenas umas das muitas facetas de um país multipolar.

É autor do livro Mandela – a construção de um homem e também o jornalista portu-guês que mais vezes entrevistou esse líder histórico. quais as imagens que guarda de nelson Mandela?

Para responder a essa pergunta bastaria pedir emprestada a expressão de Peter Ga-briel, de que “se a humanidade tivesse de

escolher um só pai, essa pessoa seria cer-tamente Nelson Mandela”. Subscrevo plena-mente essa sensibilidade e percepção.

Guardo-o e guardá-lo-ei sempre como um ser humano que aproveitou o espartilho da prisão para olhar para si, para as suas próprias imperfeições e se re-construir numa pessoa virada para as outras. Determinado em começar em si mesmo a mudança que sonhava para o mundo.

Em ser um líder que busca e promove o melhor em todos à sua volta.

O que o levou a escrever Mandela – a construção de um homem?

A necessidade de preservar a memória directa e pessoal de um ser humano deslum-

brante, que se tornou um farol de esperança para toda a humanidade.

Foram 10 anos a acompanhá-lo no terre-no, a relacionar-se com terceiros, a transfor-mar tantas vezes o fel em mel e, quando era necessário, a dar um murro na mesa e dizer “basta”!

Dedicou este livro, em memória, a ross Dunn. quem foi ross Dunn?

O Ross foi só o melhor entrevistador que conheci na minha vida e um dos melhores repórteres com quem tive o privilégio de tra-balhar. Um homem bom, com enorme senti-do de humor, tipicamente australiano.

Um amigo que a morte prematura (por doença) me subtraiu, mas que guardarei sempre no melhor canto do meu coração.

qual foi o episódio de maior perigo que viveu enquanto jornalista?

Vários. Muitos. Talvez o bombardeamen-to do Huambo, quando ali me encontrava a cobrir a guerra, tenha sido aquele em que mais vi a morte como “certa”. Descemos até à sub-cave de um prédio e ali aguardámos dois dias pelo fim dos estrondos. Sempre que o “nosso” prédio era atingido as pare-des abanavam. Lembro-me de olhar o tecto e rezar que ele não nos caísse em cima. Ou, se isso acontecesse, que fosse algo rápido.

como comenta a citação de nelson Mandela: «a educação é a ferramenta mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo.»?

Subscrevo a 100 por cento essa máxima VIVIDA por Nelson Mandela. Uma sociedade sem mundos é uma sociedade sem futuro, sem direção, sem esperança.

Uma sociedade que não investe os seus melhores recursos a formar a sua juventude e transmitir-lhes valores estruturantes perda a capacidade de sonhar e escrever o seu devir.

O fotojornalista luso-africano João silva perdeu as pernas ao pisar uma mina anti-pessoal, enquanto fotografava no afeganis-tão em 2010. João silva é uma inspiração para toda a classe?

Sem dúvida. Conheço o João pratica-mente desde que ele deu os seus primeiros passos como repórter fotográfico e só posso dizer que o admiro profundamente como jor-nalista, como pessoa e como amigo. ;

com o prémio nobel, Desmond tutu

com François Piennaar, o capitão da equipa de rugby da áfrica de sul (springboks)

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organizações. É também uma ex-plicação da razão porque algumas iniciativas de aprendizagem são bem sucedidas e outras não.

biZânciO. Dignidade - o pa-pel que desempenha na resolu-ção de conflitos, de Donna Hicks. O desejo de dignidade é univer-sal. A dignidade está presente em todas as relações humanas. Quando é violada a resposta pode ser violenta. Mas se nos tratar-mos mutuamente com dignida-de, as relações aprofundam-se e tornam-se significativas. A autora fala do papel fundamental da dig-nidade na nossa vida. O prefácio do livro é da autoria do arcebispo Desmond Tutu.

alFaguara. Pulp, de Charles Bukowski. Nick Belane é um de-tective privado que recebe a visita da Morte. Ela vem inevitavelmen-te disfarçada de “mulher fatal”, à procura do escritor francês Céline, que todos pensavam ter morrido há muito tempo. Belane aceita o caso. No intervalo das suas muitas “peregrinações” aos bares da ci-dade, ainda tem de perseguir uma esposa adúltera e investigar uma extraterrestre que aterroriza um agente funerário.

Pulp é um livro de despedida, foi escrito enquanto o Bukowski lu-tava contra a doença de que viria a morrer. K

João Miguel tavaresgente e livrOs

novidades literáriaseDições

7 «Os programas de televisão que tratam dos assuntos da famí-lia, dos talk-shows do Dr. Phill aos desenhos animados do Ruca, par-tem sempre de dois pressupostos irritantes. Supõem que todos nós temos o luxo do tempo e o luxo do espaço. Veja-se a mamã do Ruca, que tem sempre imensa paciência para aturar as birras dos filhos e imenso tempo para falar com eles e imensa disponibilidade para lhes dar conselhos e um imenso sorri-so na cara – basicamente porque está todo o dia enfiada em casa e não tem de contribuir para o or-çamento familiar. O pai do Ruca deve ganhar pilim que se farta e a mãe só tem de se preocupar com a falta de cabelo do filho. Assim também nós. Vão mas é dar uma curva até à esquina animada mais próxima. (…)».

In Os Homens Precisam de Mimo

Jornalista e escritor, João Miguel Tavares nasceu em Portalegre, em 1973. Fez uma passagem pela En-genharia Química, mas, licenciou-se em Comunicação Social, na Universi-dade Nova de Lisboa. É director ad-junto da Revista Time Out em Lisboa, anteriormente desempenhou o mes-mo cargo na Time Out Porto. Traba-

lhou no Diário de Notícias, como jor-nalista, e, como colunista, no Correio da Manhã. Actualmente assina uma coluna de opinião no jornal Público. É um dos “ministros” do programa Governo Sombra , (transmitido da TSF e na TVI24,) com Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira a Carlos Vaz Marques. É autor do blog Pais de Quatro.

Os Homens Precisam de Mimo (2011), o seu primeiro livro, é uma colectânea de crónicas bem humo-radas, que retratam o quotidiano do autor, na condição de pai de uma família com três crianças. Aos filhos do João Miguel e da Teresa (Carolina, Tomás e Gui) juntou-se recentemen-te mais um elemento, a Rita.

João Miguel Tavares tem escrito livros infantis a pensar nos filhos. A Crise Explicada às Crianças – Para miúdos de Direita e Para miúdos de Esquerda, tem ilustrações de Nuno Saraiva, e é dedicado ao seu filho To-

7 D. quixOte. Uma Verda-de Incómoda, de John Le Carré. Uma operação de contraterroris-mo está a ser montada na colónia britânica de Gibraltar. O objectivo é capturar um comprador de ar-mas, ligado à jihad islâmica. É uma operação tão delicada que nem Toby Bell, o chefe de gabine-te do ministro, tem conhecimen-to. Mas, nos bastidores dos jogos do poder movem-se interesses perigosos. Toby Bell é um homem dividido entre o dever de lealda-de à chefia e o dever de consci-ência. O senhor das letras John Le Carré volta a surpreender com Uma Verdade Incómoda.

eurOPa-aMÉrica. Grandes Esperanças, de Charles Dickens. Publicado pela primeira vez em 1860-1861, é considerado por muitos como o maior romance do autor inglês. O livro conta a his-tória de Pip das «grandes espe-ranças» acalentadas por ele e dos perigos de uma ascensão social

demasiado rápida. Como num ro-mance policial o mistério domina a atenção do leitor e mantém o suspense até ao final.

bertranD. Pássaros Amare-los, de Kevin Powers. Em Al Trafar, no Iraque, decorre uma batalha pelo domínio da cidade. Bartle (21 anos) e Murphy (18 anos), dois soldados norte-americanos, agar-ram-se à vida, enquanto o pelotão combate. Juntos desde a recruta, é desse tempo a promessa de Bar-tle trazer Murphy para casa, são e salvo. Mas nenhum exército os poderia preparar para o pesadelo inimaginável da guerra.

Pássaros Amarelos é Prémio Pen/Hemingway e Guardian First Book e é finalista do National Book Award.

PergaMinhO. Um Milagre na Minha Vida, de Margherita En-rico. O livro reúne testemunhos de curas para as quais só a fé dá uma explicação. O poder da fé, da espe-rança e do amor podem realmente

curar? Aqui estão reunidas histó-rias de pessoas que confrontadas com o diagnóstico de doenças graves, e, por vezes, terminais, conseguiram curar-se sem que a ciência tenha conseguido solução ou explicação.

A autora é jornalista e dá o seu testemunho de como um en-contro com o papa João Paulo II a curou de uma doença crónica.

Presença. A Casa da Seda, de Anthony Horowitz. O autor resssucita o mais famoso detecti-ve de todos os tempos e cria um policial fiel ao espírito de Sir Ar-thur Conan Doyle. Holmes está de volta com a sua genialidade, na companhia do seu grande amigo e biógrafo Dr. Watson.

Os acontecimentos descritos por Watson, já decorreram há alguns anos, mas pela sua im-portância e possíveis implicações para a sociedade da altura, só agora serão divulgados. Todos os fãs do detective vão ficar felizes com o seu regresso.

Piaget. Aprender no Local de Trabalho, de Bridget N. O`Connor; Michael Bronner e Chester Dela-ney - Como Apoiar a Aprendiza-gem Individual e Organizacional. A obra sintetiza o conhecimento sobre aprendizagem no local de trabalho e a gestão da função da aprendizagem e desempenho nas

más; Uma Baleia no Quarto, ilustrado por Ricardo Cabral, é dedicado à filha Carolina; O Pai mais Horrível do Mun-do, foi inspirado no filho Gui, ilustra-do por João Fazenda e fala das mais antiga batalha do mundo: entre pais e filhos. Os seus livros são editados pela Esfera dos Livros.

João Miguel vive com a mulher Teresa e os quatro filhos, em Lisboa.

Os Homens Precisam de Mimo. «O Homem moderno, caro leitor – e, sobretudo, cara leitora -, precisa de ajuda e salvação. O homem mo-derno precisa de mimo como nun-ca precisou desde que o primeiro australopiteco mostrou o nariz no planeta, vai para quatro milhões de anos. O homem moderno precisa de um livro como este: orgulhosamen-te queixinhas, que a gente não é de ferro». – João Miguel Tavares. K

Página coordenada poreugénia sousa _

Basta consultar os comentários que lhe são dirigidos nas redes sociais da internet, assinados por alguns dos melhores repórteres de todo o mundo, para se ter uma ideia do imenso valor e exemplo do João, não só para os que ouviram falar dele mas, principalmente, para todos os que o acompanharam em reportagem no terreno, muitas de-las em situações de grande perigo.

se não tivesse optado pelo jor-nalismo, que profissão poderia ter tido?

Gostava de ser médico. Come-cei por me licenciar no ISEF com o intuito de vir a formar-me, poste-riormente, em medicina desportiva. Mas a vida cruzou-me com uma experiencia de jornalismo que me “desviou” de rumo.

Apesar disso e após 30 anos de jornalismo, gostava de poder reto-mar o meu sonho original. A medi-cina e, através dela, ajudar outros seres humanos a terem uma qua-lidade de vida melhor, está-me lite-ralmente no sangue.

qual é à leitura que faz da situ-ação social que Portugal atravessa?

É uma situação que só pode surpreender quem andou desatento durante décadas, sendo já da gera-ção dos “entas”, ou exigir uma re-invenção a gerações que não foram preparadas académica e em valores humanos para o que é agora exigí-vel.

Aprendi com a vida que as difi-culdades são oportunidades ou pre-textos para desalento. Aí a escolha é sempre nossa.

Enquanto políticos e analistas continuarem a falar e propagar retó-ricas de culpabilização-desculpabili-zação e os decisores mediáticos não entenderem que a prioridade deve ser dada a novos olhares, a exem-plos construtivos de outros mundos e a um corte com os alinhamentos em que até nos afunilámos,não saí-mos desta espiral de afundamento.

está nos seus planos escrever mais livros?

Estou neste momento a escrever um livro sobre Mandela, dedicado a adolescentes, que me foi encomen-dado por uma editora espanhola, e que deve ser lançado em Outubro. Para isso tive de suspender um ro-mance histórico que já começara e tenho “pronto” na cabeça.

Neste segmento, de romances históricos,já concluí também a pes-quisa documental de um primeiro livro que gostaria viesse a ser uma série,reconstrutora da auto-estima portuguesa. K

eugénia sousa _ Direitos reservados H

Este texto não segue o novo Acordo

Ortográfico _

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028 /// JUNHO 2013

Press Das cOisasasus transFOrMer bOOk triO

3 O Transformer Book Trio é o mais recente “menino-bonito” da Asus. A Asus fala dele como sendo o primeiro três em um do mundo: tablet, notebook e computador de secretária.

O Transformer Book Trio vem equipado com dois processadores e dois sistemas operativos: Windows 8 e Android.

O ecrã de 11,6 polegadas pode ser destacado para funcionar como tablet ou desktop Windows 8. A resolução é de 1920*1080 pixels.

Tem processador intel Core i7, de 4ª geração e disco rígido de 750 Gb. O processador do Windows 8 fica localizado no teclado, que é removível; o processador Intel Atom de 2 GHz suporta o sistema operativo Android e fica situado atrás do ecrã.

O Preço está por determinar e a data para chegar ao mercado ainda não foi confirmada. K

hurts – exile

3 A dupla Britânica Hurts está de volta com o seu segundo registo, depois do bem-sucedido trabalho de estreia “Happiness”, de 2010.

O primeiro avanço deste “Exile” foi o single “Miracle”, a segunda aposta é “Blind”, que atualmente roda com muita frequência nas rá-dios em Portugal. Este novo disco tem a assinatura do próprio grupo na produção, com a colaboração de Dan Grech Marguerat e Jonas Quant.

“Blind” é um álbum de continuidade, a banda continua a apostar na fusão de vários estilos musicais, em que o rock aparece como denominador comum.

Destaque para os singles “Miracle”, “Blind” e os temas “Sand-man” e ”Only you”. Um álbum obrigatório… K

hugo rafael _

Música

Mário soares, 88 anos, sai à rua para dizer basta!

Pela ObJetiva De J. vascO

3 Mário Soares, depois de em 1977 ter recorrido ao FMI para reequilibrar as contas públicas, marcou presença simbólica na manifestação do passado dia 1 de junho, em Lisboa, contra a presença da Troika em Portugal. A situação neste momento é completamente diferente, com a austeridade sempre a substituir a austeridade, o desemprego sempre a subir e os portugueses a fugir, quando podem, de Portugal.

Hoje, nesta luta pelo direito a existir com dignidade, contra o retrocesso e pelo progresso social e eco-nómico (embora não despesista), interessa acrescentar e não dividir. Temos que aproveitar todos para uma ampla convergência em vez de uma divisão fatal. Todos! Só assim se entende a escolha desta foto para o mês de junho. K

PraZeres Da bOa Mesa

Publicidade

torricado de Morcela com ananás e Mel3 ingredientes p/ o torricado:5 Fatias de Pão de P. Garcia

(5mm) 50ml Azeite Virgem Extra B.

Baixa DOP

ingredientes p/ ananás: 150gr Ananás dos Açores DOP50gr Mel de Urzes 1 Laranja 5gr Flor de Sal 2gr Pimenta Preta

Outros ingredientes: Redução de Tinto 10gr Amores Perfeitos Frescos250gr Morcela de SangueVinagrette 50gr Rúcula

Preparação:Grelhar ou torrar ligeiramente

as fatias de pão de Penha Garcia com o azeite. Não deixar passar em demasia sob pena de ficar exageradamente crocante.

Laminar finamente o ana-nás e marinar no mel, flor de sal, pimenta preta e sumo de laranja.

Brasear a morcela de sangue num sauté sem utilizar gordura.

Escolher, lavar, desinfectar e centrifugar a rúcula.

Escolher, lavar, desinfectar e deixar secar em papel absor-vente os amores perfeitos.

empratamento:Temperar a rúcula com flor de

sal e vinagrete. Dispor em cama no centro do prato.

No torricado tépido, dispor fatias de ananás mafridado e por cima colocar rodelas de morcela. Aplicar em cima da rú-cula.

Salpicar o conjunto com al-guns rebentos de rúcula mais pequenos.

Aplicar um cordão redução de vinho tinto.

Decorar com os amores per-feitos. K

Mário rui ramos _(Chef Executivo Complexo Termal de

Monfortinho - Hotéis, Restaurantes,

Termas e Spa)

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JUNHO 2013 /// 029

superman e a sereiabOcas DO galinheirO

7 Vem aí o “Homem de Aço” (Man of Steel), ou seja, o Super Homem, a mais recente versão do super herói criado pelo argumen-tista Jerry Siegel e pelo desenhador Joe Shuster. A primeira aparição do kriptoniano mais conhecido no pla-neta Terra deu-se na revista ameri-cana “Action Comics”, em Junho de 1938 e rezava assim: “Mais rápido que uma bala. Mais poderoso que uma locomotiva. Capaz de destruir prédios só com um sopro. Olhem! Lá em cima no céu. É um pássaro? É um avião? É Superman.” Como escreveu Carlos Pessoa no Público, uma visão que serviu para abrir o coração dos americanos no co-meço de todas as aventuras deste herói com poderes extraordinários que lhe advêm da sua condição de extraterrestre. Foi expedido pelos pais do seu planeta natal (Kryp-ton), prestes a explodir, em direc-ção à Terra e só sobrevive graças à casual passagem no local da ater-ragem de um casal que o recolhe, passando então a viver no seio de uma típica família americana, con-servando oculta a sua verdadeira identidade sob o nome dos pais adoptivos, os Kent.

O resto á mais que conhecido: quando cresceu tornou-se jornalis-ta no Daily Planet, assinando Clark Kent, versão com óculos. Quando é preciso salvar o planeta, apare-ce com uma fatiota azul, com as cuecas vermelhas por cima, uma capa da mesma cor e, milagre, nin-guém, nem mesmo a colega Lois Lane, e futura namorada/mulher, reconhecem neste herói americano

o tímido Clark Kent sem os ócu-los! Há também aquele problema da kriptonite, um minério do seu planeta natal e que quando a ele é exposto, perde todos os seus su-per poderes. Ninguém é perfeito!

Nesta nova versão do extrater-restre voador, realizada por Zack Snyder (300, de 2006 e Watchmen – Os Guardiões, de 2009) e produzi-da por Charles Roven, responsável pelo renascimento de Batman na trilogia “O Cavaleiro das Trevas”, reinventam-se as origens do super herói desta feita encarnado pelo britânico Henry Cavill, vamos es-perar pela estreia, a 27 de Junho. Para já promete, com Russel Crowe e Ayelet Zurer como pais biológicos e Kevin Coster e Diane Lane, são os Kent e, claro, Amy Adams é a nova Lois Lane. Falta saber se o truque dos óculos é o mesmo, pois pelas fotografias já vimos que Henry Ca-vill já não tem os slips por cima do fato. Menos patético. No mínimo.

A chegada ao cinema de Super-man aconteceu em 1948 num serial de 15 episódios dirigido por Spen-cer Gordon Bennet, em que o nosso herói era interpretado por Kirk Alyn, que reincide em 1950, num novo serial dirigido também por Bennet, “Atom Man Vs. Superman”, em que aparece o mais temido inimigo de Superman, Lex Luthor e a temida kriptonite. A primeira longa-metra-gem veio logo em 1951, realizada por Lee Sholem e com George Ree-ves como Super-Homem, papel que retomará na série televisiva Adven-tures of Superman”, que esteve no ar de 1952 a 1958.

Tivemos que esperar até 1978 para voltar a ver o nosso herói no grande écran. Com realização de Richard Donner e música de John Williams, Chistopher Reeve dá nova vida a Superman mas tam-bém à apropriação pelo cinema dos heróis dos comics, um filão que continua a render até hoje. E de que maneira! Mas, foi um re-gresso em grande. Marlon Brando era o pai biológico, num dos papéis secundários mais bem pagos de sempre, e Gene Hackman o melhor Lex Luthor de sempre. Reeve revisi-ta o seu personagem por mais três vezes, o 2º e o 3º, com realização de Donner, e o 4º, o grande fracas-so da saga, realizado por Sidney J. Furie. Em 2006, regressa pela mão de Brian Singer, que vinha de dois X_Men, mas que não conseguiu aqui o mesmo êxito, apesar da pre-sença de Kevis Spacey a tentar dar cabo de Brandon Routh, que deu vida a este “Superman Returns”. Pelo meio duas séries televisivas, “Lois & Clark”, de 1993 a 1997, com Dean Cain e Teri Hatcher, e “Small-ville”, de 2001 a 2011, com Tom Welling e Erica Durance, elas como Lois Lane, claro.

Uns regressam, outros vão-se embora. Foi o caso de Esther Willi-ams, a estrela de Hollywood, figu-ra maior da Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) no apogeu do musical des-ta major nos anos 40 e 50 do sécu-lo passado. Antiga campeã de na-tação e bailarina de “music-hall”, morreu durante o sono no passado dia 6, na Califórnia, aos 91 anos.

Contratada pela MGM com 19

anos e depois de alguns papéis de menores, teve o seu primeiro grande êxito como protagonista em “Bathing Beauty” (Escola de Sereias), de George Sidney, em 1944.

Para Esther Williams foi criado um subgénero feito à sua medida, o” musical aquático”, onde a atriz podia aplicar as suas capacidades de nadadora em super produções e que num período curto, cerca de dez anos, roda as suas melhores películas, “This Time for Keeps” (A Tentação de Todos,1947) e “On a Island With You” (Numa Ilha com Ela,1948), de Richard Thorpe, “Neptune’s Daughter” (A Rainha das Sereias, 1949), de Edward Bu-zzell, “Pagan Love Song” (A Can-ção Pagã,1950), de Robert Alton, “Million Dollar Mermaid” (A Rainha do Mar, 1952), de Mervyn LeRoy (O título original tornou-se a for-ma pela qual Esther Williams era conhecida nos estúdios da MGM, a Million Dollar Mermaid - “a se-reia do milhão de dólares”, sendo que a sua autobiografia também a chamou de “Million Dollar Mer-maid”) ou “Dangerous When Wet” (A Sereia Perigosa, 1953), de Char-les Walters, foram alguns desses

filmes. Populares e êxitos de bilhe-teira para os cofres da MGM, em que Williams contracenava com ou-tras estrelas da companhia como Peter Lawford, Ricardo Montalbán, Howard Keel, Van Johnson ou Gene Kelly e Frank Sinatra.

Nascida a 8 de Agosto 1921, Es-ther Jane Williams era a mais nova de cinco irmãos. Aos 15 anos, jun-tou-se ao Los Angeles Athletic Club, e a partir daí começou a estabele-cer recordes em competições na-cionais de natação, nas quais obte-ve três medalhas de ouro em 1939, apurou-se para os Jogos Olímpicos de 1940, que não se realizaram devido à Segunda Guerra Mundial, participando depois em espectácu-los aquáticos com John Weissmul-ler, esse mesmo, em São Francisco, onde foi descoberta pelos olheiros da Metro. Depois de alguns fracas-sos, abandona o cinema em 1963 depois de mais um flop do seu úl-timo filme, dirigido pelo então seu marido, e também actor, Fernando Lamas, “La Fuente Mágica”, feito em Espanha.

Até à próxima e bons filmes! Kluís Dinis da rosa _

Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Dulce Pontes: A fusão impossível entre Barbra Streisand e Amália Rodrigues!

FaDO É PatriMóniO MunDial e iMaterial Da cultura

7 Dulce, quando criança, aprendeu a tocar piano, estudan-do música no Conservatório de Lisboa. Estudou Dança Contempo-rânea entre os 7 e os 17 anos de idade. Em 1988, no decorrer de um Casting onde foi seleccionada en-tre várias candidatas, inicia a sua actividade profissional na Comédia Musical “Enfim sós” prosseguindo com “Quem tramou o Comenda-dor”, no Teatro Maria Matos, como actriz, cantora e bailarina. Em 1990 é convidada a integrar o espectácu-lo “Licença para jogar” no Casino Estoril. Torna-se popular junto do público português através do pro-grama de televisão “Regresso ao passado”. Em 1991 vence o Festival RTP da Canção tendo ido represen-tar Portugal no Festival Eurovisão

da Canção, onde cantou “Lusita-na Paixão”. Alcança o oitavo lugar entre 22 países participantes, uma das melhores prestações de Portu-gal no Eurofestival.

Em 1992 Dulce gravou o seu primeiro álbum, chamado Lusita-na. Continha principalmente can-ções pop, que certamente eram ainda muito abaixo das ambições,

capacidades e imaginação artística da Dulce.

Todavia, já naquela altura sabia-se que Dulce era uma exce-lente fadista. As primeiras provas disso apareceram um ano depois, em 1993, quando foi lançado o seu segundo disco, chamado Lágrimas. Dulce abordou o fado duma forma muito pouco ortodoxa. Misturava fado tradicional com ritmos e ins-trumentos modernos, procurando novas formas de expressão musi-cal. Enriquecia os ritmos ibéricos com sons e motivos inspirados pela tradição da música árabe e balcânica, principalmente búlgara. A sua versão do clássico “Povo Que Lavas No Rio” era tudo menos clás-sica. Mas Lágrimas tinha também faixas bem tradicionais, fados clás-

sicos gravados ao vivo em estúdio e cantados em rigor com todas as exigências do fado ortodoxo. Fo-ram estes os temas (“Lágrima” e “Estranha Forma de Vida”, ambos escritos por Amália Rodrigues) que lhe ganharam a denominação da “sucessora e herdeira de Amália Rodrigues”. Mas o maior êxito do Lágrimas foi um outro clássico, “A Canção do Mar”, que, no Brasil, foi usado como tema de abertura de uma adaptação do romance As Pu-pilas do Senhor Reitor, de Júlio Di-nis, em telenovela. (...) K

rui Manuel Ferreira _J. vasco H

(Texto e imagem extraídos do livro

Fadistas do Séc. XXI;

Versão integral em www.ensino.eu)

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Cartoon: Bruno Janeca HArgumento: Dinis Gardete _

setOr autOMóvel

vOlvO eM rOaD shOw

3 Demonstrar a versatilidade do modelo Volvo V40 e reforçar a ideia que a empresa do ramo automóvel A. Mator Car é o novo concessionário Volvo para o Dis-trito de Castelo Branco foram dois dos objetivos da presença do road show da marca sueca em Castelo Branco, este mês, em pleno Centro Cívico.

Durante os dois dias, clientes e não clientes da marca tiveram a oportunidade de testar as três ver-sões do modelo, desde o original, à versão desportiva VR Design e à Cross Country, associada ao todo o terreno e beneficiando de ser um modelo com carroçaria mais elevada, integrada no segmento SUV.

Depois de ter passado por sete cidades (Cascais, Braga, Porto, Coimbra, Aveiro, Faro e Lisboa), a presença em Castelo Branco foi um sucesso. “Excedeu as expetativas. As condições meteorológicas fan-tásticas e a nobreza do espaço permitiram que se realizassem 55 test-drive logo no primeiro dia, ou seja, quase o número de testes realizados em Cascais em dois dias”, referiu o responsável do Marketing Volvo, José Fonseca, que considerou ser “esta será uma experiência a repetir”. K

citrOën cOM nOva linha Ds

3 A Citroën continua a alargar a sua linha DS, podendo o novo veículo surgir no Salão de Paris próximo ano. O DS2 poderá surgir em 2014, tendo por base o Peu-geot 208. A imprensa francesa refere ainda que está em causa um hatchback de cinco portas que será inspirado no REVOLTe concept (na imagem). K

tOyOta Para crianças

3 A Toyota apresentou no sa-lão do Brinquedo de Tókio, o Ca-matte57s concept, o qual dadas as suas caraterísticas pode ser con-duzido por crianças, desde que fora de estradas públicas. O Comatte57s é composto por 57 peças destacáveis e facilmente substituíveis, podendo mudar rapidamente de cor ou mesmo de género de carroçaria. Tem 3 metros de compri-mento, 1,44 m de largura, 1,8 m de distância entre eixos e 1 metro de altura. É movido por um motor elétrico. K

quatrO rODas

a queda da pontec Em 4 de março de 2001, às

21:15 horas, deu-se o colapso da Ponte Hintze Ribeiro, que fazia a ligação entre Castelo de Paiva e a localidade de Entre-os-Rios. Foi uma tragédia nacional, que culminou com a morte de 59 pessoas. Quase de imediato o ministro da tutela as-sume “a responsabilidade política” da ocorrência e apresenta a “demis-são irreversível” do cargo de minis-tro que ocupava.

Lembro-me que Jorge Coelho es-tava no lugar há menos de seis me-ses. Seria por isso, e de facto, das pessoas que, naquele ministério, menos culpa teria no processo que teve este trágico final.

Quando se ocupam lugares pú-blicos há que tirar elações das situ-ações que nos vão ocorrendo e em casos como este, manda a dignida-de que se tomem decisões, propor-cionais às situações.

Vem esta introdução a propó-

construir uma nova ponte mais ro-busta, que todos os desportistas ligados ao automobilismo possam usar em segurança e com orgulho.

Um confronto eleitoral em que entrem pessoas da atual direção, vai trazer à discussão pública assuntos que poderiam ser resolvidos dentro da instituição. Devemos pois evitar isso porque, ganhe quem ganhe as futuras eleições, irá certamente atrasar a construção da nova ponte (leia-se FPAK), dificultando assim o aparecimento daquela obra, de que todos nos queremos orgulhar.

Ainda estamos a tempo de es-colher o melhor caminho. K

Paulo almeida _

sito do surpreendente documento que me chegou às mãos em anexo a um comunicado da Mesa da As-sembleia Geral da FPAK (federação de automobilismo). Relembro no entanto que há algumas semanas o presidente da instituição fale-ceu, abrindo-se automaticamente um período eleitoral. Talvez na se-quência deste acontecimento apa-rece este documento que se chama ”Resumo Executivo do Trabalho de Auditoria Executado”… a pedido da direção, pelo que se pode ler mais à frente. Pelo título é só um resumo, e de pouco mais de uma página, mas parece ser o suficiente para se con-cluir que nos últimos anos, naquela casa, as trapalhadas com o dinheiro foram muitas. Isto é o que concluo da leitura de um texto elaborado por especialistas (ROC), mas lido por um não especialista. Noto ainda alguma preocupação do “resumo”, em ilibar os restantes diretores,

fazendo recair sobre o falecido pre-sidente a responsabilidade destas trapalhadas.

Perante esta situação o que de-veriam então fazer os atuais direto-res? À semelhança do que aconte-ceu com Jorge Coelho, e uma vez que o “resumo” até os parece ilibar, talvez afastarem-se dos lugares que ocupam, aceitando assim a “res-ponsabilidade política” de terem estado numa direção onde aparen-temente o presidente teve algumas atitudes difíceis de qualificar. Assim mostrariam o seu desapego ao po-der, proporcionando a continuação das averiguações, sem a sua inter-ferência. Se efetivamente não têm nada a temer, então só têm que deixar o caminho livre para uma clara averiguação, pois estamos a tratar de uma instituição a quem foi atribuído o estatuto de utilidade pública desportiva e que representa o nosso País nas instituições inter-

nacionais do automobilismo, e por isso tem de ser irrepreensível nos que respeita a este tipo de suspei-tas.

Esta situação está a proporcio-nar já o aparecimento de alguns nomes como futuros candidatos à presidência da instituição, mas nes-te momento são só intenções, pois não havendo ainda convocatória para as mesmas (estranhamente diga-se), até se pode concluir que não se está verdadeiramente em período eleitoral.

Espero pois que os alegados candidatos a candidatos que ainda fazem, ou fizeram parte da atual di-reção tenham a clarividência de não aparecer neste processo eleitoral e se colocarem à disposição de quem irá aprofundar as averiguações, co-laborando com as mesmas de es-pontânea vontade.

Só assim poderemos deixar para trás a ponte que caiu e começar a

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5 mil alunos estudam portuguêseM Macau

6 Mais de 5.000 alunos de Ma-cau estão atualmente a aprender português como disciplina regular ou extracurricular nas escolas lo-cais, de acordo com dados faculta-dos pelos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ).

No corrente ano letivo, um to-tal de 2.144 alunos, distribuídos por nove escolas oficiais de Macau têm o português integrado no currícu-lo. Outros 1.641 alunos frequentam cursos de língua portuguesa como disciplina regular ou complementar em 16 escolas particulares, cujo en-sino é veiculado em língua chinesa ou inglesa, enquanto 520 alunos frequentam duas escolas particula-res de língua veicular portuguesa, a Escola Portuguesa de Macau e o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes.

A Escola Portuguesa oferece também aulas de português em três níveis - inicial, intermédio e avança-do - a 158 estudantes com outras línguas maternas.

Três escolas secundárias têm 582 alunos a estudar português ao abrigo de apoios concedidos para a “criação de cursos de língua portu-

guesa na própria escola”, com ca-ráter extensivo de pelo menos três anos.

A língua portuguesa também integra a oferta do programa de formação contínua promovido pelo governo da Região Administrativa Especial chinesa, tendo os 77 cur-sos de português ‘validados’ pela DSEJ contado com 998 formandos em 2012.

O Centro de Difusão de Línguas, da DSEJ, registou, entre 2012 e abril deste ano, um total de 778 inscri-tos, os quais, a par dos estudantes de todas as escolas com cursos de português no território, têm ainda à disposição na Internet um programa de leitura em português, cujo portal recebeu 15.589 “visitas” entre se-tembro e fevereiro deste ano.

Além de iniciativas de curta du-ração, como o programa dos cursos de verão de língua e cultura - inicia-do em 2004 e que já levou 111 alu-nos a Portugal - a língua de Camões é também promovida quando os es-tudos superiores são prosseguidos em Portugal.

É disso exemplo o protocolo de cooperação estabelecido entre

o Fundo de Ação Social Escolar e a Universidade Católica, que instituiu um curso preparatório de Língua Portuguesa, História e Introdução ao Direito, com a duração de um ano e atualmente frequentado por 17 bolseiros.

Segundo dados do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior de Ma-cau (GAES) há atualmente cerca de 450 alunos matriculados nas licen-ciaturas em Estudos Portugueses, Tradução e Interpretação Chinês-Português, e Línguas Estrangeiras (Língua Portuguesa), um número que, nos últimos anos, tem vindo a aumentar.

As instituições de ensino su-perior da Região Administrativa Especial de Macau oferecem ainda outros cursos lecionados em portu-guês, como Direito, Administração Pública e História de Portugal, com um total de 140 inscritos.

Excluindo o grau académico, o GAES regista mais de mil inscrições anuais nos cursos de português na Universidade de Macau e realça que, em 2012, houve cerca de 4.000 alunos das escolas que frequenta-ram aulas de língua portuguesa. K

Doutoramentos nos politécnicos

iPcb

7 O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Car-los Maia, defende que os institu-tos politécnicos deveriam “poder lecionar esses doutoramentos. É inadmissível que o critério que é apresentado para podermos le-cionar cursos de doutoramentos é o da designação! Isto quando há muitas áreas no ensino politécni-co que estão melhor capacitadas para ministrar doutoramentos que as universidades”.

É nesta perspetiva que Carlos Maia defende que os institutos ministrem toda a fileira de forma-ção, que “vai desde os cursos es-pecializados de nível 5, licenciatu-ra, mestrados e doutoramentos”.

No caso concreto do Institu-to Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, assegura que em “al-gumas áreas há condições para a realização de cursos de doutora-mento, como nas ciências agrárias ou nas tecnologias. Não queremos facilitismos, queremos ser avalia-dos com o mesmo rigor com que a A3ES avalia as universidades”.

A designação das instituições politécnicas é também por isso outro aspeto que Carlos Maia gostaria de ver alterado. “Esta já não é uma questão nova pela qual o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) tem lutado, de forma a que a designação seja de Univer-sidades de Ciências Aplicadas, alinhando esse nome com o que acontece no resto da europa”.

Esta tomada de posição do CCISP está relacionada com “aquilo que o ensino superior politécnico tem feito no nos-so país está alinhado com o que é feito nos outros países da europa. A investigação que fazemos está relacionada com o mercado de trabalho, com o objetivo de resolver os proble-mas das empresas. Entende-mos, por isso, que seria vanta-joso a alteração da designação para universidades de ciências aplicadas. Ainda há muito pre-conceito em Portugal sobre a designação das instituições”. K