RESUMO E OBJETIVOS
Descrever de forma resumida o ambiente de transformações vivenciadas na transição entre a era moderna e a era pós-moderna, indicando novos valores que parecem nortear os anseios humanos, e como estes valores estão influenciando o mundo empresarial em seus valores e na forma organizacional.
Mostrar que após muitas experiências e modismos ao longo dos últimos 30 anos do século 20, as empresas começam a se posicionar estrategicamente ao redor de conceitos claros de missão e processos, guiadas por valores definidos. A organização em si passa ser vista como um meio transformador de insumos em produtos, meio este estruturado ao redor de uma seqüência de processos, cuja criação, estruturação e prática refletem a forma através da qual a empresa pretende atingir seus objetivos
Tal estruturação é fruto da compreensão de que ter uma estratégia significa produzir bens ou serviços e entrega-los ao cliente, de tal forma que estes identifiquem nesta relação um caráter de singularidade e vantagem em relação a outras opções.
Mostrar as etapas de transição de uma organização hierárquica para uma organização por processos estratégicos, indicando que a manutenção do caráter de singularidade requer um esforço permanente para melhorias contínuas, inovação e melhoria de resultados.
Finalmente abordar conceitos de liderança que em sua própria descrição mostram uma clara identidade com a formatação e práticas que as empresas adotaram ao longo da segunda metade do século XX. Identificar novas tendências determinantes de modelos de liderança que deverão prevalecer ao longo dos próximos anos, demonstrando que tais modelos deverão guardar grande identidade com aqueles que foram comuns a líderes de organizações que obtiveram resultados consistentemente excepcionais ao longo de períodos longos.
A ERA PÓS MODERNA:
Choque entre liberalismo e totalitarismo chega ao desfecho
Ambos tiveram um traço comum: Exploração e Alienação em larga escala
Os pilares da modernidade não contemplam o ser humano em sua real dimensão:
PILARES DA MODERNIDADE
A fé absoluta na razão
A fé no progresso tecnológico
A fé na ciência
A fé no homem autônomo e auto-suficiente
Individualismo se sobrepondo à individualidade
SUICÍDIO SOCIAL E CISÃO DA
ALMA:
Sensação de abandono e fatalismo cínico
Desaparecimento do idealismo
Desamparo e descrença no próprio esforço
Sentimento de culpa e aversão a si mesmo, provenientes do abandono moral
Isolamento SIR ARNOLD TOYNBEE
NA ERA MODERNA:
As pessoas passaram de produtoras daquilo que necessitavam, a consumidoras de produtos feitos por outros
A ênfase no individualismo, na competição, produção e consumo em massa levam à cisão entre o trabalho e a vida fora deste.
PILARES DA ERA PÓS
MODERNA:
A dimensão intelectual: Anseio pela verdade
A dimensão estética:Desejo pela beleza e harmonia
A dimensão ética: Anseio por bondade
A dimensão espiritual: Desejo pela unidade
Paulette A. A. de Melo
FGV
NA ERA PÓS MODERNA:
A consciência do dom da escolha se torna mais nítida e determinante de comportamentos
Valores determinam comportamentos, e princípios determinam as conseqüências
Paulette A. A. de Melo
FGV
NA ERA PÓS MODERNA
O tecido empresarial é a mais relevante estrutura social contemporânea.
É no ambiente empresarial que a sociedade vive o maior impacto da pós modernidade
Assim, é neste ambiente que estão em gestação as mudanças estruturais sociais mais significativas
Paulette A. A. de Melo
FGV
ESTRATÉGIA
FAZER ESCOLHAS: O QUE FAZER E O QUE NÃO FAZER
AUTO LIMITAR-SE
SER DIFERENTE E INOVADOR
CRIAR UM SISTEMA DE ATIVIDADES INTERLIGADAS (PROCESSOS) QUE LEVE A ORGANIZAÇÃO A UMA POSIÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA
RESULTADO:
Uma posição única (Singularidade)
Posição sustentável (Perenidade)
Criação contínua de valor
TER CLARA A DIFERENÇA:
Eficácia
operacional
Assimilar, atingir e
ampliar a melhor
prática
Posicionamento
estratégico
Criar uma posição
competitiva única
e sustentável
Fonte: Porter
A ESTRATÉGIA INTEGRA A
CULTURA ORGANIZACIONAL
Conhecimento
Atitude
Comportamento
Comportamento de grupo
Tempo
Esfo
rço
Aprender é mudar
Controle
de
processos
Melhoramento
de processo:
Evolução da
estratégia
1
2- Novo nível de performance
Inovação
Organização Matricial
Origem do
comando
Função
Suprimentos
Fornecedore
s
Clientes
Gerência de Função
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Função
Marketing
Função
Produção
Função
Sistemas
Função
Finanças
Função
Vendas
Transformando a matriz em
processos dinâmicos
Origem do
comando
Função
Suprimentos Fornecedore
s
Clientes
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Função
Marketing
Função
Produção
Função
Sistemas
Função
Finanças
Função
Vendas
Origem do
comando
Função
Suprimentos Fornecedore
s
Clientes
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Função
Marketing
Função
Produção
Função
Sistemas
Função
Finanças
Função
Vendas
Transformando a burocracia em
processo
Origem do
comando
Função
Suprimentos Fornecedore
s
Clientes
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Função
Marketing
Função
Produção
Função
Sistemas
Função
Finanças
Função
Vendas
Transformando Gerentes em
Líderes
Origem do
comando
Função
Suprimentos Fornecedore
s
Clientes
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Função
Marketing
Função
Produção
Função
Vendas
Apoio Finanças / Sistemas / RH / etc
Colocando os processos fim no
centro do cenário
Origem do
comando
Função
Suprimentos Fornecedore
s
Clientes
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Gerência
de Função
Função
Marketing
Função
Produção
Função
Vendas
Apoio Finanças / Sistemas / RH / etc
Transformando a burocracia em
processo
Função
Suprimentos Fornecedore
s
Clientes Função
Marketing
Função
Produção
Função
Vendas
Apoio Finanças / Sistemas / RH / etc
Liderança
Transformando a burocracia em
processo
Sub-
sistema Fornecedore
s
Clientes
Apoio Finanças / Sistemas / RH / etc
Liderança
Sub-
sistema
Sub-
sistema
Sub-
sistema
Sub-
sistema
Transformando a burocracia em
processo
DIFERENÇAS NOTÁVEIS:
Organização Hierárquica
Profissional com foco na função
Limitado pela função e normas
Movido pelo chefe
Pouca iniciativa e criatividade
Voltado para competição interna
Comunicação vertical
Ascensão hierárquica
Comportamento guiado por normas
Organização por processos
Profissional com foco no processo
Limitado por guias de pensamento: Visão e Missão
Movido pelo cliente e mercado
Muita iniciativa e criatividade
Voltado para competição externa
Comunicação vertical e horizontal
Ascensão por resultados
Comportamento guiado por valores
O PROCESSO DE LIDERANÇA
“É o comportamento de um indivíduo dirigindo as atividades de um grupo em função de um objetivo comum” (Hemphill & Coons, 1957)
“O líder é um servidor. A liderança se origina quando se tem o propósito de servir. A escolha consciente leva à vontade de se exercer liderança” (Greenleaf, 1970)
“Liderança é o processo de influenciar as atividades de um grupo no sentido de se atingir objetivos” (Rauch & Behling, 1984)
“Líderes são aqueles que fazem de forma consistente, contribuições à ordem social, e sobre quem pesam expectativas e reconhecimento” (Hosking, 1998)
O PROCESSO DE LIDERANÇA
“Liderança é o processo de dar propósito ou direção coerente ao esforço coletivo, provocando esforço voluntário para se atingir os objetivos” (Jacobs & Jacques, 1990)
“Liderança é a habilidade de se posicionar fora da cultura circundante, iniciando mudanças evolucionárias no sentido de maior adaptação” (Schein, 1992)
“Liderança é o processo de encontrar sentido naquilo que um grupo esteja fazendo conjuntamente, de forma que cada um entenda sua parte e o todo, e aja com compromisso”(Drath & Palus, 1994)
“Liderança está relacionada com a articulação de visões, incorporação de valores e a criação de um ambiente no qual objetivos possam ser alcançados” (Richards & Engle, 1996)
“ Liderança é um fenômeno psico-social no qual se verifica um processo grupal ou social de interação entre líder e liderados” (Jansen Q. Ferreira, 2007)
AUSÊNCIAS NOTÁVEIS NOS
CONCEITOS:
Autoridade
Domínio de um conteúdo ao mesmo tempo crucial para o grupo, e ausente no todo ou em parte aos membros deste grupo
Confiança
Integridade
AS QUATRO COMPETÊNCIAS
FUNDAMENTAIS AO LÍDER
Atrair a atenção
Dar significado às coisas
Inspirar confiança
Ter auto-controle
Warren Bennis, Managing The Dreams
TENDÊNCIAS CONDICIONANTES
PARA A LIDERANÇA (CCL, 2007)
Interesse por, e compreensão de novas tecnologias
Multiplicação de desafios complexos
Montar e liderar equipes multi-culturais. Cultivar a diversidade
Inovação
Liderança virtual
Colaboração
Autenticidade
Liderar para a longevidade
Compreender negócios globais em mercados locais
Diferentes atitudes em relação à autoridade, hierarquia e conflito
Executivo de Nível 5
Líder Eficaz
Gerente Competente
Membro Colaborador da Equipe
Individuo Altamente Capacitado
A EVOLUÇÃO DO LÌDER
Pessoas Disciplinadas Pensamento Disciplinado Ação Disciplinada
Lideranca
Nivel 5 Primeiro Quem..
Depois o Quê
Enfrentar a
Verdade
Conceito do
Porco-Espinho
Cultura da
Disciplina
Aceleradores
Tecnológicos
CONSTRUÇÃO
Fonte: Jim Collins, 2002
Good to Great
Atividade em que se
é singular
A Atividade que o
apaixona profundamente
Modelo de lucro
O CONCEITO DE PORCO ESPINHO
CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
DO LÌDER Gera resultados extraordinários. É um catalisador
de inovações e de evolução dos liderados
Determinação inabalável com respeito a melhora contínua de resultados, não importa a dificuldade
Estabelece o padrão para construir uma empresa excelente e duradoura. Não aceita menos do que isso.
Olha o espelho na hora de atribuir a responsabilidade por resultados ruins. Jamais culpa outros, os fatores externos ou o azar.
Jim Collins,2002 Good to Great
CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
DO LÍDER
É autenticamente modesto. Evita adulação pública e exposição pessoal
Age com determinação silenciosa. Como motivador recorre a padrões inspirados e não ao carisma
Canaliza a sua ambição para a empresa, não a si mesmo. Prepara seus sucessores para serem melhores que ele
Olha para a janela, e não ao espelho, na hora de atribuir o crédito pelo sucesso: a outras pessoas, a fatores externos e até à boa sorte.
Jim Collins, 2002, Good to Great