Estrutura e
Mecanismo dos
Produtos
Curso de Bacharelado em Design
UEPA Campus VI
Prof Aldeci Costa
Ementa
Tipos, Resistncia, Unio e Funcionamento de elementos Estruturais;
Sntese e aplicao no projeto de produto.
Articulado ao Projeto do Produto II e Ergonomia I.
Objetivo
Conhecer os conceitos fundamentais sobre os elementos que compem os
sistemas que envolvem um projeto de produto.
Bibliografia
BEER,F, Mecnica vetorial para engenheiros esttica vol 1 e Dinmica vol II,
Ed McGraw Hill,1981.
NASH, w. A, Resistncias dos materiais, Ed. Livro Tcnico S. , 1969.
Competncias
1. Criatividade: Conectar repertrios existentes no cenrio da cultura para a
produo de conhecimento;
2. Planejamento do Design: Planejar, elaborar, supervisionar e coordenar projetos
de produtos e servios de Design;
3. Inovao: Implementar novos conhecimentos, procedimentos, fazer de modo
novo.
Habilidades
1.1 - Ampliar o repertrio de alternativas projetuais;
1.2 - Possuir capacidades multidisciplinares;
1.3 - Atuar em atividades interdisciplinares;
2.1 - Trabalhar em equipe;
2.2 - Projetar sistemas de produtos e processos;
2.3 - Aplicar conhecimentos culturais, cientficos, tecnolgicos no projeto;
3.1 - Identificar demandas sociais e propor solues;
Metodologia
Aulas expositivas com projeo de slides
Exibio de vdeos
Leitura e produo de textos para promover a acumulao de conhecimento e
assimilao do contedo trabalhado nas aulas expositivas
Desenvolvimento de trabalhos individuais e em grupo
Critrios de avaliao
Freqncia por aula
Participao nos trabalhos em equipe
Seminrios
Mdia de aprovao: 8,0
Sumrio
EngrenagensParafusosPorcasArruelasArrebites CorreiasPoliasCorrentesEixosRolamentos
Avaliaes
Cronograma de atividades
Hiostria das
Engrenagens
Histrico
Desde pocas muito remotas utilizam-se cordas e
elementos fabricados em madeira para solucionar os
problemas de transporte, impulso, elevao e
movimento. Ningum sabe ao certo onde nem quando
surgiram as engrenagens. A literatura da antiga China,
Grcia, Turquia e Damasco mencionam engrenagens
mas no chegam a muitos detalhes dos mesmos.
Histrico
Tudo comea com a roda. Segundo algumas
hipteses, a roda foi inventada na sia, h 6000 anos,
na Mesopotnia talvez.
Foi uma inveno de importncia extraordinria,
no s porque promoveu uma revoluo no campo dos
transportes e da comunicao, mas tambm porque a
roda, com diferentes modificaes, passou a fazer
parte de numerosos mecanismos e contribuiu para um
incrvel impulso ao progresso humano.
Histrico
Como nasceu a idia de se
construir a roda? Talvez dos troncos que
muitos povos, inclusive assrios e
egpcios, colocavam sob grandes massas
de pedra, a fim de que estas corressem
melhor pelo terreno, quando queriam
transport-las.
Histrico
Os veculos com rodas, puxados nos
primeiros tempos por bois, depois por asnos
e finalmente por cavalos, pouparam muito
trabalho e muito cansao ao homem.
Histrico
No incio a roda era feita de uma pea de madeira
inteiria, compacta e pesada. Para que ela se tronasse
veloz e de mais fcil manejo, fizeram-se inmeras
aberturas, originando-se, pouco a pouco, a roda com
raios.
Estes eram em nmero de quatro, mas com o
passar do tempo foram aumentando.
Histrico
As rodas com raios apareceram na Mesopotmia e
na Prsia, no ano 2000 antes de Cristo. Nessa mesma
poca, a coroa, ou seja, a parte externa da roda que
mantm contato com o solo, foi protegida com inmeros
pregos de cobre, muito prximos uns dos outros, para
que no se estragasse.
Os assrios e os persas colocaram-lhe depois um
crculo metlico.
Histrico
A posio das rodas uma atrs da outra tpica
das bicicletas que nasceram h duzentos anos. A
primeira bicicleta era um veculo muito simples; foi
inventada pelo francs De Siorac, no ano de 1790 e era
composta por duas rodas no mesmo tamanho, ligadas
por uma travessa de madeira. Possua tambm um
cabo ou manivela para apoio das mos.
Mais tarde, 1818, o alemo Carlos Drais
aperfeioou este veculo, fazendo com que a roda
dianteira pudesse mover-se para a direita e para a
esquerda.
Histrico
Com seu movimento giratrio, a roda
tornou-se logo parte integrante das mquinas
que auxiliam o homem a levantar pesos. O
guindaste, por exemplo.
No guindaste a roda mudou de aspecto,
transformando-se em uma roldana, ou seja, em
uma roda estriada de modo que uma corda
pudesse correr dentro dela, dando origem
polia.
Histrico
Os primeiros guindastes usados pelos
gregos e pelos romanos para suspender
blocos de pedras, eram formados por traves
fortes, chamadas mastros, quase sempre
inclinadas. No ponto de encontro fixava-se
uma polia.
Histrico
Muito mais recentemente a roda de gua ou
hidrulica, conhecida entre os gregos e os
romanos, usada ainda hoje no campo. Era provida
de caixinhas ou de pequenas ps e servia para
transportar a gua at os canais de irrigao.
No sculo I d.C., a roda hidrulica passou a
fazer parte de uma inveno revolucionria: o
moinho hidrulico.
Histrico
Muito mais recentemente a roda de gua ou
hidrulica, conhecida entre os gregos e os
romanos, usada ainda hoje no campo. Era provida
de caixinhas ou de pequenas ps e servia para
transportar a gua at os canais de irrigao.
No sculo I d.C., a roda hidrulica passou a
fazer parte de uma inveno revolucionria: o
moinho hidrulico.
Histrico
Os automveis mais antigos possuam rodas
com raios de madeira ou arame, ou rodas de
artilharia, fabricadas em uma nica pea de ferro
fundido. Na dcada de 1930 essas rodas foram
substitudas pelas de ao estampado, mais leves,
mais resistentes e de menor preo.
Roda Carruagem - Carro
Histrico
Veculo vem do Latim vehiculum, meio de
transporte, de vehere, levar, carregar. Isto, por
sua vez, veio do Indo-Europeu wegh-, ir,
transportar, que originou tambm o atual vago.
J carro vem do Latim carrum, originalmente
o nome dado a um veculo de guerra celta de duas
rodas, do Gauls karros, duma base Indo-Europia
kers-, correr.
Histrico
Veculo vem do Latim vehiculum, meio de
transporte, de vehere, levar, carregar. Isto, por
sua vez, veio do Indo-Europeu wegh-, ir,
transportar, que originou tambm o atual vago.
J carro vem do Latim carrum, originalmente
o nome dado a um veculo de guerra celta de duas
rodas, do Gauls karros, duma base Indo-Europia
kers-, correr.
Histrico
Veculo vem do Latim vehiculum, meio de
transporte, de vehere, levar, carregar. Isto, por
sua vez, veio do Indo-Europeu wegh-, ir,
transportar, que originou tambm o atual vago.
J carro vem do Latim carrum, originalmente
o nome dado a um veculo de guerra celta de duas
rodas, do Gauls karros, duma base Indo-Europia
kers-, correr.
The Fayton, uma carruagem de vidro para o Terceiro Milnio
Histrico
O mecanismo de engrenagens mais antigo de cujos
restos dispomos o mecanismo de Anticitera. Trata-se de
uma calculadora astronmica datada entre os anos 150 e
100 a. C. e composta ao menos por 30 engrenagens de
bronze com dentes triangulares. Apresenta caractersticas
tecnolgicas avanadas que, at a descoberta deste
mecanismo, acreditavam-se inventados no sculo XIX. Por
citas de Cicern sabe-se que o de Anticitera no foi um
exemplo isolado seno que existiram ao menos outros dois
mecanismos similares nessa poca, construdos por
Arqumedes e por Posidonio .
Histrico
As engrenagens possuem uma histria longa. Um
aparato denominado Carroa chinesa apontando para
o Sul (120-250 d. C.) supostamente usada para navegar
pelo deserto de Gobi nos tempos pr-Bblicos, continha
engrenagens rudimentares (prximo slide).
As primeiras engrenagens foram provavelmente
feitas cruamente de madeira e outros materiais fceis
de serem trabalhados. Sendo meramente constitudos
por pedaos de madeira inseridos em um disco ou roda.
Histrico
As bssolas de ferro foram criadas durante a
Dinastia Han, e no foram utilizadas para
navegao. Na verdade, elas eram usadas para
adivinhar o futuro dentro de grandes tigelas.
Havia tambm o Sul Apontando Chariot, por
volta do sculo 3 d.C., que era uma figura em uma
carruagem que sempre apontava para o sul,
originalmente sem a utilizao de ms. Essa
bssola era operada por um diferenciado sistema
de engrenagem, sistema este que pode ser
encontrado nos carros de hoje.
Histrico
As engrenagens possuem uma histria longa. Um
aparato denominado Carroa chinesa apontando para
o Sul (120-250 d. C.) supostamente usada para navegar
pelo deserto de Gobi nos tempos pr-Bblicos, continha
engrenagens rudimentares.
Leonardo Da Vinci mostra muitos arranjos de
engrenagens em seus desenhos. Aps um grande
desenvolvimento e o advento da revoluo industrial,
as engrenagens passaram a ser construdos com
materiais metlicos muito mais resistentes.
Histrico
Os mecanismos de Leonardo da Vinci
O grande Leonardo da Vinci, talvez o maior artista do
Renascimento, era um personagem multifacetado: pintor,
arquiteto, cientista, matemtico, poeta, msico e, no menos
importante, inventor. Da sua imaginao delirante saram
inventos incrveis e mquinas fabulosas, a maioria delas
impossveis de concretizar com a tecnologia da poca.
o caso do helicptero, que teve de esperar anos para
poder ser construdo. Mas o que primeira vista parece
chocante num tal gnio que grande parte das suas invenes
eram terrveis mquinas de guerra.
Histrico
A metralhadora talvez tenha sido uma das primeiras armas que concebeu, cerca de 1480,
quando ainda trabalhava em Florena. Pensa-se que ter sido uma primeira aproximao ao
Poder, que haveria de o levar pouco tempo depois ao servio do Duque de Milo.
constituda por um conjunto de 12 bocas de fogo dispostas em leque montadas sobre
um carro. Esta disposio permite-lhe no s uma frente de tiro muito larga como tambm
torna o carregamento fcil, uma vez que as culatras se juntam num nico ponto. Alm disso as
rodas permitiam-lhe uma grande mobilidade no campo de batalha. No se sabe se chegou
alguma vez a ser construda.
1 - Engrenagens
Engrenagens so rodas com dentes padronizados que
servem para transmitir movimento e fora entre dois eixos.
Muitas vezes, as engrenagens so usadas para variar o
nmero de rotaes e o sentido da rotao de um eixo para o
outro.
Os dentes so um dos elementos mais importantes das
engrenagens. Para produzir o movimento de rotao as rodas
devem estar engrenadas. As rodas se engrenam quando os
dentes de uma engrenagem se encaixam nos vos dos dentes
da outra engrenagem.
Tipos de Engrenagens
Engrenagens Cilndricas Retas: Possuem
dentes paralelos ao eixo de rotao da
engrenagem. Transmitem rotao entre eixos
paralelos.
Engrenagens Cilndricas Helicoidais:
Possuem dentes inclinados em relao ao eixo
de rotao da engrenagem. Podem transmitir
rotao entre eixos paralelos e eixos
concorrentes (dentes hipoidais).
Engrenagens Cnicas: Possuem a forma
de tronco de cones. So utilizadas
principalmente em aplicaes que exigem eixos
que se cruzam (concorrentes). Os dentes
podem ser retos ou inclinados em relao ao
eixo de rotao da engrenagem.
2 - Correias
So elementos de mquina que transmitem movimento de
rotao entre eixos por intermdio das polias. As correias
podem ser contnuas ou com emendas. As polias so
cilndricas, fabricadas em diversos materiais. Podem ser
fixadas aos eixos por meio de presso, de chaveta ou de
parafuso.
3 - Correntes
So elementos de transmisso, geralmente metlicos,
constitudos de uma srie de anis ou elos. Existem vrios
tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicao especfica.
4 - Polias
Uma roldana (tambm chamada de polia no
Brasil) uma pea mecnica muito comum a
diversas mquinas, utilizada para transferir fora e
movimento.
Uma polia constituda por uma roda de
material rgido, normalmente metal, mas outrora
comum em madeira, lisa ou sulcada em sua
periferia. Acionada por uma correia, corda ou
corrente metlica a polia gira em um eixo,
transferindo movimento e energia a outro objeto.
Quando associada a outra polia de dimetro
igual ou no, a polia realiza trabalho equivalente
ao de uma engrenagem.
5 - Eixos
Eixos so elementos mecnicos utilizados para articular um ou mais elementos de
mquinas. Quando mveis, os eixos transmitem potncia por meio do movimento de
rotao.
6 - Rolamentos
Rolamentos so suportes mecnicos montados nos eixos. Basicamente, so
constitudos por dois anis fabricados de ao especial, separados por fileiras de esferas,
ou de rolos cilndricos ou cnicos e estas esferas ou rolos so separados entre si por
meio de porta esferas ou porta rolos. Desenvolvem a funo de suportar eixos
permitindo-os realizar movimentos rotacionais com facilidade, minimizar a frico entre
as pecas moveis da maquina e suportar uma carga.
O parafuso pode ser definido como um fixador cilndrico, externamente rosqueadocom ou sem cabea. So projetados para trs aplicaes bsicas:
unir peasajudar peas com referncia entre sitransmitir esforos
Os parafusos possuem trs componentes:cabeacorpoextremidade
7 - O parafuso
CABEAExistem diversos tipos de parafusos. Cada um deles possui um tipo de cabea especfica
CORPOO corpo do parafuso pode ser totalmente rosqueado ou parcialmente rosqueado.
Detalhando um pouco mais a rosca (figura ao lado), verifica-se que existem uma terminologia prpria de elementosconsiderados essenciais ao desenho. Esses elementos so:crista, raiz, passo, flanco, dimetro maior, dimetro menor edimetro efetivo.
Na representao da roscaexistem algumas formaspossveis alm da real:convencional, americana ea representao da ABNT.Adotando a representaoda ABNT, deve-se atentarque a representao dacrista do parafuso feitaem trao largo. Por suavez, a raiz do parafuso efetuada em traoestreito.
Extremidade
Existem diversos tipos de extremidades em
parafusos. A figura ao lado apresenta algumas
dessas representaes.
Furo
Existem quatro tipos de furos em peas que
normalmente sero fixadas com parafusos.
Quanto a profundidade do furo pode-se ter furos
passantes e no passantes. Quanto a rosca
interna do furo pode-se ter furos rosqueados e
no-rosqueados.
Para representao da espessura dos traos da
rosca deve-se salientar que a crista da rosca do
furo desenhada em trao largo. J a raiz da
mesma rosca, desenhada em trao estreito.
8 - Porcas e Arruelas
Para garantir uma fixao maior entre peas que apresentam furos passantes, pode-se
lanar mo de porcas e arruelas. A figura abaixo apresenta alguns exemplos de porcas.
A simplicidade da representao das arruelas faz que sua exemplificao seja desnecessria.
Desenho de Parafuso
com cabea sextavada
Para exemplificar o desenho de um parafuso,
explicitaremos os passos para o desenho de um
parafuso com cabea sextavada. Conforme se
pode perceber, o parafuso abaixo utilizado
para fixar as peas A e B. O furo das peas A e B
so passantes e no-rosqueados. Dessa forma,
as peas A e B so fixadas ao se atarraxar a
porca com a parte rosqueada do parafuso.
Definio
Porca uma pea de forma prismtica ou cilndrica geralmente metlica, com um furo
roscado no qual se encaixa um parafuso, ou uma barra roscada. Em conjunto com um
parafuso, a porca um acessrio amplamente utilizado na unio de peas.
A porca est sempre ligada a um parafuso. A parte externa tem vrios formatos para
atender a diversos tipos de aplicao. Assim, existem porcas que servem tanto como
elementos de fixao como de transmisso.
9 - REBITES
Um mecnico tem duas tarefas: consertar uma panela
cujo cabo caiu e unir duas barras chatas para fechar uma
grade.
A questo a seguinte: qual elemento de fixao o
mais adequado para ambas? Solda ou rebite? Nos dois casos
necessrio fazer unies permanentes. Que o cabo fique bem
fixado panela e que as duas barras fiquem bem fixadas
entre si.
A solda um bom meio de fixao mas, por causa do
calor, ela causa alteraes na superfcie da panela e das
barras.
O elemento mais indicado, portanto, o rebite. A
fixao por rebites um meio de unio permanente.
O mecnico usou rebites para consertar a panela e unir
as grades. Veja o resultado:
Composio
Um rebite compe-se de um
corpo em forma de eixo cilndrico
e de uma cabea. A cabea pode
ter vrios formatos.
Os rebites so peas
fabricadas em ao, alumnio,
cobre ou lato. Unem
rigidamente peas ou chapas,
principalmente, em estruturas
metlicas, de reservatrios,
caldeiras, mquinas, navios,
avies, veculos de transporte e
trelias.
Tipos de rebite e suas
propores
O quadro a seguir mostra a
classificao dos rebites em
funo do formato da cabea e
de seu emprego em geral.
A fabricao de rebites
padronizada, ou seja, segue normas
tcnicas que indicam medidas da
cabea, do corpo e do
comprimento til dos rebites.
No quadro a seguir
apresentamos as propores
padronizadas para os rebites. Os
valores que aparecem nas
ilustraes so constantes, ou seja,
nunca mudam.
Processos de rebitagem
Voc j tem uma noo do que rebite e de como ele deve ser especificado de
acordo com o trabalho a ser feito.
Mas como voc vai proceder, na prtica, para fixar duas peas entre si, usando
rebites? Em outras palavras, como voc vai fazer a rebitagem?
Na rebitagem, voc vai colocar os rebites em furos j feitos nas peas a serem
unidas. Depois voc vai dar forma de cabea no corpo dos rebites. Esse procedimento
est ilustrado nestas trs figuras:
Processos de rebitagem
A segunda cabea do rebite pode ser feita por meio de dois processos:
manual e mecnico.
Processo manual
Esse tipo de processo feito mo, com pancadas
de martelo. Antes de iniciar o processo, preciso
comprimir as duas superfcies metlicas a serem
unidas, com o auxlio de duas ferramentas: o contra-
estampo, que fica sob as chapas, e o repuxador, que
uma pea de ao com furo interno, no qual
introduzida a ponta saliente do rebite.
Aps as chapas serem prensadas, o rebite
martelado at encorpar, isto , dilatar e preencher
totalmente o furo. Depois, com o martelo de bola,
o rebite boleado, ou seja, martelado at
comear a se arredondar. A ilustrao mostra o
boleamento.
Em seguida, o formato da segunda cabea
feito por meio de outra ferramenta chamada
estampo, em cuja ponta existe uma cavidade que
ser usada como matriz para a cabea redonda.
Processo mecnico
O processo mecnico feito por meio de martelo
pneumtico ou de rebitadeiras pneumticas e hidrulicas. O
martelo pneumtico ligado a um compressor de ar por tubos
flexveis e trabalha sob uma presso entre 5 Pa 7 Pa, controlada
pela alavanca do cabo.
O martelo funciona por meio de um pisto ou mbolo que
impulsiona a ferramenta existente na sua extremidade . Essa
ferramenta o estampo, que d a forma cabea do rebite e
pode ser trocado, dependendo da necessidade.
Abaixo ilustramos, em corte, um tipo de martelo pneumtico
para rebitagem.
Pa vem dePascal e significaa fora de1 Newton (N),aplicada superfcie de1 metroquadrado (m2).
Newton afora necessriapara deslocaruma pea de 1 kg auma distncia de1 metro em1 segundo, sobreuma superfcie sematrito.
A rebitadeira pneumtica ou hidrulica funciona por meio de presso contnua. Essa
mquina tem a forma de um C e constituda de duas garras, uma fixa e outra mvel com
estampos nas extremidades.
Se compararmos o sistema manual com o mecnico, veremos que o sistema manual
utilizado para rebitar em locais de difcil acesso ou peas pequenas.
A rebitagem por processo mecnico apresenta vantagens, principalmente quando usada
a rebitadeira pneumtica ou hidrulica. Essa mquina silenciosa, trabalha com rapidez e
permite rebitamento mais resistente, pois o rebite preenche totalmente o furo, sem deixar
espao.
Entretanto, as rebitadeiras so mquinas grandes e fixas e no trabalham em qualquer
posio. Nos casos em que necessrio o deslocamento da pessoa e da mquina, prefervel o
uso do martelo pneumtico.
10 - Autmatos
Autmatos
A palavra autmato significa capaz de se mover por si
mesmo.
Um autmato uma mquina que leva, no seu interior, um
fonte de energia capaz de mover um conjunto de mecanismos
combinados engenhosamente para imitar o movimento de um
ser vivo.
Os primeiros exemplos de autmatos tm registro na
Etipia antiga. No ano de 1500 A.C., Amenhotep, irmo de Hapu,
constri uma esttua de Memon, o rei de Etipia, que emite sons
quando a iluminam os raios do sol ao amanhecer.
Autmatos
No ano 62, Heron de Alexandria descreve mtiplos
aparelhos em seu livro Autmata. Entre eles, aves que voam,
gorjeiam e bebem. Todos eles foram desenhados como
brinquedos, sem maior interesse para dar-lhes aplicao.
Entretanto, descreve alguns como o moinho de vento para
acionar um rgo, ou um precursor da turbina a vapor, que
tinham aplicaes prticas.
Em Roma existia o costume de fazer funcionar brinquedos
automticos para deleitar os hspedes. Trimalco ofereceu em seu
famoso banquete, bolos e frutas que remessavam um jato de
perfume quando se fazia uma ligeira presso sobre um
dispositivo, em cujo regao estavam colocados os bolos e as
frutas.
Autmatos
A cultura rabe herdou e difundiu
os conhecimentos gregos, utilizando-se
no s para realizar mecanismos
destinados diverso, como tambm
deu-lhes uma aplicao prtica,
introduzindo-os na vida cotidiana da
realeza. Exemplos desses so os
diversos sistemas dispensadores
automticos de gua para beber ou
lavar-se.
Autmatos
So desse perodo tambm outros tipos de
autmatos, sobre os quais at nossos dias s tem
chegado referncias no suficientemente
documentadas, como o Homem de Ferro de
Alberto Magno (1204 1282) ou a Cabea Falante
de Roger Bacon (1214 1294). No ano de 1235,
Villard dHonnecourt escreve um livro que inclui
sees de dispositivos mecnicos, como um anjo
autmato, e indicaes com esboos para a
construo de figuras humanas e animais.
Autmatos
Constata-se a existncia de diversos autmatos utilizados
como diverso nas cortes ou nas feiras populares durante a Idade
Mdia e o Renascimento, que foram construdos por relojoeiros e
homens da cincia. O mais conhecido de todos eles o famoso
leo animado de Leonardo da Vinci.
Veja o vdeo a seguir.
http://www.youtube.com/watch?v=Hiy5rYlb8fQ
Autmatos
Nos sculos XVII e XVIII criaram-se
engenhos mecnicos que tinham alguma
das caractersticas dos robs atuais. Esses
dispositivos foram criados em sua maioria
por artesos do grmio da relojoaria. Sua
misso principal era a de entreter as
pessoas da corte e servir de atrao nas
feiras. Esses autmatos representavam
figuras humanas, animais ou cidades
inteiras.
Autmatos
Segundo P.Labat, o general de Gennes construiu em 1688
um pavo que caminhava e comia. Esse engenho pde servir de
inspirao a Jacques de Vaucanson (1709-1782) para construir seu
incrvel pato mecnico, que foi a admirao de toda Europa.
Sir David Brewster em um escrito de 1868,descreve este
pato dizendo que a pea mecnica mais maravilhosa que j se
tem feito. O pato espichava seu pescoo para tomar o gro da
mo e logo o engolia e o digeria. Podia beber, chapinhar na gua
e grasnar. Tambm imitava os gestos que faz um pato quando
bebe com precipitao. Digeria os alimentos por dissoluo e
esses eram conduzidos por tubos at o nus, onde havia um
esfncter que permitia evacu-los.
Autmatos
O relojoeiro suo Pierre Jacques Droz ( 1721-1790 ) e seus
filhos Henri-Louis e Jaquet construram diversos brinquedos
capazes de escrever (1770), desenhar (1772) e tocar diversas
melodias em um rgo (1773).
Estes se conservam no Museu de Arte e Histria de
Neuchtel, Sua. Pierre Jaquet-Doz foi um brilhante matemtico
que especializou-se na mecnica aplicada e na arte da fabricao
de relgios e instrumentos para medio do tempo.
Com o auxlio de seu filho e filho adotivo, produziu trs
autmatos, os quais ainda hoje so considerados maravilhas da
cincia e da engenharia mecnica. O Escritor, juntamente com
outros dois tipos de autmatos de Pierre, ainda existe e est no
Museu de Arte e Histria, na Sua.
Autmatos
Os autmatos do sculo XIX eram caracterizados pelo
idealismo emocional e faziam homenagem aos entretenimentos
do dia a dia. Eles eram caros, mesmo aps a introduo de
mtodos de produo de baixo-custo, e no eram destinados s
crianas.
Seguindo uma srie de vitrias navais durante as guerras
napolenicas, milhares de prisioneiros franceses lotaram as
prises Britnicas. Os habilidosos relojoeiros, artesos e
joalheiros entre eles tiveram que trocar seus servios pela magra
poro de comida para sobreviverem.Os materiais eram
limitados, porm havia ossos suficientes nos compartimentos dos
navios, o que explica porque tantas peas eram pequenas e
brancas (embora muitas fossem pintadas).
Autmatos
Ao final da I Guerra Mundial, autmatos eltricos
substituram os modelos a corda nas janelas de exposio
elaboradas.
Os mecanismos a corda podiam funcionar apenas alguns
minutos, mas a ao em uma pea eltrica poderia funcionar ou
mesmo repetir ciclos at que a energia fosse desligada.
Pedidos de autmatos diminuram e eles entraram em
declnio. Em um mundo que se desenvolvia rapidamente tornava-
se extremamente difcil encontrar arteses habilidosos e/ou
engenheiros para constru-los.
Os preos vieram a baixo com a linha de produo, que foi
aperfeioada para fazer nmeros idnticos de peas, fornecendo
entretenimento uma recm prspera classe mdia.
Referncias
http://pessoal.utfpr.edu.br/mariano/arquivos/23manu2.pdf
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT102-Aula03.pdf
http://andreysmith.files.wordpress.com/2011/08/elementos-de-maquinas-apostila.pdf
- http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/roda/roda.php
- http://tecnicotubar.blogspot.com.br/2012/04/o-leao-robo-de-leonardo-da-vinci.html
- http://www.jeferson.silva.nom.br/2012/06/um-automato-de-200-anos.html#.UVxr7jcoldg
- http://brinquedosautomatos.blogspot.com.br/2010/11/automatos-na-historia-i.html
- http://nano-robotica.blogspot.com.br/2008/12/histria-dos-autmatos-rudimentares-aos_5778.html
- http://museudosbrinquedos.wordpress.com/category/automatos/
- http://janeentrelinhas.blogspot.com.br/2011/12/automatos-historias-e-lendas.html