CT – DARQ - PPUR V Ruth Ataíde
Ana Luíza Freire, Lenilson Jonas, Maria Heloísa Alves, Meline Pitta.
A EVOLUÇÃO DO USO DA OCUPAÇÃO DA BACIA
Natal, setembro de 2012.
A evolução do uso da ocupação da bacia
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA BACIA
1500 – 1615: A CIDADELA FRANCESA NA UPAON-AÇU
-‐ 12.000 índios Tupinambás, organizados em 27 aldeias;
- 1612: desembarque de expedição francesa que possuia o intuito de povoar e fundar uma colônia;
- Constroem o Forte Saint Louis, na região onde tentam se
estabelecer e criar a “França equinocial”;
-‐ 1614: a Coroa Portuguesa envia uma expedição que reconquista o Maranhão em 4 de novembro de 1615.
Praça Dom Pedro II, onde localizava-‐se o Forte Saint Louis. Fonte: h+p://imageshack.us/photo/my-‐images/171/p9180015sm0.jpg/sr=1
1615 – 1755: OCUPAÇÃO URBANA SOB AS ORDENAÇÕES FILIPINAS
- Organização administrativa de São Luís: Desenvolvimento de um plano de arruamento que deveria
orientar o crescimento da cidade
- Da colônia francesa, conservou-se: - O agenciamento espacial do núcleo primitivo da cidade, em
torno do Forte Saint Louis (renomeado como Forte de São Felipe); - O uso do Forte; - A localização do edifícios religiosos: Capela de São Franscisco; a
residência dos padres, a igreja dos jesuítas e o Seminário de Santo Antônio.
- 1573: Ordenações Filipinas: no campo urbanístico simbolizavam os ideais renascentistas de beleza, simetria e ordenação racional dos espaços públicos.
Recorte do mapa atual da região da Praia Grande (núcleo originário de São Luís) Fonte: www.maps.google.com
Mapa de São Luís em 1660, "Maragnon In Zuid América van west van Brasil”. Fonte: h+p://sema2009.webfau.com.ar/; In: Reis Filho, 2000.
Cidade São Luís do Maranhão. Planta anterior a 1647, ano em que foi publicada. Fonte: h+p://diariodoandre.com/2011/01/21/mapa-‐do-‐seculo-‐xvii-‐retrata-‐sao-‐luis/
N
- Arruamento em malha ortogonal, sem hierarquização ou distinção funcional das ruas;
- Fachadas regulares na extensão da rua, ocupando toda a testada principal do lote, sem recuos frontais:
Os lotes simétricos e praticamente de tamanhos
constantes apresentam-se com formatos uniformes e no alinhamento das ruas. Entretanto, as edificações apresentam-se no alinhamento das vias tanto dentro quanto fora do Forte, legando à cidade uma regularidade, uma organização geométrica.
Thaís Zenkner e Virgínia Pontual, em “A cultura urbanística e a formação de cidades”. Disponível em: http://revistas.ceurban.com/numero5/artigos/virginiapontual.htm
- O centro antigo de São Luís segue o modelo da plaza mayor: há uma centralização dos poderes numa mesma área, onde ficam os principais edifícios administrativos.
Palácio dos Leões (anXgo Palácio dos Governadores). Fonte: h+p://pt.wikipedia.org/
Catedral da Sé e Palácio Episcopal. Fonte: h+p://pt.wikipedia.org/
Palácio La Ravadière, sede da Prefeitura Municipal (anXga Casa de Câmara e Cadeia
Fonte: h+p://www.skyscraperlife.com/
Localização de alguns dos monumentos em disposição Qpo “plaza mayor”. Fonte: Produção do grupo a parXr de base cartográfica cedida pelo Equinox.
N
N
Sem escala
- Após a consolidação da forma urbanística da cidade o Maranhão foi integrado à Coroa Portuguesa (1617), com a criação da capitania do Grão-Pará, Ceará e Maranhão; - Em 1619 São Luís chegou à categoria de vila, e em 1665 foi construído o “Caminho Grande”, via de ligação do aldeiamento central com as vilas do interior. Em 1667, São Luís foi elevada à condição de cidade.
Trecho do "Caminho Grande”, em 1908 (que teve sua expansão iniciada em 1665). Fonte: h+p://paulorios.org/
Rua com caracterísQcas originais preservadas. Fonte: hh+p://www.cidadeshistoricas.art.br/saoluis/images/sl_sl1_p.htm
Localização de do Caminho Grande, que se configurou como um vetor de expansão da cidade desde 1965 até o século XX. Fonte: Produção do grupo a parXr de base cartográfica cedida pelo Equinox.
N
Sem escala
AS CONDIÇÕES GEOGRÁFICAS DO ASSENTAMENTO URBANO - A localização da cidade obedeceu critérios de relevo e hidrografia:
- assentada em uma área que fica sob o extremo de uma elevação que varia de 20 a 30m de altura em relação ao nível do mar;
- forma uma península entre os rios Anil e Bacanga (que banham a cidade). - geograficamente localiza-se entre as baías de São Marcos e São José, e ainda
na convergência de vias fluviais navegáveis da região
Mapa dos limites das bacias hidrográficas da ilha do Maranhão. Fonte: h+p://www.cesnors.ufsm.br/professores/aline/introducao-‐a-‐geomaXca/arXgos-‐primeira-‐avaliacao/4631-‐4638.pdf
Esta posição geográfica facilitou os movimentos demográficos e o comércio com o interior e com a metrópole, porém as correntes marinhas e ventos do local dificultavam a comunicação com a capital da colônia. - Em 1621 foi criado o Estado do Maranhão e Grão-Pará, independente do Brasil e subordinado diretamente à Lisboa. São Luís foi ocupada de acordo com as características das ocupações lusitanas:
- cidade alta, concentrando as atividades administrativas, religiosas e militares; - cidade baixa, voltada à atividade comercial (portuária).
O PAPEL DAS ORDENS RELIGIOSAS NO DESENVOLVIMENTO DA CIDADE - Após a expulsão dos franceses, chegaram ao Maranhão diversas ordens religiosas: fransciscanos, jesuítas, carmelitas e mercedários; - Cada ordem ocupou um lugar distinto na cidade, ocupando e adensando determinadas áreas da cidade.
OS HOLANDESES NO MARANHÃO - A ocupação holandesa aconteceu de 1641 até 1644, aproximadamente; - Nesta época, a economia de São Luís baseava-se na comercialização de tabaco,
cravo, algodão em caroço, algodão em ramo, aguardente, açúcar, sal, azeite, couro, farinha de mandioca, baunilha, anil, sola, panos e fios de algodão e pesca;
- Após a retomada do estado por Portugal (através de uma guerrilha travada a partir dos senhores de engenho locais), é criada a Companhia do Comércio do Estado do Maranhão, com o intuito de desenvolver o sistema comercial do Império;
- A criação da Companhia do Comércio
trouxe melhoramentos urbanos para São Luís: fez-se a renovação do Largo do Palácio, a construção de uma estrada perpendicular à Rua Grande, e o pelourinho no Largo dos Amores.
Bacia do rio Amazonas: uma das áreas de atuação da Companhia. Fonte:h+p://pt.wikipedia.org/
1755 – 1889: A CIDADE PORTUÁRIA
- Atividade comercial estimulada pelos institutos de crédito: capital mercantil que, sediado na cidade, investe em serviços urbanos da época. - 1852: criação da Companhia Confiança Maranhense.
A partir deste empreendimento a região da Praia Grande passa a ser uma área de comerciantes abastados; multiplicam-se ali atividades comerciais. São implantados um sistema de bondes puxados à burros (1871), e o serviço de água canalizada (1874). - No séc. XIX, São Luís possuia um teatro, várias igrejas, um hospital militar, tipografia, grandes sobrados com até 4 pavimentos e riquíssimos solares.
Ainda nesta época, a cidade se expande para outros perímetros urbanos, desenvolvendo-se através do Caminho Grande que ligava a Praia Grande ao interior.
Casarões anQgos na Praia Grande, na parte colonial da cidade. Fonte: h+p://www.arquitetura.com.br/noXcias/impressao.php?id=118
Teatro Artur Azevedo, o segundo mais anQgo do país, fundado em 1817.
Fonte: www.kamaleao.com.br
1889 – 1936: A CIDADE REPUBLICANA, MANCHESTER DO NORTE - Início séc. XX:
O traçado urbano ainda era o da cidade colonial portuguesa do séc. XVII; Permaneciam: o mercado, as praças, as habitações;
- Entre 1872 e 1900: instalação de vinte e quatro estabelecimentos fabris.
Esse fato não contribuiu para o crescimento demográfico, mas para a desconcentração dos serviços e da malha viária, que se extendeu até o Anil.
Houve também o abandono do campo pela burguesia rural, o que gerou uma crise econômica no início do século XX; - O crescimento de exportações e a valorização do algodão durante a Primeira Guerra Mundial propiciou alguma prosperidade econômica à cidade.
Obras realizadas: Penitenciária do Estado e a Faculdade de Farmácia e Odontologia, além de terem sido estruturadas o serviço de higiene estadual e um sistema de abastecimento de água para São Luís a partir do rio Anil.
- Fim do séc. XIX: com a libertação dos escravos, as propriedades rurais desvalorizam-se e há uma desorganização na economia agro-exportadora.
O capital acumulado pelos grandes proprietários de terras converge para as indústrias instaladas na cidade.
A CIDADE SEGUE O BONDE - Expansão urbana seguia a linha do bonde até o bairro do Anil, e também pelas estradas que ligavam os principais núcleos habitacionais da ilha; - A legislação e fiscalização sanitarista do início do séc. XX incidia sobre a população pobre que habitava os baixos dos sobrados: novos bairros surgiam devido à separação de classes e ao surgimento de vilas operárias;
Nos anos 30, o núcleo primitivo da cidade, com seu porto comercial, não é mais visto como um lugar saudável para as famílias abastadas, pois as
residências não cumpriam as exigências sanitaristas em vigor.
Praça João Lisboa em 1950, com plataforma para os bondes. Fonte: h+p://www.panoramio.com/photo/14561797
Bonde elétrico, anos 40. Fonte: h+p://www.museudantu.org.br/EMaranhao.htm
O URBANISMO SANITARISTA EM SÃO LUÍS - Lei Orgânica dos Municípios (1927): melhoramentos urbanos a fim de dotar a cidade de infra-estrutura viária e de espaços públicos adequados às novas tecnologias de transporte e de construção; - Com o estabelecimento da República, se fazia necessário adaptar os edifícios ao uso do funcionalismo público, e de acordo com as novas exigências de estética e higiene; - Em São Luís a administração se concentrou em remodelar e reformar a “velha cidade”, pois já possuía um bom número de edificações adaptadas ao uso do funcionalismo público municipal.
Avenida Gomes de Castro. Centro de São Luis -‐ MA em 1908. Fonte:h+p://www.panoramio.com/photo/32683745
Praça João Lisboa, no início do séc. XX. Fonte: h+p://www.panoramio.com/photo/32683752
1936 – 1945: A CIDADE REMODELADA - 1939: Adoção violenta de medidas de caráter higienista: derrubada de diversas casas coloniais, reformas de ruas e praças, demolição do antigo mercado e abertura de avenidas; - Década de 40: a política de integração nacional de Getúlio Vargas reorganizou o sistema de distribuição de mercadorias por transporte rodoviário a partir dos centros industriais do sudeste do país. O Maranhão ficou estagnado econômicamente, e São Luís perdeu seu papel de hegemonia comercial e industrial regional; - 1945: Plano de Remodelação da Cidade, que visava a construção de uma sede moderna do estado.
Foi dada continuidade à política higienista iniciada em 1936: cortiços foram transformados em habitações multifamiliares para locação, e ruínas foram demolidas pois eram consideradas focos de proliferação de doenças.
OS SUBÚRBIOS E A DESVALORIZAÇÃO DO CENTRO - Em 1940 é aberta a av. Getúlio Vargas, avançando em direção aos subúrbios da cidade. Intensifica-se o processo de desvalorização da área central da cidade, com a mudança de famílias abastadas para os arredores da avenida; - 1958: Construção de uma rodovia que liga São Luís à Teresina, aumenta ainda mais a desvalorização do centro devido à transferência do comércio da área.
Avenida Getúlio Vargas durante enchente em 1940 Fonte:h+p://mariadoresguardo.blogspot.com
1950 – 1970: AVENIDAS E PONTES PARA A CIDADE NOVA
Na década de 50 aumentam as exportações e importações no Estado, devido à implantação de novas ferrovias federais e estaduais. A EXPANSÃO DA MANCHA URBANA - Prolongamento do corredor Centro-Anil, ligando os bairros mais afastados à área central; - Consolidação de subúrbios: deslocamento de atividades comerciais; - Surgimento dos primeiros conjuntos habitacionais, entre 1967 e 1969, que foram locados numa área afastada do centro, criando grandes vazios urbanos que exigiram a expansão de infra-estrutura pública; - Aumento da demanda de mão-de-obra para a construção civil: aumento da migração rural, causando um crescimento demográfico e à instalação de comunidades em condições precárias; - 1967 até 1970: implementação do sistema viário urbano, orientando o crescimento da cidade de sudoeste a norte; - 1970: expansão na direção norte da ilha. Há a construção da ponte São Franscisco, (hoje Ponte José Sarney )ligando o centro à orla, o que contribuiu para retirar o trabalho de estiva da Praia Grande e gerar um novo processo de abandono do centro.
Localização de alguns vetores de expansão urbana de São Luís. Fonte: Produção do grupo a parXr de base cartográfica cedida pelo Equinox.
N Sem escala
Localização de alguns monumentos e regiões do centro histórico de São Luís. Fonte: h+p://www.javeriana.edu.co/viviendayurbanismo/pdfs/CVU_V3_N5-‐05.pdf
1980 – 1990: DA CIDADE INDUSTRIAL À JAMAICA BRASILEIRA
- Na década de 80 foi criado o Distrito Industrial: Implantação de diversos consórcios industriais no município,
desencadeando um processo de reconcentração industrial e comercial;
- A necessidade de empreendimentos industriais impulsionou a construção civil e gerou postos de trabalho temporários e fluxos de migração de curta distância que se dirigiram à capital; - Nas décadas de 70, 80 e 90 foram construidos 55 conjuntos habitacionais, entre eles o de Vinhais, configurando uma mancha urbana em São Luis; - Surgem novos centros com a consolidação destes condominios, sendo os do sul de característica popular e os do litoral voltados para a classe média e alta; -Esse modelo de expansão propiciou a permanência de vazios urbanos infra-estruturados, com a retenção especulativa do solo; Causou também um aumento da situação de informalidade da ocupação do solo urbano, com a favelização.
1970-1980
Até 1948
1950-1970
1980-1990
1990-2006
Distrito Industrial-1988
Estrada de Ferro Carajás - CVRD
Limites de Municípios
Antiga Estrada de Ferro São Luís/Teresina - RFFSA
Ferry boat
Complexo Portuário
Ocup. Urbana - Déc. 80
Ocup. Urbana - Déc. 90
Área da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD
Área da ALUMAR
Caminho Grande - séc. XIX
Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN
BR-135
BAÍA DE SÃO JOSÉ
BAÍA DO ARRAIAL
OCEANO ATLÂNTICO
RAPOSA
PAÇO DO LUMIAR
SÃO JOSÉ DE RIBAMAR
SÃO LUÍS
MAPA DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ILHA
Fonte: Apresentação “O centro histórico de São Luís: desafios e oportunidades”. Disponível em: h+p://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CCUQFjAB&url=h+p%3A%2F%2Fsempe.com.br%2Fworkshopcentrohistorico%2Fpalestras%2FMarcelo%2520-‐%2520Workshop_CH_02.ppt&ei=3NFRUMw1ht70BOO7gIAF&usg=AFQjCNFdSN41HMqp0vreUZbPuAh7Ly8ipg
Delimitação de áreas do Equinox
1990 - 2007: A CIDADE ILHA, METRÓPOLE CULTURAL
Atualmente, a cidade se expande em direção ao leste, ocupando a Bacia do Paciência, em áreas adequadas à urbanização. Outro vetor de expansão está à oeste, na direção do Distrito Industrial, ocupando áreas de ecossistema flúvio-marinho frágil. O terceiro vetor de expansão da cidade é para sul, em direção continente, ocupando áreas lindeiras à BR 135.
A população cresceu 8 vezes de 1950 até 2010, no que resultou num enorme encremento espacial-urbano, cerca de 2.382,28% entre 1971 e 1996 (FERREIRA, 2002).
Os grupos dominantes se apropriaram, na década de 1990,
de um significativo espaço ao norte da cidade, propiciando a
concentração de escritórios, restaurantes, shoppings,
condomínios verticais e hoteis. Outra característica que surge nos últimos
anos são os condomínios horizontais.
Bairro da Renascença Fonte: h+p://www.tamara.com.br/site/imoveis/view/101
A evolução do uso da ocupação da bacia
OS MODOS, AS INTENSIDADES E DIREÇÕES DA OCUPAÇÃO DO SOLO EM DIFERENTES ÉPOCAS
Os elementos que geraram e induziram esse crescimento:
As limitações (barreiras) ao crescimento e a superação dos limites - como aconteceu?
As estruturas / formas de organização espacial - como se
modificaram?
• Localização da cidade obedeceu critérios de relevo e hidrografia: 20 a 30m de altura em relação ao nível do mar; Península entre os rios Anil e Bacanga; Posição geográfica entre as baías de São Marcos e São José, o que facilitou
os movimentos demográficos e o comércio com a metrópole; • Privilegiada posição geográfica entre as regiões do norte e nordeste, que
favorecia seu desenvolvimento industrial. O Porto de Itaqui estabelecia conexões com os Estados Unidos e Europa;
• Ciclos econômicos responsáveis pelo desenvolvimento da província: Monocultura algodoeira (1780 a 1820) Produção açucareira (1850 a 1870);
• Criação da Companhia Confiança Maranhense (1854): a Praia Grande passa a
ser uma região de comerciantes abastados;
• Instalação de estabelecimentos fabris na Praia Grande entre 1872 e 1900;
• O “Caminho Grande”, estrada que desde 1665 induzia a expansão da cidade;
Os elementos que geraram e induziram esse crescimento:
Os elementos que geraram e induziram esse crescimento:
• A linha do Bonde, que ligou a região central com a do Anil desde 1940;
• Crescimento demográfico importante a partir de 1940, devido à migração da população do campo para a capital;
• Abertura da av. Getúlio Vargas (1940), ligando de modo expresso o centro aos subúrbios;
• Construção de linha férrea que conectava os estados vizinhos, Pará, Tocantins, e Piauí (1958);
• Aparecimento de conjuntos habitacionais em áreas afastadas, entre 1967 e 1969;
• Construção da Barragem do Bacanga (1970), ligando o centro ao Porto de Itaqui;
• Construção da Ponte José Sarney (ou São Franscisco), ligando o centro à orla (1971);
• Criação do Distrito Industrial em 1980.
As limitações (barreiras) ao crescimento e a superação dos limites - Como aconteceu?
• Falta de integração do estado à Coroa Portuguesa – criação do Estado do Maranhão (1617);
• Dificuldade de comunicação com a capital da colônia – Criação do Estado do Maranhão e Grão-Pará (1621);
• Desenvolvimento do sistema comercial do Império - Criação da Companhia do Comércio do Estado do Maranhão (1682);
• Crise no sistema agro-exportador de algodão (1838) – Criação da Companhia Confiança Maranhense (1854);
• Legilasção higienista – criação do “Serviço de salubridade das habitações” (1936);
• Política de integração nacional do governo de Getúlio Vargas (transporte rodoviário a partir dos centros industriais do sudeste do país) (1936) – Criação do Distrito Industrial, mas apenas em 1980.
As estruturas / formas de organização espacial - Como se modificaram?
• A dinâmica da expansão urbana nas últimas 6 décadas: o êxodo rural e a expropriação do pequeno agricultor do campo, a estratégia do capital estatal e industrial na construção do espaço urbano ludovicense e suas implicações, como a divisão da cidade em fragmentos e/ou a distribuição desigual dos grupos humanos nesse território;
• O grande contingente de migrações em direção à ilha, aliados às
estratégias do capital estatal e industrial construíram o espaço urbano de São Luís e foram responsáveis pelos diferentes tipos de uso do solo na cidade;
• A expansão da cidade para diferentes áreas do espaço do município
transformou cada vez o solo urbano em mercadoria;
• A periferização foi outra consequência da extrapolação do espaço urbano para além dos rios anil e bacanga;
• Acentuada de ocupações irregulares por parte de uma massa de pobres e miseráveis que não param de crescer na cidade (áreas de manguezais).
Periferia de São Luis Fonte:h+p://www.agoramt.com.br/wpcontent/uploads/2011/12/
pobreza.jpg
Tabela População Fonte: São Luís: Uma leitura da cidade
Tabela Déficit habitacional Fonte: São Luís: Uma leitura da cidade
CRESCIMENTO POPULACIONAL
LEGENDA LIMITE DO MUNICÍPIO
Censo IBGE 1991
Censo IBGE 2000 4.2%
179.9%
167.9%
16.5%
- 4.5%
189.9%
132.7%
13.1%
-6.9%
-9.7%
- 4.1%
1.0%
-17.7%
-3.9%
13.2%
23.4%
- 8.6%
-22.9%
54.4% 268.1%
-0.9%
-48.1% 68.2%
129.8%
24.7%
0.4%
-1.3%
10.1%
225.6%
8.4%
47.9%
46.3%
11.4%
22.6%
100.2%
21.8%
COHATRAC
CIDADE OPERÁRIA
COROADINHO
VILA NOVA
CENTRO
JOÃO PAULO
CALHAU
OLHO D’ÁGUA
VINHAIS
TIRIRICAL
ANIL
SÃO CRSTÓVÃO
TÚRU
RENASCENÇA
SÃO FRANCISCO
PONTA D’AREIA
MAPA DE DESLOCAMENTO DA POPULAÇÃO
Fonte: Apresentação “O centro histórico de São Luís: desafios e oportunidades”. Disponível em: h+p://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CCUQFjAB&url=h+p%3A%2F%2Fsempe.com.br%2Fworkshopcentrohistorico%2Fpalestras%2FMarcelo%2520-‐%2520Workshop_CH_02.ppt&ei=3NFRUMw1ht70BOO7gIAF&usg=AFQjCNFdSN41HMqp0vreUZbPuAh7Ly8ipg
Referências
LOPES, José Antônio Viana, et al. São Luís, Ilha do Maranhão e Alcântara: guia de arquitetura e paisagem. São Luís, 2008. PAIVA, Elayne Kelly. Evolução da forma urbana de São Luís-Ma: uma análise iconográfica. Disponível em: http://sema2009.webfau.com.ar/contexto_produccion/EllayneKelly/Evolucao01.htm . Acesso em 08 set. 2012. SANTOS, L. E. dos; SILVA, J. P. da; RODRIGUES, L.P. A Expansão do Espaço Urbano: implicações no município de São Luís-Ma. Natal, out. 2011. ZENKNER, Thaís; PONTUAL, Virgínia. A cultura urbanística e a formação das cidades: um estudo comparativo entre São Luís, Belém e Damão. Disponível em: http://revistas.ceurban.com/numero5/artigos/virginiapontual.htm